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Aula 01 – Função Sintática dos Termos Curso: Português Básico para Concursos Prof: Bruno Spencer e Luiz Miranda Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 2 de 77 www.exponencialconcursos.com.br Olá amigos! Vamos dar continuidade a nossos estudos com a análise sintática dos termos da oração. ATENÇÃO, pois esse assunto é essencial para fortalecermos a nossa base. Se assimilarem bem esta aula, terão muita facilidade na sequência. Então vamos lá. Confiança, força e coragem!!! Sumário 1 – Frase, Oração, Período ....................................................................... 3 2 - Sujeito ............................................................................................... 5 2. 1 – Oração sem sujeito ......................................................................... 6 3 – Predicado .......................................................................................... 7 3.1 – Predicado Verbal ............................................................................. 7 3.2 – Predicado Nominal ........................................................................... 9 3.3 – Predicado Verbo-Nominal ................................................................ 10 4 – Termos Integrantes da Oração ......................................................... 10 4. 1 – Complementos Verbais .................................................................. 11 4. 2 – Complemento Nominal .................................................................. 12 4. 3 – Agente da Passiva ........................................................................ 13 5 – Termos Acessórios da Oração .......................................................... 14 5. 1 – Adjunto Adnominal ....................................................................... 14 5. 2 – Adjunto Adverbial ......................................................................... 16 5. 3 – Aposto ........................................................................................ 17 5. 4 – Vocativo ...................................................................................... 17 6 – Análise Sintática .............................................................................. 18 7 – Questões Comentadas ..................................................................... 19 8 - Lista de exercícios ............................................................................ 53 9 – Gabarito .......................................................................................... 77 10 – Referencial Bibliográfico ................................................................ 77 Aula 01 – Função Sintática dos Termos Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 3 de 77 www.exponencialconcursos.com.br Primeiramente, vamos fazer uma breve diferenciação entre esses termos que muito utilizaremos daqui para frente. Frase Quanto à semântica (sentido), as frases podem ser: declarativas, interrogativas, imperativas (ordem), exclamativas (admiração), imprecativas (rogar praga) ou optativas (exprimir desejo). Classificação semântica das frases: É um enunciado que transmite uma mensagem, podendo ou não conter verbos. •Ex. Eu estudei muito para passar no concurso. •Ai que dor! C la s s if ic a ç ã o S E M Â N T I C A Declarativas João estava muito irritado com seu amigo. Interrogativas O que você quer? Imperativas Vá embora e não volte mais. Exclamativas Oh Deus! Imprecativas ou Optativas Fique em paz! Vá para o inferno! 1 – Frase, Oração, Período Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 4 de 77 www.exponencialconcursos.com.br Oração Os chamados termos essenciais da oração são o SUJEITO e o PREDICADO. Analisando as orações abaixo: A vida é bela. Sujeito Predicado Há muitos carros estocados nas distribuidoras. Predicado Na oração acima, não há sujeito. Período É uma frase que possui verbo e que, normalmente, estrutura-se com sujeito e predicado, que são os termos essenciais da oração. •Ex. A vida é bela. •Há muitos carros estocados nas distribuidoras. Termos essenciais da oração Sujeito Predicado “É uma frase constituída de uma ou mais orações.” (D. P. Cegalla) O período simples é constituído de uma oração, enquanto o período composto é formado por duas ou mais orações. •Ex: Compramos pão e leite. (período simples) •Ele disse que viria amanhã. (período composto) Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 5 de 77 www.exponencialconcursos.com.br O sujeito pode ser agente (quando age), paciente (quando sofre a ação) ou reflexivo (quando age e sofre a ação ao mesmo tempo). Exemplos: • Pedro chutou a bola. (suj. agente) • A bola foi chutada por Pedro. (suj. paciente) • O velho olhou-se com atenção. (suj. reflexivo) O sujeito é um dos termos ESSENCIAIS da oração. Um substantivo ou pronome exerce a função de núcleo do sujeito, enquanto as palavras acessórias (artigos, adjetivos, numerais) são chamadas de adjuntos adnominais (acompanham o nome, determinando ou qualificando-o). Analisando os exemplos: A casa dela é amarela. Adj. Adnominal - AA Núcleo Adj. Adnominal – AA Sujeito As meninas brincavam no jardim. Adj. Adnominal - AA Núcleo Sujeito Ela e suas amigas foram ao shopping. Núcleo Adj. Adnominal – AA Núcleo Sujeito SUJEITO é quem pratica ou sofre a ação, ou simplesmente, aquele de quem se diz algo. •Ex. A casa dela é amarela. •As meninas brincavam no jardim. •Ela e suas amigas foram ao shopping. 2 - Sujeito Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 6 de 77 www.exponencialconcursos.com.br Repare que a frase logo acima possui dois núcleos (ela e amigas), por isso diz-se que o sujeito é composto. As demais, que possuem um só núcleo tem o sujeito simples. O sujeito também pode vir oculto na oração, quando não está expresso mas podemos deduzi-lo. Exemplos: • Ficamos até tarde na rua. (nós) • Fiz toda a tarefa. (eu) O sujeito também pode não vir indicado na oração sem que tampouco seja possível deduzir quem é o agente da ação. Nesse caso temos o sujeito indeterminado. Isso acontece quando se flexiona o verbo na 3ª pessoa do plural (sem mencionar o sujeito) ou na 3ª pessoa do singular acompanhado da partícula “SE” (verbos intransitivos ou transitivos indiretos). Exemplos: • Fizeram muita bagunça no desfile do dia da independência. • Vive-se bem aqui Resumindo os tipos de sujeito: Há verbos conhecidos como impessoais, que indicam fato que não é atribuído a qualquer sujeito (não há sujeito na oração). Nesse caso, são flexionados na 3ª pessoa do singular. T ip o s d e S U J E I T O Simples João estava muito feliz. Composto João e Maria casaram-se. Oculto ou Elíptico (eu) Fiz a tarefa. Indeterminado Quebraram o prato. Oração sem sujeito Choveu muito. 2. 1 – Oração sem sujeito Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 7 de 77 www.exponencialconcursos.com.br É o caso dos verbos HAVER (sentido de existir ou acontecer), SER, ESTAR, PASSAR, FAZER (sentido de tempo), ou mesmo verbos que indicam fenômenos da natureza, tais como: CHOVER, VENTAR,TROVEJAR. Exemplos: • Há muito o que se fazer por aqui. • Ontem estava muito frio. • Já passa das quatro horas. • Faz dez dias que ele viajou. • Choveu muito ontem. O predicado, termo ESSENCIAL da oração, é aquilo que se diz a respeito do sujeito. Ele pode ser verbal, nominal ou verbo-nominal. Recebe esse nome pois tem em seu núcleo um verbo, que pode ser intransitivo, transitivo direto, transitivo indireto ou transitivo direto e indireto. Verbo Intransitivo Possui sentido completo, não exige complemento, podendo vir acompanhado de termos que lhe ampliem o sentido e detalhem melhor os fatos, tais como o adjunto adverbial. Exemplos: Choveu muito. verbo intransitivo adjunto adverbial de intensidade Predicado Verbal Repare que a oração acima não tem sujeito! A primavera chegou. sujeito verbo intransitivo Predicado Verbal 3 – Predicado 3.1 – Predicado Verbal Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 8 de 77 www.exponencialconcursos.com.br Verbo Transitivo Direto (TD) Necessita de um complemento para integrar o seu sentido. É introduzido sem necessidade de preposição. O complemento do objeto direto recebe o nome de objeto direto (OD). Exemplos: Ele comeu a pizza. sujeito verbo transitivo direto - VTD objeto direto - OD Predicado Verbal Todos levantaram a mão. sujeito verbo transitivo direto - VTD objeto direto - OD Predicado Verbal Verbo Transitivo Indireto (TI) Tem o seu complemento - objeto indireto (OI) - introduzido por uma preposição. Exemplos: Crianças gostam de brincar. sujeito verbo transitivo indireto - VTI objeto indireto - OI Predicado Verbal O mestre falou aos discípulos. Sujeito verbo transitivo indireto - VTI objeto indireto - OI Predicado Verbal Verbo Transitivo Direto e Indireto (TDI) Há verbos que pedem dois complementos para expressar o seu sentido de maneira integral. Podendo, no entanto, em determinadas orações, usar-se apenas um dos dois complementos. Exemplos: Ele pediu um favor aos seus filhos. sujeito verbo TDI objeto direto - OD objeto indireto - OI Predicado Verbal (Ele) Pagou - lhe a dívida. sujeito oculto verbo TDI objeto indireto – OI objeto direto - OD Predicado Verbal Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 9 de 77 www.exponencialconcursos.com.br OBSERVAÇÃO - No pronome LHE está implícito a preposição “A”, pois é equivalente ao termo a ele(a). Os pronomes O(S), A(S) serão sempre OD. Já os pronomes me, te, se, nos, vos podem ser OD ou OI, a depender do verbo que complementem. Análise sintática dos exemplos: A vida é bela. sujeito verbo de ligação - VL predicativo do sujeito - PDS Predicado Nominal Maria parecia um anjo. sujeito verbo de ligação - VL predicativo do sujeito - PDS Predicado Nominal Seu pai ficará feliz. sujeito verbo de ligação – VL predicativo do sujeito - PDS Predicado Nominal Tem esse nome porque o seu núcleo é um NOME – o predicativo do sujeito, que qualifica o sujeito da oração. O verbo da oração é chamado verbo de ligação, que constitui um elo entre o sujeito e o predicativo. •Ex. A vida é bela. •Maria parecia um anjo. 3.2 – Predicado Nominal Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 10 de 77 www.exponencialconcursos.com.br O predicado verbo-nominal tem dois núcleos, um verbo e um nome. Pode ser formado de duas maneiras: • Verbo (intransitivo, TD ou TI) + predicativo do sujeito (PDS) • Verbo transitivo direto (TD) + predicativo do objeto (PDO) Enquanto o predicativo do sujeito qualifica este, o predicativo do objeto qualifica o respectivo objeto direto da oração. Exemplos: Todos chegaram animados. sujeito verbo Intransitivo -VI predicativo do sujeito – PDS Predicado Verbo-Nominal A moça abraçou o namorado satisfeita. sujeito verbo transitivo direto - VTD objeto direto – OD predicativo do sujeito–PDS Predicado Verbo-Nominal Foram felizes ao parque. Sujeito indeterminado VTI predicativo do sujeito – PDS objeto indireto - OI Predicado Verbo-Nominal Josué achou a casa bonita. sujeito verbo transitivo direto – VTD OD predicativo do objeto – PDO Predicado Verbo-Nominal São termos que integram o sentido da oração. Podem integrar verbos - complementos verbais (objetos direto e indireto); nomes – complemento nominal ou indicar o agente da voz passiva. 3.3 – Predicado Verbo-Nominal 4 – Termos Integrantes da Oração Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 11 de 77 www.exponencialconcursos.com.br São o objeto direto e o objeto indireto que complementam o sentido dos verbos transitivos. Vamos ver exemplos de casos especiais que podem ocorrer. Objeto direto preposicionado T e rm o s I n te g r a n te s d a o ra ç ã o Complemento Verbal Objeto Direto - OD (sem preposição) Objeto Indireto - OI (com preposição) Complemento Nominal Agente da Passiva Pode ocorrer em determinados casos que um objeto direto venha precedido de preposição, a fim de dar mais clareza à oração ou ênfase à expressão. Normalmente isso ocorre com a preposição “A”. •Ex. Amava a ela mais que tudo. (OD é pronome oblíquo tônico) •Avistou seu adversário, a quem cumprimentou. (OD é o pronome relativo “QUEM”) •Amai uns aos outros. (expressão de reciprocidade) •Acertou ao alvo o atirador. (evitar confusão do sujeito com o objeto) •Teme a Deus, antes que seja tarde! (nomes próprios) •A mim, não me vencerá! (ênfase para OD antecipado) •Olhou a ambos com desprezo. (OD é o numeral “ambos”) •Presenteou a todos com sua presença. (pronomes indefinidos relativos a pessoas) 4. 1 – Complementos Verbais Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 12 de 77 www.exponencialconcursos.com.br Objeto direto pleonástico Objeto indireto pleonástico Complementa o sentido de um NOME (substantivo, adjetivo ou advérbio) e é regido por preposição. Exemplos: O complemento nominal só complementa substantivos abstratos e tem valor passivo. 1) FCC/Delegado/DPE RS/2011 Atenção: Responda à questão com base no texto. TEXTO EUA dizem que um ataque ao Irã uniria o país, hoje dividido WASHINGTON (Reuters) − Um ataque militar contra o Irã uniria o país, que está dividido, e reforçar a determinação do governo iraniano para buscar armas É usado no início da frase para enfatizá-lo. Depois, ele é repetido, sendo substituído por um pronome oblíquo. •Ex. O amor, todos o trazem consigo. •A dignidade, ele a tinha de sobra. Ocorre de maneira similar ao objeto direto. •Ex. A mim, o que me importa é ser feliz. •Aos pais, nem todos lhes obedeçem. 4. 2 – Complemento Nominal Amor ao próximo Trabalho pela paz Respeito aos pais Fé em Deus Confiança na vitória Feliz com o resultado Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 13 de 77 www.exponencialconcursos.com.br nucleares, disse o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, nesta terça-feira. Em pronunciamentoao conselho diretor do Wall Street Journal, Gates afirmou ser importante usar outros meios para convencer o Irã a não procurar ter armas nucleares e repetiu as suas preocupações de que ações militares somente iriam retardar − e não impedir − que o país obtenha essa capacidade. (http://noticias.uol.com.br/ultimasnoticias/reuters/2010/11/16/euadizemqueu mataqueaoirauniriaopaishojedividido.jhtm?action=print, em 16/11/2010) A palavra pronunciamento é transitiva e exige a) complemento nominal. b) objeto indireto. c) objeto direto. d) adjetivo. e) predicativo do sujeito. Comentários: Alternativa A – Correta – Assim como os verbos transitivos (TD e TI) necessitam de complemento, os NOMES também podem ser complementados, a fim de ampliar o seu sentido ou pormenorizar a situação. Repare que o complemento não qualifica o nome “pronunciamento”, mas detalha o fato. Alternativa B – Incorreta – Quem exige objeto indireto são os verbos transitivos indiretos (exigem complemento introduzido por preposição). Alternativa C – Incorreta - Quem exige objeto direto são os verbos transitivos diretos (exigem complemento não introduzido por preposição). Alternativa D – Incorreta – Não há qualquer qualificação no complemento “ao conselho diretor do Wall Street Journal”. Alternativa E – Incorreta – Quem exige PDS são os verbos de ligação. Gabarito: A É quem pratica a ação expressa na voz passiva. É o complemento do verbo nessa voz. Passando a oração para voz ativa, seria o sujeito da oração. •Ex. O país seguia governado pelos mesmos. •Era um homem abençoado por Deus. 4. 3 – Agente da Passiva Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 14 de 77 www.exponencialconcursos.com.br A oração passiva que não possui agente, terá sujeito indeterminado caso seja convertida para a voz ativa. Exemplo: • O plano foi cuidadosamente executado. (voz passiva) • Executaram o plano cuidadosamente. (voz ativa) São termos que têm funções auxiliares na oração, podendo determinar os nomes, explicar, expressar circunstâncias, enfim complementar os termos principais da oração. Exemplos: A bela moça abraçou o namorado AA AA núcleo do sujeito VTD AA núcleo do OD artigo adjetivo substantivo artigo substantivo Termos acessórios da oração: determinar os nomes; explicar; expressar circunstâncias; complementar os termos principais da oração. Adjunto Adnominal Adjunto Adverbial Aposto Vocativo São termos que determinam ou qualificam o NOME. Podem ter essa função os artigos, adjetivos ou locuções adjetivas, numerais e pronomes adjetivos. •Ex. A bela moça abraçou o namorado. 5 – Termos Acessórios da Oração 5. 1 – Adjunto Adnominal Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 15 de 77 www.exponencialconcursos.com.br Quando o adjunto adnominal é formado por uma locução adjetiva, é preciso tomar CUIDADO para não confundir o termo com um complemento nominal!!! Os adjuntos adnominais sempre qualificam os substantivos concretos e os abstratos quando em sentido ativo. Exemplos: Máscara de ferro (adjunto adnominal) – subst. concreto Cara de pau (adjunto adnominal) – subst. concreto Discurso do rei (AA) – termo ativo – (o rei discursa) Amor de pai (AA) – termo ativo – (o pai ama) Plantio de mudas (CN) – termo passivo – (as mudas são plantadas) Descoberta do ouro (CN) – termo passivo – (o ouro é descoberto) Como já dissemos antes, se o termo determinado for um adjetivo, advérbio ou substantivo abstrato (caráter passivo) seu complemento será um CN. COMPLEMENTO NOMINAL ADJUNTO ADNOMINAL Adjetivos Advérbios Substantivos Abstratos (PASSIVO) Substantivos Concretos Substantivos Abstratos (ATIVO) 2) CESPE/TEFC/TCU/2004 A EMBRAPA virou símbolo de excelência na administração pública. Em mais uma década, terá sido a responsável pela melhoria do padrão nutricional dos brasileiros, por meio de um programa para a produção de alimentos mais saudáveis. Os componentes de nossa dieta básica arroz, feijão, milho, soja estão sendo pesquisados para que adquiram teores mais elevados de vitaminas, proteínas e aminoácidos. Do projeto, há poucos anos surgiu a cenoura com mais procaroteno (que ajuda no combate à cegueira), já incorporada ao mercado. A presidente interina da EMBRAPA, Marisa Barbosa, acentua que outros resultados positivos serão alcançados nos próximos anos. Com isso, o índice de subnutrição Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 16 de 77 www.exponencialconcursos.com.br e doenças dela resultantes serão gradativamente reduzidos. Alimentos denominados funcionais, proteicamente enriquecidos, estão sendo pesquisados para combater a diabetes e o envelhecimento. Nada a ver com transformação genética. A EMBRAPA tem 2.220 pesquisadores, sendo 1.100 com doutorado. Jornal do Brasil (Informe JB), 15/3/2004, p. A6 (com adaptações). Tendo em vista o texto acima e o tema nele focalizado, julgue os itens seguintes. Na linha referenciada em vermelho, as palavras "subnutrição" e "doenças" estão exercendo a função de complemento da palavra "índice". Certo Errado Comentários: Mais uma questão para se ter muito cuidado. Primeiramente, vemos que “doenças”, assim como “índice” é núcleo do sujeito composto da oração. Em segundo lugar, observamos que o termo “de subnutrição” é adjunto adnominal. A palavra “índice” é um substantivo concreto, pois não é qualidade, ação, sentimento, sensação ou estado. Por outro lado, podemos substituir a expressão “de subnutrição” pelo adjetivo subnutricional ficando mais claro o valor adjetivo da expressão. Gabarito: E Exemplos: Choveu muito. verbo intransitivo adjunto adverbial de intensidade Oração sem sujeito - OSS Predicado Verbal É como se chama um advérbio ou locução adverbial no contexto de uma oração. Modificam um verbo, adjetivo ou outro advérbio, indicando uma circunstancia de tempo, lugar, modo, intensidade, companhia, negação e etc. •Ex. Choveu muito. •Ele morava longe. •Às vezes ele acertava. 5. 2 – Adjunto Adverbial Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 17 de 77 www.exponencialconcursos.com.br Ele morava muito distante. verbo intransitivo - VI AAV de intensidade AAV de lugar Sujeito Predicado Verbal Às vezes chega bem cedo. AAV de tempo VI AAV de intensidade AAV de tempo suj. oculto (ele(a)) Predicado Verbal Tem a função de explicar, especificar, enumerar ou resumir um termo substantivo. Exemplos: • Recife, capital de Pernambuco, é uma bela cidade. Explicativo • Rio de Janeiro, Recife e Curitiba, todas são belas cidades. • Só me arrependo de uma coisa, aquela que não fiz. Resumitivo ou Recapitulativo • Meu irmão Fernando é muito inteligente.Especificativo • O melhor da vida são duas coisas: sonhar e realizar. Enumerativo • Tinham grandes qualidades, ele o respeito e ela o carinho. Distributivo É usado para chamar, nomear ou invocar uma pessoa ou algo a quem nos dirigimos na oração. O vocativo não é parte do sujeito nem do predicado. •Ex. Carlos, estou aqui! •Olhai por nós, ó Jesus! •Meu amigo, siga o seu caminho! 5. 3 – Aposto 5. 4 – Vocativo Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 18 de 77 www.exponencialconcursos.com.br Vamos analisar algumas frases para servir de base para quevocês possam praticar nos exercícios propostos. Aconselho vocês a fazerem esse tipo de análise antes de responderem as questões. Isso facilita muito a nossa vida na hora da prova, pois muitas vezes precisaremos fazer isso de maneira rápida e precisa. A descoberta do fogo foi um marco da história. AA núcleo CN VL AA PDS CN sujeito Predicado Nominal Os termos “do fogo” e “da história” são complementos nominais, pois complementam substantivos abstratos e têm caráter passivo (o fogo foi descoberto, a história foi marcada). O índice de subnutrição e doenças serão reduzidos. AA núcleo AA núcleo VL PDS sujeito composto Predicado Nominal Vamos praticar!!! 6 – Análise Sintática Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 19 de 77 www.exponencialconcursos.com.br 3) FCC/TJ/TRE SP/Administrativa/"Sem Especialidade"/2012 ... João Rubinato, que adotou o nome de um amigo funcionário do Correio... O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em: a) ... que já acabou com a garoa... b) ... e produziu uma obra radicalmente brasileira... c) ... a que se sobrepôs à velha cidadezinha provinciana... d) Adoniran Barbosa é um paulista de cerne... e) ... e depois fugir, com ela e conosco, para a terra da poesia... Comentários: O verbo ADOTAR é transitivo direto – TD (adotar algo/alguém) Alternativa A – Incorreta – O verbo ACABAR, no sentido empregado, é transitivo indireto - TI (acabar COM algo). Alternativa B – Correta – Produziu o quê? Uma obra prima! (Produzir algo)-TD Alternativa C – Incorreta – ...se sobrepôs a quê? A (prep) + a (art) = à velha cidadezinha... ATENÇÃO – sempre que há crase, há preposição! Alternativa D – Incorreta – Observe que “um paulista” qualifica o sujeito “Adoniran Barbosa”. O PDS é ligado ao sujeito por um verbo de ligação. Alternativa E – Incorreta – O verbo FUGIR é intransitivo, por isso não pede complemento, no entanto, ele pode ser acompanhado de um adjunto adverbial que amplie ou modifique o seu sentido, como é o caso de “para a terra da poesia” (AAV de lugar) e “com ela e conosco” (AAV de companhia). Gabarito: B 4) FCC/TJ/TRE SP/Apoio Especializado/Programação de Sistemas/2012 Tudo isso vem a propósito da fusão que Caetano Veloso hoje encarna. O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em: a) Exaltada aqui dentro, repercute lá fora. b) A vertente é uma só... c) Pouco importam as fontes de onde procedem. d) ... seu caráter lustral as universaliza. 7 – Questões Comentadas Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 20 de 77 www.exponencialconcursos.com.br e) Viajou a Portugal... Comentários: O verbo ENCARNAR, no sentido empregado, é transitivo direto – TD (encarnar algo). Alternativa A – Incorreta – O verbo REPERCUTIR é intransitivo, sendo “complementado” por um AAV de lugar (algo repercute). Alternativa B – Incorreta – O verbo SER é verbo de ligação, portanto o seu complemento é um predicativo do sujeito – PDS. Alternativa C – Incorreta – O verbo IMPORTAR significa ter importância, por isso é intransitivo (isso importa = isso tem importância). O verbo PROCEDER foi empregado no sentido de originar-se, portanto, também é intransitivo, sendo complementado por um AAV de lugar (as fontes procedem de algum lugar). Alternativa D – Correta – O pronome oblíquo “AS” substitui um termo com função de objeto direto. Alternativa E – Incorreta – Viajar a algum lugar – transitivo indireto Gabarito: D 5) FCC/Aux FF II/TCESP/2012 ... para que ela não interfira de forma excessiva em seus projetos. O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está em: a) ... contra forças desconhecidas que anulam tudo aquilo ... b) ... com as quais procuramos lidar com a realidade ... c) ... deixando-nos desarmados e atônitos ... d) ... de algo que está além de nossa compreensão ... e) ... ele o convoca constantemente. Comentários: Alguém interfere em algo, por isso o verbo INTERFERIR é transitivo indireto. “ela (sujeito) não (AAV negação) interfira (VTI) de forma excessiva (AAV modo) em seus projetos (OI)” Alternativa A – Incorreta – O verbo ANULAR é transitivo direto. As forças anulam o quê? Anulam (VTD) tudo aquilo (OD). Alternativa B – Correta – O verbo LIDAR é TI, pois sempre alguém lida com alguma coisa/outrem. “lidar com a realidade” Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 21 de 77 www.exponencialconcursos.com.br Alternativa C – Incorreta – O pronome oblíquo “nos” tem a função de complementar a forma verbal “deixando”. O pronome “nos” exerce a função de objeto direto. Deixando (VTD) nos (OD) desarmados e atônitos (PDO) Alternativa D – Incorreta – O verbo ESTAR, na oração, é intransitivo! ATENÇÃO – nem sempre o verbo ESTAR será de ligação!!! Ex. Ele (sujeito) está (VI) em casa (AAV de lugar). Alternativa E – Incorreta – Os pronomes oblíquos A(S) e O(S) sempre serão objeto direto. Gabarito: B 6) FCC/Ass Tec Leg/AL-PB/2013 Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão. Sivuca nasceu numa família de pequenos lavradores e coureiros. Vivendo na área rural de Itabaiana, na Paraíba, numa localidade pobre e remota, sem rádio nem eletricidade, o próprio Sivuca não sabe explicar como a música entrou em sua vida. Ninguém na família tocava qualquer instrumento. “Eu não sei. Mas sei que veio firme, porque minha vocação foi mais forte do que toda e qualquer tendência. Quero dizer, a música veio para ficar em mim, pronto.” Suas primeiras memórias musicais vêm dos sanfoneiros itinerantes que passavam por Itabaiana, de pessoas que tocavam violão na cidade, da banda de música e do órgão da igreja. Seu talento era evidente, a ponto de que a própria família passasse a insistir que tentasse carreira na cidade grande. Depois de algumas idas e vindas, mudou-se para Recife, foi contratado pela Rádio Clube de Pernambuco aos 15 anos de idade, em novembro de 1945, e descobriu um novo horizonte musical. Sivuca aprendeu teoria musical com o clarinetista da Orquestra Sinfônica de Recife e, três anos depois, passou a estudar harmonia e orquestração com o maestro fluminense Guerra-Peixe, que então vivia em Recife. Ao longo da vida profissional, foi incorporando outros instrumentos ao seu arsenal, como o violão, a guitarra e o piano, numa mistura de autodidatismo e aprendizado informal com alguns dos melhores músicos do mundo. Segundo o músico, “o estudo, o desenvolvimento musical torna-se necessário. Eu digo isso porque eu também passei pelo mesmo; fui, por muito tempo, músico sem estudar, naturalmente levando a sério todas as tendências, mas também me dando ao trabalho de queimar pestana e estudar teoria musical, estudar orquestração e, enfim, harmonia, fuga, contraponto, me preparar para lidar com os ingredientes teoricamente”. (Adaptado de http://musicosdobrasil.com.br/sivuca. Acesso em 04/03/2013) Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 22 de 77 www.exponencialconcursos.com.br Ninguém na família tocava qualquer instrumento. O elemento em destaque acima exerce a mesma função sintática que o elemento grifado em: a) Mas sei que veio firme... b) Eu não sei. c) ... o estudo, o desenvolvimento musical torna-se necessário. d) ... sanfoneiros itinerantes que passavam por Itabaiana... e) Eu digo isso porqueeu também... Comentários: Ninguém (sujeito) na família (AAV) tocava (VTD) qualquer instrumento (OD). Alternativa A – Incorreta – O termo “firme” refere-se ao termo música (sujeito implícito), por isso trata-se de um PDS. (A música) (sujeito) veio (VTI) firme (PDS) Alternativa B – Incorreta – O pronome “eu” é sujeito da oração. Os pronomes retos (eu, tu, ele, nós, vós, eles) apenas exercem função de sujeito. Alternativa C – Incorreta – O termo “necessário” complementa a forma verbal “torna-se” e qualifica o sujeito “o estudo, o desenvolvimento musical”, por isso é um predicativo do sujeito - PDS. Alternativa D – Incorreta – O pronome “que” substitui o nome “sanfoneiros itinerantes” fazendo papel de sujeito da oração. Alternativa E – Correta - Eu (sujeito) digo (VTD) isso (OD) Gabarito: E 7) FCC/Ass Tec Leg/AL PB/2013 Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão. O bater do martelo do mestre José Amaro abafava os rumores do dia que cantava nos passarinhos. Uma vaca mugia por longe. Ouvia o gemer da filha. Batia com mais força na sola. O martelo do mestre era forte, mais alto que tudo. O pintor Laurentino foi saindo. E o mestre, de cabeça baixa, ficara no ofício. [...] Tinha aquela filha triste. Ele queria mandar em tudo como mandava no couro que trabalhava, queria bater em tudo como batia naquela sola. (Adaptado de José Lins do Rego. Fogo Morto. Rio de Janeiro: José Olympio. 50. ed. 1998. p. 9) ... que cantava nos passarinhos. O elemento grifado acima refere-se a: a) rumores. Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 23 de 77 www.exponencialconcursos.com.br b) mestre José Amaro. c) bater do martelo. d) passarinhos. e) dia. Comentários: O bater do martelo do mestre José Amaro abafava os rumores do dia que cantava nos passarinhos. O pronome relativo “que” substitui o termo “dia” como sujeito da oração “que cantava nos passarinhos”. Repare que o pronome “que” não pode referir-se aos termos “mestre José Amaro” ou “bater do martelo” pela sua distância dos termos na frase, o que a tornaria sem sentido. O pronome também não pode referir-se a “rumores”, pois a forma verbal “cantava” está no singular, denunciando que o pronome “que” refere-se ao termo “dia”. Gabarito: E 8) FCC/AJ/TRF 4/Apoio Especializado/Informática/2014 Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo. Antônio Vieira é, desde o século XVII, um modelo de nosso idioma, a ponto de Fernando Pessoa, na Mensagem, chamá-lo de “Imperador da língua portuguesa”. Em uma de suas principais obras, o Sermão da Sexagésima, ensina como deve ser o estilo de um texto: “Aprendamos do céu o estilo da disposição, e também o das palavras. Como hão de ser as palavras? Como as estrelas. As estrelas são muito distintas e muito claras. Assim há de ser o estilo da pregação, muito distinto e muito claro. E nem por isso temais que pareça o estilo baixo; as estrelas são muito distintas, e muito claras e altíssimas. O estilo pode ser muito claro e muito alto; tão claro que o entendam os que não sabem, e tão alto que tenham muito que entender nele os que sabem. O rústico acha documentos nas estrelas para sua lavoura, e o mareante para sua navegação, e o matemático para as suas observações e para os seus juízos. De maneira que o rústico e o mareante, que não sabem ler nem escrever, entendem as estrelas, e o matemático que tem lido quantos escreveram não alcança a entender quanto nelas há.” Vieira mostra com as estrelas o que sejam a distinção e a clareza. Não são discordantes, como muitos de nós pensamos: uma e outra concorrem para o mesmo fim. Nada mais adequado que, ao tratar de tais virtudes do discurso, fizesse uso de comparação. Este procedimento Quintiliano, no século II d.C., já considerava dos mais aptos para conferir clareza, uma vez que estabelece Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 24 de 77 www.exponencialconcursos.com.br similaridades entre algo já sabido pelo leitor e aquilo que se lhe quer elucidar. Aqui, compara o bom discurso ao céu, que é de todos conhecido. (Tales Ben Daud, inédito) Os elementos sublinhados em ... quantos escreveram não alcança a entender quanto nelas há... (2º parágrafo) possuem, respectivamente, a mesma função que os sublinhados em: a) Este procedimento Quintiliano, no século II d.C... b) O rústico acha documentos nas estrelas para sua lavoura... c) As estrelas são muito distintas e muito claras. d) ... ao tratar de tais virtudes do discurso... e) ... e o matemático para as suas observações e para os seus juízos. Comentários: Quantos (sujeito) escreveram não alcança a entender (VTD) quanto nelas há (OD) Alternativa A – Incorreta – “procedimento” – núcleo do sujeito; “Quintiliano” – adjunto adnominal (qualifica o termo “procedimento”) Alternativa B – Correta – O rústico (sujeito) acha (VTD) documentos (OD) Alternativa C – Incorreta – As estrelas (sujeito) são (VL) muito distintas e muito claras (PDS) Alternativa D – Incorreta - tratar (VTI) de tais (AA) virtudes (núcleo do OI) do discurso (adjunto adnominal – AA) Alternativa E – Incorreta - o matemático (sujeito) (acha documentos nas estrelas) para as suas observações (AAV de finalidade) e para os seus juízos (AAV de finalidade) Gabarito: B 9) FCC/ACE/TCE-GO/Contabilidade/2014 Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão. O cerrado, vegetação seca que cobre o estado de Goiás, é considerado o segundo maior bioma brasileiro. Ao viajar pelo estado, chama a atenção quando se vê em um pasto imenso, lá no meio, a coloração viva do ipê. Entretanto, essa vegetação vem sofrendo com o avanço das monoculturas. Professor de agronomia da Universidade Federal de Goiás, Wilson Mozena acredita que esse cenário de preocupação ambiental vem mudando, principalmente com projetos como o Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono. Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 25 de 77 www.exponencialconcursos.com.br Para o professor, a monocultura é a maior vilã da terra. O pesquisador explica que os sistemas de integração e de plantio direto promovem benefícios vitais para o solo. O esquema de plantio em que se varia o tipo de planta, colocando, por exemplo, milho junto com eucalipto, auxilia tanto no “sequestro” do carbono como na manutenção de uma terra fértil. “Nesse sistema, junto com o milho, planta-se a semente da forrageira [planta usada para alimentar o gado]. O milho nasce e essa planta fica na sombra até quando o milho é colhido para o gado pastar, explica. Já o sequestro do carbono contribui para diminuir a emissão de gases de efeito estufa. Quando a terra é arada os restos são incorporados e os micro- organismos que decompõem esses restos morrem sem alimento e o carbono vai para a atmosfera. “Quando se deixam nutrientes no solo, os micro-organismos aumentam para decompor os nutrientes e ficam na terra se alimentando. O carbono permanece com eles, não subindo para a atmosfera”. (Adaptado de: MARCELINO, Sarah Teófilo. “Fazenda em Goiás mantém a esperança da preservação do cerrado”. Disponível em: http://sustentabilidade.estadao.com.br. Acessado em: 25/09/14) Já o sequestro do carbono contribui para diminuir a emissão... O elemento que, no contexto, exerce a mesma função sintática que o grifado acima está também grifado em: a) Ao viajar pelo estado... b) O cerrado, vegetação seca que cobre o estado de Goiás... c) ... quando se vê em um pasto imenso, lá no meio, a coloração viva do ipê. d) ... essa vegetação vem sofrendo com o avanço das monoculturas. e) Parao professor, a monocultura é a maior vilã da terra. Comentários: o sequestro do carbono (sujeito) contribui (VTI) para diminuir a emissão (OI) Alternativa A – Incorreta – O termo “pelo estado” tem função de AAV de lugar. Alternativa B – Incorreta – O termo “o estado de Goiás” é objeto direto que complementa a forma verbal “cobre”. Alternativa C – Correta – Como o verbo VER é TD, a forma verbal “se vê” é uma forma passiva sintética. Vamos reorganizar a frase: Quando, lá no meio, se vê a coloração viva do ipê em um pasto imenso Agora, passando para a voz passiva analítica: Quando, lá no meio, a coloração viva do ipê é vista em um pasto imenso Aí fica mais evidente que o termo sublinhado é o sujeito passivo da oração. Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 26 de 77 www.exponencialconcursos.com.br Alternativa D – Incorreta – A expressão sublinhada, que modifica a forma verbal “sofrendo”, é um AAV de causa (por causa do avanço das monoculturas). Alternativa E – Incorreta – “a monocultura (sujeito) é (VL) a maior vilã da terra (PDS)” Perguntamos então, qual a função sintática do termo sublinhado? O termo “Para o professor” trata-se de um dativo de opinião, termo raramente visto em provas de concursos, que serve para exprimir a opinião de uma pessoa. Ex. Para ele, a vida é uma aventura. Gabarito: C 10) FCC/AFTM/Pref SP/2007 Da impunidade O homem ainda não encontrou uma forma de organização social que dispense regras de conduta, princípios de valor, discriminação objetiva de direitos e deveres comuns. Todos nós reconhecemos que, em qualquer atividade humana, a inexistência de parâmetros normativos implica o estado de barbárie, no qual prevalece a mais dura e irracional das justificativas: a lei do mais forte, também conhecida, não por acaso, como "a lei da selva". É nessa condição que vivem os animais, relacionando-se sob o exclusivo impulso dos instintos. Mas o homo sapiens afirmou-se como tal exatamente quando estabeleceu critérios de controle dos impulsos primitivos. Variando de cultura para cultura, as regras de convívio existem para dar base e estabilidade às relações entre os homens. Não decorrem, aliás, apenas de iniciativas reconhecidas simplesmente como humanas: podem apresentar-se como manifestações da vontade divina, como valores supremos, por vezes apresentados como eternos. Os dez mandamentos ditados por Deus a Moisés são um exemplo claro de que a religião toma para si a tarefa de orientar a conduta humana por meio de princípios fundamentais. No caso da lei mosaica, um desses princípios é o da interdição: "Não matarás", "Não cobiçarás a mulher do próximo" etc. Ou seja: está suposto nesses mandamentos que o ponto de partida para a boa conduta é o reconhecimento daquilo que não pode ser permitido, daquilo que representa o limite de nossa vontade e de nossas ações. Nas sociedades modernas, os textos constitucionais e os regulamentos de todo tipo multiplicam-se e sofisticam-se, mas permanece como sustentação delas a idéia de que os direitos e os deveres dizem respeito a todos e têm por finalidade o bem comum. Para garantia do cumprimento dos princípios, instituem-se as sanções para quem os ignore. A penalidade aplicada ao indivíduo transgressor é a garantia da validade social da norma transgredida. Por isso, a impunidade, uma vez manifesta, quebra inteiramente a relação de equilíbrio entre direitos e deveres comuns, e passa a constituir um exemplo de delito vantajoso: aquele em que o sujeito pode tirar proveito pessoal de uma regra exatamente por tê- Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 27 de 77 www.exponencialconcursos.com.br la infringido. Abuso de poder, corrupção, tráfico de influências, quando não seguidos de punição exemplar, tornam-se estímulos para uma prática delituosa generalizada. Um dos maiores desafios da nossa sociedade é o de não permitir a proliferação desses casos. Se o ideal da civilização é permitir que todos os indivíduos vivam e convivam sob os mesmos princípios éticos acordados, a quebra desse acordo é a negação mesma desse ideal da humanidade. (Inácio Leal Pontes) O termo sublinhado constitui o sujeito da seguinte construção: a) Não se encontrou uma forma definitiva de organização social. b) É nessa condição que vivem os animais. c) Tais delitos acabam tornando-se estímulos para a banalização das transgressões. d) Ocorre isso por conta das reiteradas situações de impunidade. e) Deve-se reconhecer na interdição um princípio da lei mosaica. Comentários: Alternativa A – Incorreta – Vamos lá pessoal! O verbo ENCONTRAR é transitivo direto – TD (encontrar ALGUÉM/ALGO). Portanto, sabemos que o “SE” faz o papel de pronome apassivador. Assim, temos que “uma forma definitiva de organização social” é o sujeito passivo da oração. Uma forma definitiva de organização social não foi encontrada. Alternativa B – Incorreta – A frase poderia ser reescrita da seguinte maneira: Os animais é que vivem nessa condição. A forma verbal “é”, assim como o termo “que” são palavras de realce, sem uma função sintática específica dentro da oração. O termo “nessa condição” é adjunto adverbial de modo, indicando a circunstância do fato. Alternativa C – Incorreta – O termo “estímulos” é objeto direto da forma verbal “tornando-se”. O sujeito da oração é “tais delitos”. Alternativa D – Correta – O examinador inverteu a frase para tentar confundir os candidatos. Na forma direta fica fácil. “Isso ocorre por conta das reiteradas situações de impunidade”. Alternativa E – Incorreta – O período está na voz passiva sintética (verbo reconhecer é TD). Passando para a forma passiva analítica e direta fica mais fácil perceber. “Um princípio da lei mosaica deve ser reconhecido na interdição.” Gabarito: D 11) FCC/Técnico/MPU/Informática/2007 Atenção: A questão baseia-se no texto apresentado abaixo. Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 28 de 77 www.exponencialconcursos.com.br Quem caminha pelos mais de 70 quilômetros de praia da Ilha Comprida, no litoral sul de São Paulo, pode perceber uma paisagem peculiar. Em meio às dunas da restinga, onde deveria existir apenas vegetação rasteira, grandes pinheiros brotam por toda parte. A sombra das árvores é um bemvindo refresco para os moradores da região, mas a verdade ecológica é que elas não deveriam estar ali assim como os pombos não deveriam estar nas praças das cidades, nem as tilápias nas águas dos rios, nem o mosquito da dengue picando pessoas dentro de casa ou as moscas varejeiras rondando raspas de frutas nas feiras. São todas espécies exóticas invasoras, originárias de outros países e de outros ambientes, mas que chegaram ao Brasil e aqui encontraram espaço para proliferar. Algumas são exóticas também no sentido de "diferentes" ou "esquisitas", mas muitas já se tornaram tão comuns que parecem fazer parte da paisagem nacional tanto quanto um pau-brasil ou um tucano. Outros exemplos, apontados pelo Programa Global de Espécies Invasoras e por cientistas brasileiros, incluem o pinus, o dendezeiro, as acácias, a mamona, a abelha-africana, o pardal, o barbeiro, a carpa, o búfalo, o javali e várias espécies de gramíneas usadas em pastos, além de bactérias e vírus responsáveis por doenças importantes como leptospirose e cólera. Nenhuma delas é nativa do Brasil. Dependendo das circunstâncias, podem ser meras "imigrantes" inofensivas ou invasoras altamente nocivas. Dentro do sistema produtivo, por exemplo, o búfalo e o pinus são apenas espécies exóticas. Quando escapam para a natureza, entretanto, muitas vezestornam- se organismos nocivos aos ecossistemas "naturais". Espécies invasoras não têm predadores naturais e se multiplicam rapidamente. São fortes, tipicamente agressivas e controlam o ambiente que ocupam, roubando espaço das espécies silvestres e competindo com elas por alimento ou se alimentando delas diretamente. Por sua capacidade de sobrepujar espécies nativas, as espécies invasoras são consideradas a segunda maior ameaça à biodiversidade no mundo atrás apenas da destruição dos hábitats. Ao assumirem o papel de pragas e vetores de doenças, elas também causam impactos significativos na agricultura e na saúde humana. (Adaptado de Herton Escobar. O Estado de S. Paulo, Vida&, 23 de julho de 2006, A25) ... elas também causam impactos significativos na agricultura e na saúde humana. (final do texto) O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado acima está na frase: a) ... grandes pinheiros brotam por toda parte. b) ... mas que chegaram ao Brasil ... c) ... e aqui encontraram espaço ... Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 29 de 77 www.exponencialconcursos.com.br d) ... o búfalo e o pinus são apenas espécies exóticas. e) ... e competindo com elas por alimento. Comentários: Primeiro vamos analisar o verbo grifado. Podemos concluir que ele é transitivo direto, pois necessita de complemento sem preposição. Alternativa A – Incorreta – O verbo brotar é intransitivo, o termo “por toda parte” é apenas um adjunto adverbial de lugar que amplia o seu significado. Alternativa B – Incorreta – Igualmente ao item anterior, o verbo brotar é intransitivo, o termo “ao Brasil” é apenas um adjunto adverbial de lugar que amplia o seu significado. Alternativa C – Correta – Aí sim! O verbo encontrar é TD, (encontrou o quê? Espaço!), sendo assim exige o mesmo complemento que o verbo causar, um objeto direto. Alternativa D – Incorreta – A forma verbal “são” é verbo de ligação, que exige um predicativo do sujeito – PDS, naturalmente, para qualificar o sujeito. Alternativa E – Incorreta – O verbo competir, nesse caso, é TI, (competir com alguém), portanto exige um OI. Gabarito: C 12) FCC/Téc. Judiciário/TRE SP/Administrativa/2012 Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo. Como a Folha era o único veículo que mandava repórteres da sede em São Paulo para todos os comícios e abria generosamente suas páginas para a cobertura da campanha das Diretas, passei a fazer parte da trupe, dar palpites nos discursos, sugerir caminhos para as etapas seguintes. Viajava com os três líderes da campanha em pequenos aviões fretados, e, em alguns lugares, dr. Ulysses − era assim que se referiam a ele − fazia questão de anunciar minha presença no palanque. Eu sabia que, em outras circunstâncias, essas coisas não pegariam bem para um repórter. Àquela altura, no entanto, não me importava mais com o limite entre as funções do profissional de imprensa e as do militante. Ficava até orgulhoso, para falar a verdade. Cevado pelas negociações de bastidores no Parlamento, em que tudo devia estar acertado antes de a reunião começar, o incansável Ulysses, que na Constituinte de 1987 passaria horas presidindo a sessão sem levantar sequer para ir ao banheiro, transmudara-se num palanqueiro de primeira. Impunha logo respeito, eu até diria que ele era reverenciado aonde quer que chegasse. A campanha das Diretas não tinha dono, e por isso crescia a cada dia. Mas, embora ele não tivesse sido nomeado, todos sabiam quem era o comandante. Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 30 de 77 www.exponencialconcursos.com.br Meu maior problema, além de arrumar um telefone para passar a matéria a tempo de ser publicada, era o medo de avião. "Fica calmo, meu caro jornalista, avião comigo não cai", procurava me tranquilizar dr. Ulysses, com seu jeito formal de falar até em momentos descontraídos. Muitos anos depois, ele morreria num acidente de helicóptero, em Angra dos Reis, no Rio, e seu corpo desapareceria no mar para sempre. (Fragmento de Ricardo Kotscho. Do golpe ao Planalto: uma vida de repórter. São Paulo, Cia. das Letras, 2006, p.120) "Fica calmo, meu caro jornalista, avião comigo não cai", procurava me tranquilizar dr. Ulysses... O segmento em destaque exerce na frase acima a mesma função sintática que o elemento grifado exerce em: a) Como a Folha era o único veículo ... b) ... essas coisas não pegariam bem para um repórter. c) ... em que tudo devia estar acertado... d) Viajava com os três líderes da campanha em pequenos aviões fretados... e) ... quem era o comandante. Comentários: Primeiramente vamos identificar a função do termo em destaque. Dr. Ulysses procurava me tranquilizar. Podemos verificar que o termo é o sujeito da oração. Então, vamos procurar a alternativa que apresente um sujeito destacado. Alternativa A – Incorreta – O sujeito da oração é “a folha”, enquanto “único veículo” é predicativo do sujeito. Alternativa B – Incorreta – O sujeito da oração é “essas coisas”, enquanto “para um repórter” é complemento nominal de “bem”. Alternativa C – Incorreta – O sujeito da oração é “tudo”, o termo grifado substitui o termo anteriormente citado “no parlamento”. Alternativa D – Incorreta – O sujeito oculto da oração é “eu”, enquanto o termo grifado é adj. adv. de companhia. Alternativa E – Correta – O sujeito da oração é “quem”, seguido do verbo de ligação “era” e do PDS “comandante”. Gabarito: E 13) FCC/ Téc. Judiciário/TRE SP/Administrativa/2012 Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo. Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 31 de 77 www.exponencialconcursos.com.br Os modernistas de 1922 nunca se consideraram componentes de uma escola, nem afirmaram ter postulados rigorosos em comum. O que os unificava era um grande desejo de expressão livre e a tendência para transmitir, sem os embelezamentos tradicionais do academismo, a emoção pessoal e a realidade do país. Por isso, não se cansaram de afirmar (sobretudo Mário de Andrade) que a sua contribuição maior foi a liberdade de criação e expressão. "Cria o teu ritmo livremente", disse Ronald de Carvalho. Este conceito é relativo, pois em arte não há originalidade absoluta. No Brasil, ele significou principalmente libertação dos modelos acadêmicos, que se haviam consolidado entre 1890 e 1920. Em relação a eles, os modernistas afirmaram a sua libertação em vários rumos e setores: vocabulário, sintaxe, escolha de temas, a própria maneira de ver o mundo. Do ponto de vista estilístico, pregaram a rejeição dos padrões portugueses, buscando uma expressão mais coloquial, próxima do modo de falar brasileiro. Um renovador como Mário de Andrade começava os períodos pelo pronome oblíquo, abandonava inteiramente a segunda pessoa do singular, acolhia expressões e palavras da linguagem corrente, procurava incorporar à escrita o ritmo da fala e consagrar literariamente o vocabulário usual. Mesmo quando não procuravam subverter a gramática, os modernistas promoveram uma valorização diferente do léxico, paralela à renovação dos assuntos. O seu desejo principal foi o de serem atuais, exprimir a vida diária, dar estado de literatura aos fatos da civilização moderna. (Trecho adaptado de Antonio Candido e José Aderaldo Castello. Presença da literatura brasileira: Modernismo. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1997, p.1112) Este conceito é relativo, pois em arte não há originalidade absoluta. ... a sua contribuição maior foi a liberdade de criação e expressão. Ambos os elementos acima grifados exercem nas respectivas frases a funçãode a) adjunto adverbial. b) objeto direto. c) complemento nominal. d) predicativo. e) objeto indireto. Comentários: Este conceito (sujeito) é (VL) relativo (PDS) a sua contribuição maior (sujeito) foi (VL) a liberdade de criação e expressão (PDS) Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 32 de 77 www.exponencialconcursos.com.br Questão bem tranquila, para identificar os termos como predicativo do sujeito. Vamos lembrar que o PDS é antecedido por um verbo de ligação (ser, estar, ficar, parecer) e qualifica o sujeito. Gabarito: D 14) FCC/Analista Juduciário/TRE SP/Administrativa/2012 Atenção: A questão refere-se à crônica abaixo, publicada em 28/08/1991. Bom para o sorveteiro Por alguma razão inconsciente, eu fugia da notícia. Mas a notícia me perseguia. Até no avião, o único jornal abria na minha cara o drama da baleia encalhada na praia de Saquarema. Afinal, depois de quase três dias se debatendo na areia da praia e na tela da televisão, o filhote de jubarte conseguiu ser devolvido ao mar. Até a União Soviética acabou, como foi dito por locutores especializados em necrológio eufórico. Mas o drama da baleia não acabava. Centenas de curiosos foram lá apreciar aquela montanha de força a se esfalfar em vão na luta pela sobrevivência. Um belo espetáculo. À noite, cessava o trabalho, ou a diversão. Mas já ao raiar do dia, sem recursos, com simples cordas e as próprias mãos, todos se empenhavam no lúcido objetivo comum. Comum, vírgula. O sorveteiro vendeu centenas de picolés. Por ele a baleia ficava encalhada por mais duas ou três semanas. Uma santa senhora teve a feliz ideia de levar pastéis e empadinhas para vender com ágio. Um malvado sugeriu que se desse por perdida a batalha e se começasse logo a repartir os bifes. Em 1966, uma baleia adulta foi parar ali mesmo e em quinze minutos estava toda retalhada. Muitos se lembravam da alegria voraz com que foram disputadas as toneladas da vítima. Essa de agora teve mais sorte. Foi salva graças à religião ecológica que anda na moda e que por um momento estabeleceu uma trégua entre todos nós, animais de sangue quente ou de sangue frio. Até que enfim chegou uma traineira da Petrobrás. Logo uma estatal, ó céus, num momento em que é preciso dar provas da eficácia da empresa privada. De qualquer forma, eu já podia recolher a minha aflição. Metáfora fácil, lá se foi, espero que salva, a baleia de Saquarema. O maior animal do mundo, assim frágil, à mercê de curiosos. À noite, sonhei com o Brasil encalhado na areia diabólica da inflação. A bordo, uma tripulação de camelôs anunciava umas bugigangas. Tudo fala. Tudo é símbolo. (Otto Lara Resende, Folha de S. Paulo) Analisando-se aspectos sintáticos de frases do texto, é correto afirmar que em a) Muitos se lembravam da alegria voraz com que foram disputadas as toneladas da vítima as formas verbais sublinhadas têm um mesmo sujeito. Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 33 de 77 www.exponencialconcursos.com.br b) todos se empenhavam no lúcido objetivo comum configura-se um caso de indeterminação do sujeito. c) uma tripulação de camelôs anunciava umas bugigangas a voz verbal é ativa, sendo umas bugigangas o objeto direto. d) eu já podia recolher a minha aflição não há a possibilidade de transposição para outra voz verbal. e) Logo uma estatal, ó céus o elemento sublinhado exerce a função de adjunto adverbial de tempo. Comentários: Alternativa A – Incorreta – Na primeira oração, o sujeito é “muitos”, enquanto na segunda, o sujeito passivo é “as toneladas da vítima”. Alternativa B – Incorreta – O sujeito não é indeterminado pois vem expresso na oração pela palavra “todos”. Alternativa C – Correta – Anunciava o quê? Umas bugingangas! O verbo anunciar é TD, logo é complementado por um OD. A voz da oração é claramente ativa. Alternativa D – Incorreta – É perfeitamente possível a transposição para a voz passiva uma vez que o verbo RECOLHER é transitivo direto (a minha aflição já podia ser recolhida por mim). Alternativa E – Incorreta – O termo “logo”, nesse sentido, tem valor adverbial, com significado de “ainda por cima”. Gabarito: C 15) FCC/Técnico/INSS/2012 Atenção: A questão baseia-se no texto seguinte. Em vida, Gustav Mahler (18601911), tanto por sua personalidade artística como por sua obra, foi alvo de intensas polêmicas – e de desprezo por boa parte da crítica. A incompreensão estética e o preconceito antissemita também o acompanhariam postumamente e foram raros os maestros que, nas décadas que se seguiram à sua morte, se empenharam na apresentação de suas obras. Durante os anos 60, porém, uma virada totalmente inesperada levou a obra de Mahler ao início de uma era de sucessos sem precedentes, que perdura até hoje. Intérpretes conhecidos e pesquisadores descobriram o compositor, enquanto gravações discográficas divulgavam uma obra até então desconhecida do grande público. Há uma série de fatores envolvidos na transformação de Mahler em figura central da história da música do século XX. A visão de mundo de uma geração mais jovem certamente teve influência central aqui: o dilaceramento interior de Mahler, seu interesse pelos problemas fundamentais da existência humana, seu Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 34 de 77 www.exponencialconcursos.com.br pacifismo, seu engajamento contra a opressão social e seu posicionamento em favor do respeito à integridade da natureza – tudo isso se tornou, subitamente, muito atual para a geração que nasceu no pósguerra. O amor incondicional de Mahler pela natureza sempre esteve presente em sua obra. O compositor dedicava inteiramente à criação musical os meses de verão, recolhendo-se em pequenas cabanas na paz dos Alpes austríacos. Em Steinbach, Mahler empreendia longas caminhadas que lhe proporcionaram inspiração para sinfonias. Comparar a simplicidade espartana dessas casinhas com a enorme complexidade das obras ali criadas diz muito sobre a genialidade do compositor – e, sobretudo, sobre a real origem de sua musicalidade. Totalmente abandonadas e esquecidas na Áustria no pós-guerra, essas casinhas de Mahler hoje se transformaram em memoriais, graças à ação da Sociedade Internacional Gustav Mahler. O mundo onírico dos Alpes do início do século XX certamente voltará à memória de quem, tendo uma imagem desses despojados retiros musicais de Mahler, voltar a ouvir sua música grandiosa. (Adaptado: Klaus Billand. Gustav Mahler: a criação de um ícone. Revista 18. Ano IV, n. 15, março/abril/ maio de 2006 > Acesso em: 22 dez. 2011) Na frase O compositor dedicava inteiramente à criação musical os meses de verão, o termo sublinhado exerce a mesma função sintática que o termo em destaque na frase: a) A visão de mundo de uma geração mais jovem teve influência central aqui. b) Intérpretes conhecidos e pesquisadores descobriram o compositor. c) Em vida, Mahler foi alvo de intensas polêmicas. d) Mahler empreendia longas caminhadas que lhe proporcionaram inspiração para grandiosas sinfonias. e) Essas casinhas das alturas alpinas hoje se transformaram em memoriais. Comentários: O termo “os meses de verão” é OD da oração (o compositor dedica os meses de verão à criação musical). Alternativa A – Correta – O termo “influência central” é OD da forma verbal “teve”. Alternativa B – Incorreta – O termo grifado é sujeito da oração. Alternativa C – Incorreta – O termo grifado é adjunto adverbial da oração. Alternativa D – Incorreta – O termo sublinhado é complemento nominal de “inspiração”. Alternativa E – Incorreta – Otermo “essas casinhas” é o sujeito da oração. Gabarito: A Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 35 de 77 www.exponencialconcursos.com.br 16) FCC/Consultor Legislativo/AL PB/2013 Na história da moderna literatura brasileira, a obra de José Lins do Rego representa uma época, uma corrente de pensamento dentro da atividade criadora na ficção. Confluíram em seus livros caminhos de diversas origens, raízes aflorantes no solo e outras de mais longa viagem subterrânea, as primeiras de contemporâneos em tentativas recentes e as segundas de nomes mais antigos na história do romance brasileiro. Mas o menino José − José Lins do Rego Cavalcanti −, nascido aos 3 de junho de 1901, no engenho Corredor, município de Pilar, Estado da Paraíba, já trazia consigo outras raízes que iria acrescentar a essas heranças. Raízes do sangue e da terra, que vinham de João do Rego Cavalcanti e Amélia do Rego Cavalcanti, seus pais, passando de geração em geração por outros homens e mulheres sempre ligados ao mundo rural do Nordeste açucareiro. Seu primeiro livro − Menino de engenho − é chave de uma obra que se revelou de importância fundamental na história do moderno romance brasileiro. O escritor mesmo, certa vez, em artigo de jornal, contou alguma coisa a respeito do livro de estreia: “O livro foi oferecido a todos os editores nacionais, de todos recebeu um não seco, quando não me deram o calado como resposta. Só mais tarde uma editora desconhecida, com dinheiro do meu bolso, publicaria a novela. Havia por esse tempo a revolução de São Paulo e, apesar da convulsão, esgotou-se em três meses. Uma edição de 2000 exemplares foi quase toda vendida no Rio”. Além das opiniões elogiosas da crítica, o livro mereceu também o prêmio de romance da Fundação Graça Aranha, o que consolidou sem dúvida a posição do estreante, que então se lança ao trabalho com maior entusiasmo e ímpeto criador, para oferecer no ano seguinte − 1933 − o segundo livro do “Ciclo da Cana-de-Açúcar” − Doidinho. Daí por diante sua obra não conheceu interrupções maiores. A partir de Banguê, em 1934, seus livros trazem então uma nova e definitiva chancela editorial − Livraria José Olympio Editora. No ano seguinte, 1935, José Lins publicaria Moleque Ricardo, penúltima parte do ciclo, que ficará definitivamente encerrado com o aparecimento de Usina, em 1936. (Adaptado de Wilson Lousada. Breve notícia-vida de José Lins do Rego. Usina. 7. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1973. p. XIXVI) Havia por esse tempo a revolução de São Paulo ... O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado acima está empregado em: a) Seu primeiro livro − Menino de engenho − é chave de uma obra ... b) Uma edição de 2000 exemplares foi quase toda vendida no Rio. c) Confluíram em seus livros caminhos de diversas origens ... Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 36 de 77 www.exponencialconcursos.com.br d) Daí por diante sua obra não conheceu interrupções maiores. e) Raízes do sangue e da terra, que vinham de João do Rego Cavalcanti e Amélia do Rego Cavalcanti, seus pais … Comentários: Na oração Havia por esse tempo a revolução de São Paulo, o verbo haver é TD, “por esse tempo” é AAV de tempo, e “a revolução de São Paulo” é o OD. Alternativa A – Incorreta – O verbo desta oração é de ligação e exige um PDS. Alternativa B – Incorreta - O verbo desta oração é de ligação e exige um PDS. Alternativa C – Incorreta – O termo verbal “confluíram” é intransitivo, portanto não exige complemento. A expressão “caminhos de diversas origens” é o sujeito da oração. Alternativa D – Correta – O verbo conhecer é TD, exigindo, portanto, um OD. Alternativa E – Incorreta – A forma verbal “vinham” é intransitiva. Gabarito: D 17) CESPE/TJ/TRE- MS/Administrativa/Contabilidade/2013 Texto para a questão A soberania popular pode ser exercida, juridicamente, por meio de três modelos: democracia participativa ou direta, democracia representativa ou indireta e democracia semidireta. Na democracia direta, o povo participa diretamente da vida política do Estado, exercendo os poderes governamentais, fazendo leis, administrando e julgando. É, pois, aquela em que o povo exerce de modo imediato as funções públicas. Na democracia indireta ou representativa, o povo não exerce seu poder de modo imediato, mas por meio de seus representantes, eleitos periodicamente, a quem são delegadas as funções de governo. A democracia representativa pressupõe um conjunto de instituições(d) que disciplinam a participação popular no processo político, que formam os direitos políticos(e) que qualificam a cidadania, como, por exemplo, as eleições, o sistema eleitoral, os partidos políticos; enfim, mecanismos disciplinadores para a escolha dos representantes do povo. Na democracia semidireta, são assegurados instrumentos de participação direta do povo nas funções de governo. Esses instrumentos de participação dão ao povo, conservadas, embora em parte, as formas representativas, a palavra final relativa a todo o ato governativo. Como exemplo desses instrumentos, podem ser citados o referendo e o plebiscito. Internet: <www.planalto.gov.br> (com adaptações). O sujeito da oração cujo núcleo do predicado é a forma verbal “formam” é Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 37 de 77 www.exponencialconcursos.com.br a) o pronome “que” imediatamente antecedente. b) oculto. c) indeterminado. d) a expressão “um conjunto de instituições”. e) a expressão “os direitos políticos” Comentários: Alternativa A – Correta – “A democracia representativa pressupõe um conjunto de instituições (d) que disciplinam a participação popular no processo político, que (sujeito) formam (VTD) os direitos políticos (OD) que qualificam a cidadania... “ O sujeito da oração indicada é o pronome relativo “que”, ele substitui o termo “um conjunto de instituições”. APROFUNDANDO o comentário... Aí você pergunta, como saber se o “que” está realmente se referindo a esse termo e não a “processo político”? Observe a concordância utilizada pelo autor. O verbo FORMAR está flexionado no plural, igualmente a “disciplinam”, formando orações paralelas. Alternativa B – Incorreta – O sujeito não está oculto. O sujeito oculto ocorre quando não está escrito mas podemos deduzi-lo. Alternativa C – Incorreta – O sujeito da oração é determinado. O sujeito indeterminado não vem indicado na oração tampouco é possível deduzir quem é o agente da ação. Alternativa D – Incorreta – De fato, o agente da ação é realmente o termo “um conjunto de instituições” ao qual o pronome “que” se refere. Porém, quando se pergunta o sujeito da oração, está perguntando-se do sujeito SINTÁTICO que é o pronome “que”. Alternativa E – Incorreta – A expressão “os direitos políticos” é o objeto direto da oração. Gabarito: A 18) CESPE/TJ/CNJ/Administrativa/2013 Em 2012, o CNJ promoveu, em parcerias com órgãos do Executivo e do Judiciário, campanhas importantes para promover o bem-estar do cidadão, como a da aplicação da Lei Maria da Penha no âmbito dos tribunais; a do reconhecimento da paternidade voluntária; a do fortalecimento da ideia de conciliação no Judiciário; e a de valorização da vida. Em parceria com o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), a campanha “Conte até 10” recebeu o apoio de importantes lutadores profissionais, como os campeões mundiais Anderson Silva (peso-médio) Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 38 de77 www.exponencialconcursos.com.br e Júnior Cigano (peso-pesado), além de judocas campeões olímpicos, para divulgar a mensagem de não violência em situações de confronto. Nas redes sociais, a campanha conseguiu uma repercussão expressiva. Somente no facebook do CNJ, 102.432 pessoas comentaram, curtiram ou compartilharam os posts da campanha, veiculada em novembro. Internet: <www.cnj.jus.br/q2rc> (com adaptações). Em relação às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item a seguir. O trecho “em parcerias com órgãos do Executivo e do Judiciário” está entre vírgulas porque exerce função de adjunto adverbial intercalado na oração principal, estando deslocado em relação à ordem direta. Certo Errado Comentários: O termo, “em parcerias com órgãos do Executivo e do Judiciário” é realmente uma locução adverbial de modo, pois indica o modo como “o CNJ promoveu” “campanhas importantes” (modifica o verbo promover). A posição “natural” do AAV é no final da oração (sujeito – predicado – AAV), quando ele vem posicionado no início ou no meio da oração (deslocado), deve vir isolado por vírgulas. Gabarito: Certo 19) CESPE/TJ/CNJ/Administrativa/2013 A informação virtual adquire, a cada dia, mais importância. Os acessos às páginas que integram o portal do CNJ na Internet (www.cnj.jus.br) alcançaram, em novembro de 2012, a marca de mais de 16 milhões. O dado, levantado pela Secretaria de Comunicação Social, leva em conta o número total de visitas a todas as páginas que são acessadas por meio do portal do CNJ, sejam as voltadas para o público externo ou as utilizadas pelo público interno. No total, foram 16.227.736 páginas acessadas, o que representa um aumento de 244,59% em relação ao número obtido em janeiro de 2012, que foi de 4.709.335 páginas acessadas. Outro indicador importante, o número de visitantes únicos, obteve um significativo crescimento no período: 80,13%. Foram registrados 196.657 visitantes únicos em janeiro de 2012, contra 354.248, em novembro do mesmo ano. Pelo critério de ‘visitantes únicos’, acessos diversos feitos por um mesmo visitante são contabilizados apenas uma vez. Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 39 de 77 www.exponencialconcursos.com.br No acumulado do ano, o número de visitantes únicos chega a 2.947.476, e o total de páginas do portal visitadas foi de 116.560.649. Os números referem-se ao período de janeiro a novembro de 2012. Internet: <www.cnj.jus.br/noticias/cnj/> (com adaptações). Com base nas ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item seguinte. O trecho “o número de visitantes únicos” está entre vírgulas porque se classifica como aposto explicativo. Certo Errado Comentários: “Outro indicador importante (sujeito), o número de visitantes únicos (aposto), obteve um significativo crescimento... “ Uma característica importante do aposto explicativo é que ele pode substituir perfeitamente o sujeito da oração em sua função sintática. Gabarito: Certo 20) CESPE/AJ/CNJ/Administrativa/"Sem Especialidade"/2013 Como afirma Foucault, a verdade jurídica é uma relação construída a partir de um paradigma de poder social que manipula o instrumental legal, de um poder- saber que estrutura discursos de dominação. Assim, não basta proteger o cidadão do poder com o simples contraditório processual e a ampla defesa, abstratamente assegurados na Constituição. Deve haver um tratamento crítico e uma posição política sobre o discurso jurídico, com a possibilidade de revelar • Recife, capital de Pernambuco, é uma bela cidade. Explicativo • Rio de Janeiro, Recife e Curitiba, todas são belas cidades. • Só me arrependo de uma coisa, aquela que não fiz. Resumitivo ou Recapitulativo • Meu irmão Fernando é muito inteligente.Especificativo • O melhor da vida são duas coisas: sonhar e realizar. Enumerativo • Tinham grandes qualidades, ele o respeito e ela o carinho. Distributivo Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 40 de 77 www.exponencialconcursos.com.br possíveis contradições e complexidades das tábuas de valor que orientam o direito. Ora, o conceito de justiça é o de um discurso construído dentro de uma instância de poder, e construído dentro de uma processualidade. Segundo Lyotard, não existe um discurso a priori correto ou verídico, mas narrativas entrecruzantes em busca de verdades parciais, históricas. O discurso sobre a justiça não pode ser diferente. Ele há de ser plurissignificativo, embasado em valores diversificados, mutáveis, conhecidos retoricamente, e não no fechamento kantiano, platônico e cartesiano dos sentidos prévios, imutáveis, unissignificativos do que seja o justo. Somente o processo isocrítico e com estruturação em um paradigma democrático-constitucional de fiscalização constante das premissas discursivas pode levar a um processo justo e a um direito justo em algum sentido. Dessa forma, justiça é a busca da processualidade para que os agentes partícipes do processo e, latu sensu, toda a sociedade possam participar e controlar a institucionalização do justo. Newton de Oliveira Lima. Um valor discursivo e político. In: Revista Jus Vigilantibus. Internet: <http://jusvi.com> (com adaptações). Com relação aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item que se segue. O termo “do poder” relaciona-se sintaticamente com o termo “o cidadão”, modificando-o. Certo Errado Comentários: Vamos analisar o verbo PROTEGER: proteger (VTDI) alguém (OD) de algo (OI) Portanto: “não basta proteger (VTDI) o cidadão (OD) do poder (OI)” Assim, o termo “do poder” não se relaciona diretamente com “o cidadão”, mas complementa a forma verbal “proteger”. Gabarito: Errado 21) CESPE/Diplomata/IRBr/2013 Conta Darcy Ribeiro (1996) que, entre os índios Urubu-Kaapor, a Cobra Grande engolia muita gente e precisou ser morta. “Antes de morrer, teve um sobressalto. Se levantou, subiu e foi bater no céu. Ficou lá a sombra dela. É a Curso: Português Básico para Concursos Teoria e Questões Comentadas Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 Prof. Bruno Spencer 41 de 77 www.exponencialconcursos.com.br Via Láctea, que até hoje a gente vê. Depois, caiu lá de cima, com grande barulho. Veio bater no chão, acabou com a mata toda naquele lugar; só deixou um buraco. Agora é o mar Paraná-Ramiú.” Darcy, com o jeito que lhe era característico, exclama: “Não é uma beleza? Aqui, o sangue de uma Cobra gigantesca deu origem à Via Láctea e ao Avô-Mar!” Lux Vidal. A Cobra Grande: uma introdução à cosmologia dos povos indígenas do Uaçá e Baixo Oiapoque – Amapá. Rio de Janeiro: Museu do Índio, 2009, p. 2830 (com adaptações). , p. 35 (com adaptações). Julgue (C ou E) o item seguinte, relativo a aspectos gramaticais do texto acima. A referência do sujeito elíptico da oração ‘É a Via Láctea’ é a expressão ‘a sombra dela’, que funciona como sujeito da oração ‘Ficou lá a sombra dela’. Certo Errado Comentários: A primeira oração encontra-se invertida, porém podemos verificar que o seu sujeito é de fato a expressão “a sombra dela”. A sombra dela (sujeito) ficou (verbo intransitivo) lá (AAV de lugar). Agora, para identificarmos a mesma expressão como sujeito elíptico da oração seguinte, temos que fazer uma análise semântica do texto. “...a Cobra Grande engolia muita gente e precisou ser morta. “Antes de morrer, teve um sobressalto. Se levantou, subiu e foi bater no céu. Ficou lá a sombra dela. É a Via Láctea... Aqui, o sangue de uma Cobra gigantesca deu origem à Via Láctea” Gabarito: Certo 22) CESPE/AL/CAM DEP/Área XX/Consultor Legislativo/2014 Tentação Ela estava com soluço.
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