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Atuação do Neuropsicopedagogo nas Dificuldades de Aprendizagem

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FACULDADE VENDA NOVA DO EMIGRANTE – FAVENI 
 
 
 
 
 
PÓS GRADUAÇÃO EM NEUROPSICOPEDAGOGIA CLÍNICA 
 
 
 
 
 
 
NELCI BERNARDETE BORGES 
 
 
 
 
 
 
A ATUAÇÃO DO NEUROPSICOPEDAGOGO MEDIANTE AS 
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 SÃO JOSÉ - SC 
2021 
 
 
 
 
 
A ATUAÇÃO DO NEUROPSICOPEDAGOGO MEDIANTE AS 
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 
 
Nelci Bernardete Borges¹ 
 
 
Declaro que sou autora ¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o 
mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja 
parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e 
corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de 
investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho. 
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e 
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de violação aos 
direitos autorais. 
 
 
RESUMO 
 
Este estudo foi realizado, na busca do entendimento mediante ao tema: “A atuação do 
neuropsicopedagogo mediante as dificuldades de aprendizagem”, abordando questões 
relativas à neurociência, e seus reflexos nos individuos. A aprendizagem dar-se-á através 
das questões de entendimento e conhecimento do cérebro, sendo que este artigo, busca a 
compreensão e descrição desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, bem 
como qual a função da Neuropsicopedagogia neste processo. Justifica-se como uma nova 
área de atuação, a qual dedica-se as teorias interdisciplinares e transdisciplinares, em 
concentração sobre o processo de ensino e de aprendizagem, e suas contribuições para a 
área educacional, porém na atuação clínica como enfoque. Para a elaboração do mesmo, 
se fez uso de uma pesquisa bibliográfica qualitativa, com fundamentações teóricas e 
subsídios que compreendem Neuropsicopedagogia como uma prática capaz de contribuir 
para o processo ensino e de aprendizagem, analisando as questões clinicas relevantes. A 
metodologia do trabalho está detalhada em sua execução, bem como o mesmo, traz 
considerações na revisão da literatura, da Neuropsicopedagogia e da Neurociência, bem 
como as perspectivas diante do desenvolvimento cognitivo. Trazendo resultados, os quais 
apontam, as contribuições desta área pata a aprendizagem e o desenvolvimento, a 
importância das intervenções dos profissionais envolvidos, juntamente com o contexto 
social 
Palavras-chave: Neurociência. Neuropsicopedagogia. Desenvolvimento. Aprendizagem. 
 
_______________________________________________________________________________ 
 
1.Nelci Bernardete Borges, Pós Graduanda do Curso de Pós Graduação em Neuropsicopedagogia 
Clínica, Faculdade Venda Nova do Imigrante – FAVENI. 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 Condiderada pela Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia, em seu 
código de ética, delibera a Neuropsicopedagogia como “ciência transdisciplinar 
fundamentada nos conhecimentos da neurociência aplicada à educação, com 
interfaces na Psicologia e Pedagogia, que tem como objeto formal de estudo a 
relação entre o funcionamento do sistema nervoso e a aprendizagem humana” 
(SBNPP, 2019). Ao refletir que o desenvolvimento acontece nos diferentes âmbitos, 
tanto na escola, através da mediação da família bem como na interação com a 
sociedade, os profissonais envolvidos, garantem o aprendizado e sua qualidade, 
porém de fato, este é um enorme desafio para tanto para a área clínica, a qual 
trabalha diretamente em conjunto com as instituições de ensino. 
 Assim sendo a compreensão da Neurociência é fundamental, pois através 
dela, acontece a conexão do cérebro com a aprendizagem, o que estabelece 
grandes possibilidades para as respostas, mediante aos desafios que a 
aprendizagem acarreta, de como o individuo precisa ser ensinado para obter a 
potencialidade do desenvolvimento, bem como os resultados esperados diante do 
processo do ensino e da aprendizagem. 
 A Neurociência, bem como a Neuropsicopedagogia, tem como objetivo o 
estudo do cérebro, e ao direcionarmos para as questões de aprendizagem , se torna 
conhecida como a ciência a qual participa do ensino e da aprenzizagem, sendo 
responsável por este processo para com o sujeito. Desta forma, ambas possuem 
conceitos transdiciplinares, pois suas capacidades concentram-se em aréas 
distintas de conhecimento do cérebro humano. As contribuições para educação, 
incluindo também as questões clínicas, partem inicialmente, em explicar, a partir de 
apontamentos teóricos, como se comporta o cérebro no processo do 
desencolvimento, podendo também identificar como os estímulos do aprendizado 
chegam até o cérebro. 
 De acordo com ALMEIDA, ( 2012, p.44): 
A Neurociência tem apresentado diariamente novas descobertas 
que não era possível saber antes. Hoje, talvez, a melhor e a mais 
importante descoberta da ciência que estuda o cérebro seja a 
questão da plasticidade cerebral, ou seja, no passado, acreditava-
 
 
 
 
se que quem não aprendia e ponto final. Seu cérebro não dava conta 
e nunca poderia dar conta da aprendizagem, e, dessa forma, cabia 
ao indivíduo desaparecer dos meios acadêmicos e sociais. Era uma 
exclusão fundamentada até mesmo pela ciência. (ALMEIDA,2012, 
p.44). 
 
 Partindo da perspectiva, a partir das teorias estudadas, os estados mentais 
surgem a através das atividades realizadas pelo cérebro, compreendendo-se que 
assim, a aprendizagem acontece através das mais variadas estimulações, as quais 
potencializam desta forma, mediante as mediações e intervenções clinicas e 
pedagógicas singulares. 
 Sem memória a aprendizagem de fato não ocorre, e neste sentido existem 
grandes dificuldades no contexto educacional, em ofertar o conhecimento se o 
cébro não responde ao aprendizado. Entra aqui, a Neuropsicopedagogia, 
considerada a área de conhecimento e campo de pesquisa interdisciplinar e 
transdisciplinar, que possui meios de estudos e dedicação para o processo do 
ensino e da aprendizagem clinicamente. Através das teorias,estudos e pesquisas, 
é uma área de especialização e intervenção, a qual cria novas estratégias e 
possibilidades, sobre as maneiras para o desenvolvimento do indíviduo. 
 Este estudo, tem como objetivo maior, descrever brevemente, como 
acontece o processo do desnvolvimento da aprendizagem, identificando as 
funções que a Neurociência, juntamente com a Neuropsicopedagogia, as quais, 
desempenham diante da mesma. O estudo também, justifica-se pelas 
possibilidades de intervenção da Neuropsicopedagogia, que oferece a educação, 
subsídios nas questões mais amplas, que envolvem o desenvolvimento dos 
sujeitos, nas áreas comportamentais, motoras e cognitivas, com intervenções 
clinicas que contribuem para o campo educaional. 
 A metodologia para a realização deste estudo, aconteceu principalmente 
através de pesquisas de cunho bibliográfico, e qualitativa. Muitos autores fazem 
grande apresentação e enfase mediante aos seus estudos, os qyais subsidiaram 
esta pesquisa. 
 
 
 
 
 
 
1. REFLEXÕES DIANTE DA NEUROPSICOPEDAGIA E A NEUROCIÊNCIA 
 
 Na fundamentação de Hennemann (2016), na década de 1960, surgiu a 
expressão denominada Neurociência, e em seu significado traz considerações em 
ser uma ciência superior que a neuroanatomia e a neurofisiologia, tendo como 
precursores os cientistas Vygotsky e Luria. Nos anos de 1990, teve grande 
abrangência, e com o passar dos anos, vem promovendo e estabelecendo 
inúmeras mudanças importantíssimas na forma de perceber o funcionamento 
do cérebro. 
 Estes avanços aconteceram por conta das neuroimagens, com vastas 
contribuições advindas da Neurociência, o que provocou grandes inquietações e 
discussões nos segmentos educacionais e clínicos, pois através dela, estabeleceu-
se compreensõese entendimentos de como é processada a aprendizagem no ser 
humano, enquanto sujeito social, indo de encontro com as perspectivas da 
Neuropiscopedagogia. Neste sentido, neurociência e a neuropsicopedagogia 
cognitiva, tem como propósito, compreender as capacidades mentais mais 
complexas, como a linguagem e a memória, sendo que a memória vem sendo 
indicada como uma das principais bases em caráter de alicerce da aprendizagem 
humana (Izquierdo, 2002; Lent, 2001; Assmann, 2001; Ratey, 2001). 
 Na concepção de Ratey (2001, p. 48): 
Ao aprendermos tudo o que podemos acerca do cérebro, ao 
conhecer como ele faz o que faz, passamos a nos tornar mais 
responsáveis pela maximização de nossas forças e pela 
minimização de nossas fraquezas, preparando-nos para participar 
do processo de construção do saber e do mundo. (Ratey, 2001, 
p. 48). 
 
 A dedicação maior da Neurociência, direciona-se ao estudo, de como vem 
sendo estabelecidas as funções do sistema nervoso central, o que integra as mais 
diversas funções como pensamento, emoções, sensações e movimentos. Mediante 
aos estudos, compreende-se que o sistema nervoso pode se modificar através de 
ações dos estímulos recebidos de caráter ambiental, o que permite ao ser humano 
adquirir novas habilidades pscomotoras, emocionais, intelectuais e também 
cognitivas. 
 
 
 
 
 Estudiosos afirmam que, no século XXI, as conquistas serão voltadas à 
compreensão das funções neurais humanas. De acordo com Sousa e Alves (2017), 
as descobertas também estão presentes em diversas áreas do conhecimento, 
podendo atuar em intervenções em Linguística e Medicina. Ocupa-se da 
organização do cérebro, da relação entre cognição, comportamento e da atividade 
do Sistema Nervoso Central, em condições normais e patológicas. De maneira 
igualitária, se torna responsável por elaborar diagnósticos precoces das 
patologias e de alterações das funções cerebrais superiores. 
 Nos conceitos entendidos por Hennemann (2016), estas disfunções 
acontecem nas situações de ,recepções dos estímulos, integrações, 
processamentos das informações e expressões de respostas. Nesta perspectiva, 
Ventura (2010), cita que as pesquisas em Neurociência, englobam também 
algumas anomalias e doenças do sistema nervoso, e também seus reflexos em 
todas as funções do ser humano, com o intuito de investigar métodos de 
diagnósticos, prevenções e tratamentos, bem como levantamentos científicos para 
possíveis descobertas das causas e mecanismos, desde uma simples dor de 
cabeça até a doença de Alzheimer, por exemplo. 
 Isto, pode também acompanhar o controle neural de funções ditas 
vegetativas, motoras e sensoriais. Ao se tratar deste campo científico tão 
abrangente, as pesquisas e estudos contribuem também para sujeitos os quais 
possuem transtornos como síndromes e dificuldades na sua maneira de aprender. 
O indíviduo em si consegue estabelecer seus aprendizados mediante as alterações 
funcionais do Sistema Nervoso Central, nas áreas da linguagem, das gnosias¹, 
das praxias², da atenção e da memória. Então, para que seja realizado o 
processo de aprendizagem é fundamental que sejam feitas, de forma efetivas, 
interligações entre as áreas cerebrais e a partir delas, outros níveis mais elevados 
do Sistema Nervoso Central. 
 No contexto da educação, Sousa e Alves (2017) discorem: “A Neurociência 
mostra como o cérebro aprende e como se comporta durante este processo e 
também determina as metodologias que vão identificar como os estímulos do 
aprendizado podem chegar ao órgão”. Neste sentido, fica evidente que os 
 
 
 
 
estados mentais, tem origens de formato padrão de atividades neurais, e assim a 
aprendizagem é atingida por meio de estimulações das conexões neurais, que são 
fortalecidas a partir das intervenções profissionais pedagógicas. Vários são os 
cursos voltados à Neurociência, no entanto, Hennemann (2016), ressalta que: 
“(...) no cenário da educação, as práticas neurocientíficas continuam complexas e 
causam indagações”. 
 Já, Sousa e Alves (2017), consideram esta ser uma dúvida, pois muitos 
educadotres não tem acesso as formações para suas qualificações, as quais se 
tornam imprescindíveis, pois a metodologia dos cursos de formação para os 
profissonais da educação, está defasada e ultrapassada, ou apenas baseada em 
métodos tradicionais das práticas docentes. Pode-se aqui retratar a contribuição 
clínica para possiveis diagnósticos clínicos, pois na sociedade atual e 
comtemporânea, existe um grande acompanhamento mediante aos avanços 
tecnológicos no acesso às informações e aos conhecimentos e técnicas, porém, 
a educação necessita de uma formação adequada a essa realidade, que se faz 
pertinente. Ainda ao se tratar as pesquisas e estudos de Sousa e Alves, (2017), 
eles alegam que: “O compromisso da educação é, fundamentalmente, o processo 
de ensino-aprendizagem, mas para o seu desenvolvimento eficiente é necessário 
um sistema educacional que assuma o compromisso de oferecer um cenário real 
de aprendizagem, atendendo às exigências sociais”. Sendo assim a área clinica, 
contribui para a área institicional. 
 A Neurociência não implica em estratégias inovadoras no âmbito 
educacional, porém contribui para responder questões como por exemplo: maneiras 
de elaborar um currículo compatível com o desenvolvimento cerebral; 
transformar o conhecimento das pesquisas em métodos efetivos; melhorar a 
instrução nas disciplinas. Se faz condizente ressaltar que o profissional da educação 
juntamento com a investigação clínica, é capaz de transformar um sistema de 
educação na atualidade, pois de acordo com os princípios neurocientíficos, a 
aprendizagem e a memória são etapas diferentes do mesmo mecanismo 
contínuo. 
 Aprendizagem, memória e emoção estão diretamente interligadas, quando 
 
 
 
 
são ativadas pelo processo ensino e de aprendizagem. O maior desafio no quesito 
educaional, ainda, é não saber de fato como fazer avaliações ou até mesmo ensinar, 
mas contudo como estabelecer e ofertar o conhecimento em um formato, onde o 
cérebro aprenda. O aluno/indivíduo, precisa de um ambiente o qual seja tranquilo e 
que ele possa estar demostrando, a partir de suas ações, seus sentimentos, suas 
condutas e suas ideias.a parte clínica auxilia neste processo de construção de 
diagnósticos. 
 Mediante ao de Neuropsicopedagogia, Beauclair (2014), discorre : “Tem 
sido conceituada como uma área de conhecimento e como um campo de 
pesquisa interdisciplinar e transdisciplinar”. Assim sendo, esta abordagem, envolve 
concretamente, os processos relacionados a aprendizagem, o que inclui avaliações, 
diagnósticos e intervenções dos profissionais da Neuropsicopedagogia, compondo 
assim, as investigações dos ínviduos em seu contexto familiar, escolar e social, o 
que torna-se em um prática baseada em em estudos e referenciais teóricos e, desta 
forma, é uma área de intervenção e especialização, na qual o conhecimento 
estabelece vínculos afetivos e possibilidades inovadoras de aprendizagem, sobre 
as maneiras para o aluno aprender, com elaborações de diferentes formas de 
conexões, entre as informações e as construções de conhecimento. As primeiras 
menções na área científica foi de Jennifer D. Suárez, em seu estudo 
“Desmistificacion de la neuropsicopedagogía”, o qual traz considerações diante 
do contexto histórico, bem como da trajetória neuropsicopedagógica e a sua 
importâcia para o desnvolvimento cognitivo. 
 Destacam-se assim três pontos, que elucidam a Neuropsicopedagogia: 
Educação, Psicologia e Neuropsicologia. Sendo assim, a educação neste âmbito, 
comtempla a potencialização de instruções e mediações para o sujeito, a psicologia 
ressalta a dedicação aosaos aspectos psicológicos, e a Neuropsicologia participa 
com a teoria das múltiplas inteligências. 
 No ano de 2014 foi fundada a Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia 
(SBNPp) que define, a Neuropsicopedagogia como: 
 [...]ciência transdisciplinar, fundamentada nos conhecimentos 
das Neurociências aplicada à educação, com interfaces da 
Pedagogia e Psicologia Cognitiva que tem como objeto de 
estudo a relação entre ofuncionamento do sistema nervoso e 
 
 
 
 
a aprendizagem numa perspectiva de reintegração pessoal, 
social e educacional. (SBNPp, 2014, p. 3). 
 
 De acordo com a SBNPp (2014), o neuropsicopedagogo pode atuar na 
área institucional, clínica, ou de educação especial e inclusiva: 
 a) na observação, identificação e análise do ambiente escolar 
nas questões do desenvolvimento humano do aluno nas 
áreas motoras, cognitivas e comportamentais; b) criar 
estratégias que viabilizem o desenvolvimento do processo 
ensino-aprendizagem e c) encaminhar o aluno a outros 
profissionais quando for o caso para uma área de 
atuação/especialização. SBNPp (2014). 
 
 Assim sendo, a Neuropsicopedagogia contribui de forma positiva e gradativa 
para o desenvolvimento, por meio da relação entre cérebro e aprendizagem, no 
processo cognitivo e intelectual. Sua base de estudos, inclui também, questões de 
abordagens neurológicas da aprendizagem e do comportamento humano, com 
ênfase nas relações inerentes entre atenção, funções motoras, linguagem, 
memória, cognição e emoções. Ao se tratar das funções atribuidas para as 
instituições de ensino, a principal é estimular o crescimento físico, emocional, 
social e cognitivo do sujeito, oferecendo situações que resultem em maior 
autonomia, segurança do mesmo, para que possa comunicar-se e expressar-se de 
maneira efeitiva, fazendo parte da sociedade a qual se faz pertencente, o que 
acontece através da mediação clínica, bem como suas avaliações e intervenções. 
 __________________________________________________________________ 
1 Faculdade de, pelos sentidos, reconhecer um facto ou reconhecer um objeto e a sua forma. 
2. ação ou modo de agir, na medicina, função que permite a realização de gestos coordenados e 
eficazes. 
 
2. AVALIAÇÃO PROFISSIONAL CLÍNICA NEUROPSICOLÓGICA E 
NEUROPSICOPEDAGÓGICA 
 
A avaliação Neuropsicológica, é caracterizada por múltiplas interfaces, no 
âmbito clínico é representada pela a aplicação dos conhecimentos da área de 
Neuropsicologia para avaliar, a partir de intervenções as questões relacionadas ao 
comportamento humano, correlacionadas ao funcionamento do sistema nevoso em 
caráter normal ou com algum déficit, visto também, de acordo com (Lezak et al., 
 
 
 
 
2004): “Como a análise sistemática dos distúrbios de comportamento (e da 
cognição) que se seguem a alterações da atividade cerebral normal, causados por 
doença, lesão, disfunção ou modificações experimentais”. 
Desta forma, o objetivo maior da avaliação realizada por essas áreas é, criar 
estratégias para interfere mediante as característica funcionais do cérebro de um 
sujeito, a qual possibilita assim, prever um diagnóstico, e também a documentação 
necessária para a realização da avaliação, para perceber o estado deste sujeito nas 
questões cognitivas, se existem distúrbios de comunicação ou emocionais, 
relacionado a possíveis lesões ou até mesmo disfunções cerebrais, verificando 
assim sintomas, a etiologia, o prognóstico e a descrição das características de cada 
caso; determinando as gravidades e por fim oferecer suporte terapêutico em casos 
de reabilitação. Para (Rodrigues, 1993): “A Avaliação Neurológica e 
Psicopedagógica, utilizam técnicas especiais de avaliação das funções neuro 
cognitivas do indivíduo para o estabelecimento de correlações entre seus desvios e 
as lesões/disfunções cerebrais”. 
Nesta perspectiva, é possível compreender que as avalições de cunho 
neurológico e psicopedagógico, são investigações do perfil neuropsicológico, com 
a identificação das áreas preservadas e das áreas com algum déficit, explorando 
assim os motivos do desempenho o qual está comprometido por alguma razão. A 
avaliação de fato, dar-se-á em um processo extremamente complexo, envolvendo 
o uso de diferentes ferramentas, como entrevistas e questionários, denominados 
anamnese, e observações do contexto clínico, pois é mediante a esta avaliação que 
se pode explorar de maneira flexível, bem como de maneira sistemática, com 
resultados positivos em sua aplicação. 
Um dos objetivos das avaliações neste campo, é explorar os motivos do 
desempenho do desenvolvimento cognitivo que pode estar comprometido, e, assim 
sendo, se faz necessário que os profissionais envolvidos tenham conhecimentos 
apropriados, para realizar análises qualitativas com base nas respostas nos erros, 
nas autocorreções, na noção de desempenho, entre outras. 
 
 
 
 
 
3. AS PERSPECTIVAS DA NEUROPSICOPEDAGOGIA DIANTE DO 
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO 
 
As pesquisas e os estudos da neuropsicopedagogia, começaram a ter 
destaque, diante da necessidade de oportunizar integrações para aprendizagem, 
com a contribuição da Neuropsicologia clínica sendo que, surgiram grandes e 
novas demandas sociais em um contexto diferenciado a partir do XXI. 
De acordo com Hennemann (2012, p.11): 
A mesma apresenta-se como um novo campo de conhecimento que 
através dos conhecimentos neurocientíficos, agregados aos 
conhecimentos da pedagogia e psicologia vem contribuir para os 
processos de ensino-aprendizagem de indivíduos que apresentem 
dificuldades de aprendizagem. (Hennemann,2012, p.11). 
 
Na perspectiva de Beauclair (2014), o termo Neuropsicopedagogia é “um 
novo campo de especialização profissional, de pesquisa, ação e intervenção, 
baseados nos avanços das Neurociências e suas aplicabilidades no campo da 
Educação e Psicopedagogia”. 
Através das leituras realizadas para a elaboração deste estudo, compreende-
se que a neurociência significa, “conjunto de ciências fundamentais e clínicas que 
se ocupam da anatomia, da fisiologia e da patologia do sistema nervoso (Diniz; 
Daher; Silva, 2008)”, é imprescindível que o neuropsicopedagogo faça 
apropriações mediante as bases da neurociência, para que assim possa atuar 
intervindo, pesquisando e conhecendo as individualidades bem como 
particularidades e funções cerebrais, as quais podem estar interferindo diretamente 
no processo do desenvolvimento. 
Se faz necessário, compreender que o profissional da neuropsicopedagogia, 
com artefatos e conhecimentos teóricos, conseguirá em sua atuação, ser 
investigativo, mediante as incógnitas que as dificuldades de aprendizagem trazem 
em seu âmbito, bem como os fatores de interrelações intrapessoais, as quais podem 
ser o ponto inicial, para intervenções clínicas efetivas, entendendo na 
individualidade o sujeito, qual é a sua estrutura familiar e qual o contexto em que 
ele está inserido socialmente. 
 
 
 
 
O profissional da neuropsicopedagogia precisa de fato, ter vasta 
compreensão de como o cérebro está organizado, e qual é a sua função mediante 
a aprendizagem, fazendo levantamentos de caráter histórico do desenvolvimento 
neuropsicomotor, psíquico e cognitivo do sujeito, avaliando assim como encaminha-
los a outros profissionais, trabalhando de forma interdisciplinar, com a possibilidade 
de mediar intervenções no contexto educacional, adequando-se as propostas 
curriculares institucionais, promovendo assim, a aprendizagem do sujeito. 
Em um panorama apresentado a partir da metacognição¹, aparece como uma 
estratégia, a qual vem a auxiliar o processo da aprendizagem, proporcionando aos 
indivíduos motivações em diferentes perspectivas, que podem estar 
interrelacionadas com os objetos a serem estudados, bem como pelo ambiente o 
qual este sujeito se faz pertencente. 
A organizaçãometacognitiva é estabelecida por Kleiman (2008, p.34) como: 
A capacidade de estabelecer objetivos na leitura […], isto é uma 
estratégia de controle e regulamento do próprio conhecimento. Os 
estudos neurocientíficos apontam que para que a aprendizagem 
aconteça, é necessário criar memória de longo prazo, direcionando 
o cérebro a aprender e relacionar o conhecimento, de maneira que 
as informações sejam armazenadas plenamente. Desse modo, o 
neuropsicopedagogo pode contribuir para o desenvolvimento da 
motivação pela aprendizagem, ajudando o educando a descobrir 
quais são as suas habilidades e potencialidades e de que forma ele 
pode agregar isso à sua vida, numa atividade de autoconhecimento 
e autoconfiança. (Kleiman, 2008a, p.34). 
 
Mediante a estes apontamentos, se faz imprescindível trabalhar com o 
propósito de que, todos os indivíduos, sem exceções, são capazes de aprender, 
mesmo com possíveis limitações de aprendizagem. Sendo assim, o 
Neuropsicopedagogo no cenário institucional, através de mediações clinicas, irá 
reconhecer o ambiente escolar, fazer observações acerca das condutas dos 
estudantes e profissionais da educação, organizando assim possibilidades e 
estratégias, a fim de oportunizar a todos os sujeitos envolvidos no processo de 
escolarização, imparcialmente, sob qualquer limitação de caráter cognitivo 
 As interferências teóricas de Hennemann (2016), deixam evidente que as 
tecnologias e também as informações fazem parte, no quesito de conhecimento, 
para os profissionais dedicados aos estudos da Neurociência. 
 
 
 
 
 Da mesma forma, surgem cursos de aperfeiçoamento e atualização, em 
diversos níveis educacionais, bem como clínicos, agregam conhecimentos e os 
potencializam. Porém, ainda existem pouquíssimas pesquisas com abordagens do 
tema Neurociência na educação, mas em associação com a Neuropsicopedagogia 
muitos são os métodos para a aprendizagem e o desenvolvimento. Assim sendo, é 
imprescindível que mudanças ocorram, pois cada dia mais exigência de 
profissionais qualificados vem à tona, para garantir aos sujeitos uma integração, 
onde cada um deles possa ser visto em sua individualidade, e os fundamentos da 
Neurociência percorre este caminho, juntamente com a Neuropsicopedagogia 
mostrando detalhadamente que os conhecimentos sobre o cérebro, são as bases 
para a estimulação do desenvolvimento em caráter intelectual e cognitivo. 
 De acordo com Sousa e Alves (2017): “Empregando-se os instrumentos 
psicológicos adequados é possível potencializar a capacidade de aprender a 
pensar, de aprender a estudar e a comunicar-se. O aluno tem o direito de 
desenvolver o seu potencial cognitivo”. Ambos compreendem da mesma forma que 
Luria (1903-1978), que o órgão cerebral é um sistema biológico que está em 
interação com o ambiente. 
 Cunha (2015) discorre sobre o assunto: “Os processos individuais e coletivos 
de aprendizagem abrangem as relações entre uma ou mais, pois os mecanismos 
cerebrais da memória e da aprendizagem estão integrados aos micros processos 
neurais responsáveis pela atenção, percepção, motivação e pensamento”. 
Relacionando as duas áreas de conhecimentos a Neurociência e a 
Neuropsicopedagogia, Pohlmann e Moraes (2017, p. 96), explicam a correlação e 
a proximidade entre elas no processo do desenvolvimento: 
A Neurociência dedica-se ao estudo do sistema nervoso, e suas 
ligações com a fisiologia orgânica, enquanto os temas estudados 
pela Neuropsicopedagogia, são os mecanismos da atenção e 
memória, aprendizagem, emoção, linguagem e comunicação. 
(Pohlmann e Moraes, 2017, p. 96). 
 
 Na perspectiva de Beauclair (2014), os estudos do Sistema Nervoso Central, 
são determinantes para a ampliação das missões da Neurociência, para sua 
ampliação em outras áreas específicas como Neuropsicopedagogia. A 
 
 
 
 
Neurociência é uma ciência considerada atual, pois apesar de muitas pesquisas 
e estudos, o cérebro tem muitas interfaces, e não consegue ser compreendido 
totalmente pelos cientistas. Porém, a Neuropsicopedagogia é um campo de 
conhecimento e de pesquisa, que estuda os processos do desenvolvimento da 
aprendizagem. Sendo assim, é importante ressaltar que as intervenções clínicas 
influenciam fortemente mediante a escolarização. 
 Ao se tratar do contexto escolar, (CASSINS et al., 2007, p 17), explica-nos: 
A Neupsicopedagigia escolar tem como referência conhecimentos 
científicos sobre desenvolvimento emocional, cognitivo e social, 
utilizando-os para compreender os processos e estilos de 
aprendizagem e direcionar a equipe educativa na busca de um 
constante aperfeiçoamento do processo ensino/aprendizagem. Sua 
participação na equipe multidisciplinar é fundamental para respaldá-
la com conhecimentos e experiências científicas atualizadas na 
tomada de decisões de base, como a distribuição apropriada de 
conteúdos programáticos (de acordo com as fases de 
desenvolvimento humano), seleção de estratégias de manejo de 
turma, apoio ao professor no trabalho com a heterogeneidade 
presente na sala de aula, desenvolvimento de técnicas inclusivas 
para alunos com dificuldades de aprendizagem e/ou 
comportamentais, programas de desenvolvimento de habilidades 
sociais e outras questões relevantes no dia a dia da sala de aula, 
nas quais os fatores psicológicos tenham papel preponderante 
(CASSINS et al., 2007, p 17). 
 
 Desta forma, é uma área de intervenção e especialização, na qual o 
conhecimento cria novas possibilidades de aprender sobre o modo de o sujeito 
aprender, elaborando novas formas e estratégias de interrelacionar informações e 
conhecimentos. Se faz presente neste contexto que as duas áreas estabelecem 
relações, já que a Neuropsicopedagogia, tem como propósito, ajustar estruturas dos 
conhecimentos científicos da Neurociência, criando assim as possíveis 
intervenções necessárias diante da apropriação e a aquisição de conhecimento. 
 No pensamento teórico de Oliveira (2018, p. 63): 
Um dos objetivos do neuropsicopedagogo é identificar as causas 
das dificuldades de aprendizagem, baseando-se na etiologia do 
problema e no ambiente escolar. Este profissional, com o domínio 
do conhecimento em Neurociência, Pedagogia e Psicologia estará 
qualificado para trabalhar com todos os alunos, sobretudo os alunos 
com história de fracasso escolar e dificuldade de aprendizagem. Sua 
atuação junto aos pais será de explicação clínica de possíveis 
distúrbios, as condutas a serem efetivadas, bem como apresentará 
as possibilidades de tratamento e intervenção. (Oliveira, p.63). 
 
 
 
 
 
 Medeiros e Bezerra (2015), concordam que se torna um ato consensual entre 
os profissionais da Neuropsicopedagogia, que o desenvolvimento e a aprendizagem 
de qualidade são relevantes, e oportunizam a inclusão social dos sujeitos. 
Pensando através desta perspectiva, se faz coerente que os métodos de análises 
clínicos, tenham o poder de intensificar os esquemas ditos mentais, que de fato 
estão associadas as aprendizagens do currículo educacional, as quais são 
imprescindíveis para uma vida de estudos com sucesso e realizações, 
principalmente individuais, de cada sujeito. 
__________________________________________________________________ 
1 A metacognição é um campo de estudos relacionado à consciência e ao automonitoramento do 
ato cognitivo. Consiste na aprendizagem sobre o processo da aprendizagem ou a apropriação e 
comando dos recursos internos se relacionando com os objetos externos. 
 
CONCLUSÃO 
 
 Através da pesquisa, esta trouxe um repostório teórico de maneira suscinta 
da importância do entendimento da Neurociência para a atuação 
Neuropsicopedagogo, e que ambas as áreas se complementam. A pesquisa de 
cunho bibliográfico e modalidade qualitativa, norteou os etudos para o entendimento 
do assunto aqui abordado. Trazendo as premissas mediante aos aspecto inclusivo 
das intervenções neuropsicopedagógicas, o aspecto da assessorianeupsicopedagógica no quesito avaliação e diagnóstico tanto dos contextos 
institucionais quanto dos sujeitos em dificuldades de aprendizagem. Normas 
técnicas do Neuropsicopedagogo, apontadas pela SBNPp, também fizeram parte 
deste estudo. Ao se tratar da inclusão mediante as intervenções clinicas com 
abordagens neuropsicopedagógicas, é relevante considerar que mediante o 
desnvovimento está constituido o cenário social. 
 O resultado deste estudo, bem como a apreesentação dos dados, 
compreende que o neuropsicopedagogo, possui desafios enormes, pois as 
intervenções clínicas apresentam às neurociências como proposição de temas 
relevantes a serem estudados, em aprendizes com cérebros diferentes, 
considerando que hoje prevalece a política da escola inclusiva onde educar na 
 
 
 
 
diversidade será o maior desafio do educador contemporâneo, que de fato precisa 
do auxilio da neuropspedagogia de caráter clínico. 
Na atualidade a ciência reconhece Neurociência e a Neuropsicopedagogia 
como imprescindíveis para a formação do profissional da área, para os 
conhecimentos mais aprofundados do processo do desenvolvimento da 
aprendizagem, e vem aplicando a todos os tipos de indivíduos, na intenção de 
identificar múltiplos transtornos de aprendizagem através da utilização de técnicas, 
para possíveis dificuldades do aprendizado em suas especificidades. 
O ensino e a aprendizagem, fazem parte do desenvolvimento e precisam ser 
de qualidade, potencializando assim oportunidades para a inclusão dos indivíduos 
na sociedade. A atuação conjunta dos profissionais envolvidos e a parceria com a 
família, permitem diálogos importantíssimos, o que resulta em diagnósticos para 
possíveis anomalias ou distúrbios existentes, e desta forma, as condutas 
estabelecidas para as intervenções se tornam facilitadoras deste processo, o que 
norteia um trabalho interdisciplinar e multidisciplinar. Como já mencionado, a 
neuropsicopedagogia abrange três áreas do conhecimento, a neurociência, a 
psicologia e a pedagogia, onde todas são fundamentais para o contexto 
educacional. 
O Neuropsicopedagogo, se torna em sua função, um profissional mediador 
do processo da aprendizagem, desenvolvendo assim um papel extremamente 
fundamental para o setor clínico. O mesmo, precisa adquirir muitos conhecimentos 
teóricos e didáticos, para que suas intervenções em sua atuação, sejam relevantes 
e eficazes ressignificando a construção do conhecimento e despertando no sujeito, 
interesses em aprender, de maneira, em que as capacidades sejam promovidas, e 
o educando se desenvolva plenamente no seu ritmo individual, dentro de suas 
limitações. Desta forma, conclui-se que o trabalho neuropsicopedagógico clínico, 
mediante as intervenções, contribui de forma efetiva para a evolução e crescimento 
do desenvolvimento cognitivo, estabelecendo vínculos, envolvendo muitas áreas de 
estudo, possibilitando este desenvolvimento para a aprendizagem do indivíduo. 
 
 
 
 
 
 
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http://www.domalberto.edu.br/wp
https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/praxia?express=/
	INtRODUÇÃO
	Condiderada pela Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia, em seu código de ética, delibera a Neuropsicopedagogia como “ciência transdisciplinar fundamentada nos conhecimentos da neurociência aplicada à educação, com interfaces na Psicologia e ...
	Assim sendo a compreensão da Neurociência é fundamental, pois através dela, acontece a conexão do cérebro com a aprendizagem, o que estabelece grandes possibilidades para as respostas,mediante aos desafios que a aprendizagem acarreta, de como o in...
	A Neurociência, bem como a Neuropsicopedagogia, tem como objetivo o estudo do cérebro, e ao direcionarmos para as questões de aprendizagem , se torna conhecida como a ciência a qual participa do ensino e da aprenzizagem, sendo responsável por este...
	De acordo com ALMEIDA, ( 2012, p.44):
	A Neurociência tem apresentado diariamente novas descobertas que não era possível saber antes. Hoje, talvez, a melhor e a mais importante descoberta da ciência que estuda o cérebro seja a questão da plasticidade cerebral, ou seja, no passado, acredita...
	Partindo da perspectiva, a partir das teorias estudadas, os estados mentais surgem a através das atividades realizadas pelo cérebro, compreendendo-se que assim, a aprendizagem acontece através das mais variadas estimulações, as quais potencializam d...
	Sem memória a aprendizagem de fato não ocorre, e neste sentido existem grandes dificuldades no contexto educacional, em ofertar o conhecimento se o cébro não responde ao aprendizado. Entra aqui, a Neuropsicopedagogia, considerada a área de conheci...
	Este estudo, tem como objetivo maior, descrever brevemente, como acontece o processo do desnvolvimento da aprendizagem, identificando as funções que a Neurociência, juntamente com a Neuropsicopedagogia, as quais, desempenham diante da mesma. O es...
	A metodologia para a realização deste estudo, aconteceu principalmente através de pesquisas de cunho bibliográfico, e qualitativa. Muitos autores fazem grande apresentação e enfase mediante aos seus estudos, os qyais subsidiaram esta pesquisa.
	1. REFLEXÕES DIANTE DA NEUROPSICOPEDAGIA E A NEUROCIÊNCIA
	Na fundamentação de Hennemann (2016), na década de 1960, surgiu a expressão denominada Neurociência, e em seu significado traz considerações em ser uma ciência superior que a neuroanatomia e a neurofisiologia, tendo como precursores o...
	Estes avanços aconteceram por conta das neuroimagens, com vastas contribuições advindas da Neurociência, o que provocou grandes inquietações e discussões nos segmentos educacionais e clínicos, pois através dela, estabeleceu-se compreensões e entend...
	Na concepção de Ratey (2001, p. 48):
	Ao aprendermos tudo o que podemos acerca do cérebro, ao conhecer como ele faz o que faz, passamos a nos tornar mais responsáveis pela maximização de nossas forças e pela minimização de nossas fraquezas, preparando-nos para participar do processo de co...
	A dedicação maior da Neurociência, direciona-se ao estudo, de como vem sendo estabelecidas as funções do sistema nervoso central, o que integra as mais diversas funções como pensamento, emoções, sensações e movimentos. Mediante aos estudos, compre...
	Estudiosos afirmam que, no século XXI, as conquistas serão voltadas à compreensão das funções neurais humanas. De acordo com Sousa e Alves (2017), as descobertas também estão presentes em diversas áreas do conhecimento, podendo atuar...
	Nos conceitos entendidos por Hennemann (2016), estas disfunções acontecem nas situações de ,recepções dos estímulos, integrações, processamentos das informações e expressões de respostas. Nesta perspectiva, Ventura (2010), cita que as pesquisas em...
	Isto, pode também acompanhar o controle neural de funções ditas vegetativas, motoras e sensoriais. Ao se tratar deste campo científico tão abrangente, as pesquisas e estudos contribuem também para sujeitos os quais possuem transtornos como síndrom...
	O indíviduo em si consegue estabelecer seus aprendizados mediante as alterações funcionais do Sistema Nervoso Central, nas áreas da linguagem, das gnosias¹, das praxias², da atenção e da memória. Então, para que seja realizado o proce...
	No contexto da educação, Sousa e Alves (2017) discorem: “A Neurociência mostra como o cérebro aprende e como se comporta durante este processo e também determina as metodologias que vão identificar como os estímulos do aprendizado podem cheg...
	Já, Sousa e Alves (2017), consideram esta ser uma dúvida, pois muitos educadotres não tem acesso as formações para suas qualificações, as quais se tornam imprescindíveis, pois a metodologia dos cursos de formação para os profissonais da educaçã...
	A Neurociência não implica em estratégias inovadoras no âmbito educacional, porém contribui para responder questões como por exemplo: maneiras de elaborar um currículo compatível com o desenvolvimento cerebral; transformar o conhecimen...
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	Destacam-se assim três pontos, que elucidam a Neuropsicopedagogia: Educação, Psicologia e Neuropsicologia. Sendo assim, a educação neste âmbito, comtempla a potencialização de instruções e mediações para o sujeito, a psicologia ressalta a dedica...
	No ano de 2014 foi fundada a Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia (SBNPp) que define, a Neuropsicopedagogia como:
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	De acordo com a SBNPp (2014), o neuropsicopedagogo pode atuar na área institucional, clínica, ou de educação especial e inclusiva:
	a) na observação, identificação e análise do ambiente escolar nas questões do desenvolvimento humano do aluno nas áreas motoras, cognitivas e comportamentais; b) criar estratégias que viabilizem o desenvolvimento do processo ens...
	Assim sendo, a Neuropsicopedagogia contribui de forma positiva e gradativa para o desenvolvimento, por meio da relação entre cérebro e aprendizagem, no processo cognitivo e intelectual. Sua base de estudos, inclui também, questões de abor...
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	As interferências teóricas de Hennemann (2016), deixam evidente que as tecnologias e também as informações fazem parte, no quesito de conhecimento, para os profissionais dedicados aos estudos da Neurociência.
	Da mesma forma, surgem cursos de aperfeiçoamento e atualização, em diversos níveis educacionais, bem como clínicos, agregam conhecimentos e os potencializam. Porém, ainda existem pouquíssimas pesquisas com abordagens do tema Neurociência na educaçã...
	De acordo com Sousa e Alves (2017): “Empregando-se os instrumentos psicológicos adequados é possível potencializar a capacidade de aprender a pensar, de aprender a estudar e a comunicar-se. O aluno tem o direito de desenvolver o seu potencial cognit...
	Cunha (2015) discorre sobre o assunto: “Os processos individuais e coletivos de aprendizagem abrangem as relações entre uma ou mais, pois os mecanismos cerebrais da memória e da aprendizagem estão integrados aos micros processos neurais responsáveis...
	A Neurociência dedica-se ao estudo do sistema nervoso, e suas ligações com a fisiologia orgânica, enquanto os temas estudados pela Neuropsicopedagogia, são os mecanismos da atenção e memória, aprendizagem, emoção, linguagem e comunicação. (Pohlmann e ...
	Na perspectiva de Beauclair (2014), os estudos do Sistema Nervoso Central, são determinantes para a ampliação das missões da Neurociência, para sua ampliação em outras áreas específicas como Neuropsicopedagogia. A Neurociência é uma ciência cons...
	Ao se tratar do contexto escolar, (CASSINS et al., 2007, p 17), explica-nos:
	A Neupsicopedagigia escolar tem como referência conhecimentos científicos sobre desenvolvimento emocional, cognitivo e social,utilizando-os para compreender os processos e estilos de aprendizagem e direcionar a equipe educativa na busca de um constan...
	Desta forma, é uma área de intervenção e especialização, na qual o conhecimento cria novas possibilidades de aprender sobre o modo de o sujeito aprender, elaborando novas formas e estratégias de interrelacionar informações e conhecimentos. Se faz pr...
	No pensamento teórico de Oliveira (2018, p. 63):
	Um dos objetivos do neuropsicopedagogo é identificar as causas das dificuldades de aprendizagem, baseando-se na etiologia do problema e no ambiente escolar. Este profissional, com o domínio do conhecimento em Neurociência, Pedagogia e Psicologia estar...
	Medeiros e Bezerra (2015), concordam que se torna um ato consensual entre os profissionais da Neuropsicopedagogia, que o desenvolvimento e a aprendizagem de qualidade são relevantes, e oportunizam a inclusão social dos sujeitos. Pensando através des...
	__________________________________________________________________ (1)
	1 A metacognição é um campo de estudos relacionado à consciência e ao automonitoramento do ato cognitivo. Consiste na aprendizagem sobre o processo da aprendizagem ou a apropriação e comando dos recursos internos se relacionando com os objetos externos.
	CONCLUSÃO
	Através da pesquisa, esta trouxe um repostório teórico de maneira suscinta da importância do entendimento da Neurociência para a atuação Neuropsicopedagogo, e que ambas as áreas se complementam. A pesquisa de cunho bibliográfico e modalidade qualita...
	O resultado deste estudo, bem como a apreesentação dos dados, compreende que o neuropsicopedagogo, possui desafios enormes, pois as intervenções clínicas apresentam às neurociências como proposição de temas relevantes a serem estudados, em aprendiz...
	REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	RATEY, John J. O cérebro: um guia para o usuário. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

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