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Introdução à Fisioterapia Respiratória - @biaresumosdafisio

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A RESPIRAÇÃO é o conjunto de processos realizados pelo nosso organismo para
que as trocas gasosas ocorram, possibilitando o metabolismo. Tal processo pode
ser dividido em:
VENTILAÇÃO PULMONAR: processo de circulação do ar nos pulmões. Divide-se
em: INSPIRAÇÃO e EXPIRAÇÃO.
HEMATOSE: troca gasosa na qual o organismo obtém O² e elimina CO².
PERFUSÃO: transporte de O² e CO² que ocorre através do sangue.
CONTROLE: regulação da ventilação e de outros aspectos da respiração.
Introdução à Pneumofuncional
.Vias Aéreas e Fluxo Aéreo
As VIAS AÉREAS são vários tubos ramificados que, quanto mais se aprofundam no
parênquima pulmonar, mais se tornam estreitos, curtos e numerosos. A TRAQUEIA
se divide em: BRÔNQUIOS PRINCIPAIS DIREITO E ESQUERDO, que se dividem em
BRÔNQUIOS LOBARES, BRÔNQUIOS SEGMENTARES, BRONQUÍOLOS
TERMINAIS, BRONQUÍOLOS RESPIRATÓRIOS E DUCTOS ALVEOLARES. As duas
últimas estruturas citadas possuem os ALVÉOLOS (onde ocorre a hematose).
@biaresumosdafisio
Quando ocorre a inspiração, o volume da cavidade torácica aumenta e o ar é
"puxado" para dentro dos pulmões. Isso ocorre através da contração do
músculo diafragma, ocasionado um movimento descendente do pulmão, que
comprime as vísceras abdominais; e através também da ação dos músculos
intercostais, os quais elevam as costelas, ocasionando a expansão torácica.
O ar inspirado flui até próximo dos bronquíolos terminais por fluxo intenso. Mas,
Além desse ponto, a área das vias aéreas é tão grande e ramificada, que a
velocidade do ar diminui.
Mecânica da Inspiração
O pulmão é elástico e retorna facilmente ao seu volume pré-inspiratório
quando em repouso. Uma inspiração normal de cerca de 500ml, por exemplo,
necessita de uma pressão de distensão menor que 3cm de água, apenas. 
Mecânica da Expiração
Quando as contrações musculares responsáveis pela inspiração se concluem, o
fluxo aéreo é cessado. O ar, então, flui para fora dos pulmões até alcançar a
CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL (CRF) - volume contido nos pulmões ao final
de uma expiração espontânea. Na expiração, há contração da musculatura
abdominal e a PRESSÃO ALVEOLAR é maior que a PRESSÃO ATMOSFÉRICA.
@biaresumosdafisio
PRESSÃO INTRAPLEURAL: é a pressão que se forma na cavidade pleural e que
contribui para a aproximação do tórax aos pulmões. Quando essa pressão se
torna mais negativa, o pulmão tende a se expandir (inspiração) e quando
essa pressão se torna menos negativa (mais ainda assim negativa) o
pulmão tende a se retrair (expiração).
PRESSÃO ALVEOLAR: é a pressão existente no interior dos alvéolos (os alvéolos
terão pressões diferentes, pois têm diâmetros e localizações diferentes). Quando
a glote está aberta, e não ocorre fluxo de ar para dentro ou para fora dos
pulmões, as pressões em todas as partes da árvore respiratória, ao longo dos
alvéolos, são exatamente iguais à PRESSÃO ATMOSFÉRICA, considerada como
0cm de água. Para provocar a inspiração, a pressão nos alvéolos deve cair
para um valor inferior à pressão atmosférica. Lembre que um flúido, como o
ar, tende a se deslocar do local onde a pressão é maior para o local onde a
pressão é menor.
PRESSÃO TRANSMURAL/TRANSPULMONAR: é a diferença entre as duas
pressões acima, ou seja, é a diferença de pressão entre o interior dos alvéolos e a
superfície do pulmão. Portanto, quanto maior a pressão transpulmonar maior
a quantidade de ar que entra nos pulmões. E, consequentemente, menor
será a contratilidade cardíaca. Quando tal pressão está muito elevada, uma
menor quantidade de sangue será bombeada e enviada aos tecidos (o que pode
ser altamente prejudicial, pois pode levar a uma diminuição da consciência e até
mesmo a uma parada cardiorrespiratória).
Forças que atuam na Respiração
@biaresumosdafisio
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Antes da inspiração começar, quando a glote está fechada, a pressão
intrapleural é de - 5cm de água. Já a pressão alveolar é 0.
No começo da inspiração, os músculos diafragma e intercostais se
contraem, aumentando o volume pulmonar.
Lembre que pressão é força sobre área. Portanto, quando o volume
pulmonar aumenta, a área superfície do interior dos alvéolos aumenta,
diminuindo assim a pressão alveolar para - 1cm de água.
A pressão alveolar se torna, portanto, menor que a pressão
atmosférica e o ar tende a entrar nos pulmões, pois os fluidos se movem
do local de maior pressão para o local de menor pressão.
A pressão intrapleural também cai durante a inspiração para - 7,5cm de
água, por que, conforme o pulmão se expande, sua retração elástica
aumenta levando a pressão pleural a diminuir.
No momento da expiração, os músculos, que estavam contraídos, relaxam,
diminuindo novamente o volume pulmonar.
A pressão alveolar e a pressão intrapleural retornam aos valores iniciais, e o
ar sai dos pulmões.
Sempre que existir a interface entre um liquido e um gás existirá uma tendência
das moléculas superficiais para se manterem mais unidas. Esta força de atração
entre as moléculas superficiais de uma interface líquido-gás é conhecida como
TENSÃO SUPERFICIAL.
Quando a água das paredes internas alveolares consegue se estabilizar, a tensão
superficial é criada e, quando alta, tende a fechar os alvéolos pulmonares
pois força o ar para fora deles.
Sequência de eventos da Respiração
Tensão Superficial dos Alvéolos
O SURFACTANTE é um líquido
fisiológico responsável por
diminuir a tensão superficial
dos alvéolos (principalmente
dos menores), evitando o
fechamento dos mesmos. > os
surfactantes são secretados
pelos pneumocitos tipo 2.
Surfactante
@biaresumosdafisio
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Segundo a Lei de Laplace, é de se esperar que pequenas bolhas descarreguem
todo o seu conteúdo nas bolhas maiores, uma vez que o raio da esfera menor
imprime uma grande pressão interna, muito maior que a bolha de maior raio.
Os alvéolos possuem pressões diferentes e se comunicam. Logo, seguindo a Lei
de Laplace, os alvéolos menores (de maior pressão) evacuariam seu
conteúdo aéreo nos alvéolos maiores (de menor pressão). Porém, essa
situação também é evitada pelo surfactante que, como é um agente 
 tensoativo, tem pouca atração pela água e permanece na superfície,
reduzindo a tensão superficial e evitando que o alvéolo force o seu conteúdo
aéreo para fora. 
Lei de Laplace X Alvéolos
Volumes Pulmonares
VOLUME DE AR CORRENTE (VAC) OU VOLUME CORRENTE TOTAL: é o volume
de ar que entra e sai dos pulmões em cada ciclo respiratório.
VOLUME INSPIRATÓRIO DE RESERVA (VIR): é uma reserva que temos, de volume
de ar, para inspirar, voluntariamente, após o volume corrente ser atingido.
VOLUME EXPIRATÓRO DE RESERVA (VER): volume de ar que temos reservados
nos nossos pulmões e podemos colocar para fora através de uma expiração
forçada.
VOLUME RESIDUAL (VR): volume de ar que não conseguimos expulsar dos
pulmões, mesmo após uma expiração forçada.
VOLUME CORRENTE EXPIRATÓRIO: é a quantidade de ar que sai (expiração) dos
pulmões a cada ciclo respiratório.
VOLUME CORRENTE INSPIRATÓRIO: é a quantidade de gás que entra
(inspiração) nos pulmões a cada ciclo respiratório.
VOLUME-MINUTO (V/M): é a quantidade de gás que circula em um minuto
dentro dos pulmões; nada mais é do que o volume corrente × frequência
respiratória.
Capacidades Pulmonares
EXEMPLO: Qual é a V/M de uma pessoa cuja FR = 12 e a VAC é igual a 500?
V/M = 12 x 500
V/M = 6000 ml de ar por minuto.
CAPACIDADE VITAL (CV): volume medido na boca entre as posições de
inspiração plena e expiração completa. É o maior volume de ar mobilizado.
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CAPACIDADE VITAL FORÇADA (CVF) determinada por meio de uma manobra de
expiração com esforço máximo, a partir de uma inspiração plena.
CAPACIDADE VITAL COMBINADA (CVC): determinada em duas etapas, de
forma relaxada com a soma das determinações do VAC e do VIR em um tempo e
do VER em outro tempo. É mais um conceito teórico, não sendo utilizada na
prática. Pode ser uma alternativa a ser empregada em pacientes com limitação
ventilatória por dispnéia.
CAPACIDADE INSPIRATÓRIA (CI): é o volume máximo inspirado voluntariamente a
partir do final deuma expiração espontânea. CI = VAC + VIR.
CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL (CRF): é o volume de ar que permanece nos
pulmões após uma expiração espontânea. CRF = VR + VER.
CAPACIDADE PULMONAR TOTAL (CPT): volume contido nos pulmões após uma
inspiração plena. Compreende todos os volumes pulmonares. CPT = VC + VIR +
VER.
DRIVE RESPIRATÓRIO: representa o comando neurológico enviado para a
musculatura respiratória. Alterações do drive respiratório podem ser observadas
nos padrões anormais de respiração: Cheyne-Stokes, Kussmaul, Biot, dentre outras.
TRABALHO MUSCULAR RESPIRATÓRIO: representa o gasto energético que
ocorre durante o movimento respiratório dos músculos (diafragma, músculos
intercostais internos e externos, e acessórios).
PRESSÃO DE PICO: ponto mais alto de pressão atingido na via aérea durante o
ciclo respiratório.
PRESSÃO DE PLATÔ: estresse que exerce a parede dos alvéolos.
PEEP: pressão positiva no final da expiração.
Termos Importantes
CV = VAC + VIR + VER. Conforme a mensuração,
podemos ter:
CAPACIDADE VITAL INSPIRADA (CVI): medida
realizada de forma lenta partindo de expiração
completa até inspiração plena.
CAPACIDADE VITAL INSPIRATÓRIA FORÇADA
(CVIF): medida realizada de forma forçada
partindo de expiração completa até inspiração
plena, aplicando-se para a determinação de fluxos
inspiratórios.
CAPACIDADE VITAL LENTA (CVL): medida
realizada de forma lenta, partindo de posição de
inspiração plena para a expiração completa.
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AUTO-PEEP OU PEEP INTRÍNSECA: pressão ou estresse gerados de forma
patológica pelo volume de ar aprisionado nos alvéolos, ocorrendo em decorrência
do tempo expiratório insuficiente para o esvaziamento alveolar. Exemplos: Doença
Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e Asma.
PEEP OU PEEP EXTRÍNSECA: pressão positiva que o ventilador mecânico exerce
ao fim da expiração. Tem como funções básicas: expansão alveolar, melhora da
troca gasosa, da oxigenação e da pós-carga do ventrículo direito e diminuição do
consumo de oxigênio pelo miocárdio pela redução do fluxo coronariano,
diminuindo a demanda celular.
RELAÇÃO INSPIRAÇÃO/EXPIRAÇÃO: fração entre os tempos inspiratório e
expiratório, durante o ciclo respiratório.
FRAÇÃO INSPIRADA DE OXIGÊNIO (FiO2): concentração ou teor de oxigênio
ofertado ao paciente.
TOXICIDADE RELACIONADA AO OXIGÊNIO: efeitos adversos ao uso de altas
concentrações de oxigênio (FiO2 > 0,60 ou 60%).
SENSIBILIDADE: é a força mínima ou “sinalização” que o paciente deve gerar
para que o ventilador perceba sua necessidade de respirar.
COMPLACÊNCIA: como o parênquima
pulmonar consegue acomodar o volume de
ar que entra nos pulmões a cada ciclo
respiratório.
RESISTÊNCIA: é a propriedade das vias
aéreas em resistir à entrada de ar.
RECRUTAMENTO: consiste em aumentar a
pressão transpulmonar (pressão controlada
e PEEP) de modo breve e controlado, com
a finalidade de reabertura de alvéolos
previamente colapsados.
PRONA: é o posicionamento de pacientes
com hipoxemia grave em decúbito ventral. 
MODO VENTILATÓRIO: é a maneira pela qual serão controlados os ciclos
ventilatórios.
MODALIDADES VENTILATÓRIAS é o modo pelo qual os ciclos ventilatórios serão
disponibilizados pelo ventilador.
DISPARO: é a transição da face expiratória para a fase inspiratória.
CICLAGEM: é a passagem da fase inspiratória para a fase expiratória.
DESMAME: refere-se ao processo de transição da ventilação artificial para a
espontânea nos pacientes que permanecem em ventilação mecânica invasiva por
tempo superior a 24 horas.
Referências
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ABC da Ventilação Mecânica.
Volume 2. MORATO, José
Benedito. SANDRI, Priscila.
GUIMARÃES. Hélio Penna
 
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Fisiologia Respiratória -
Princípios Básicos. 8° edição.
Johm B. West
 
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