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1ª- edição São Paulo 2017 Samira Campedelli Professora da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Bacharel e licenciada em Letras - Português pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Mestre em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo. Doutora em Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo e autora de livros didáticos para o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. 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Xavantes, 719, sl. 632 Brás – São Paulo – SP CEP: 03027-000 Telefone: (011) 2081-4677 E-mail: editora@editoraajs.com.br Título original: Meu Livro de Língua Portuguesa – Volume 4 © Editora AJS Ltda, 2017 Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada. APRESENTAÇÃO Querido aluno, Este livro é seu. Fizemos cada página com muito carinho para você viajar pelo mundo da Língua Portuguesa. Nestas páginas você encontrará Textos interessantes, desafios à sua criatividade ao produzir textos de sua autoria, sugestões de livros maravilhosos para você ler, além do prazer de ler e escrever. Esperamos que você aproveite muito tudo que aprender. O AUTOR Querido aluno, Este livro é seu. Fizemos cada página com muito carinho para você viajar pelo mundo da Língua Portuguesa. Nestas páginas você encontrará Textos interessantes, desafios à sua criatividade ao produzir textos de sua autoria, sugestões de livros maravilhosos para você ler, além do prazer de ler e escrever. Esperamos que você aproveite muito tudo que aprender. O AUTORO AUTOR Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Campedelli, Samira Meu livro de língua portuguesa, 4° ano : ensino fundamental / Samira Campedelli. -- 1. ed. -- São Paulo : Editora AJS, 2017. -- (Coleção meu livro de língua portuguesa) Bibliografia. ISBN - 978-85-8319-174-2 1. Português (Ensino fundamental) I. Título. II. Série. 17-11953 CDD-372.6 Índices para catálogo sistemático: 1. Português : Ensino fundamental 372.6 EDITORES: Arnaldo Saraiva e Joaquim Saraiva DIREÇÃO EDITORIAL: Antonio Nicolau Youssef EQUIPE DE COLABORADORES: Roberta Lombardi Martins, Márcia Mendonça, Jordana Thadei, Monique Mattos, Conceição Longo, Daniel Ribeiro, Yara Najman, Cândido Grangeiro, Tania Regina Zieglitz, Rosana Biani COORDENAÇÃO EDITORIAL: Ana Cristina Mendes Perfetti MANUAL DO PROFESSOR: Cultura Escrita EDIÇÃO DE ARTE: Flávio Nigro, Jorge Okura PESQUISA ICONOGRÁFICA: Cláudio Perez LICENCIAMENTOS: Paula Claro EDITORAÇÃO ELETRÔNICA: Alfredo P. Santana, Juliana Cristina Silva, Alan P. Santana, Flávio Balmant, Nelson Arruda, Thiago Oliver, Marcos Dorado dos Santos, Selma Barbosa Celestino REVISÃO DESTA EDIÇÃO: Carla Cássia Camargo, Renata Tavares, Sâmia Rios, Cristiane Santos Mansor, Edna Gonçalves Luna, Maria Inez de Souza, FernandaRizzo Sanchez ILUSTRAÇÕES: Adolar de Paula Mendes Filho, Alex Argozino, Jótah, Roberto Weigand, Osvaldo Sequetin, Dawidson França, Giz de Cera, Fernanda Rinzler, Maspi, Jorge Honda, All Maps CAPA: Flávio Nigro ILUSTRAÇÃO DE CAPA: Adolar de Paula Mendes Filho CONHEÇA SEU LIVRO FIQUE SABENDO - Aqui você encontrará informações complementares sobre os temas e conteúdos que está estudando. SUGESTÃO DE LEITURA - Ao final de cada capítulo, há uma ou mais sugestões de leitura, para ampliar o seu repertório. NOSSA LÍNGUA - Reúne conteúdos e atividades sobre conhecimentos linguísticos, tratados de modo lúdico e divertido PARA LER - Aqui você irá encontrar diferentes textos para serem lidos e interpretados. PRODUÇÃO DE TEXTO - Cada produção vem orientada passo a passo, por etapas de trabalho, que vão desde o Planejamento até a Avaliação. PÁGINAS DE ABERTURA - Essa introdução o ajudará a resgatar aquilo que você já conhece do tema e dos tipos de texto que serão abordados, levantando hipóteses sobre o que irá estudar na unidade. Este livro vai acompanhar você durante este ano! Vamos conhecê-lo? UNIDADE 1 - HISTÓRIAS DE HERÓIS . . . . . . . . . . 8 CAPÍTULO 1 - UM HERÓI INVENCÍVEL . . . . . . . . . . . . . . . 10 PARA LER > Os estábulos do rei Áugias Leonardo Chianca . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 NOSSA LÍNGUA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 > substantivos concretos e abstratos / próprios e comuns > adjetivos e locuções adjetivas > verbos PRODUÇÃO DE TEXTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 CAPÍTULO 2 - HERÓIS DA NATUREZA . . . . . . . . . . . . . 31 PARA LER > As criações de Obatalá César Obeid > Rangi e Papa César Obeid . . . . . . 31 NOSSA LÍNGUA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 > Pronomes pessoais > Dêiticos, catáforas, anáforas PRODUÇÃO DE TEXTO > Festival de recontos orais . . . . . . . . . . . . . . . . 47 CAPÍTULO 3 - SUPER E ANTI-HERÓIS . . . . . . . . . . . . . 50 PARA LER > Preso em sua própria teia > O mais terráqueo dos alienígenas Sidney Gusman . 51 NOSSA LÍNGUA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56 > Pronomes pessoais do caso oblíquo > Dêiticos com imagens PARA LER > Quem cedo madruga, passa o dia com sono Christie Queiroz . . . . . . . 57 NOSSA LÍNGUA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62 > Interjeição e Onomatopeia > Ponto de exclamação > Balões de fala PARA LER > Tempos de guerra Roberto Guedes . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 PRODUÇÃO DE TEXTO > Galeria de heróis . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 UNIDADE 1 -UNIDADE 1 - HISTÓRIAS DE HERÓIS HISTÓRIAS DE HERÓIS HISTÓRIAS DE HERÓIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88 CAPÍTULO 1 - UM HERÓI INVENCÍVEL . . . . . . . . . . . . . . . 10 PARA LER > Os estábulos do rei Áugias Leonardo Chianca . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 NOSSA LÍNGUA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 > substantivos concretos e abstratos / próprios e comuns > adjetivos e locuções adjetivas > verbos PRODUÇÃO DE TEXTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 CAPÍTULO 2 - HERÓIS DA NATUREZA . . . . . . . . . . . . . 31 PARA LER > As criações de Obatalá César Obeid > Rangi e Papa César Obeid . . . . . . 31 NOSSA LÍNGUA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40 > Pronomes pessoais > Dêiticos, catáforas, anáforas PRODUÇÃO DE TEXTO > Festival de recontos orais . . . . . . . . . . . . . . . . 47 CAPÍTULO 3 - SUPER E ANTI-HERÓIS . . . . . . . . . . . . . 50 PARA LER > Preso em sua própria teia > O mais terráqueo dos alienígenas Sidney Gusman . 51 NOSSA LÍNGUA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56 > Pronomes pessoais do caso oblíquo > Dêiticos com imagens PARA LER > Quem cedo madruga, passa o dia com sono Christie Queiroz . . . . . . . 57 NOSSA LÍNGUA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62 > Interjeição e Onomatopeia > Ponto de exclamação > Balões de fala PARA LER > Tempos de guerra Roberto Guedes . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75 PRODUÇÃO DE TEXTO > Galeria de heróis . . . . . . . . . . . . . . . . . 77 SUMÁRIO PRODUÇÃO DE TEXTO UNIDADE 2 - SAIU NO JORNAL . . . . . . . . . . . 82 CAPÍTULO 4 - ÁGUA, UM BEM PRECIOSO . . . . . . . . . . . . . . 84 PARA LER > Notícia do jornal Joca Magia de ler . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84 NOSSA LÍNGUA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95 > Aposto > Plural – ãos; ões; ães PRODUÇÃO DE TEXTO > Jornal mural . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100 CAPÍTULO 5 - AR PURO É O QUE INTERESSA! . . . . . . . . . . . 104 PARA LER > Notícia do jornal Joca mundo Magia de ler . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 NOSSA LÍNGUA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117 > Tempos verbais > Advérbios e adjuntos adverbiais PRODUÇÃO DE TEXTO > Podcast > Notícias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131 CAPÍTULO 6 - DE OLHO NO DESMATAMENTO . . . . . . . . . . 137 PARA LER > Um olhar sobre o desmatamento Mariana Rocha . . . . . . . . . . . . . . 137 NOSSA LÍNGUA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148 > Flexão dos substantivos e adjetivos > Concordância verbal e nominal > sc, c, ç, -ice e -isse PRODUÇÃO DE TEXTO > Galeria de fotos de notícias da comunidade . . . . . . . . . . 160 CAPÍTULO 7 - O AMBIENTE ESTÁ DENTRO DE NÓS . . . . . . . . 165 PARA LER > Entrevista - Cuidados com o meio ambiente Mia Couto. . . . . . . . . . . . . 165 NOSSA LÍNGUA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 174 > Variação linguística (temporal, regional) PRODUÇÃO DE TEXTO > Roteiro de entrevista > Entrevista (individual e coletiva) . . . . . 184 UNIDADE 2 - UNIDADE 2 - SAIU NO JORNALSAIU NO JORNAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8282 CAPÍTULO 4 - ÁGUA, UM BEM PRECIOSO . . . . . . . . . . . . . . 84 PARA LER > Notícia do jornal Joca Magia de ler . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . 84 NOSSA LÍNGUA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95 > Aposto > Plural – ãos; ões; ães PRODUÇÃO DE TEXTO > Jornal mural . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100 CAPÍTULO 5 - AR PURO É O QUE INTERESSA! . . . . . . . . . . . 104 PARA LER > Notícia do jornal Joca mundo Magia de ler . . . . . . . . . . . . . . . . . 104 NOSSA LÍNGUA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117 > Tempos verbais > Advérbios e adjuntos adverbiais PRODUÇÃO DE TEXTO > Podcast > Podcast > Podcast Notícias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131 CAPÍTULO 6 - DE OLHO NO DESMATAMENTO . . . . . . . . . . 137 PARA LER > Um olhar sobre o desmatamento Mariana Rocha . . . . . . . . . . . . . . 137 NOSSA LÍNGUA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148 > Flexão dos substantivos e adjetivos > Concordância verbal e nominal > sc, c, ç, -ice e -isse PRODUÇÃO DE TEXTO > Galeria de fotos de notícias da comunidade . . . . . . . . . . 160 CAPÍTULO 7 - O AMBIENTE ESTÁ DENTRO DE NÓS . . . . . . . . 165 PARA LER > Entrevista - Cuidados com o meio ambiente Mia Couto. . . . . . . . . . . . . 165 NOSSA LÍNGUA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 174 > Variação linguística (temporal, regional) PRODUÇÃO DE TEXTO > Roteiro de entrevista > Entrevista (individual e coletiva) . . . . . 184 UNIDADE 2 - UNIDADE 2 - SAIU NO JORNALSAIU NO JORNAL 8282 UNIDADE 3 – CONVERSAS NO PALCO E POR AÍ . . . . 188 CAPÍTULO 8 - O QUE É UMA DIVISÃO JUSTA? . . . . . . . . . . . 190 PARA LER > O Macaco Malandro Tatiana Belink . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 190 NOSSA LÍNGUA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 205 > Graus do adjetivo > Acentuação (sílabas tônica e átona) PRODUÇÃO DE TEXTO > Dramatização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 211 CAPÍTULO 9 - QUEM TEM MEDO DE QUEM? . . . . . . . . . . . 214 PARA LER > Pluft, o fantasminha Maria Clara Machado . . . . . . . . . . . . . . . . . 214 NOSSA LÍNGUA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 229 > Sinais de pontuação > Vocativo > Sentidos literal e figurado > Metáfora PRODUÇÃO DE TEXTO > Transformação de conto em texto dramático > Dramatização . . . 236 CAPÍTULO 10 - CONVERSANDO A GENTE SE ENTENDE . . . . . . 242 PARA LER > A bola Luis Fernando Verissimo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 242 PARA LER > Diálogo de todo dia Carlos Drummond de Andrade . . . . . . . . . . . . . 248 NOSSA LÍNGUA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 251 > Discurso direto e indireto > Linguagem coloquial > Proparoxítonas > monossílabas PRODUÇÃO DE TEXTO > Caderno de crônicas dialogadas . . . . . . . . . . . . . . . 261 UNIDADE 3 – UNIDADE 3 – CONVERSAS NO PALCO E POR AÍCONVERSAS NO PALCO E POR AÍ . . . . . . . . 188188 CAPÍTULO 8 - O QUE É UMA DIVISÃO JUSTA? . . . . . . . . . . . 190 PARA LER > O Macaco Malandro Tatiana Belink . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 190 NOSSA LÍNGUA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 205 > Graus do adjetivo > Acentuação (sílabas tônica e átona) PRODUÇÃO DE TEXTO > Dramatização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 211 CAPÍTULO 9 - QUEM TEM MEDO DE QUEM? . . . . . . . . . . . 214 PARA LER > Pluft, o fantasminha Maria Clara Machado . . . . . . . . . . . . . . . . . 214 NOSSA LÍNGUA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 229 > Sinais de pontuação > Vocativo > Sentidos literal e figurado > Metáfora PRODUÇÃO DE TEXTO > Transformação de conto em texto dramático > Dramatização . . . 236 CAPÍTULO 10 - CONVERSANDO A GENTE SE ENTENDE . . . . . . 242 PARA LER > A bola Luis Fernando Verissimo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 242 PARA LER > Diálogo de todo dia Carlos Drummond de Andrade . . . . . . . . . . . . . 248 NOSSA LÍNGUA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 251 > Discurso direto e indireto > Linguagem coloquial > Proparoxítonas > monossílabas PRODUÇÃO DE TEXTO > Caderno de crônicas dialogadas . . . . . . . . . . . . . . . 261 UNIDADE 4 -BICHOS PARA CONHECER E CUIDAR . . 264 CAPÍTULO 11 - BICHINHO DE ESTIMAÇÃO . . . . . . . . . . . . 266 PARA LER > Propaganda institucional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 266 NOSSA LÍNGUA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 274 > Oxítona, paroxítona, proparoxítona > Sílabas tônicas > Derivação (prefixal e sufixal) > Graus do substantivo PRODUÇÃO DE TEXTO > Cartazes para campanha institucional e podcast. . . . . . . . . 290 CAPÍTULO 12 - APRENDENDO SOBRE ANIMAIS . . . . . . . . . . 294 PARA LER > Os golfinhos de Noronha Roberta Bonaldo . . . . . . . . . . . . . . . . 294 NOSSA LÍNGUA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 307 > Pronomes demonstrativos > Emprego de s ou z > Emprego de h > Acentuação das paroxítonas PRODUÇÃO DE TEXTO > Comentário sobre reportagem . . . . . . . . . . . . . . . 318 CAPÍTULO 13 - GRÁFICOS POR TODO LADO . . . . . . . . . . . 322 PARA LER > Infográfico - Aves em preto e branco Lucas Vasconcelos . . . . . . . . . . . 322 NOSSA LÍNGUA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 334 > Ditongos crescentes e decrescentes > Emprego de x e ch PRODUÇÃO DE TEXTO > Enquete > Criação coletiva de gráfico . . . . . . . . . . . 341 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . 344 UNIDADE 4 -UNIDADE 4 -BICHOS PARA CONHECER E CUIDARBICHOS PARA CONHECER E CUIDAR . . . . 264264 CAPÍTULO 11 - BICHINHO DE ESTIMAÇÃO . . . . . . . . . . . . 266 PARA LER > Propaganda institucional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 266 NOSSA LÍNGUA. . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . 274 > Oxítona, paroxítona, proparoxítona > Sílabas tônicas > Derivação (prefixal e sufixal) > Graus do substantivo PRODUÇÃO DE TEXTO > Cartazes para campanha institucional e podcast. . . . . . . . . 290 CAPÍTULO 12 - APRENDENDO SOBRE ANIMAIS . . . . . . . . . . 294 PARA LER > Os golfinhos de Noronha Roberta Bonaldo . . . . . . . . . . . . . . . . 294 NOSSA LÍNGUA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 307 > Pronomes demonstrativos > Emprego de s ou z > Emprego de h > Acentuação das paroxítonas PRODUÇÃO DE TEXTO > Comentário sobre reportagem . . . . . . . . . . . . . . . 318 CAPÍTULO 13 - GRÁFICOS POR TODO LADO . . . . . . . . . . . 322 PARA LER > Infográfico - Aves em preto e branco Lucas Vasconcelos . . . . . . . . . . . 322 NOSSA LÍNGUA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 334 > Ditongos crescentes e decrescentes > Emprego de x e ch PRODUÇÃO DE TEXTO > Enquete > Criação coletiva de gráfico . . . . . . . . . . . 341 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . 344 UN ID AD E HISTÓRIAS DE HERÓIS1 As aventuras de heróis e super-heróis das mais diversas origens povoam a nossa imaginação e são inspirações para nós. É sobre algumas dessas aventuras que você vai se debruçar nesta unidade. As aventuras de heróis e super-heróis das mais diversas origens povoam a nossa imaginação e são inspirações para nós. É sobre algumas dessas aventuras que você vai se debruçar nesta unidade. 8 OITO As crianças desta cena estão brincando e estão fantasiadas de alguns personagens. 1. Você reconhece as fantasias de todas? De que personagens são? 2. Com qual desses personagens você se identifica? Por quê? 3. Você sabe qual é a diferença entre herói e super-herói? E entre herói e anti-herói? As crianças desta cena estão brincando e estão fantasiadas de alguns personagens. 1. Você reconhece as fantasias de todas? De que personagens são? 2. Com qual desses personagens você se identifica? Por quê? 3. Você sabe qual é a diferença entre herói e super-herói? E entre herói e anti-herói? 9NOVE 10 DEZ UM HERÓI INVENCÍVELUM HERÓI INVENCÍVELUM HERÓI INVENCÍVEL1 C A P Í T U LO PARA LER Limpar os estábulos de Áugias, rei de Élis, uma cidade vizinha a Micenas, era o quinto trabalho, ingrato e humilhante, que Hércules teria de realizar para Euristeu. Áugias havia recebido do pai magníficos estábulos repletos de admiráveis animais, centenas deles, entre cavalos, touros negros com pernas brancas, touros vermelhos e touros brancos. Os estábulos do rei Áugias Você conhece algum herói grego? Provavelmente você já viu algum desenho animado ou filme, ou até mesmo jogou um videogame ou leu quadrinhos com os heróis da mitologia grega. Um deles é Hércules, um grego que já nasceu destinado a ser herói, por sua força física e inteligência. Seu pai era Zeus, o deus dos deuses, e sua mãe, a mortal Alcmena. Hera, esposa legítima do Senhor do Olimpo, perseguiu Hércules desde a infância. Enviou serpentes para matá-lo quando bebê, mas Hércules as estrangulou. Já adulto e pai de dois filhos, Hércules foi envolvido por Hera em uma cilada, o que fez com que matasse a própria mulher e as duas crianças. Como punição pelo crime, teve de executar doze trabalhos dificílimos, encomendados pelo rei de Micenas, seu primo Euristeu. Leia como foi o quinto trabalho de Hércules, recontado por Leonardo Chianca. Jó ta h 11ONZE Como não precisava se preocupar com adubo para suas férteis terras, Áugias deixou acumular montes e montes de esterco fétido nos pátios dos estábulos, formando torres tão altas que nenhum homem seria capaz de deslocá-las. Nem que todos os habitantes de Élis trabalhassem noite e dia, durante anos, seriam capazes de remover tamanha imundície. Hércules estava incumbido dessa tarefa. Após examinar os estábulos, pôs-se a pensar em uma solução para o problema. Não seria apenas uma questão de força. Aos poucos, um plano começou a se formar em sua mente. Correu até o topo do terreno elevado que circundava o rio das terras de Áugias. Dali avistou dois rios que cruzavam a planície: um à esquerda e outro à direita, como duas enormes serpentes brilhantes correndo para o horizonte. Por coincidência, o que havia no meio deles? Os estábulos! Hércules desceu a colina e foi imediatamente procurar o rei de Élis: – Sou Hércules, filho de Alcmena. Tenho a incumbência de limpar seus estábulos. – E você trouxe trabalhadores suficientes? – perguntou o rei, com ironia. – Não preciso de mais ninguém, vou limpá-los sozinho – anunciou o herói. – Se você fizer essa tarefa sozinho, prometo-lhe um décimo de todos os meus rebanhos – jurou Áugias, incrédulo, tendo seu filho Fileu como testemunha. Fileu fez Hércules prometer que os estábulos estariam limpos em um dia de trabalho, da aurora ao anoitecer. E assim foi. No dia seguinte, quando o Sol já estava alto, pai e filho foram aos estábulos ver como andava a limpeza. Não se surpreenderam ao encontrar tudo como sempre esteve, e sequer viram Hércules por lá. Com os narizes tapados, Áugias e Fileu foram avisados de que o herói estava em um dos rios, atirando pedras e terra na água. – Sou Hércules, filho de Alcmena. Tenho – E você trouxe trabalhadores suficientes? prometo-lhe um décimo de todos os meus rebanhos – jurou Áugias, incrédulo, tendo trabalho, da aurora ao anoitecer. E assim foi. alto, pai e filho foram aos estábulos ver como sequer viram Hércules por lá. Com os narizes que o herói estava em um dos rios, atirando Jó ta h 12 DOZE No início da tarde, quando massas de água começaram a subir atrás desses diques, Hércules correu até os estábulos e fez duas grandes aberturas nos muros que os cercavam. Em seguida, subiu novamente no topo do terreno em volta. E esperou. As águas desviadas dos rios invadiram os estábulos pelos buracos dos muros e arrastaram as montanhas de excrementos, limpando tudo o que encontravam pelo caminho. Os estábulos foram lavados como nunca antes havia sido feito. Logo depois, Hércules retornou aos rios e demoliu os dois diques, fazendo com que seus cursos de água retornassem ao caminho natural. Daí voltou aos estábulos e consertou os muros. Sua tarefa estava realmente terminada. Ao entardecer, o herói foi encontrar Áugias. O ingrato rei, em vez de mostrar-se satisfeito pelo benefício prestado, esbravejava por ter de entregar-lhe um décimo de seu rebanho. Decepcionado, Hércules deixou Élis para trás, pois ainda tinha muitos trabalhos a realizar. novamente no topo do terreno em volta. encontravam pelo caminho. Os estábulos CHIANCA, Leonardo. Os doze trabalhos de Hércules. 2. ed. São Paulo: Scipione, 2014. p. 23-25. (Série Reencontro Infantil). Leonardo Chianca é paulistano e concilia as atividades de editor e escritor de literatura infantil e juvenil. Começou a publicar na década de 1990 e não parou mais. Com quase 30 livros publicados, vem se dedicando à adaptação de clássicos da literatura universal. aurora: amanhecer. circundar: rodear. demolir: desmanchar. dique: represa; açude. estábulo: curral; estrebaria. excremento: fezes; esterco. fétido: fedido; fedorento. incrédulo: descrente. incumbido: encarregado. ironia: algo dito para ridicularizar. rebanho: conjunto de animais. Jó ta h 13TREZE FIQUE SABENDO Os doze trabalhos de Hércules Você sabe quais foram os outros onze trabalhos de Hércules? Além de limpar os estábulos do rei Áugias, Hércules: • estrangulou um leão gigante que assustava a região de Nemeia; • matou umaserpente com nove cabeças que dominava a cidade de Lerna; • aprisionou um javali que aterrorizava o monte Erimanto; • capturou uma corça com chifres de ouro e pés de bronze no monte Cerineu; • matou as aves que destruíam a colheita às margens do lago Estínfale; • aprisionou um touro enorme da ilha de Creta; • dominou quatro éguas ferozes e famintas na Trácia e alimentou-as com seu dono; • apoderou-se do cinto de Hipólita, a rainha das amazonas; • matou um gigante de três cabeças na ilha de Erítia; • encontrou quatro maçãs de ouro que estavam perdidas; • capturou um cão de três cabeças e cauda em forma de serpente no mundo inferior de Hades. Hércules foi ou não um herói? Você sabe quais foram os outros onze trabalhos de Hércules? Além de estrangulou um leão gigante que assustava matou uma serpente com nove cabeças capturou uma corça com chifres de ouro matou as aves que destruíam a colheita dominou quatro éguas ferozes e famintas na Trácia e alimentou-as com seu dono; matou um gigante de três cabeças na ilha capturou um cão de três cabeças e cauda em forma de serpente no mundo inferior Jó ta h 14 QUATORZE 1. Os trabalhos de Hércules são tarefas que ele teve de realizar como punição por haver matado sua esposa e filhos, mesmo estando fora de si quando praticou o crime. Nesse quinto trabalho, ele teve de limpar os montes de esterco nos estábulos de Áugias. Por que o rei deixou que se acumulasse tanto esterco? 2. O narrador afirma que o trabalho de limpeza dos montes de esterco seria ingrato e humilhante. Você concorda com essa afirmação? Por que Hércules aceitou fazê-lo? Converse sobre essas questões com o professor e os colegas. 3. Quando Hércules se apresentou ao rei, este indagou-lhe sobre os trabalhadores que o ajudariam na tarefa. a) Por que Áugias fez essa pergunta? b) Localize no texto o modo como o narrador descreve os estábulos de Áugias e sublinhe o trecho. c) Explique por que o rei ficou incrédulo com a resposta. Jó ta h 15QUINZE 4. Áugias, assistido por seu filho Fileu, jurou que, se Hércules cumprisse a tarefa sozinho, entregaria a ele um décimo de seu rebanho. Em sua opinião: a) Em que essa promessa se baseou? b) Por que um décimo do rebanho seria um prêmio significativo? 5. Ao analisar a situação dos estábulos, Hércules planejou como faria para dar conta dessa tarefa gigantesca. O narrador faz o seguinte comentário: “Não seria apenas uma questão de força”. Reflita com os colegas a esse respeito: o que o narrador quis dizer com isso? 6. Em sua opinião, além da força física e da inteligência, que outras qualidades ajudaram Hércules a realizar com sucesso essa tarefa? Se for necessário, procure o significado de palavras desconhecidas e escolha, entre as propostas apresentadas, duas duplas de palavras que possam definir o herói. a) Coragem e vaidade. b) Astúcia e determinação. c) Vaidade e arrogância. d) Coragem e destreza. 7. Responda: a) As qualidades de Hércules são encontradas nas pessoas comuns? Sim. Não. b) Em algum momento ele demonstra alguma fraqueza? Sim. Não.X Jó ta h 16 DEZESSEIS FIQUE SABENDO Percy Jackson O autor estadunidense Rick Riordan escreveu histórias sobre a mitologia grega e seus heróis, trazendo-os para o século XXI. Sua saga mais famosa é Percy Jackson e os Olimpianos (Editora Intrínseca, 2005-2009), composta por cinco livros: O ladrão de raios, O mar de monstros, A maldição do Titã, A batalha do labirinto e O último olimpiano. Nessa série, acompanhamos as aventuras de Percy Jackson, um menino que descobre ser filho do deus grego Poseidon e de uma mortal, Sally Jackson, assim como Hércules também é filho de Zeus e da mortal Alcmena. A saga ficou tão famosa que rendeu a adaptação dos dois primeiros livros para filme – Percy Jackson e o ladrão de raios (Fox, 2010) e Percy Jackson e o mar de monstros (Fox, 2013) –, além de uma continuação em outra série de livros – Os heróis do Olimpo (Editora Intrínseca, 2010-2014), que conta com outros cinco livros: O herói perdido, O filho de Netuno, A marca de Atena, A casa de Hades e O sangue do Olimpo. Cena do filme Percy Jackson e o mar de monstros (Fox, 2013). NOSSA LÍNGUA 1. Observe as palavras destacadas no boxe a seguir. Algumas estão destacadas em azul, outras, em vermelho. Áugias havia recebido do pai magníficos estábulos repletos de admiráveis animais, centenas deles, entre cavalos, touros negros com pernas brancas, touros vermelhos e touros brancos. a) As palavras destacadas em azul são substantivos. Para que servem os substantivos? D IO M ED IA /P ho to s 12 C in em a Jó ta h 17DEZESSETE b) As palavras destacadas em vermelho são adjetivos. Para que servem os adjetivos? 2. Nas narrativas, geralmente são apresentadas características dos lugares (grande, pequeno, bonito, feio, sujo, limpo etc.) e das personagens (bom, mau, compreensivo, vaidoso, triste etc.). Ao descrever lugares e personagens, apresentam-se suas características. a) De que forma são caracterizados os estábulos do rei Áugias? b) E suas terras? c) E os excrementos? 3. Como o rei Áugias é descrito? Dê adjetivos que o caracterizem, a partir de cada um dos trechos do texto a seguir: a) Como não precisava se preocupar com adubo para suas férteis terras, Áugias deixou acumular montes e montes de esterco fétido nos pátios dos estábulos. Áugias é . b) – E você trouxe trabalhadores suficientes? – perguntou o rei, com ironia. Áugias é . c) O ingrato rei, em vez de mostrar-se satisfeito pelo benefício prestado, esbravejava por ter de entregar-lhe um décimo de seu rebanho. Áugias é . Jó ta h 18 DEZOITO 4. E como Hércules é descrito? Dê adjetivos que o caracterizem, a partir de cada um dos trechos do texto a seguir: a) Após examinar os estábulos, pôs-se a pensar em uma solução para o problema. Não seria apenas uma questão de força. Aos poucos, um plano começou a se formar em sua mente. Hércules é . b) – Não preciso de mais ninguém, vou limpá-los sozinho – anunciou o herói. Hércules é . c) Fileu fez Hércules prometer que os estábulos estariam limpos em um dia de trabalho, da aurora ao anoitecer. E assim foi. Hércules é . 5. A partir de suas respostas nas questões anteriores, complete o quadro com as principais características de Áugias e Hércules e converse com os colegas: Por que Hércules é um herói e Áugias não é? Áugias Hércules Jó ta h Jó ta h Jó ta h 19DEZENOVE 6. Escolha duas características de Hércules que você elencou na questão anterior, para completar o quadro: forte • Indique um substantivo relacionado, como no exemplo: força • Construa duas frases para caracterizar Hércules, usando os adjetivos que você escolheu: Hércules é muito forte. • Construa agora outras duas frases para caracterizar Hércules, usando os substantivos relacionados: Hércules tem muita força. SUBSTANTIVOS Os substantivos são palavras que servem para nomear seres (imaginários ou não), coisas, lugares, pessoas, animais, sentimentos, ações, estados, ideias, fenômenos da natureza. Veja alguns exemplos: Limpar os estábulos de Áugias, rei de Élis, uma cidade vizinha a Micenas, era o quinto trabalho, ingrato e humilhante, que Hércules teria de realizar para Euristeu. – E você trouxe trabalhadores suficientes? – perguntou o rei, com ironia. Fileu fez Hércules prometer que os estábulos estariam limpos em um dia de trabalho, da aurora ao anoitecer. ou não), coisas, lugares, pessoas, animais, sentimentos, ações, estados, ideias, Jó ta h 20 VINTE Quando nomeiam seres genericamente, são chamados de substantivos comuns.Quando nomeiam determinados seres em particular, são chamados de substantivos próprios. Observe estes exemplos: rei – substantivo comum: qualquer líder de um reino. Áugias – substantivo próprio: um rei específico, o rei de Élis. herói – substantivo comum: qualquer sujeito capaz de realizar uma atitude heroica. Hércules – substantivo próprio: um herói específico, que realizou os doze trabalhos. cidade – substantivo comum: qualquer área urbanizada. Micenas – substantivo próprio: uma cidade grega específica. Note que os substantivos próprios sempre são iniciados com letra maiúscula. Quando nomeiam seres que têm existência própria, são chamados de substantivos concretos. Quando nomeiam algo que precisa de outros para se manifestar, são chamados de substantivos abstratos. Por exemplo, um sentimento só se manifesta em um ser: “A raiva invadiu o coração do rei”. Raiva é um substantivo abstrato porque só pode existir em alguém. Veja: Substantivos concretos As águas desviadas dos rios invadiram os estábulos pelos buracos dos muros e arrastaram as montanhas de excrementos, limpando tudo o que encontravam pelo caminho. Substantivo abstrato – E você trouxe trabalhadores suficientes? – perguntou o rei, com ironia. Jó ta h 21VINTE E UM ADJETIVOS Os adjetivos são palavras que servem para caracterizar os substantivos. Veja os exemplos e observe como as palavras em azul caracterizam as palavras destacadas: Como não precisava se preocupar com adubo para suas férteis terras, Áugias deixou acumular montes e montes de esterco fétido nos pátios dos estábulos, formando torres tão altas que nenhum homem seria capaz de deslocá-las. Dali avistou dois rios que cruzavam a planície: um à esquerda e outro à direita, como duas enormes serpentes brilhantes correndo para o horizonte. O ingrato rei, em vez de mostrar-se satisfeito pelo benefício prestado, esbravejava por ter de entregar-lhe um décimo de seu rebanho. 7. Observe as palavras destacadas em azul e vermelho no quadro a seguir: Logo depois, Hércules retornou aos rios e demoliu os dois diques, fazendo com que seus cursos de água retornassem ao caminho natural. a) Para que serve a expressão “de água”? b) Que palavra poderia substituí-la? Jó ta h 22 VINTE E DOIS 8. Reescreva as frases a seguir, substituindo as expressões destacadas por adjetivos correspondentes: a) Hércules é um herói da mitologia. b) Alguns mitos brasileiros são personagens da água, como a Iara, metade mulher, metade peixe. c) Outro exemplo é a boiúna, reconhecida ao se avistarem duas tochas de grande brilho andando pelas margens dos rios. 9. Encontre adjetivos equivalentes às expressões dadas. A seguir, crie frases empregando esses adjetivos, registrando-as no caderno. Observe o exemplo: viagem por mar – marítima • No mês passado, meus amigos ganharam uma viagem marítima para a Europa em um concurso. a) planta da água – b) estrela da manhã – c) tradição do povo – d) prova do bimestre – e) notícias da tarde – f) problema da sociedade – 10. Algumas vezes o adjetivo é mais usado que a expressão correspondente; outras vezes a expressão é a forma mais comum. Em outros casos, não há uma preferência entre o adjetivo e a expressão. Por exemplo, é mais usual usarmos a expressão da tarde que o adjetivo vespertino. Releia as opções da questão anterior e reflita, com seus colegas, sobre o que é mais comumente usado em cada caso: o adjetivo ou a expressão? 23VINTE E TRÊS LOCUÇÕES ADJETIVAS As locuções adjetivas são expressões formadas por mais de uma palavra que servem para caracterizar seres – locais, pessoas, objetos etc. Veja alguns exemplos: O herói Hércules pertence à mitologia da Grécia (grega). Hércules tinha uma força de gigante (gigantesca). 11. Hércules, ao longo do texto, realiza uma série de ações. Quais são elas? Converse com os colegas e o professor. VERBOS Os verbos são as palavras que expressam ação, estado ou fenômenos da natureza. Leia: Hércules desceu a colina e foi imediatamente procurar o rei de Élis. – Sou Hércules, filho de Alcmena. Tenho a incumbência de limpar seus estábulos. Fileu fez Hércules prometer que os estábulos estariam limpos em um dia de trabalho, da aurora ao anoitecer. 12. Troque ideias com seus colegas e o professor. Registre as respostas no caderno. a) Para que serve um dicionário? b) Quando é preciso consultar um dicionário? c) Como as palavras aparecem organizadas no dicionário? Jó ta h D aw id so n Fr an ça 24 VINTE E QUATRO 13. Observe as palavras em destaque na parte superior da página reproduzida abaixo. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Míni Aurélio: o dicionário da língua portuguesa. 8. ed. Curitiba: Positivo, 2010. p. 130. 25VINTE E CINCO a) Para que servem essas duas palavras no alto da página? b) Quais são essas palavras? As palavras cama e cambucá são palavras-guia. A função delas é guiar quem consulta o dicionário, auxiliando na busca da palavra desejada. Se estivermos procurando camafeu no dicionário cuja página foi reproduzida antes, por exemplo, vamos encontrar esse verbete depois de camada e antes de camaleão. Se estivermos buscando a palavra canela, devemos procurar em página adiante dessa. Siga estas orientações para consultar palavras em um dicionário: 1. Se as palavras começam com a mesma letra, deve-se considerar a ordem alfabética da segunda letra: alicate – amargura – animal – através 2. Se as palavras apresentam as duas primeiras letras iguais, deve-se considerar a ordem alfabética da terceira letra: boa – boca – bode – bola 3. E se as palavras têm as três primeiras letras iguais? Deve-se considerar a ordem alfabética da quarta letra: cabaça – cabelo – cabide – cabo 4. E assim por diante, sempre da mesma maneira, até encontrar a primeira letra que diferencie as palavras. A diferença pode ocorrer quase no final da palavra, como neste caso: movimentação – movimentado 26 VINTE E SEIS 14. Agora, observe a página de um dicionário digital e converse com o professor e os colegas. a) O que muda e o que não muda em relação ao dicionário impresso? b) Você já consultou um dicionário digital? Como é a busca? Que procedimentos diferentes da pesquisa em um dicionário impresso são feitos para achar um verbete em um dicionário digital? c) Repare que uma mesma palavra pode apresentar diferentes significados. Qual dos sentidos você considera mais adequado para a palavra solução, usada no quarto parágrafo do texto que você leu? d) Escreva uma frase, usando um dos significados dessa palavra. 15. Em duplas, procurem no dicionário o significado das palavras destacadas nas frases da página seguinte. Reescrevam cada uma usando outro termo que substitua a palavra em destaque, fazendo as adequações necessárias. HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles; DE MELLO FRANCO, Francisco Manoel. Houaiss eletrônico. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. 27VINTE E SETE a) Áugias deixou acumular montes e montes de esterco fétido nos pátios dos estábulos, formando torres tão altas que nenhum homem seria capaz de deslocá-las. b) Nem que todos os habitantes de Élis trabalhassem noite e dia, durante anos, seriam capazes de remover tamanha imundície. c) Correu até o topo do terreno elevado que circundava o rio das terras de Áugias. d) Tenho a incumbência de limpar seus estábulos. e) Decepcionado, Hércules deixou Élis para trás, pois ainda tinha muitos trabalhos a realizar. do terreno elevado que circundava o , Hércules deixou Élis para trás, pois ainda Jó ta h 28 VINTE E OITO PRODUÇÃO DE TEXTO Um herói costuma ser um sujeito inteligente, honrado, forte e corajoso. Porém, mais do que um herói qualquer, Hércules possui capacidades sobre-humanas e não demonstra medo e outras fraquezas. Em outraspalavras, ele é um herói invencível. Você consegue imaginar outro herói ou heroína assim? Crie um herói invencível totalmente novo. Ao final desta atividade, você e seus colegas irão mostrar os heróis novos para a turma, por meio da exposição de um desenho e um pequeno perfil com as características dele no mural da sala. É hora de soltar a imaginação! PLANEJAMENTO Para criar sua personagem, siga o roteiro: 1. Qual é o nome do seu herói ou heroína? 2. Onde ele(a) nasceu? Quem são seus pais? 3. Como é a aparência dele(a)? 4. Quais são as qualidades dele(a)? 5. Qual foi o fato ou aventura que aconteceu em que ele(a) comprovou suas qualidades, fazendo-o(a) ser considerado(a) invencível? As perguntas são apenas um guia para você não esquecer as informações principais sobre o seu herói ou heroína. Fique atento para não escrever como se estivesse respondendo diretamente a cada uma das perguntas, pois, se fizer isso, o texto vai ficar estranho. 29VINTE E NOVE DESENVOLVIMENTO Agora que você já sabe como será seu herói ou heroína, monte o perfil dele(a) seguindo estes passos: 1. Faça um desenho bem criativo dele(a), que demonstre algumas de suas características. 2. Crie um nome para ele(a) e sua origem (local de nascimento ou onde reside). 3. Descreva as características físicas e psicológicas dele(a), usando adjetivos. 4. Relate a aventura marcante em que ele(a) demonstrou suas qualidades e narre como foi, usando adjetivos. 5. Deixe claros os seus principais atributos, transformando alguns dos adjetivos referentes ao herói ou heroína em substantivos abstratos. Por exemplo, se a heroína (ou o herói) é descrita como sendo corajosa, em algum momento, use o substantivo relativo coragem. Leia um exemplo, construído para a personagem Hércules: Este é o Hércules, um herói grego, filho do deus Zeus e da mortal Alcmena. Ele é um homem alto e forte. Hércules ficou conhecido por executar doze trabalhos dificílimos, encomendados pelo rei de Micenas, seu primo Euristeu. No quinto trabalho, Hércules limpou sozinho os estábulos do rei Áugias com as águas dos rios, que foram deslocadas por meio de diques construídos por ele, o que demonstra que esse herói, além de forte, é inteligente, corajoso e determinado. Atributos principais: força, inteligência, coragem e determinação. Leia um exemplo, construído para a personagem Hércules: Este é o Hércules, um herói grego, filho é um homem alto e forte. Hércules ficou estábulos do rei Áugias com as águas dos diques construídos por ele, o que demonstra que esse herói, além de forte, é inteligente, inteligência, Jó ta h 30 TRINTA AVALIAÇÃO Troque seu perfil de herói ou heroína com o de um colega e avalie: 1. Que adjetivos foram utilizados para caracterizar o herói ou a heroína? 2. Na pequena aventura relatada, as qualidades descritas no perfil correspondem às utilizadas pelo herói ou pela heroína para cumprir a tarefa? 3. Os substantivos utilizados para descrever os atributos correspondem aos adjetivos escolhidos? 4. A partir disso, que outras características você sugere que o herói ou a heroína do seu colega tenha? A partir das sugestões dos colegas e do professor, reescreva seu texto, se necessário. Quando ele estiver pronto, exponha o perfil do herói ou heroína que você criou no mural da sala. SUGESTÕES DE LEITURA LOBATO, Monteiro. O minotauro. 2. ed. São Paulo: Globinho, 2017. A turma do Sítio do Picapau Amarelo faz uma inesquecível viagem à Grécia Antiga e, entre mil aventuras, terá que desvendar os mistérios do Minotauro. MARTIN, Jean. Contos e lendas da Odisseia. São Paulo: Martins Fontes, 2006. Este livro narra as aventuras do herói grego Ulisses, entre o final da guerra de Tróia e sua volta a Ítaca, onde encontrará sua fiel esposa Penélope. HOFSTETTER, Ricardo. Tá falando grego? Rio de Janeiro: Rocco, 2012. Dois amigos tentam resolver um enigma em um antigo livro de Matemática e acabam sendo levados em uma viagem no tempo rumo à Grécia Antiga! SUGESTÕES DE LEITURA LOBATO, Monteiro. O minotauro. 2. ed. São Paulo: Globinho, 2017. A turma do Sítio do Picapau Amarelo faz uma inesquecível viagem à Grécia Antiga e, entre mil aventuras, terá que desvendar os mistérios do Minotauro. MARTIN, Jean. Contos e lendas da Odisseia. São Paulo: Martins Fontes, 2006. Este livro narra as aventuras do herói grego Ulisses, entre o final da guerra de Tróia e sua volta a Ítaca, onde encontrará sua fiel esposa Penélope. HOFSTETTER, Ricardo. Tá falando grego? Rio de Janeiro: Rocco, 2012. Dois amigos tentam resolver um enigma em um antigo livro de Matemática e acabam sendo levados em uma viagem no tempo rumo à Grécia Antiga! D iv ul ga çã o D iv ul ga çã o D iv ul ga çã o 31TRINTA E UM Você conhece nossas raízes africanas? No Brasil, temos grandes heranças culturais do povo iorubá, um grupo cultural do oeste africano, que foi escravizado e trazido para o Brasil. Em sua tradição, os iorubás adoram uma série de divindades chamadas orixás. O texto que você vai ler é um mito recolhido da tradição oral desse povo, contado principalmente na Nigéria, em Benim e no Togo. Nele é narrada a história da criação do Universo pelo orixá Obatalá. Que histórias sobre a origem do Universo, da Terra e da vida você conhece? Antes de ler o texto a seguir, conte a seus colegas. PARA LER HERÓIS DA NATUREZAHERÓIS DA NATUREZAHERÓIS DA NATUREZA2 C A P Í T U LO Antes de haver vida na Terra, toda a vida estava no céu. Obatalá era o orixá descontente, pois, além do céu, só havia água e névoa. Então, Olorum, o deus supremo, o enviou para dar início à criação do Universo. Antes de partir, ele foi se encontrar com Orunmila, o orixá que tinha poderes de prever o futuro, e perguntou a ele o que precisaria para criar um lugar onde existissem raiz e sangue. – Você vai precisar de uma longa corrente e areia, que deve colocar dentro de uma concha. Não se esqueça de levar sementes de palmeira e uma galinha branca – disse Orunmila. As criações de Obatalá Antes de haver vida na Terra, toda a vida estava no céu. Obatalá era o orixá descontente, pois, além do céu, só havia água e névoa. Então, Olorum, o deus supremo, o enviou para dar início à Antes de partir, ele foi se encontrar poderes de prever o futuro, e perguntou a ele o que precisaria para criar um lugar onde existissem raiz e sangue. – Você vai precisar de uma longa dentro de uma concha. Não se esqueça de levar sementes de palmeira e uma Jó ta h 32 TRINTA E DOIS César Obeid, paulistano, nascido em 1974, é educador, contador de histórias e escritor de livros de literatura infantil e juvenil. Alguns de seus livros já foram premiados pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Além disso, César também escreve para jornais, revistas e participa de programas de televisão, falando sobre leitura e cultura popular. duna: elevação de areia causada pelo vento. OBEID, César. Quando tudo começou: mitos da criação universal. São Paulo: Panda Books, 2015. p. 40-42. Depois de tudo pronto, Obatalá desceu e desceu. Ele atravessou névoas e redemoinhos até alcançar o final da corrente. Então retirou a concha da sacola e despejou toda a areia, que, ao tocar a água, transformou-se em terra firme. Em seguida, soltou a galinha, que começou a ciscar, movimentando a areia em todas as direções. Depois que a tempestade de areia acabou, dunas, montanhas e vales estavam completamente formados. Obatalá chamou a terra de Ifé, lugar onde as águas são divididas. Enquanto andava, lançou as sementes de palmeira, que logo floresceram ao tocar o solo. Obatalá andou mais e mais até que parou em um lago para matar a sede. Ao olhar seu reflexo, ficou muito satisfeito. Pegou então um pouco de barro e começou a moldá-lo na forma que tinha visto refletida na água. Ele moldou braços, pernas, dedos e orelhas... Então moldou mais um, mais um e mais um... Todos os seres eram belos e perfeitos como Obatalá.[...] Depois de tudo pronto, Obatalá névoas e redemoinhos até alcançar toda a areia, que, ao tocar a água, Em seguida, soltou a galinha, que começou a ciscar, movimentando a areia em todas as direções. Depois que a tempestade de areia acabou, dunas, montanhas e vales estavam Jó ta h 33TRINTA E TRÊS 1. Responda: a) Quais foram as motivações de Obatalá para criar o Universo, de acordo com o texto? b) Além dessas, quais outras motivações você imagina que ele tinha? 2. Segundo o mito, Obatalá precisava de alguns elementos para criar o Universo. Para que serviu cada um deles na criação? Complete o quadro: Uma longa corrente Sementes de palmeira Uma galinha branca Um pouco de areia Ilu st ra çõ es : J ót ah 34 TRINTA E QUATRO 3. A partir da descrição de Obatalá no texto, em que podemos dizer que ele é igual aos humanos e em que é diferente? Complete este outro quadro: Obatalá é igual aos humanos em... Obatalá é diferente dos humanos em... 4. Converse com os colegas e o professor sobre as questõesa seguir: a) Obatalá tem algo em comum com Hércules, o herói do capítulo anterior? b) Podemos considerar que ele é também um herói? Por quê? MOURA, Clóvis. Zumbi dos Palmares. São Paulo: La Selva, 1995. FIQUE SABENDO Resistência negra à escravidão Zumbi dos Palmares (1655-1695) foi um herói da vida real. Conhecido por muitos como o símbolo da resistência negra à escravidão, Zumbi foi o último líder do Quilombo dos Palmares, localizado na Serra da Barriga, na antiga capitania de Pernambuco, atual Alagoas. Os quilombos eram lugares para onde os negros escravizados iam quando conseguiam fugir de seus senhores. Palmares chegou a ter uma população de quase 20 mil pessoas e, para alguns historiadores, mais do que um quilombo, configurou-se ali a República dos Palmares, o maior autogoverno negro fora do continente africano. El za F iú za /A Br Busto de Zumbi dos Palmares em Brasília. 21 November 2006 35TRINTA E CINCO PARA LER Agora, leia outro mito sobre a criação do Universo, recolhido da tradição oral do povo maori, grupo originário da Polinésia, um conjunto de ilhas a leste da Austrália. Os maoris, atualmente, habitam também a Nova Zelândia e são conhecidos por suas tatuagens e danças de guerra. No começo só havia a escuridão. Rangi, o deus-céu, e Papa, a deusa-terra, viviam apaixonados. O amor deles era tão intenso que eles nunca se desgrudavam. Da união entre Rangi e Papa, os filhos-deuses nasceram e ficaram presos entre o casal. O tempo então passou e passou. Os filhos-deuses não gostavam da escuridão e tentavam a todo custo encontrar uma maneira de sair do meio de seus pais. – Precisamos conhecer a luz! Para isso, é melhor que o nosso pai fique bem longe de nós, lá no céu, mas que a nossa mãe acalentadora fique conosco – diziam os filhos-deuses, tentando encontrar uma maneira de escapar do abraço dos pais. A força dos filhos-deuses foi tanta que os pais se separaram. Rangi foi empurrado para cima e formou o céu; Papa foi levada para baixo, dando forma à terra. Após a separação do casal, o mundo conheceu a luz, e a vegetação exuberante cresceu. O Universo escuro transformou-se em uma farta terra verde. Rangi e Papa Agora, leia outro mito sobre a criação do Universo, recolhido da tradição Jó ta h 36 TRINTA E SEIS Os filhos-deuses imediatamente partiram para criar o mundo. O Sol e a Lua surgiram, e estrelas foram formadas para decorar o céu. Os filhos queriam mais e mais, e assim criaram o primeiro homem e a primeira mulher. Não demorou muito, e as crianças nasceram. Todos estavam felizes, exceto Papa e Rangi, pois nunca mais puderam se abraçar. As lágrimas do deus-céu foram tantas que se transformaram em rios e oceanos, um verdadeiro alimento para as plantas. A neblina que hoje encontramos foi formada dos suspiros de saudades de Papa, a deusa-terra. E assim, conta-se como foi a criação do Universo entre o povo maori. OBEID, César. Quando tudo começou: mitos da criação universal. São Paulo: Panda Books, 2015. p. 10-12. acalentador: que traz conforto. exuberante: abundante; em grande quantidade; cheio de vida. farto: cheio. 1. Converse com os colegas e o professor sobre estas duas questões: a) No primeiro mito, Obatalá é quem cria o Universo. No segundo mito, quem são os principais responsáveis pela criação do Universo? b) Quais eram suas motivações? 2. Apesar de a maior parte da criação ter surgido por desejo das personagens principais, três elementos foram criados para além de sua vontade. a) Quais são esses elementos? b) Como foram criados? Jó ta h 37TRINTA E SETE 3. Responda: a) Quais elementos criados em “As criações de Obatalá“ aparecem também no mito “Rangi e Papa“? b) Quais elementos criados aparecem somente em “Rangi e Papa”? c) Por que “todos estavam felizes, exceto Papa e Rangi”? d) Você diria que os filhos-deuses são heróis? Por quê? 4. A partir de sua leitura dos dois mitos, converse com os colegas e o professor: O que você diria que é comum nesse tipo de narrativa? 5. De qual narrativa mítica você mais gostou: “As criações de Obatalá” ou “Rangi e Papa”? Por quê? Conte aos colegas e conheça as preferências deles. 6. Em toda narrativa existe um narrador, ou seja, aquele que conta os acontecimentos. O narrador pode participar da história ou não. Se ele participa, é um narrador-personagem. Converse com seus colegas e o professor: a) Em “As criações de Obatalá”, o narrador participa da história ou não? b) Em “Rangi e Papa”, o narrador participa da história ou não? c) Você conhece alguma história em que o narrador é também personagem? Jó ta h 38 TRINTA E OITO FIQUE SABENDO Elementos da narrativa Uma narrativa geralmente possui personagens, é contada por alguém e ocorre em um determinado tempo e lugar. Personagens As personagens são os seres que fazem as ações da história. Podem ser classificadas em: • principais ou protagonistas – personagens centrais da história; são elas que vivenciam os acontecimentos na maior parte do tempo. • secundárias – personagens de importância menor; embora presentes, não desempenham as ações mais importantes. A construção das personagens é muito importante em uma narrativa. É preciso saber como cada uma é: quais são suas características físicas (por exemplo, estatura, cor de cabelos, olhos etc.) e psicológicas (por exemplo, coragem, alegria, medo, inteligência, inveja etc.). Muitas vezes, essas características vão influenciar como se darão os acontecimentos, pois elas revelam como as personagens interagem com o mundo e enfrentam as situações. Tempo O tempo é o momento em que a narrativa acontece. O narrador pode contá-la na ordem em que os fatos acontecem ou aconteceram ou partir de fatos da atualidade e voltar para o passado. Também é possível que a narrativa seja contada de acordo com as lembranças das memórias da personagem. Jó ta h 39TRINTA E NOVE Espaço O espaço é o lugar onde as ações da narrativa acontecem. Algumas vezes, ela pode se passar em mais de um lugar. A construção do espaço é mais do que a localização de onde ela acontece: em qual país, em qual cidade, numa rua, numa floresta... O espaço envolve também a descrição do cenário e de tudo o que se encontra na cena narrada: objetos, iluminação, cores etc. A descrição do espaço ajuda a deixar a narrativa mais romântica, mais assustadora, mais fantasiosa, mais parecida com a realidade. Em “Rangi e Papa”, essa descrição faz com que o leitor possa imaginar como é o mundo criado pelos filhos-deuses, que vivem insatisfeitos com um mundo de escuridão. Veja um exemplo: Após a separação do casal, o mundo conheceu a luz, e a vegetação exuberante cresceu. O Universo escuro transformou-se em uma farta terra verde. Os filhos-deuses imediatamente partiram para criar o mundo. O Sol e a Lua surgiram, e estrelas foram formadas para decorar o céu. OBEID, César.Quando tudo começou: mitos da criação universal. São Paulo: Panda Books, 2015. p. 11. Narrador O narrador é aquele que conta a narrativa. Ele pode ser classificado em: • narrador-personagem – aquele que não só conta, mas participa da história; • narrador-observador – aquele que conta a história como se apenas observasse os fatos acontecendo; • narrador-onisciente – aquele que não só observa os fatos acontecendo, mas sabe o que as personagens estão sentindo e pensando. D aw id so n Fr an ça 40 QUARENTA NOSSA LÍNGUA 1. Releia um trecho do texto “As criações de Obatalá”: Antes de haver vida na Terra, toda a vida estava no céu. Obatalá era o orixá descontente, pois, além do céu, só havia água e névoa. Então, Olorum, o deus supremo, o enviou para dar início à criação do Universo. Antes de partir, ele foi se encontrar com Orunmila, o orixá que tinha poderes de prever o futuro, e perguntou a ele o que precisaria para criar um lugar onde existissem raiz e sangue. FIQUE SABENDO Mitologia maori Uma história da mitologia maori é utilizada no filme Moana: um mar de aventuras, lançado pela Disney, em 2016. Nela, a corajosa herdeira de uma tribo da Polinésia, Moana Waialiki, resolve buscar um objeto místico, capaz de salvar seu povo e sua família. A ge F ot os to ck /E as yp ix B ra si l Cena do filme Moana. Disney, 2016. Nessa busca, ela precisa encontrar o semideus Maui, uma figura maori lendária. Acompanhada de Maui, Moana vive uma incrível jornada em mar aberto, enfrentando diversas situações perigosas. Jó ta h 41QUARENTA E UM a) A quem se referem os dois pronomes ele destacados no texto? b) Como podemos saber a quem se refere cada ocorrência do pronome ele nesse parágrafo? Explique aos colegas e ao professor. 2. Em um determinado momento do texto, Obatalá se encontra com Orunmila, o orixá que previa o futuro. Que palavra no diálogo a seguir se refere a Obatalá? Contorne-a no trecho: – Você vai precisar de uma longa corrente e areia, que deve colocar dentro de uma concha. Não se esqueça de levar sementes de palmeira e uma galinha branca. 3. Converse com os colegas e o professor: a) Em sua comunidade e em sua família, como você costuma se referir à pessoa com quem está falando? b) Você usa mais você ou tu? c) Existe alguma situação em que você use outras formas que não você ou tu para se referir às pessoas com quem fala? Dê exemplos. 4. Leia: Depois de tudo pronto, Obatalá desceu e desceu. Ele atravessou névoas e redemoinhos até alcançar o final da corrente. • Nesse trecho, o pronome ele retoma o nome Obatalá. Qual é o objetivo de usar ele e não Obatalá novamente? 42 QUARENTA E DOIS 5. Releia um trecho de “Rangi e Papa” e observe as expressões destacadas: Os filhos-deuses imediatamente partiram para criar o mundo. O Sol e a Lua surgiram, e estrelas foram formadas para decorar o céu. Os filhos queriam mais e mais, e assim criaram o primeiro homem e a primeira mulher. Não demorou muito, e as crianças nasceram. a) Que palavra poderia ser usada para substituir a expressão os filhos? b) Reescreva o trecho, fazendo as modificações necessárias a fim de evitar repetições. PRONOMES Pronomes são palavras que servem para se referir a pessoas, objetos, animais e seres em geral. Veja alguns exemplos: eu, tu, ele, nós, ela, você, o, a, os, as, eles, elas, vocês, me, mim, comigo. Os pronomes podem evitar a repetição desnecessária de palavras nos textos. Por exemplo: Depois de tudo pronto, Obatalá desceu e desceu. Ele atravessou névoas e redemoinhos até alcançar o final da corrente. imediatamente partiram para criar o mundo. O Sol e assim criaram o primeiro homem Os pronomes podem evitar a repetição desnecessária de palavras nos textos. Jó ta h Jó ta h 43QUARENTA E TRÊS O pronome pode vir depois do nome a que se refere, como no caso anterior. Ele também pode vir antes, e só podemos saber a que se refere ao continuarmos a leitura do texto. Por exemplo: Depois de tudo pronto, ele desceu e desceu. Obatalá atravessou névoas e redemoinhos até alcançar o final da corrente. Quando precisamos substituir um nome por um pronome em um texto, muitas vezes podemos ocultá-lo, de maneira que somente os verbos já são capazes de nos revelar a quem se referem. Observe como isso acontece no trecho a seguir: Obatalá andou mais e mais até que parou em um lago para matar a sede. Ao olhar seu reflexo, ficou muito satisfeito. Pegou então um pouco de barro e começou a moldá-lo na forma que tinha visto refletida na água. Se utilizássemos todos os pronomes antes dos verbos, veja como haveria muita repetição do pronome ele: Obatalá andou mais e mais até que parou em um lago para matar a sede. Ao olhar seu reflexo, ele ficou muito satisfeito. Ele pegou então um pouco de barro e ele começou a moldá-lo na forma que ele tinha visto refletida na água. Os pronomes também representam as pessoas do discurso, necessárias para que a comunicação e a interação aconteçam. Eles podem se referir: • à pessoa que fala (1a pessoa), • à pessoa com quem se fala (2a pessoa) e • à pessoa de quem se fala (3a pessoa). Jó ta h Jó ta h Jó ta h 44 QUARENTA E QUATRO Quando indicam as pessoas do discurso, são chamados de pronomes pessoais do caso reto. Veja: Número Pessoa Singular Plural 1a eu tu 2a tu vós 3a ele, ela eles, elas Existem ainda os pronomes pessoais de tratamento, alternativas mais formais ou respeitosas para nos dirigirmos à 2a pessoa. O pronome de tratamento mais popular é você. No Brasil, conforme a região, as pessoas usam tu (pronome pessoal do caso reto) ou você (pronome pessoal de tratamento) para se dirigirem às outras. Há vários pronomes de tratamento, além de você. Veja três exemplos: • Vossa Senhoria (V.S.a) – usado para nos dirigirmos a autoridades em geral; • Vossa Excelência (V.Ex.a) – usado para nos dirigirmos ao Presidente da República, aos senadores, ministros, governadores, deputados federais e estaduais, prefeitos, embaixadores e cônsules; • Vossa Majestade (V.M.) – usado para nos dirigirmos a reis e rainhas. 6. Observe este trecho de “As criações de Obatalá”: Obatalá chamou a terra de Ifé, lugar onde as águas são divididas. Enquanto andava, lançou as sementes de palmeira, que logo floresceram ao tocar o solo. chamou a terra de Ifé, lugar onde Enquanto andava, lançou as sementes de palmeira, que logo floresceram ao tocar o solo. a) Quem andava? Como você sabe disso? b) Quem lançou as sementes? c) O que floresceu ao tocar o solo? Jó ta h 45QUARENTA E CINCO d) Complete este trecho com pronomes: Enquanto andava, lançou as sementes de palmeira. logo floresceram ao tocar o solo. e) Qual trecho parece mais adequado: o original ou o reescrito? Por quê? 7. Complete as frases a seguir, novamente empregando pronomes. Observe qual palavra você deve retomar: a) Antes de haver vida na Terra, estava no céu. b) As lágrimas do deus-céu foram tantas que se transformaram em rios e oceanos, um verdadeiro alimento para as plantas. c) Os filhos-deuses imediatamente partiram para criar o mundo. era repleto de luz e vegetação exuberante. d) Todos estavam felizes, exceto Papa e Rangi. sentiam muita saudade um do outro. 8. Leia as frases a seguir e observe se o pronome vem antes ou depois do nome a que se refere. Em seguida, reescreva-as mudando a posição do pronome. Obatalá era um orixá descontente. Ele queria descer dos céus. (antes) Ele era um orixá descontente. Obatalá queria descer dos céus. (depois) a que se refere. Em seguida, reescreva-as mudando a posição do pronome. queria descer a) Antes de partir, ele foi se encontrar com Orunmila. Lá, Obatalá perguntou como poderia fazer para criar um mundo com raiz e sangue. Jó ta h 46 QUARENTA E SEIS b) A galinha começou a ciscar e ciscar. Quando parou para
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