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Mariane Aquime Trindade | UFPA ❖ As sensações resultam de estímulos que iniciam impulsos aferentes que captam estímulos físicos e químicos e os transforma em impulsos elétricos que são transmitidos ao sistema nervoso central ● Os tipos de estímulos são: 1. Tato (dor) 2. Paladar (sabor) 3. Olfato (cheiro e odor) 4. Audição e equilíbrio (ouvido) 5. Visão (olho) ● Receptores sensoriais são órgãos terminais de nervos aferentes e pertencem a um dos dois principais grupos fisiológicos: A. Externoreceptores: detectam estímulos externos ao corpo Detectam estímulos da pele como, frio, calor, toque e pressão Os órgãos receptores especiais para audição e visão são também classificados como externoreceptores B. Interorreceptores: detectam estímulos internos do corpo Detectam estímulos de dentro do corpo e incluem receptores para sabor, odor, aqueles dentro de vísceras que respondem ao pH, espasmos no intestino e fluxo na uretra. ● Proprioreceptores: são uma classe especial de Interorreceptores que sinalizam condições profundas dentro do corpo ao sistema nervoso central Localizam-se em músculos esqueléticos, tendões, ligamentos e cápsulas articulares. ● Receptores sensoriais: 1. Terminação nervosa livre: atuam como termorreceptores e nociceptores (dor) 2. Terminação de Merkel: são receptores de toque sensíveis à pressão Mariane Aquime Trindade | UFPA 3. Corpúsculo de Pacinian: respondem à pressão e estão amplamente distribuídos ao longo da derme e do tecido subcutâneo 4. Cospúsculo de Meissner: são altamente sensíveis ao toque 5. Cospúsculo de Ruffini: no tecido conjuntivo subcutâneo, respondem à tensão 6. Bulbos terminais de Krause: são sensíveis ao frio Mariane Aquime Trindade | UFPA ● A dor é um mecanismo de proteção ● Os receptores específicos para dor são chamados de nociceptores ● O estímulo da dor (térmico, químico ou físico) produz lesão celular, o que gera uma reação química e ativa o nervo ● As fibras nervosas são tanto mielinizadas como não mielinizadas ● Mielinizadas: curto tempo entre o estímulo e a reação ● Não mielinizadas: maior tempo e a dor é mais difusa (pulsátil) ● O limiar de reação para a dor é altamente variável entre os indivíduos Dor visceral: a dor origina-se das vísceras (órgãos dentro da cavidade abdominal, torácica e pélvica Dor referida: é a dor sentida na superfície do corpo. Normalmente, tem sua fonte em vísceras torácicas ou abdominais. ● A pericardite traumática é um exemplo de dor referida quando um prego inflama o pericárdio por causa da perfuração do retículo no bovino. Mariane Aquime Trindade | UFPA ● O órgão receptor do sabor é o botão gustativo ● A maioria dos botões estão localizados na língua, outras no palato, laringe e faringe ● Um botão gustativo contém células gustativas (receptoras do sabor) e células de suporte ● Sensações de sabor nos animais é avaliado por um método chamado de teste de preferência. Esse teste é dividido em: agradável, desagradável e indiferente. Obs.: existe uma variação individual dentro das espécies ● A temperatura maior que a temperatura ambiente pode afetar a aceitabilidade e os animais rejeitam a água ● A sensação de odor é conhecida como olfação ● Macrosmático: animais com um sentido bem desenvolvido de odor (maioria dos animais domésticos) ● Microsmático: um sentido relativamente menor de odor (humanos, maciços, mamíferos aquáticos) ● Anosmáticos: Animais sem sentido de odor Obs.: a sensibilidade ao odor provavelmente diminui com o tempo. Mariane Aquime Trindade | UFPA ● Cada célula da região receptora olfatória tem um corpo celular e uma fibra nervosa: um dendrito e um axônio ● Somente um odor pode ser percebido por vez. ● As células olfatórias se adaptam aos odores ● Feromônios: animais usam os odores para se comunicar. Um químico secretado por um animal e que influencia o comportamento de outros Estas substâncias são compostos químicos orgânicos de baixo peso molecular que fixam-se nos receptores nasais dos animais Existem vários tipos de feromônios, que desempenham diferentes funções: feromônios sexuais, alarmes, ataque, agregação... Ex.: os gatos possuem glândulas de odor na testa e marcam pessoas ou objetos esfregando a cabeça ● As ondas sonoras são direcionadas para receptores da audição no ouvido interno via ouvido externo e ouvido médio 1. Ouvido externo Pina: parte externa visível Tuba: meato acústico externo que se estende da pina para dentro da substância do crânio no ouvido médio (cavidade timpânica Membrana timpânica: que separa o ouvido médio do ouvido externo 2. Ouvido médio O ouvido médio é separado do interno por membranas que fecham a janela vestibular (oval) e a janela coclear (redonda) O ouvido médio comunica-se com a faringe pela tuba auditiva Os músculos no ouvido médio que estão inseridos nos ossículos auditivos protegem o ouvido de amplificação excessiva Tensor do tímpano e o estapédio: ruídos altos são amortecidos por esses dois músculos esqueléticos Martelo, bigorna e estribo: amplificação das ondas sonoras é feita pela vibração dos ossículos 3. Ouvido interno Divido em 2 partes: I. Porção vestibular: sensível à posição e ao equilíbrio II. Porção coclear: sensível ao som O ouvido interno está contido contido dentro do labirinto ósseo Mariane Aquime Trindade | UFPA Nervo de Corti: o receptor sensorial do ouvido interno que converte a energia sonora num impulso nervoso Ex.: a observação de um suíno com a cabeça torta e um senso desajeitado de equilíbrio corpóreo poderia indicar um mau funcionamento dentro da estrutura vestibular do ouvido interno! Mariane Aquime Trindade | UFPA Resumo da recepção do som 1. A onda sonora é direcionada para o meato auditivo externo pela pina 2. A onda sonora se choca com o tímpano e a coloca em movimento 3. Esse movimento é transmitido ao ouvido médio através de ossículos auditivos para a janela vestibular 4. A janela vestibular é colocada em movimento e desloca a perilinfa no vestíbulo do ouvido interno 5. A perilinfa (um líquido) não é compreensível e assim transmite a onda sonora através da escala vestibular da cóclea 6. Um órgão de corti é estimulado quando uma onda sonora é transmitida à escala média e, desta, à escalará timpânica 7. O movimento do líquido na escala timpânica é equilibrado por um movimento exterior da janela coclear para dentro da cavidade do ouvido médio 8. O estímulo das células pilosas num órgão de Corti inicia um impulso nervoso que é transmitido ao cérebro. ● O olho é formado por: I. Globo ocular II. Nervo óptico III. Pálpebras IV. Conjuntivas V. Aparelho lacrimal VI. Músculos do Globo ocular ● Os órgãos receptores são os olhos, o estímulo receptor é a luz ● O globo ocular possui 3 camadas distintas ou coberturas chamadas de túnicas ● Há 2 túnicas: 1. túnica fibrosa: camada de sustentação (mais externa), formada pela córnea anterior e esclera posterior *esclera* é a parte resistente e branca da túnica fibrosa, formada por coróide, corpo ciliar e íris. 2. única nervosa: retina sensível à luz (parte interna). Possui os bastões e cones responsáveis pela visão preto-e-branco e visão colorida respectivamente. *esses receptores convertem a luz em um impulso nervoso* Mariane Aquime Trindade | UFPA ❖ CÓRNEA É a continuação transparente e anterior da esclera. É transparente para permitir a entrada da luz. ● Existe maior transmissão de luz se a proporção entre a superfície da córnea e da esclera estiver aumentada ● Animais noturnos possuem córneas relativamente maiores do que animais diurnos ● 30% no gato e 17% no cão de córnea ● 90% da espessura da córnea resultam das fibras colágenas chamadas de estroma ● A transparência da córnea depende do grau de hidratação ❖ LENTES A lente está posicionada entre a córnea e a retina. Está presa pelos ligamentos suspensores (zônula) ao corpo ciliar ● Acomodação visual: capacidade apresentada pela pupila de se adequar à luminosidade de cada ambiente, comprimindo-se ou dilatando-se. ● Acuidade visual: capacidade funcional da visão; enxergar os objetoscom precisão ● Região foveal: é uma área da retina onde existe uma alta acuidade visual e é caracterizada por uma fossa (fóvea central) ● Mamíferos domésticos carecem de fóveas, mas apresentam áreas centrais mais sensíveis com formato de pupilas chamadas de estrias visuais ❖ ÍRIS A quantidade de luz que entra no olho é controlada pela íris, a parte colorida do olho. Mariane Aquime Trindade | UFPA ● Pupila é a área negra dentro da íris, fica atrás da córnea e na frente do cristalino ● A íris contém 2 grupos de músculos lisos: 1. Fibras dispostas circularmente: inervadas pela divisão parassimpática 2. Fibras dispostas radialmente: inervadas pela divisão simpática A contração das fibras dispostas circularmente reduz o tamanho da pupila e permite que menos luz entre no olho A contração das fibras dispostas radialmente aumenta o tamanho da pupila e permite que mais luz entre no olho ❖ RETINA A maior parte do globo ocular é formada pelo humor vítreo uma substância de consistência gelatinosa. Atrás dele – bem no fundo do olho –, fica a retina, uma fina camada responsável por captar as informações externas e transmiti-las para o nervo óptico. A partir daí são levadas até o cérebro para que sejam decifradas e se transformem em imagens ❖ Química da visão ● Rodopsina: químico dos bastões. Conhecido também como púrpura visual. Pigmento sensível à luz na parte mais externa do bastão. ● Acredita-se que a estimulação do bastão ocorre no instante em que a molécula de rodopia fica excitada pela luz. ✔ Conceitos: I. Tapete: camada refletora de luz das células da coróide interna. Não há melanina no Epitélio pigmentado da retina onde existe o tapete. *o tapete permite que a luz que acabou de estimular as células receptoras seja refletida de volta, de forma que recebem outro estímulo. Por isso, obtém-se maior visão mesmo com luz mínima. II. Conjutivas: são membranas que revestem as pálpebras e retornam para o globo ocular III. Conjutiva palpebral: parte que reveste a pálpebra IV. Conjutive bulbar: parte que retorna para o globo ocular V. Saco conjutival: o espaço entre a conjutiva palpebral e o globo ocular VI. Aparelho lacrimal: associa-se a formação da secreção lacrimal, transporte para o saco conjuntival e drenagem para a cavidade nasal.
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