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PEDAGOGIA-2018_1-TRANSTORNO-DE-DÉFICIT-DE-ATENÇÃO-COM-HIPERATIVIDADE-TDAH-MARESSA-NICOLE

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1 
 
 TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO COM 
HIPERATIVIDADE (TDAH) 
 
Maressa Batista Siqueira Souza1 
Nicole Dias de Souza2 Eliene 
Nery Santana Enes3 
 
RESUMO 
 
Muito tem sido discutido sobre o papel da escola na mediação de aprendizagem 
dos alunos com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). 
Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivos conceituar e 
caracterizar o TDAH, conhecer as causas, seu diagnóstico e atuação 
pedagógica. A metodologia utilizada é a pesquisa qualitativa, de cunho 
bibliográfico com apoio em autores e pesquisadores que discutem a temática. A 
produção deste artigo, nos possibilitou um olhar aprofundado sobre o TDAH e 
uma reflexão sobre a importância do papel e formação do pedagogo para lidar 
com o TDAH, e caminhar junto com a família e escola para o sucesso do aluno. 
 
Palavras-chave: Hiperatividade; TDAH; Professor; Aluno. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
O artigo apresenta-se como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), 
requisito parcial para obtenção do título de Pedagogo – Licenciatura, pela 
Universidade Vale do Rio Doce – UNIVALE. A escolha para a abordagem 
dessa temática – Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade 
(TDAH) deve-se a vivência de dificuldades de aprendizagem no percurso 
escolar de uma das autoras, que diagnosticada tardiamente aos 17 anos, 
com TDAH, enfrentou barreiras e prejuízos no acesso ao conhecimento. 
Também nos instigou, o pouco conhecimento e o nosso despreparo para lidar 
com crianças na escola, acometidas pelo transtorno. 
1
Graduanda em Pedagogia - Licenciatura da Universidade Vale do Rio Doce – UNIVALE. 
e-mail: maresasiqueira10@gmail.com 
2
Graduanda em Pedagogia - Licenciatura da Universidade Vale do Rio Doce – UNIVALE. 
e-mail: nicoleoliveira_2012@live.com 
3
Profa. Mestre do Curso de Pedagogia - Licenciatura da Universidade Vale do Rio Doce – 
UNIVALE. E-mail: eliene.nery@yahoo.com.br
mailto:maresasiqueira10@gmail.com
mailto:nicoleoliveira_2012@live.com
2 
 
 
As indagações foram se apresentando na aproximação do tema e no 
processo de construção do texto: o que é o TDAH? Como se caracteriza? Como 
é realizado o diagnóstico? Como lidar com as dificuldades de comportamento 
e dificuldades de aprender desse aluno? Como fazer a mediação pedagógica 
com o aluno que apresenta esse transtorno? 
Nesse contexto, o trabalho tem como objetivos conceituar e caracterizar 
o TDAH, conhecer as causas, seu diagnóstico e atuação pedagógica. 
A metodologia utilizada é a pesquisa qualitativa, de cunho bibliográfico 
com apoio em autores e pesquisadores que discutem a temática. Citamos entre 
outros, Mattos (2010), Silva (2003), Coutinho (2009). 
O artigo está organizado em duas seções: a primeira trata o conceito, 
caracterização, causas e diagnóstico do TDAH. A segunda seção, discute 
sobre o aluno com o transtorno na escola e o processo de mediação 
pedagógica. 
 
 
2TRANSTORNO DO DÉFICT DE ATENÇÃO/ HIPERATIVIDADE – TDAH 
 
 
2.1 O QUE É O TDAH? 
 
 
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) vem 
sendo considerado como problema de saúde e apresenta como características 
básicas a desatenção, a agitação e a impulsividade. Este transtorno tem um 
grande prejuízo na vida da criança ou do adolescente e das pessoas com as 
quais convive e pode acarretar a dificuldades emocionais, de relacionamento 
familiar e social, bem como a um baixo desempenho nas atividades escolares. 
Conforme o DSM-V (2014) a característica essencial do transtorno de 
déficit de atenção/hiperatividade (TDAH): 
 
é um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-
impulsividade que interfere no funcionamento ou no desenvolvimento. 
A desatenção manifesta- se comportamentalmente no TDAH como 
divagação em tarefas, falta de persistência, dificuldade de manter o 
3 
 
foco e desorganização – e não constitui consequência de desafio ou 
falta de compreensão. A hiperatividade refere-se à atividade motora 
excessiva (como uma criança que corre por tudo) quando não 
apropriado ou remexer, batucar ou conversar em excesso (DSM- V, 
2014, p. 87). 
O TDAH começa na infância e para o diagnóstico há exigência de que 
vários sintomas estejam presentes antes dos doze anos de idade com 
manifestações do transtorno em mais de um ambiente: em casa e na escola, 
ambientes sociais. Em situações em que o indivíduo recebe recompensas 
frequentes por comportamento apropriado, está sob supervisão, envolvido em 
atividades de seu interesse, recebe estímulos externos consistentes ou está 
interage em situações individualizadas, pode ocorrer sinais mínimos do 
transtorno. Outras características podem ser associadas ao diagnóstico como 
a baixa tolerância a frustração, irritabilidade ou labilidade do humor. 
Os critérios para o diagnóstico Transtorno do Déficit de Atenção e 
Hiperatividade são apontados pelo Manual de Diagnóstico e Estatístico 
(2014): 
Quadro1 - Critérios Diagnósticos para o TDAH 
Fonte: DSM – V (2014). 
 
 
Silva (2003), lembra que na observação da criança é possível identificar 
sua agitação, as vezes andam aos pulos, move-se na sala sem parar como se 
Desatenção 
✓ Falha para prestar atenção a detalhes 
✓ Dificuldades para manter atenção sustentada nas tarefas 
✓ Frequentemente parece não escutar quando se fala diretamente com ele (a) 
✓ Frequentemente não segue instruções ou falha na finalização de tarefas 
✓ Tem dificuldade para organizar tarefas ou atividades 
✓ Frequentemente perde coisas necessárias para a realização de tarefas 
✓ É facilmente distraído por estímulos externos 
✓ É frequentemente esquecido em atividades diárias 
 
Hiperatividade 
✓ Mexe os membros com frequência ou se move na cadeira 
✓ Levanta-se da cadeira na sala de aula ou em outros locais onde é esperado 
quepermaneça sentado 
✓ Corre ou sobe excessivamente nas coisas 
✓ Tem dificuldades para brincar calmamente 
✓ Está frequentemente "a ponto de" " e parece " ligado em um motor" 
✓ Fala excessivamente 
 
Impulsividade 
✓ Explode em respostas antes das questões serem completadas 
✓ Tem dificuldades em esperar a sua vez 
✓ Frequentemente interrompe os outros 
4 
 
os passos fossem lentos demais para acompanhar a energia dos músculos. 
Nos adultos, essa hiperatividade costuma se apresentar de forma 
menos exuberante, o que acabou por fazer alguns autores no 
passado pensarem que tal alteração tendia a desaparecer com o 
término da adolescência. Hoje se sabe que isso não é verdade, o 
que ocorre é uma adequação formal da hiperatividade à fase adulta 
(SILVA, 2003, p.26). 
 
 
Os primeiros sinais geralmente são observados nas escolas, quando 
os professores começam a perceber dificuldades no processo de 
aprendizagem, falta de interesse, falta de atenção nas atividades 
desenvolvidas nas escolas, inquietude e a impulsividade. É de grande 
importância que o diagnóstico seja feito o mais cedo possível para o devido 
apoio à criança. 
Encontramos em nossa pesquisa bibliografica conforme DSM - III 
(2008) uma lista de comportamentos a serem observados para identificação 
do TDAH: 
✓ Mexe incessantemente com as mãos ou os pés 
✓ Tem dificuldade em permanecer sentado quando lhe pedem 
✓ Distrai-se facilmente 
✓ Tem dificuldade em esperar sua vez em situações de jogos de grupo 
✓ Frequentemente reponde a perguntas falando de forma abrupta, sem 
esperar que o interlocutor termine a pergunta. 
✓ Tem dificuldade em acompanhar as instruções dadas pelos outros 
✓ Tem dificuldade em sustentar a atenção às tarefas querealiza ou nas 
atividades que pratica 
✓ Muda de uma atividade incompleta para outra 
✓ Tem dificuldade em brincar em silencio 
✓ Fala demais 
✓ Interrompe ou invade a fala do outro 
✓ Não presta atenção no que está sendo ditto 
✓ Perde coisas que são necessárias a realização de tarefas ou atividades 
na escola ou em Casa 
✓ Envolve em atividades físicas perigosas 
 
5 
 
Para o diagnóstico de TDAH em crianças faz-se necessário, além doexame 
clinico, realizado de entrevista com os pais e com os professores, pois as 
crianças nem sempre conseguem fazer um relato preciso sobre seu 
comportamento (COUTINHO et al, 2009). 
 
2.2 Causas do TDAH 
 
 
Mattos (2010) afirma que uma das causas possíveis para o surgimento 
do TDAH pode ser de origem genética, sem que, necessariamente, todos os 
membros da mesma família sofram do mesmo mal, havendo, contudo, a 
possibilidade de maior índice de casos em membros da mesma família. Pode 
estar ligado a riscos biológicos que podem afetar uma criança antes, durante 
e depois de seu nascimento. Para Mattos (2010), os únicos fatores não 
genéticos envolvidos são: problemas durante o parto, desnutrição e fumo 
durante a gravidez. 
Algumas suposições relacionam que a forma de educar as crianças 
pode colaborar para o aparecimento do TDAH. Nesse caso, os pais devem 
ser orientados para melhor adaptação da criança e diminuição dos sintomas. 
 
 
3 TDAH NA ESCOLA 
 
 
O TDAH costuma ser identificado com mais frequência durante os anos 
do ensino fundamental (anos iniciais) a partir de comportamentos de inquietação 
do aluno e prejuízos no aprendizado. Na pré-escola, a principal manifestação é 
a hiperatividade. A desatenção fica mais proeminente nos anos do ensino 
fundamental. Na adolescência, sinais de hiperatividade (p. ex., correr e subir nas 
coisas) são menos comuns, podendo limitar-se a comportamento mais irrequieto 
ou sensação interna de nervosismo, inquietude ou impaciência. Na vida adulta, 
além da desatenção e de inquietude, a impulsividade pode permanecer 
problemática, mesmo quando ocorreu redução da hiperatividade (Matos, 2010). 
Crianças com o transtorno apresentam autodeterminação variável ou 
inadequada a tarefas que exijam esforço prolongado frequentemente, são 
6 
 
interpretadas pelos professores e pais, como crianças preguiçosas ou falta 
de cooperação. As relações com os pares costumam ser conturbadas devido 
à rejeição ou provocações em relação ao indivíduo com TDAH. 
O transtorno fica relativamente estável nos anos iniciais da 
adolescência, mas alguns indivíduos têm piora no curso, com o 
desenvolvimento de comportamentos antissociais. Na maioria das pessoas 
com TDAH, sintomas de hiperatividade motora ficam menos claros na 
adolescência e na vida adulta, embora persistam dificuldades com 
planejamento, inquietude, desatenção e impulsividade. 
Para ajudar as crianças o pedagogo na escola, precisa estar em 
constante atenção para com os alunos identificados com o transtorno e 
buscar modos de mediação para esse aluno. É indispensável acompanhar 
não só a prática docente, a formação, mas também é necessário que se 
tenha uma boa estrutura física da escola, materiais didáticos adequados e 
profissionais que venham a contribuir de forma positiva para com o processo 
de desenvolvimento escolar. 
 
3.1 ATUAÇÃO DO PEDAGOGO COM CRIANÇAS COM TDAH 
 
 
Atualmente, TDAH tem sido tema de muitas discussões que estão 
cada vez mais presente em crianças e adolescentes e que aparece 
diretamente nas instituições de ensino que trata o tema em seus debates no 
contexto educacional. 
A escola, em relação aos seus professores, precisa assumir o importante 
papel de organizar os processos de ensino para apoiar ao máximo a 
aprendizagem das crianças com TDAH. Para isso, é necessário que direção, 
coordenações, e professores se reúnam para planejar e ampliar as técnicas e 
estratégias de ensino para suprir às necessidades do aluno. O mais importante 
é o professor conhecer o transtorno e reconhecer que essa criança necessita 
de auxílio utilizar estratégias que possam ajudar o aluno em seu 
comportamento inquieto e desatento como motivar o aluno com tarefas, 
solicitar sua ajuda em pequenas tarefas, desenvolver atividades que instigue a 
sua capacidade dentre outros. 
7 
 
O aluno com TDAH, não difere dos outros alunos em relação ao 
processo de aprendizagem, mas normalmente, necessitam de um tempo maior 
para absorver os conteúdos e cumprir as tarefas. A falta de preparo do 
professor pode trazer prejuízos nos processos de aprendizagem e contribuir 
para o fracasso escolar 
 
Para lidar com os mais agitados, o professor deve propor 
atividades extras durante as aulas, segundo conselhos mais 
frequentes entre os especialistas. Eles devem pegar tudo para 
você no armário, apagar a lousa, buscar não sei o quê, não sei 
onde (RICTCHER, 2012, p.1). 
Como sugerido pelo autor o professor pode usar a inquietude da 
criança de forma positiva criando atividades extraclasses, com ações 
corporais e mudanças de ambiente. 
Seno (2010, p. 3) faz algumas sugestões objetivando a diminuição de 
alguns comportamentos do quadro do TDAH: 
✓ Sentar o aluno na primeira carteira e distante da porta ou janela; 
✓ Reduzir o número de alunos em sala de aula; 
✓ Procurar manter uma rotina diária; 
✓ Propor atividades pouco extensas; 
✓ Intercalar momentos de explicação com os exercícios práticos; 
✓ Utilizar estratégias atrativas; 
✓ Explicar detalhadamente a proposta; 
✓ Tentar manter o máximo de silêncio possível; 
✓ Orientar a família sobre o transtorno; 
✓ Evitar situações que provoquem a distração. 
 
Em nosso entendimento, essas sugestões possibilitam uma melhora 
significativa no desenvolvimento dos processos pedagógicos, pois cria um 
ambiente adequado para a aprendizagem, o que será um benefício para 
8 
 
todos os alunos. 
É muito importante também que o professor/pedagogo trabalhe a partir 
das dificuldades desses alunos (falta de concentração/atenção, hiperatividade, 
impulsividade...) com jogos, leitura e escrita de forma sucinta e clara, 
atividades corporais, de expressões. E que não deixe de levar em conta a 
realidade e o contexto social que o mesmo está inserido, suas experiências e 
conhecimentos prévios, e sempre os estimule a superar suas limitações. 
Segundo Reis & Camargo (2008) a melhor medida para superar as 
dificuldades encontradas pelos alunos com TDAH em sala de aula: 
é a mudança de postura do professor, no sentido de tornar o ensino 
mais participativo, solidário, democrático, criativo e reflexivo, ao 
mesmo tempo em que as políticas educacionais devem contribuir 
para a promoção social de todos, em sua diversidade (Reis & 
Camargo, 2008, p. 86). 
 
 
Rohde e Benczik (1999) descrevem algumas atitudes que ajudam na 
pratica docente com esses alunos: 
✓ Esclarecimento familiar sobre o TDAH; 
✓ Intervenção psicoterápica com a criança ou adolescente; 
✓ Intervenção psicopedagógica e /ou de reforço de conteúdos; 
✓ Uso de medicação; 
✓ Orientação de manejo para a família; 
✓ Orientação de manejo para os professores. 
 
A Associação Brasileira de Déficit de Atenção – ABDA também dá 
sugestões que podem melhorar a concentração e atenção dos estudantes: 
✓ Quando o professor der instruções, pedir ao aluno para repetir as 
instruções ou compartilhar com um colega antes de começar as 
tarefas; 
✓ Quando o aluno desempenhar a tarefa solicitada, ofereça sempre um 
feedback positivo (reforço); 
✓ Alunos com TDAH precisam de suporte, encorajamento, parceria e 
adaptações; 
9 
 
✓ Optar por, sempre que possível, dar aula com materiais audiovisuais, 
computadores, vídeos, DVD, e outros materiais diferenciados como 
revistas, jornais, livros, etc. 
✓ Etiquetar, iluminar, sublinhar e colorir as partes mais importantes de uma 
tarefa, texto ou prova (ajuda focar atenção). 
 
O trabalho de intervenção com alunos TDAH é muito importante e exige 
um planejamento especifico e bem elaborado. O uso de recursos pode ser de 
grande auxilio para o professor, pois será possível possibilitar ao estudante 
com TDAH experiências de forma dinâmica de aspectos como percepções de 
mundo e integrações com o meio. 
É necessário que o professor seja flexível em relação as suas 
estratégias de ensino que busque a cada dia adequá-las a necessidade e 
tempo de aprendizagem do aluno. Mattos(2004, p.96) diz: “Se ele aprende 
matemática melhor com jogos, então o professor ideal será aquele que 
consegue produzir uma variedade de jogos matemáticos interessantes.”. 
No livro “No Mundo da lua’’ Mattos, alerta que “o TDAH tem como 
característica principal a desatenção e por isso as pessoas que possui esse 
transtorno são rotuladas de indolentes, preguiçosas ou limitadas”.É importante 
ficar atento e não apresentar conclusões precipitadas e preconceituosas sobre 
o aluno com TDAH.Martins, (2013 p.51) diz que “o TDAH é bastante 
complicado e muitas vezes não entendido, mas os alunos com este transtorno 
existem e estão nos bancos escolares e necessitam de um olhar diferenciado”. 
Martins (2013, p.54) elaborou o quadro a seguir, onde apresenta uma 
lista de sugestões para trabalhar com esses alunos. 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
Quadro 2: Sugestões 
 
Elogiar sempre o que o aluno consegue fazer adequadamente. 
Elogios elevam a autoestima. 
Treinar o aluno a parar, olhar. 
Treinar o aluno a ouvir e pensar antes de responder. 
Pedir para o aluno ler em voz alta e resumir o que leu, ajuda a memória. 
Vincular sempre o que se está estudando com algo real da vida do aluno. 
Utilizar imagens ou desenhos para favorecer a retenção na memória de listas e tabelas. 
Brincadeiras e exercícios de memorização de coisas do cotidiano favorecem a aprendizagem. 
Adequar suas estratégias de ensino para facilitar a aprendizagem do aluno. 
As tarefas devem ser divididas em pequenas etapas para estimular o aluno. 
Estabelecer regras claras, rotinas constantes e previsíveis e colocar limites no comportamento do 
aluno. 
Ouvir as sugestões dos alunos. 
O cumprimento de regras e flexibilização de comportamento devem ser equilibrados. 
Adaptar conteúdos e metodologias. 
Colocar como ajudante do professor alunos que não conseguem ficar parados por muito tempo. 
Elogiar e premiar quando o aluno apresentar comportamento adequado 
Lembrar que o mais fácil para os outros alunos pode ser muito difícil para aquele que tem TDAH. 
Utilizar critérios diversos de avaliação. 
Na avaliação deve ser considerado o esforço do aluno, não o resultado final. 
Procurar fazer trabalhos em grupos pequenos. 
Trazer sempre o aluno para perto do professor. 
Manter o aluno longe de janelas. 
Fonte: Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA) 2013 
 
Muszkat (2012, p.135) aborda uma questão muito relevante, o pouco 
preparo do professor para lidar com TDAH. “Estudos sobre conhecimento e 
percepção dos professores a respeito do TDAH alertam para pouca 
informação referente ao mesmo e a necessidade maior comprometimentos 
dos professores com o diagnóstico, o manejo e o tratamento dessas crianças”. 
Entendemos que a formação continuada dos professores é muito 
importante. Cabe aos professores auxiliarem de forma positiva esses alunos 
no processo de construção da autoestima e autoimagem e processos de 
aprendizagem. 
Barkley (1998, p. 12) também disponibiliza algumas sugestões que 
podem facilitar o trabalho com as crianças e adolescentes com TDAH em sala 
de aula. 
 
 
 
 
11 
 
Quadro 3: Sugestões para Sala de Aula 
 
1. Adaptar quantidade de tarefas em sala à capacidade de atenção da criança. 
2. Modificar estilo de ensino e currículo (ex. incluir atividades que envolvem participação). 
3. Utilizar regras externas (ex. pôsteres, auto verbalizações). 
4. Fornecer reforçamento frequente e utilizar custo de resposta. 
5. Utilizar consequências imediatas para o comportamento. 
6. Utilizar reforços de maior magnitude (ex. sistema de fichas). 
7. Estabelecer limite de tempo para conclusão de tarefas. 
8. Estabelecer hierarquia para custo de resposta em sala de aula. 
9. Se as estratégias anteriores não forem efetivas, considerar reunião com pais e encaminhamento 
da criança. 
10. Coordenar as estratégias utilizadas na escola com aquelas utilizadas pelos pais em casa. 
11. Controlar o próprio estresse e frustração ao lidar com a criança. 
Fonte: Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE) 2007 
 
Também é útil para o aluno as atividades práticas (manusear, olhar, 
escutar, mover coisas), ou seja, criar aprendizagens exploratórias e 
Investigativas, é o que afirma Farrel (2009, p.78) que também traz sugestões 
de apoio ao professor na mediação da aprendizagem do aluno com TDAH: 
✓ Encorajar o estudante TDAH a explorar os mais variados materiais 
sobre um determinado conteúdo/assunto que será trabalho/ensinado 
em sala de aula, antes que o ensino ocorra; 
✓ Assegurar o ritmo da aprendizagem é um aspecto importante da 
educação do aluno com TDAH, consideradas as suas características 
devido o transtorno, terá aprendido no passado em um ritmo mais 
“acelerado” ou mais “lento” do que os outros alunos, o que pode ter o 
levado a níveis mais baixos de desempenho; 
✓ Ajustar as lições propostas por estratégias de questionamentos, como 
uma mistura de perguntas abertas e fechadas, ou pela mescla de 
dados novos e difíceis com dados mais conhecidos a ser consolidados; 
✓ Utilizar metodologia preferencialmente visual – as crianças com TDAH 
aprendem melhor visualmente, portanto, escrever palavras-chave ao 
mesmo tempo em que fala sobre o assunto, resulta no sucesso da 
prática pedagógica; 
✓ Estimular a criatividade por meio de tarefas que exijam a exploração, 
12 
 
criação e construção do aluno; 
✓ Ser claro e objetivo ao definir as regras de comportamento dentro da 
sala de aula, criando, juntamente com a turma, um “código de conduta” 
simples, com poucas palavras, para facilitar a memorização e escrever 
em uma tabela e expor em lugar visível. 
Em nosso estudo elencamos muitas sugestões que poderão auxiliar os 
professores na busca de melhores estratégias na mediação do processo de 
aprendizagem dos alunos com TDAH. 
 
 
CONCLUSÃO 
 
 
O trabalho de intervenção com alunos TDAH exige um planejamento 
organizado das aulas, com encaminhamento metodológico adequado é o que 
aprendemos neste estudo. Todas as práticas pedagógicas para TDAH 
sugeridas neste estudo nos ajudaram ampliar nosso conhecimento sobre 
como lidar com o aluno com TDAH na escola. 
Conclui-se que esse trabalho foi muito importante para nosso 
desenvolvimento e aprendizagem como pessoas e como futuras profissionais. 
Foi possível compreender o Transtorno de Déficit de Atenção com 
Hiperatividade, suas causas, tratamentos. A parceria da escola e família se 
torna mais que indispensável para um processo de desenvolvimento mais 
completo. Percebemos a importância de o quanto antes o diagnostico for 
realizado é melhor para a criança, pois quando passado “despercebido” ou 
deixado de lado pode se tornar um fardo a se carregar para a vida, como o 
caso de uma das autoras, com o relato a seguir: 
“Aos 17 anos, no penúltimo ano do Curso Normal de Nível Médio, eu 
(Maressa) decidi fazer um curso preparatório para concursos públicos. Ao 
conciliar os dois estudos em assuntos diferentes, tive uma grande dificuldade 
para absorção dos conteúdos e dificuldades de atenção. Essas dificuldades já 
me acompanhavam por algum muito tempo, mas só neste momento pensei 
que pudesse ser algo e decidi procurar um médico para buscar a causa desse 
13 
 
problema.Entre consultas, testes, exame, recebo então o diagnóstico de 
TDAH. Iniciei então o tratamento com Ritalina. Como não me adaptei com o 
medicamento e por seus efeitos colaterais, entre muitas tentativas decidi 
interrompe-lo, e conviver com minhas dificuldades. Estas me acompanham 
nos estudos, aulas e até mesmo durante as avaliações que por vezes é 
necessário que eu leia a mesma questão inúmeras vezes para entender o que 
se pede. Hoje no último período do curso de Pedagogia, com os estudos 
durante o curso e a produção deste artigo, percebo o quão poderia ser 
diferente se o meu diagnostico fosse realizado nos anos iniciais da educação 
básica. Com certeza, eu teria resultados melhoresem meu processo de 
escolarização. Aqui reforço a importância do diagnóstico ser realizado o 
quanto antes e mais ainda a importância de um pedagogo instruído para lidar 
com essas situações nesse processo”. 
A produção deste artigo nos possibilitou um outro olhar para o TDAH 
mesmo tendo vivencias com déficit podemos compreender mais a fundo os 
aspectos, causas, tratamentos e quanto futuras pedagogas foi possível 
principalmente entender que o do pedagogo pode ajudar muito ao aluno com 
TDAH. 
Através de todas as vivencias durante a montagem do artigo 
percebemos o quanto é importante se aprofundar mais sobre o TDAH para que 
sejamos Pedagogos preparados para lidar com a situação, e caminhar junto 
com a família e instituição para melhor rendimento do aluno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DÉFICIT DE ATENÇÃO. Como ajudar o 
aluno com TDAH. 2012. Disponível em: 
http://www.institutoabcd.org.br/perguntaserespostas/? glide=CjwKCAjw_tT 
XBRBsEiwArqXyMthc51TtEHI5PB34w_-GY9tpJWr8YAA7WzA 
ZWw32mv0zyIZSryICEhoC4_kQ AvD_BwE#os-professores-escolas-devem-
tratar-o- dislexico-de-maneira-diferente. Acesso em: 08 mai. 2018. 
 
Barkley, R. A. (1998). Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade. Em 
E. J. Mash e R. A. Barkley (Orgs.), Tratamento de distúrbios da infância. 
(vol. 2, pp. 55- 
110) New York: Connecticut, Guilford. 
COUTINHO, G. et al. Concordância entre relato de pais e professores para sintomas 
de TDAH: resultados de uma amostra clínica brasileira. Revista Psiquiatria Clínica, 
vol.36, no. 3, p.97-100. ISSN 0101-6083, 2009. 
 
DESIDÉRIO, Rosimeire C. S. e MIYAZAKI, Maria Cristina de O. S. Transtorno de 
Déficit de Atenção / Hiperatividade (TDAH): Orientações para a Família Sugestões 
Práticas Revista Semestral da Associação Brasileira dePsicologia Escolar e 
Educacional (ABRAPEE). Volume 11,n. 1,Janeiro/Junho 2007. 
FARREL, M. Dificuldades de Aprendizagem moderadas, graves e 
profundas: guia do professor. Trad. Maria Adriana Veríssimo Veronese. 
Porto Alegre: Artmed, 2008. 
 
MARTINS, Conceição Aparecida Penteado Possibilidades de Intervenção 
Pedagógica: TDAH no Ensino Fundamental - OS DESAFIOS DA ESCOLA 
PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções 
Didático-Pedagógicas - Versão On- line ISBN 978-85-8015-075-9 Cadernos PDE 
Disponível em: 
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