Buscar

Resenha:Relação Executivo-Legislativo e Processos de Retração de Provisões Sociais: as reformas da previdência de 1998 e 2003 no Brasil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Resenha:Relação Executivo-Legislativo e Processos de Retração de Provisões Sociais: as reformas da previdência de 1998 e 2003 no Brasil
O Artigo fala de processos decisórios de políticas já consolidadas, que são a reforma da previdência no governo FHC (1998) e no governo Lula (2003). Há a hipótese de que foram cruciais as prerrogativas que garantem os poderes do presidente e que essas prerrogativas não tornem menos complexo o sistema político brasileiro. No Brasil, há forte concentração nas mãos do Executivo, centralização dos trabalhos no Congresso nas mãos das lideranças partidárias e formação de coalizões governistas segundo o autor. Assim, o presidente teria facilidade de influenciar a agenda. 
A previdência social oferece cobertura, temporária ou definitivamente, aos cidadãos de uma sociedade, nos casos de impossibilidade do exercício das atividades produtivas. Existem três tipos de sistemas de regimes previdenciários no mundo, o de repartição simples, os de capitalização e os sistemas mistos. Foi feita uma recomendação aos países da América Latina a implementação de certas reformas ligadas ao tema. No Brasil, foi cogitada a possibilidade de um sistema de repartição simples, mas a ideia foi abandonada. No Governo de FHC em 1995 foi enviada ao congresso uma proposta que mantinha um regime de repartição simples. 
A proposta continha o fim das aposentadorias especiais gerais, fim das aposentadorias especiais para professores, fim da aposentadoria final e fim da aposentadoria integral dos servidores públicos. Modificar os limites de idade e tempo de serviço, retirar a definição da previdência para os trabalhadores rurais, etc. O governo FHC não aprovou os principais pontos da reforma. No Governo Lula em 2003, foi enviada uma proposta que foi aprovada sem muitas alterações. A proposta foi aprovada em pouco tempo e quase inalterada. 
O autor mostra a necessidade das reformas e como há uma diferença nas condições encontradas em cada momento e como isso afeta na aprovação ou não das políticas. A forma que o publico reage as políticas também é um fator importante, é o aspecto da popularidade ou não de alguma medida. 
Houve diferentes maneiras de apoio parlamentar, aqueles que estão ali para decidir a respeito da política tem papel essencial, mas no geral a situação no governo Lula foi mais complicada. Havia partidos muito diferentes e de ideologias diversas. Sendo que foi mais fácil aprovada na situação deste governo, podemos concluir que então este apoio parlamentar não é uma variável central.
Foram duas conjunturas diferentes, as estratégias foram diferentes. Na primeira situação havia atores com poder de veto, mas na segunda alguns se tornaram mais interessados na reforma. A agenda dessa reforma também foi diferente, onde a reforma proposta por FHC criou muitas brechas a resistência. São destacados os pontos de veto e as articulações e barganhas dentro do conjunto de regras institucionais. 
GONTIJO, José G. L. (2012), “Relação Executivo-Legislativo e processos de retração de provisões sociais: as reformas da previdência de 1998 e 2003 no Brasil”. Revista Política Hoje, vol. 21, no 1, pp. 113-149.

Continue navegando

Outros materiais