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Outras Espécies Normativas

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Isabele Espairani – Teoria Geral do Estado – 2º termo
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OUTRAS ESPÉCIES NORMATIVAS 
· Lei delegada
É um ato normativo primário: se caracteriza pela possibilidade do Executivo pedir ao Legislativo delegação para legislar sobre determinados assuntos.
Instrumento da delegação é uma resolução (outro tipo de espécies normativas, espécies de lei), que fixará os seus limites. Delegação só ocorre ao Presidente a pedido deste (externa corporis). 
· Resolução que autoriza a delegação: lei autorizativa
O § 1º do art. 68 da CF, não podem ser objeto de delegação:
Atos de competência exclusiva do Congresso Nacional;
Atos de competência privativa da Câmara dos Deputados e do Senado Federal;
Matéria reservada à lei complementar;
· Proibições de Lei Delegada
Legislação sobre organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. Não é qualquer matéria que pode ser objeto de delegação.
· Apreciação
Se o Congresso Nacional quiser, poderá pedir para apreciar o projeto, o que ocorrerá em votação única, vedadas emendas.
Caso o Presidente da República venha a ultrapassar os limites da resolução, o Congresso poderá sustar os atos que excederem tal limite (art. 49, V). O mesmo poderá ocorrer quando o Presidente exceder o poder regulamentar.
· Presidente é autor
Como a lei delegada é elaborada pelo Presidente da República, dispensa sanção ou veto, porque o Presidente não iria discordar de um projeto elaborado por ele mesmo.
Caso a resolução fixe prazo, o Presidente da República poderá, durante ele, legislar sobre o tema. Poderá veicular sua vontade em uma ou mais espécies normativas. A delegação é ato de conteúdo, que deve ser respeitado.
· Não obriga
A delegação deve ser solicitada pelo Presidente da República; não pode o Legislativo obrigar o Presidente a legislar.
O Congresso Nacional aprova a transferência de poderes ao Presidente da República por intermédio de resolução, que especificará o conteúdo e os termos do seu exercício.
· Decreto legislativo
É espécie normativa a das competências exclusivas do Congresso.
 Não apresenta necessidade de sanção ou veto. 
É promulgado pelo Presidente do Senado. 
Pode veicular matéria concreta e atos normativos (incisos II. III, IV, V, VI, IX, XII, XIII, XIV, XV XVI e XVIII, todos do art. 49 da CF), quando não pode ser atacado pelo controle direto de constitucionalidade.
· Controle
Quando exercente de competência concreta, o decreto legislativo não poderá ser atacado pelo controle direto de inconstitucionalidade. Art. 49, III (autorizar o Presidente e o Vice a se ausentarem do País, a ausência exceder 15 dias).
Controle de constitucionalidade, no entanto, ocorrerá quando da edição do decreto legislativo sobre as competências fixadas nos incisos VII e VIII (fixação de remuneração dos Deputados Federais, Senadores, Presidente, Vice da República e Ministros de Estado), já que no caso haverá edição de norma com características de generalidade e abstração.
· Uso dos tipos
Decreto legislativo ou Resolução está nos regimentos internos de cada Casa Legislativa.
Emenda n.45/2004 trouxe a hipóteses de um decreto legislativo especial, qual seja, aquele que ratifica Tratado ou Convenção Internacional de Direitos Humanos, que deve ser aprovado em processo assemelhado ao da emenda constitucional (ou seja, por meio de dois turnos de votação e quórum de 3/5 de cada Casa). Referido decreto legislativo tem equivalência de emenda constitucional.
· Dois tipos de decreto legislativo
Ao lado do tradicional (aprovado por maioria, sem procedimento especial), o decreto-legislativo com equivalência de emenda, que sofrerá disciplina mais severa, tendo como resultado a aprovação do tratado Internacional de Direitos Humanos. Como já houve manifestação sorte no sentido da aprovação (e como emenda constitucional não sofre promulgação pelo Poder Executivo), o decreto-legislativo já produz todos os seus efeitos, não havendo necessidade de manifestação presidencial. Promulgação é do Presidente do Senado.
· Resolução
É espécie normativa veiculadora das competências privativas de cada uma das Casas Legislativas (CF, arts. 51 e 52). A resolução não está sujeita a sanção ou veto. A promulgação é feita pela Mesa da Casa Legislativa que a editou.
· Controle de constitucionalidade
Quando a resolução for ato do Congresso Nacional, será promulgada pela Mesa do Senado Federal. A mesma observação feita quanto aos atos concretos, aplica-se às resoluções.
O ato que autoriza o processo contra o Presidente ou o Vice da República, ou o ato que os autoriza a se ausentar do país por mais de quinze dias, constante do inciso III do art. 49, não podem ser considerados atos normativos e, portanto, não serão objeto de ação direta de inconstitucionalidade.
· Votação
Maioria simples.
Não há sanção, por tratar-se de matéria privativa, ora do Senado, ora do Congresso Nacional.

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