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A primeira fase do Ensino Fundamental é quando a escola deve iniciar o tema projeto de vida na escola

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A primeira fase do Ensino Fundamental é quando a escola deve iniciar o tema projeto de vida na escola. Por ser uma etapa inicial, o objetivo principal é levar ao aluno a compreensão da vida em sociedade, das atividades produtivas e também de experiências subjetivas. 
A criança começa a entender seu espaço no mundo, de forma física, e as próprias emoções, servindo como base para as próximas etapas.
Veja algumas dicas de como promover o desenvolvimento dessas reflexões e habilidades, e também como o tema pode ser trabalhado em cada disciplina:
· Incentivar o protagonismo do aluno
O foco no desenvolvimento do projeto de vida na escola é mais um motivo para incentivar o protagonismo do aluno em seu próprio aprendizado. Para promover esse protagonismo, o ideal é implementar metodologias ativas de aprendizado em sua escola.
Quando o aluno é quem busca pelo conhecimento de forma ativa, ele desenvolve habilidades essenciais para outros setores da vida. Entre elas, a determinação e foco para alcançar seus próprios objetivos, a capacidade de solução de problemas e tomada de atitudes, além do pensamento crítico e inteligência emocional.
· Realizar autoavaliações
As autoavaliações na escola também são uma forma de promover reflexões contínuas do estudante acerca de seu próprio papel e como ele o está desempenhando. 
Ao desenvolver essa habilidade ele pode aplicar em diversas áreas da vida, levando para seu futuro. Além de se tornar mais crítico à devolutiva de professores e colegas, o que também pode ser transposto para outras relações pessoais.
· Promover conversas sobre o tema
Para incentivar o estudante a desenvolver um projeto de vida na escola é preciso promover conversas sobre o tema, fazendo-o refletir sobre o assunto. Vale abrir as perguntas sobre o futuro, indo além das aspirações profissionais. 
Uma dica para ajudá-los a montar o projeto de vida na escola é fazer perguntas sobre os seus objetivos para o ano, em diversas áreas da vida, e quais as estratégias traçadas para alcançá-los. Assim, o professor ajuda a colocar em prática as habilidades que vão sendo criadas de forma gradual na abordagem interdisciplinar do tema.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estabelece Trabalho e Projeto de Vida como uma das 10 competências a serem trabalhadas em sala de aula.
No caso dessa competência específica, significa valorizar diversidade de saberes e vivências culturais, apropriando-se de conhecimentos e experiências, para entendimento das relações próprias do mundo do trabalho.
Além disso, propicia fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 
Como desenvolver essa competência?
Os alunos devem conseguir expressar e gerir seus desejos e objetivos na vida, se organizando, estabelecendo metas, planejando, com determinação, esforço, autoconfiança e persistência seus projetos individuais, presentes e futuro.
Também inclui compreender o mundo do trabalho atual e seus impactos na sociedade, bem como novas tendências e profissões que surgem a cada instante, com a flexibilização das leis do trabalho, bem como com o impacto da tecnologia no mundo. 
A escola pode e deve ser parte integrante no guia de auxiliar o aluno a pensar e decidir sobre seu futuro.
Aqui, entram em campo o sonho de cada indivíduo, as expectativas e cabe também à escola apresentar as diferentes opções que muitas profissões oferecem, para que o aluno possa também refletir sobre seu futuro de maneira informada. 
Além disso, a escola pode estimular desenvolvimento de características tão importantes hoje no mundo do trabalho, como a pontualidade e o comprometimento, na entrega de trabalhos, por exemplo.
A montagem do currículo do aluno, bem como o estímulo de ida a feiras de profissões, pode ser uma boa maneira do aluno visualizar como pode ser futuro.
Soma-se a isso o trabalho em equipe, a cooperação com colegas e o exercício de liderança em sala de aula, que podem ser facilmente trabalhados em projetos em grupo. 
Em sala de aula, toda a discussão sobre o tema deve focar mais em ‘quem’ o aluno deseja ser no futuro, mais que ‘o que’ ele deseja ser, sempre focando em valores, ética e cidadania. 
Conclusão
A escola deve ser parte integrante no desenvolvimento e planejamento do futuro do aluno, fornecendo os elementos fundamentais para que esse aluno seja um cidadão participativo e ético no futuro. 
Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. A competência compreende a capacidade de gerir a própria vida. Os estudantes devem conseguir refletir sobre seus desejos e objetivos, aprendendo a se organizar, estabelecer metas, planejar e perseguir com determinação, esforço, autoconfiança e persistência seus projetos presentes e futuros. Inclui a compreensão do mundo do trabalho e seus impactos na sociedade, bem como das novas tendências e profissões. Para se aprofundar, saiba aqui como Sobral, no Ceará, desenvolve o projeto de vida na rede municipal. 
Projeto de vida: Ser ou existir?
O projeto de vida traz a possibilidade de arquitetar, conceber e plasmar o que está por vir. O ser humano tanto pode idealizar uma bomba, quanto a cura para uma doença. As escolhas dos estudantes decorrem de influências intrínsecas e/ou extrínsecas e, no que tange ao apoio da escola, do compromisso de seus atores com a ética, a ciência tanto pode atender aos interesses mercadológicos, estando a serviço do consumo desenfreado, da competitividade e das guerras, quanto do coletivo, visando a paz, a lucidez e o bem comum.
“Idealizar a própria vida é ter consciência da responsabilidade de cada um em sua atuação social, descobrindo-se a si mesmo, aos outros e o meio em que vive".
Projetar a vida perpassa por questionamentos sobre as diferentes violências físicas e simbólicas que se configuram diante das desigualdades sociais, étnicas e de gênero. Idealizar a própria vida é ter consciência da responsabilidade de cada um em sua atuação social, descobrindo-se a si mesmo, aos outros e o meio em que vive. É o momento em que são percebidas as tantas formas e jeitos de ser. É também quando alguns dos preconceitos construídos socialmente atingem e afetam as crianças, o que pode ser revertido a partir do compromisso da escola em importar-se com o outro.
Muitas vezes, nos projetamos para uma vida produtiva, pensando no mundo do trabalho, e, por isso mesmo, em mecanismos para conseguir um emprego. É como se a criança ainda não fosse nem precisasse ser um trabalhador, enquanto o idoso já concluiu essa fase. A isso chamaríamos vida? 
Projeto de vida: Qual é o nosso destino?
Uma das maneiras de buscar respostas às perguntas iniciais da existência, tais como: “Quem sou? Por que existo? Por que existe tudo e não nada?”, é por meio do autoconhecimento. Por ele, inicia-se a construção da identidade pessoal.
Muitos alunos relatam ou demonstram, direta ou indiretamente, não serem merecedores de sonhar, de modo que grande parte da energia dos professores reside em superar determinismos geográficos ou biológicos e despertar nos adolescentes a vontade deles quererem algo para si, reforçando que a escola é:
· espaço de acesso ao conhecimento;
· ampliação do universo cultural;
· ascensão social e profissional.
A instituição escola é, também, um espaço privilegiado para descobertas quanto ao mistério da vida. Da poesia à biologia, do astrônomo ao filósofo, do artista à criança sempre há possibilidades de diálogo, produção, pensamento, debate e desenvolvimento do verdadeiro potencial humano que supera a repetição e a imitação, pois se vê capaz de:
· criar;
· sentir;
· pensar;
· inventar;
· inovar;
· querer;
· ousar. 
Esse modo de olhar para o estudante em sua integralidade envolve a unidade entre corpo e mente, pois compreende aspectos cognitivose afetivos, intelectuais e práticos, políticos, singulares e coletivos, ou seja, implica em ser receptivo para os aspectos humanos que passam a ser explorados intencionalmente. É a vez de identificar preferências e habilidades. Essa educação interdimensional visa contemplar equilibradamente aspectos racionais, relacionais, físicos e irrespondíveis, como “o que é a morte”, “a que se destina nossa existência”, pois o “eu” e o “tu” transcendidos no “nós” trazem ao projeto de vida algo para além do indivíduo. Trata-se do ser e do querer ser que dependem da confiança, da escuta atenta, da percepção de si e do outro, do apoio familiar, da aprendizagem, da comunicação oral e escrita para interagir com a comunidade, de saber argumentar e defender pontos de vista, do reconhecimento dos pontos fortes e das fragilidades do projeto, visando formar um cidadão autônomo, solidário e competente.
Um dos impasses que circundam a vida dos adolescentes e jovens é o de conciliar os estudos com o trabalho. Muitas vezes a inserção precoce no mundo do trabalho, devido às necessidades de sobrevivência, impede que o projeto de vida seja direcionado, qualificado e consciente. Antes disso, já acontece o abandono escolar e o direito de aprender e de fazer escolhas é tolhido.
“[...] quanto mais o acesso e a permanência na escola tenham cenários desafiadores, tanto mais se fará necessário o convencimento da importância de que o projeto de vida se conecte e se integre aos itinerários formativos a serem escolhidos pelos estudantes.”
Por mais que se estabeleça um ponto de chegada (com conhecimentos mínimos e um projeto de vida), revelando um desejo de igualdade (com a BNCC), o ponto de partida torna-se tanto mais desafiador quanto a consciência do papel do sonho na vida de cada um; ou seja, quanto mais o acesso e a permanência na escola tenham cenários desafiadores, tanto mais se fará necessário o convencimento da importância de que o projeto de vida se conecte e se integre aos itinerários formativos a serem escolhidos pelos estudantes.
Assim, a promoção da equidade conta com práticas pedagógicas inclusivas e de diferenciação curricular para reverter a situação de exclusão histórica que marginaliza alguns grupos no Brasil.
Quais benefícios os jovens adquirem ao realizar o projeto de vida?
O índice de felicidade humana considera aspectos como:
Bem-estar psicológicoSaúdeUso do tempoEducaçãoCulturaMeio ambienteGovernançaPadrão de vida
indicadores que avaliam a autoestima, a percepção de competência, estresse.
Pode-se dizer que a realização das atividades direcionadas à confecção do projeto de vida afeta, proporcionalmente, na sensação de felicidade. Pode-se afirmar que planejar a vida é evitar o sofrimento.
São muitas as atitudes que decorrem do projeto de vida consciente. Em primeiro lugar, o entendimento de que a felicidade é coletiva. Depois, pensar sobre o mundo do trabalho na escola é um jeito de ensinar a administrar o dinheiro adquirido com o trabalho, consumo consciente, uso responsável de bens e serviços públicos, educação financeira, alimentação saudável, busca da saúde e da qualidade de vida, bem como melhoria da disciplina.
O projeto de vida pode contar com avaliações contínuas que identifiquem o índice de:
· cooperação;
· comunicação;
· partilha/ações direcionadas ao compartilhamento;
· escuta;
· prazer;
· interação;
· felicidade.
A projeção para o mundo do trabalho é um dos focos do projeto de vida. Entretanto, é importante que o projeto de vida se contextualize no mundo do trabalho, mas também que saibamos que trabalho é exatamente essa capacidade de projetar e idealizar, transformando a natureza, diferente de emprego, atividade remunerada, típica da sociedade industrial, donde se extrai que a pessoa é produtiva durante certo período da vida e improdutiva, quando criança ou quando idosa.
Para pensar nisso, diferentes estudos apontam para o questionamento da desvalorização dos tempos considerados improdutivos, seja por desemprego, infância, juventude ou velhice.
“Quais habilidades poderiam ser desenvolvidas para a construção de um mundo melhor?”
Dito de outro modo, como desenvolveríamos um projeto de vida que se transpassasse em nós? Que tivesse no horizonte não apenas um emprego, mas a própria existência, já que grande parte dos estudantes ouvem sobre sua “inutilidade" antes de serem inseridos no mercado de trabalho.
Quais habilidades poderiam ser desenvolvidas para a construção de um mundo melhor? Personalidades como Mahatma Gandhi inspiram a todos, pois propiciam reflexões mais profundas sobre o destino da vida, sem esquecer da relação entre trabalho e prazer, da busca pela satisfação pessoal e pelo aprimoramento do ser.
Para crianças do Ensino Fundamental, projetar a vida adulta com simulações de experiências do mundo do trabalho mais lúdicas, métodos ativos, encenações, brincadeiras, jogos cooperativos e teatrais mantêm o brilho e a espontaneidade, além de contribuir para o processo de internalização de regras e saberes.
À medida que os aspectos cognitivos e socioemocionais vão se desenvolvendo, os adolescentes do Ensino Médio já dialogam, escrevem, argumentam e experimentam com caminhos entre os da vida adulta e os da infância, tendo de haver ponderação conforme a maturidade de cada grupo, sem perder o foco na responsabilidade, na empatia, na ética e na busca pela felicidade.
Em um pensamento holístico, os estudantes de EJA podem reviver sensações da infância em um memorial com a intenção de que as lembranças gerem trabalho mental, o que ao mesmo tempo descontrai e traz reflexão para a criação de outros desenhos, considerando os caminhos já trilhados, com a compreensão dos motivos que os trouxeram de volta à escola.

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