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Livro Estetica facial - Unidade I

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Autora: Profa. Tatiana Calissi Petri
Colaboradores: Prof. Thiago Macrini
 Profa. Marília Tavares Coutinho da Costa Patrão
Técnicas em Estética Facial
Professora conteudista: Tatiana Calissi Petri
Fisioterapeuta graduada pela Universidade Paulista (UNIP – 2007). Especialista em Fisioterapia Dermatofuncional 
pela Universidade Cidade de São Paulo (Unicid – 2008) e mestre em Ciências pela Universidade de São Paulo (Fofito/USP), 
Atualmente, é docente na Associação Paulista de Ensino Renovado pela UNIP. Atua em projetos de pesquisa relacionados 
à associação da cosmetologia, terapias manuais e eletrotermofototerapia nos procedimentos estéticos corporais e 
faciais e estudos na área de percepção háptica.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
P495t Petri, Tatiana Calissi.
Técnicas em Estética Facial / Tatiana Calissi Petri. – São Paulo: 
Editora Sol, 2021.
220 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ISSN 1517-9230.
1. Avaliação. 2. Protocolos. 3. Tratamentos. I. Título.
CDU 613.49
U510.66 – 21
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcello Vannini
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Deise Alcantara Carreiro – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Bruno Barros
 Jaci Albuquerque de Paula
Sumário
Técnicas em Estética Facial
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................9
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................9
Unidade I
1 INTRODUÇÃO À ESTÉTICA FACIAL ............................................................................................................. 13
1.1 Sistema tegumentar e sistema muscular ................................................................................... 16
1.1.1 Sistema tegumentar .............................................................................................................................. 16
1.1.2 Músculos da face .................................................................................................................................... 32
2 AVALIAÇÃO FACIAL ......................................................................................................................................... 32
2.1 Tipologia da pele ................................................................................................................................... 32
2.1.1 Características que permitem a avaliação da pele .................................................................... 38
2.1.2 Classificação do fototipo cutâneo de Fitzpatrick ...................................................................... 41
2.1.3 Revisão das lesões elementares e dermatoses ............................................................................ 44
2.1.4 Modelo de ficha de avaliação facial................................................................................................ 56
2.1.5 Uso da ficha de avaliação facial ....................................................................................................... 64
2.1.6 Registro fotográfico do cliente ......................................................................................................... 72
2.1.7 Exame físico .............................................................................................................................................. 74
2.1.8 Equipamentos utilizados na avaliação facial .............................................................................. 75
Unidade II
3 LIMPEZA DE PELE ............................................................................................................................................ 82
3.1 Objetivos .................................................................................................................................................. 82
3.2 Preparo do ambiente .......................................................................................................................... 83
3.3 Materiais utilizados na limpeza de pele ...................................................................................... 86
3.4 Preparo do profissional ...................................................................................................................... 90
3.5 Cosméticos .............................................................................................................................................. 90
4 SEQUÊNCIA DA LIMPEZA ............................................................................................................................. 96
4.1 Orientações para a limpeza de pele .............................................................................................. 96
4.2 Protocolo geral de limpeza de pele ............................................................................................... 97
4.2.1 Higienização .............................................................................................................................................. 98
4.2.2 Avaliação .................................................................................................................................................... 99
4.2.3 Tonificação ...............................................................................................................................................103
4.2.4 Emoliência ...............................................................................................................................................104
4.2.5 Extração ....................................................................................................................................................107
4.2.6 Tônico calmante e antisséptico.......................................................................................................115
4.2.7 Alta frequência ...................................................................................................................................... 116
4.2.8 Massagem ................................................................................................................................................117
4.2.9 Máscara ..................................................................................................................................................... 118
4.2.10 Fotoproteção ........................................................................................................................................ 118
4.2.11 Orientação e profilaxia: prescrição cosmética ....................................................................... 120
4.2.12 Indicações ............................................................................................................................................. 120
4.2.13 Contraindicações ................................................................................................................................121Unidade III
5 PROTOCOLOS DIFERENCIAIS DE LIMPEZA DE PELE .........................................................................125
5.1 Protocolos de limpeza de pele ......................................................................................................125
5.1.1 Protocolo de limpeza de pele fotônica ....................................................................................... 125
5.1.2 Protocolo de limpeza de pele com extração por sucção ..................................................... 129
5.1.3 Protocolo de limpeza de pele com caneta extratora ............................................................ 133
5.1.4 Protocolo de limpeza de pele com peeling mecânico .......................................................... 135
5.1.5 Protocolo de hidratação e nutrição da pele ............................................................................. 140
5.1.6 Protocolo de hidratação da pele ....................................................................................................141
5.1.7 Hidratação e nutrição: iontoforese associada à massagem facial para 
hidratação e nutrição .................................................................................................................................... 144
5.1.8 Lista com princípios ativos de ação hidratante ....................................................................... 145
6 ACNE ..................................................................................................................................................................146
6.1 Fisiopatologia .......................................................................................................................................146
6.2 Lesões de acne .....................................................................................................................................148
6.3 Classificação quanto ao grau da acne .......................................................................................150
6.4 Classificação quanto à fase ou ao estadiamento ..................................................................151
6.5 Cicatrizes de acne ..............................................................................................................................151
6.6 Tratamento estético da acne .........................................................................................................152
6.6.1 Objetivo do tratamento da acne ................................................................................................... 152
6.6.2 Protocolo de limpeza de pele acneica ......................................................................................... 153
6.6.3 Protocolo para o tratamento de cicatrizes atróficas (sequelas de acne) ...................... 157
6.6.4 Tratamento domiciliar: orientações e prescrição ................................................................... 158
6.6.5 Orientações gerais ............................................................................................................................... 159
Unidade IV
7 TRATAMENTOS ESPECÍFICOS PARA AS ALTERAÇÕES FACIAIS .....................................................163
7.1 Envelhecimento ..................................................................................................................................163
7.1.1 Envelhecimento intrínseco ou cronológico .............................................................................. 164
7.1.2 Envelhecimento extrínseco .............................................................................................................. 166
7.1.3 Mudanças fisiológicas do envelhecimento ............................................................................... 172
7.1.4 Glicação do colágeno ......................................................................................................................... 176
7.1.5 Radicais livres ........................................................................................................................................ 177
7.1.6 Avaliação do envelhecimento ......................................................................................................... 179
7.2 Rugas .......................................................................................................................................................180
7.2.1 Principais músculos da face ............................................................................................................ 180
7.2.2 Avaliação de rugas .............................................................................................................................. 182
7.2.3 Princípios ativos firmadores ............................................................................................................ 188
8 MANCHAS HIPERCRÔMICAS ....................................................................................................................190
8.1 Tipos de melanina ..............................................................................................................................191
8.2 Melanogênese ou biossíntese da melanina .............................................................................192
8.3 Características do melasma ...........................................................................................................194
8.4 Classificações de melasma ..............................................................................................................194
8.5 Causas de melasma ...........................................................................................................................195
8.6 Tratamento estético ..........................................................................................................................196
8.7 Objetivos do tratamento estético ................................................................................................196
8.8 Protocolo para o tratamento de hipercromias .......................................................................197
8.9 Protocolo para o tratamento de manchas hipercrômicas pós-inflamatórias 
(sequelas de acne) .....................................................................................................................................197
8.10 Protocolo de revitalização facial: peeling ultrassônico com 
máscara cosmética ....................................................................................................................................198
9
APRESENTAÇÃO
A estética facial é a área da estética que promove a manutenção da saúde da pele da face, que é 
considerada o nosso cartão de visita. Quando encontramos com uma pessoa que não conhecemos, as 
primeiras impressões acontecem em decorrência do contato visual, registramos as características do 
rosto dessa pessoa, a cor da pele e dos olhos, alguma marca como cicatrizes, acne, presença de rugas, 
tipo de sobrancelha, maquiagem, enfim, alguma característica marcante presente na região facial.
A pele reflete a condição da vida da pessoa, ela fornece informações sobre a qualidade do sono, 
hábitos diários e cuidado. Se estamos passando por algum momento de estresse, doença na família, 
separações, muitas vezes a pele se apresenta opaca, sem brilho, viço, as olheiras se destacam. O contrário 
também ocorre: quando estamos felizes, realizados, em momentos de férias, nos alimentamos melhor, a 
pele se apresenta brilhante e com viço, demonstrando uma pele saudável.
Serão apresentadas as principais disfunções estéticas faciais e quais são os tratamentos mais indicados. 
O aluno irá aprender tratamentos para manter ou reestabelecer a saúde da pele como peelings, cosméticos, 
recursos tecnológicos, manuais, como as massagens e a drenagem linfática manual, que são implementadas 
em tratamentos para disfunções como acne, rugas, manchas, oleosidade, envelhecimento e cicatrizes.
Esta disciplina aborda o conhecimento da ciênciarelacionada à estética facial, as alterações e 
manifestações inestéticas passíveis de tratamentos estéticos, fornecendo bases para ampliação das habilidades 
aos futuros profissionais. Estuda os diversos tipos de tratamentos estéticos relacionados à face.
O profissional esteticista precisa ter conhecimento sobre as condições fisiológicas da pele e demais 
estruturas faciais, como tecido adiposo e muscular, bem como as alterações inestéticas que podem 
afetar esse segmento corporal, conhecer e reconhecer as disfunções estéticas, sua etiologia, principais 
características, os recursos e técnicas utilizadas para a avaliação facial e, assim, conseguir realizar o 
diagnóstico estético e o planejamento do tratamento.
Recursos que vão desde a eletrotermofototerapia a recursos manuais e cosméticos podem ser 
utilizados de forma isolada ou combinados entre si, dessa forma, a disciplina visa ampliar as habilidades 
dos futuros profissionais, a fim de que saibam executar uma avaliação e desenvolver um plano de 
tratamento estético de acordo com as particularidades e individualidades de cada cliente.
10
INTRODUÇÃO
O atendimento das disfunções estéticas faciais exige do aluno a integração de informações obtidas 
durante a avaliação, do conhecimento das disfunções estéticas faciais, bem como dos possíveis 
tratamentos realizados pelo profissional esteticista em cada caso e dos limites de sua atuação. 
Didaticamente, os conteúdos apresentados por esta disciplina são divididos por temas:
• Sistema tegumentar e sistema muscular.
• Tipologia da pele.
• Avaliação facial.
• Identificação das alterações cutâneas .
• Uso da ficha avaliação facial.
• Limpeza de pele.
• Orientações para a limpeza de pele.
• Sequência da limpeza.
• Protocolo de limpeza de pele.
• Protocolo de hidratação da pele.
• Protocolo de nutrição da pele.
• Tratamentos específicos para acne, envelhecimento, fotoenvelhecimento, revitalização facial, 
flacidez e manchas.
Figura 1 – Tratamentos faciais/estética facial
11
Por meio do estudo dessa disciplina, o aluno poderá identificar os tipos de pele, as manifestações 
clínicas e alterações faciais passíveis de tratamentos estéticos, bem como todos os possíveis tratamentos 
estéticos. Capacitando o aluno a realizar procedimentos como limpeza de pele, tratamentos específicos 
para acne, revitalização facial, flacidez tissular e muscular, manchas e interpretar as manifestações que 
não são passíveis de tratamento estético. Conhecer as indicações e contraindicações dos diferentes 
tratamentos estéticos faciais.
Para a OMS, o estado de saúde de um indivíduo está relacionado não somente à ausência de doença, 
mas com uma situação de absoluto bem-estar físico, mental e social, compreendendo o ser humano de 
forma holística. Dessa forma, a estética facial contribui de forma significativa para a saúde das pessoas, 
uma vez que muitas alterações faciais passíveis de tratamento estético, a exemplo da acne e suas 
sequelas, uma dermatose de curso prolongado, impactam na saúde psicológica, contribuem para baixa 
autoestima, isolamento social e ansiedade (SEGRE, 1997; TASSINARY, 2019).
13
TÉCNICAS EM ESTÉTICA FACIAL
Unidade I
1 INTRODUÇÃO À ESTÉTICA FACIAL
Das descrições da Rainha Nefertiti, século XIV, no Egito Antigo, até as pinturas de Leonardo da Vinci, 
a busca da beleza foi uma constante na história retratada nas obras dos grandes artistas e nos papiros, 
planta abundante no Egito utilizada como percussor do papel para registros escritos, objetos utilizados 
na época e na arte na forma de pinturas.
No museu do Louvre, em Paris, alguns objetos como taças de unguentos, paletas e pigmentos, jarras 
com produtos de maquiagem e colheres para pinturas demonstram os cuidados com saúde e beleza ao 
longo da história antiga. Objetos que auxiliavam na higienização do corpo com banhos, cuidados com 
os dentes, misturas de óleos, ceras, incensos, argilas e outras substâncias eram utilizadas para ressaltar 
a beleza, cuidar da pele e ressaltar a beleza de homens e mulheres que já utilizavam utensílios para 
promover a depilação, uma medida para prevenir parasitas.
Na Grécia, no Egito e em todo o Oriente Antigo, o poder dos óleos explorava as características 
particulares das plantas e minerais, utilizando-os nas massagens e na maquiagem, eram conhecidos e 
utilizados nos rituais diários de beleza (SOUZA, 2004).
Figura 2 – Busto da rainha Nefertiti, século XIV, Egito Antigo
Cleópatra, a rainha do Egito no século I a.C., também influenciou o hábito de cuidados com a pele 
que se modificaram ao longo dos tempos, mas se mantêm até os dias de hoje. Ela se destaca pelo uso 
de maquiagem e um dos elementos principais era a pintura utilizada para proteger os olhos do sol e de 
14
Unidade I
insetos, feita com khol, pigmento em pó rico em chumbo e óleo. Também difundiu o banho com leite de 
cabra, que mantinha a pele macia e jovem (LACRIMANTI; VASCONCELOS; PEREZ, 2014).
Figura 3 – Representação de Cleópatra, rainha do Egito
Em Roma, Popeia Sabina, segunda esposa do imperador de Roma, cuidava da pele do rosto com 
máscaras feitas com uma mistura de miolo de pão, farinha de favas (feijões) e leite de jumenta, acrescido 
de fragrâncias especiais. Podemos dizer que foi a percussora dos cremes faciais noturnos, que têm como 
marco o século II d.C. Galeno, quando um médico grego desenvolve um creme à base de cera de abelha, 
azeite de oliva e água (LACRIMANTI; VASCONCELOS; PEREZ, 2014).
Observa-se, no século XVI, uma especial atenção à beleza da parte superior do corpo, ressaltando 
a delicadeza da pele, a intensidade dos olhos e a harmonia dos traços. Nesse período, o empoamento 
do rosto era muito utilizado. Com o passar dos tempos, alguns aspectos se sobressaem. No século XVIII, 
a personalização dos penteados e o uso de cosméticos de acordo com o tom de pele de cada pessoa 
revelam a procura por realçar as características que marcam a identidade de cada um.
No século XIX, uma importante mudança marca o sentido da beleza, que se ajusta a uma mulher 
mais autônoma, que trabalha e, dessa forma, revela uma beleza dinâmica que alia leveza e libertação, 
que se contrapõem à ditadura da beleza estabelecida no século seguinte, à padronização da magreza 
como símbolo de beleza, à remoção cirúrgica de toda e qualquer marca que evidencie o processo de 
envelhecimento que impõe sacrifícios e buscas inatingíveis às mulheres (MORENO, 2008).
A história que aborda a beleza feminina aponta que, desde o século XVI, o conceito passou por 
alterações, como a valorização do rosto e do colo, dos volumes corporais e a sutil expressão dos 
sentimentos e o bem-estar da alma, modificando e ampliando os parâmetros da beleza (MORENO, 2008).
15
TÉCNICAS EM ESTÉTICA FACIAL
Atualmente, o sentido de beleza se multiplicou com o advento da internet, da globalização, das redes 
sociais; apesar de aproximar e intensificar a comparação com as celebridades, ocorre uma demanda 
por enaltecer a diversidade e a pluralidade das formas e manifestações de beleza, encorajando todos 
a encontrarem e ressaltarem o que lhes faz sentir belos e de bem consigo mesmo. Ocorre o fenômeno 
de democratização da beleza, o que caminha ao encontro do acesso aos recursos que nos auxiliam a 
encontrar o “nosso belo”. O culto dos elementos estéticos passa a ser relevante e afeta o comportamento 
dos indivíduos em relação a sua beleza. São centenas de produtos, equipamentos, técnicas e a formação 
de profissionais especializados para aliar os diversos recursos tecnológicos e cosméticos à restauração ou 
manutenção da saúde e da beleza das diversas regiões corporais, de forma minimamente invasiva, sem 
interferir na rotina e convivência social com os menores impactos e efeitos colaterais (MORENO, 2008).
A busca por recursos que melhorem a saúde é uma constante na sociedade, o que também está 
relacionada com o aumento da expectativa de vida. Em 1940, a expectativa de vida da população 
brasileira era de 50 anos, já em 2015, o IBGE indicavaum tempo médio de vida de 75,5 anos, são vários os 
fatores responsáveis por esse aumento, como a melhora da renda média da população, implementação 
e acesso ao saneamento básico e a informações de saúde e higiene, bem como o desenvolvimento da 
ciência e da saúde que passou por uma grande evolução nos campos do diagnóstico, tratamento e nas 
ações de prevenção. A população tem maior consciência da importância do investimento no cuidado 
com a saúde ao longo da vida para se ter um envelhecimento ativo e saudável, dessa forma, a procura e 
o investimento em recursos que retardem o envelhecimento é uma constante (OMS, 2015).
A palavra estética tem diversos significados, segundo o dicionário Michaelis, o termo estética foi 
cunhado pelo filósofo alemão Alexander Baumgarten (1714-1762), esse termo vem do grego aiesthétiké, 
diz respeito a nossa capacidade de receber impressões sensíveis dos objetos que nos cercam por meio 
dos cinco sentidos, a apreciação da beleza ou da combinação de qualidades que dão prazer aos sentidos. 
Ramo da filosofia, a ciência da reflexão sobre a arte e sobre o belo, na qual diversos filósofos em todos 
os tempos se debruçam para repensar sobre a experiência estética como arte e beleza. Também está 
relacionada à atividade profissional que visa à busca da beleza física por meio de tratamentos que 
empregam conhecimento, tecnologia e cosméticos para restaurar e embelezar a pele (HERWITZ, 1995; 
MICHAELIS, 2020).
A relevância e o apreço aos elementos estéticos afetam o comportamento das pessoas em relação a 
sua beleza e estimulam o investimento pessoal na busca por produtos e serviços que possibilitem sanar 
as preocupações e a vaidade em relação a sua aparência, que se traduzem em cuidados e a busca por 
tratamentos. Cuidar da saúde e da beleza tem relação com o conceito de imagem pessoal e profissional. 
Muitas vezes, são detalhes que, somados, constituem a imagem pessoal do indivíduo, que impactam a 
vida de homens e mulheres e transmitem a mensagem de cuidado, refletem na autoestima da pessoa e 
melhoram ou atrapalham as relações pessoais, sociais e de trabalho.
O cuidado com a manutenção do corte de cabelo ou da barba ou com a oleosidade excessiva da pele 
e cabelo, presença de acne, popularmente chamada de cravos e espinhas, quando não realizado pode 
interferir nessas relações. Ao passo que o autocuidado auxilia na formação da autoimagem coerente 
com o que realmente se é, estimula o amor-próprio e autoconfiança, que repercutem positivamente na 
vida da pessoa (STREHLAU; CLARO; LABAN NETO, 2015).
16
Unidade I
O segmento da estética se modificou ao longo dos últimos 20 anos, a introdução de inovações, troca de 
informações e aprimoramento técnico associados à constante evolução da ciência estética, das inovações 
na cosmetologia como os neurocosméticos, células-tronco de origem vegetal como ativos cosméticos, 
impulsionam a área e colocam o segmento da estética facial como uma das principais vertentes da área, 
contribuindo para o desenvolvimento de técnicas menos invasivas e eficazes de promover resultados 
satisfatórios para a melhora da estrutura da pele, uniformização de sua tonalidade e textura. Manutenção da 
hidratação e prevenção do envelhecimento precoce são tratamentos realizados rotineiramente nas clínicas de 
estética, sendo indispensável o conhecimento em anatomia e fisiologia da pele e das estruturas adjacentes.
Espera-se do profissional que atua na área da estética facial postura ética e que esteja preparado para 
interagir com uma equipe multiprofissional de forma harmônica e autônoma, de maneira a contribuir 
com o processo de restauração ou manutenção da beleza por meio de sua qualificação e atualização 
profissional, para oferecer de forma responsável e embasada no conhecimento técnico cientifico os 
melhores e mais adequados tratamentos para suprir as necessidades de cada cliente (PEREIRA, 2013).
1.1 Sistema tegumentar e sistema muscular
1.1.1 Sistema tegumentar
Para o esteticista, é fundamental o conhecimento detalhado sobre a pele, suas camadas, células, 
anexos, fisiologia e lesões que podem surgir em algum momento da vida do indivíduo, somente em 
posse desse conhecimento que você irá conseguir realizar o correto diagnóstico e planejar o melhor 
tratamento para cada cliente.
Assim, vamos juntos estudar a pele, esse tecido dinâmico e vivo, de forma detalhada. Ela e seus 
anexos (pelos e glândulas) fazem parte do sistema tegumentar, é considerada o maior órgão do corpo 
e o mais externo, reveste quase toda a superfície corporal, com exceção dos orifícios alimentares, 
olhos e a mucosa nasal. Faz a conexão dos órgãos internos aos estímulos externos, funciona como um 
envelope para o corpo, precisa estar saudável e íntegra para desempenhar diversas funções, como a 
proteção contra agentes químicos, como sabões, alvejantes, tintas, substâncias químicas que devem 
ficar na superfície cutânea; como também agentes biológicos, como bactérias, fungos e vírus, os quais 
não devem penetrar no organismo. Outra função que a pele realiza é a proteção de órgãos vitais de 
pequenos traumas e infecções, bem como a proteção dos efeitos prejudiciais da radiação solar, esta 
realizada pelos melanócitos, células localizadas na epiderme (HILL, 2016; TASSINARY, 2019).
Também tem a função de percepção das sensações táteis, devido aos inúmeros receptores e terminações 
que são receptores neurais que fazem a comunicação entre a superfície cutânea e o sistema nervoso 
central. Esses receptores captam sensações como toque, temperatura, vibração e pressão, o que desencadeia 
respostas como, por exemplo, um toque muito forte que pode promover sensação dolorosa ou aumento da 
temperatura externa que pode causar liberação de substância que promove a vasodilatação ou o rubor (HILL, 
2016; TASSINARY, 2019).
Outra função da pele é a síntese e absorção da vitamina D, que ocorre a partir da absorção da 
radiação ultravioleta B (UVB) do sol pela pele. A radiação UVB ativa substâncias precursoras de vitamina 
D que estão armazenadas nas camadas mais profundas da epiderme (estratos espinhoso e basal).
17
TÉCNICAS EM ESTÉTICA FACIAL
A vitamina D é fundamental para diversos processos do organismo como importante regulador da 
fisiologia osteomineral, em especial do metabolismo do cálcio e de outras funções, como a modulação 
da autoimunidade e síntese de interleucinas inflamatórias, controle da pressão arterial e regulação dos 
processos de multiplicação e diferenciação celular, bem como função antioncogênica (CASTRO, 2011; 
TASSINARY, 2019).
Respostas imunológicas são iniciadas pelas células de defesa que estão localizadas na epiderme, 
como as células de Langerhans, que detectam substâncias estranhas ao organismo, e os mastócitos, 
células presentes no tecido conjuntivo que armam a resposta inflamatória em caso de lesão na pele. 
Os mastócitos são células responsáveis pela liberação da histamina, um potente mediador químico 
responsável pela vasodilatação. A vasodilatação é uma reação que pode ser observada quando ocorre 
uma picada de inseto.
Figura 4 – Células de Langerhans em contato com agentes estranhos capturam-nos para impedir a invasão
• Conservação dos fluídos corporais, limitando a perda de água transepidérmica e a umidade 
excessiva, preservando a homeostase hídrica na epiderme (HILL, 2016).
• Excreção de substâncias pela pele, como líquidos e toxinas pelas glândulas sudoríparas, que 
também atuam como reguladores da temperatura corporal.
• Secreção de sebo pelas glândulas sebáceas tipo glandular constituído por ductos que desembocam 
em um folículo piloso, liberando seu conteúdo na superfície cutânea (LACRIMANTI; VASCONCELOS; 
PEREZ, 2014; JUNQUEIRA; CARNEIRO, ABRAHAMSOHN, 2014).
A face, assim como outros segmentos corporais, reúne tecidos que a compõem, interagem entre si e 
influenciam as características faciais, são eles os tecidos epitelial, conjuntivo, tecido adiposo, muscular, 
ósseo e cartilaginoso. Do nascer ao envelhecer passam por mudançasque influenciam a aparência de 
cada um de nós. O que comemos, o quanto de sol tomamos, o quanto nos hidratamos e as emoções que 
sentimos, tudo somado é refletido pela face.
18
Unidade I
É importante conhecer e entender como todos esses tecidos e elementos interagem para podermos 
realizar os tratamentos faciais.
A pele é constituída por duas camadas, a epiderme e a derme, suas porções epitelial e conjuntiva 
têm sua origem embrionária no ectoderma e no mesoderma, respectivamente, e estão acima da porção 
hipodérmica também denominada tela subcutânea. A espessura do tecido epitelial varia de acordo com 
a região corporal, em algumas regiões ele é considerado espesso, como nas plantas dos pés, palmas 
das mãos e nos joelhos. Em outras áreas, como na região facial, é classificado como fino ou muito 
fino, como é o caso da região palpebral (LACRIMANTI; VASCONCELOS; PEREZ, 2014; BORGES, 2016; 
WONG et al., 2015).
Epiderme
Derme
Hipoderme
Veia
Artéria
Papilas dérmicas
Poro
Pelo
Camada córnea
Músculo eretor do pelo
Glândula sebácea
Glândula sudorípara
Figura 5 – Tecido tegumentar
A espessura da pele também varia de acordo com a idade cronológica, o sexo e a constituição 
individual, quantidade de material componente e sua organização estrutural (ORIÁ, 2003; BORGES, 2016).
Camadas da epiderme
A epiderme é a camada mais externa, avascular (sem vasos sanguíneos ou linfáticos), formada por 
tecido epitelial, com células justapostas formando um epitélio estratificado, ou seja, formado por várias 
19
TÉCNICAS EM ESTÉTICA FACIAL
camadas de células. As células predominantes na epiderme são os queratinócitos, cerca de 80% do total 
de células que compõem essa camada da pele, eles sintetizam uma proteína denominada queratina, que 
confere proteção à pele.
Os queratinócitos estão organizados em quatro camadas, na maior parte do corpo, que se 
renovam de forma constante por meio da diferenciação dos queratinócitos localizados na camada 
mais profunda da epiderme, a camada basal. Esse processo é constante em um ciclo que dura em torno 
de 28 a 35 dias, mas pode ser mais longo em pessoas idosas, em torno de 45 dias, para a renovação 
completa da epiderme (HILL, 2016; TASSINARY, 2019).
Camada córnea
Camada de 
transição (lúcida)
Camada granulosa
Camada espinhosa
Camada basal
Membrana basal
Estrutura da epiderme
Migração 
celular na 
epiderme
Figura 6 – Renovação celular
Na região da face, a epiderme é composta por quatro camadas, a mais profunda é a basal, também 
denominada camada germinativa ou estrato germinativo, constituída por uma única fileira de células 
cúbicas, criando uma base sólida de pele. Abaixo dela encontra-se a derme, e acima, a camada espinhosa 
(HILL, 2016; TASSINARY, 2019).
A camada basal abriga um pequeno percentual, em torno de 10% de células-tronco, as quais se 
diferenciam lentamente em condições normais e, quando necessário, como em condições de injúria, há 
a presença de fatores de crescimento como TGFA, EGF e KGF, acontecendo o processo de mitose, ou 
seja, a multiplicação celular é estimulada (BORGES 2016; TASSINARY, 2019).
Em contrapartida, quando ocorre a presença de TGFB, retinoides e vitamina D3, ocorre a inibição da 
diferenciação dessas células-troncos e a multiplicação dos queratinócitos é estimulada. Os queratinócitos 
basais são divididos em dois tipos: células amplificadoras (50%) e células pós-mitóticas (40%), que se 
movem para a superfície da epiderme (BORGES 2016; TASSINARY, 2019).
20
Unidade I
Essas células se diferenciam e migram rumo à superfície em um processo que dará origem a outros 
estratos. Eles apresentam, no citoplasma celular, filamentos intermediários de queratina que se tornam 
mais numerosos à medida que os queratinócitos se movem em direção à superfície, nesse caminho rumo 
à superfície, os queratinócitos passam por muitas alterações. A medida que se distanciam da camada 
basal, sofrem com o distanciamento da fonte de nutrição, as células se achatam, perdem suas organelas 
e a membrana celular fica mais espessa à medida que a célula perde água, enrijecem e impermeabilizam 
de forma parcial a epiderme, contribuindo com a função de proteção exercida pela epiderme (BORGES, 
2016; HILL, 2016).
Uma outra célula presente na camada basal da epiderme é o melanócito (5% a 10%), célula grande 
que sintetiza melanina, pigmento que confere cor a pele, olhos e cabelo, cuja função é proteger o DNA 
celular contra a ação nociva da radiação ultravioleta A e B.
Elas estão localizadas entre os queratinócitos basais, em torno de um melanócito a cada oito 
queratinócitos, no seu interior estão presentes organelas intracelulares especializadas denominadas 
melanossomos, nas quais é sintetizada a melanina e, a partir dos prolongamentos dos melanócitos, 
ocorre a transferência do pigmento para o interior dos queratinócitos vizinhos, em torno de 30 a 40, que 
formam a unidade epidérmico-melânico (BORGES, 2016; HILL, 2016; TASSINARY, 2019).
 Observação
A proporção entre melanócitos e queratinócitos varia. Ao longo da vida, 
ocorre diminuição de melanócitos, o que afeta a capacidade de proteção da 
pele com o processo de envelhecimento.
Também estão nessa camada as células de Merkel (3%), pequenas estruturas denominadas receptores 
e são considerados de alta sensibilidade, são responsáveis pela percepção da sensação de toque, estão 
distribuídas na superfície cutânea de todo o corpo, porém são mais numerosos em mãos, dedos, pés e 
principalmente lábios e língua. Sua ativação ocorre a partir da deformação da pele produzida por uma 
pressão suave e contínua, como, por exemplo, é o que acontece durante a massagem, com a execução 
da manobra que tem o objetivo de entrar em contato com a pele do cliente, realizando o deslizamento 
superficial, de forma suave e delicada ou até mesmo a passagem de um pincel sobre a pele, e durante a 
higienização, durante o deslizamento do algodão (COHEN, 2001; BORGES, 2016).
A camada seguinte é a espinhosa, também denominada camada de Malpighi, é formada por oito a 
dez fileiras de células que variam de acordo com a região do corpo e outros fatores endógenos como 
hormônios e a vascularização, e fatores exógenos, como a radiação UV.
Aqui, os queratinócitos já passaram por algumas modificações, apresentam-se com formato poligonal, 
o que justifica serem também denominadas células espinhosas. Outras modificações importantes 
ocorrem, apresentando, assim, os primeiros sinais de queratinização. Os queratinócitos apresentam 
grande quantidade de filamento que se unem aos desmossomos, pequenas estruturas que interligam as 
células, conferindo resistência aos estresses físicos (HILL, 2016; TASSINARY 2019).
21
TÉCNICAS EM ESTÉTICA FACIAL
É nessa camada que estão localizadas as células de Langerhans, que correspondem de 2% a 8% das 
células da epiderme, elas fazem parte do sistema imunológico, são células dendríticas, menores que 
os queratinócitos, porém seus prolongamentos alcançam vários queratinócitos, defendendo a pele de 
possíveis invasores. Quando em contato com substâncias estranhas, como vírus ou bactérias, elas os 
capturam, fagocitam e transportam para os linfócitos T, que estão nos linfonodos do sistema linfáticos 
para que sejam eliminadas (BORGES, 2016; HILL, 2016).
 
Estrato córneo
Estrato lúcido
Estrato granuloso
Estrato espinhoso
Estrato basal
Membrana basal
Derme Melanócito na camada basal
Queratinócito basal
As estruturas da 
epiderme
Figura 7 – Estratos da epiderme
 Saiba mais
Fatores de crescimento são diferentes citocinas sintetizadas por células 
do próprio organismo, eles realizam a comunicação química entre elas e 
modulam a diferenciação ou inibição de diferentes tipos celulares. Para 
obter mais informações sobre esse tema, leia o artigo:
CIRILLO, V. et al. Uso de fatores de crescimento em cosméticos no 
combate ao envelhecimento cutâneo. Revista Eletrônica Biociências, 
Biotecnologia e Saúde, Curitiba, n. 13, p. 59-67, set.-dez. 2015. Disponível 
em: https://interin.utp.br/index.php/GR1/article/view/2297/1912.Acesso em: 
11 nov. 2020.
22
Unidade I
Quando as células alcançam a subcamada granulosa, tornam-se achatadas e seu citoplasma fica 
mais rico em grânulos de querato-hialina, ao mesmo tempo, o núcleo se desintegra, é um estrato com 
intenso metabolismo celular, com modificações dos elementos celulares para a formação de grânulos 
e outras substâncias, como glicoproteínas, ácidos graxos, fosfolipídios e glicoceramidas. Todas essas 
substâncias são importantes para a transição da camada granulosa para o estrato córneo. À medida que 
as células dessa camada ficam mais superficiais, elas deixam de ser banhadas pelo líquido extracelular, 
intensificam a desintegração do núcleo e as células morrem (HILL, 2016; TASSINAY, 2019).
A camada córnea é composta por células desidratadas, planas e largas, é a camada mais superficial 
da epiderme. Nesse estrato, as células já passaram por modificações físicas e bioquímicas que levam à 
formação de uma barreira lipídica extracelular, também denominado fator de hidratação natural (FHN), 
que atua na manutenção e homeostasia da água e de eletrólitos no interior do organismo, funciona 
como barreira protetora mecânica. Os peelings mecânicos ou químicos atuam nessa camada, facilitando 
sua descamação e promovendo a renovação celular.
Estrato córneoEstrato córneo
Estrato lúcidoEstrato lúcido
Estrato granulosoEstrato granuloso
Estrato espinhosoEstrato espinhoso
Estrato espinhosoEstrato espinhoso
Estrato basalEstrato basal
DermeDerme
Descamação do Descamação do 
estrato córneoestrato córneo
Figura 8 – As diferentes camadas da epiderme – descamação do estrato córneo
Junção dermoepidérmica
A epiderme se une à derme por uma fina lâmina, constituída por uma camada de glicoproteínas e 
proteoglicanas que funciona como uma barreira seletiva de filtração de substâncias que se deslocam 
entre a epiderme e a derme, promovendo a nutrição da epiderme.
23
TÉCNICAS EM ESTÉTICA FACIAL
A epiderme e a derme se unem por meio de projeções que apresentam diversas funções como suporte 
para epiderme, aumento da área de contato, garantia de aderência entre as camadas, bem como a 
nutrição, como já mencionado, formando uma barreira semipermeável. As projeções da epiderme em 
direção à derme são denominadas cristas epidérmicas e as projeções da derme em direção à epiderme 
são denominadas papilas dérmicas.
Cristas epidêmicas
Papilas dérmicas
Células de Merkel
Epiderme
Derme
Figura 9 – Junção dermoepidérmica
Camadas da derme
Abaixo da epiderme está localizada a segunda camada da pele, que é considerada uma camada de 
sustentação, constituída por tecido conjuntivo propriamente dito, ricamente vascularizada (sistema 
circulatório e linfático), abriga nervos, receptores sensoriais e alguns tipos celulares, como fibroblastos, 
células dendríticas e mastócitos, linfócitos, macrófagos e leucócitos. Também é nessa camada que 
encontramos os anexos cutâneos.
É importante retomar os conhecimentos de anatomia e fisiologia desse tecido, pois muitas das 
alterações que são tratadas pelo esteticista acomete essa porção da pele, assim os recursos que 
são utilizados para o tratamento das disfunções faciais visam mudanças e interações com os 
componentes dessa região.
A célula mais abundante é o fibroblasto, uma célula grande em formato estrelado. Como sintetiza 
os componentes da matriz extracelular, o retículo endoplasmático rugoso e o complexo Golgiense, 
organelas que participam da síntese de proteínas, são bem desenvolvidos.
Saiba que essa camada apresenta espessura que varia entre 0,6 mm em regiões de pele fina como 
a face e até 3 mm em outras áreas, como a região dorsal masculina. Essa diferença de espessura 
da derme ocorre principalmente pela variação na quantidade de material presente e a organização 
estrutural dessa camada, fatores que variam com a idade, sexo, etnia, influenciando as funções da derme, 
como força, elasticidade e estrutura.
24
Unidade I
Com o processo de envelhecimento, alterações na estrutura e no funcionamento do tecido conjuntivo 
ocorrem, essas alterações acentuam-se nas últimas décadas de vida, ocorre diminuição da rede vascular, 
atividade dos fibroblastos e mudanças da matriz extracelular, que iremos estudar mais profundamente 
em breve (LAPIÈRE, 1990; TSUJI; HAMADA, 1981).
A derme apresenta duas camadas que se diferenciam pelas características de seus componentes e 
consequentemente sua função. A região mais superficial dessa camada é denominada derme papilar ou 
derme superficial, sua principal função é o suporte que proporciona à epiderme, fornecendo nutrientes, 
oxigenação e hidratação. Também contribui com a regulação da temperatura corporal por meio dos 
mecanismos de vasodilatação e vasoconstrição do sistema sanguíneo (TASSINARY, 2019; HILL, 2016).
Como já mencionado, a derme é constituída por tecido conjuntivo propriamente dito, que na camada 
papilar é frouxo e na camada reticular é denso não modelado, uma característica que indica uma 
diferença muito importante na sua função e constituição das regiões. As fibras de colágenos e elastina 
predominantes nessa porção são finas e se projetam verticalmente para se encaixarem na epiderme 
ocupando a região das papilas. Aqui se concentram os fibroblastos, vasos sanguíneos de menor calibre, 
capilares linfáticos, receptores sensoriais denominados corpúsculos de Meissner, todas essas estruturas 
banhadas por substância amorfa, rica em glicosaminoglicanos (GAGs), que preenchem os espaços entre 
fibras, células e vasos, retêm água e conferem espessura ao tecido.
Já na derme reticular, as fibras de colágeno e elastina dessa camada são grossas e dispostas 
horizontalmente, formando feixes densos, posicionados paralelamente com a superfície da pele, conferindo 
resistência à tração. Nessa camada também há presença de fibroblastos em menor concentração. Além 
de sintetizar as fibras de colágeno e elastina, participa da produção de outras substâncias que compõem 
a derme com as glicoproteínas, o ácido hialurônico e as proteoglicanas, que retêm água nesse tecido 
e formam um gel, contribuindo com a resistência da pele às forças de tensão e compressão, ainda 
sintetizando fatores de crescimento que modulam a proliferação e a diferenciação celular.
O equilíbrio entre a produção e a degradação do colágeno mantém a normalidade do tecido. Nesse 
sentido, a presença das enzimas colagenase e estromelisinases, que são metaloproteinases de matriz, 
fazem parte das proteinases, ou seja, são proteínas que agem como enzimas, e sua função é a degradação 
das fibras de colágeno, esse processo é denominado remodelagem da matriz extracelular (LADEIRA, et al., 
2011; BORGES, 2016).
Outros receptores localizados na derme são os corpúsculos de Pacini e as terminações de Ruffini, 
localizados em menor densidade e mais profundamente na derme. Podem ser ativados quando se inicia 
ou se interrompe o contato com o objeto, ou seja, são ativados por pressão intermitente, estímulos de 
estiramento da pele.
As terminações nervosas livres que também estão na derme funcionam como um alarme do organismo 
aos estímulos que podem provocar uma lesão. Essas estruturas captam a informação dolorosa, como, 
por exemplo, quando tocamos em objetos pontiagudos ou um toque com tamanha força que provoque 
dor (COHEN, 2001).
25
TÉCNICAS EM ESTÉTICA FACIAL
Veja na imagem a seguir a localização dos mecanorreceptores, estruturas que fazem parte do sistema 
sensorial e estão localizados na pele.
 
Corpúsculo de Meissner
Corpúsculo de 
Pacini
Corpúsculo de 
Rufini
Disco de Merkel Terminação 
nervosa livre
Glândula Glândula 
sudoríparasudorípara
Derme
Epiderme
Figura 10 – Junção dermoepidérmica
Glicosaminoglicanas
As glicosaminoglicanas são um conjunto de substâncias que estão presentes na substância 
fundamental amorfa que compõe a matriz extracelular. São um tipo de açúcar composto por duas 
unidades que se repetem ligados a um ácido urônico. Entre elas, encontramos o tão comentado 
ácido hialurônico, cuja sínteseocorre na membrana plasmática do fibroblasto. Esse polissacarídeo 
glicosaminoglicano de alto peso molecular pode ser encontrado na matriz extracelular associado às 
proteoglicanas, a outros mucopolissacarídeos e à água (SALLES et al., 2011; BORGES, 2016; MONTANARI, 
2016; TASSINARY, 2019).
Essa substância realiza a hidratação, lubrificação e estabilização da matriz extracelular dificultando 
a passagem de microrganismos, além de contribuir para o preenchimento do tecido e participar do 
processo de cicatrização (MONTANARI, 2016; SALLES et al., 2011)
Vascularização
A derme é ricamente vascularizada e é responsável pela nutrição, termorregulação, reparo tecidual, 
manutenção da pressão arterial e respostas imunológicas. Ela ocorre por meio de dois plexos que estão 
dispostos paralelamente e se comunicam. O mais superficial, localizado abaixo das papilas dérmicas, 
responsável pela vascularização da derme, é denominado plexo subpapilar e é constituído por capilares, 
arteríolas e vênulas das papilas dérmicas.
26
Unidade I
Mais profundamente, na região dermo-hipodérmica, localiza-se o plexo inferior ou plexo cutâneo, 
formado por vasos de maior calibre e perfurantes dos músculos que estão logo abaixo da pele (BORGES, 
2016; TASSINARY, 2019).
Músculo eretor do pelo
Glândula sebácea
Folículo piloso
Raiz do pelo
Vaso sanguíneo da derme
Tela subcutânea
Derme
Epiderme
Plexo subcapilar
Plexo cutâneo
Eixo do pelo
Figura 11 – Anexos da pele
Anexos cutâneos
Na derme, encontramos os anexos cutâneos, entre eles as glândulas sebáceas e sudoríparas. Estas, 
além da própria função de secreção e excreção realizada por cada uma delas, também são consideradas 
vias para introdução de cosméticos, essa função também ocorre nos folículos pilosos.
 
Epiderme
Derme
Camada 
adiposa
Cabelo Poro
Figura 12 – Anexos da pele
27
TÉCNICAS EM ESTÉTICA FACIAL
As glândulas sudoríparas são como ductos retos na porção mais superficial e curso enovelado na 
sua porção mais profunda, que encaminham o suor para fora do organismo, desembocando na pele 
por orifício denominados poros. Elas estão distribuídas por toda a superfície cutânea. Na face, glândula 
sudorípara presente é do tipo écrina, ela desemboca diretamente na superfície cutânea. Adultos em 
condições normais secretam em torno de 100 a 500 mL de suor por dia (HILL, 2016; TASSINARY, 2019).
O produto secretado por essas glândulas apresenta em sua constituição água, proteína, sódio, 
potássio, ureia, amônia, lactato, aminoácidos, ácido úrico entre outros.
Estão entre as funções desse tipo glandular contribuir com a manutenção da hidratação da pele por 
meio da secreção desse fluído que apresenta fatores hidratantes como o lactato, a ureia além do sódio 
e do potássio. Também atua na hidratação ao se misturar ao sebo quando atinge a superfície cutânea, 
mantendo a saúde desse tecido pelo auxílio na manutenção da microbiota da pele (DAL GOBBO, 2010; 
BORGES, 2016; HILL, 2016; TASSINARY, 2019)
Na área da estética facial, utilizamos muitos cosméticos. Eles são permeados por meio da pele com ou 
sem auxílio de equipamentos de eletroterapia e as glândulas sudoríparas são estruturas muito importantes 
para a penetração desses ativos presentes nos cosméticos, uma vez que são ricas em sódio e potássio, 
facilitam a permeação desses ativos, pois esses íons que penetram pelas glândulas são transportados para a 
circulação capilar através das arteríolas que irrigam a base das glândulas (BORGES, 2016; TASSINARY, 2019).
Na imagem a seguir, você pode observar o esquema da glândula sudorípara e em evidência sua 
porção secretora e a porção condutora, pela qual o suor que foi produzido é transportado para ser 
liberado na pele.
Figura 13 – Glândula sudorípara
28
Unidade I
As glândulas sebáceas são pequenas estruturas, constituídas por um curto ducto, de epitélio 
estratificado pavimentoso secretoras de sebo. Na sua composição, são encontradas porções de colesterol, 
ácidos graxos, ésteres, triglicerídeos e escaleno. Essa mistura é liberada pela glândula no folículo piloso 
sendo conduzida para a superfície cutânea. A quantidade de sebo produzida pelas glândulas varia de 
acordo com idade e região, sendo estimulada pela atividade hormonal, uma vez que são importante sítio 
de atividade dos andrógenos.
O conjunto formado por uma glândula sebácea, um folículo piloso e o músculo eretor do pelo, é 
chamado unidade pilossebácea. As maiores glândulas sebáceas são encontradas na face e no tronco 
superior. O número de glândulas sebáceas não altera ao longo da vida, porém seu tamanho e atividade 
podem se diversificar com variações hormonais, principalmente dos hormônios andrógenos (HILL, 2016; 
ZOUBOULIS, 2004).
Pelo
Epiderme
Tecido 
epitelial
Glândula 
sebácea
Figura 14 – Unidade pilossebácea
Já na camada córnea, o sebo se une ao suor e forma uma mistura denominada manto hidrolipídico. 
A função do sebo é a lubrificação da pele e pelos, contribui com a manutenção do pH ácido da pele, 
em torno de 5,5, e equilíbrio da microbiota residente, quando em quantidades fisiológicas, dessa forma, 
dificulta o crescimento de microrganismos oportunistas, além de manter a maciez da pele (BORGES, 2016).
Folículo piloso
Os folículos pilosos estão distribuídos por praticamente toda a superfície corporal, essa estrutura tem 
a função de revestimento e produção do pelo. Estão anexados ao folículo piloso o músculo 
eretor do pelo e a glândula sebácea. Esse conjunto de estruturas é denominado unidade pilossebácea 
e está localizada na derme, mas é uma haste rodeada de revestimento epitelial em continuidade com 
a epiderme, ou seja, o pelo se origina de uma invaginação da epiderme, observe a figura anterior (DAL 
GOBBO, 2010; BORGE, 2016; TASSINARY, 2019).
O pelo recobre o corpo com a função de proteger contra as alterações de temperatura e contribuir 
com homeostasia térmica, função sensorial, proteger da radiação ultravioleta e de partículas externas 
ao corpo. Ele é composto por queratina e, na região da face, encontramos predominantemente pelos 
muito fininhos denominados velo ou lanugo (BORGES, 2016; HILL, 2016; TASSINARY, 2019).
29
TÉCNICAS EM ESTÉTICA FACIAL
pH
A sigla pH refere-se ao potencial hidrogeniônico, é uma escala muito utilizada, indica a acidez, 
alcalinidade ou neutralidade de um meio. Esse índice é especialmente importante para os tratamentos 
faciais, pois as alterações de pH estão relacionadas com a manutenção da saúde da pele, ele é considerado 
um importante indicador funcional da pele, dessa forma, para você, aluno, futuro profissional, que irá 
realizar procedimentos para restaurar o equilíbrio da produção de sebo, tratar acne, hidratar, aplicar 
peelings químicos, é imprescindível entender de pH e conhecer o pH da pele e as possíveis alterações 
(LEONARDI; GASPAR; CAMPOS, 2002; BORGES 2016).
Os valores médios do pH fisiológico cutâneo é ácido, considerado uma “proteção ácida da camada”, 
aproximadamente entre 4,6-5,8, ele influencia as atividades bactericida e fungicida da pele, 
fundamentais para a saúde do indivíduo. O pH pode variar de acordo com a região do corpo, fatores 
externos (como por exemplo sabonete, outros cosméticos e temperatura) e fatores hormonais. A pele 
feminina apresenta pH médio de 5,5 e os homens apresentam uma pequena variação, ficando em 
torno de 5 (LEONARDI; GASPAR; CAMPOS, 2002; BORGES 2016).
O pH fisiológico da pele da face fica em torno de 4,7, resulta da combinação e concentração das 
substâncias hidrossolúveis da camada córnea, das secreções sudorípara e sebácea, bem como do ácido 
carbônico que chega à superfície da pele por difusão pela junção dermoepidérmica (PEREIRA, 2013; 
BORGES 2016). O pH da pele facial de homens e mulheres é diferente, dessa forma o esteticista deve 
orientar quais são os produtos mais indicados para cada um.
As secreções cutâneas promovem o restabelecimento do pH fisiológico, que se altera por ação 
de detergente, água quente, desequilíbrios hormonais, alterações climáticas,entre outros fatores, 
contribuindo com a função protetora da pele (LEONARDI; GASPAR; CAMPOS, 2002; BORGES 2016).
 Lembrete
O pH da pele facial de homens e mulheres é diferente, dessa forma 
o esteticista deve orientar quais são os produtos mais indicados para os 
cuidados diários e tratamentos.
Tela subcutânea
Logo abaixo da derme temos o tecido adiposo, também chamado tela subcutânea, uma camada 
constituída por tecido conjuntivo frouxo especializado, repleto de grandes células adiposas, que 
apresentam diâmetro de aproximadamente 70 micrometros (μm), mas pode chegar até 200 μm. Estão 
presentes os macrófagos, vasos sanguíneos que formam uma rede profunda, e substâncias como os 
proteoglicanos e glicosaminoglicanos (BORGES, 2016; MONTANARI, 2016).
O tecido adiposo localizado na face é do tipo amarelo, rico em adipócitos que armazenam lipídios 
em seu interior na forma de moléculas de triacilgliceróis, que formam uma única grande vesícula, que 
deslocam o núcleo para a periferia da célula.
30
Unidade I
Mitocôndria
Gota 
lipídica
Núcleo
Figura 15 – Tecido adiposo
Os ácidos graxos armazenados pelo adipócito são provenientes da nossa dieta. Quando ocorre 
aumento da insulina após a alimentação, algumas reações químicas são estimuladas e ocorre a 
lipogênese, formação de reserva energética. E quando necessário, em situações de déficit de energia 
a lipólise é estimulada, uma outra reação, na qual os triglicerídeos são hidrolisados, liberando moléculas 
menores que são os ácidos graxos e o glicerol para a corrente sanguínea. Essa cascata de eventos é 
desencadeada quando são detectadas baixas concentrações de glicose, o que estimula a produção de 
hormônios catabólicos como a adrenalina por exemplo, consequentemente ocorre a diminuição do 
volume do adipócito (BORGES, 2016; MONTANARI, 2016; TASSINARY, 2019).
Estas são organizadas em lóbulos separados por septos fibrosos, que formam compartimentos. 
É um tecido vascularizado e inervado, com diversas funções como proteção contra traumas, reserva de 
energia, preenchimento do espaço entre os tecidos, regulação do metabolismo hormonal e modelagem 
corporal (BORGES, 2016; WONG, 2016; TASSINARY, 2019)
Figura 16 – Tecido adiposo
Na região da face, o tecido adiposo contém uma rede de fibras de tecido conjuntivo que se conecta 
com a aponeurose muscular e facilita o deslizamento da musculatura durante a contração muscular.
31
TÉCNICAS EM ESTÉTICA FACIAL
Também são encontrados densos compartimentos de gordura, parecidos com uma almofada, 
concentrados em algumas regiões da face: região periorbicular dos olhos, temporal, perioral, terço 
médio da face, bochecha, região mandibular e mento, que contribuem com o volume e contorno facial, 
enquanto a pálpebra não apresenta esse tecido (COLEMAN; SABOEIRO; SENGELMANN, 2008; COIMBRA; 
URIBE; OLIVEIRA, 2014; BORGES, 2016).
Gordura orbital superior
Gordura orbital inferior
Gordura orbital lateral
Gordura da bochecha medial
Gordura da bochecha do meio
Gordura nasolabial
Gordura da bochecha temporal lateral
Extensão bucal da gordura bucal
Gordura infraorbicular parte lateral
Gordura infraorbicular parte medial
Gordura da bochecha medial profunda parte medial
Gordura da bochecha medial profunda parte lateral
Extensão bucal da gordura bucal
Espaço Ristow
Figura 17 – Compartimentos de tecido adiposo facial
A tela subcutânea apresenta em sua constituição uma rede de fibras de tecido conjuntivo denso, que 
conecta os músculos da mímica facial à pele, essa camada fibromuscular é denominada SMAS, sistema 
subcutâneo músculo-aponeurótico, realiza a importante função de sustentação da pele (VASCONCELLOS 
et al., 2003; SILVA; ABOUDIB; CASTRO, 2010).
Fáscia parotídeaFáscia parotídea
SMASSMAS
PelePele
Fáscia Fáscia 
temporoparietaltemporoparietal
Fáscia Fáscia 
temporal temporal 
profundaprofunda
Figura 18 – Sistema subcutâneo músculo-aponeurótico (SMAS)
32
Unidade I
Em se tratando de processo de envelhecimento e flacidez facial é uma das estruturas alvo para o 
tratamento de rejuvenescimento proporcionando firmeza para a pele.
1.1.2 Músculos da face
Para finalizar os aspectos relacionados à anatomia e composição do complexo facial, vamos abordar 
o estudo dos músculos faciais, denominados músculos da expressão facial. Aprender o esquema das 
fibras musculares e o sentido da contração muscular nos faz assimilar como ocorre a formação das rugas 
que estão relacionadas à mímica facial, iremos abordar esse aspecto posteriormente.
Como já mencionado, os músculos faciais estão conectados à pele pelo SMAS, sendo assim, 
influenciam na movimentação e formação das expressões faciais, uma vez que a pele se molda ao 
movimento estimulado pela contração da musculatura, formando as rugas e os sulcos. A movimentação 
da musculatura facial nos auxiliam a expressar os sentimentos, sensações, além de promoverem funções 
fisiológicas e de proteção, como a proteção e lubrificação do globo ocular, a fala e a ingestão de alimentos.
São de contração voluntária, inervados pelos ramos do VII par de nervos cranianos, são músculos 
superficiais e estão ligados à pele por pelo menos uma de suas extremidades. Quando se contraem, 
promovem uma alteração e adaptação da pele, que para se ajustar forma depressões e elevações, as 
quais chamamos de rugas e sulcos. As rugas se formam no sentido perpendicular das fibras musculares 
(DAL GOBBO, 2010; COIMBRA; URIBE; OLIVEIRA, 2014; BORGES, 2016).
2 AVALIAÇÃO FACIAL
2.1 Tipologia da pele
Em se tratando de um tecido dinâmico e complexo, sua classificação demanda avaliação minuciosa 
e multifatorial. Faça uma pequena experiência e analise a pele de algumas pessoas ao seu redor, observe 
que a pele de cada pessoa é única e se diferencia na textura, cor, brilho, consistência, uniformidade, 
esses são aspectos que variam de acordo com a idade, etnia, sexo, genética, estado de saúde entre 
outras variáveis.
Dessa forma, a pele pode ser classificada utilizando vários métodos, levando em consideração essas 
diferentes variáveis mencionadas.
A primeira classificação da pele facial foi proposta pela cosmetóloga e empresária Helena Rubinstein 
no início do século XX e até hoje é amplamente utilizada. Ela levou em consideração três fatores, a 
hidratação, quantidade lipídeos/oleosidade e a sensibilidade da pele, gerando quatro categorias 
ou condições de pele, são elas: eudérmica ou normal, lipídica ou oleosa, alípica ou seca e mista ou 
combinada (BAUMANN, 2006; HILL, 2016).
33
TÉCNICAS EM ESTÉTICA FACIAL
Esses biotipos cutâneos se diferenciam pela quantidade de secreção que é o produzida e secretada 
pelas glândulas sebáceas, o que pode ser influenciado quando algumas condições, como desequilíbrios 
orgânicos (variação hormonal de acordo como a idade), comportamentais (como alimentação 
rica laticínios e açúcares) ou ambientais (clima) (KAMIZATO, BRITO, 2014; SCIPIONI; MONTEIRO; 
SOLDATELI, 2015).
A seguir, você estudará quais são as características que cada biotipo cutâneo apresenta.
Biotipo eudérmico
Também chamado de normal: há um predomínio do equilíbrio entre a produção de sebo e a retenção 
de água, dessa forma, a pele apresenta pH fisiológico que fica em torno de 5,5. Esse equilíbrio confere 
à pele bom nível de hidratação, aspecto liso e aveludado, uniforme, flexível, com um brilho natural e 
saudável. Esse biotipo cutâneo é decorrente da combinação da hereditariedade e bons hábitos (DAL 
GOBBO, 2010; LACRIMANTI; VASCONCELOS; PEREZ, 2014).
Considerada a pele ideal:
• apresenta equilíbrio entre o conteúdo hídrico e graxo, mostrando-se naturalmente hidratada pela 
eficiente película hidrolipídica que é formada;
• apresenta pele macia;
• não apresenta dilatação de óstios, que ficam praticamente imperceptíveis;
• quase não apresenta comedões;
• apresenta aspecto corado e sem brilho excessivo;
• apresenta espessura mediana;
• apresenta tônus e elasticidade uniformes.
Você pode usar como referência a imagem da pele da criança de até 10 anos de idade como padrãoda pele eudérmica, uma pele vibrante que reflete a saúde (BAUMANN, 2006; PEREIRA, 2013).
34
Unidade I
Figura 19 – Biotipo eudérmico/normal; à direita, imagem da região nasal obtida pelo dermatoscópio portátil
Biotipo lipídico
Esse biotipo cutâneo é popularmente chamado de pele oleosa, sua principal característica é a 
excessiva produção de sebo pelas glândulas sebáceas, também secreta maior quantidade de suor pelas 
glândulas sudoríparas, conferindo à pele aspecto untuoso e pH mais alcalino, o que resulta em uma 
pele mais resistente a agressões externas, porém facilita o acúmulo de sebo nos orifícios pilossebáceos, 
formando os comedões.
Principais características:
• produção excessiva de sebo;
• camada córnea mais espessa;
• aspecto untuoso/brilhoso;
• óstios dilatados principalmente na região centrofacial;
• maior propensão à acne e comedões fechados;
• produção sudoral também aumentada;
• em geral é mais resistente, envelhecendo mais lentamente.
35
TÉCNICAS EM ESTÉTICA FACIAL
Esse biotipo cutâneo é subdividido em:
• Lipídico desidratado: algumas áreas com oleosidade, porém outras áreas podem apresentar 
descamações em virtude da falta de água no tecido.
• Lipídico seborreico: popularmente conhecida como untuosa, em decorrência do intenso 
aspecto brilhante.
• Lipídico acneica: apresenta em associação à oleosidade diferentes tipos de lesões acneicas, como 
os comedões, pápulas e pústulas (BAUMANN, 2006; PEREIRA, 2013).
Figura 20 – Biotipo lipídico/oleoso; à direita, imagem da região nasal obtida pelo dermatoscópio portátil
Biotipo alípico
Esse biotipo apresenta carência na produção de sebo, o que promove falta de umidade e hidratação 
da pele, ou seja, as glândulas sebáceas e sudoríparas desse biotipo cutâneo não produzem suas secreções 
de forma equilibrada. Ele também é denominado de pele seca. O pH desse biotipo cutâneo é o mais ácido 
entre os biotipos.
Principais características:
• produção sebácea insuficiente;
• pele opaca, sem brilho;
• espessura fina com aspecto descamativo;
36
Unidade I
• pouco elástica;
• maior tendência à formação de finas rugas;
• óstios fechados, praticamente não aparecem;
• é um biotipo que está sujeito ao aparecimento de telangiectasias e rugas precoces.
Esse biotipo pode receber uma subclassificação de alípico desidratado, quando a pele apresenta a 
incapacidade de reter água na pele. Além da desidratação, observa-se maior sensibilidade, descamação 
e aspereza (DALL GOBBO, 2010; BAUMANN, 2006; PEREIRA, 2013).
Figura 21 – Biotipo alípico/seco
Biotipo misto ou combinado
É um biotipo cutâneo muito comum, a pessoa apresenta uma área lipídica, geralmente a zona 
central ou zona T da face, que inclui a região frontal, nariz e a região mentoniana, enquanto a regiões 
laterais têm características encontradas na pele eudérmica ou alípica (DALL GOBBO, 2010; BAUMANN, 
2006; PEREIRA, 2013).
Principais características:
• leve ressecamento nas laterais do rosto;
• pouco brilho;
• oleosidade na zona t;
• óstios dilatados na zona t.
37
TÉCNICAS EM ESTÉTICA FACIAL
Figura 22 – Biotipo misto/combinado: oleosidade zona T
A pele pode apresentar outras características que devem ser levadas em consideração, como a 
sensibilidade e a desidratação, essas mudanças são alterações da normalidade da pele.
Pele sensível
A pele pode ainda ser ou estar sensível. Um tipo desafiador de pele para ser tratado. Na prática 
clínica, tem-se observado o aumento de relatos sobre a sensibilidade da pele, são inúmeros os fatores 
que podem estar relacionados a essa queixa, como mudanças climáticas, alimentação, poluição, uso de 
cosméticos inadequados.
A pele seca é mais predominante nas mulheres saudáveis em idade fértil. Enquanto a pele eudérmica 
raramente apresenta eitema (vermelhidão), a pele sensível apresenta eritema de forma regular e reage 
imediatamente a estímulos externos como alteração de temperatura, cosméticos e estado emocional.
Principais características:
• pele hiper-reativa;
• presença de telangiectasias;
• fraqueza da camada córnea, aspecto fino – a pele fica mais vulnerável fatores exógenos;
• reage mais a cosméticos;
• hiperemia com facilidade;
• pele frágil, irrita e inflama facilmente.
38
Unidade I
A dermatologista Leslie Baumann (2006) relata que são quatro subtipos diferentes de pele sensível:
• Sensível acneica: que apresenta lesões não inflamatórias como comedões abertos e fechados.
• Sensível com rosácea: apresenta predisposição a apresentar rubor facial e sensação de calor.
• Sensível com ardor: a pessoa que apresenta esse tipo de sensibilidade relata a sensação de ardor 
ou queimação.
• Sensível alérgico: apresenta predisposição a apresentar eritema, prurido/coceira e descamação 
da pele.
Pele desidratada
O desbalanço nas proporções dos componentes do estrato córneo, como ceramidas, colesterol e 
ácidos graxos, promove um conjunto de alterações, como a diminuição da capacidade de retenção de 
água, tornando-se vulnerável a agentes externos. A pele fica sensível e pode desenvolver a xerose, que 
é um ressecamento anormal da pele (BAUMANN, 2010).
Principais características:
• apresenta espessura fina;
• opaca e áspera ao toque;
• tendência ao desenvolvimento de rugas.
Pele espessa
A pele pode estar espessa, sem brilho, opaca, sem viço e com aparência grosseira.
Pele desvitalizada
Essa terminologia é utilizada para se referir à pele sem viço, opaca e com flacidez.
2.1.1 Características que permitem a avaliação da pele
Existem diversas formas para se avaliar a pele facial, de acordo com diferentes aspectos e com o 
objetivo do tratamento. Essas características podem ser combinadas ou avaliadas separadamente.
O tecido tegumentar pode ser avaliado quanto à(ao):
• produção sebácea – lubrificação;
• grau de hidratação;
39
TÉCNICAS EM ESTÉTICA FACIAL
• espessura/textura;
• produção da melanina – pigmentações;
• grau de envelhecimento;
• tônus dos músculos;
• presença de lesões elementares.
O crescimento do mercado da beleza e o desenvolvimento da indústria cosmética se intensificam 
após o ano 2000. Para se ter uma ideia do desenvolvimento desse setor, no ano de 2011, o setor de 
higiene pessoal, perfumaria e cosmético cresceu 18,9% em comparação ao ano anterior. Os produtos 
para o cuidado da pele se tornam mais específicos, eficazes e práticos, visam atender as particularidades 
de cada pele e disfunção (PEREIRA, 2013).
Diante das inovações, evolução da indústria e das mudanças que ocorreram na legislação, chega 
ao mercado os cosmecêuticos, produtos cosméticos com propriedades biológicas, que podem alterar as 
características da pele, o que os difere dos cosméticos, que higienizam e adornam a pele (BAUMANN, 
2010; PEREIRA, 2013).
Para aquele momento, a forma já estabelecida de se avaliar a pele se mostrou limitada para 
contribuir com médicos, esteticistas e consumidores na identificação dos produtos mais adequados 
para cada pele. Assim, Leslie Baumann (2006), dermatologista americana, se propõe a ampliar a forma 
de avaliar e classificar a pele, abrangendo mais características observadas clinicamente como resistência 
ou sensibilidade, pigmentação e tendência na formação de rugas.
Em 2006, Baumann, desenvolve um novo sistema de avaliação, chamado de Baumann SkinTyping 
System (BSTS), uma nova abordagem, que expande a classificação para 16 categorias, o que contribui 
para a escolha do produto mais indicado para cada tipo de pele.
Considera quatro parâmetros fundamentais:
I – Hidratação: oleosa/seca.
II – Sensibilidade: sensível/resistente.
III – Pigmentação: pigmentada/não pigmentada.
IV – Tendência à formação de rugas: enrugada/firme.
Combinados, geram uma divisão em 16 possíveis tipos de pele:
I – oleosa, sensível, pigmentada e propensa a rugas;
II – oleosa, sensível, pigmentada e firme;
40
Unidade I
III – oleosa, sensível, não pigmentada e propensa a rugas;
IV – oleosa, sensível, não pigmentada e firme;
V – oleosa, resistente, pigmentada e propensa a rugas;VI – oleosa, resistente, pigmentada e firme;
VII – oleosa, resistente, não pigmentada e propensa a rugas;
VIII – oleosa, resistente, não pigmentada e firme;
IX – seca, sensível, pigmentada e propensa a rugas;
X – seca, sensível, pigmentada e firme;
XI – seca, sensível, não pigmentada e propensa a rugas;
XII – seca, sensível, não pigmentada e firme;
XIII – seca, resistente, pigmentada e propensa a rugas;
XIV – seca, resistente, pigmentada e firme;
XV – seca, resistente, não pigmentada e propensa a rugas;
XVI – seca, resistente, não pigmentada e firme.
Essa avaliação tem uma particularidade, é indicado que em caso de mudanças importantes que 
possam ocorrer na vida do cliente, como alterações hormonais, mudança para lugares com climas 
diferentes ou estresse, deve-se reavaliar a classificação de base.
Observe o quadro com a classificação pelo sistema proposto por Baumann (2010), a classificação usa 
a primeira letra da palavra no idioma inglês.
Quadro 1 – Classificação Baumann SkinTyping System (BSTS)
Oleosa Oleosa Seca Seca Tendência 
a rugasPigmentada Não pigmentada Pigmentada Não pigmentada
Sensível O S P W O S N W D S P W D S N W Enrugada
Sensível O S P T O S N T D S P T D S N T Firme
Resistente O R P W O R N W D R P W D R N W Enrugada
Resistente O R P T O R N T D R P T D R N T Firme
Legenda: O = oleosa; D = seca; T = firme; W = enrugada; R = resistente; S = sensível; P = pigmentada; 
N = não pigmentada
Adaptado de: Baumann (2010, p. 930).
Para usar essa classificação avalie as características da pele e encontre a combinação delas. Veja o 
exemplo: uma cliente apresenta pele: oleosa, resistente, não pigmentada e firme. A classificação, de 
acordo com o quadro anterior, seria O R N T.
41
TÉCNICAS EM ESTÉTICA FACIAL
Para você, futuro esteticista, é fundamental a compreensão de cada tipo de pele e como essas 
características influenciam na resposta do tratamento proposto ou ainda qual o tratamento mais 
indicado para a combinação das características do seu cliente.
 Lembrete
Para usar essa classificação, é preciso ver as características da pele.
2.1.2 Classificação do fototipo cutâneo de Fitzpatrick
A avaliação em relação à pigmentação da pele foi desenvolvida por Thomas Fitzpatrick (1975), 
considerado o “pai da dermatologia acadêmica moderna”. Fitzpatrick era dermatologista e, diante dos 
desafios do tratamento de doenças como a psoríase e o vitiligo, recorria a protocolos que incluíam o uso 
de luz ultravioleta A (UVA) e se viu diante da necessidade de quantificar a exposição a essa radiação e 
assim conseguir definir os parâmetros do tratamento (HILL, 2016).
O sistema de avaliação de Fitzpatrick leva em consideração o autorrelato do paciente, no qual ele 
responde perguntas sobre a cor da pele natural, sem exposição à radiação solar, ou seja, a pele que não 
está bronzeada que está relacionada com a quantidade de melanina, também inclui a cor dos cabelos 
e olhos, que são características determinadas pela genética e, para finalizar, considera a resposta da 
pele à exposição à radiação solar sem proteção (HE et al., 2014; HILL, 2016).
Essa avaliação gera uma escala com seis fototipos de pele de Fitzpatrick, que compreendem desde a 
pele muito pouco pigmentada até a pele mais pigmentada.
Quadro 2 – Escala do tipo de pele de Fitzpatrick
Fotótipo 
de Pele Cor da pele Cor dos olhos e dos cabelos Reação ao sol
Considerações 
étnicas comuns
I Branca
- Cabelos louros
- Olhos verdes
Sempre queima, sardas Ingleses e escoceses
II Branca
- Cabelos louros
- Olhos verdes
Sempre queima, sardas, difícil 
de bronzear
Europeus do norte da 
Europa
III Branca
- Cabelos louros/ castanhos
- Olhos azuis/ castanhos
Bronzeia após várias 
queimaduras, pode ter sardas Alemã
IV Castanha
- Cabelos castanhos
- Olhos castanhos
Bronzeia mais que a média, 
raramente se queima e não 
tem sardas
Povos mediterrâneos, 
europeus do sul, 
hispânicos
V Castanha escura
- Cabelos castanhos/ pretos
- Olhos castanhos
Bronzeia com facilidade, 
raramente se queima e não 
tem sardas
Asiáticos, indianos, 
alguns africanos
VI Negra
- Cabelos pretos
- Olhos pretos
Bronzeia, raramente se queima, 
profundamente pigmentada e 
nunca apresenta sardas
Africanos
Adaptado de: Hill (2016, p. 99).
42
Unidade I
Na figura seguinte, veja os exemplos de fototipos mencionados por Fitzpatrick e como eles reagem 
à exposição solar:
I Branca I Sempre 
queima
I Branca não 
bronzeia
V Preta VI 
Raramente
VI Negra
II Branca II Sempre 
queima
II Bronzeia 
levemente
V Morena V 
Raramente
V Morena
III Branca III Às vezes 
queima
III algum 
bronzeado
IV Branca IV 
Raramente
IV 
Bronzeia
Cor da pele constituinte 
(antes da exposição solar)
Depois de 24 horas da 
exposição solar - apresenta 
queimadura e vermelhidão
Cor da pele facultativa depois 
de 7 dias bronzeamento
Figura 23 – Bronzeamento e tipo de pele
Em relação à resposta ou comportamento da pele à radiação solar, deve ser sempre questionada 
durante a avaliação de forma simples e clara e associada à análise que você está realizando da pele.
Para chegar à pontuação final de cada cliente, você deve somar a pontuação obtida em três 
sessões, que são divididas em: disposição genética total, reação à exposição ao sol total, hábitos de 
bronzeamento. Cada pergunta tem um valor e a soma gera a pontuação pessoal do cliente. Vejamos 
a seguir:
Quadro 3 – Disposição genética total
0 1 2 3 4 Pontuação
De que cor são 
seus olhos:
Azuis-claros, 
cinza ou verdes
Azuis, cinza 
ou verdes Azuis
Castanho- 
escuros
Preto- 
acastanhados
Qual a cor natural 
de seus cabelos?
Louro escuro 
avermelhado Louro
Amendoado ou 
louro escuro
Castanho-
escuro Pretos
Qual é a cor de 
sua pele (áreas 
não expostas)?
Avermelhada Muito pálida Pálida com tonalidade bege
Castanho 
clara Castanho escuro
Você tem 
sardas em áreas 
expostas?
Muitas Várias Poucas Eventuais Nenhuma
Adaptado de: Hill (2016, p. 100).
43
TÉCNICAS EM ESTÉTICA FACIAL
Quadro 4 – Reação à exposição total ao sol
0 1 2 3 4 Pontuação
O que acontece 
quando fica 
muito tempo 
ao sol?
Vermelhidão 
dolorosa, 
formação 
de bolhas, 
descamação
Formação de 
bolhas seguida 
por descamação
Queimaduras, 
por vezes 
seguidas por 
descamação
Queimaduras Nunca teve queimaduras
Em que medida 
você fica 
bronzeado?
Dificilmente ou 
não totalmente Bronzeado claro Bronzeado
Bronzeia muito 
facilmente
Você se torna 
bronzeado com 
várias horas de 
exposição ao sol?
Nunca Raramente Às vezes razoável Frequentemente Sempre
Como a sua face 
reage ao sol? Muito sensível Sensível Normal Muito resistente
Nunca teve 
problema
Adaptado de: Hill (2016, p. 101).
Quadro 5 – Hábitos de bronzeamento total
 1 2 3 4 5 Pontuação
Quando foi a última 
exposição de seu corpo ao 
sol (ou luz de bronzeamento 
artificial/creme bronzeador)?
Mais de 
três meses 
atrás
Dois a três 
meses atrás
Um a dois 
meses atrás
Menos de um 
mês atrás
Menos 
de duas 
semanas 
atrás
Você expõe ao sol a área a 
ser tratada? Nunca
Quase 
nunca Às vezes Frequentemente Sempre
Adaptado de: Hill (2016, p. 102).
Quadro 6 – Pontuação total
Pontuação de tipo de pele Tipo de pele de acordo com Fitzpatrick
0-7 I
8-16 II
17-25 III
26-30 IV
Mais de 30 V-VI
Adaptado de: Hill (2016, p. 102).
Na prática clínica, durante sua avaliação, escolha 3 áreas do corpo para avaliar, como por exemplo 
a face, a região do punho ou braço e o abdome; identifique a presença de sardas; e identifique a cor 
dos olhos. Esses três passos são bons indicadores do fototipo. Não fique com dúvida da classificação, 
a avaliação completa seguindo a pontuação irá te direcionar para a correta determinação do fototipo.
44
Unidade I
 Observação
Para fotodepilação da face, analise o fototipo da área antes de iniciar 
cada sessão, seu cliente pode ter realizado exposição solar, o que pode 
alterar o fototipo de forma momentânea.
Existem classificações que foram desenvolvidas e contemplam outros aspectos, são elas:
• Classificação

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