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Aula-01-Básico-Português-Função-Sintática-dos-Termos-v2

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Aula 01 – Função Sintática dos Termos 
Curso: Português Básico para Concursos 
Prof: Bruno Spencer e Luiz Miranda 
Curso: Português Básico para Concursos 
Teoria e Questões Comentadas 
Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 
 
 
Prof. Bruno Spencer 2 de 77 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
Olá amigos! 
Vamos dar continuidade a nossos estudos com a análise sintática dos 
termos da oração. ATENÇÃO, pois esse assunto é essencial para fortalecermos 
a nossa base. Se assimilarem bem esta aula, terão muita facilidade na 
sequência. Então vamos lá. 
Confiança, força e coragem!!! 
 
Sumário 
1 – Frase, Oração, Período ....................................................................... 3 
2 - Sujeito ............................................................................................... 5 
2. 1 – Oração sem sujeito ......................................................................... 6 
3 – Predicado .......................................................................................... 7 
3.1 – Predicado Verbal ............................................................................. 7 
3.2 – Predicado Nominal ........................................................................... 9 
3.3 – Predicado Verbo-Nominal ................................................................ 10 
4 – Termos Integrantes da Oração ......................................................... 10 
4. 1 – Complementos Verbais .................................................................. 11 
4. 2 – Complemento Nominal .................................................................. 12 
4. 3 – Agente da Passiva ........................................................................ 13 
5 – Termos Acessórios da Oração .......................................................... 14 
5. 1 – Adjunto Adnominal ....................................................................... 14 
5. 2 – Adjunto Adverbial ......................................................................... 16 
5. 3 – Aposto ........................................................................................ 17 
5. 4 – Vocativo ...................................................................................... 17 
6 – Análise Sintática .............................................................................. 18 
7 – Questões Comentadas ..................................................................... 19 
8 - Lista de exercícios ............................................................................ 53 
9 – Gabarito .......................................................................................... 77 
10 – Referencial Bibliográfico ................................................................ 77 
 
 
Aula 01 – Função Sintática dos Termos 
Curso: Português Básico para Concursos 
Teoria e Questões Comentadas 
Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 
 
 
Prof. Bruno Spencer 3 de 77 
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Primeiramente, vamos fazer uma breve diferenciação entre esses 
termos que muito utilizaremos daqui para frente. 
 
Frase 
 
 
Quanto à semântica (sentido), as frases podem ser: declarativas, 
interrogativas, imperativas (ordem), exclamativas (admiração), imprecativas 
(rogar praga) ou optativas (exprimir desejo). 
 
Classificação semântica das frases: 
 
 
 
 
É um enunciado que transmite uma mensagem, podendo ou não conter
verbos.
•Ex. Eu estudei muito para passar no concurso.
•Ai que dor!
C
la
s
s
if
ic
a
ç
ã
o
 S
E
M
Â
N
T
I
C
A
Declarativas
João estava muito irritado 
com seu amigo.
Interrogativas O que você quer?
Imperativas
Vá embora e não 
volte mais.
Exclamativas Oh Deus!
Imprecativas ou
Optativas
Fique em paz!
Vá para o inferno!
1 – Frase, Oração, Período 
Curso: Português Básico para Concursos 
Teoria e Questões Comentadas 
Prof. Bruno Spencer e Luiz Miranda - Aula 01 
 
 
Prof. Bruno Spencer 4 de 77 
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Oração 
 
 
Os chamados termos essenciais da oração são o SUJEITO e o 
PREDICADO. 
 
 
Analisando as orações abaixo: 
 
A vida é bela. 
Sujeito Predicado 
 
Há muitos carros estocados nas distribuidoras. 
Predicado 
Na oração acima, não há sujeito. 
 
Período 
 
 
É uma frase que possui verbo e que, normalmente, estrutura-se com
sujeito e predicado, que são os termos essenciais da oração.
•Ex. A vida é bela. 
•Há muitos carros estocados nas distribuidoras.
Termos essenciais da oração
Sujeito
Predicado
“É uma frase constituída de uma ou mais orações.” (D. P. Cegalla)
O período simples é constituído de uma oração, enquanto o período
composto é formado por duas ou mais orações.
•Ex: Compramos pão e leite. (período simples)
•Ele disse que viria amanhã. (período composto)
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O sujeito pode ser agente (quando age), paciente (quando sofre a ação) 
ou reflexivo (quando age e sofre a ação ao mesmo tempo). 
Exemplos: 
• Pedro chutou a bola. (suj. agente) 
• A bola foi chutada por Pedro. (suj. paciente) 
• O velho olhou-se com atenção. (suj. reflexivo) 
 
O sujeito é um dos termos ESSENCIAIS da oração. 
 
Um substantivo ou pronome exerce a função de núcleo do sujeito, 
enquanto as palavras acessórias (artigos, adjetivos, numerais) são chamadas 
de adjuntos adnominais (acompanham o nome, determinando ou 
qualificando-o). 
Analisando os exemplos: 
 
A casa dela é amarela. 
Adj. Adnominal - AA Núcleo Adj. Adnominal – AA 
 Sujeito 
 
As meninas brincavam no jardim. 
Adj. Adnominal - AA Núcleo 
 Sujeito 
 
Ela e suas amigas foram ao shopping. 
Núcleo Adj. Adnominal – AA Núcleo 
 Sujeito 
SUJEITO é quem pratica ou sofre a ação, ou simplesmente, aquele de
quem se diz algo.
•Ex. A casa dela é amarela.
•As meninas brincavam no jardim.
•Ela e suas amigas foram ao shopping.
2 - Sujeito 
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Repare que a frase logo acima possui dois núcleos (ela e amigas), por 
isso diz-se que o sujeito é composto. 
As demais, que possuem um só núcleo tem o sujeito simples. 
 
O sujeito também pode vir oculto na oração, quando não está expresso 
mas podemos deduzi-lo. 
Exemplos: 
• Ficamos até tarde na rua. (nós) 
• Fiz toda a tarefa. (eu) 
O sujeito também pode não vir indicado na oração sem que tampouco seja 
possível deduzir quem é o agente da ação. Nesse caso temos o sujeito 
indeterminado. 
Isso acontece quando se flexiona o verbo na 3ª pessoa do plural (sem 
mencionar o sujeito) ou na 3ª pessoa do singular acompanhado da partícula 
“SE” (verbos intransitivos ou transitivos indiretos). 
Exemplos: 
• Fizeram muita bagunça no desfile do dia da independência. 
• Vive-se bem aqui 
 
Resumindo os tipos de sujeito: 
 
 
 
Há verbos conhecidos como impessoais, que indicam fato que não é 
atribuído a qualquer sujeito (não há sujeito na oração). Nesse caso, são 
flexionados na 3ª pessoa do singular. 
T
ip
o
s
 d
e
 S
U
J
E
I
T
O
Simples
João estava muito 
feliz.
Composto João e Maria casaram-se.
Oculto ou 
Elíptico
(eu) Fiz a tarefa.
Indeterminado Quebraram o prato.
Oração sem 
sujeito
Choveu muito.
2. 1 – Oração sem sujeito 
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É o caso dos verbos HAVER (sentido de existir ou acontecer), SER, 
ESTAR, PASSAR, FAZER (sentido de tempo), ou mesmo verbos que indicam 
fenômenos da natureza, tais como: CHOVER, VENTAR,TROVEJAR. 
Exemplos: 
• Há muito o que se fazer por aqui. 
• Ontem estava muito frio. 
• Já passa das quatro horas. 
• Faz dez dias que ele viajou. 
• Choveu muito ontem. 
 
 
O predicado, termo ESSENCIAL da oração, é aquilo que se diz a 
respeito do sujeito. 
Ele pode ser verbal, nominal ou verbo-nominal. 
 
 
Recebe esse nome pois tem em seu núcleo um verbo, que pode ser 
intransitivo, transitivo direto, transitivo indireto ou transitivo direto e 
indireto. 
 
Verbo Intransitivo 
Possui sentido completo, não exige complemento, podendo vir acompanhado 
de termos que lhe ampliem o sentido e detalhem melhor os fatos, tais como o 
adjunto adverbial. 
Exemplos: 
Choveu muito. 
verbo intransitivo adjunto adverbial de intensidade 
 Predicado Verbal 
Repare que a oração acima não tem sujeito! 
 
A primavera chegou. 
sujeito verbo intransitivo 
 Predicado Verbal 
 
3 – Predicado 
3.1 – Predicado Verbal 
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Verbo Transitivo Direto (TD) 
Necessita de um complemento para integrar o seu sentido. 
É introduzido sem necessidade de preposição. O complemento do objeto direto 
recebe o nome de objeto direto (OD). 
Exemplos: 
Ele comeu a pizza. 
sujeito verbo transitivo direto - VTD objeto direto - OD 
 Predicado Verbal 
 
Todos levantaram a mão. 
sujeito verbo transitivo direto - VTD objeto direto - OD 
 Predicado Verbal 
 
Verbo Transitivo Indireto (TI) 
Tem o seu complemento - objeto indireto (OI) - introduzido por uma 
preposição. 
Exemplos: 
Crianças gostam de brincar. 
 sujeito verbo transitivo indireto - VTI objeto indireto - OI 
 Predicado Verbal 
O mestre falou aos discípulos. 
 Sujeito verbo transitivo indireto - VTI objeto indireto - OI 
 Predicado Verbal 
 
 
Verbo Transitivo Direto e Indireto (TDI) 
Há verbos que pedem dois complementos para expressar o seu sentido de 
maneira integral. Podendo, no entanto, em determinadas orações, usar-se 
apenas um dos dois complementos. 
Exemplos: 
Ele pediu um favor aos seus filhos. 
sujeito verbo TDI objeto direto - OD objeto indireto - OI 
 Predicado Verbal 
(Ele) Pagou - lhe a dívida. 
sujeito oculto verbo TDI objeto indireto – OI objeto direto - OD 
 Predicado Verbal 
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OBSERVAÇÃO - No pronome LHE está implícito a preposição “A”, pois é 
equivalente ao termo a ele(a). Os pronomes O(S), A(S) serão sempre OD. 
Já os pronomes me, te, se, nos, vos podem ser OD ou OI, a depender do 
verbo que complementem. 
 
 
 
 
Análise sintática dos exemplos: 
 
A vida é bela. 
 sujeito verbo de ligação - VL predicativo do sujeito - PDS 
 Predicado Nominal 
 
Maria parecia um anjo. 
 sujeito verbo de ligação - VL predicativo do sujeito - PDS 
 Predicado Nominal 
 
 
Seu pai ficará feliz. 
 sujeito verbo de ligação – VL predicativo do sujeito - PDS 
 Predicado Nominal 
 
 
 
Tem esse nome porque o seu núcleo é um NOME – o predicativo do
sujeito, que qualifica o sujeito da oração.
O verbo da oração é chamado verbo de ligação, que constitui um elo
entre o sujeito e o predicativo.
•Ex. A vida é bela. 
•Maria parecia um anjo.
3.2 – Predicado Nominal 
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O predicado verbo-nominal tem dois núcleos, um verbo e um nome. Pode 
ser formado de duas maneiras: 
• Verbo (intransitivo, TD ou TI) + predicativo do sujeito (PDS) 
• Verbo transitivo direto (TD) + predicativo do objeto (PDO) 
 
Enquanto o predicativo do sujeito qualifica este, o predicativo do objeto 
qualifica o respectivo objeto direto da oração. 
 
Exemplos: 
Todos chegaram animados. 
 sujeito verbo Intransitivo -VI predicativo do sujeito – PDS 
 Predicado Verbo-Nominal 
 
 
A moça abraçou o namorado satisfeita. 
 sujeito verbo transitivo direto - VTD objeto direto – OD predicativo do sujeito–PDS 
 Predicado Verbo-Nominal 
 
 
Foram felizes ao parque. 
 Sujeito indeterminado VTI predicativo do sujeito – PDS objeto indireto - OI 
 Predicado Verbo-Nominal 
 
 
Josué achou a casa bonita. 
sujeito verbo transitivo direto – VTD OD predicativo do objeto – PDO 
 Predicado Verbo-Nominal 
 
 
 
 
 
 
São termos que integram o sentido da oração. 
Podem integrar verbos - complementos verbais (objetos direto e 
indireto); nomes – complemento nominal ou indicar o agente da voz passiva. 
3.3 – Predicado Verbo-Nominal 
4 – Termos Integrantes da Oração 
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São o objeto direto e o objeto indireto que complementam o sentido 
dos verbos transitivos. 
Vamos ver exemplos de casos especiais que podem ocorrer. 
 
Objeto direto preposicionado 
 
T
e
rm
o
s
 I
n
te
g
r
a
n
te
s
d
a
 o
ra
ç
ã
o
Complemento 
Verbal
Objeto Direto - OD
(sem preposição)
Objeto Indireto - OI
(com preposição)
Complemento 
Nominal
Agente da Passiva
Pode ocorrer em determinados casos que um objeto direto venha
precedido de preposição, a fim de dar mais clareza à oração ou
ênfase à expressão. Normalmente isso ocorre com a preposição “A”.
•Ex. Amava a ela mais que tudo. (OD é pronome oblíquo tônico)
•Avistou seu adversário, a quem cumprimentou. (OD é o pronome
relativo “QUEM”)
•Amai uns aos outros. (expressão de reciprocidade)
•Acertou ao alvo o atirador. (evitar confusão do sujeito com o objeto)
•Teme a Deus, antes que seja tarde! (nomes próprios)
•A mim, não me vencerá! (ênfase para OD antecipado)
•Olhou a ambos com desprezo. (OD é o numeral “ambos”)
•Presenteou a todos com sua presença. (pronomes indefinidos relativos
a pessoas)
4. 1 – Complementos Verbais 
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Objeto direto pleonástico 
 
 
Objeto indireto pleonástico 
 
 
 
 
Complementa o sentido de um NOME (substantivo, adjetivo ou advérbio) 
e é regido por preposição. 
Exemplos: 
 
 
 
O complemento nominal só complementa substantivos abstratos e tem 
valor passivo. 
 
1) FCC/Delegado/DPE RS/2011 
Atenção: Responda à questão com base no texto. 
TEXTO 
EUA dizem que um ataque ao Irã uniria o país, hoje dividido 
WASHINGTON (Reuters) − Um ataque militar contra o Irã uniria o país, que está 
dividido, e reforçar a determinação do governo iraniano para buscar armas 
É usado no início da frase para enfatizá-lo. Depois, ele é repetido,
sendo substituído por um pronome oblíquo.
•Ex. O amor, todos o trazem consigo.
•A dignidade, ele a tinha de sobra.
Ocorre de maneira similar ao objeto direto.
•Ex. A mim, o que me importa é ser feliz.
•Aos pais, nem todos lhes obedeçem.
4. 2 – Complemento Nominal 
Amor ao próximo Trabalho pela paz 
Respeito aos pais Fé em Deus 
Confiança na vitória Feliz com o resultado 
 
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nucleares, disse o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, nesta 
terça-feira. 
Em pronunciamentoao conselho diretor do Wall Street Journal, Gates afirmou 
ser importante usar outros meios para convencer o Irã a não procurar ter armas 
nucleares e repetiu as suas preocupações de que ações militares somente iriam 
retardar − e não impedir − que o país obtenha essa capacidade. 
(http://noticias.uol.com.br/ultimasnoticias/reuters/2010/11/16/euadizemqueu
mataqueaoirauniriaopaishojedividido.jhtm?action=print, em 16/11/2010) 
A palavra pronunciamento é transitiva e exige 
a) complemento nominal. 
b) objeto indireto. 
c) objeto direto. 
d) adjetivo. 
e) predicativo do sujeito. 
Comentários: 
Alternativa A – Correta – Assim como os verbos transitivos (TD e TI) necessitam 
de complemento, os NOMES também podem ser complementados, a fim de 
ampliar o seu sentido ou pormenorizar a situação. Repare que o 
complemento não qualifica o nome “pronunciamento”, mas detalha o fato. 
Alternativa B – Incorreta – Quem exige objeto indireto são os verbos transitivos 
indiretos (exigem complemento introduzido por preposição). 
Alternativa C – Incorreta - Quem exige objeto direto são os verbos transitivos 
diretos (exigem complemento não introduzido por preposição). 
Alternativa D – Incorreta – Não há qualquer qualificação no complemento “ao 
conselho diretor do Wall Street Journal”. 
Alternativa E – Incorreta – Quem exige PDS são os verbos de ligação. 
Gabarito: A 
 
 
 
 
É quem pratica a ação expressa na voz passiva.
É o complemento do verbo nessa voz. Passando a oração para voz ativa,
seria o sujeito da oração.
•Ex. O país seguia governado pelos mesmos.
•Era um homem abençoado por Deus.
4. 3 – Agente da Passiva 
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A oração passiva que não possui agente, terá sujeito indeterminado 
caso seja convertida para a voz ativa. 
Exemplo: 
• O plano foi cuidadosamente executado. (voz passiva) 
• Executaram o plano cuidadosamente. (voz ativa) 
 
 
São termos que têm funções auxiliares na oração, podendo determinar 
os nomes, explicar, expressar circunstâncias, enfim complementar os 
termos principais da oração. 
 
 
 
Exemplos: 
A bela moça abraçou o namorado 
AA AA núcleo do sujeito VTD AA núcleo do OD 
artigo adjetivo substantivo artigo substantivo 
 
Termos acessórios da oração: 
determinar os nomes;
explicar;
expressar circunstâncias;
complementar os termos principais da oração.
Adjunto 
Adnominal
Adjunto 
Adverbial
Aposto
Vocativo
São termos que determinam ou qualificam o NOME.
Podem ter essa função os artigos, adjetivos ou locuções adjetivas,
numerais e pronomes adjetivos.
•Ex. A bela moça abraçou o namorado.
5 – Termos Acessórios da Oração 
5. 1 – Adjunto Adnominal 
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Quando o adjunto adnominal é formado por uma locução adjetiva, é preciso 
tomar CUIDADO para não confundir o termo com um complemento nominal!!! 
Os adjuntos adnominais sempre qualificam os substantivos concretos e os 
abstratos quando em sentido ativo. 
 
Exemplos: 
Máscara de ferro (adjunto adnominal) – subst. concreto 
Cara de pau (adjunto adnominal) – subst. concreto 
Discurso do rei (AA) – termo ativo – (o rei discursa) 
Amor de pai (AA) – termo ativo – (o pai ama) 
 
Plantio de mudas (CN) – termo passivo – (as mudas são plantadas) 
Descoberta do ouro (CN) – termo passivo – (o ouro é descoberto) 
 
Como já dissemos antes, se o termo determinado for um adjetivo, advérbio 
ou substantivo abstrato (caráter passivo) seu complemento será um CN. 
 
COMPLEMENTO NOMINAL ADJUNTO ADNOMINAL 
Adjetivos 
Advérbios 
Substantivos Abstratos (PASSIVO) 
Substantivos Concretos 
Substantivos Abstratos (ATIVO) 
 
 
2) CESPE/TEFC/TCU/2004 
A EMBRAPA virou símbolo de excelência na administração pública. Em mais uma 
década, terá sido a responsável pela melhoria do padrão nutricional dos 
brasileiros, por meio de um programa para a produção de alimentos mais 
saudáveis. Os componentes de nossa dieta básica arroz, feijão, milho, soja 
estão sendo pesquisados para que adquiram teores mais elevados de vitaminas, 
proteínas e aminoácidos. Do projeto, há poucos anos surgiu a cenoura com mais 
procaroteno (que ajuda no combate à cegueira), já incorporada ao mercado. A 
presidente interina da EMBRAPA, Marisa Barbosa, acentua que outros resultados 
positivos serão alcançados nos próximos anos. Com isso, o índice de subnutrição 
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e doenças dela resultantes serão gradativamente reduzidos. Alimentos 
denominados funcionais, proteicamente enriquecidos, estão sendo pesquisados 
para combater a diabetes e o envelhecimento. Nada a ver com transformação 
genética. A EMBRAPA tem 2.220 pesquisadores, sendo 1.100 com doutorado. 
Jornal do Brasil (Informe JB), 15/3/2004, p. A6 (com adaptações). 
Tendo em vista o texto acima e o tema nele focalizado, julgue os itens seguintes. 
Na linha referenciada em vermelho, as palavras "subnutrição" e "doenças" estão 
exercendo a função de complemento da palavra "índice". 
Certo 
Errado 
Comentários: 
Mais uma questão para se ter muito cuidado. 
Primeiramente, vemos que “doenças”, assim como “índice” é núcleo do sujeito 
composto da oração. 
Em segundo lugar, observamos que o termo “de subnutrição” é adjunto 
adnominal. 
A palavra “índice” é um substantivo concreto, pois não é qualidade, ação, 
sentimento, sensação ou estado. 
Por outro lado, podemos substituir a expressão “de subnutrição” pelo adjetivo 
subnutricional ficando mais claro o valor adjetivo da expressão. 
Gabarito: E 
 
 
Exemplos: 
Choveu muito. 
 verbo intransitivo adjunto adverbial de intensidade 
Oração sem sujeito - OSS Predicado Verbal 
É como se chama um advérbio ou locução adverbial no contexto de
uma oração.
Modificam um verbo, adjetivo ou outro advérbio, indicando uma
circunstancia de tempo, lugar, modo, intensidade, companhia, negação e
etc.
•Ex. Choveu muito.
•Ele morava longe.
•Às vezes ele acertava.
5. 2 – Adjunto Adverbial 
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Ele morava muito distante. 
 verbo intransitivo - VI AAV de intensidade AAV de lugar 
Sujeito Predicado Verbal 
 
Às vezes chega bem cedo. 
AAV de tempo VI AAV de intensidade AAV de tempo 
 suj. oculto (ele(a)) Predicado Verbal 
 
 
Tem a função de explicar, especificar, enumerar ou resumir um 
termo substantivo. 
 
Exemplos: 
 
 
 
 
 
• Recife, capital de Pernambuco, é uma 
bela cidade.
Explicativo
• Rio de Janeiro, Recife e Curitiba, todas
são belas cidades.
• Só me arrependo de uma coisa, aquela
que não fiz.
Resumitivo ou 
Recapitulativo
• Meu irmão Fernando é muito inteligente.Especificativo
• O melhor da vida são duas coisas: 
sonhar e realizar.
Enumerativo
• Tinham grandes qualidades, ele o 
respeito e ela o carinho.
Distributivo
É usado para chamar, nomear ou invocar uma pessoa ou algo a quem
nos dirigimos na oração. O vocativo não é parte do sujeito nem do
predicado.
•Ex. Carlos, estou aqui!
•Olhai por nós, ó Jesus!
•Meu amigo, siga o seu caminho!
5. 3 – Aposto 
5. 4 – Vocativo 
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Vamos analisar algumas frases para servir de base para quevocês 
possam praticar nos exercícios propostos. 
Aconselho vocês a fazerem esse tipo de análise antes de responderem 
as questões. Isso facilita muito a nossa vida na hora da prova, pois muitas vezes 
precisaremos fazer isso de maneira rápida e precisa. 
 
 
A descoberta do fogo foi um marco da história. 
AA núcleo CN VL AA PDS CN 
sujeito Predicado Nominal 
 
Os termos “do fogo” e “da história” são complementos nominais, pois 
complementam substantivos abstratos e têm caráter passivo (o fogo foi 
descoberto, a história foi marcada). 
 
 
O índice de subnutrição e doenças serão reduzidos. 
AA núcleo AA núcleo VL PDS 
sujeito composto Predicado Nominal 
 
 
 
 
Vamos praticar!!! 
6 – Análise Sintática 
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3) FCC/TJ/TRE SP/Administrativa/"Sem Especialidade"/2012 
... João Rubinato, que adotou o nome de um amigo funcionário do Correio... 
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está 
empregado em: 
a) ... que já acabou com a garoa... 
b) ... e produziu uma obra radicalmente brasileira... 
c) ... a que se sobrepôs à velha cidadezinha provinciana... 
d) Adoniran Barbosa é um paulista de cerne... 
e) ... e depois fugir, com ela e conosco, para a terra da poesia... 
Comentários: 
O verbo ADOTAR é transitivo direto – TD (adotar algo/alguém) 
Alternativa A – Incorreta – O verbo ACABAR, no sentido empregado, é 
transitivo indireto - TI (acabar COM algo). 
Alternativa B – Correta – Produziu o quê? Uma obra prima! (Produzir algo)-TD 
Alternativa C – Incorreta – ...se sobrepôs a quê? A (prep) + a (art) = à velha 
cidadezinha... 
ATENÇÃO – sempre que há crase, há preposição! 
Alternativa D – Incorreta – Observe que “um paulista” qualifica o sujeito 
“Adoniran Barbosa”. O PDS é ligado ao sujeito por um verbo de ligação. 
Alternativa E – Incorreta – O verbo FUGIR é intransitivo, por isso não pede 
complemento, no entanto, ele pode ser acompanhado de um adjunto 
adverbial que amplie ou modifique o seu sentido, como é o caso de “para a 
terra da poesia” (AAV de lugar) e “com ela e conosco” (AAV de companhia). 
Gabarito: B 
 
4) FCC/TJ/TRE SP/Apoio Especializado/Programação de 
Sistemas/2012 
Tudo isso vem a propósito da fusão que Caetano Veloso hoje encarna. 
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está 
empregado em: 
a) Exaltada aqui dentro, repercute lá fora. 
b) A vertente é uma só... 
c) Pouco importam as fontes de onde procedem. 
d) ... seu caráter lustral as universaliza. 
7 – Questões Comentadas 
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e) Viajou a Portugal... 
Comentários: 
O verbo ENCARNAR, no sentido empregado, é transitivo direto – TD (encarnar 
algo). 
Alternativa A – Incorreta – O verbo REPERCUTIR é intransitivo, sendo 
“complementado” por um AAV de lugar (algo repercute). 
Alternativa B – Incorreta – O verbo SER é verbo de ligação, portanto o seu 
complemento é um predicativo do sujeito – PDS. 
Alternativa C – Incorreta – O verbo IMPORTAR significa ter importância, por isso 
é intransitivo (isso importa = isso tem importância). 
O verbo PROCEDER foi empregado no sentido de originar-se, portanto, também 
é intransitivo, sendo complementado por um AAV de lugar (as fontes 
procedem de algum lugar). 
Alternativa D – Correta – O pronome oblíquo “AS” substitui um termo com 
função de objeto direto. 
Alternativa E – Incorreta – Viajar a algum lugar – transitivo indireto 
Gabarito: D 
 
5) FCC/Aux FF II/TCESP/2012 
... para que ela não interfira de forma excessiva em seus projetos. 
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está em: 
a) ... contra forças desconhecidas que anulam tudo aquilo ... 
b) ... com as quais procuramos lidar com a realidade ... 
c) ... deixando-nos desarmados e atônitos ... 
d) ... de algo que está além de nossa compreensão ... 
e) ... ele o convoca constantemente. 
Comentários: 
Alguém interfere em algo, por isso o verbo INTERFERIR é transitivo indireto. 
“ela (sujeito) não (AAV negação) interfira (VTI) de forma excessiva (AAV modo) 
em seus projetos (OI)” 
Alternativa A – Incorreta – O verbo ANULAR é transitivo direto. 
As forças anulam o quê? Anulam (VTD) tudo aquilo (OD). 
Alternativa B – Correta – O verbo LIDAR é TI, pois sempre alguém lida com 
alguma coisa/outrem. 
“lidar com a realidade” 
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Alternativa C – Incorreta – O pronome oblíquo “nos” tem a função de 
complementar a forma verbal “deixando”. O pronome “nos” exerce a função de 
objeto direto. 
Deixando (VTD) nos (OD) desarmados e atônitos (PDO) 
Alternativa D – Incorreta – O verbo ESTAR, na oração, é intransitivo! 
ATENÇÃO – nem sempre o verbo ESTAR será de ligação!!! 
Ex. Ele (sujeito) está (VI) em casa (AAV de lugar). 
Alternativa E – Incorreta – Os pronomes oblíquos A(S) e O(S) sempre serão 
objeto direto. 
Gabarito: B 
 
6) FCC/Ass Tec Leg/AL-PB/2013 
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão. 
Sivuca nasceu numa família de pequenos lavradores e coureiros. Vivendo na 
área rural de Itabaiana, na Paraíba, numa localidade pobre e remota, sem rádio 
nem eletricidade, o próprio Sivuca não sabe explicar como a música entrou em 
sua vida. Ninguém na família tocava qualquer instrumento. “Eu não sei. Mas sei 
que veio firme, porque minha vocação foi mais forte do que toda e qualquer 
tendência. Quero dizer, a música veio para ficar em mim, pronto.” 
Suas primeiras memórias musicais vêm dos sanfoneiros itinerantes que 
passavam por Itabaiana, de pessoas que tocavam violão na cidade, da banda 
de música e do órgão da igreja. Seu talento era evidente, a ponto de que a 
própria família passasse a insistir que tentasse carreira na cidade grande. 
Depois de algumas idas e vindas, mudou-se para Recife, foi contratado pela 
Rádio Clube de Pernambuco aos 15 anos de idade, em novembro de 1945, e 
descobriu um novo horizonte musical. 
Sivuca aprendeu teoria musical com o clarinetista da Orquestra Sinfônica de 
Recife e, três anos depois, passou a estudar harmonia e orquestração com o 
maestro fluminense Guerra-Peixe, que então vivia em Recife. Ao longo da vida 
profissional, foi incorporando outros instrumentos ao seu arsenal, como o violão, 
a guitarra e o piano, numa mistura de autodidatismo e aprendizado informal 
com alguns dos melhores músicos do mundo. 
Segundo o músico, “o estudo, o desenvolvimento musical torna-se necessário. 
Eu digo isso porque eu também passei pelo mesmo; fui, por muito tempo, 
músico sem estudar, naturalmente levando a sério todas as tendências, mas 
também me dando ao trabalho de queimar pestana e estudar teoria musical, 
estudar orquestração e, enfim, harmonia, fuga, contraponto, me preparar para 
lidar com os ingredientes teoricamente”. 
(Adaptado de http://musicosdobrasil.com.br/sivuca. Acesso em 04/03/2013) 
 
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Ninguém na família tocava qualquer instrumento. 
O elemento em destaque acima exerce a mesma função sintática que o 
elemento grifado em: 
a) Mas sei que veio firme... 
b) Eu não sei. 
c) ... o estudo, o desenvolvimento musical torna-se necessário. 
d) ... sanfoneiros itinerantes que passavam por Itabaiana... 
e) Eu digo isso porqueeu também... 
Comentários: 
Ninguém (sujeito) na família (AAV) tocava (VTD) qualquer instrumento (OD). 
Alternativa A – Incorreta – O termo “firme” refere-se ao termo música (sujeito 
implícito), por isso trata-se de um PDS. 
(A música) (sujeito) veio (VTI) firme (PDS) 
Alternativa B – Incorreta – O pronome “eu” é sujeito da oração. Os pronomes 
retos (eu, tu, ele, nós, vós, eles) apenas exercem função de sujeito. 
Alternativa C – Incorreta – O termo “necessário” complementa a forma verbal 
“torna-se” e qualifica o sujeito “o estudo, o desenvolvimento musical”, por isso 
é um predicativo do sujeito - PDS. 
Alternativa D – Incorreta – O pronome “que” substitui o nome “sanfoneiros 
itinerantes” fazendo papel de sujeito da oração. 
Alternativa E – Correta - Eu (sujeito) digo (VTD) isso (OD) 
Gabarito: E 
 
7) FCC/Ass Tec Leg/AL PB/2013 
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão. 
O bater do martelo do mestre José Amaro abafava os rumores do dia que 
cantava nos passarinhos. Uma vaca mugia por longe. Ouvia o gemer da filha. 
Batia com mais força na sola. O martelo do mestre era forte, mais alto que tudo. 
O pintor Laurentino foi saindo. E o mestre, de cabeça baixa, ficara no ofício. [...] 
Tinha aquela filha triste. Ele queria mandar em tudo como mandava no couro 
que trabalhava, queria bater em tudo como batia naquela sola. 
(Adaptado de José Lins do Rego. Fogo Morto. Rio de Janeiro: José Olympio. 
50. ed. 1998. p. 9) 
... que cantava nos passarinhos. 
O elemento grifado acima refere-se a: 
a) rumores. 
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b) mestre José Amaro. 
c) bater do martelo. 
d) passarinhos. 
e) dia. 
Comentários: 
O bater do martelo do mestre José Amaro abafava os rumores do dia que 
cantava nos passarinhos. 
O pronome relativo “que” substitui o termo “dia” como sujeito da oração “que 
cantava nos passarinhos”. Repare que o pronome “que” não pode referir-se 
aos termos “mestre José Amaro” ou “bater do martelo” pela sua distância dos 
termos na frase, o que a tornaria sem sentido. 
O pronome também não pode referir-se a “rumores”, pois a forma verbal 
“cantava” está no singular, denunciando que o pronome “que” refere-se ao 
termo “dia”. 
Gabarito: E 
 
8) FCC/AJ/TRF 4/Apoio Especializado/Informática/2014 
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo. 
Antônio Vieira é, desde o século XVII, um modelo de nosso idioma, a ponto de 
Fernando Pessoa, na Mensagem, chamá-lo de “Imperador da língua 
portuguesa”. Em uma de suas principais obras, o Sermão da Sexagésima, 
ensina como deve ser o estilo de um texto: 
“Aprendamos do céu o estilo da disposição, e também o das palavras. Como 
hão de ser as palavras? Como as estrelas. As estrelas são muito distintas e 
muito claras. Assim há de ser o estilo da pregação, muito distinto e muito claro. 
E nem por isso temais que pareça o estilo baixo; as estrelas são muito distintas, 
e muito claras e altíssimas. O estilo pode ser muito claro e muito alto; tão claro 
que o entendam os que não sabem, e tão alto que tenham muito que entender 
nele os que sabem. O rústico acha documentos nas estrelas para sua lavoura, 
e o mareante para sua navegação, e o matemático para as suas observações e 
para os seus juízos. De maneira que o rústico e o mareante, que não sabem ler 
nem escrever, entendem as estrelas, e o matemático que tem lido quantos 
escreveram não alcança a entender quanto 
nelas há.” 
Vieira mostra com as estrelas o que sejam a distinção e a clareza. Não são 
discordantes, como muitos de nós pensamos: uma e outra concorrem para o 
mesmo fim. Nada mais adequado que, ao tratar de tais virtudes do discurso, 
fizesse uso de comparação. Este procedimento Quintiliano, no século II d.C., já 
considerava dos mais aptos para conferir clareza, uma vez que estabelece 
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similaridades entre algo já sabido pelo leitor e aquilo que se lhe quer elucidar. 
Aqui, compara o bom discurso ao céu, que é de todos conhecido. 
(Tales Ben Daud, inédito) 
 
Os elementos sublinhados em ... quantos escreveram não alcança a entender 
quanto nelas há... (2º parágrafo) possuem, respectivamente, a mesma função 
que os sublinhados em: 
a) Este procedimento Quintiliano, no século II d.C... 
b) O rústico acha documentos nas estrelas para sua lavoura... 
c) As estrelas são muito distintas e muito claras. 
d) ... ao tratar de tais virtudes do discurso... 
e) ... e o matemático para as suas observações e para os seus juízos. 
Comentários: 
Quantos (sujeito) escreveram não alcança a entender (VTD) quanto nelas há 
(OD) 
Alternativa A – Incorreta – “procedimento” – núcleo do sujeito; “Quintiliano” – 
adjunto adnominal (qualifica o termo “procedimento”) 
Alternativa B – Correta – O rústico (sujeito) acha (VTD) documentos (OD) 
Alternativa C – Incorreta – As estrelas (sujeito) são (VL) muito distintas e muito 
claras (PDS) 
Alternativa D – Incorreta - tratar (VTI) de tais (AA) virtudes (núcleo do OI) do 
discurso (adjunto adnominal – AA) 
Alternativa E – Incorreta - o matemático (sujeito) (acha documentos nas 
estrelas) para as suas observações (AAV de finalidade) e para os seus juízos 
(AAV de finalidade) 
Gabarito: B 
 
9) FCC/ACE/TCE-GO/Contabilidade/2014 
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão. 
O cerrado, vegetação seca que cobre o estado de Goiás, é considerado o 
segundo maior bioma brasileiro. Ao viajar pelo estado, chama a atenção quando 
se vê em um pasto imenso, lá no meio, a coloração viva do ipê. Entretanto, essa 
vegetação vem sofrendo com o avanço das monoculturas. 
Professor de agronomia da Universidade Federal de Goiás, Wilson Mozena 
acredita que esse cenário de preocupação ambiental vem mudando, 
principalmente com projetos como o Programa Agricultura de Baixa Emissão de 
Carbono. 
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Para o professor, a monocultura é a maior vilã da terra. O pesquisador explica 
que os sistemas de integração e de plantio direto promovem benefícios vitais 
para o solo. O esquema de plantio em que se varia o tipo de planta, colocando, 
por exemplo, milho junto com eucalipto, auxilia tanto no “sequestro” do carbono 
como na manutenção de uma terra fértil. “Nesse sistema, junto com o milho, 
planta-se a semente da forrageira [planta usada para alimentar o gado]. O milho 
nasce e essa planta fica na sombra até quando o milho é colhido para o gado 
pastar, explica. 
Já o sequestro do carbono contribui para diminuir a emissão de gases de efeito 
estufa. Quando a terra é arada os restos são incorporados e os micro-
organismos que decompõem esses restos morrem sem alimento e o carbono vai 
para a atmosfera. “Quando se deixam nutrientes no solo, os micro-organismos 
aumentam para decompor os nutrientes e ficam na terra se alimentando. O 
carbono permanece com eles, não subindo para a atmosfera”. 
(Adaptado de: MARCELINO, Sarah Teófilo. “Fazenda em Goiás mantém a 
esperança da preservação do cerrado”. Disponível em: 
http://sustentabilidade.estadao.com.br. Acessado em: 25/09/14) 
 
Já o sequestro do carbono contribui para diminuir a emissão... 
O elemento que, no contexto, exerce a mesma função sintática que o grifado 
acima está também grifado em: 
a) Ao viajar pelo estado... 
b) O cerrado, vegetação seca que cobre o estado de Goiás... 
c) ... quando se vê em um pasto imenso, lá no meio, a coloração viva do ipê. 
d) ... essa vegetação vem sofrendo com o avanço das monoculturas. 
e) Parao professor, a monocultura é a maior vilã da terra. 
Comentários: 
o sequestro do carbono (sujeito) contribui (VTI) para diminuir a emissão (OI) 
Alternativa A – Incorreta – O termo “pelo estado” tem função de AAV de lugar. 
Alternativa B – Incorreta – O termo “o estado de Goiás” é objeto direto que 
complementa a forma verbal “cobre”. 
Alternativa C – Correta – Como o verbo VER é TD, a forma verbal “se vê” é uma 
forma passiva sintética. Vamos reorganizar a frase: 
Quando, lá no meio, se vê a coloração viva do ipê em um pasto imenso 
Agora, passando para a voz passiva analítica: 
Quando, lá no meio, a coloração viva do ipê é vista em um pasto imenso 
Aí fica mais evidente que o termo sublinhado é o sujeito passivo da oração. 
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Alternativa D – Incorreta – A expressão sublinhada, que modifica a forma verbal 
“sofrendo”, é um AAV de causa (por causa do avanço das monoculturas). 
Alternativa E – Incorreta – “a monocultura (sujeito) é (VL) a maior vilã da terra 
(PDS)” 
Perguntamos então, qual a função sintática do termo sublinhado? O termo “Para 
o professor” trata-se de um dativo de opinião, termo raramente visto em 
provas de concursos, que serve para exprimir a opinião de uma pessoa. 
Ex. Para ele, a vida é uma aventura. 
Gabarito: C 
 
10) FCC/AFTM/Pref SP/2007 
Da impunidade 
O homem ainda não encontrou uma forma de organização social que dispense 
regras de conduta, princípios de valor, discriminação objetiva de direitos e 
deveres comuns. Todos nós reconhecemos que, em qualquer atividade humana, 
a inexistência de parâmetros normativos implica o estado de barbárie, no qual 
prevalece a mais dura e irracional das justificativas: a lei do mais forte, também 
conhecida, não por acaso, como "a lei da selva". É nessa condição que vivem os 
animais, relacionando-se sob o exclusivo impulso dos instintos. Mas o homo 
sapiens afirmou-se como tal exatamente quando estabeleceu critérios de 
controle dos impulsos primitivos. 
Variando de cultura para cultura, as regras de convívio existem para dar base e 
estabilidade às relações entre os homens. Não decorrem, aliás, apenas de 
iniciativas reconhecidas simplesmente como humanas: podem apresentar-se 
como manifestações da vontade divina, como valores supremos, por vezes 
apresentados como eternos. Os dez mandamentos ditados por Deus a Moisés 
são um exemplo claro de que a religião toma para si a tarefa de orientar a 
conduta humana por meio de princípios fundamentais. No caso da lei mosaica, 
um desses princípios é o da interdição: "Não matarás", "Não cobiçarás a mulher 
do próximo" etc. Ou seja: está suposto nesses mandamentos que o ponto de 
partida para a boa conduta é o reconhecimento daquilo que não pode ser 
permitido, daquilo que representa o limite de nossa vontade e de nossas ações. 
Nas sociedades modernas, os textos constitucionais e os regulamentos de todo 
tipo multiplicam-se e sofisticam-se, mas permanece como sustentação delas a 
idéia de que os direitos e os deveres dizem respeito a todos e têm por finalidade 
o bem comum. Para garantia do cumprimento dos princípios, instituem-se as 
sanções para quem os ignore. A penalidade aplicada ao indivíduo transgressor 
é a garantia da validade social da norma transgredida. Por isso, a impunidade, 
uma vez manifesta, quebra inteiramente a relação de equilíbrio entre direitos e 
deveres comuns, e passa a constituir um exemplo de delito vantajoso: aquele 
em que o sujeito pode tirar proveito pessoal de uma regra exatamente por tê-
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la infringido. Abuso de poder, corrupção, tráfico de influências, quando não 
seguidos de punição exemplar, tornam-se estímulos para uma prática delituosa 
generalizada. Um dos maiores desafios da nossa sociedade é o de não permitir 
a proliferação desses casos. Se o ideal da civilização é permitir que todos os 
indivíduos vivam e convivam sob os mesmos princípios éticos acordados, a 
quebra desse acordo é a negação mesma desse ideal da humanidade. 
(Inácio Leal Pontes) 
O termo sublinhado constitui o sujeito da seguinte construção: 
a) Não se encontrou uma forma definitiva de organização social. 
b) É nessa condição que vivem os animais. 
c) Tais delitos acabam tornando-se estímulos para a banalização das 
transgressões. 
d) Ocorre isso por conta das reiteradas situações de impunidade. 
e) Deve-se reconhecer na interdição um princípio da lei mosaica. 
Comentários: 
Alternativa A – Incorreta – Vamos lá pessoal! O verbo ENCONTRAR é transitivo 
direto – TD (encontrar ALGUÉM/ALGO). Portanto, sabemos que o “SE” faz o 
papel de pronome apassivador. Assim, temos que “uma forma definitiva de 
organização social” é o sujeito passivo da oração. 
Uma forma definitiva de organização social não foi encontrada. 
Alternativa B – Incorreta – A frase poderia ser reescrita da seguinte maneira: 
Os animais é que vivem nessa condição. A forma verbal “é”, assim como o termo 
“que” são palavras de realce, sem uma função sintática específica dentro da 
oração. O termo “nessa condição” é adjunto adverbial de modo, indicando a 
circunstância do fato. 
Alternativa C – Incorreta – O termo “estímulos” é objeto direto da forma verbal 
“tornando-se”. O sujeito da oração é “tais delitos”. 
Alternativa D – Correta – O examinador inverteu a frase para tentar confundir 
os candidatos. Na forma direta fica fácil. “Isso ocorre por conta das reiteradas 
situações de impunidade”. 
Alternativa E – Incorreta – O período está na voz passiva sintética (verbo 
reconhecer é TD). Passando para a forma passiva analítica e direta fica mais 
fácil perceber. 
“Um princípio da lei mosaica deve ser reconhecido na interdição.” 
Gabarito: D 
 
11) FCC/Técnico/MPU/Informática/2007 
Atenção: A questão baseia-se no texto apresentado abaixo. 
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Quem caminha pelos mais de 70 quilômetros de praia da Ilha Comprida, no 
litoral sul de São Paulo, pode perceber uma paisagem peculiar. Em meio às 
dunas da restinga, onde deveria existir apenas vegetação rasteira, grandes 
pinheiros brotam por toda parte. A sombra das árvores é um bemvindo refresco 
para os moradores da região, mas a verdade ecológica é que elas não deveriam 
estar ali assim como os pombos não deveriam estar nas praças das cidades, 
nem as tilápias nas águas dos rios, nem o mosquito da dengue picando pessoas 
dentro de casa ou as moscas varejeiras rondando raspas de frutas nas feiras. 
São todas espécies exóticas invasoras, originárias de outros países e de outros 
ambientes, mas que chegaram ao Brasil e aqui encontraram espaço para 
proliferar. Algumas são exóticas também no sentido de "diferentes" ou 
"esquisitas", mas muitas já se tornaram tão comuns que parecem fazer parte 
da paisagem nacional tanto quanto um pau-brasil ou um tucano. Outros 
exemplos, apontados pelo Programa Global de Espécies Invasoras e por 
cientistas brasileiros, incluem o pinus, o dendezeiro, as acácias, a mamona, a 
abelha-africana, o pardal, o barbeiro, a carpa, o búfalo, o javali e várias espécies 
de gramíneas usadas em pastos, além de bactérias e vírus responsáveis por 
doenças importantes como leptospirose e cólera. 
Nenhuma delas é nativa do Brasil. Dependendo das circunstâncias, podem ser 
meras "imigrantes" inofensivas ou invasoras altamente nocivas. Dentro do 
sistema produtivo, por exemplo, o búfalo e o pinus são apenas espécies 
exóticas. Quando escapam para a natureza, entretanto, muitas vezestornam-
se organismos nocivos aos ecossistemas "naturais". Espécies invasoras não têm 
predadores naturais e se multiplicam rapidamente. São fortes, tipicamente 
agressivas e controlam o ambiente que ocupam, roubando espaço das espécies 
silvestres e competindo com elas por alimento ou se alimentando delas 
diretamente. 
Por sua capacidade de sobrepujar espécies nativas, as espécies invasoras são 
consideradas a segunda maior ameaça à biodiversidade no mundo atrás apenas 
da destruição dos hábitats. Ao assumirem o papel de pragas e vetores de 
doenças, elas também causam impactos significativos na agricultura e na saúde 
humana. 
(Adaptado de Herton Escobar. O Estado de S. Paulo, Vida&, 23 de julho de 
2006, A25) 
... elas também causam impactos significativos na agricultura e na saúde 
humana. (final do texto) 
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado acima está 
na frase: 
a) ... grandes pinheiros brotam por toda parte. 
b) ... mas que chegaram ao Brasil ... 
c) ... e aqui encontraram espaço ... 
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d) ... o búfalo e o pinus são apenas espécies exóticas. 
e) ... e competindo com elas por alimento. 
Comentários: 
Primeiro vamos analisar o verbo grifado. Podemos concluir que ele é transitivo 
direto, pois necessita de complemento sem preposição. 
Alternativa A – Incorreta – O verbo brotar é intransitivo, o termo “por toda 
parte” é apenas um adjunto adverbial de lugar que amplia o seu significado. 
Alternativa B – Incorreta – Igualmente ao item anterior, o verbo brotar é 
intransitivo, o termo “ao Brasil” é apenas um adjunto adverbial de lugar que 
amplia o seu significado. 
Alternativa C – Correta – Aí sim! O verbo encontrar é TD, (encontrou o quê? 
Espaço!), sendo assim exige o mesmo complemento que o verbo causar, um 
objeto direto. 
Alternativa D – Incorreta – A forma verbal “são” é verbo de ligação, que exige 
um predicativo do sujeito – PDS, naturalmente, para qualificar o sujeito. 
Alternativa E – Incorreta – O verbo competir, nesse caso, é TI, (competir com 
alguém), portanto exige um OI. 
Gabarito: C 
 
12) FCC/Téc. Judiciário/TRE SP/Administrativa/2012 
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo. 
Como a Folha era o único veículo que mandava repórteres da sede em São Paulo 
para todos os comícios e abria generosamente suas páginas para a cobertura 
da campanha das Diretas, passei a fazer parte da trupe, dar palpites nos 
discursos, sugerir caminhos para as etapas seguintes. Viajava com os três 
líderes da campanha em pequenos aviões fretados, e, em alguns lugares, dr. 
Ulysses − era assim que se referiam a ele − fazia questão de anunciar minha 
presença no palanque. Eu sabia que, em outras circunstâncias, essas coisas não 
pegariam bem para um repórter. Àquela altura, no entanto, não me importava 
mais com o limite entre as funções do profissional de imprensa e as do militante. 
Ficava até orgulhoso, para falar a verdade. 
Cevado pelas negociações de bastidores no Parlamento, em que tudo devia 
estar acertado antes de a reunião começar, o incansável Ulysses, que na 
Constituinte de 1987 passaria horas presidindo a sessão sem levantar sequer 
para ir ao banheiro, transmudara-se num palanqueiro de primeira. Impunha 
logo respeito, eu até diria que ele era reverenciado aonde quer que chegasse. 
A campanha das Diretas não tinha dono, e por isso crescia a cada dia. Mas, 
embora ele não tivesse sido nomeado, todos sabiam quem era o comandante. 
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Meu maior problema, além de arrumar um telefone para passar a matéria a 
tempo de ser publicada, era o medo de avião. "Fica calmo, meu caro jornalista, 
avião comigo não cai", procurava me tranquilizar dr. Ulysses, com seu jeito 
formal de falar até em momentos descontraídos. Muitos anos depois, ele 
morreria num acidente de helicóptero, em Angra dos Reis, no Rio, e seu corpo 
desapareceria no mar para sempre. 
(Fragmento de Ricardo Kotscho. Do golpe ao Planalto: uma vida de repórter. 
São Paulo, Cia. das Letras, 2006, p.120) 
"Fica calmo, meu caro jornalista, avião comigo não cai", procurava me 
tranquilizar dr. Ulysses... 
O segmento em destaque exerce na frase acima a mesma função sintática que 
o elemento grifado exerce em: 
a) Como a Folha era o único veículo ... 
b) ... essas coisas não pegariam bem para um repórter. 
c) ... em que tudo devia estar acertado... 
d) Viajava com os três líderes da campanha em pequenos aviões fretados... 
e) ... quem era o comandante. 
Comentários: 
Primeiramente vamos identificar a função do termo em destaque. 
Dr. Ulysses procurava me tranquilizar. 
Podemos verificar que o termo é o sujeito da oração. Então, vamos procurar a 
alternativa que apresente um sujeito destacado. 
Alternativa A – Incorreta – O sujeito da oração é “a folha”, enquanto “único 
veículo” é predicativo do sujeito. 
Alternativa B – Incorreta – O sujeito da oração é “essas coisas”, enquanto “para 
um repórter” é complemento nominal de “bem”. 
Alternativa C – Incorreta – O sujeito da oração é “tudo”, o termo grifado 
substitui o termo anteriormente citado “no parlamento”. 
Alternativa D – Incorreta – O sujeito oculto da oração é “eu”, enquanto o termo 
grifado é adj. adv. de companhia. 
Alternativa E – Correta – O sujeito da oração é “quem”, seguido do verbo de 
ligação “era” e do PDS “comandante”. 
Gabarito: E 
 
13) FCC/ Téc. Judiciário/TRE SP/Administrativa/2012 
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo. 
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Os modernistas de 1922 nunca se consideraram componentes de uma escola, 
nem afirmaram ter postulados rigorosos em comum. O que os unificava era um 
grande desejo de expressão livre e a tendência para transmitir, sem os 
embelezamentos tradicionais do academismo, a emoção pessoal e a realidade 
do país. Por isso, não se cansaram de afirmar (sobretudo Mário de Andrade) 
que a sua contribuição maior foi a liberdade de criação e expressão. "Cria o teu 
ritmo livremente", disse Ronald de Carvalho. 
Este conceito é relativo, pois em arte não há originalidade absoluta. No Brasil, 
ele significou principalmente libertação dos modelos acadêmicos, que se haviam 
consolidado entre 1890 e 1920. Em relação a eles, os modernistas afirmaram a 
sua libertação em vários rumos e setores: vocabulário, sintaxe, escolha de 
temas, a própria maneira de ver o mundo. 
Do ponto de vista estilístico, pregaram a rejeição dos padrões portugueses, 
buscando uma expressão mais coloquial, próxima do modo de falar brasileiro. 
Um renovador como Mário de Andrade começava os períodos pelo pronome 
oblíquo, abandonava inteiramente a segunda pessoa do singular, acolhia 
expressões e palavras da linguagem corrente, procurava incorporar à escrita o 
ritmo da fala e consagrar literariamente o vocabulário usual. 
Mesmo quando não procuravam subverter a gramática, os modernistas 
promoveram uma valorização diferente do léxico, paralela à renovação dos 
assuntos. O seu desejo principal foi o de serem atuais, exprimir a vida diária, 
dar estado de literatura aos fatos da civilização moderna. 
(Trecho adaptado de Antonio Candido e José Aderaldo Castello. Presença da 
literatura brasileira: Modernismo. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1997, 
p.1112) 
Este conceito é relativo, pois em arte não há originalidade absoluta. 
... a sua contribuição maior foi a liberdade de criação e expressão. 
Ambos os elementos acima grifados exercem nas respectivas frases a funçãode 
a) adjunto adverbial. 
b) objeto direto. 
c) complemento nominal. 
d) predicativo. 
e) objeto indireto. 
Comentários: 
Este conceito (sujeito) é (VL) relativo (PDS) 
a sua contribuição maior (sujeito) foi (VL) a liberdade de criação e expressão 
(PDS) 
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Questão bem tranquila, para identificar os termos como predicativo do 
sujeito. Vamos lembrar que o PDS é antecedido por um verbo de ligação (ser, 
estar, ficar, parecer) e qualifica o sujeito. 
Gabarito: D 
 
14) FCC/Analista Juduciário/TRE SP/Administrativa/2012 
Atenção: A questão refere-se à crônica abaixo, publicada em 28/08/1991. 
Bom para o sorveteiro 
Por alguma razão inconsciente, eu fugia da notícia. Mas a notícia me perseguia. 
Até no avião, o único jornal abria na minha cara o drama da baleia encalhada 
na praia de Saquarema. Afinal, depois de quase três dias se debatendo na areia 
da praia e na tela da televisão, o filhote de jubarte conseguiu ser devolvido ao 
mar. Até a União Soviética acabou, como foi dito por locutores especializados 
em necrológio eufórico. Mas o drama da baleia não acabava. Centenas de 
curiosos foram lá apreciar aquela montanha de força a se esfalfar em vão na 
luta pela sobrevivência. Um belo espetáculo. 
À noite, cessava o trabalho, ou a diversão. Mas já ao raiar do dia, sem recursos, 
com simples cordas e as próprias mãos, todos se empenhavam no lúcido 
objetivo comum. Comum, vírgula. O sorveteiro vendeu centenas de picolés. Por 
ele a baleia ficava encalhada por mais duas ou três semanas. Uma santa 
senhora teve a feliz ideia de levar pastéis e empadinhas para vender com ágio. 
Um malvado sugeriu que se desse por perdida a batalha e se começasse logo a 
repartir os bifes. 
Em 1966, uma baleia adulta foi parar ali mesmo e em quinze minutos estava 
toda retalhada. Muitos se lembravam da alegria voraz com que foram 
disputadas as toneladas da vítima. Essa de agora teve mais sorte. Foi salva 
graças à religião ecológica que anda na moda e que por um momento 
estabeleceu uma trégua entre todos nós, animais de sangue quente ou de 
sangue frio. 
Até que enfim chegou uma traineira da Petrobrás. Logo uma estatal, ó céus, 
num momento em que é preciso dar provas da eficácia da empresa privada. De 
qualquer forma, eu já podia recolher a minha aflição. Metáfora fácil, lá se foi, 
espero que salva, a baleia de Saquarema. O maior animal do mundo, assim 
frágil, à mercê de curiosos. À noite, sonhei com o Brasil encalhado na areia 
diabólica da inflação. A bordo, uma tripulação de camelôs anunciava umas 
bugigangas. Tudo fala. Tudo é símbolo. 
(Otto Lara Resende, Folha de S. Paulo) 
Analisando-se aspectos sintáticos de frases do texto, é correto afirmar que em 
a) Muitos se lembravam da alegria voraz com que foram disputadas as toneladas 
da vítima as formas verbais sublinhadas têm um mesmo sujeito. 
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b) todos se empenhavam no lúcido objetivo comum configura-se um caso de 
indeterminação do sujeito. 
c) uma tripulação de camelôs anunciava umas bugigangas a voz verbal é ativa, 
sendo umas bugigangas o objeto direto. 
d) eu já podia recolher a minha aflição não há a possibilidade de transposição 
para outra voz verbal. 
e) Logo uma estatal, ó céus o elemento sublinhado exerce a função de adjunto 
adverbial de tempo. 
Comentários: 
Alternativa A – Incorreta – Na primeira oração, o sujeito é “muitos”, enquanto 
na segunda, o sujeito passivo é “as toneladas da vítima”. 
Alternativa B – Incorreta – O sujeito não é indeterminado pois vem expresso na 
oração pela palavra “todos”. 
Alternativa C – Correta – Anunciava o quê? Umas bugingangas! O verbo 
anunciar é TD, logo é complementado por um OD. A voz da oração é claramente 
ativa. 
Alternativa D – Incorreta – É perfeitamente possível a transposição para a voz 
passiva uma vez que o verbo RECOLHER é transitivo direto (a minha aflição já 
podia ser recolhida por mim). 
Alternativa E – Incorreta – O termo “logo”, nesse sentido, tem valor adverbial, 
com significado de “ainda por cima”. 
Gabarito: C 
 
15) FCC/Técnico/INSS/2012 
Atenção: A questão baseia-se no texto seguinte. 
Em vida, Gustav Mahler (18601911), tanto por sua personalidade artística como 
por sua obra, foi alvo de intensas polêmicas – e de desprezo por boa parte da 
crítica. A incompreensão estética e o preconceito antissemita também o 
acompanhariam postumamente e foram raros os maestros que, nas décadas 
que se seguiram à sua morte, se empenharam na apresentação de suas obras. 
Durante os anos 60, porém, uma virada totalmente inesperada levou a obra de 
Mahler ao início de uma era de sucessos sem precedentes, que perdura até hoje. 
Intérpretes conhecidos e pesquisadores descobriram o compositor, enquanto 
gravações discográficas divulgavam uma obra até então desconhecida do 
grande público. 
Há uma série de fatores envolvidos na transformação de Mahler em figura 
central da história da música do século XX. A visão de mundo de uma geração 
mais jovem certamente teve influência central aqui: o dilaceramento interior de 
Mahler, seu interesse pelos problemas fundamentais da existência humana, seu 
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pacifismo, seu engajamento contra a opressão social e seu posicionamento em 
favor do respeito à integridade da natureza – tudo isso se tornou, subitamente, 
muito atual para a geração que nasceu no pósguerra. 
O amor incondicional de Mahler pela natureza sempre esteve presente em sua 
obra. O compositor dedicava inteiramente à criação musical os meses de verão, 
recolhendo-se em pequenas cabanas na paz dos Alpes austríacos. Em 
Steinbach, Mahler empreendia longas caminhadas que lhe proporcionaram 
inspiração para sinfonias. 
Comparar a simplicidade espartana dessas casinhas com a enorme 
complexidade das obras ali criadas diz muito sobre a genialidade do compositor 
– e, sobretudo, sobre a real origem de sua musicalidade. Totalmente 
abandonadas e esquecidas na Áustria no pós-guerra, essas casinhas de Mahler 
hoje se transformaram em memoriais, graças à ação da Sociedade Internacional 
Gustav Mahler. O mundo onírico dos Alpes do início do século XX certamente 
voltará à memória de quem, tendo uma imagem desses despojados retiros 
musicais de Mahler, voltar a ouvir sua música grandiosa. 
(Adaptado: Klaus Billand. Gustav Mahler: a criação de um ícone. Revista 18. 
Ano IV, n. 15, março/abril/ maio de 2006 > Acesso em: 22 dez. 2011) 
Na frase O compositor dedicava inteiramente à criação musical os meses de 
verão, o termo sublinhado exerce a mesma função sintática que o termo em 
destaque na frase: 
a) A visão de mundo de uma geração mais jovem teve influência central aqui. 
b) Intérpretes conhecidos e pesquisadores descobriram o compositor. 
c) Em vida, Mahler foi alvo de intensas polêmicas. 
d) Mahler empreendia longas caminhadas que lhe proporcionaram inspiração 
para grandiosas sinfonias. 
e) Essas casinhas das alturas alpinas hoje se transformaram em memoriais. 
Comentários: 
O termo “os meses de verão” é OD da oração (o compositor dedica os meses 
de verão à criação musical). 
Alternativa A – Correta – O termo “influência central” é OD da forma verbal 
“teve”. 
Alternativa B – Incorreta – O termo grifado é sujeito da oração. 
Alternativa C – Incorreta – O termo grifado é adjunto adverbial da oração. 
Alternativa D – Incorreta – O termo sublinhado é complemento nominal de 
“inspiração”. 
Alternativa E – Incorreta – Otermo “essas casinhas” é o sujeito da oração. 
Gabarito: A 
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16) FCC/Consultor Legislativo/AL PB/2013 
Na história da moderna literatura brasileira, a obra de José Lins do Rego 
representa uma época, uma corrente de pensamento dentro da atividade 
criadora na ficção. Confluíram em seus livros caminhos de diversas origens, 
raízes aflorantes no solo e outras de mais longa viagem subterrânea, as 
primeiras de contemporâneos em tentativas recentes e as segundas de nomes 
mais antigos na história do romance brasileiro. 
Mas o menino José − José Lins do Rego Cavalcanti −, nascido aos 3 de junho 
de 1901, no engenho Corredor, município de Pilar, Estado da Paraíba, já trazia 
consigo outras raízes que iria acrescentar a essas heranças. Raízes do sangue 
e da terra, que vinham de João do Rego Cavalcanti e Amélia do Rego Cavalcanti, 
seus pais, passando de geração em geração por outros homens e mulheres 
sempre ligados ao mundo rural do Nordeste açucareiro. 
Seu primeiro livro − Menino de engenho − é chave de uma obra que se 
revelou de importância fundamental na história do moderno romance brasileiro. 
O escritor mesmo, certa vez, em artigo de jornal, contou alguma coisa a respeito 
do livro de estreia: “O livro foi oferecido a todos os editores nacionais, de todos 
recebeu um não seco, quando não me deram o calado como resposta. Só mais 
tarde uma editora desconhecida, com dinheiro do meu bolso, publicaria a 
novela. Havia por esse tempo a revolução de São Paulo e, apesar da convulsão, 
esgotou-se em três meses. Uma edição de 2000 exemplares foi quase toda 
vendida no Rio”. 
Além das opiniões elogiosas da crítica, o livro mereceu também o prêmio de 
romance da Fundação Graça Aranha, o que consolidou sem dúvida a posição do 
estreante, que então se lança ao trabalho com maior entusiasmo e ímpeto 
criador, para oferecer no ano seguinte − 1933 − o segundo livro do “Ciclo da 
Cana-de-Açúcar” − Doidinho. Daí por diante sua obra não conheceu 
interrupções maiores. A partir de Banguê, em 1934, seus livros trazem então 
uma nova e definitiva chancela editorial − Livraria José Olympio Editora. No ano 
seguinte, 1935, José Lins publicaria Moleque Ricardo, penúltima parte do 
ciclo, que ficará definitivamente encerrado com o aparecimento de Usina, em 
1936. 
(Adaptado de Wilson Lousada. Breve notícia-vida de José Lins do Rego. Usina. 
7. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1973. p. XIXVI) 
Havia por esse tempo a revolução de São Paulo ... 
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado acima 
está empregado em: 
a) Seu primeiro livro − Menino de engenho − é chave de uma obra ... 
b) Uma edição de 2000 exemplares foi quase toda vendida no Rio. 
c) Confluíram em seus livros caminhos de diversas origens ... 
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d) Daí por diante sua obra não conheceu interrupções maiores. 
e) Raízes do sangue e da terra, que vinham de João do Rego Cavalcanti e Amélia 
do Rego Cavalcanti, seus pais … 
Comentários: 
Na oração Havia por esse tempo a revolução de São Paulo, o verbo haver é TD, 
“por esse tempo” é AAV de tempo, e “a revolução de São Paulo” é o OD. 
Alternativa A – Incorreta – O verbo desta oração é de ligação e exige um PDS. 
Alternativa B – Incorreta - O verbo desta oração é de ligação e exige um PDS. 
Alternativa C – Incorreta – O termo verbal “confluíram” é intransitivo, portanto 
não exige complemento. A expressão “caminhos de diversas origens” é o sujeito 
da oração. 
Alternativa D – Correta – O verbo conhecer é TD, exigindo, portanto, um OD. 
Alternativa E – Incorreta – A forma verbal “vinham” é intransitiva. 
Gabarito: D 
 
17) CESPE/TJ/TRE- MS/Administrativa/Contabilidade/2013 
Texto para a questão 
A soberania popular pode ser exercida, juridicamente, por meio de três 
modelos: democracia participativa ou direta, democracia representativa ou 
indireta e democracia semidireta. Na democracia direta, o povo participa 
diretamente da vida política do Estado, exercendo os poderes governamentais, 
fazendo leis, administrando e julgando. 
É, pois, aquela em que o povo exerce de modo imediato as funções públicas. 
Na democracia indireta ou representativa, o povo não exerce seu poder de modo 
imediato, mas por meio de seus representantes, eleitos periodicamente, a quem 
são delegadas as funções de governo. A democracia representativa pressupõe 
um conjunto de instituições(d) que disciplinam a participação popular no 
processo político, que formam os direitos políticos(e) que qualificam a cidadania, 
como, por exemplo, as eleições, o sistema eleitoral, os partidos políticos; enfim, 
mecanismos disciplinadores para a escolha dos representantes do povo. Na 
democracia semidireta, são assegurados instrumentos de participação direta do 
povo nas funções de governo. Esses instrumentos de participação dão ao povo, 
conservadas, embora em parte, as formas representativas, a palavra final 
relativa a todo o ato governativo. Como exemplo desses instrumentos, podem 
ser citados o referendo e o plebiscito. 
Internet: <www.planalto.gov.br> (com adaptações). 
 
O sujeito da oração cujo núcleo do predicado é a forma verbal “formam” é 
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a) o pronome “que” imediatamente antecedente. 
b) oculto. 
c) indeterminado. 
d) a expressão “um conjunto de instituições”. 
e) a expressão “os direitos políticos” 
Comentários: 
Alternativa A – Correta – “A democracia representativa pressupõe um conjunto 
de instituições (d) que disciplinam a participação popular no processo político, 
que (sujeito) formam (VTD) os direitos políticos (OD) que qualificam a 
cidadania... “ 
O sujeito da oração indicada é o pronome relativo “que”, ele substitui o termo 
“um conjunto de instituições”. 
APROFUNDANDO o comentário... Aí você pergunta, como saber se o “que” está 
realmente se referindo a esse termo e não a “processo político”? Observe a 
concordância utilizada pelo autor. O verbo FORMAR está flexionado no plural, 
igualmente a “disciplinam”, formando orações paralelas. 
Alternativa B – Incorreta – O sujeito não está oculto. O sujeito oculto ocorre 
quando não está escrito mas podemos deduzi-lo. 
Alternativa C – Incorreta – O sujeito da oração é determinado. O sujeito 
indeterminado não vem indicado na oração tampouco é possível deduzir quem 
é o agente da ação. 
Alternativa D – Incorreta – De fato, o agente da ação é realmente o termo “um 
conjunto de instituições” ao qual o pronome “que” se refere. Porém, quando se 
pergunta o sujeito da oração, está perguntando-se do sujeito SINTÁTICO que 
é o pronome “que”. 
Alternativa E – Incorreta – A expressão “os direitos políticos” é o objeto direto 
da oração. 
Gabarito: A 
 
18) CESPE/TJ/CNJ/Administrativa/2013 
Em 2012, o CNJ promoveu, em parcerias com órgãos do Executivo e do 
Judiciário, campanhas importantes para promover o bem-estar do cidadão, 
como a da aplicação da Lei Maria da Penha no âmbito dos tribunais; a do 
reconhecimento da paternidade voluntária; a do fortalecimento da ideia de 
conciliação no Judiciário; e a de valorização da vida. 
Em parceria com o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), a campanha 
“Conte até 10” recebeu o apoio de importantes lutadores profissionais, como os 
campeões mundiais Anderson Silva (peso-médio) 
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e Júnior Cigano (peso-pesado), além de judocas campeões olímpicos, para 
divulgar a mensagem de não violência em situações de confronto. Nas redes 
sociais, a campanha conseguiu uma repercussão expressiva. Somente no 
facebook do CNJ, 102.432 pessoas comentaram, curtiram ou compartilharam 
os posts da campanha, veiculada em novembro. 
Internet: <www.cnj.jus.br/q2rc> (com adaptações). 
 
Em relação às estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item a seguir. 
O trecho “em parcerias com órgãos do Executivo e do Judiciário” está entre 
vírgulas porque exerce função de adjunto adverbial intercalado na oração 
principal, estando deslocado em relação à ordem direta. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
O termo, “em parcerias com órgãos do Executivo e do Judiciário” é realmente 
uma locução adverbial de modo, pois indica o modo como “o CNJ promoveu” 
“campanhas importantes” (modifica o verbo promover). 
A posição “natural” do AAV é no final da oração (sujeito – predicado – AAV), 
quando ele vem posicionado no início ou no meio da oração (deslocado), deve 
vir isolado por vírgulas. 
Gabarito: Certo 
 
19) CESPE/TJ/CNJ/Administrativa/2013 
A informação virtual adquire, a cada dia, mais importância. Os acessos às 
páginas que integram o portal do CNJ na Internet (www.cnj.jus.br) alcançaram, 
em novembro de 2012, a marca de mais de 16 milhões. O dado, levantado pela 
Secretaria de Comunicação Social, leva em conta o número total de visitas a 
todas as páginas que são acessadas por meio do portal do CNJ, sejam as 
voltadas para o público externo ou as utilizadas pelo público interno. 
No total, foram 16.227.736 páginas acessadas, o que representa um aumento 
de 244,59% em relação ao número obtido em janeiro de 2012, que foi de 
4.709.335 páginas acessadas. Outro indicador importante, o número de 
visitantes únicos, obteve um significativo crescimento no período: 80,13%. 
Foram registrados 196.657 visitantes únicos em janeiro de 2012, contra 
354.248, em novembro do mesmo ano. Pelo critério de ‘visitantes únicos’, 
acessos diversos feitos por um mesmo visitante são contabilizados apenas uma 
vez. 
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No acumulado do ano, o número de visitantes únicos chega a 2.947.476, e o 
total de páginas do portal visitadas foi de 116.560.649. Os números referem-se 
ao período de janeiro a novembro de 2012. 
Internet: <www.cnj.jus.br/noticias/cnj/> (com adaptações). 
 
Com base nas ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item 
seguinte. 
O trecho “o número de visitantes únicos” está entre vírgulas porque se classifica 
como aposto explicativo. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
“Outro indicador importante (sujeito), o número de visitantes únicos (aposto), 
obteve um significativo crescimento... “ 
Uma característica importante do aposto explicativo é que ele pode 
substituir perfeitamente o sujeito da oração em sua função sintática. 
 
Gabarito: Certo 
 
20) CESPE/AJ/CNJ/Administrativa/"Sem Especialidade"/2013 
Como afirma Foucault, a verdade jurídica é uma relação construída a partir de 
um paradigma de poder social que manipula o instrumental legal, de um poder-
saber que estrutura discursos de dominação. Assim, não basta proteger o 
cidadão do poder com o simples contraditório processual e a ampla defesa, 
abstratamente assegurados na Constituição. Deve haver um tratamento crítico 
e uma posição política sobre o discurso jurídico, com a possibilidade de revelar 
• Recife, capital de Pernambuco, é uma 
bela cidade.
Explicativo
• Rio de Janeiro, Recife e Curitiba, todas
são belas cidades.
• Só me arrependo de uma coisa, aquela
que não fiz.
Resumitivo ou 
Recapitulativo
• Meu irmão Fernando é muito inteligente.Especificativo
• O melhor da vida são duas coisas: 
sonhar e realizar.
Enumerativo
• Tinham grandes qualidades, ele o 
respeito e ela o carinho.
Distributivo
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possíveis contradições e complexidades das tábuas de valor que orientam o 
direito. 
Ora, o conceito de justiça é o de um discurso construído dentro de uma instância 
de poder, e construído dentro de uma processualidade. Segundo Lyotard, não 
existe um discurso a priori correto ou verídico, mas narrativas entrecruzantes 
em busca de verdades parciais, históricas. O discurso sobre a justiça não pode 
ser diferente. Ele há de ser plurissignificativo, embasado em valores 
diversificados, mutáveis, conhecidos retoricamente, e não no fechamento 
kantiano, platônico e cartesiano dos sentidos prévios, imutáveis, 
unissignificativos do que seja o justo. 
Somente o processo isocrítico e com estruturação em um paradigma 
democrático-constitucional de fiscalização constante das premissas discursivas 
pode levar a um processo justo e a um direito justo em algum sentido. 
Dessa forma, justiça é a busca da processualidade para que os agentes 
partícipes do processo e, latu sensu, toda a sociedade possam participar e 
controlar a institucionalização do justo. 
Newton de Oliveira Lima. Um valor discursivo e político. In: Revista Jus 
Vigilantibus. Internet: <http://jusvi.com> (com adaptações). 
 
Com relação aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto acima, julgue o item 
que se segue. 
O termo “do poder” relaciona-se sintaticamente com o termo “o cidadão”, 
modificando-o. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
Vamos analisar o verbo PROTEGER: 
proteger (VTDI) alguém (OD) de algo (OI) 
Portanto: 
“não basta proteger (VTDI) o cidadão (OD) do poder (OI)” 
Assim, o termo “do poder” não se relaciona diretamente com “o cidadão”, mas 
complementa a forma verbal “proteger”. 
Gabarito: Errado 
 
21) CESPE/Diplomata/IRBr/2013 
Conta Darcy Ribeiro (1996) que, entre os índios Urubu-Kaapor, a Cobra Grande 
engolia muita gente e precisou ser morta. “Antes de morrer, teve um 
sobressalto. Se levantou, subiu e foi bater no céu. Ficou lá a sombra dela. É a 
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Via Láctea, que até hoje a gente vê. Depois, caiu lá de cima, com grande 
barulho. Veio bater no chão, acabou com a mata toda naquele lugar; só deixou 
um buraco. Agora é o mar Paraná-Ramiú.” Darcy, com o jeito que lhe era 
característico, exclama: “Não é uma beleza? Aqui, o sangue de uma Cobra 
gigantesca deu origem à Via Láctea e ao Avô-Mar!” 
Lux Vidal. A Cobra Grande: uma introdução à cosmologia dos povos indígenas 
do Uaçá e Baixo Oiapoque – Amapá. Rio de Janeiro: Museu do Índio, 2009, p. 
2830 (com adaptações). , p. 35 (com adaptações). 
 
Julgue (C ou E) o item seguinte, relativo a aspectos gramaticais do texto acima. 
A referência do sujeito elíptico da oração ‘É a Via Láctea’ é a expressão ‘a sombra 
dela’, que funciona como sujeito da oração ‘Ficou lá a sombra dela’. 
Certo 
Errado 
Comentários: 
A primeira oração encontra-se invertida, porém podemos verificar que o seu 
sujeito é de fato a expressão “a sombra dela”. 
A sombra dela (sujeito) ficou (verbo intransitivo) lá (AAV de lugar). 
Agora, para identificarmos a mesma expressão como sujeito elíptico da oração 
seguinte, temos que fazer uma análise semântica do texto. 
“...a Cobra Grande engolia muita gente e precisou ser morta. “Antes de morrer, 
teve um sobressalto. Se levantou, subiu e foi bater no céu. Ficou lá a sombra 
dela. É a Via Láctea... Aqui, o sangue de uma Cobra gigantesca deu origem à 
Via Láctea” 
Gabarito: Certo 
 
22) CESPE/AL/CAM DEP/Área XX/Consultor Legislativo/2014 
Tentação 
Ela estava com soluço.

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