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Lais Nascimento Feitosa MEDICINA As funções primárias do sistema respiratório são: • Troca de gases entre a atmosfera e o sangue: o corpo traz o O2 e o distribui para os tecidos, eliminando o CO2 produzido pelo metabolismo. • Regulação homeostática do pH do corpo: Os pulmões podem alterar o pH corporal retendo ou eliminando seletivamente o CO2. • Proteção contra patógenos e substâncias irritantes inalados: o epitélio respiratório é bem suprido com mecanismos de defesa que aprisionam e destroem substâncias potencialmente nocivas antes que elas possam entrar no corpo. • Vocalização: o ar move-se através das pregas vocais, criando vibrações usadas para falar, cantar e outras formas de comunicação. Princípios do fluxo global de ar: • O fluxo ocorre a partir de regiões de pressão mais alta para regiões de pressão mais baixa. • Uma bomba muscular cria gradientes de pressão. • A resistência ao fluxo de ar é influenciada principalmente pelo diâmetro dos tubos pelos quais o ar está fluindo. A respiração externa é o movimento de gases entre o meio externo e as células do corpo. A respiração externa pode ser subdividida em quatro processos integrados: • A troca de ar entre a atmosfera e os pulmões. Este processo é conhecido como ventilação, ou respiração. Inspiração (inalação) é o movimento do ar para dentro dos pulmões. Expiração (exalação) é o movimento de ar para fora dos pulmões. Os mecanismos pelos quais a ventilação ocorre são chamados coletivamente de mecânica da respiração. • A troca de O2 e de CO2 entre os pulmões e o sangue. • O transporte de O2 e CO2 pelo sangue. • A troca de gases entre o sangue e as células. O sistema respiratório é formado pelas estruturas envolvidas com a ventilação e com as trocas gasosas: • O sistema condutor, ou vias aéreas, que conduz ar do meio externo para a superfície de troca dos pulmões. • Os alvéolos são uma série de sacos interconectados e associados aos seus respectivos capilares pulmonares. Essas estruturas formam a superfície de troca, onde o oxigênio se move do ar inalado para o sangue, e o dióxido de carbono move-se do sangue para o ar que será exalado. (O surfactante reveste o alvéolo para ajudar os pulmões na expansão e transportam soluto e água para fora do espaço aéreo alveolar. Não possuem músculo.) • Os ossos e os músculos do tórax (cavidade torácica) e do abdome que auxiliam a ventilação. O sistema respiratório pode ser dividido em: • Trato respiratório superior: boca, cavidade nasal, faringe e laringe – Aquecem, adiciona vapor de água e filtra o material estranho. • Trato respiratório inferior: traqueia, brônquios e suas ramificações. O tórax é delimitado pelos ossos da coluna vertebral e das costelas e seus músculos associados. Juntos, os ossos e os músculos são denominados caixa torácica. As costelas e a coluna (a parede torácica) formam as laterais e a Lais Nascimento Feitosa MEDICINA parte superior da caixa torácica. A camada de músculo esquelético em forma de cúpula, o diafragma. Cada pulmão é rodeado por um saco pleural de parede dupla, cujas membranas forram o interior do tórax e cobrem a superfície externa dos pulmões. Cada pleura é formada por muitas camadas de tecido conectivo elástico e um grande número de capilares. O líquido pleura mantêm os pulmões aderidos à caixa torácica devido às forças coesivas. Caminho do ar: O ar entra no trato respiratório superior através da boca e do nariz e passa pela faringe, uma passagem comum para os alimentos, para os líquidos e para o ar. Da faringe, o ar flui através da laringe para a traqueia. A laringe contém as pregas vocais, faixas de tecido conectivo que são tensionadas e vibram para criar o som quando o ar passa por elas. A traqueia é um tubo semiflexível mantido aberto por 15 a 20 anéis cartilaginosos em forma de C. Esses anéis se estendem para dentro do tórax, onde se ramificam (divisão 1) em um par de brônquios primários, um brônquio para cada pulmão. Nos pulmões, os brônquios ramificam-se repetidamente em brônquios progressivamente menores. Nos pulmões, os menores brônquios formam os bronquíolos, pequenas passagens flexíveis com uma parede formada por músculo liso. Os bronquíolos continuam ramificando-se até que os bronquíolos respiratórios formem uma transição entre as vias aéreas e o epitélio de troca do pulmão. Obs: A área de secção transversal é maior nos bronquíolos do que no trato respiratório superior. O ar inalado é aquecido pelo calor do corpo e umedecido pela água evaporada do revestimento mucoso das vias aéreas. Sob condições normais, quando o ar alcança a traqueia, ele foi condicionado a 100% de umidade e 37°C. A respiração pela boca não é tão eficaz em aquecer e umedecer o ar como a respiração pelo nariz. A filtração do ar ocorre na traqueia e nos brônquios. Tanto a traqueia quanto os brônquios são revestidos com um epitélio ciliado, cujos cílios são banhados por uma camada de solução salina. A solução salina é produzida pelas células epiteliais quando o Cl é secretado para o lúmen por canais de ânions apicais que atraem Na para o lúmen através da via paracelular. Uma camada viscosa de muco flutua sobre os cílios para prender a maior parte das partículas inaladas, a camada de muco é secretada pelas células caliciformes no epitélio. Os cílios batem com um movimento ascendente que move o muco continuamente em direção à faringe, criando o que é chamado de movimento mucociliar. Os alvéolos, agrupados nas extremidades dos bronquíolos terminais, constituem a maior parte do tecido pulmonar. A sua função primária é a troca gasosa entre eles e o sangue. Cada pequeno alvéolo é composto de uma única camada de epitélio. Dois tipos de células epiteliais são encontrados nos alvéolos. Cerca de 95% da área superficial alveolar é utilizada para a troca de gases e é formada por células alveolares tipo I. Essas células são muito delgadas, então os gases se difundem rapidamente através delas. O restante é formado pela célula alveolar tipo II, menor e mais espessa, sintetiza e secreta uma substância química conhecida como surfactante. O surfactante mistura-se com o líquido fino que reveste o alvéolo para ajudar os pulmões quando eles se expandem durante a respiração, também ajudam a minimizar a quantidade de líquido presente nos alvéolos, transportando solutos e água para fora do espaço aéreo alveolar. Circulação pulmonar: A taxa de fluxo sanguíneo é bem mais alta do que em outros tecidos, porque os pulmões recebem o débito cardíaco total do ventrículo direito. Apesar da alta taxa de fluxo, a pressão sanguínea pulmonar é baixa. O ventrículo direito não tem que bombear tão vigorosamente para gerar o fluxo porque a resistência da circulação pulmonar é baixa. A resistência baixa é atribuída ao menor comprimento total dos vasos sanguíneos pulmonares, à distensibilidade e grande área de secção transversal total das arteríolas pulmonares. A pressão hidrostática que filtra o líquido do capilar para o espaço intersticial é baixa pois a PAM é baixa. A distância entre o espaço aéreo alveolar e o endotélio capilar é pequena, facilitando a difusão dos gases. Ventilação: A troca da massa de ar entre a atmosfera e os alvéolos é denominada ventilação, ou respiração. Um único ciclo respiratório consiste em uma inspiração seguida por uma expiração. Existem testes que avaliam o funcionamento pulmonar dos indivíduos e são feitos com espirômetros, instrumentos que medem o volume de ar movido a cada respiração. O ar movido durante a respiração pode ser dividido: Lais Nascimento Feitosa MEDICINA • Volume corrente: ar que se move durante uma única inspiração ou expiração. • Volume de reserva inspiratório: volumeadicional além do volume espontâneo. • Volume de reserva expiratório: volume expirado adicional depois do volume espontâneo. • Volume residual: o que sobrou nos pulmões e nas vias aéreas. Capacidades pulmonares: Capacidade vital: quantidade máxima de ar que pode ser voluntariamente movida para dentro ou para fora do sistema respiratório a cada ciclo. Diminui com a idade, quando os músculos enfraquecem e os pulmões se tornam menos elásticos. A capacidade vital somada ao volume residual é a capacidade pulmonar total (CPT). Outras capacidades importantes na medicina pulmonar (pneumologia) são a capacidade inspiratória (volume corrente volume de reserva inspiratório) e a capacidade residual funcional (volume de reserva expiratório volume residual). O fluxo do ar é proporcional a diferença de pressão e inversamente proporcional à resistência: A respiração é um processo ativo que requer contração muscular. No sistema respiratório, os músculos da caixa torácica e o diafragma funcionam como uma bomba, quando esses músculos se contraem, os pulmões expandem-se, uma vez que estão presos à parede interna do tórax pelo líquido pleural. Músculos primários envolvidos na respiração espontânea: diafragma, intercostais externos e escalenos. Na respiração forçada, músculos do tórax (intercostais internos) e do abdome são requisitados. Inspiração: Para que o ar possa se mover para dentro dos alvéolos, a pressão dentro dos pulmões deve ser mais baixa do que a pressão atmosférica. De acordo com a lei de Boyle, um aumento no volume gera uma redução na pressão. Durante a inspiração, o volume torácico aumenta quando certos músculos esqueléticos da caixa torácica e o diafragma se contraem. À medida que o volume torácico aumenta, a pressão diminui, e o ar flui para dentro dos pulmões. • Na breve pausa entre as respirações, a pressão alveolar é igual à pressão atmosférica, quando as pressões são iguais, não há fluxo de ar. • Quando a inspiração inicia, os músculos inspiratórios (músculos intercostais externos e escalenos) contraem, e o volume torácico aumenta. Com o aumento do volume, a pressão alveolar diminui cerca de 1 mmHg abaixo da pressão atmosférica e o ar flui para dentro dos alvéolos. A mudança do volume torácico ocorre mais rapidamente do que a velocidade do ar fluindo para dentro dos pulmões, e, assim, a pressão alveolar atinge o seu valor mais baixo no meio do processo de inspiração. Como o ar continua a fluir para dentro dos alvéolos, a pressão aumenta até a caixa torácica parar de expandir-se, imediatamente antes do término da inspiração. O movimento do ar continua por mais uma fração de segundo, até que a pressão dentro dos pulmões se iguala à pressão atmosférica. Ao término da inspiração, o volume pulmonar está no seu valor máximo no ciclo respiratório. Expiração: Ao final da inspiração, os impulsos dos neurônios motores somáticos para os músculos inspiratórios cessam, e os músculos relaxam. A retração elástica dos pulmões e da caixa torácica leva o diafragma e as costelas para as suas posições originais relaxadas, da mesma maneira que um elástico esticado retorna ao seu tamanho original quando é solto. Devido ao fato de a expiração durante a respiração em repouso envolver a retração elástica passiva, em vez da contração muscular ativa, ela é chamada de expiração passiva. • Como os volumes pulmonares e torácicos diminuem durante a expiração, a pressão de ar nos pulmões aumenta, atingindo cerca de 1 mmHg acima da pressão Lais Nascimento Feitosa MEDICINA atmosférica. A pressão alveolar é agora maior do que a pressão atmosférica, de modo que o fluxo de ar se inverte, e o ar move-se para fora dos pulmões. • No final da expiração, o movimento de ar cessa quando a pressão alveolar novamente se iguala à pressão atmosférica. O volume pulmonar atinge o seu valor mínimo dentro do ciclo respiratório. Nesse ponto, o ciclo respiratório terminou e está pronto para ser iniciado novamente com a próxima respiração. A expiração ativa usa os músculos intercostais internos e os músculos abdominais (músculos expiratórios). Os intercostais internos e os intercostais externos funcionam como grupos de músculos antagonistas, porém o diafragma não possui músculos antagonistas. Em vez disso, os músculos abdominais contraem durante a expiração ativa para suplementar a atividade dos intercostais internos. O processo ativo de soprar o ar para fora ajuda a contrair os abdominais, os mesmos músculos que você está tentando fortalecer. Qualquer doença neuromuscular que enfraqueça os músculos esqueléticos ou lesione seus neurônios motores pode afetar a ventilação. Exemplos de doenças que afetam o controle motor da ventilação incluem a miastenia grave, uma doença em que os receptores de acetilcolina das placas motoras dos músculos esqueléticos são destruídos, e a poliomielite, uma doença viral que paralisa os músculos esqueléticos. Pressão intrapleural: A superfície dos pulmões é coberta pela pleura visceral, e a porção pleural que reveste a cavidade torácica é chamada de pleura parietal. As forças de coesão do líquido intrapleural promovem a adesão dos pulmões à caixa torácica. Quando a caixa torácica se movimenta durante a respiração, os pulmões movem-se junto. A pressão intrapleural no fluido entre as membranas pleurais é normalmente subatmosférica, essa pressão ajuda amanter os pulmões inflados. Se a cavidade pleural é rompida, o ar flui para dentro desfazendo as interações do líquido que mantêm o pulmão aderido à caixa torácica. A parede do tórax se expande enquanto os pulmões elásticos colapsam para um estado não estirado - Pneumotórax. Complacência e elasticidade: Os gradientes de pressão necessários para o fluxo de ar são criados pelo trabalho da contração dos músculos esqueléticos. Durante o exercício, a energia requerida para a respiração aumenta substancialmente. Os dois fatores que têm maior influência na quantidade de trabalho necessária para a respiração são a distensibilidade dos pulmões e a resistência das vias aéreas ao fluxo de ar. Clinicamente, a habilidade do pulmão de se estirar é chamada de complacência. A complacência é o inverso da elastância (recuo elástico), que é a capacidade de resistir à deformação mecânica. A elastância também se refere à capacidade que um corpo tem de voltar à sua forma original quando a força que promove a sua deformação é removida. O enfisema é uma doença na qual as fibras de elastina normalmente encontradas no tecido pulmonar são destruídas. A destruição da elastina resulta em pulmões que exibem alta complacência e estiram facilmente durante a inspiração. Todavia, esses pulmões também apresentam uma elasticidade diminuída, de modo que não retornam à sua posição de repouso durante a expiração. Doença restritiva pulmonar: a diminuição da complacência pulmonar afeta a ventilação, visto que mais trabalho deve ser realizado para estirar um pulmão mais rígido. A fibrose pulmonar é caracterizada pelo desenvolvimento de tecido fibroso cicatricial rígido que restringe a insuflação pulmonar. Edema pulmonar: o líquido no espaço intersticial aumenta a distância de difusão. PO2 baixa. Asma: caracterizada por broncoconstrição e edema causando aumento da resistência das vias aéreas e diminuição da ventilação alveolar. O surfactante diminui o trabalho respiratório: O líquido que reveste todos os alvéolos gera tensão superficial. Se a tensão superficial (T) do líquido fosse a mesma nos alvéolos pequenos e nos grandes, os alvéolos pequenos teriam uma pressão maior dirigida para o interior do alvéolo do que os alvéolos maiores, e maior resistência ao estiramento. Como resultado, mais trabalho seria necessário para expandir os alvéolos menores.Normalmente, contudo, nossos pulmões secretam um surfactante que reduz a tensão superficial. Os surfactantes são moléculas que rompem as forças Lais Nascimento Feitosa MEDICINA coesivas entre as moléculas de água ao se substituírem por água junto à superfície. Nos pulmões, o surfactante diminui a tensão superficial do líquido alveolar e, assim, diminui a resistência do pulmão ao estiramento. O surfactante é mais concentrado em alvéolos menores, tornando a sua tensão superficial menor do que nos alvéolos maiores. A menor tensão superficial ajuda a igualar a pressão entre alvéolos de diferentes tamanhos e torna mais fácil inflar os alvéolos menores. Com uma tensão superficial menor, o trabalho necessário para expandir os alvéolos em cada ciclo ventilatório é bastante reduzido. O surfactante humano é uma mistura que contém proteínas e fosfolipídeos, como dipalmitoilfosfatidilcolina, que são secretados para o espaço de ar alveolar pelas células alveolares tipo II (pneumócitos tipo II). Resistência: Além da complacência, a resistência influencia a respiração. É influenciada pelo comprimento do sistema, viscosidade da substância e raio do tubo a 4 potência. No entanto, o principal é o raio. O trabalho para superar a resistência das vias aéreas ao fluxo de ar é muito menor que o necessário para a resistência dos pulmões e da caixa torácica ao estiramento. As vias aéreas possuem menor área de secção transversal do que os bronquíolos, tornando-se mais resistentes ao fluxo de ar. Devido ao fato de os bronquíolos serem tubos colapsáveis, um decréscimo no seu diâmetro pode torná-los uma fonte significativa de resistência das vias aéreas. A broncoconstrição aumenta a resistência ao fluxo de ar e diminui a quantidade de ar “novo” que alcança os alvéolos. Os bronquíolos, assim como as arteríolas, estão sujeitos ao controle reflexo pelo sistema nervoso e por hormônios. Entretanto, a maioria das alterações minuto a minuto do diâmetro bronquiolar ocorrem em resposta a sinais parácrinos. O dióxido de carbono nas vias aéreas é a molécula parácrina primária, afetando diretamente o diâmetro bronquiolar. O aumento de CO2 no ar expirado relaxa o músculo liso bronquiolar, provocando broncodilatação. A histamina é um sinal parácrino que atua como um broncoconstritor potente. Essa substância química é liberada pelos mastócitos em resposta a um dano tecidual ou a reações alérgicas. O controle neural primário dos bronquíolos é feito por neurônios parassimpáticos que causam broncoconstrição, um reflexo que protege o trato respiratório inferior de irritantes inalados. Não existe inervação simpática significativa dos bronquíolos humanos. Contudo, o músculo liso dos bronquíolos é bem suprido com receptores beta 2 que respondem à adrenalina. A estimulação dos receptores beta 2 relaxa o músculo liso da via aérea, resultando em broncodilatação. Histamina: broncoconstritor. No- broncodilatador. A eficiência da ventilação é o volume de ar movido para dentro e para fora dos pulmões a cada minuto: Ventilação pulmonar total= volume corrente X frequência ventilatória Ventilação alveolar: quantidade de ar novo que alcança os alvéolos a cada min. Mudança no padrão de ventilação alveolar afeta as pressões parciais dos gases nos alvéolos, mas permanecem constantes no repouso. Hiperventilação: ventilação alveolar aumenta acima dos níveis normais. PO2 alveolar aumenta e a PCO2 diminui. Hipoventilação: menos ar novo entra nos alvéolos. PO2 alveolar diminui e a PCO2 alveolar aumenta. Ventilação e fluxo sanguíneo: Ajustar a ventilação nos grupos de alvéolos pelos quais o sangue flui envolve regulação local do fluxo de ar e do fluxo de sangue. Alterações no fluxo de sangue pulmonar dependem das propriedades dos capilares e de fatores locais (O2 e CO2). Os capilares pulmonares são colapsáveis, ou seja, se a pressão do sangue que flui cai, eles se fecham, desviando o sangue para capilares de pressão maior. Lais Nascimento Feitosa MEDICINA O diâmetro dos bronquíolos é regulado primariamente pelos níveis de CO2 no ar que passa por eles ao ser expirado. Aumento da PCO2 no ar expirado causa broncodilatação. Já as arteríolas têm o fluxo de sangue regulado primariamente pelo o conteúdo de oxigênio no líquido intersticial situado ao redor dela. Se a ventilação dos alvéolos em uma área é diminuída, a PO2 diminui, e as arteríolas respondem fazendo vasoconstrição, desviando sangue da região subventilada para partes do pulmão melhor ventiladas. ATENÇÃO: A constrição das arteríolas pulmonares em resposta à baixa PO2 é o oposto do que ocorre na circulação sistêmica. Na circulação sistêmica, o decréscimo na PO2 faz as arteríolas dilatarem liberando mais sangue oxigenado para o tecido. Nos pulmões, o sangue está captando O2, portanto não faz sentido enviar mais sangue para uma área com baixa PO2 tecidual devido à ventilação diminuída. Controle local de arteríolas e bronquíolos pelo O2 e CO2: PCO2 aumenta: Bronquíolos: dilatação Arteríolas pulmonares: constrição Arteríolas sistêmicas: dilatação PCO2 diminui: Bronquíolos: constrição Arteríolas pulmonares: dilatação Arteríolas sistêmicas: constrição PO2 aumenta: Bronquíolos: constrição Arteríolas pulmonares: dilatação Arteríolas sistêmicas: constrição PO2 diminui: Bronquíolos: dilatação Arteríolas pulmonares: constrição Arteríolas sistêmicas: dilatação.
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