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Aula 01

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MINISTÉRIO DO TRABALHO, EMPREGO E 
PREVIDÊNCIA SOCIAL 
AUDITOR FISCAL DO TRABALHO 
AULA 01 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Professor Edson Marques 
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS
AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE 
AULA 01 – Administração Pública
Prof. Edson Marques 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 1 
Olá! 
Vamos que vamos, força total nesta grande 
jornada que iniciamos, sem dúvida estamos 
caminhando para uma grande vitória. Então, 
dedicação, força e fé. 
Bem, nesta aula veremos a configuração da 
Administração Pública direta e indireta. 
Dito isso, vamos ao que interessa.
Força, concentração e fé, 
Prof. Edson Marques 
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS
AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE 
AULA 01 – Administração Pública
Prof. Edson Marques 
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S U M Á R I O 
1. Organização Administrativa . . .............................................................. 3 
2. Administração Pública Direta . . ............................................................ 4 
2.1 Órgãos Públicos . . ............................................................................... 6 
2.1.1 Classificações dos órgãos . ............................................................ 11 
3. Administração Pública Indireta . ........................................................ 12 
3.1 Autarquias . ....................................................................................... 13 
3.2 Fundações Públicas . ......................................................................... 20 
3.3 Empresas Estatais . ........................................................................... 21 
4. Administração: Sentidos . ................................................................... 27 
5. QUESTÕES COMENTADAS . ................................................................. 29 
6. QUESTÕES SELECIONADAS . ............................................................. 131 
7. GABARITO . ....................................................................................... 158 
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS
AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE 
AULA 01 – Administração Pública
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1. Organização Administrativa 
Na aula introdutória conversamos sobre os parâmetros 
mais básicos para o entendimento do que seja de fato a Administração 
Pública. Conhecemos importantes instrumentos de sua organização: a 
centralização, descentralização, concentração e desconcentração 
administrativa. 
Lembremos que o Estado brasileiro, ente político e central, 
é a República Federativa do Brasil, pessoa jurídica de direito 
público externo, empreendeu a desconcentração e descentralização 
política. 
Na desconcentração política criou-se os poderes
(funções) do Estado, independentes e harmônicos entre si, ou seja, o 
Poder Legislativo (função legislativa), o Judiciário (função de julgar) e 
o Executivo (função administrativa). 
Na descentralização política, os entes políticos
internos, pessoas jurídicas de direito público interno, 
compreendendo a União, Estados-membros, Distrito Federal e 
Municípios. 
É a partir daí que se tem a noção de Administração 
Pública, ou seja, Administração Pública nada mais é que do que o Estado 
(entes políticos internos) no exercício da função administrativa (função 
executiva). 
Contudo, tal estrutura, inicialmente criada, o foi de forma 
concentrada e centralizada sob aspecto administrativo. Quer dizer, 
também, o Estado no exercício da função administrativa, para melhor 
desempenho dessa função, tende a repartir-se internamente e 
externamente. 
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AULA 01 – Administração Pública
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Por isso, é importante avançarmos no estudo desses 
aspectos, ou seja, da organização administrativa, que representa tanto a 
atuação do Estado no que se denomina Administração Pública direta e 
indireta. 
2. Administração Pública Direta 
Com efeito, foi o Decreto-Lei nº 200/67, em que pese 
não se atentar para o exercício de funções atípicas pelos demais poderes 
e tratando apenas do plano federal, que estabeleceu o conceito de 
Administração Pública Direta. Vejamos: 
Art. 4° A Administração Federal compreende: 
I - A Administração Direta, que se constitui dos 
serviços integrados na estrutura administrativa da 
Presidência da República e dos Ministérios. 
Portanto, a Administração Pública Direta compreende 
os próprios Entes Políticos, ou seja, União, Estados-membros, 
Distrito Federal e Municípios, todos com personalidade jurídica de 
direito público no exercício da função administrativa. 
Até aí tudo bem. Nada de novo! No entanto, para melhor 
organização das atividades que deve desempenhar, a Administração 
Pública direta procede a distribuição interna dessas atividades, fazendo 
uma departamentalização, uma setorização, ou seja, opera-se a 
desconcentração administrativa. 
Portanto, a desconcentração administrativa é a 
distribuição de atividades (funções, competências) em uma 
estrutura interna. Trata-se, pois, de divisão, distribuição de funções no 
âmbito interno de uma mesma pessoa jurídica, especialmente com a 
criação de órgãos. 
Assim, temos o surgimento dos órgãos administrativos, 
cuja principal característica talvez seja ausência de personalidade 
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própria, já que o órgão é parte integrante da pessoa jurídica a qual 
integra. Bem, mais isso veremos mais à frente. 
De outro lado, com o mesmo intuito de organizar-se e 
melhor desempenho de suas funções, o ente federativo no exercício da 
função administrativa também procede a distribuição de suas funções 
externamente. 
Significa dizer que o ente político transfere uma ou algumas 
de suas atividades (funções ou competências) para outra pessoa, para 
que a execute, para que a realize. 
Portanto, a descentralização administrativa é a 
distribuição externa de atividades de uma pessoa para outra, 
especialmente com a criação de entidades administrativas. 
Esse mecanismo, distribuição externa de funções 
(descentralização administrativa) é que deu ensejo ao surgimento do que 
se denomina Administração Pública indireta. 
Assim, Administração Pública Indireta é o conjunto 
de pessoas jurídicas distintas do Estado, e criadas por ele, para 
realizar atividades que lhe são atribuídas como próprias. 
Art. 4° A Administração Federal compreende: 
II - A Administração Indireta, que compreende as 
seguintes categorias de entidades, dotadas de 
personalidade jurídica própria: 
A propósito, lembre-se que na aula introdutória falamos 
justamente sobre esses dois importantes institutos, de maneira que se 
ainda tiver dúvidas, retorne a ele, e nos traga suas dúvidas. 
Bem, agora é importante aprofundarmos no estudo da 
desconcentração administrativa, quer dizer: dos órgãos públicos. E, 
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depois, vamos para a descentralização, para vermos o alcance da 
expressão Administração Pública indireta. 
2.1 Órgãos Públicos 
De acordo com o art. 1º, §2º, inc. I, da Lei nº 9.784/99, 
órgão público é “a unidade de atuação integrante da estrutura da 
Administração direta e da estrutura da Administração indireta”. 
Nesse sentido, a Profa. Di Pietro os define como uma 
unidade que congrega atribuições exercidas pelos agentes públicos que 
o integram com o objetivo de expressar a vontade do Estado. 
Na clássica lição de Hely Lopes Meirelles, órgãos públicos 
são centro de competências instituídospara o desempenho de funções 
estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa 
jurídica a que pertencem. 
Com efeito, em que pese os órgãos públicos terem sido 
criados originariamente no âmbito da Administração Pública direta 
(desconcentração administrativa), tal fenômeno é amplamente aplicável 
também na Administração indireta. Significa dizer que a 
desconcentração administrativa pode ocorrer na Administração 
direta ou na indireta, conforme se extrai do conceito legal. 
Cabe dizer que o órgão não se confunde com a pessoa 
jurídica (ente ou entidade). Na verdade, é parte integrante da estrutura 
de uma pessoa jurídica. Por isso, a característica básica que diferencia 
um órgão de uma entidade é que os órgãos não possuem 
personalidade jurídica e integram a estrutura interna de um ente ou 
entidade. 
Contudo, alguns órgãos podem ter representação 
própria para a defesa de suas prerrogativas institucionais, ou seja, 
podem ir a juízo em defesa da garantia do exercício de suas atribuições, 
conforme entendimento doutrinário e consagrado no âmbito da 
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jurisprudência: 
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO. CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO 
FEDERAL. LEGITIMIDADE PARA RECORRER. CAPACIDADE 
PARA SER PARTE E ESTAR EM JUÍZO. ADI 1557. 
LEGITIMIDADE PARA A CAUSA CONCRETAMENTE 
APRECIADA. AUSÊNCIA. PRECEDENTES. A corte pacificou 
entendimento de que certos órgãos materialmente 
despersonalizados, de estatura constitucional, 
possuem personalidade judiciária (capacidade para 
ser parte) ou mesmo, como no caso, capacidade 
processual (para estar em juízo). ADI 1557, rel. min. Ellen 
Gracie, Tribunal Pleno, DJ 18.06.2004. Essa capacidade, que 
decorre do próprio sistema de freios e contrapesos, não exime 
o julgador de verificar a legitimidade ad causam do órgão 
despersonalizado, isto é, sua legitimidade para a causa 
concretamente apreciada. Consoante a jurisprudência 
sedimentada nesta Corte, tal legitimidade existe quando o 
órgão despersonalizado, por não dispor de meios 
extrajudiciais eficazes para garantir seus direitos-função 
contra outra instância de Poder do Estado, necessita da tutela 
jurisdicional. Hipótese não configurada no caso. Agravo 
regimental a que se nega provimento. 
(RE 595176 AgR, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, 
Segunda Turma, julgado em 31/08/2010) 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. EMENDA Nº 
9, DE 12.12.96. LEI ORGÂNICA DO DISTRITO FEDERAL. 
CRIAÇÃO DE PROCURADORIA GERAL PARA CONSULTORIA, 
ASSESSORAMENTO JURÍDICO E REPRESENTAÇÃO 
JUDICIAL DA CÂMARA LEGISLATIVA. PROCURADORIA 
GERAL DO DISTRITO FEDERAL. ALEGAÇÃO DE VÍCIO DE 
INICIATIVA E DE OFENSA AO ART. 132 DA CF. 1. 
Reconhecimento da legitimidade ativa da Associação autora 
devido ao tratamento constitucional específico conferido às 
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atividades desempenhadas pelos Procuradores de Estado e 
do Distrito Federal. Precedentes: ADI 159, Rel. Min. Octavio 
Gallotti e ADI 809, Rel. Min. Marco Aurélio. 2. A 
estruturação da Procuradoria do Poder Legislativo didstrital 
está, inegavelmente, na esfera de competência privativa da 
Câmara Legislativa do DF. Inconsistência da alegação de 
vício formal por usurpação de iniciativa do Governador. 3. 
A Procuradoria Geral do Distrito Federal é a responsável 
pelo desempenho da atividade jurídica consultiva e 
contenciosa exercida na defesa dos interesses da pessoa 
jurídica de direito público Distrito Federal. 4. Não obstante, 
a jurisprudência desta Corte reconhece a ocorrência 
de situações em que o Poder Legislativo necessite 
praticar em juízo, em nome próprio, uma série de 
atos processuais na defesa de sua autonomia e 
independência frente aos demais Poderes, nada 
impedindo que assim o faça por meio de um setor 
pertencente a sua estrutura administrativa, também 
responsável pela consultoria e assessoramento 
jurídico de seus demais órgãos. Precedentes: ADI 175, 
DJ 08.10.93 e ADI 825, DJ 01.02.93. Ação direita de 
inconstitucionalidade julgada parcialmente procedente. 
(ADI 1557, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Tribunal Pleno, 
julgado em 31/03/2004, DJ 18-06-2004 PP-00043 EMENT 
VOL-02156-01 PP-00033 RTJ VOL 00192-02 PP-00473) 
PROCESSO CIVIL E ADMINISTRATIVO – DEFESA JUDICIAL DE 
ÓRGÃO SEM PERSONALIDADE JURÍDICA – PERSONALIDADE 
JUDICIÁRIA DA CÂMARA DE VEREADORES. 
1. A regra geral é a de que só os entes personalizados, com 
capacidade jurídica, têm capacidade de estar em juízo, na 
defesa dos seus direitos. 
2. Criação doutrinária acolhida pela jurisprudência no 
sentido de admitir que órgãos sem personalidade 
jurídica possam em juízo defender interesses e 
direitos próprios, excepcionalmente, para 
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manutenção, preservação, autonomia e 
independência das atividades do órgão em face de 
outro Poder. 
3. Hipótese em que a Câmara de Vereadores pretende não 
recolher contribuição previdenciária dos salários pagos aos 
Vereadores, por entender inconstitucional a cobrança. 
4. Impertinência da situação excepcional, porque não 
configurada a hipótese de defesa de interesses e 
prerrogativas funcionais. 
5. Recurso especial improvido. 
(REsp 649.824/RN, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA 
TURMA, julgado em 28/03/2006, DJ 30/05/2006 p. 136) 
Assim, em que pese os órgãos não terem personalidade 
jurídica, alguns (órgãos independentes e autônomos) são dotados de 
capacidade processual (capacidade judiciária ou personalidade 
judiciária) a fim de irem a juízo na defesa de suas prerrogativas 
institucionais, tal como o TCU na defesa de sua prerrogativa de fiscalizar 
as contas pública, por exemplo. 
Nesse sentido, conforme entendimento do STF, alguns 
órgãos têm a capacidade ou “personalidade judiciária” para 
impetrarem mandado de segurança para a defesa do exercício de 
suas competências e do gozo de suas prerrogativas. 
Outrossim, é preciso também acentuar que o órgão 
também não se confunde, em regra, com a pessoa física (com o 
agente público). Todavia, para o exercício das competências que lhe 
são distribuídas é imprescindível o elemento humano a fim de exercer a 
vontade da administração. 
Por isso, vale a pena tecermos uma análise acerca da 
relação entre o agente público e o órgão, ou seja, a relação que se 
concretiza em razão do exercício de atividades pelos agentes públicos em 
decorrência das atribuições destinadas a determinados órgãos. 
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Nesse sentido, três sãos as teorias que tentam explicar tal 
relação, sendo: 
a) Teoria do mandato: Para esta teoria o agente público 
seria um mandatário da pessoa jurídica. Significa dizer que receberia um 
mandato ou procuração para atuar em nome da administração. 
Daí se percebe certa fragilidade na medida em que não se 
pode afirmar quem outorgou o mandato ao primeiro agente público, que 
outorgara mandato aos demais e daí por diante. Isto é, quem passaria 
procuração para que o agente pudesse atuar em nome do Estado? A essa 
pergunta, obviamente não se encontrou resposta adequada. 
Por isso, tal teoria, no direito brasileiro, foi refutada, eis 
que não se aplica modernamente no âmbito da Administração Pública. 
b) teoria da representação: para esta o agente público 
era legalmente representante do Estado, ou seja, o Estado teria comoseu representante legal o agente público. 
Também é criticável, pois equipara o agente ao tutor ou 
curador, considerando o Estado como incapaz. Assim, se o Estado é 
considerado incapaz, como ele próprio poderia estabelecer tal 
representação? Por isso, também essa teoria não se sustentou. 
c) teoria do órgão: é a aplicada no âmbito da 
Administração Pública brasileira, devendo ser aquela observada nas 
respostas dos certames. 
Explica a relação no sentido de que a pessoa jurídica 
manifesta a sua vontade por meio dos órgãos, de tal modo que, 
quando os agentes que os compõem, ao exercerem suas 
atribuições, é como se o próprio Estado o fizesse, traduzindo-se 
numa ideia de imputação. 
Significa que o agente atua de acordo com as 
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competências do órgão, realizando a vontade do ente ou entidade 
que este integra. 
Assim, o Estado atua por meio de seus órgãos e, dentro 
destes, haverá agentes que realizarão as atribuições destinadas à 
estrutura organizacional. 
Como visto, é essa a teoria que explica a relação entre o 
Estado, o órgão e o exercício das atividades administrativas pelos 
agentes, por isso também é denominada teoria da imputação 
[princípio da imputação volitiva]. 
2.1.1 Classificações dos órgãos 
Sabendo, então, que o órgão é parte integrante da 
estrutura de um ente ou entidade, é possível identificarmos diversos 
tipos, espécies, de órgãos públicos, de maneira que podemos classificá-
los utilizados vários mecanismos. 
Assim, dentre os principais podemos citar quanto a posição 
estatal, quanto a estrutura, e quanto a atuação funcional. Isso, no 
entanto, sem querer esgotar o ponto, pois há, como disse, diversas 
classificações. 
Quanto à posição estatal temos os órgãos 
independentes, os autônomos, os superiores e os subalternos. 
Os independentes são órgãos cuja criação tem origem 
na própria Constituição e representam um dos Poderes estatais, não 
estão sujeitos a qualquer subordinação hierárquica ou funcional por 
outro órgão, apenas à Constituição e às Leis. (Ex: Chefia do Executivo, 
Tribunais, Congresso Nacional etc) 
Os autônomos são órgãos que gozam de autonomia 
administrativa, financeira e técnica, localizados na cúpula da 
Administração, abaixo e subordinados diretamente aos órgãos 
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independentes, participando das decisões governamentais no âmbito 
de suas competências. (Ex: Ministérios, Secretarias de Estado). 
Os superiores são os órgãos que detêm o poder de 
direção, comando e controle das atividades administrativas de sua 
competência, porém estão sempre subordinados a controle hierarquia 
de uma autoridade superior, não gozando, portanto, de autonomia. (Ex: 
Departamentos, Gabinetes, Coordenadorias, Divisões etc) 
Os subalternos são os órgãos que estão subordinados a 
outros órgãos de hierarquia maior, com função eminentemente de 
execução das decisões tomadas administrativamente. (Ex: Seção de 
pessoal, expediente, material, transporte, apoio técnico etc). 
Quanto à estrutura, ou seja, constituição interna desse 
órgão, temos os simples e os compostos. 
São simples os órgãos constituídos por um só centro de 
comando, sem subdivisões internas. E, compostos, os que possuem, 
em sua estrutura interna, outros órgãos que lhe estão subordinados 
hierarquicamente. 
Quanto à atuação funcional temos os órgãos singulares 
e os colegiados. Singulares são órgãos que atuam, exercem seu poder 
decisório, por meio de um único agente. (Diretoria Geral etc). E, os 
Colegiados, aqueles cuja atuação e decisão passa, em regra, pela 
manifestação conjunta e majoritária de seus membros (Comissões 
Disciplinares, Comissão de Licitação etc). 
3. Administração Pública Indireta 
A Administração Pública indireta é uma forma de 
descentralização administrativa em que o Estado, Administração Pública 
Direta, transfere competências administrativas para outra pessoa jurídica 
criada por ele. 
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Essa transferência é denominada outorga e somente se dá 
por meio de lei. Então, a outorga é a transferência de determinada 
competência da administração direta para a indireta. 
Com efeito, temos no âmbito da Administração Pública 
indireta as seguintes entidades administrativas: 
 Autarquias, 
 Fundações Públicas, 
 Empresas Públicas 
 Sociedades de Economia Mista. 
3.1 Autarquias 
As autarquias são pessoas jurídicas de direito 
público, criadas por lei, com autonomia administrativa, 
orçamentária e técnica (capacidade de autoadministração), e 
capital exclusivamente público, para o desempenho de atividades 
típicas do Estado. 
Nesse sentido, o Decreto-Lei nº 200/67 define autarquia, 
nos termos do art. 5º, inc. I, da seguinte forma: 
Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se: 
I – Autarquia – o serviço autônomo, criado por lei, com 
personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para 
executar atividades típicas da Administração Pública, que 
requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão 
administrativa e financeira descentralizada. 
Numa visão bem simplista, podemos dizer que as 
autarquias representam uma parcela do Estado no exercício indireto de 
sua função administrativa (gestão administrativa descentralizada), por 
meio de um órgão a que se atribuiu vida própria. 
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Diante disso, é possível identificar as seguintes 
características: 
 A criação é sempre por lei; 
 São dotadas de personalidade jurídica de direito público; 
 Gozam de autonomia administrativa, orçamentária e 
técnica; 
 São criadas para especialização dos fins ou atividades; 
 Sujeitam-se ao controle de tutela. Significa que não estão 
subordinadas ao ente que as criou, mas apenas vinculada 
aos fins para os quais foi criada (supervisão ministerial). 
Por gozarem de personalidade jurídica de direito público, 
vale destacar que as autarquias são sempre criadas por lei. Ou seja, 
somente Lei (em sentido estrito) pode criar uma Autarquia. E é a lei que 
definirá sua estrutura, sua atividade, ou seja, seus contornos. 
Significa dizer que, a partir do início da vigência da lei 
criadora, tem a entidade seu surgimento (seu nascimento), sem 
qualquer necessidade de averbação de seus atos institucionais 
em órgãos destinados a tanto, pois seu delineamento está todo 
contido na norma criadora. 
Então, por observância do princípio da simetria 
(paralelismo das formas), a extinção também deverá ser procedida por 
meio de lei. Isto é, se somente por lei específica é possível à 
criação, então, somente por lei poderá ocorrer à extinção de uma 
Autarquia. 
É importante destacar que, doutrinariamente, se costuma 
dividir as autarquias em institucionais e territoriais. 
As autarquias territoriais surgem por desmembramento 
geográfico do Estado, criando-se um ente ao qual se outorga 
prerrogativas de forma geral funções administrativas e até mesmo de 
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ordem política, a exemplo dos territórios que são autarquias 
territoriais de natureza política integrantes da União. 
As autarquias institucionais são pessoas administrativas 
criadas por lei, com objetivo específico, sem qualquerespécie de 
delegação política, pois recebem, por outorga, a titularidade de uma 
atividade típica do Estado. Exemplo: Instituto Nacional do Seguro Social 
– INSS. 
Por outro lado, classificam-se, ainda, as autarquias quanto 
ao objeto, quando temos as autarquias em regime comum e as em 
regime especial. 
As autarquias em regime comum não têm maior 
especificidade, ou seja, estariam submetidas ao denominado “regime 
comum” das autarquias, gozando de autonomia administrativa e 
financeira, prerrogativas destinadas à Fazenda Pública em geral. Ex. 
Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, Instituto Brasileiro do Meio 
Ambiente – IBAMA, Instituto de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, 
dentre outros. 
As autarquias em regime especial são autarquias 
dotadas de maiores prerrogativas, tal qual maior autonomia 
administrativa, poder normativo técnico e, ainda, algumas gozando 
de mandato fixo para os seus dirigentes. Ex: Universidades (Lei nº 
5.540/68), BACEN e as denominadas agências reguladoras (ex.: ANATEL, 
ANA, ANEEL, ANP, ANVISA, etc). 
Podemos utilizar, ainda, classificação considerando a 
estrutura, quando temos as autarquias corporativas e as 
fundacionais. 
As autarquias corporativas são aquelas que têm a 
prerrogativa de fiscalizar e controlar o exercício de certas 
profissões. Ex.: CRECI, CRM, CREA, CRC, ou seja, os conselhos 
profissionais. 
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Nesse aspecto, cabe destacar que o Supremo Tribunal 
Federal tem entendimento de que a OAB (Ordem dos Advogados do 
Brasil) não integra a Administração Pública, realizando, pois, 
serviço público de forma independente, e, por isso, não se submete 
ao regime jurídico-administrativo (não sendo obrigada a realizar concurso 
para ingresso de pessoal), tampouco a controle Estatal de suas 
finalidades ou mesmo do Tribunal de Contas da União no tocante aos seus 
recursos e gastos. 
Portanto, verificamos que muito embora os conselhos de 
profissões sejam autarquias corporativas, e, por isso, se submetem 
a controle do Tribunal de Contas da União, além de terem o dever de 
licitar e realizar concursos públicos, a OAB estaria excluída dessas 
sujeições na medida em que não integra a Administração Pública, 
conforme entendimento do STF. 
As autarquias fundacionais são autarquias criadas em 
razão de um destacamento de patrimônio estatal, com o escopo de 
atuarem desempenhando atividades ligadas ao desenvolvimento social, 
tal como saúde, educação ou em proteção aos direitos e interesses de 
minorias. Ex. Fundação Universidade de Brasília (FUB), Fundação 
Nacional do Índio (FUNAI) etc. 
O Prof. Carvalho Filho traz interessante classificação, 
quanto nível federativo e quanto ao objetivo, além de referentes ao 
regime jurídico (especial ou comum). 
Quanto ao nível federativo, as autarquias podem ser 
federais (integrantes da União), estaduais, distritais e municipais. 
Quanto ao objeto podem classificar-se em culturais (são 
aquelas dirigidas à educação e saúde), corporativas (ou profissionais, são 
os conselhos) e previdenciárias (voltadas à previdência social oficial), e 
ainda assistenciais (voltadas à atividade de auxílio, ajuda, assistência), 
administrativas (categoria residual que desempenham serviços públicos 
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e outras atividades), de controle (as agências reguladoras) e associativas 
(associação publica). 
Portanto, a autarquia é forma de atuação especializada da 
Administração no exercício de certa atividade administrativa, de modo 
que não poderá atuar fora de tais fins, sob pena de violação da finalidade 
para a qual fora constituída. 
Quanto às agências reguladoras vale lembrar que em 
decorrência da chamada “reforma administrativa” empreendida pelo 
Governo Federal nos anos 90, surgiram no Estado brasileiro as 
denominadas Agências, inspiradas no modelo Norte-Americano e 
Francês, procurando estabelecer autarquias submetidas a regime 
especial. 
É o que alguns doutrinadores têm chamado de 
agencificação, no sentido da proliferação das agências. 
No entanto, conforme crítica do Prof. Celso Bandeira, “a 
única particularidade marcante do tal regime especial é a 
nomeação pelo Presidente da República, sob aprovação do 
Senado, dos dirigentes da autarquia, com garantia, em prol 
destes, de mandato a prazo certo” e, enfim, da adoção do nome de 
agência. 
A denominação agência, no sentido de se estabelecer uma 
atividade reguladora como sendo inovadora no ordenamento 
administrativo nacional, nada traz de novo, a não ser o próprio nome, 
visto que a existência de autarquias com referida função já há muito 
existia na seara nacional, podendo citar, por exemplo, o Banco Central, 
a CVM (Conselho de Valores Monetários), a SUSEP (Superintendência de 
Seguros Privados). 
Assim, nada há de inovador na atribuição de poderes 
reguladores às denominadas autarquias em regime especial 
(agências). 
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De tudo, no entanto, precisamos verificar que há duas 
hipóteses de agências: as reguladoras e as executivas. 
As agências reguladoras (autarquias em regime 
especial) surgiram em decorrência do plano nacional de desestatização 
(Lei nº 9.491/97), cujo escopo era pôr fim ao monopólio estatal de 
alguns serviços definidos em certos setores e, principalmente, visando o 
princípio da especialidade, com papel de disciplinar e fiscalizar atividades 
típicas do Estado, cuja execução fora outorgada a particulares. 
Como disse, essas agências caracterizam-se por três 
elementos: maior independência, investidura especial (depende de 
nomeação pelo Presidente aprovação prévia do Senado Federal) 
e mandato, com prazo fixo, conforme lei que cria a pessoa 
jurídica. 
Quanto ao regime especial, o prof. Carvalho Filho dá 
especial destaque às prerrogativas para que se caracterize uma autarquia 
em regime especial, citando quatro fatores, sendo: 
1º) poder normativo técnico (chamada deslegalização, ou seja, 
poder de editar normas técnicas complementares das normas gerais); 
2º) autonomia decisória (poder de decidir os conflitos 
administrativos que envolvem sua área de atuação); 
3º) independência administrativa (seus dirigentes têm investidura 
por prazo certo); 
4º) autonomia econômico-financeira (têm recursos próprios e 
dotação orçamentária específica). 
Pode-se dizer, portanto, que as agências reguladoras são 
responsáveis pela regulamentação (poder regulamentar), controle e 
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fiscalização de serviços públicos, atividades e bens transferidos ao setor 
privado e, em suma, englobam as seguintes atividades: 
a) serviços públicos propriamente ditos, tal como ANEEL 
(Lei nº 9.427/96), ANATEL (Lei nº 9.472/97), ANTT e ANTAQ (Lei nº 
10.233/2001); 
b) atividade de fomento e fiscalização de atividade privada 
(Ancine – MP 2.281-1/01 – Lei nº 10.454/02); 
c) regulação e fiscalização de atividades econômicas (ANP, 
Lei nº 9.478/97); 
d) atividades sociais – exercidas pelo Estado, mas 
facultadas também ao particular – (ANVISA, Lei nº 9.782/99; ANS, Lei 
nº 9.961/00); e, 
e) agência reguladora de uso de bens públicos, tal como a 
ANA, criada pela Lei nº 9.984/00. 
De todo modo, devemos observar uma série de traços 
específicos e característicos dessas entidades quanto a pessoal, regime 
jurídico, licitações, dentreoutros. Vejamos: 
a) Regime de pessoal: A Lei nº 9.986/00 estabelecia a 
possibilidade de contratação por meio do regime celetista. Porém, o STF 
entendeu que não se compatibilizava o regime de emprego com as 
atribuições desempenhas pelas agências reguladoras, firmando, com 
isso, a necessidade de observar o regime estatutário. 
Dessa forma, fora revogado o regime anterior pela Lei nº 
10.871/04, a qual estabeleceu o regime estatutário, prejudicando 
o julgamento final da ADI 2.130, que havia suspendido a aplicação de 
regime privado aos agentes. Autorizou-se, contudo, a contratação de 
pessoal técnico de caráter temporário pelo prazo máximo de 36 meses. 
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b) Licitação: devem observar as normas da Lei nº 
8.666/93 e Lei nº 10.520/02. Podendo optar por modalidades especificas 
como o pregão e a consulta, conforme consta da Lei nº 9.986/00. 
As agências executivas, por outro lado, são autarquias 
ou fundações que por iniciativa da Administração Direta (Presidente da 
República), recebem o status de Agência Executiva, em razão da 
celebração de um contrato de gestão, que objetiva uma maior 
eficiência e redução de custos (Decretos Federais nº 2.487 e 2.488, 
ambos de 1998). 
Para receber tal qualificação é preciso ter plano estratégico 
de reestruturação e desenvolvimento institucional em andamento e 
celebrar contrato de gestão com o Ministério supervisor. 
São, portanto, autarquias ou fundações qualificadas 
para melhor desempenho de suas atividades que firmam contrato 
de gestão para maior autonomia administrativa e orçamentária, 
não estando, portanto, hierarquicamente subordinadas. 
3.2 Fundações Públicas 
O Decreto-Lei nº 200/67, conforme art. 5º, inc. IV, define 
fundações, como entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, 
sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o 
desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou 
entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio 
gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por 
recursos da União e de outras fontes. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987) 
Nesse sentido, a Constituição Federal em seu artigo 37, inc. 
XIX, dispõe que “somente por lei específica poderá ser criada autarquia e 
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de 
fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas 
de sua atuação”. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm#art1ii
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Significa dizer que a criação de fundações públicas 
depende sempre de lei específica, ou seja, a lei autorizando a criação, 
cabendo a lei complementar definir a área de atuação. 
Ressalte-se, ademais, que a criação se dá por meio de 
decreto executivo que aprova o Estatuto, o qual deverá ser 
registrado em cartório de registro de pessoas jurídicas. 
De outro lado, devemos entender que as Fundações 
Públicas podem ter a natureza de pessoa jurídica de direito 
público, caracterizando uma espécie de autarquia, denominada 
autarquia fundacional ou fundação governamental. 
Com efeito, disso podemos extrair que, as fundações 
públicas de direito público estão submetidas a regime jurídico de direito 
público, o que caracteriza que seus bens são públicos, o regime adotado 
para seu pessoal é o estatutário, pagando suas dívidas por precatórios e, 
no caso das fundações públicas de direito público federal estão sob a 
jurisdição da justiça federal. 
De outro lado, as fundações públicas de direito privado, se 
submete, em regra, ao regime jurídico de direito privado, seus bens são 
considerados privados, seus agentes, como regra, se submetem ao 
regime celetista. 
No entanto, nem tudo se reduz ao regime privado, é que 
por ser entidade pública está submetida a algumas restrições oriundas 
do princípio da indisponibilidade do interesse público, ou seja, oriundas 
do regime jurídico-administrativo, tal como obrigatoriedade de licitar, 
realizar concurso público, dentre tantas outras implicações do regime 
público. 
3.3 Empresas Estatais 
As empresas estatais têm com espécies as empresas 
públicas e sociedades de economia mista e suas subsidiárias. 
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A empresa pública, conforme Decreto-Lei nº 200/67, é 
pessoa jurídica de direito privado composta por capital 
exclusivamente público, criada para a prestação de serviços 
públicos ou exploração de atividades econômicas sob qualquer 
modalidade empresarial. 
Nesse sentido, vale citar, além do referido art. 37, inc. XIX, 
o art. 173, §1º, inc. II, da Constituição, que assim dispõe: 
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a 
exploração direta de atividade econômica pelo Estado só 
será permitida quando necessária aos imperativos da 
segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, 
conforme definidos em lei. 
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa 
pública, da sociedade de economia mista e de suas 
subsidiárias que explorem atividade econômica de 
produção ou comercialização de bens ou de prestação de 
serviços, dispondo sobre: (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
I – sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela 
sociedade; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas 
privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, 
comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 19, de 1998) 
De outro lado, a sociedade de economia mista é pessoa 
jurídica de direito privado, criada para prestação de serviço 
público ou exploração de atividade econômica, com capital misto 
e na forma de S/A. 
Assim, vamos verificar que as estatais têm características 
que as assemelham, mas têm outras que as distinguem. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art173§1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art173§1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art173§1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art173§1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art173§1
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Nesse sentido, observe que, quanto à criação, sempre 
depende de lei, só que a lei (específica) autoriza a instituição (art. 
37, XIX, da CF), que dependerá de registro de seus atos constitutivos 
(decreto de aprovação do contrato social) no órgão competente 
[junta comercial]. 
Quanto à extinção, em observância ao princípio do 
paralelismo das formas ou da simetria haveria a necessidade 
também de lei autorizar, dando-se a devida baixa no cartório. 
No entanto, paira na doutrina controvérsia acerca da 
possibilidade de empresa pública ou sociedade de economia mista falir. 
A Lei nº 6.404/76 (LSA) estabelecia que a Sociedade de Economia Mista 
não poderia falir, esse era o entendimento sustentado por parte da 
doutrina, outros sustentavam que poderia ante a norma do art. 173, §1º, 
CF/88. 
Contudo, a Lei n° 11.101/2005 (nova Lei de Falências 
e Recuperação Judicial), em seu artigo 2°, exclui, explicitamente, 
a sociedade de economia mista e a empresa pública de sua 
incidência,de modo que não podem falir ou se submeterem ao 
procedimento de recuperação judicial extrajudicial. 
Outrossim, cumpre dizer que as estatais estão submetidas 
às disposições da Lei 8.666/93. Pode, contudo, quando exploradoras da 
atividade econômica, ter regime especial por meio de estatuto próprio 
conforme o art. 173, §1º, III, CF. 
Ressalto, no entanto, que o STF entendeu, em julgamento 
ainda pendente de finalização, que a estatal exploradora de atividade 
econômica em regime concorrencial pode adotar procedimento 
simplificado de licitação aprovado por decreto presencial (caso 
Petrobras). Vejamos: 
INFORMATIVO Nº 426: 
TÍTULO: Efeito Suspensivo em 
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RE: Petrobrás e Licitação Simplificada 
PROCESSO: AC – 1193 
ARTIGO 
A Turma, resolvendo questão de ordem, deferiu medida cautelar 
para emprestar efeito suspensivo a recurso extraordinário 
interposto pela Petróleo Brasileiro S/A – Petrobrás contra acórdão 
do STJ que, também em medida cautelar, restabelecera a eficácia 
de tutela antecipada que suspendera as suas licitações, as quais 
utilizavam procedimento licitatório simplificado, previsto na Lei 
9.478/97 e regulamentado pelo Decreto 2.745/98. 
Consideraram-se presentes os requisitos necessários à pleiteada 
concessão. Quanto à plausibilidade jurídica do pedido, asseverou-
se que a submissão da Petrobrás a regime diferenciado 
de licitação estaria, à primeira vista, justificado, tendo em 
conta que, com o advento da EC 9/95, que flexibilizara a 
execução do monopólio da atividade do petróleo, a ora 
requerente passara a competir livremente com empresas 
privadas, não sujeitas à Lei 8.666/93. Nesse sentido, 
ressaltaram-se as conseqüências de ordem econômica e política 
que adviriam com o cumprimento da decisão impugnada, caso 
a Petrobrás tivesse que aguardar o julgamento definitivo do 
recurso extraordinário, já admitido, mas ainda não distribuído no 
STF, a caracterizar perigo de dano irreparável. Entendeu-se, no 
ponto, que a suspensão das licitações realizadas com base no 
Regulamento do Procedimento Licitatório Simplificado 
(Decreto 2.745/98 e Lei 9.478/97) poderia tornar inviável a 
atividade da Petrobrás e comprometer o processo de exploração 
e distribuição do petróleo em todo país, com reflexos imediatos 
para a indústria, comércio e, enfim, para toda a população. AC 
1193 QO-MC/RJ, rel. Min. Gilmar Mendes, 9.5.2006. (AC-1193) 
Ademais, no tocante ao regime tributário, tendo em 
vista a disposição contida no art. 173, §1º, inc. II, CF/88, em 
regra, as estatais não têm privilégios tributários, que não sejam 
extensíveis à iniciativa privada. 
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=1193&classe=AC&codigoClasse=0&ORIGEM=JUR&recurso=0&tipoJulgamento=
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Ou seja, somente gozaram de privilégios tributários se 
forem extensíveis às entidades do setor privado no ramo em que 
concorrem. 
De todo modo, o Supremo Tribunal Federal vem 
entendendo que se prestam serviços públicos, especialmente em 
regime de exclusividade, gozam de prerrogativas de direito 
público, tal como imunidade tributária em relação aos seus bens, 
rendas e serviços e pagamento de seus débitos por precatórios (Caso 
ECT). Vejamos: 
INFORMATIVO Nº 546 
TÍTULO: ECT: IPVA e Imunidade Tributária 
PROCESSO: ACO – 765 
ARTIGO 
Na linha da orientação firmada no julgamento da ACO 959/RN 
(DJE de 16.5.2008), no sentido de que a norma do art. 150, 
VI, a, da CF alcança as empresas públicas prestadoras de 
serviço público, o Tribunal, por maioria, julgou procedente 
pedido formulado em ação cível originária proposta pela 
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT contra 
o Estado do Rio de Janeiro, para afastar a cobrança do 
IPVA, bem como as sanções decorrentes da inadimplência 
do tributo. Vencidos os Ministros Marco Aurélio, relator, e 
Ricardo Lewandowski, que julgavam o pleito improcedente, por 
reputarem inaplicável, à autora, a imunidade recíproca, haja 
vista ser ela empresa pública com natureza de direito privado que 
explora atividade econômica. Vencido, parcialmente, o Min. 
Joaquim Barbosa, que julgava o pedido procedente em parte. Em 
seguida, o Tribunal, também por votação majoritária, resolveu 
questão de ordem, suscitada pelo Min. Menezes Direito, para 
autorizar os Ministros a decidirem, monocrática e 
definitivamente, nos termos da decisão desta ação cível 
originária, recursos e outras causas que versem sobre o mesmo 
tema. Vencido, no ponto, o Min. Marco Aurélio. ACO 765/RJ, rel. 
orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Menezes Direito, 
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=765&classe=ACO&codigoClasse=0&ORIGEM=JUR&recurso=0&tipoJulgamento=
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13.5.2009. (ACO-765) 
No tocante a responsabilidade civil, as estatais podem 
tanto explorar a atividade econômica como prestar serviço público. 
Assim, quando prestadoras de serviços públicos submetem-se ao regime 
de responsabilidade objetiva (art. 37, §6º, CF/88), respondendo o Estado 
subsidiariamente pelos prejuízos causados. 
No entanto, quando exploradoras de atividade econômica, 
o regime será o privado, portanto, em regra, a responsabilidade é 
subjetiva, ou seja, depende da comprovação de dolo ou culpa. 
No tocante ao seu pessoal, por estarem submetidas ao 
regime de direito privado, ocupam emprego público, seguindo o 
regime da CLT. Todavia, são considerados agentes públicos (servidores 
públicos lato sensu), em razão de algumas regras: concurso público, teto 
remuneratório, acumulação, remédios constitucionais, fins penais, 
improbidade administrativa, dentre outros aspectos. 
É de se ressalvar, no entanto, o entendimento do TST de 
que poderá dispensar o empregado de forma imotivada, salvo quando for 
estatal prestadora de serviços públicos, porque aí a dispensa deverá ser 
motivada e amparada de processo administrativo no qual se assegure o 
contraditório e a ampla defesa. 
E, por fim, em relação aos bens, considera-se bens 
privados, ou seja, são passíveis de penhora, exceto se a empresa for 
prestadora de serviços públicos e o bem estiver diretamente ligado a eles, 
de modo que por força do princípio da continuidade o bem não poderá 
sofrer constrição. 
Essas características assemelham as empresas públicas e 
as sociedades de economia mista, no entanto, se distanciam no tocante 
a sua constituição, isso porque as empresas públicas são formadas 
por capital exclusivamente público, enquanto as de economia 
mista não, são formadas por capital público e privado. 
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As empresas públicas podem assumir qualquer forma 
societária/empresarial, ou seja, podem ser S/A, Limitada, Comandita. 
No entanto, as de economia mista só podem assumir a forma de 
S/A. 
Ademais, no caso federal, as empresas públicas têm suas 
demandas julgadas na Justiça Federal (art. 109, inc. I, da CF/88), 
enquanto que as sociedades de economia mista terão suas causas 
decididas na Justiça Estadual. 
Organograma: 
4. Administração: Sentidos 
Por fim, cumpre dizer que a organização administrativa que 
percebemos nos dá a noção e sentido formal da Administração Pública. 
Contudo, o sentido da administração pública também pode ser concebido 
por aquilo que ela faz,desempenha, ou seja, pelas atividades, chamado 
de sentido material. 
Desse modo, pelo sentido formal, orgânico ou subjetivo 
temos os entes, entidades, órgãos e agentes (servidores) públicos que 
integram a estrutura da Administração Pública, grafando-se a expressão 
com as iniciais em maiúsculo. 
Pelo sentido material, funcional ou objetivo, temos as 
Administração 
Pública
Direta
União Estados DF Municípios
Indireta
Autarquias
Fundações 
Públicas
Empresas 
Públicas
Sociedades de 
Economia Mista
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funções desempenhadas pelo Estado no exercício da função 
administrativa (Serviços Públicos, Poder de Polícia, Fomento e 
Intervenção), de modo que se grafa o termo administração pública em 
minúsculo. 
Dito isso, vamos às questões. 
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5. QUESTÕES COMENTADAS 
1. (DELEGADO DE POLÍCIA – PC/AL – CESPE/2012) Ocorre o 
fenômeno da desconcentração quando o Estado desempenha 
algumas de suas funções por meio de outras pessoas jurídicas. 
Comentário: 
O Estado é uma pessoa jurídica. Assim, quando essa 
pessoa distribui competências para outra pessoa, teremos a 
descentralização, que poderá ser política (distribui para outros entes 
políticos) ou administrativa (distribui para entidades administrativas). 
Gabarito: Errado. 
2. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A 
centralização é a situação em que o Estado executa suas tarefas 
diretamente, por intermédio dos inúmeros órgãos e agentes 
administrativos que compõem sua estrutura funcional. 
Comentário: 
O fato de o Estado exercer suas funções por meio de 
diversos órgãos é o fenômeno da desconcentração, que ocorre no âmbito 
interno de uma mesma pessoa. 
No entanto, mesmo desconcentrado, o ente está 
centralizado, pois nada se menciona sobre a criação de outras entidades. 
Com efeito, a centralização é o movimento inverso da 
descentralização. Então, enquanto na descentralização temos duas ou 
mais pessoas. Na centralização temos uma só pessoa, que pode ou não 
estar desconcentrada. 
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Gabarito: Certo. 
3. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A chamada 
centralização desconcentrada é a atribuição administrativa 
cometida a uma única pessoa jurídica dividida internamente em 
diversos órgãos. 
Comentário: 
Na centralização temos uma só pessoa que exerce suas 
funções. Pode, essa pessoa, estar desconcentrada (ter diversos órgãos) 
ou concentrada (não ter diversos órgãos, ou seja, não ter divisão interna 
de suas atribuições entre órgãos). 
Gabarito: Certo. 
4. (ANALISTA DE PLANEJAMENTO – INPI – CESPE/2013) O 
instituto da desconcentração permite que as atribuições sejam 
distribuídas entre órgãos públicos pertencentes a uma única 
pessoa jurídica com vistas a alcançar uma melhora na estrutura 
organizacional. Assim, concentração refere-se à administração 
direta; já desconcentração, à indireta. 
Comentário: 
De fato, a desconcentração permite que as atribuições 
sejam distribuídas entre órgãos públicos pertencentes a uma única 
pessoa jurídica com vistas a alcançar uma melhora na estrutura 
organizacional. 
Contudo, concentração/desconcentração tanto podem ser 
referir à administração direta ou à indireta, pois se trata de organização 
interna no âmbito de uma mesma pessoa jurídica. 
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Gabarito: Errado.
5. (AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - TCE/ES - CESPE/2012) 
Para que ocorra a descentralização administrativa, é necessária, 
pelo menos, a existência de duas pessoas. 
Comentário: 
A descentralização administrativa pressupõe sempre a 
existência de duas ou mais pessoas, enquanto a desconcentração 
pressupõe uma só pessoa. 
Gabarito: Certo. 
6. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/RR – CESPE/2012) Quando o 
Estado cria entidades dotadas de patrimônio e personalidade 
jurídica para propiciar melhorias em sua organização, ocorre o 
que se denomina desconcentração. 
Comentário: 
A criação de pessoa jurídica pelo Estado distribuindo-lhe 
função administrativa é o fenômeno da descentralização. 
Gabarito: Errado. 
7. (AGENTE ADMINISTRATIVO – MTE – CESPE/2014) O Decreto 
n.º 5.063/2004 aprovou a estrutura regimental do MTE, órgão 
vinculado à administração federal. Compõem sua estrutura as 
superintendências regionais do trabalho e emprego, a Fundação 
Jorge Duprat Figueiredo, de Segurança e Medicina do Trabalho 
(FUNDACENTRO), entidade vinculada, dotada de personalidade 
jurídica própria. Considerando as informações acima, julgue os 
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próximos itens acerca da organização administrativa do Estado. 
A criação do MTE e das superintendências regionais do trabalho e 
emprego caracteriza a utilização da técnica denominada 
desconcentração administrativa. 
Comentário: 
De fato, a criação do Ministério do Trabalho e Emprego 
(MTE), órgão integrante da União, e de suas superintendências regionais 
do trabalho e emprego (SRT’s), órgãos internos do MTE, são exemplos 
de desconcentração administrativa. Já a Fundacentro, que tem 
personalidade própria, seria hipótese de descentralização administrativa. 
Gabarito: Certo. 
8. (AGENTE ADMINISTRATIVO – SUFRAMA – CESPE/2014) 
Desconcentração administrativa é a distribuição de competências 
entre órgãos de uma mesma pessoa jurídica. 
Comentário: 
Exatamente isso. Perfeito. A desconcentração 
administrativa é a distribuição de competências entre órgãos de uma 
mesma pessoa jurídica. 
Gabarito: Certo. 
9. (AGENTE ADMINISTRATIVO – MDIC – CESPE/2014) Se, em 
razão do grande número de contratações realizadas pela União, 
for criado um Ministério de Aquisições, ter-se-á, nessa situação, 
exemplo do fenômeno denominado desconcentração 
administrativa. 
Comentário: 
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De fato, a criação de Ministérios na estrutura 
organizacional da União é exemplo de desconcentração administrativa. 
Gabarito: Certo. 
10. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/MT –
CESPE/2010) A descentralização administrativa ocorre quando 
se distribuem competências materiais entre unidades 
administrativas dotadas de personalidades jurídicas distintas. 
Comentário: 
Na descentralização administrativa ocorre a distribuição de 
competências de uma pessoa jurídica para outra. 
Gabarito: Certo. 
11. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/MT –
CESPE/2010) A criação de um ministério na estrutura do Poder 
Executivo federal para tratar especificamente de determinado 
assunto é um exemplo de administração descentralizada. 
Comentário: 
Os ministérios são órgãos integrantes da estrutura da 
União, pessoa jurídica de direito público. Portanto, quando se cria órgãos 
na estrutura de uma pessoa, estamos desconcentrando, e com isso diante 
da administração desconcentrada. 
Gabarito: Errado. 
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12. (AGENTE ADMINISTRATIVO – POLÍCIA FEDERAL –
CESPE/2014) A instituição de órgão própriopara exercer as 
atribuições de polícia judiciária no âmbito da União é exemplo de 
descentralização administrativa. 
Comentário: 
Observe que temos a criação de um órgão para exercer 
determinada atribuição no âmbito de uma pessoa jurídica (a União). 
Portanto, temos a situação configuradora de desconcentração 
administrativa. 
Gabarito: Errado. 
13. (DELEGADO DE POLÍCIA – PC/BA – CESPE/2013) A criação 
de nova secretaria por governador de estado caracteriza exemplo 
de descentralização. 
Comentário: 
Então, a criação de uma secretaria de estado, isto é, 
criação de um órgão no âmbito da Administração direta, é um exemplo 
de desconcentração. 
Gabarito: Errado. 
14. (CONTADOR – MTE – CESPE/2014) Ocorre o fenômeno de 
descentralização por serviços quando, por exemplo, no âmbito do 
MTE, cria-se um novo órgão e a ele são transferidas determinadas 
competências para a execução de serviços públicos. 
Comentário: 
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A criação de novos órgãos dentro da estrutura do 
Ministério, que também é um órgão, é exemplo de desconcentração. 
Gabarito: Errado. 
15. (TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TC/DF –
CESPE/2014) Configura hipótese de descentralização 
administrativa a criação de uma eventual Secretaria de Estado de 
Aquisições do DF. 
Comentário: 
Uma Secretaria de Estado é um órgão administrativo e, por 
isso, sua criação se trata de desconcentração administrativa. 
Gabarito: Errado. 
16. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – PC/ES – CESPE/2011) 
Diferentemente da descentralização, em que a transferência de 
competências se dá para outra entidade, a desconcentração é 
processo eminentemente interno, em que um ou mais órgãos 
substituem outro com o objetivo de melhorar e acelerar a 
prestação do serviço público. 
Comentário: 
Na descentralização a transferência de competências se dá 
para outra entidade, enquanto na desconcentração, por ser um processo 
eminentemente interno, um ou mais órgãos substituem outro com o 
objetivo de melhorar e acelerar a prestação do serviço público. 
Gabarito: Certo. 
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17. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A 
delegação é forma de efetivação da desconcentração. 
Comentário: 
No âmbito da descentralização administrativa teremos dois 
institutos importantes, sendo a outorga (descentralização legal) e a 
delegação (descentralização contratual ou negocial). 
Na outorga dá-se a transferência, por lei, de uma atividade 
para uma pessoa jurídica que fora criada para isso, de modo que se torne 
especialista no exercício dessa atividade. Com efeito, o entendimento 
majoritário é no sentido de que essa transferência atinge a titularidade e 
o exercício dessa atividade. 
Contudo, ressalva-se o entendimento do Prof. Carvalho 
Filho, para quem jamais haverá a transferência da titularidade, por ser 
uma competência definida constitucionalmente, ocorrendo apenas a 
transferência da prestação do serviço, que é feita por lei. 
Na delegação, transfere-se, por ato ou contrato 
administrativo, a outra pessoa a execução de determinado serviço público 
para que o execute por sua conta e risco, mas visando atender ao 
interesse público. 
Portanto, a outorga e a delegação são formas de 
descentralização. 
Gabarito: Errado. 
18. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/ES –
CESPE/2011) A desconcentração mantém os poderes e as 
atribuições na titularidade de um mesmo sujeito de direito, ao 
passo que a descentralização os transfere para outro sujeito de 
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direito distinto e autônomo, elevando o número de sujeitos 
titulares de poderes públicos. 
Comentário: 
De fato, a desconcentração mantém os poderes e as 
atribuições na titularidade de um mesmo sujeito de direito, pois se trata 
de distribuição de atribuições no âmbito de uma mesma pessoa jurídica. 
Contudo, na descentralização administrativa poderá 
(outorga) ou não (delegação) haver a transferência da titularidade para 
outro sujeito de direito, distinto e autônomo. 
Assim, embora haja divergência doutrinária quanto à 
transferência da titularidade no caso de outorga, essa não ocorrerá no 
caso de delegação, pois somente se transfere a execução da atividade, 
motivo pelo qual a questão deveria ser considerada errada, já que a 
descentralização administrativa não se resume à descentralização 
funcional, por serviço ou técnica. 
Nisso, chamo a atenção para que se tome muito cuidado, 
pois o CESPE, a depender do examinador, tem assumido posições 
contraditórias, ou seja, uma parte da Banca assume a posição de que 
transfere a titularidade (linha da Di Pietro) e outra parte assume a posição 
de que não se transfere a titularidade (linha do Carvalho Filho). 
Portanto, entendo que a questão deveria ter sido anulada, 
mas o CESPE a considerou correta. 
Gabarito: Certo. (*) 
19. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – STM 
– CESPE/2011) Quando o Estado processa a descentralização do 
serviço público por delegação contratual, ocorre apenas a 
transferência da execução do serviço. Quando, entretanto, a 
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descentralização se faz por meio de lei, ocorre a transferência não 
somente da execução, mas também da titularidade do serviço, 
que passa a pertencer à pessoa jurídica incumbida de seu 
desempenho. 
Comentário: 
Nesta questão o CESPE adotou o posicionamento do Prof. 
Carvalho Filho, para quem não há na descentralização administrativa 
(descentralização legal ou outorga) a transferência da titularidade, pois 
se trata de competência definida ao ente político pela Constituição. 
Portanto, para o prof. Carvalho Filho, a outorga também só 
transfere da prestação do serviço público, distinguindo-se da delegação 
no que diz respeito ao ato que determina a transferência, que no caso da 
outorga ocorre por lei. 
Lembre-se, no entanto, como disse, que o posicionamento 
majoritário na doutrina é no sentido de que na outorga há a transferência 
da titularidade e da prestação do serviço. 
Gabarito: Errado. 
20. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A 
descentralização pode ser feita por meio de outorga ou 
delegação, meios de que dispõe o poder público para transferir, 
por tempo determinado, a prestação de determinado serviço 
público a ente público ou a particular. 
Comentário: 
Com efeito, não restam dúvidas de que a descentralização 
pode ocorrer mediante outorga (por lei) ou por delegação (por contrato 
ou ato administrativo), de modo a transferir a prestação de determinado 
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serviço público a ente administrativo ou a particular, contudo, poderá ser 
por prazo determinado (contrato) ou não (outorga). 
Gabarito: Errado. 
21. (TODOS OS CARGOS – MS – CESPE/2010) A descentralização 
administrativa efetiva-se por meio de outorga quando o Estado 
cria uma entidade e a ela transfere, por lei, determinado serviço 
público. 
Comentário: 
A descentralização administrativa efetiva-se por meio de 
outorga, ou seja, quando o Estado cria uma entidade e a ela transfere, 
por lei, determinado serviço público. 
Gabarito: Certo. 
22. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A 
descentralização administrativa ocorre quando uma pessoapolítica ou uma entidade da administração indireta distribui 
competências no âmbito da própria estrutura, a fim de tornar 
mais ágil e eficiente a sua organização administrativa e a 
prestação de serviços. 
Comentário: 
Na descentralização administrativa temos duas ou mais 
pessoas. Portanto, quando ente (pessoa política) ou uma entidade 
(pessoa administrativa) distribui competência na sua própria estrutura, 
trata-se de desconcentração. 
Gabarito: Errado. 
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23. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A 
descentralização é a situação em que o Estado executa suas 
tarefas indiretamente, por meio da delegação de atividades a 
outros órgãos despersonalizados dentro da estrutura interna da 
pessoa jurídica descentralizadora. 
Comentário: 
Quando ocorre a delegação de atividades no âmbito da 
própria pessoa jurídica descentralizadora a outros órgãos 
despersonalizados temos a desconcentração administrativa. 
Gabarito: Errado. 
24. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/RR – CESPE/2012) A 
administração indireta abrange o conjunto de pessoas 
administrativas que, vinculadas à administração direta, têm o 
objetivo de desempenhar, de forma descentralizada, as 
atividades administrativas. 
Comentário: 
De fato, a Administração indireta abrange o conjunto de 
pessoas (entidades) administrativas, vinculadas à Administração direta, 
que têm por objetivo desempenhar, de forma descentralizada, as 
atividades administrativas. 
Gabarito: Certo. 
25. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A 
administração direta compreende os órgãos que integram as 
pessoas políticas do Estado, aos quais se atribui competência 
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para exercício, de forma descentralizada, das atividades 
administrativas. 
Comentário: 
De fato, a Administração direta compreende os órgãos que 
integram as pessoas políticas do Estado, aos quais se atribui competência 
para exercício das atividades administrativas. No entanto, de forma 
desconcentrada já que se trata de órgãos que compõem a mesma 
estrutura ou pessoa jurídica. 
Gabarito: Errado. 
26. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/BA – CESPE/2010) A criação 
de uma autarquia para executar determinado serviço público 
representa uma descentralização das atividades estatais. Essa 
criação somente se promove por meio da edição de lei específica 
para esse fim. 
Comentário: 
Então, a criação de qualquer entidade administrativa, ou 
seja, da própria Administração Pública indireta, é uma forma de 
descentralização. 
Gabarito: Certo. 
27. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MPU – CESPE/2013) A 
transferência pelo poder público, por meio de contrato ou ato 
administrativo unilateral, apenas da execução de determinado 
serviço público a pessoa jurídica de direito privado corresponde à 
descentralização por serviços, também denominada 
descentralização técnica. 
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Comentário: 
A descentralização pode ser: a) por serviço, técnica ou 
funcional; b) geográfica ou territorial; c) por colaboração. Com efeito, 
quando a descentralização ocorrer por meio de contrato ou ato 
administrativo unilateral, para pessoa jurídica de direito privado, para 
que execute determinado serviço público, teremos a descentralização 
por colaboração, mediante o instituto da delegação. 
Gabarito: Errado.
28. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A 
descentralização administrativa não admite a desconcentração 
territorial, material e hierárquica. 
Comentário: 
A descentralização, ou seja, a criação de outras entidades, 
não impede que ocorra nelas a desconcentração. Com efeito, a 
desconcentração pode ocorrer no âmbito da Administração direta, quanto 
na indireta, isto é, nas entidades administrativas. 
Outrossim, vale destacar que a criação de órgãos (ou seja, 
a desconcentração) pode assumir o critério territorial (cria-se órgão em 
razão da localização, por exemplo: criação de Varas no interior do Brasil, 
na região Norte), o material (define-se o órgão pela atividade a ser 
realizada – Ministério da Agricultura, Ministério da Fazenda etc) ou pelo 
critério hierárquico (o órgão é criado dentro de uma estrutura de 
subordinação, então temos órgão autônomo, independente, superior e de 
execução ou subalterno). 
Gabarito: Errado. 
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29. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO - IBAMA - CESPE/2012) A 
organização das competências da União em ministérios é exemplo 
de desconcentração material. 
Comentário: 
De fato, a organização da União, distribuindo funções em 
pastas ou Ministérios, é uma forma de desconcentração material. 
Gabarito: Certo. 
30. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A criação 
de uma diretoria no âmbito interno de um tribunal regional 
eleitoral (TRE) configura exemplo de descentralização 
administrativa. 
Comentário: 
A criação de uma diretoria no âmbito interno de um TRE é 
uma forma de desconcentração, pois se trata da criação de um órgão 
interno. 
Gabarito: Errado. 
31. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) As 
autarquias são entidades administrativas autônomas, criadas por 
lei específica, com personalidade jurídica, patrimônio e receita 
próprios, resultantes da desconcentração do exercício das 
atividades públicas. 
Comentário: 
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Uma autarquia é exemplo de descentralização 
administrativa, uma vez que se trata de uma pessoa jurídica distinta do 
ente político. 
Gabarito: Errado. 
32. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) Na 
desconcentração, o Estado executa suas atividades 
indiretamente, mediante delegação a outras entidades dotadas 
de personalidade jurídica. 
Comentário: 
A delegação das atribuições estatais a outras entidades 
dotadas de personalidade jurídica ocorre por descentralização 
administrativa. 
Gabarito: Errado.
33. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) Uma das 
diferenças entre a desconcentração e a descentralização 
administrativa é que nesta existe um vínculo hierárquico e 
naquela há o mero controle entre a administração central e o 
órgão desconcentrado, sem vínculo hierárquico. 
Comentário: 
É o contrário. Na descentralização por se tratar de pessoas 
jurídicas distintas não há hierarquia, existindo vinculação e, portanto, 
mero controle da administração central (controle finalístico ou de 
resultado). 
Na desconcentração, por outro lado, trata-se de criação de 
estrutura hierarquizada.
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Gabarito: Errado.
34. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO - ANAC - CESPE/2012) A 
desconcentração administrativa consiste na distribuição interna 
de competências, no âmbito de uma mesma pessoa jurídica; a 
descentralização administrativa pressupõe a distribuição de 
competência para outra pessoa, física ou jurídica. 
Comentário: 
Na desconcentração temos distribuição interna de 
competências no âmbito de uma mesma pessoa e na descentralização 
essa distribuição ocorre entre pessoas distintas. 
Gabarito: Certo.
35. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/TO – CESPE/2013) A 
desconcentração e a descentralização administrativasconstituem 
institutos jurídicos idênticos. 
Comentário: 
Os dois institutos têm finalidades parecidas, isto é, servem 
para organizar a Administração Pública. No entanto, a desconcentração é 
instrumento de organização interna, no âmbito da mesma pessoa, 
enquanto a descentralização é externa, de uma pessoa para outra. 
Portanto, são institutos jurídicos distintos. 
Gabarito: Errado. 
36. (ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA – TJDFT –
CESPE/2013) Os termos concentração e centralização estão 
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relacionados à ideia geral de distribuição de atribuições do centro 
para a periferia, ao passo que desconcentração e 
descentralização associam-se à transferência de tarefas da 
periferia para o centro. 
Comentário: 
A ideia de distribuição de atribuições do centro para a 
periferia dá a noção, sensação, de desagregação, de distribuição, de 
expansão, de separação. Portanto, trata-se de fenômeno que parte do 
centro para as extremidades, ou seja, descentralizada ou desconcentra.
Já a noção inversa, ou seja, da periferia para o centro tende 
a denotar uma agregação, uma junção, portanto, temos a noção de 
concentrar e centralizar.
Gabarito: Errado. 
37. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) Os 
municípios são entes políticos componentes da administração 
pública indireta. 
Comentário: 
A República Federativa do Brasil (Estado Central) 
empreendeu descentralização política, determinada pela Constituição 
Federal, criando os entes federativos, ou seja, entidades ou entes 
políticos, todos dotados de autonomia política e personalidade jurídica de 
direito público, compreendendo: a União, Estados, DF e municípios. 
Assim, o município, de fato, é um ente político, contudo 
compõe a Administração Pública Direta. 
Gabarito: Errado. 
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38. (PERITO PAPILOSCÓPICO – PC/ES – CESPE/2011) O Distrito 
Federal é considerado uma entidade administrativa. 
Comentário: 
O Distrito Federal é um ente ou entidade política, conforme 
art. 18 da CF/88. 
Gabarito: Errado. 
39. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A 
administração direta compreende os órgãos que integram as 
pessoas políticas do Estado, aos quais se atribui competência 
para exercício, de forma descentralizada, das atividades 
administrativas. 
Comentário: 
De fato, a Administração direta compreende os órgãos que 
integram as pessoas políticas do Estado, aos quais se atribui competência 
para exercício das atividades administrativas. No entanto, de forma 
desconcentrada já que se trata de órgãos que compõem a mesma 
estrutura ou pessoa jurídica. 
Gabarito: Errado. 
40. (ANALISTA AMBIENTAL – MMA – CESPE/2011) No âmbito da 
União, a administração direta compreende os serviços integrados 
na estrutura administrativa da Presidência da República e dos 
respectivos ministérios, enquanto a administração indireta é 
exercida por entidades dotadas de personalidade jurídica própria. 
Comentário: 
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Nos termos do Decreto-Lei 200/67, em seu artigo 4º, inc. 
I e II, a Administração Federal compreende a Administração Direta, que 
se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da 
Presidência da República e dos Ministérios, e a Administração Indireta, 
que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de 
personalidade jurídica própria. 
Gabarito: Certo. 
41. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/RR – CESPE/2012) A 
administração direta compreende os órgãos e as pessoas 
jurídicas de direito público que prestam serviços típicos do 
Estado; no âmbito federal, integram a administração direta os 
ministérios e as autarquias. 
Comentário: 
Como destacado, a Administração direta compreende os 
órgãos e as pessoas jurídicas de direito público que prestam serviços 
típicos do Estado (União, Estados, Distrito Federal e Municípios); no 
âmbito federal, integram a administração direta a os ministérios. As 
autarquias integram a indireta. 
Gabarito: Errado. 
42. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A 
estrutura básica da administração direta na esfera estadual é 
composta pelo chefe do Poder Executivo, que tem como auxiliares 
os ministros de Estado. 
Comentário: 
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Os ministros de Estado integram a estrutura da 
Administração direta federal. 
Gabarito: Errado. 
43. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A 
administração direta é composta de pessoas jurídicas, também 
denominadas entidades, e a administração indireta, de órgãos 
internos do Estado. 
Comentário: 
A Administração direta é integram pelo conjunto de órgãos 
que integram os entes políticos no exercício da função administrativa e 
seus agentes. Já a Administração indireta é integrada por entidades 
administrativas, ou seja, pessoas jurídicas. 
Gabarito: Errado. 
44. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A 
administração direta exerce sobre a administração indireta o 
denominado controle finalístico, cujos limites e instrumentos 
devem ser expressamente previstos em lei. 
Comentário: 
De fato, a Administração direta exerce sobre a indireta o 
denominado controle finalístico, também chamado de supervisão 
ministerial, cujos limites e instrumentos devem ser expressamente 
previstos em lei. 
Gabarito: Certo. 
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45. (INSPETOR – PC/CE – CESPE/2012) O Ministério da Saúde é 
órgão da administração pública indireta. 
Comentário: 
A mesma questão cobrada no concurso anterior. Pois é! 
Então, o Ministério da Saúde é um órgão integra da estrutura do Poder 
Executivo federal, ou seja, integra a estrutura da Administração Pública 
Direta federal. 
Gabarito: Errado. 
46. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/RR – CESPE/2012) 
Tanto a criação quanto a extinção de órgãos públicos depende da 
edição de lei específica; contudo, a estruturação e o 
estabelecimento das atribuições desses órgãos, desde que não 
impliquem aumento de despesa, podem ser processados por 
decreto do chefe do Poder Executivo. 
Comentário: 
De acordo com o art. 1º, §2º, inc. I, da Lei nº 9.784/99, 
órgão público é “a unidade de atuação integrante da estrutura da 
Administração direta e da estrutura da Administração indireta”. 
Nesse sentido, a Profa. Di Pietro os define como uma 
unidade que congrega atribuições exercidas pelos agentes públicos que 
o integram com o objetivo de expressar a vontade do Estado. 
Na clássica lição de Hely Lopes Meirelles, órgãos são centro 
de competências instituídos para o desempenho de funções estatais, 
através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que 
pertencem. 
É importante dizer que o órgão não se confunde com a 
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pessoa jurídica (ente ou entidade), ele é parte integrante da estrutura de 
uma pessoa jurídica. 
Por isso, a característica básica que diferencia um órgão de 
uma entidade é que os órgãos não possuem personalidade jurídica, 
e integram a estrutura interna de um ente ou entidade. 
Portanto, a criação e a extinção de órgãos públicos 
dependem da

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