Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
BMF II - Fisiologia Módulo 3 - Aula 5 Cecilia Antonieta 82 A 1 O SISTEMA RESPIRATÓRIO FUNÇÕES Troca gasosa, vocalização, regulação do pH e proteção. Participa também da micção, deglutição e vômito. EVENTOS FUNCIONAIS VENTILAÇÃO PULMONAR renovação cíclica do gás alve- olar pelo ar atmosférico. DIFUSÃO DO OXIGÊNIO e de dióxido de carbono entre alvéolos e sangue. TRANSPORTE no sangue e nos líquidos corporais do O2 e CO2. REGULAÇÃO DA VENTILAÇÃO e de outros aspectos da respiração. VIAS AÉREAS SUPERIORES boca, cavidade nasal, faringe e laringe. INFERIOR traqueia, os dois brônquios principais, suas ra- mificações e os pulmões. ACONDICIONAMENTO DO AR feito pelas vias aéreas su- periores e brônquios. AQUECIMENTO até a temperatura do corpo para que os alvéolos não sejam danificados pelo ar frio. ADIÇÃO DE VAPOR DE ÁGUA até atingir a umidade de 100%, de modo que o epitélio de troca úmida não seque. Plexo de Kiesselback. FILTRAÇÃO de material estranho para que não alcan- cem os alvéolos. Ocorre na traqueia e brônquios, que são revestidos de epitélio ciliado, cujos cílios são banha- dos por uma camada de solução salina. Solução salina produzida pelas células epiteliais quando o Cl- (canal CFTR) é secretado para o lúmen por canais de ânions apicais que atraem Na+ para o lúmen através da via paracelular, criando um gradiente osmótico que faz com que a água siga em direção à VA. Muco secretado pelas células caliciformes, contém imu- noglobulinas. Movimento mucociliar cílios batem com um movimento ascendente que move o muco continuamente em dire- ção à faringe. O muco chega até a faringe, podendo ser expectorado ou deglutido. Sem a camada de solução salina, os cílios ficam presos no muco espesso e viscoso. *A respiração pela boca não é tão eficaz em aquecer e umedecer o ar. ATUAÇÃO MUSCULAR INSPIRAÇÃO aumento dos diâmetros: longitudinal, láte- ro-lateral e ântero-posterior. RESPIRAÇÃO CALMA E TRANQUILA Trabalho ativo, gasto de energia, dilatação em torno de 2-3 cm. Diafragma. EXPIRAÇÃO relaxa e sobe, volume da caixa torácica diminui. Processo passivo- retorno das fibras elásticas. *Estudos: diafragma é ativado agindo na “frenagem”. INSPIRAÇÃO contraia e abaixa, aumentando o volume da caixa torácica. RESPIRAÇÃO PROFUNDA Intercostais, “movimento de alça (costelas) de balde”. EXPIRAÇÃO internos. INSPIRAÇÃO externos. RESPIRAÇÃO DE ESFORÇO Musculatura acessória. EXPIRAÇÃO oblíquos externos e interno, transverso ab- dominal, reto abdominal. INSPIRAÇÃO ECOM (esternocleidomastóideo) e escale- nos, estabilizam a caixa torácica. *ECOM evidente: asmático, DPOC. RESISTÊNCIAS Pulmões, pleura e caixa torácica. Batimento das asas do nariz no RN e na criança indica o estresse respiratório. CRIANÇA 40-60 RPM Posição tripodal apoio dos MMSS, músculos supe- riores “deixam” de sustentar braços e sustentam a caixa torácica, facilitando a respiração. BMF II - Fisiologia Módulo 3 - Aula 5 Cecilia Antonieta 82 A 2 PRESSÕES ATMOSFÉRICA referência. 760 mmHg = 0. ALVEOLAR semelhante à atmosférica. PLEURAL -4mmHg, ao final da respiração em repouso. Assume sempre pressões negativas. DURANTE A RESPIRAÇÃO EXPIRAÇÃO ALVEOLAR +3 e INTRA PLEURAL 0. INSPIRAÇÃO ALVEOLAR -2 e INTRA PLEURAL -2. DIFERENÇAS PRESSÓRICAS (Patm – Palv) define a entrada ou a saída. INSPIRAÇÃO Palv < Patm. EXPIRAÇÃO Palv > Patm. PRESSÃO TRANSPULMONAR (Palv – Pip) diretamente proporcional à quantidade de ar que entra nos pulmões. Mantém os alvéolos abertos durante o ciclo respira- tório, impedindo a expulsão do ar antes do tempo. Fibras de elastina, colágeno e reticulina agem na expul- são do ar. EQUILÍBRIO PULMÃO-TÓRAX Pulmões tentam colapsar-se e a caixa torácica tende a se expandir. A pressão negativa no espaço intrapleural impede que as pleuras se descolem e que os pulmões e a caixa torácica sigam sua tendência. CICLO RESPIRATÓRIO VOLUME TIDAL quantidade de ar que entra e sai em uma respiração tranquila. INSPIRAÇÃO -Diafragma e intercostais externos se contraem. -Tórax se expande. -Pip torna-se mais negativa, a pressão transpulmonar aumenta. -Expansão pulmonar. -Palv torna-se subatmosférica. -Fluxo de ar para o interior dos alvéolos. EXPIRAÇÃO -Diafragma e intercostais externos param de se contra- ir. Recolhimento da caixa torácica. -Pip retorna a valores pré-inspiratórios. -Recolhimento elástico dos pulmões. -Palv retorna aos valores de repouso, a saída de ar dos pulmões. COMPORTAMENTO DO FLUXO NOS CONDU- TOS AÉREOS TIPOS DE FLUXO LAMINAR em lâminas, a camada de maior velocidade está no centro do tubo. [Pequenos ductos, abaixo de bronquíolos]. FLUXO TRANSICIONAL ocorre em divisões. FLUXO TURBULENTO cria murmúrios e produz mais re- sistência. [Ductos de grande calibre, traqueia e brôn- quios]. *Obstruções podem fazer o fluxo turbilhonar. NÚMERO DE REYNOLDS Prevê o comportamento do fluxo. Suas principais influ- ências são alterações da viscosidade do ar e da veloci- dade de seu fluxo. ESPIRÔMETRO Espirometria estática e dinâmica. VOLUMES PULMONARES VOLUME CORRENTE (Vt/Vc) volume de ar inspirado e expirado em cada ciclo ventilatório normal. VOLUME DE RESERVA EXPIRATÓRIA (VRE) volume de ar que, por meio de uma expiração forçada, ainda pode ser exalado ao final da expiração do volume corrente normal. VOLUME DE RESERVA INSPIRATÓRIA (VRI) volume que ainda pode ser inspirado ao final da inspiração de volu- me corrente normal. Pneumotórax Entrada de ar na cavidade pleural. Atelectasia pulmão murcha e colapsa. BMF II - Fisiologia Módulo 3 - Aula 5 Cecilia Antonieta 82 A 3 VOLUME RESIDUAL (VR) volume de ar que permanece nos pulmões mesmo ao final da mais vigorosa das expi- rações. Não pode ser medido na expirometria. CAPACIDADES PULMONARES Soma de dois ou mais volumes. CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL (CFR) VRE + VR. Ar que permanece nos pulmões ao final da expiração nor- mal. CAPACIDADE INSPIRATÓRIA (CI) Vc + VRI. Ar que a pes- soa pode inspirar partindo do nível expiratório basal e enchendo o máximo dos pulmões. CAPACIDADE VITAL (CV) VRI + Vt + VRE. Maior quanti- dade de ar que uma pessoa pode expelir dos pulmões após tê-lós enchido ao máximo. CAPACIDADE PULMONAR TOTAL (CPT) VRI + Vt + VRE + VR. Maior volume que os pulmões podem alcançar ao fi- nal do maior esforço inspiratório possível. EXAME CAPACIDADE VITAL FORÇADA (CVF) VOLUME EXPIRATÓRIO EXALADO (VEFt) durante um determinado segundo da manobra de CVF. FATORES QUE AFETAM A RESPIRAÇÃO ESPAÇO MORTO ANATÔMICOS locais onde não há troca de ar, dos bron- quíolos terminais para cima. FISIOLÓGICOS locais de troca sem capilares devido à destruição. TENSÃO SUPERFICIAL Entre ar e líquido, induz o alvéolo a colabar. LEI DE LAPLACE determina a pressão criada pela tensão superficial de líquido direcionada ao centro da bolha. Alvéolos pequenos tendem a perder o ar para alvéolos grandes. SURFACTANTE diminui a tensão superficial. Diplamitoil- fosfatidilcolina (DPPC) molécula anfipática, principal surfactante. AÇÃO entremeiam moléculas de água, ajudam os pul- mões a se expandir durante a respiração. INTERDEPENDÊNCIA ALVEOLAR Redistribuição de ar, diminuí o prejuízo em alvéolos obs- truídos. CANAIS DE MARTIN ducto-ducto. CANAIS DE LAMBERT ducto-alvéolo. POROS DE KOHN alvéolo-alvéolo. COMPLACÊNCIAPULMONAR Correlaciona a mudança de volume de um sistema fe- chado com a mudança de pressão que o distende. RESISTÊNCIA impedância à ventilação pelo movimento gasoso. *A resistência no conjunto de bronquíolos é menor que na traqueia. EQUAÇÃO DE POISEUILLE relação entre o diâmetro, fluxo e resistência. DOENÇAS RESTRITIVA Diminuição da complacência e, consequentemente, do volume. EXEMPLOS Síndrome da angústia respiratória, edema pulmonar, pneumotórax, cifoescoliose severa, polio- Lei de Poiseuille R = 8Lη/πr4 Como 8/π é constante: R = α Lη/r4 Ventilação PULMONAR ar que entra nas vias aére- as. ALVEOLAR só o ar novo que entra nos alvéolos (Vpulmonar – espaço morto anatômico alveolar). Síndrome de estrese respiratório ocorre em crianças prematuras, falta de surfactante dificulta a respiração. BMF II - Fisiologia Módulo 3 - Aula 5 Cecilia Antonieta 82 A 4 mielite, ELA, envenenamento por barbitúricos, paralisia dos mm. Intercostais, efusão pleural, fibrose (acúmulo de fibras de forma desorganizadas). OBSTRUTIVA Aumento da resistência das vias aéreas. EXEMPLOS bronquiectasia, asma, enfisema (destruição de fibras elásticas, diminuindo a complacência elástica), bronquite crônica. MISTA Fibrose cística. ANÁLISE DO FLUXO DE AR CVF Capacidade Vital Forçada. VEFt Volume respiratório exalado durante um determi- nado segundo da manobra de CVF. RELAÇÃO DE TIFFENEAU VEF1/CVF. Normal D. Obstrutiva D. Restritiva VEF1 4 L ↓ ↓ CVF 5 L Normal/↓ ↓ VEF1/CVF 0,8 ↓ Normal/↑ REFERÊNCIAS SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017 http://petdocs.ufc.br/index_artigo_id_499_desc_Pneu mologia_pagina__subtopico_46_busca_ http://www.ufjf.br/nfbio/files/2016/06/Fisiologia- respiratória.pdf
Compartilhar