Os países desenvolvidos e os países subdesenvolvidos - Os países do Norte (rico) e do Sul (pobre)

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DIFERENTES FORMAS DE 
AGRUPAR OS PAÍSES 
DIVISÕES REGIONAIS 
ENSINO FUNDAMENTAL 2 
 A forma mais comum de regionalizar o espaço mundial utiliza os 
termos desenvolvimento e subdesenvolvimento, que começaram a 
ser usados de forma mais intensa após a década de 1940, momento 
de grandes mudanças políticas, geradas principalmente pelo fim da 
Segunda Guer ra Mundia l e pe lo in tenso processo de 
descolonização dos continentes africano e asiático. 
 A independência das colônias europeias, nos dois continentes, 
fez surgir novos países e possibilitou a percepção sobre as grandes 
diferenças entre eles e suas metrópoles. 
OS PAÍSES DESENVOLVIDOS E OS PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS 
 Os dois termos passaram a ser usados para designar os países com 
grandes diferenças econômicas. As antigas metrópoles, graças à 
grande acumulação de capitais gerados a partir da exploração das 
suas colônias, industrializaram-se e passaram a produzir tecnologia, 
sendo chamadas de países desenvolvidos. Já as antigas colônias, 
produtoras de matérias-primas e produtos agrícolas, dependentes 
economicamente, com graves problemas sociais e turbulências 
políticas, passaram a ser chamadas de países subdesenvolvidos. 
OS PAÍSES DESENVOLVIDOS E OS PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS 
 Por essa divisão dualista do mundo – países desenvolvidos e 
países subdesenvolvidos –, propõe-se uma visão muito generalizada, 
deixando-se de considerar a extrema heterogeneidade dos países 
que se encontram agrupados em cada um dos blocos. 
 Países da África, da América Latina e da Ásia, agrupados e 
classificados como subdesenvolvidos, são extremamente diferentes 
uns dos outros, seja por suas condições naturais e possibilidades 
produtivas, seja por suas características históricas e culturais, assim 
como os países da América Anglo-Saxônica e da Europa, 
considerados desenvolvidos, também apresentam grandes 
diferenças entre si.
OS PAÍSES DESENVOLVIDOS E OS PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS 
Vamos ler com atenção o texto a seguir. 
 A definição de subdesenvolvimento, fenômeno global, situação 
complexa, só pode ser apreendida tomando-se em consideração, não 
somente um único critério, nem um único fator (por mais significativo que 
seja, como a fome), mas uma combinação de fatores maiores. Se, como 
parece, o subdesenvolvimento é um fenômeno primordialmente de escala 
planetária, esta combinação de fatores fundamentais deve se encontrar no 
conjunto dos países subdesenvolvidos, sendo sua diversidade o produto de 
caracteres relativamente secundários. 
(Yves Lacoste. Geografia do subdesenvolvimento. São Paulo: Difel, 1975, p. 22.) 
OS PAÍSES DESENVOLVIDOS E OS PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS 
 Mais recentemente, uma nova terminologia passou a ser 
utilizada: países ricos do Norte e países pobres do Sul. Essa divisão, 
além de continuar tendo como base as questões econômicas, 
agrega também o dimensionamento da qualidade de vida das 
populações. 
 A divisão do mundo em países do Norte e países do Sul não está 
relacionada diretamente à posição geográfica em que esses países 
se encontram, mas à sua condição socioeconômica. 
OS PAÍSES DO NORTE (RICO) E DO SUL (POBRE)
 São chamadas de “países do Norte" não apenas nações 
desenvolvidas, como os Estados Unidos e o Japão, situadas no 
Hemisfério Norte, mas também a Austrália e a Nova Zelândia, 
localizadas no Hemisfério Sul. Os “países do Sul" são as nações 
subdesenvolvidas, como o México e a China, que se encontram no 
Hemisfério Norte, e a Argentina e Angola, que se localizam no 
Hemisfério Sul. 
 Essa classificação é mais recente e começou a ser disseminada 
principalmente após a década de 1980, quando o sistema socialista 
começou a se dissolver. 
OS PAÍSES DO NORTE (RICO) E DO SUL (POBRE)
OS PAÍSES DO NORTE (RICO) E DO SUL (POBRE)
 Observe que a l inha t raçada no mapa não def ine 
geograficamente o Norte e o Sul, mas sim o nível de riqueza e de 
condições de vida de cada país, ou seja, os que estão acima dessa 
linha são considerados ricos e os que estão abaixo dela são 
considerados pobres. 
 Essa divisão também desconsidera as características culturais e 
históricas de cada país, assim como as suas potencialidades 
produtivas. 
OS PAÍSES DO NORTE (RICO) E DO SUL (POBRE)
 Outra forma utilizada para regionalizar o mundo é a divisão entre 
centro e periferia. Essa divisão se estrutura a partir das condições 
econômicas e políticas dos países, colocando em relevo o aspecto 
do domínio de uns sobre os outros. 
 Alguns países, mais que outros, promoveram o processo de 
mundialização de seus capitais, tecnologias e formas de consumo, 
passando a ser considerados “centros" de decisão, de produção e 
de domínio de mercado, processo que vem alimentando o 
capitalismo desde seu início. 
OS PAÍSES DO CENTRO E OS PAÍSES DA PERIFERIA 
 Nos séculos XVI a XIX, os países europeus colonizaram o resto do 
mundo, produzindo relações desiguais: de um lado, as metrópoles, 
controlando o processo de exploração de recursos e de acúmulo 
de capitais; de outro, as colônias, submetidas aos interesses de suas 
metrópoles. Do final do século XIX ao início do século XX, as relações 
coloniais foram quebradas, porém a situação de dependência dos 
novos países permaneceu. 
OS PAÍSES DO CENTRO E OS PAÍSES DA PERIFERIA 
 Assim, mesmo com o fim da Segunda Guerra Mundial e a 
independência política de muitos países, permanece a divisão entre 
os mais ricos (que centralizam as decisões) e os mais pobres (que 
dependem dos mercados e dos investimentos dos ricos). Dessa 
maneira, as leis do capitalismo continuam a se estender ao mundo 
todo: ampliam-se os lucros, produzindo-se para o consumo de um 
mercado cada vez maior, que demanda ainda mais produção e, 
consequentemente, gera mais lucro. 
OS PAÍSES DO CENTRO E OS PAÍSES DA PERIFERIA 
 Essas relações tão desiguais promovem diferenças entre os países; 
e se materializam tanto nas condições de vida das populações 
como nas relações econômicas, políticas e na própria paisagem. 
 Nessa visão centro-periferia, percebe-se que nem todo centro é 
igual, assim como nem toda periferia é igual. Há, portanto, entre os 
países desenvolvidos, aqueles que – graças não só à sua condição 
econômica, mas também à sua capacidade de concorrência, 
desenvolvendo tecnologia e ampliando seu mercado consumidor – 
se destacam, interferem até mesmo nos demais países ricos e 
imprimem sua marca, quer por meio de parcerias, quer controlando 
suas possibilidades de expansão. 
OS PAÍSES DO CENTRO E OS PAÍSES DA PERIFERIA 
 Vamos observar o esquema a seguir, que detalha essas 
diferenças entre países centrais e periféricos. 
OS PAÍSES DO CENTRO E OS PAÍSES DA PERIFERIA 
HORA DO DESAFIO
1. Vamos analisar alguns critérios utilizados para agrupar os países
segundo o seu grau de desenvolvimento. 
HORA DO DESAFIO
HORA DO DESAFIO
a) Segundo a divisão Norte/Sul, como se agrupam os países
apresentados nas tabelas? 
HORA DO DESAFIO
b) E segundo a classificação em países desenvolvidos e países
subdesenvolvidos, como você agruparia esses países? Justifique a 
sua resposta. 
HORA DO DESAFIO
c) Analisando as informações das tabelas, podemos afirmar que
todos os países do Norte têm as mesmas características? Use os 
dados apresentados para justificar a sua resposta. 
HORA DO DESAFIO
d) Analisando as informações das tabelas, podemos afirmar que
todos os países do Sul têm as mesmas características? Use os dados 
das tabelas para justificar a sua resposta. 
HORA DO DESAFIO
e) Refletindo sobre os critérios adotados para a classificação dos
países, que informações contidas nas tabelas mais lhe chamaram a 
atenção. Por quê? 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOLIGAN,Levon (et). Geografia, Espaço e vivência. Volume 1, 6ª edição, 
Editora Atual, São Paulo, 2016. 
MELHEM, Adas (et). Expedições Geográficas, Volume 1, 9ª edição, 
Editora Moderna, São Paulo, 2013. 
VESENTINI, José Willian. Projeto Teláris - Geografia. Volume 1, 23ª edição, 
Editora Ática, São Paulo, 2009. 
CHIANCA,Rosaly Maria (et). Nos dias de hoje - Geografia. Editora Leya, 
São Paulo, 2013.