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Avaliação da vitalidade fetal

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AVALIAÇÃO DA 
VITALIDADE FETAL 
Exames realizados apenas em fetos com viabilidade, ou 
seja, a partir de 24-28 semanas de IG (depende da 
estrutura da unidade de saúde). 
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO: 
Cardiotocografia: anteparto e intraparto; 
Ultrassonografia: Perfil Biofísico Fetal e 
Dopplervelocimetria. 
POR QUE AVALIAR A VITALIDADE FETAL? 
 Detectar precocemente sinais de sofrimento fetal; 
 Gestações com alto risco para complicações: 
o Causas maternas: Hipertensão arterial; 
Diabetes; Pré-eclampsia; Pós-datismo 
(IG>40S); Ruptura de membranas ovulares 
>24h; Indução de trabalho de parto com 
misoprostol; LES; Anemia falciforme; 
Cardiopatias; Nefropatias. 
o Causas fetais: Restrição de crescimento 
fetal; Oligoâmnio; Alteração de doppler; 
Líquido meconial; Prematuridade. 
CARDIOTOCOGRAFIA 
Avalia a atividade cardíaca e o tônus uterino. 
Estudo do comportamento da FCF e atividade uterina 
ao longo do tempo (10-20min). 
Decúbito lateral esquerdo Decúbito Elevado a 45 
graus: 
2 transdutores: 
a) Tocodinamômetro (contrações) à fundo; 
b) Sonar Doppler (FC fetal) à dorso. 
PARAMETROS 
1. Linha de base (110-160): linha onde a FC se 
repete a maior parte das vezes (FC média). 
 
2. Variabilidade : variação da linha de base (6-25 
bpm). 
Significa que o simpático, que aumenta a FC, e 
parassimpático, que diminui, estão 
funcionando bem. 
OBS: Traçado em linha reta é um mal sinal. 
o 2 quadradinhos na vertical correspondem 
a 10bpm. 
o Cada quadradinho na horizontal 
corresponde a 20s. 
 
OBS: Variabilidade fixa, monótona, padrão em 
sino – sinusoidal – Anemia Fetal  traçado 
patognomônico. 
OBS: Entre as causas de anemia fetal, está a 
Eritroblastose. 
3. Aceleração transitória: melhor padrão de 
vitalidade fetal (15x15). 
Fetos com <32 semanas, 10x10 pode ser 
considerada uma aceleração. Mas, após 32 
semanas, ele precisa subir 15bpm em 15s. 
Melinna Cardoso – P5 
 
4. Desacelerações: 
Não periódicas: não tem relação com a contração 
uterina; são quedas pequenas a partir da linha de base 
(espicas, quedas rápidas). 
Periódicas: divididas em DIP I, II e U. 
DIP I: imagem em espelho, pois o nadir da 
desaceleração corresponde ao pico da contração. 
Fisiopatologia: compressão do polo cefálico, próximo 
ao nascimento (período expulsivo), por isso, esse 
geralmente não é um DIP que indica sofrimento fetal. 
 
DIP II: tardias, ocorrem após a contração uterina em 
um intervalo de pelo menos 20s. Fisiopatologia: 
contração uterina cessa a circulação útero-placentário 
– se o bebê possui uma reserva boa de oxigênio, nada 
ocorre; se a reserva de O² for ruim, ocorre 
desaceleração. 
OBS: Bebês que possuem reservas ruins de oxigênio: 
RCIU, Líquido meconial, mães hipertensas. 
DIP U ou variáveis: compressão do cordão umbilical, 
geralmente não possuem relação com as contrações. 
Podem acontecer, por exemplo, em bebês que 
possuem pouco líquido amniótico. 
CATEGORIA 1 (NORMAL) 
 Linha de Base 110-160 bpm E 
 Variabilidade Moderada 6-25 bpm E 
 Ausência de Desacelerações tardias e variáveis (DIP 
2 ou DIP U) E 
 Acelerações transitórias presentes ou não E 
 Desacelerações precoces (DIP 1) presentes ou não. 
CATEGORIA 2 (SUSPEITA) 
 Taquicardia OU 
 Variabilidade mínima/ausente/aumentada OU 
 Desacelerações variáveis (DIP U) com variabilidade 
mínima OU 
 Desacelerações tardias (DIP 2) com variabilidade 
moderada OU 
 Ausência de acelerações após estímulo sonoro ou 
mecânico. 
Indicação de medidas de reanimação intraútero, tais 
como virar a paciente para o DLE, ofertar oxigênio, 
fazer soro de hidratação. 
CATEGORIA 3 (PROVÁVEL PATOLÓGICA) 
 Padrão sinusoidal OU 
 Variabilidade ausente E 
 Desacelerações tardias em > 50% das contrações 
OU 
 Desacelerações variáveis em > 50% das contrações 
OU 
 Bradicardia sustentada. 
Indicação de interrupção imediata da gestação, pela via 
mais rápida. 
Melinna Cardoso – P5 
PERFIL BIOFÍSICO FETAL 
Possui 5 parâmetros, que são: Cardiotocografia; 
Movimentos respiratórios, Movimentos corpóreos, 
Tônus e volume do líquido. 
Teoria da Hipóxia Gradual: as alterações acontecem na 
ordem inversa ao desenvolvimento embrionário 
(funciona para os marcadores agudos). 
Por exemplo, desses parâmetros, o Tônus foi o 
primeiro movimento que a natureza criou e, por isso, o 
último a se modificar na avaliação do sofrimento fetal. 
Ao passo em que a Cardiotocografia (reflete o SNA), 
por possuir um maior grau de complexidade, é o 
primeiro parâmetro a ser alterado. 
Ou seja, quanto mais complicado é o movimento, antes 
o bebê perde. 
OBS: 
o Único marcador crônico: volume do líquido 
amniótico; é o que determina a conduta. 
o Marcadores agudos: da cardiotoco ao tônus. 
VOLUME DE LÍQUIDO AMNIÓTICO 
 
1. Maior bolsão vertical: 
o Única medida; 
o Precisa ser >2cm. 
2. ILA: diversas vezes, é preferível. 
o Soma de 4 quadrantes; 
o É bom quando está entre 8-18cm; 
o Oligoâmnio <5cm. 
OBS: De 5-8, chama-se de “líquido reduzido”, mas só se 
tira ponto no líquido se for <5. 
NOTA FINAL DO PERFIL BIOFÍSICO 
Não há nota ímpar, cada nota vale 0 ou 2. 
DOPPLERVELOCIMETRIA 
Sonograma arterial: “1 pico e uma descida”, 
correspondendo à sístole e a diástole. 
Quanto maior o valor do IR e do IP, maior a resistência 
do vaso  mais perto a diástole está da linha de base. 
Artéria umbilical: precisa de baixa resistência, para o 
sangue circular com facilidade. 
Artéria cerebral média: alta resistência; 
Artérias uterinas: baixa resistência. 
Sonograma venoso: “2 picos e uma descida” 
 
Ducto venoso: sangue oxigenado pula a metabolização 
hepática e vai direto para o átrio direito, através do 
shunt entre a veia umbilical e a VCI. 
SEQUÊNCIA DE ALTERAÇÃO 
1. Primeiramente, ocorre a hipoxemia: queda de 
oxigênio no sangue. 
2. Hipóxia: diminuição de oxigênio nos tecidos fetais. 
Melinna Cardoso – P5 
3. Anóxia: diminuição de oxigênio, aumento de CO2, 
diminuição do pH no sangue e tecidos fetais. 
 
Assim, ocorre a centralização hemodinâmica  
aumento da circulação para órgãos nobres (cérebro, 
coração, suprarrenais) e diminuição do fluxo para o 
resto do corpo (rins, por exemplo, gerando diminuição 
no ILA). 
CENTRALIZAÇÃO HEMODINÂMICA FETAL: 
1. Artéria Umbilical: é a primeira coisa que se altera. 
Deixa de ser um vaso de baixa resistência para ser 
de alta resistência  isso é observado pela 
diminuição da diástole, que quando fica abaixo da 
linha zero é chamada de diástole reversa, que 
indica que mais de 90% da placenta já foi lesada. 
 
2. Artéria Cerebral Média: segundo a ser alterado. 
Com o fluxo priorizado para órgãos nobres, a 
resistência diminui e o vaso se torna de alto fluxo. 
(Fica semelhante à A. Umbilical normal). 
 
3. Ducto Venoso: é o último padrão a ser alterado. 
Aparece uma onda ‘‘a” zero ou reserva, indicando 
que o coração está com dificuldade de contração 
atrial  indicativo de acidemia fetal, pensar no 
parto se viável. 
OBS: Nos fetos com RCIU, a cerebral pode se alterar 
antes da umbilical. Mas, o mais comum é que seja 
seguida a sequência de alteração descrita. 
Artéria uterina: único vaso materno avaliado. É um 
vaso de baixa resistência (possui uma diástole bem 
cheia). Quando ela está com uma diástole baixinha e 
uma queda em “v” no início da diástole, chamamos de 
incisura protodiastólica, que pode estar relacionada a 
pré-eclampsia (1º trimestre) e RCIU. 
 
 Papel importante na predição de pré-eclâmpsia no 
1º trimestre. 
 Baixa predição de pré-eclâmpsia e restrição de 
crescimento no 2º trimestre. 
OBS: No primeiro trimestre, o Doppler só é feito para 
avaliar a uterina; como o feto ainda não é viável, não é 
necessário avaliar os seus vasos. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS: 
Quando falamos de vitalidade, estamos avaliando a 
cardiotocografia, que faz parte do perfil biofísico fetal 
(perfil completo), e o doppler. 
OBS: “perfil simples” é aquele perfil sem 
cardiotocografia, apenas comultrassom. 
QUESTÃO DE EXEMPLO: 
Paciente gestante 2G1Pc (há 1 ano, 32 semanas por 
eclâmpsia), 34 semanas. HAC em uso de metildopa 
1g/dia. 
QP = diminuição da movimentação fetal. Ao exame: 
BEG, PA 150x90mmHg; FC 92 bpm. 
AFU= 30cm; BCF + 132 bpm; tônus uterino normal; TV= 
não realizado. 
OBS: A pressão da paciente ainda não está na faixa da 
urgência hipertensiva e ela não possui sintomas de 
eminência de eclampsia. Porém, a AFU está baixa para 
a IG  possibilidades: RCIU, diminuição do líquido e IG 
calculada erroneamente. 
Melinna Cardoso – P5 
1. Há necessidade de avaliação fetal 
complementar? Sim  Cardiotocografia. 
 
 Linha de base: 140 bpm. 
 Variabilidade: 10 bpm. 
 Aceleração transitória: não possui. 
 Desaceleração periódica: não possui. 
OBS: ES= Estímulo sonoro para saber se o bebê está 
acordado. Pode-se fazer também o estímulo motor. 
Categoria dessa cardiotocografia: 1  se não fosse o 
histórico da paciente e a sua QP, ela poderia ser 
liberada a partir disso. 
Perfil Biofísico Fetal: 
 Movimentos Corpóreos: presentes; 
 Movimentos Respiratórios: presentes; 
 Tônus: normal; 
 Volume de Líquido Amniótico: ILA 10.2 cm; 
 Peso Fetal Estimado: 1810g, percentil 5  abaixo 
do p10, o feto é restrito; 
 Doppler de artérias uterinas com presença de 
incisuras protodiastólicas bilaterais  dificuldade 
na circulação; 
 Doppler de artérias umbilicais: IP 0.8 IR 0.5; 
 Doppler de artéria cerebral média: IP 1.7 IR 0.9; 
 Relação cerebro-umbilical > 1  sangue passando 
com menor resistência no cordão umbilical que na 
cabeça, dentro da normalidade. 
Conduta: avaliação semanal. 
 
 
Melinna Cardoso – P5

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