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Segunda Guerra Mundial O FACISMO PROVOCA A GUERRA - Para justificar seus investimentos em armas, desviar a atenção da população dos problemas econômicos mais graves e alimentar o sentimento nacionalista, Hitler e Mussolini começaram a envolver seus países em ações militares, a maioria delas de caráter expansionista. - Essas ações eram apresentadas como cumprimento da vingança contra os vencedores da Primeira Guerra e uma forma de resgate da honra perdida. -Os fascistas usavam argumentos ideológicos para justificar a ampliação de seus territórios. Os italianos se apresentavam como herdeiros do Império Romano, e os alemães, como representantes de uma “raça superior” e, por isso, se consideravam merecedores de um espaço vital mais amplo. - Espaço vital é como foi chamado o território necessário para atender à expansão demográfica e econômica da Alemanha. Ele passou a ser um conceito usado pelo governo nazista para obter o apoio de boa parte da população alemã para seus projetos expansionistas. - Inicialmente, os países liberais europeus e os EUA fizeram vistas grossas às intenções expansionistas da Itália e da Alemanha. Na prática, para os britânicos, franceses e norte- americanos, o fascismo era um problema menor em comparação com a possibilidade de um avanço comunista. Os governos desses países toleravam os abusos fascistas por não acreditar que eles pudessem desencadear uma nova guerra. Marcha para a guerra - Estimulados pela omissão das potências liberais, alemães e italianos deram início a uma escalada de ações militares e de expansão territorial. Em 1935, Mussolini ocupou a Abissínia, atual Etiópia, na África. Diante da invasão italiana, o então imperador da Abissínia, Hailé Selassié, enviou um apelo à Liga das Nações, que pouco fez. Apesar da forte resistência interna, a superioridade bélica italiana garantiu a conquista. Depois de consolidado o domínio italiano, painéis com fotografias do ditador foram espalhados pelo país. Desde que chegou ao poder, Hitler passou a desrespeitar sistematicamente a desmilitarização da Alemanha imposta pelo Tratado de Versalhes. O exército do país foi reaparelhado, suas tropas aumentaram de 100 mil soldados (limite imposto pelo tratado) para 800 mil. O serviço militar tornou-se obrigatório, e o governo financiou a construção de tanques, navios e aviões de guerra. Após sua chegada ao poder, Hitler passou a reequipar as forças militares da Alemanha. Esta é uma unidade de tanques do exército alemão fotografada em 1935. Em 1936, apesar da proibição do Tratado de Versalhes, Hitler enviou tropas para a Renânia região alemã que faz fronteira com a França. Essa medida tinha sido estabelecida em 1919, como forma de criar uma área desmilitarizada, que protegesse a França de eventuais ataques alemães. Com a remilitarização, um ataque ao território francês seria cada vez mais provável. Em 1936, Hitler e Mussolini se uniram, compondo o chamado Eixo Roma-Berlim. Em seguida, enviaram tropas para a Guerra Civil Espanhola para ajudar os Em 1938, após forte campanha publicitária e aprovação por meio de um plebiscito, a Alemanha anexou a Áustria, um país de cultura germânica. Implementava-se o chamado Anschluss (anexação), que aumentou o território, o arsenal de armamentos e as forças armadas da Alemanha nazista. Considerando-se herdeiros da tradição germânica e convencidos pela campanha alemã, 99% da população votou a favor do Anschluss. Hitler desejava provocar uma guerra e sabia que a invasão da Polônia, que também recebeu territórios alemães ao final da Primeira Guerra, incitaria a reação da Inglaterra e da França. Seu único temor era um conflito com a União Soviética. Afinal, isso implicaria uma indesejada divisão das tropas alemãs em duas frentes uma a oeste e outra a leste. A solução foi propor um acordo ao governo soviético, em que a Alemanha e a União Soviética invadiriam a Polônia e a dividiriam entre si. A proposta ficou conhecida como Pacto Nazi-Soviético de Não Agressão. Ao negociar com Hitler, o líder comunista, que temia uma união de liberais e fascistas contra os soviéticos, acreditava estar desunindo os países capitalistas e evitando uma invasão alemã em seu território. Ainda em 1938, Hitler passou a exigir a devolução da região dos Sudetos (área tirada dos alemães e ainda em 1938, Hitler passou a exigir a devolução da Tchecoslováquia ao final da Primeira Guerra). Os países liberais acabaram atendendo a essa reivindicação, e os alemães aproveitaram a reintegração para incorporar outras partes da Tchecoslováquia. A reação dos britânicos e franceses veio em forma de um ultimato: qualquer outra ação expansionista dos alemães seria respondida com a guerra. Hitler e as tropas alemãs entraram na região dos Sudetos, em 1938. A faixa mostrada nesta foto diz: “Agradecemos ao nosso líder!”. A passividade das potências liberais europeias diante da contínua expansão alemã foi chamada de “política de apaziguamento”. Concessões eram feitas aos nazistas para evitar a guerra, uma vez que os governos da Inglaterra, da França e dos EUA consideravam que o nazismo era melhor que o risco de comunismo. Tchecoslováquia ao final da Primeira Guerra). Os países liberais acabaram atendendo a essa reivindicação, e os alemães aproveitaram a reintegração para incorporar outras partes da Tchecoslováquia. A reação dos britânicos e franceses veio em forma de um ultimato: qualquer outra ação expansionista dos alemães seria respondida com a guerra. A guerra civil espanhola - Em 1936, comunistas, socialistas, anarquistas e liberais espanhóis, todos republicanos, uniram-se No final de 1936, o Japão, que pretendia se tornar uma potência hegemônica no Sudeste Asiático, aliou-se à Itália e à Alemanha. Formou-se então o Eixo Roma- Berlim-Tóquio. em uma Frente Popular para derrotar os fascistas nas eleições parlamentares. Inconformados com a vitória dos republicanos, os fascistas, chamados de nacionalistas ou falangistas, liderados pelo general Francisco Franco e apoiados por alemães e italianos, tentaram promover um golpe de Estado. - A tentativa deu início a um conflito armado que se estendeu até 1939. As alianças políticas realizadas na Guerra Civil Espanhola se repetiriam na Segunda Guerra. Embora os republicanos contassem com a ajuda soviética e de voluntários de toda a Europa e até das Américas, faltou-lhes o apoio de países como a Inglaterra e a França para fazer frente aos fascistas, que acabaram vencendo. O general Franco assumiu o poder e como ditador governou a Espanha de 1939 a 1975. - Esse período da história espanhola ficou conhecido como franquista. Para Hitler e Mussolini, a Guerra Civil Espanhola foi uma oportunidade para testar novos armamentos, que seriam usados na Segunda Guerra Mundial. Em 1937, ao testar bombas incendiárias, a aviação alemã destruiu a cidade de Guernica, no norte da Espanha. EIXO x ALIADOS: A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL - Após celebrar o Pacto Nazi-Soviético de Não Agressão, Hitler invadiu a Polônia em 1º de setembro de 1939, e Stálin, no dia 17 do mesmo mês. Diante da invasão, finalmente a Inglaterra e a França, que formaram uma liga antigermânica conhecida como Aliados, declararam guerra aos alemães. Tinha início a Segunda Guerra Mundial. -Ela foi chamada de “mundial” porque, embora os conflitos tenham ocorrido na Europa, na União Soviética, no Sudeste Asiático e no norte da África, a maior parte dos países do mundo foi afetada e teve de posicionar-se a favor do Eixo ou a favor dos Aliados. A ofensiva do Eixo - Entre 1939 e 1941, a guerra caracterizou-se pelas seguidas vitórias dospaíses do Eixo. Alemanha, Itália e Japão já vinham se preparando havia anos para um conflito e isso pesou a favor desses países. - A estratégia usada pelos alemães para ocupar esses territórios foram as blitzkrieg (guerras- relâmpago, em alemão), que consistiam em ataques rápidos, em massa e de surpresa, reduzindo a possibilidade de o país invadido se defender. Utilizando equipamentos terrestres blindados e aéreos, a Alemanha ocupou a Noruega, a Dinamarca, a Holanda, a Bélgica e Luxemburgo. Em seguida, atacou a França. - Mesmo contando com a ajuda britânica, os franceses não conseguiram deter os alemães, que conquistaram e dividiram o país: o norte tornou- se área de administração alemã; e no sul foi instituída uma república governada por franceses aliados dos alemães, a República de Vichy. - Depois de ocupar a França, os alemães partiram para a conquista da Grã-Bretanha. Como o país se situa em uma ilha, Hitler tentou dominá-lo por meio de bombardeios aéreos. - Começou então o duelo entre a Força Aérea Alemã (Luftwaffe) e a Real Força Aérea Britânica (RAF), que após alguns meses de combate conseguiu impedir a ocupação alemã. A tentativa de invasão e a reação a ela custaram a vida de mais de 40 mil civis ingleses. - Para minar a resistência britânica, Hitler procurou romper a ligação da Grã-Bretanha com suas colônias da Ásia e da África e impedir que navios petroleiros chegassem ao país. Para isso, ocupou o norte da África e o canal de Suez com uma divisão criada especialmente para uma missão: o Afrikakorps. A Alemanha e a Itália ainda atacaram e ocuparam também a Iugoslávia e a Grécia. Em junho de 1941, ao avaliar que as conquistas do Eixo na Europa ocidental estavam consolidadas, Hitler rompeu o Pacto Nazi-Soviético de Não Agressão e abriu uma nova frente de combate: invadiu a URSS, a fim de se apossar de territórios ricos em minérios. Os soviéticos, desprevenidos, demoraram para organizar a reação. A ofensiva japonesa - Em dezembro de 1941, o Japão atacou, sem declaração anterior de guerra, a base naval norte- americana de Pearl Harbor, no Havaí. A frota baseada em Pearl Harbor seria a única capaz de impedir que os japoneses ocupassem os cobiçados territórios do Sudeste Asiático. A reação aliada - A partir de 1942, os Aliados conseguiram vitórias importantes, que mudaram os rumos da guerra. Fortalecidos com a adesão dos EUA, detiveram a ofensiva dos alemães no norte da África, vencendo-os na Batalha de Al Alamein, no Egito, tiraram do Eixo o controle sobre o mar Mediterrâneo e invadiram a Itália. Em 1943, os soviéticos venceram os alemães na Batalha de Stalingrado. - O exército de Stálin rumou em direção à Alemanha. À medida que avançava, libertou a Bulgária, a Hungria, a Tchecoslováquia, a Polônia e a Romênia, até então dominadas pelos nazistas. Esses países, mais tarde, se tornariam comunistas. Em maio de 1944, uma grande ofensiva aliada partiu da Grã-Bretanha em direção à França, com o objetivo de libertá-la do controle nazista. O desembarque aliado na região da Normandia, no norte da França, ocorreu no dia 6 de junho e foi batizado pelos comandantes de Dia D. À medida que os Aliados avançavam para o sul, diante dos combates, o país se emancipava. Libertada a França, as tropas aliadas partiram rumo à Alemanha. - Em abril de 1945, Mussolini, que ainda resistia no norte da Itália, foi morto por guerrilheiros da resistência italiana. Em maio, já sem Hitler no comando ele se suicidou no final de abril, a Alemanha assinou sua rendição. O fim da resistência japonesa - Em maio de 1945, restava só uma frente de combate: o Sudeste Asiático. O Japão ainda resistia, mas tinha sofrido grandes derrotas, e sua rendição era uma questão de tempo. Com o pretexto de apressar o final da guerra, os EUA lançaram uma bomba atômica sobre a cidade japonesa de Hiroshima, no dia 6 de agosto de 1945. Três dias depois, fizeram mais um ataque na cidade de Nagasaki. A destruição e as centenas de milhares de mortes causadas pelas bombas levaram os japoneses a se render em 19 de agosto. O Japão continuou a sentir os efeitos da bomba, décadas após a rendição. Além da destruição material, a radiação liberada pela bomba causou mutações genéticas cancerígenas em milhares de sobreviventes. As conseqüências da segunda guerra mundial - A rendição do Japão pôs fim aos conflitos, mas não apagou o trágico saldo da guerra: • 40 milhões de mortos (dos quais cerca de 6 milhões eram judeus, sistematicamente perseguidos e eliminados em todas as regiões sob domínio nazista); • 30 milhões de feridos; • O temor da destruição nuclear, iniciado com o lançamento das bombas atômicas sobre o Japão. - Mal os combates terminaram, teve início um novo conflito: os EUA e a URSS, líderes de grupos político-econômicos antagônicos, passaram a confrontar-se na chamada Guerra Fria. Para alguns historiadores e antropólogos, os ataques a Hiroshima e Nagasaki foram considerados um lance inicial da Guerra Fria, ou seja, uma demonstração de força dos americanos para intimidar os soviéticos, cuja área de influência se ampliou durante a Segunda Guerra Mundial. Por cerca de 40 anos, temeu-se que um conflito nuclear entre essas duas superpotências destruísse o planeta. Imagem abaixo retrata um pouco de como foi a Guerra. (Segunda Guerra Mundial) (1 de set. de 1939 – 2 de set. de 1945). (Segunda Guerra Mundial)
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