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Análise do filme "Escritores da Liberdade" a partir das ideias de Paulo Freire

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FACULDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO NORTE
DISCIPLINA: PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO I
DOCENTE: FRANCISCO MAYCCON PASSOS COSTA
CURSO: PSICOLOGIA TURMA: PSI 3MA
 DISCENTE: CINTIA LARISSA DE OLIVEIRA PEREIRA
ATIVIDADE COMPLEMENTAR – UNIDADE 1
 Paulo Freire expressa a importância de ler, estudar, escrever e se alfabetizar, onde esses são atos de educação e necessidade para viver em sociedade. A importância que educadores e educando têm em se posicionar criticamente ao vivenciar a educação. Mostra também que a relevância da leitura como uma prática consciente, onde essas buscas por conhecimentos são enriquecedoras. Não é possível pensar em educação sem estar atento as questões que envolve o poder, mas isso não quer dizer que as pessoas menos favorecidas devem deixar de estudar, e sim fazer conhecimento e buscar melhorias.
 Ele ensina que não devemos fazer repetições de palavras mecanicamente, mas que devemos ler o real. Que devemos ter uma atenção, educação e ensinamento, deixando de lado o autoritarismo e centrando na capacidade que essas pessoas têm em aprender, criando estímulos e curiosidades em querer e buscar ler e aprender. No filme “Escritores da Liberdade”, a Senhora G começa a conquistá-los quando tenta participar de forma mais próxima do mundo deles e isso se deu através de métodos pedagógicos ativos, tais como: a dinâmica da linha, onde ela pôde ter um breve conhecimento da vida de seus alunos e onde eles puderam quebrar essas barreiras raciais, éticas e sociais. Ao perceber que está progredindo com esse novo método, ela cria um projeto para incentivar a leitura, inicialmente com o livro “ O diário de Anne Frank”, e, a partir daí, procura livros em que os seus alunos possam se identificar.
 Apesar das ações negativas da escola, de não querer oferecer a mesma educação para todos os alunos, atuando como opressores, a professora vai contra o sistema e não desiste do seu projeto, ela oferece diários para que os alunos possam escrever relatos de suas vidas, poemas, qualquer coisa que o identificam. Ela também possibilitou um “novo horizonte” através de uma aula de campo, onde visitaram o museu do holocausto, fazendo-os “enxergar” não só as causas do holocausto, das gangues, mas o efeito delas, ajudando a desenvolver um pensamento crítico em seus alunos. Conforme isso, Paulo Freire relata que a escassez e a falta de materiais e recursos para alfabetização em um país pobre são complicadas, mas que o educador deve criar possibilidades para driblar o analfabetismo de maneira criativa para desenvolver a alfabetização da melhor maneira possível. Alguns dos exercícios relatam a realidade vivida pelos próprios educandos, algo que é convívio diário na vida deles, como o cultivo a terra, a falta de independência e a importância de querer buscar, aprender, crescer e gerar independência para si e sua família. 
 Paulo Freire expressa a importância de ler e compreender o que está escrito, que é necessário explorar seus significados, e buscar conhecer o que é desconhecido. É necessário derrubar a ideologia que só se aprende na escola, a cultura popular deve aprender e buscar o saber em seu dia a dia e em todos os lugares. Os esforços de melhorias devem partir das próprias pessoas, as iniciativas devem ser próprias e não esperar somente pelo outro. É necessário buscar meios de mudanças, criando uma sociedade nova que entenda que tem voz própria, usando as ferramentas e seus conhecimentos para criar oportunidades e transformar para melhor o mundo, onde trabalhar com o que se gosta seja uma opção e não uma necessidade, lutando sempre por igualdades sem explorações.
 Contudo, ele descreve que é necessário acreditar na educação e na formação das novas crianças, jovens e adultos, que devemos acreditar nas mudanças e possibilidades que devem ser colocadas em práticas, uma educação que estimule a colaboração ao invés da competição e que essa desenvolva um pensamento crítico e criativo. Assim, o sucesso da sala 203 não se deu somente pelos novos métodos aplicados pela senhora G, como Paulo Freire intitula um dos capítulos do seu “Pedagogia do Oprimido”, “Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão.” Quando seus alunos saem do estado de marginalidade de oprimidos, passam a lutar por novos ideais, pelas suas conquistas, passando assim a adquirir uma nova conduta, não mais com o uso da violência, mas, com o uso do conhecimento. O sucesso da sala 203 também se deu ao mostrar que para obter-se uma educação, não é necessário ser um ditador, mas sim um mediador.
 Além de ser um excepcional filme que retrata alguns efeitos das desigualdades sociais e raciais, da desestruturação das famílias, da violência, da falta de interesse das políticas públicas, o filme tem como mensagem principal: “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades de sua própria produção ou construção.” (FREIRE, 2003, p. 47).

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