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MINISTÉRIO DO TRABALHO, EMPREGO E PREVIDÊNCIA SOCIAL AUDITOR FISCAL DO TRABALHO AULA 01 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIREITO ADMINISTRATIVO Professor Edson Marques PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 1 Olá! Vamos que vamos, força total nesta grande jornada que iniciamos, sem dúvida estamos caminhando para uma grande vitória. Então, dedicação, força e fé. Bem, nesta aula veremos a configuração da Administração Pública direta e indireta. Dito isso, vamos ao que interessa. Força, concentração e fé, Prof. Edson Marques PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 2 S U M Á R I O 1. Organização Administrativa . . .............................................................. 3 2. Administração Pública Direta . . ............................................................ 4 2.1 Órgãos Públicos . . ............................................................................... 6 2.1.1 Classificações dos órgãos . ............................................................ 11 3. Administração Pública Indireta . ........................................................ 12 3.1 Autarquias . ....................................................................................... 13 3.2 Fundações Públicas . ......................................................................... 20 3.3 Empresas Estatais . ........................................................................... 21 4. Administração: Sentidos . ................................................................... 27 5. QUESTÕES COMENTADAS . ................................................................. 29 6. QUESTÕES SELECIONADAS . ............................................................. 131 7. GABARITO . ....................................................................................... 158 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 3 1. Organização Administrativa Na aula introdutória conversamos sobre os parâmetros mais básicos para o entendimento do que seja de fato a Administração Pública. Conhecemos importantes instrumentos de sua organização: a centralização, descentralização, concentração e desconcentração administrativa. Lembremos que o Estado brasileiro, ente político e central, é a República Federativa do Brasil, pessoa jurídica de direito público externo, empreendeu a desconcentração e descentralização política. Na desconcentração política criou-se os poderes (funções) do Estado, independentes e harmônicos entre si, ou seja, o Poder Legislativo (função legislativa), o Judiciário (função de julgar) e o Executivo (função administrativa). Na descentralização política, os entes políticos internos, pessoas jurídicas de direito público interno, compreendendo a União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios. É a partir daí que se tem a noção de Administração Pública, ou seja, Administração Pública nada mais é que do que o Estado (entes políticos internos) no exercício da função administrativa (função executiva). Contudo, tal estrutura, inicialmente criada, o foi de forma concentrada e centralizada sob aspecto administrativo. Quer dizer, também, o Estado no exercício da função administrativa, para melhor desempenho dessa função, tende a repartir-se internamente e externamente. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 4 Por isso, é importante avançarmos no estudo desses aspectos, ou seja, da organização administrativa, que representa tanto a atuação do Estado no que se denomina Administração Pública direta e indireta. 2. Administração Pública Direta Com efeito, foi o Decreto-Lei nº 200/67, em que pese não se atentar para o exercício de funções atípicas pelos demais poderes e tratando apenas do plano federal, que estabeleceu o conceito de Administração Pública Direta. Vejamos: Art. 4° A Administração Federal compreende: I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios. Portanto, a Administração Pública Direta compreende os próprios Entes Políticos, ou seja, União, Estados-membros, Distrito Federal e Municípios, todos com personalidade jurídica de direito público no exercício da função administrativa. Até aí tudo bem. Nada de novo! No entanto, para melhor organização das atividades que deve desempenhar, a Administração Pública direta procede a distribuição interna dessas atividades, fazendo uma departamentalização, uma setorização, ou seja, opera-se a desconcentração administrativa. Portanto, a desconcentração administrativa é a distribuição de atividades (funções, competências) em uma estrutura interna. Trata-se, pois, de divisão, distribuição de funções no âmbito interno de uma mesma pessoa jurídica, especialmente com a criação de órgãos. Assim, temos o surgimento dos órgãos administrativos, cuja principal característica talvez seja ausência de personalidade PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 5 própria, já que o órgão é parte integrante da pessoa jurídica a qual integra. Bem, mais isso veremos mais à frente. De outro lado, com o mesmo intuito de organizar-se e melhor desempenho de suas funções, o ente federativo no exercício da função administrativa também procede a distribuição de suas funções externamente. Significa dizer que o ente político transfere uma ou algumas de suas atividades (funções ou competências) para outra pessoa, para que a execute, para que a realize. Portanto, a descentralização administrativa é a distribuição externa de atividades de uma pessoa para outra, especialmente com a criação de entidades administrativas. Esse mecanismo, distribuição externa de funções (descentralização administrativa) é que deu ensejo ao surgimento do que se denomina Administração Pública indireta. Assim, Administração Pública Indireta é o conjunto de pessoas jurídicas distintas do Estado, e criadas por ele, para realizar atividades que lhe são atribuídas como próprias. Art. 4° A Administração Federal compreende: II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria: A propósito, lembre-se que na aula introdutória falamos justamente sobre esses dois importantes institutos, de maneira que se ainda tiver dúvidas, retorne a ele, e nos traga suas dúvidas. Bem, agora é importante aprofundarmos no estudo da desconcentração administrativa, quer dizer: dos órgãos públicos. E, PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 6 depois, vamos para a descentralização, para vermos o alcance da expressão Administração Pública indireta. 2.1 Órgãos Públicos De acordo com o art. 1º, §2º, inc. I, da Lei nº 9.784/99, órgão público é “a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta”. Nesse sentido, a Profa. Di Pietro os define como uma unidade que congrega atribuições exercidas pelos agentes públicos que o integram com o objetivo de expressar a vontade do Estado. Na clássica lição de Hely Lopes Meirelles, órgãos públicos são centro de competências instituídospara o desempenho de funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem. Com efeito, em que pese os órgãos públicos terem sido criados originariamente no âmbito da Administração Pública direta (desconcentração administrativa), tal fenômeno é amplamente aplicável também na Administração indireta. Significa dizer que a desconcentração administrativa pode ocorrer na Administração direta ou na indireta, conforme se extrai do conceito legal. Cabe dizer que o órgão não se confunde com a pessoa jurídica (ente ou entidade). Na verdade, é parte integrante da estrutura de uma pessoa jurídica. Por isso, a característica básica que diferencia um órgão de uma entidade é que os órgãos não possuem personalidade jurídica e integram a estrutura interna de um ente ou entidade. Contudo, alguns órgãos podem ter representação própria para a defesa de suas prerrogativas institucionais, ou seja, podem ir a juízo em defesa da garantia do exercício de suas atribuições, conforme entendimento doutrinário e consagrado no âmbito da PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 7 jurisprudência: EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL. LEGITIMIDADE PARA RECORRER. CAPACIDADE PARA SER PARTE E ESTAR EM JUÍZO. ADI 1557. LEGITIMIDADE PARA A CAUSA CONCRETAMENTE APRECIADA. AUSÊNCIA. PRECEDENTES. A corte pacificou entendimento de que certos órgãos materialmente despersonalizados, de estatura constitucional, possuem personalidade judiciária (capacidade para ser parte) ou mesmo, como no caso, capacidade processual (para estar em juízo). ADI 1557, rel. min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, DJ 18.06.2004. Essa capacidade, que decorre do próprio sistema de freios e contrapesos, não exime o julgador de verificar a legitimidade ad causam do órgão despersonalizado, isto é, sua legitimidade para a causa concretamente apreciada. Consoante a jurisprudência sedimentada nesta Corte, tal legitimidade existe quando o órgão despersonalizado, por não dispor de meios extrajudiciais eficazes para garantir seus direitos-função contra outra instância de Poder do Estado, necessita da tutela jurisdicional. Hipótese não configurada no caso. Agravo regimental a que se nega provimento. (RE 595176 AgR, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, julgado em 31/08/2010) AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. EMENDA Nº 9, DE 12.12.96. LEI ORGÂNICA DO DISTRITO FEDERAL. CRIAÇÃO DE PROCURADORIA GERAL PARA CONSULTORIA, ASSESSORAMENTO JURÍDICO E REPRESENTAÇÃO JUDICIAL DA CÂMARA LEGISLATIVA. PROCURADORIA GERAL DO DISTRITO FEDERAL. ALEGAÇÃO DE VÍCIO DE INICIATIVA E DE OFENSA AO ART. 132 DA CF. 1. Reconhecimento da legitimidade ativa da Associação autora devido ao tratamento constitucional específico conferido às PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 8 atividades desempenhadas pelos Procuradores de Estado e do Distrito Federal. Precedentes: ADI 159, Rel. Min. Octavio Gallotti e ADI 809, Rel. Min. Marco Aurélio. 2. A estruturação da Procuradoria do Poder Legislativo didstrital está, inegavelmente, na esfera de competência privativa da Câmara Legislativa do DF. Inconsistência da alegação de vício formal por usurpação de iniciativa do Governador. 3. A Procuradoria Geral do Distrito Federal é a responsável pelo desempenho da atividade jurídica consultiva e contenciosa exercida na defesa dos interesses da pessoa jurídica de direito público Distrito Federal. 4. Não obstante, a jurisprudência desta Corte reconhece a ocorrência de situações em que o Poder Legislativo necessite praticar em juízo, em nome próprio, uma série de atos processuais na defesa de sua autonomia e independência frente aos demais Poderes, nada impedindo que assim o faça por meio de um setor pertencente a sua estrutura administrativa, também responsável pela consultoria e assessoramento jurídico de seus demais órgãos. Precedentes: ADI 175, DJ 08.10.93 e ADI 825, DJ 01.02.93. Ação direita de inconstitucionalidade julgada parcialmente procedente. (ADI 1557, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Tribunal Pleno, julgado em 31/03/2004, DJ 18-06-2004 PP-00043 EMENT VOL-02156-01 PP-00033 RTJ VOL 00192-02 PP-00473) PROCESSO CIVIL E ADMINISTRATIVO – DEFESA JUDICIAL DE ÓRGÃO SEM PERSONALIDADE JURÍDICA – PERSONALIDADE JUDICIÁRIA DA CÂMARA DE VEREADORES. 1. A regra geral é a de que só os entes personalizados, com capacidade jurídica, têm capacidade de estar em juízo, na defesa dos seus direitos. 2. Criação doutrinária acolhida pela jurisprudência no sentido de admitir que órgãos sem personalidade jurídica possam em juízo defender interesses e direitos próprios, excepcionalmente, para PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 9 manutenção, preservação, autonomia e independência das atividades do órgão em face de outro Poder. 3. Hipótese em que a Câmara de Vereadores pretende não recolher contribuição previdenciária dos salários pagos aos Vereadores, por entender inconstitucional a cobrança. 4. Impertinência da situação excepcional, porque não configurada a hipótese de defesa de interesses e prerrogativas funcionais. 5. Recurso especial improvido. (REsp 649.824/RN, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 28/03/2006, DJ 30/05/2006 p. 136) Assim, em que pese os órgãos não terem personalidade jurídica, alguns (órgãos independentes e autônomos) são dotados de capacidade processual (capacidade judiciária ou personalidade judiciária) a fim de irem a juízo na defesa de suas prerrogativas institucionais, tal como o TCU na defesa de sua prerrogativa de fiscalizar as contas pública, por exemplo. Nesse sentido, conforme entendimento do STF, alguns órgãos têm a capacidade ou “personalidade judiciária” para impetrarem mandado de segurança para a defesa do exercício de suas competências e do gozo de suas prerrogativas. Outrossim, é preciso também acentuar que o órgão também não se confunde, em regra, com a pessoa física (com o agente público). Todavia, para o exercício das competências que lhe são distribuídas é imprescindível o elemento humano a fim de exercer a vontade da administração. Por isso, vale a pena tecermos uma análise acerca da relação entre o agente público e o órgão, ou seja, a relação que se concretiza em razão do exercício de atividades pelos agentes públicos em decorrência das atribuições destinadas a determinados órgãos. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 10 Nesse sentido, três sãos as teorias que tentam explicar tal relação, sendo: a) Teoria do mandato: Para esta teoria o agente público seria um mandatário da pessoa jurídica. Significa dizer que receberia um mandato ou procuração para atuar em nome da administração. Daí se percebe certa fragilidade na medida em que não se pode afirmar quem outorgou o mandato ao primeiro agente público, que outorgara mandato aos demais e daí por diante. Isto é, quem passaria procuração para que o agente pudesse atuar em nome do Estado? A essa pergunta, obviamente não se encontrou resposta adequada. Por isso, tal teoria, no direito brasileiro, foi refutada, eis que não se aplica modernamente no âmbito da Administração Pública. b) teoria da representação: para esta o agente público era legalmente representante do Estado, ou seja, o Estado teria comoseu representante legal o agente público. Também é criticável, pois equipara o agente ao tutor ou curador, considerando o Estado como incapaz. Assim, se o Estado é considerado incapaz, como ele próprio poderia estabelecer tal representação? Por isso, também essa teoria não se sustentou. c) teoria do órgão: é a aplicada no âmbito da Administração Pública brasileira, devendo ser aquela observada nas respostas dos certames. Explica a relação no sentido de que a pessoa jurídica manifesta a sua vontade por meio dos órgãos, de tal modo que, quando os agentes que os compõem, ao exercerem suas atribuições, é como se o próprio Estado o fizesse, traduzindo-se numa ideia de imputação. Significa que o agente atua de acordo com as PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 11 competências do órgão, realizando a vontade do ente ou entidade que este integra. Assim, o Estado atua por meio de seus órgãos e, dentro destes, haverá agentes que realizarão as atribuições destinadas à estrutura organizacional. Como visto, é essa a teoria que explica a relação entre o Estado, o órgão e o exercício das atividades administrativas pelos agentes, por isso também é denominada teoria da imputação [princípio da imputação volitiva]. 2.1.1 Classificações dos órgãos Sabendo, então, que o órgão é parte integrante da estrutura de um ente ou entidade, é possível identificarmos diversos tipos, espécies, de órgãos públicos, de maneira que podemos classificá- los utilizados vários mecanismos. Assim, dentre os principais podemos citar quanto a posição estatal, quanto a estrutura, e quanto a atuação funcional. Isso, no entanto, sem querer esgotar o ponto, pois há, como disse, diversas classificações. Quanto à posição estatal temos os órgãos independentes, os autônomos, os superiores e os subalternos. Os independentes são órgãos cuja criação tem origem na própria Constituição e representam um dos Poderes estatais, não estão sujeitos a qualquer subordinação hierárquica ou funcional por outro órgão, apenas à Constituição e às Leis. (Ex: Chefia do Executivo, Tribunais, Congresso Nacional etc) Os autônomos são órgãos que gozam de autonomia administrativa, financeira e técnica, localizados na cúpula da Administração, abaixo e subordinados diretamente aos órgãos PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 12 independentes, participando das decisões governamentais no âmbito de suas competências. (Ex: Ministérios, Secretarias de Estado). Os superiores são os órgãos que detêm o poder de direção, comando e controle das atividades administrativas de sua competência, porém estão sempre subordinados a controle hierarquia de uma autoridade superior, não gozando, portanto, de autonomia. (Ex: Departamentos, Gabinetes, Coordenadorias, Divisões etc) Os subalternos são os órgãos que estão subordinados a outros órgãos de hierarquia maior, com função eminentemente de execução das decisões tomadas administrativamente. (Ex: Seção de pessoal, expediente, material, transporte, apoio técnico etc). Quanto à estrutura, ou seja, constituição interna desse órgão, temos os simples e os compostos. São simples os órgãos constituídos por um só centro de comando, sem subdivisões internas. E, compostos, os que possuem, em sua estrutura interna, outros órgãos que lhe estão subordinados hierarquicamente. Quanto à atuação funcional temos os órgãos singulares e os colegiados. Singulares são órgãos que atuam, exercem seu poder decisório, por meio de um único agente. (Diretoria Geral etc). E, os Colegiados, aqueles cuja atuação e decisão passa, em regra, pela manifestação conjunta e majoritária de seus membros (Comissões Disciplinares, Comissão de Licitação etc). 3. Administração Pública Indireta A Administração Pública indireta é uma forma de descentralização administrativa em que o Estado, Administração Pública Direta, transfere competências administrativas para outra pessoa jurídica criada por ele. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 13 Essa transferência é denominada outorga e somente se dá por meio de lei. Então, a outorga é a transferência de determinada competência da administração direta para a indireta. Com efeito, temos no âmbito da Administração Pública indireta as seguintes entidades administrativas: Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas Sociedades de Economia Mista. 3.1 Autarquias As autarquias são pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei, com autonomia administrativa, orçamentária e técnica (capacidade de autoadministração), e capital exclusivamente público, para o desempenho de atividades típicas do Estado. Nesse sentido, o Decreto-Lei nº 200/67 define autarquia, nos termos do art. 5º, inc. I, da seguinte forma: Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se: I – Autarquia – o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. Numa visão bem simplista, podemos dizer que as autarquias representam uma parcela do Estado no exercício indireto de sua função administrativa (gestão administrativa descentralizada), por meio de um órgão a que se atribuiu vida própria. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 14 Diante disso, é possível identificar as seguintes características: A criação é sempre por lei; São dotadas de personalidade jurídica de direito público; Gozam de autonomia administrativa, orçamentária e técnica; São criadas para especialização dos fins ou atividades; Sujeitam-se ao controle de tutela. Significa que não estão subordinadas ao ente que as criou, mas apenas vinculada aos fins para os quais foi criada (supervisão ministerial). Por gozarem de personalidade jurídica de direito público, vale destacar que as autarquias são sempre criadas por lei. Ou seja, somente Lei (em sentido estrito) pode criar uma Autarquia. E é a lei que definirá sua estrutura, sua atividade, ou seja, seus contornos. Significa dizer que, a partir do início da vigência da lei criadora, tem a entidade seu surgimento (seu nascimento), sem qualquer necessidade de averbação de seus atos institucionais em órgãos destinados a tanto, pois seu delineamento está todo contido na norma criadora. Então, por observância do princípio da simetria (paralelismo das formas), a extinção também deverá ser procedida por meio de lei. Isto é, se somente por lei específica é possível à criação, então, somente por lei poderá ocorrer à extinção de uma Autarquia. É importante destacar que, doutrinariamente, se costuma dividir as autarquias em institucionais e territoriais. As autarquias territoriais surgem por desmembramento geográfico do Estado, criando-se um ente ao qual se outorga prerrogativas de forma geral funções administrativas e até mesmo de PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 15 ordem política, a exemplo dos territórios que são autarquias territoriais de natureza política integrantes da União. As autarquias institucionais são pessoas administrativas criadas por lei, com objetivo específico, sem qualquerespécie de delegação política, pois recebem, por outorga, a titularidade de uma atividade típica do Estado. Exemplo: Instituto Nacional do Seguro Social – INSS. Por outro lado, classificam-se, ainda, as autarquias quanto ao objeto, quando temos as autarquias em regime comum e as em regime especial. As autarquias em regime comum não têm maior especificidade, ou seja, estariam submetidas ao denominado “regime comum” das autarquias, gozando de autonomia administrativa e financeira, prerrogativas destinadas à Fazenda Pública em geral. Ex. Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente – IBAMA, Instituto de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, dentre outros. As autarquias em regime especial são autarquias dotadas de maiores prerrogativas, tal qual maior autonomia administrativa, poder normativo técnico e, ainda, algumas gozando de mandato fixo para os seus dirigentes. Ex: Universidades (Lei nº 5.540/68), BACEN e as denominadas agências reguladoras (ex.: ANATEL, ANA, ANEEL, ANP, ANVISA, etc). Podemos utilizar, ainda, classificação considerando a estrutura, quando temos as autarquias corporativas e as fundacionais. As autarquias corporativas são aquelas que têm a prerrogativa de fiscalizar e controlar o exercício de certas profissões. Ex.: CRECI, CRM, CREA, CRC, ou seja, os conselhos profissionais. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 16 Nesse aspecto, cabe destacar que o Supremo Tribunal Federal tem entendimento de que a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) não integra a Administração Pública, realizando, pois, serviço público de forma independente, e, por isso, não se submete ao regime jurídico-administrativo (não sendo obrigada a realizar concurso para ingresso de pessoal), tampouco a controle Estatal de suas finalidades ou mesmo do Tribunal de Contas da União no tocante aos seus recursos e gastos. Portanto, verificamos que muito embora os conselhos de profissões sejam autarquias corporativas, e, por isso, se submetem a controle do Tribunal de Contas da União, além de terem o dever de licitar e realizar concursos públicos, a OAB estaria excluída dessas sujeições na medida em que não integra a Administração Pública, conforme entendimento do STF. As autarquias fundacionais são autarquias criadas em razão de um destacamento de patrimônio estatal, com o escopo de atuarem desempenhando atividades ligadas ao desenvolvimento social, tal como saúde, educação ou em proteção aos direitos e interesses de minorias. Ex. Fundação Universidade de Brasília (FUB), Fundação Nacional do Índio (FUNAI) etc. O Prof. Carvalho Filho traz interessante classificação, quanto nível federativo e quanto ao objetivo, além de referentes ao regime jurídico (especial ou comum). Quanto ao nível federativo, as autarquias podem ser federais (integrantes da União), estaduais, distritais e municipais. Quanto ao objeto podem classificar-se em culturais (são aquelas dirigidas à educação e saúde), corporativas (ou profissionais, são os conselhos) e previdenciárias (voltadas à previdência social oficial), e ainda assistenciais (voltadas à atividade de auxílio, ajuda, assistência), administrativas (categoria residual que desempenham serviços públicos PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 17 e outras atividades), de controle (as agências reguladoras) e associativas (associação publica). Portanto, a autarquia é forma de atuação especializada da Administração no exercício de certa atividade administrativa, de modo que não poderá atuar fora de tais fins, sob pena de violação da finalidade para a qual fora constituída. Quanto às agências reguladoras vale lembrar que em decorrência da chamada “reforma administrativa” empreendida pelo Governo Federal nos anos 90, surgiram no Estado brasileiro as denominadas Agências, inspiradas no modelo Norte-Americano e Francês, procurando estabelecer autarquias submetidas a regime especial. É o que alguns doutrinadores têm chamado de agencificação, no sentido da proliferação das agências. No entanto, conforme crítica do Prof. Celso Bandeira, “a única particularidade marcante do tal regime especial é a nomeação pelo Presidente da República, sob aprovação do Senado, dos dirigentes da autarquia, com garantia, em prol destes, de mandato a prazo certo” e, enfim, da adoção do nome de agência. A denominação agência, no sentido de se estabelecer uma atividade reguladora como sendo inovadora no ordenamento administrativo nacional, nada traz de novo, a não ser o próprio nome, visto que a existência de autarquias com referida função já há muito existia na seara nacional, podendo citar, por exemplo, o Banco Central, a CVM (Conselho de Valores Monetários), a SUSEP (Superintendência de Seguros Privados). Assim, nada há de inovador na atribuição de poderes reguladores às denominadas autarquias em regime especial (agências). PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 18 De tudo, no entanto, precisamos verificar que há duas hipóteses de agências: as reguladoras e as executivas. As agências reguladoras (autarquias em regime especial) surgiram em decorrência do plano nacional de desestatização (Lei nº 9.491/97), cujo escopo era pôr fim ao monopólio estatal de alguns serviços definidos em certos setores e, principalmente, visando o princípio da especialidade, com papel de disciplinar e fiscalizar atividades típicas do Estado, cuja execução fora outorgada a particulares. Como disse, essas agências caracterizam-se por três elementos: maior independência, investidura especial (depende de nomeação pelo Presidente aprovação prévia do Senado Federal) e mandato, com prazo fixo, conforme lei que cria a pessoa jurídica. Quanto ao regime especial, o prof. Carvalho Filho dá especial destaque às prerrogativas para que se caracterize uma autarquia em regime especial, citando quatro fatores, sendo: 1º) poder normativo técnico (chamada deslegalização, ou seja, poder de editar normas técnicas complementares das normas gerais); 2º) autonomia decisória (poder de decidir os conflitos administrativos que envolvem sua área de atuação); 3º) independência administrativa (seus dirigentes têm investidura por prazo certo); 4º) autonomia econômico-financeira (têm recursos próprios e dotação orçamentária específica). Pode-se dizer, portanto, que as agências reguladoras são responsáveis pela regulamentação (poder regulamentar), controle e PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 19 fiscalização de serviços públicos, atividades e bens transferidos ao setor privado e, em suma, englobam as seguintes atividades: a) serviços públicos propriamente ditos, tal como ANEEL (Lei nº 9.427/96), ANATEL (Lei nº 9.472/97), ANTT e ANTAQ (Lei nº 10.233/2001); b) atividade de fomento e fiscalização de atividade privada (Ancine – MP 2.281-1/01 – Lei nº 10.454/02); c) regulação e fiscalização de atividades econômicas (ANP, Lei nº 9.478/97); d) atividades sociais – exercidas pelo Estado, mas facultadas também ao particular – (ANVISA, Lei nº 9.782/99; ANS, Lei nº 9.961/00); e, e) agência reguladora de uso de bens públicos, tal como a ANA, criada pela Lei nº 9.984/00. De todo modo, devemos observar uma série de traços específicos e característicos dessas entidades quanto a pessoal, regime jurídico, licitações, dentreoutros. Vejamos: a) Regime de pessoal: A Lei nº 9.986/00 estabelecia a possibilidade de contratação por meio do regime celetista. Porém, o STF entendeu que não se compatibilizava o regime de emprego com as atribuições desempenhas pelas agências reguladoras, firmando, com isso, a necessidade de observar o regime estatutário. Dessa forma, fora revogado o regime anterior pela Lei nº 10.871/04, a qual estabeleceu o regime estatutário, prejudicando o julgamento final da ADI 2.130, que havia suspendido a aplicação de regime privado aos agentes. Autorizou-se, contudo, a contratação de pessoal técnico de caráter temporário pelo prazo máximo de 36 meses. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 20 b) Licitação: devem observar as normas da Lei nº 8.666/93 e Lei nº 10.520/02. Podendo optar por modalidades especificas como o pregão e a consulta, conforme consta da Lei nº 9.986/00. As agências executivas, por outro lado, são autarquias ou fundações que por iniciativa da Administração Direta (Presidente da República), recebem o status de Agência Executiva, em razão da celebração de um contrato de gestão, que objetiva uma maior eficiência e redução de custos (Decretos Federais nº 2.487 e 2.488, ambos de 1998). Para receber tal qualificação é preciso ter plano estratégico de reestruturação e desenvolvimento institucional em andamento e celebrar contrato de gestão com o Ministério supervisor. São, portanto, autarquias ou fundações qualificadas para melhor desempenho de suas atividades que firmam contrato de gestão para maior autonomia administrativa e orçamentária, não estando, portanto, hierarquicamente subordinadas. 3.2 Fundações Públicas O Decreto-Lei nº 200/67, conforme art. 5º, inc. IV, define fundações, como entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987) Nesse sentido, a Constituição Federal em seu artigo 37, inc. XIX, dispõe que “somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação”. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7596.htm#art1ii PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 21 Significa dizer que a criação de fundações públicas depende sempre de lei específica, ou seja, a lei autorizando a criação, cabendo a lei complementar definir a área de atuação. Ressalte-se, ademais, que a criação se dá por meio de decreto executivo que aprova o Estatuto, o qual deverá ser registrado em cartório de registro de pessoas jurídicas. De outro lado, devemos entender que as Fundações Públicas podem ter a natureza de pessoa jurídica de direito público, caracterizando uma espécie de autarquia, denominada autarquia fundacional ou fundação governamental. Com efeito, disso podemos extrair que, as fundações públicas de direito público estão submetidas a regime jurídico de direito público, o que caracteriza que seus bens são públicos, o regime adotado para seu pessoal é o estatutário, pagando suas dívidas por precatórios e, no caso das fundações públicas de direito público federal estão sob a jurisdição da justiça federal. De outro lado, as fundações públicas de direito privado, se submete, em regra, ao regime jurídico de direito privado, seus bens são considerados privados, seus agentes, como regra, se submetem ao regime celetista. No entanto, nem tudo se reduz ao regime privado, é que por ser entidade pública está submetida a algumas restrições oriundas do princípio da indisponibilidade do interesse público, ou seja, oriundas do regime jurídico-administrativo, tal como obrigatoriedade de licitar, realizar concurso público, dentre tantas outras implicações do regime público. 3.3 Empresas Estatais As empresas estatais têm com espécies as empresas públicas e sociedades de economia mista e suas subsidiárias. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 22 A empresa pública, conforme Decreto-Lei nº 200/67, é pessoa jurídica de direito privado composta por capital exclusivamente público, criada para a prestação de serviços públicos ou exploração de atividades econômicas sob qualquer modalidade empresarial. Nesse sentido, vale citar, além do referido art. 37, inc. XIX, o art. 173, §1º, inc. II, da Constituição, que assim dispõe: Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I – sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) De outro lado, a sociedade de economia mista é pessoa jurídica de direito privado, criada para prestação de serviço público ou exploração de atividade econômica, com capital misto e na forma de S/A. Assim, vamos verificar que as estatais têm características que as assemelham, mas têm outras que as distinguem. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art173§1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art173§1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art173§1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art173§1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art173§1 PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 23 Nesse sentido, observe que, quanto à criação, sempre depende de lei, só que a lei (específica) autoriza a instituição (art. 37, XIX, da CF), que dependerá de registro de seus atos constitutivos (decreto de aprovação do contrato social) no órgão competente [junta comercial]. Quanto à extinção, em observância ao princípio do paralelismo das formas ou da simetria haveria a necessidade também de lei autorizar, dando-se a devida baixa no cartório. No entanto, paira na doutrina controvérsia acerca da possibilidade de empresa pública ou sociedade de economia mista falir. A Lei nº 6.404/76 (LSA) estabelecia que a Sociedade de Economia Mista não poderia falir, esse era o entendimento sustentado por parte da doutrina, outros sustentavam que poderia ante a norma do art. 173, §1º, CF/88. Contudo, a Lei n° 11.101/2005 (nova Lei de Falências e Recuperação Judicial), em seu artigo 2°, exclui, explicitamente, a sociedade de economia mista e a empresa pública de sua incidência,de modo que não podem falir ou se submeterem ao procedimento de recuperação judicial extrajudicial. Outrossim, cumpre dizer que as estatais estão submetidas às disposições da Lei 8.666/93. Pode, contudo, quando exploradoras da atividade econômica, ter regime especial por meio de estatuto próprio conforme o art. 173, §1º, III, CF. Ressalto, no entanto, que o STF entendeu, em julgamento ainda pendente de finalização, que a estatal exploradora de atividade econômica em regime concorrencial pode adotar procedimento simplificado de licitação aprovado por decreto presencial (caso Petrobras). Vejamos: INFORMATIVO Nº 426: TÍTULO: Efeito Suspensivo em PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 24 RE: Petrobrás e Licitação Simplificada PROCESSO: AC – 1193 ARTIGO A Turma, resolvendo questão de ordem, deferiu medida cautelar para emprestar efeito suspensivo a recurso extraordinário interposto pela Petróleo Brasileiro S/A – Petrobrás contra acórdão do STJ que, também em medida cautelar, restabelecera a eficácia de tutela antecipada que suspendera as suas licitações, as quais utilizavam procedimento licitatório simplificado, previsto na Lei 9.478/97 e regulamentado pelo Decreto 2.745/98. Consideraram-se presentes os requisitos necessários à pleiteada concessão. Quanto à plausibilidade jurídica do pedido, asseverou- se que a submissão da Petrobrás a regime diferenciado de licitação estaria, à primeira vista, justificado, tendo em conta que, com o advento da EC 9/95, que flexibilizara a execução do monopólio da atividade do petróleo, a ora requerente passara a competir livremente com empresas privadas, não sujeitas à Lei 8.666/93. Nesse sentido, ressaltaram-se as conseqüências de ordem econômica e política que adviriam com o cumprimento da decisão impugnada, caso a Petrobrás tivesse que aguardar o julgamento definitivo do recurso extraordinário, já admitido, mas ainda não distribuído no STF, a caracterizar perigo de dano irreparável. Entendeu-se, no ponto, que a suspensão das licitações realizadas com base no Regulamento do Procedimento Licitatório Simplificado (Decreto 2.745/98 e Lei 9.478/97) poderia tornar inviável a atividade da Petrobrás e comprometer o processo de exploração e distribuição do petróleo em todo país, com reflexos imediatos para a indústria, comércio e, enfim, para toda a população. AC 1193 QO-MC/RJ, rel. Min. Gilmar Mendes, 9.5.2006. (AC-1193) Ademais, no tocante ao regime tributário, tendo em vista a disposição contida no art. 173, §1º, inc. II, CF/88, em regra, as estatais não têm privilégios tributários, que não sejam extensíveis à iniciativa privada. http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=1193&classe=AC&codigoClasse=0&ORIGEM=JUR&recurso=0&tipoJulgamento= PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 25 Ou seja, somente gozaram de privilégios tributários se forem extensíveis às entidades do setor privado no ramo em que concorrem. De todo modo, o Supremo Tribunal Federal vem entendendo que se prestam serviços públicos, especialmente em regime de exclusividade, gozam de prerrogativas de direito público, tal como imunidade tributária em relação aos seus bens, rendas e serviços e pagamento de seus débitos por precatórios (Caso ECT). Vejamos: INFORMATIVO Nº 546 TÍTULO: ECT: IPVA e Imunidade Tributária PROCESSO: ACO – 765 ARTIGO Na linha da orientação firmada no julgamento da ACO 959/RN (DJE de 16.5.2008), no sentido de que a norma do art. 150, VI, a, da CF alcança as empresas públicas prestadoras de serviço público, o Tribunal, por maioria, julgou procedente pedido formulado em ação cível originária proposta pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT contra o Estado do Rio de Janeiro, para afastar a cobrança do IPVA, bem como as sanções decorrentes da inadimplência do tributo. Vencidos os Ministros Marco Aurélio, relator, e Ricardo Lewandowski, que julgavam o pleito improcedente, por reputarem inaplicável, à autora, a imunidade recíproca, haja vista ser ela empresa pública com natureza de direito privado que explora atividade econômica. Vencido, parcialmente, o Min. Joaquim Barbosa, que julgava o pedido procedente em parte. Em seguida, o Tribunal, também por votação majoritária, resolveu questão de ordem, suscitada pelo Min. Menezes Direito, para autorizar os Ministros a decidirem, monocrática e definitivamente, nos termos da decisão desta ação cível originária, recursos e outras causas que versem sobre o mesmo tema. Vencido, no ponto, o Min. Marco Aurélio. ACO 765/RJ, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Menezes Direito, http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=765&classe=ACO&codigoClasse=0&ORIGEM=JUR&recurso=0&tipoJulgamento= PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 26 13.5.2009. (ACO-765) No tocante a responsabilidade civil, as estatais podem tanto explorar a atividade econômica como prestar serviço público. Assim, quando prestadoras de serviços públicos submetem-se ao regime de responsabilidade objetiva (art. 37, §6º, CF/88), respondendo o Estado subsidiariamente pelos prejuízos causados. No entanto, quando exploradoras de atividade econômica, o regime será o privado, portanto, em regra, a responsabilidade é subjetiva, ou seja, depende da comprovação de dolo ou culpa. No tocante ao seu pessoal, por estarem submetidas ao regime de direito privado, ocupam emprego público, seguindo o regime da CLT. Todavia, são considerados agentes públicos (servidores públicos lato sensu), em razão de algumas regras: concurso público, teto remuneratório, acumulação, remédios constitucionais, fins penais, improbidade administrativa, dentre outros aspectos. É de se ressalvar, no entanto, o entendimento do TST de que poderá dispensar o empregado de forma imotivada, salvo quando for estatal prestadora de serviços públicos, porque aí a dispensa deverá ser motivada e amparada de processo administrativo no qual se assegure o contraditório e a ampla defesa. E, por fim, em relação aos bens, considera-se bens privados, ou seja, são passíveis de penhora, exceto se a empresa for prestadora de serviços públicos e o bem estiver diretamente ligado a eles, de modo que por força do princípio da continuidade o bem não poderá sofrer constrição. Essas características assemelham as empresas públicas e as sociedades de economia mista, no entanto, se distanciam no tocante a sua constituição, isso porque as empresas públicas são formadas por capital exclusivamente público, enquanto as de economia mista não, são formadas por capital público e privado. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 27 As empresas públicas podem assumir qualquer forma societária/empresarial, ou seja, podem ser S/A, Limitada, Comandita. No entanto, as de economia mista só podem assumir a forma de S/A. Ademais, no caso federal, as empresas públicas têm suas demandas julgadas na Justiça Federal (art. 109, inc. I, da CF/88), enquanto que as sociedades de economia mista terão suas causas decididas na Justiça Estadual. Organograma: 4. Administração: Sentidos Por fim, cumpre dizer que a organização administrativa que percebemos nos dá a noção e sentido formal da Administração Pública. Contudo, o sentido da administração pública também pode ser concebido por aquilo que ela faz,desempenha, ou seja, pelas atividades, chamado de sentido material. Desse modo, pelo sentido formal, orgânico ou subjetivo temos os entes, entidades, órgãos e agentes (servidores) públicos que integram a estrutura da Administração Pública, grafando-se a expressão com as iniciais em maiúsculo. Pelo sentido material, funcional ou objetivo, temos as Administração Pública Direta União Estados DF Municípios Indireta Autarquias Fundações Públicas Empresas Públicas Sociedades de Economia Mista PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 28 funções desempenhadas pelo Estado no exercício da função administrativa (Serviços Públicos, Poder de Polícia, Fomento e Intervenção), de modo que se grafa o termo administração pública em minúsculo. Dito isso, vamos às questões. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 29 5. QUESTÕES COMENTADAS 1. (DELEGADO DE POLÍCIA – PC/AL – CESPE/2012) Ocorre o fenômeno da desconcentração quando o Estado desempenha algumas de suas funções por meio de outras pessoas jurídicas. Comentário: O Estado é uma pessoa jurídica. Assim, quando essa pessoa distribui competências para outra pessoa, teremos a descentralização, que poderá ser política (distribui para outros entes políticos) ou administrativa (distribui para entidades administrativas). Gabarito: Errado. 2. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A centralização é a situação em que o Estado executa suas tarefas diretamente, por intermédio dos inúmeros órgãos e agentes administrativos que compõem sua estrutura funcional. Comentário: O fato de o Estado exercer suas funções por meio de diversos órgãos é o fenômeno da desconcentração, que ocorre no âmbito interno de uma mesma pessoa. No entanto, mesmo desconcentrado, o ente está centralizado, pois nada se menciona sobre a criação de outras entidades. Com efeito, a centralização é o movimento inverso da descentralização. Então, enquanto na descentralização temos duas ou mais pessoas. Na centralização temos uma só pessoa, que pode ou não estar desconcentrada. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 30 Gabarito: Certo. 3. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A chamada centralização desconcentrada é a atribuição administrativa cometida a uma única pessoa jurídica dividida internamente em diversos órgãos. Comentário: Na centralização temos uma só pessoa que exerce suas funções. Pode, essa pessoa, estar desconcentrada (ter diversos órgãos) ou concentrada (não ter diversos órgãos, ou seja, não ter divisão interna de suas atribuições entre órgãos). Gabarito: Certo. 4. (ANALISTA DE PLANEJAMENTO – INPI – CESPE/2013) O instituto da desconcentração permite que as atribuições sejam distribuídas entre órgãos públicos pertencentes a uma única pessoa jurídica com vistas a alcançar uma melhora na estrutura organizacional. Assim, concentração refere-se à administração direta; já desconcentração, à indireta. Comentário: De fato, a desconcentração permite que as atribuições sejam distribuídas entre órgãos públicos pertencentes a uma única pessoa jurídica com vistas a alcançar uma melhora na estrutura organizacional. Contudo, concentração/desconcentração tanto podem ser referir à administração direta ou à indireta, pois se trata de organização interna no âmbito de uma mesma pessoa jurídica. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 31 Gabarito: Errado. 5. (AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - TCE/ES - CESPE/2012) Para que ocorra a descentralização administrativa, é necessária, pelo menos, a existência de duas pessoas. Comentário: A descentralização administrativa pressupõe sempre a existência de duas ou mais pessoas, enquanto a desconcentração pressupõe uma só pessoa. Gabarito: Certo. 6. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/RR – CESPE/2012) Quando o Estado cria entidades dotadas de patrimônio e personalidade jurídica para propiciar melhorias em sua organização, ocorre o que se denomina desconcentração. Comentário: A criação de pessoa jurídica pelo Estado distribuindo-lhe função administrativa é o fenômeno da descentralização. Gabarito: Errado. 7. (AGENTE ADMINISTRATIVO – MTE – CESPE/2014) O Decreto n.º 5.063/2004 aprovou a estrutura regimental do MTE, órgão vinculado à administração federal. Compõem sua estrutura as superintendências regionais do trabalho e emprego, a Fundação Jorge Duprat Figueiredo, de Segurança e Medicina do Trabalho (FUNDACENTRO), entidade vinculada, dotada de personalidade jurídica própria. Considerando as informações acima, julgue os PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 32 próximos itens acerca da organização administrativa do Estado. A criação do MTE e das superintendências regionais do trabalho e emprego caracteriza a utilização da técnica denominada desconcentração administrativa. Comentário: De fato, a criação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), órgão integrante da União, e de suas superintendências regionais do trabalho e emprego (SRT’s), órgãos internos do MTE, são exemplos de desconcentração administrativa. Já a Fundacentro, que tem personalidade própria, seria hipótese de descentralização administrativa. Gabarito: Certo. 8. (AGENTE ADMINISTRATIVO – SUFRAMA – CESPE/2014) Desconcentração administrativa é a distribuição de competências entre órgãos de uma mesma pessoa jurídica. Comentário: Exatamente isso. Perfeito. A desconcentração administrativa é a distribuição de competências entre órgãos de uma mesma pessoa jurídica. Gabarito: Certo. 9. (AGENTE ADMINISTRATIVO – MDIC – CESPE/2014) Se, em razão do grande número de contratações realizadas pela União, for criado um Ministério de Aquisições, ter-se-á, nessa situação, exemplo do fenômeno denominado desconcentração administrativa. Comentário: PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 33 De fato, a criação de Ministérios na estrutura organizacional da União é exemplo de desconcentração administrativa. Gabarito: Certo. 10. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/MT – CESPE/2010) A descentralização administrativa ocorre quando se distribuem competências materiais entre unidades administrativas dotadas de personalidades jurídicas distintas. Comentário: Na descentralização administrativa ocorre a distribuição de competências de uma pessoa jurídica para outra. Gabarito: Certo. 11. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/MT – CESPE/2010) A criação de um ministério na estrutura do Poder Executivo federal para tratar especificamente de determinado assunto é um exemplo de administração descentralizada. Comentário: Os ministérios são órgãos integrantes da estrutura da União, pessoa jurídica de direito público. Portanto, quando se cria órgãos na estrutura de uma pessoa, estamos desconcentrando, e com isso diante da administração desconcentrada. Gabarito: Errado. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 34 12. (AGENTE ADMINISTRATIVO – POLÍCIA FEDERAL – CESPE/2014) A instituição de órgão própriopara exercer as atribuições de polícia judiciária no âmbito da União é exemplo de descentralização administrativa. Comentário: Observe que temos a criação de um órgão para exercer determinada atribuição no âmbito de uma pessoa jurídica (a União). Portanto, temos a situação configuradora de desconcentração administrativa. Gabarito: Errado. 13. (DELEGADO DE POLÍCIA – PC/BA – CESPE/2013) A criação de nova secretaria por governador de estado caracteriza exemplo de descentralização. Comentário: Então, a criação de uma secretaria de estado, isto é, criação de um órgão no âmbito da Administração direta, é um exemplo de desconcentração. Gabarito: Errado. 14. (CONTADOR – MTE – CESPE/2014) Ocorre o fenômeno de descentralização por serviços quando, por exemplo, no âmbito do MTE, cria-se um novo órgão e a ele são transferidas determinadas competências para a execução de serviços públicos. Comentário: PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 35 A criação de novos órgãos dentro da estrutura do Ministério, que também é um órgão, é exemplo de desconcentração. Gabarito: Errado. 15. (TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TC/DF – CESPE/2014) Configura hipótese de descentralização administrativa a criação de uma eventual Secretaria de Estado de Aquisições do DF. Comentário: Uma Secretaria de Estado é um órgão administrativo e, por isso, sua criação se trata de desconcentração administrativa. Gabarito: Errado. 16. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – PC/ES – CESPE/2011) Diferentemente da descentralização, em que a transferência de competências se dá para outra entidade, a desconcentração é processo eminentemente interno, em que um ou mais órgãos substituem outro com o objetivo de melhorar e acelerar a prestação do serviço público. Comentário: Na descentralização a transferência de competências se dá para outra entidade, enquanto na desconcentração, por ser um processo eminentemente interno, um ou mais órgãos substituem outro com o objetivo de melhorar e acelerar a prestação do serviço público. Gabarito: Certo. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 36 17. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A delegação é forma de efetivação da desconcentração. Comentário: No âmbito da descentralização administrativa teremos dois institutos importantes, sendo a outorga (descentralização legal) e a delegação (descentralização contratual ou negocial). Na outorga dá-se a transferência, por lei, de uma atividade para uma pessoa jurídica que fora criada para isso, de modo que se torne especialista no exercício dessa atividade. Com efeito, o entendimento majoritário é no sentido de que essa transferência atinge a titularidade e o exercício dessa atividade. Contudo, ressalva-se o entendimento do Prof. Carvalho Filho, para quem jamais haverá a transferência da titularidade, por ser uma competência definida constitucionalmente, ocorrendo apenas a transferência da prestação do serviço, que é feita por lei. Na delegação, transfere-se, por ato ou contrato administrativo, a outra pessoa a execução de determinado serviço público para que o execute por sua conta e risco, mas visando atender ao interesse público. Portanto, a outorga e a delegação são formas de descentralização. Gabarito: Errado. 18. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/ES – CESPE/2011) A desconcentração mantém os poderes e as atribuições na titularidade de um mesmo sujeito de direito, ao passo que a descentralização os transfere para outro sujeito de PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 37 direito distinto e autônomo, elevando o número de sujeitos titulares de poderes públicos. Comentário: De fato, a desconcentração mantém os poderes e as atribuições na titularidade de um mesmo sujeito de direito, pois se trata de distribuição de atribuições no âmbito de uma mesma pessoa jurídica. Contudo, na descentralização administrativa poderá (outorga) ou não (delegação) haver a transferência da titularidade para outro sujeito de direito, distinto e autônomo. Assim, embora haja divergência doutrinária quanto à transferência da titularidade no caso de outorga, essa não ocorrerá no caso de delegação, pois somente se transfere a execução da atividade, motivo pelo qual a questão deveria ser considerada errada, já que a descentralização administrativa não se resume à descentralização funcional, por serviço ou técnica. Nisso, chamo a atenção para que se tome muito cuidado, pois o CESPE, a depender do examinador, tem assumido posições contraditórias, ou seja, uma parte da Banca assume a posição de que transfere a titularidade (linha da Di Pietro) e outra parte assume a posição de que não se transfere a titularidade (linha do Carvalho Filho). Portanto, entendo que a questão deveria ter sido anulada, mas o CESPE a considerou correta. Gabarito: Certo. (*) 19. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – STM – CESPE/2011) Quando o Estado processa a descentralização do serviço público por delegação contratual, ocorre apenas a transferência da execução do serviço. Quando, entretanto, a PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 38 descentralização se faz por meio de lei, ocorre a transferência não somente da execução, mas também da titularidade do serviço, que passa a pertencer à pessoa jurídica incumbida de seu desempenho. Comentário: Nesta questão o CESPE adotou o posicionamento do Prof. Carvalho Filho, para quem não há na descentralização administrativa (descentralização legal ou outorga) a transferência da titularidade, pois se trata de competência definida ao ente político pela Constituição. Portanto, para o prof. Carvalho Filho, a outorga também só transfere da prestação do serviço público, distinguindo-se da delegação no que diz respeito ao ato que determina a transferência, que no caso da outorga ocorre por lei. Lembre-se, no entanto, como disse, que o posicionamento majoritário na doutrina é no sentido de que na outorga há a transferência da titularidade e da prestação do serviço. Gabarito: Errado. 20. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A descentralização pode ser feita por meio de outorga ou delegação, meios de que dispõe o poder público para transferir, por tempo determinado, a prestação de determinado serviço público a ente público ou a particular. Comentário: Com efeito, não restam dúvidas de que a descentralização pode ocorrer mediante outorga (por lei) ou por delegação (por contrato ou ato administrativo), de modo a transferir a prestação de determinado PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 39 serviço público a ente administrativo ou a particular, contudo, poderá ser por prazo determinado (contrato) ou não (outorga). Gabarito: Errado. 21. (TODOS OS CARGOS – MS – CESPE/2010) A descentralização administrativa efetiva-se por meio de outorga quando o Estado cria uma entidade e a ela transfere, por lei, determinado serviço público. Comentário: A descentralização administrativa efetiva-se por meio de outorga, ou seja, quando o Estado cria uma entidade e a ela transfere, por lei, determinado serviço público. Gabarito: Certo. 22. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A descentralização administrativa ocorre quando uma pessoapolítica ou uma entidade da administração indireta distribui competências no âmbito da própria estrutura, a fim de tornar mais ágil e eficiente a sua organização administrativa e a prestação de serviços. Comentário: Na descentralização administrativa temos duas ou mais pessoas. Portanto, quando ente (pessoa política) ou uma entidade (pessoa administrativa) distribui competência na sua própria estrutura, trata-se de desconcentração. Gabarito: Errado. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 40 23. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A descentralização é a situação em que o Estado executa suas tarefas indiretamente, por meio da delegação de atividades a outros órgãos despersonalizados dentro da estrutura interna da pessoa jurídica descentralizadora. Comentário: Quando ocorre a delegação de atividades no âmbito da própria pessoa jurídica descentralizadora a outros órgãos despersonalizados temos a desconcentração administrativa. Gabarito: Errado. 24. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/RR – CESPE/2012) A administração indireta abrange o conjunto de pessoas administrativas que, vinculadas à administração direta, têm o objetivo de desempenhar, de forma descentralizada, as atividades administrativas. Comentário: De fato, a Administração indireta abrange o conjunto de pessoas (entidades) administrativas, vinculadas à Administração direta, que têm por objetivo desempenhar, de forma descentralizada, as atividades administrativas. Gabarito: Certo. 25. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A administração direta compreende os órgãos que integram as pessoas políticas do Estado, aos quais se atribui competência PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 41 para exercício, de forma descentralizada, das atividades administrativas. Comentário: De fato, a Administração direta compreende os órgãos que integram as pessoas políticas do Estado, aos quais se atribui competência para exercício das atividades administrativas. No entanto, de forma desconcentrada já que se trata de órgãos que compõem a mesma estrutura ou pessoa jurídica. Gabarito: Errado. 26. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/BA – CESPE/2010) A criação de uma autarquia para executar determinado serviço público representa uma descentralização das atividades estatais. Essa criação somente se promove por meio da edição de lei específica para esse fim. Comentário: Então, a criação de qualquer entidade administrativa, ou seja, da própria Administração Pública indireta, é uma forma de descentralização. Gabarito: Certo. 27. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO – MPU – CESPE/2013) A transferência pelo poder público, por meio de contrato ou ato administrativo unilateral, apenas da execução de determinado serviço público a pessoa jurídica de direito privado corresponde à descentralização por serviços, também denominada descentralização técnica. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 42 Comentário: A descentralização pode ser: a) por serviço, técnica ou funcional; b) geográfica ou territorial; c) por colaboração. Com efeito, quando a descentralização ocorrer por meio de contrato ou ato administrativo unilateral, para pessoa jurídica de direito privado, para que execute determinado serviço público, teremos a descentralização por colaboração, mediante o instituto da delegação. Gabarito: Errado. 28. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A descentralização administrativa não admite a desconcentração territorial, material e hierárquica. Comentário: A descentralização, ou seja, a criação de outras entidades, não impede que ocorra nelas a desconcentração. Com efeito, a desconcentração pode ocorrer no âmbito da Administração direta, quanto na indireta, isto é, nas entidades administrativas. Outrossim, vale destacar que a criação de órgãos (ou seja, a desconcentração) pode assumir o critério territorial (cria-se órgão em razão da localização, por exemplo: criação de Varas no interior do Brasil, na região Norte), o material (define-se o órgão pela atividade a ser realizada – Ministério da Agricultura, Ministério da Fazenda etc) ou pelo critério hierárquico (o órgão é criado dentro de uma estrutura de subordinação, então temos órgão autônomo, independente, superior e de execução ou subalterno). Gabarito: Errado. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 43 29. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO - IBAMA - CESPE/2012) A organização das competências da União em ministérios é exemplo de desconcentração material. Comentário: De fato, a organização da União, distribuindo funções em pastas ou Ministérios, é uma forma de desconcentração material. Gabarito: Certo. 30. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A criação de uma diretoria no âmbito interno de um tribunal regional eleitoral (TRE) configura exemplo de descentralização administrativa. Comentário: A criação de uma diretoria no âmbito interno de um TRE é uma forma de desconcentração, pois se trata da criação de um órgão interno. Gabarito: Errado. 31. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) As autarquias são entidades administrativas autônomas, criadas por lei específica, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, resultantes da desconcentração do exercício das atividades públicas. Comentário: PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 44 Uma autarquia é exemplo de descentralização administrativa, uma vez que se trata de uma pessoa jurídica distinta do ente político. Gabarito: Errado. 32. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) Na desconcentração, o Estado executa suas atividades indiretamente, mediante delegação a outras entidades dotadas de personalidade jurídica. Comentário: A delegação das atribuições estatais a outras entidades dotadas de personalidade jurídica ocorre por descentralização administrativa. Gabarito: Errado. 33. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) Uma das diferenças entre a desconcentração e a descentralização administrativa é que nesta existe um vínculo hierárquico e naquela há o mero controle entre a administração central e o órgão desconcentrado, sem vínculo hierárquico. Comentário: É o contrário. Na descentralização por se tratar de pessoas jurídicas distintas não há hierarquia, existindo vinculação e, portanto, mero controle da administração central (controle finalístico ou de resultado). Na desconcentração, por outro lado, trata-se de criação de estrutura hierarquizada. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 45 Gabarito: Errado. 34. (TÉCNICO ADMINISTRATIVO - ANAC - CESPE/2012) A desconcentração administrativa consiste na distribuição interna de competências, no âmbito de uma mesma pessoa jurídica; a descentralização administrativa pressupõe a distribuição de competência para outra pessoa, física ou jurídica. Comentário: Na desconcentração temos distribuição interna de competências no âmbito de uma mesma pessoa e na descentralização essa distribuição ocorre entre pessoas distintas. Gabarito: Certo. 35. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/TO – CESPE/2013) A desconcentração e a descentralização administrativasconstituem institutos jurídicos idênticos. Comentário: Os dois institutos têm finalidades parecidas, isto é, servem para organizar a Administração Pública. No entanto, a desconcentração é instrumento de organização interna, no âmbito da mesma pessoa, enquanto a descentralização é externa, de uma pessoa para outra. Portanto, são institutos jurídicos distintos. Gabarito: Errado. 36. (ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA – TJDFT – CESPE/2013) Os termos concentração e centralização estão PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 46 relacionados à ideia geral de distribuição de atribuições do centro para a periferia, ao passo que desconcentração e descentralização associam-se à transferência de tarefas da periferia para o centro. Comentário: A ideia de distribuição de atribuições do centro para a periferia dá a noção, sensação, de desagregação, de distribuição, de expansão, de separação. Portanto, trata-se de fenômeno que parte do centro para as extremidades, ou seja, descentralizada ou desconcentra. Já a noção inversa, ou seja, da periferia para o centro tende a denotar uma agregação, uma junção, portanto, temos a noção de concentrar e centralizar. Gabarito: Errado. 37. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) Os municípios são entes políticos componentes da administração pública indireta. Comentário: A República Federativa do Brasil (Estado Central) empreendeu descentralização política, determinada pela Constituição Federal, criando os entes federativos, ou seja, entidades ou entes políticos, todos dotados de autonomia política e personalidade jurídica de direito público, compreendendo: a União, Estados, DF e municípios. Assim, o município, de fato, é um ente político, contudo compõe a Administração Pública Direta. Gabarito: Errado. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 47 38. (PERITO PAPILOSCÓPICO – PC/ES – CESPE/2011) O Distrito Federal é considerado uma entidade administrativa. Comentário: O Distrito Federal é um ente ou entidade política, conforme art. 18 da CF/88. Gabarito: Errado. 39. (AUXILIAR JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A administração direta compreende os órgãos que integram as pessoas políticas do Estado, aos quais se atribui competência para exercício, de forma descentralizada, das atividades administrativas. Comentário: De fato, a Administração direta compreende os órgãos que integram as pessoas políticas do Estado, aos quais se atribui competência para exercício das atividades administrativas. No entanto, de forma desconcentrada já que se trata de órgãos que compõem a mesma estrutura ou pessoa jurídica. Gabarito: Errado. 40. (ANALISTA AMBIENTAL – MMA – CESPE/2011) No âmbito da União, a administração direta compreende os serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos respectivos ministérios, enquanto a administração indireta é exercida por entidades dotadas de personalidade jurídica própria. Comentário: PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 48 Nos termos do Decreto-Lei 200/67, em seu artigo 4º, inc. I e II, a Administração Federal compreende a Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios, e a Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria. Gabarito: Certo. 41. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/RR – CESPE/2012) A administração direta compreende os órgãos e as pessoas jurídicas de direito público que prestam serviços típicos do Estado; no âmbito federal, integram a administração direta os ministérios e as autarquias. Comentário: Como destacado, a Administração direta compreende os órgãos e as pessoas jurídicas de direito público que prestam serviços típicos do Estado (União, Estados, Distrito Federal e Municípios); no âmbito federal, integram a administração direta a os ministérios. As autarquias integram a indireta. Gabarito: Errado. 42. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A estrutura básica da administração direta na esfera estadual é composta pelo chefe do Poder Executivo, que tem como auxiliares os ministros de Estado. Comentário: PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 49 Os ministros de Estado integram a estrutura da Administração direta federal. Gabarito: Errado. 43. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/MS – CESPE/2013) A administração direta é composta de pessoas jurídicas, também denominadas entidades, e a administração indireta, de órgãos internos do Estado. Comentário: A Administração direta é integram pelo conjunto de órgãos que integram os entes políticos no exercício da função administrativa e seus agentes. Já a Administração indireta é integrada por entidades administrativas, ou seja, pessoas jurídicas. Gabarito: Errado. 44. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TJ/AL – CESPE/2012) A administração direta exerce sobre a administração indireta o denominado controle finalístico, cujos limites e instrumentos devem ser expressamente previstos em lei. Comentário: De fato, a Administração direta exerce sobre a indireta o denominado controle finalístico, também chamado de supervisão ministerial, cujos limites e instrumentos devem ser expressamente previstos em lei. Gabarito: Certo. PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 50 45. (INSPETOR – PC/CE – CESPE/2012) O Ministério da Saúde é órgão da administração pública indireta. Comentário: A mesma questão cobrada no concurso anterior. Pois é! Então, o Ministério da Saúde é um órgão integra da estrutura do Poder Executivo federal, ou seja, integra a estrutura da Administração Pública Direta federal. Gabarito: Errado. 46. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TJ/RR – CESPE/2012) Tanto a criação quanto a extinção de órgãos públicos depende da edição de lei específica; contudo, a estruturação e o estabelecimento das atribuições desses órgãos, desde que não impliquem aumento de despesa, podem ser processados por decreto do chefe do Poder Executivo. Comentário: De acordo com o art. 1º, §2º, inc. I, da Lei nº 9.784/99, órgão público é “a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta”. Nesse sentido, a Profa. Di Pietro os define como uma unidade que congrega atribuições exercidas pelos agentes públicos que o integram com o objetivo de expressar a vontade do Estado. Na clássica lição de Hely Lopes Meirelles, órgãos são centro de competências instituídos para o desempenho de funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem. É importante dizer que o órgão não se confunde com a PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS AUDITOR FISCAL DO TRABALHO – AFT/MTE AULA 01 – Administração Pública Prof. Edson Marques www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 51 pessoa jurídica (ente ou entidade), ele é parte integrante da estrutura de uma pessoa jurídica. Por isso, a característica básica que diferencia um órgão de uma entidade é que os órgãos não possuem personalidade jurídica, e integram a estrutura interna de um ente ou entidade. Portanto, a criação e a extinção de órgãos públicos dependem da
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