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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DA BAHIA Campi: Gilberto Gil Turno: Noturno Semestre: 2021.1 Aluno: Docente: Matéria: REDAÇÃO INSTRUMENTAL - CCJ0267 CASO CONCRETO 6 Caso Concreto 1 A reclamada contratou o reclamante para exercer a função de marceneiro no setor de produção de cozinhas moduladas. O reclamante, ao desempenhar sua atividade profissional, foi pregar um gabinete duplo, um dos componentes da cozinha modulada, quando o prego se soltou da madeira ao sofrer a batida do martelo. O prego atingiu em cheio o olho direito do trabalhador reclamante, perfurando-o. Esse infortúnio ocorreu por culpa exclusiva da reclamada, porque esta não ofereceu óculos de proteção ao obreiro. Trata-se de um trágico e irremediável acidente de trabalho que pôs fim não somente a qualquer perspectiva de ascensão profissional do reclamante, mas também o deixou deficiente visual para o resto de sua vida. Questão 1: A linguagem forense utilizada pelo advogado na exposição dos fatos no caso em questão teve como objetivo produzir uma certa reação emocional no receptor (juiz) por meio e uma engenhosa seleção vocabular. Comente, em até 10 linhas, a escolha lexical intencional do advogado, considerando os valores semânticos de algumas palavras utilizadas na construção desse parágrafo. RESPOSTA: No caso apresentado podemos afirmar que a linguagem utilizada diz respeito tanto no meio jurídico como também a linguagem comum do nosso dia a dia. Assim, veja que o direito pode ser tido como uma arte argumentativa sendo necessário para isso a utilização de diversos dispositivos que possibilitam esse objetivo. Apelar para o lado emotivo é uma das características bastante comuns principalmente quando se trata de tribunal do júri. Isso porque o emocional das pessoas geralmente é bastante abalado no caso de morte ou de graves lesões. O advogado utilizou a linguagem sob medida como forma de deixar o texto no âmbito jurídico sem prejudicar o seu significado. Questão 2: Identifique, no parágrafo acima, pelo menos duas informações ou versões que a parte contrária não teria narrado. Justifique a sua resposta. RESPOSTA: O reclamante, no desempenho de sua função, teria por obrigação usar equipamento de proteção específico, fato que não o correu. Por conseguinte, durantes sua atuação, o infortúnio foi resultado de sua imprudência. Não existência de promoção na empresa. Trabalho de pesquisa: Função persuasiva da narrativa jurídica no texto narrativo está presente a transformação no espaço e no tempo, buscando -se apenas informar tais fatos ao juiz. Mas, por ser uma criação do intelecto humano, a narrativa jurídica assume um ponto de vista que parte de seu autor, construída a partir de sua interpretação pessoal, de forma que se torna uma tese a ser comprovada pela argumentação. Caso Concreto 2 Mateus foi denunciado porque, em agosto de 2015, supostamente teria se dirigido à residência de Maísa e a constrangido a com ele manter conjunção carnal, resultando assim na gravidez da suposta vítima, conforme laudo de exame de corpo de delito. Narra ainda a Inicial que, embora não se tenha se valido de violência real ou de grave ameaça para a prática do ato, o réu teria se aproveitado do fato de Maísa ser incapaz de oferecer resistência ao propósito criminoso, assim como de validamente consentir, por se tratar de deficiente mental, incapaz de reger a si mesma. Trata-se de erro de tipo que se caracteriza por excluir o dolo e, portanto, a própria tipicidade da conduta, pois o réu namorava a vítima há algum tempo e a mesma nunca demonstrou qualquer comportamento que o fizesse desconfiar de algum tipo de debilidade mental. Questão 3: A partir do resumo do caso concreto 3, produza uma breve narrativa jurídica a favor da parte Ré. RESPOSTA: O réu afirma que a vítima não era deficiente mental, e que já a namorava havia algum tempo. Disse ainda que sua avó materna e sua mãe, que moram com ele, sabiam do namoro e que todas as relações que manteve com a vítima eram consentidas. Disse, ainda, que a vítima não quis dar ensejo à ação penal, tendo o promotor, segundo o réu, agido por conta própria. Por fim, Mateus informou que não havia qualquer prova da debilidade mental da vítima e que a mesma poderia comparecer para depor a seu favor em juízo. Questão 4: Objetivas.1. Leia o poema abaixo para responder à questão proposta. Todo mundo aceita que ao homem cabe pontuar a própria vida: que viva em ponto de exclamação. A palavra SÓ, usada nos dois primeiros versos da última estrofe, tem, respectivamente, o sentido de: (dizem: tem alma dionisíaca); viva em ponto de interrogação (foi filosofia, ora é poesia); viva equilibrando- se entre vírgulas e sem pontuação (na política): o homem só não aceita do homem que use a só pontuação fatal: que use, na frase que ele vive o inevitável ponto final. In: MELO NETO, João Cabral de. Agrestes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985. P.146 (A) apenas / única. (B) aliás / difícil. (C) então / original. (D) também/ ímpar. (E) afinal / exclusiva. RESPOSTA: Letra A 2.Leia o trecho: "O dano moral caracteriza-se por uma lesão a um interesse juridicamente protegido, aos direitos da personalidade, causando dor, tristeza, vexame ou humilhação.". De acordo com os procedimentos discursivos que formulam o texto argumentativo podemos afirmar que, exceto: (A) As palavras - tristeza, vexame, humilhação - valoram o discurso e criam uma tendência opinativa. (B) Na perspectiva de criar uma tendência, os modalizadores expressam valores semânticos contextualizados. (C) A seleção vocabular é muito importante, porque tem grande poder persuasivo na interpretação dos casos jurídicos. (D) É correto e comum no discurso jurídico o uso de modalizadores para tornar o texto persuasivo. (E) As palavras apenas assumem valores persuasivos quando contextualizadas. Fora do contexto não significam absolutamente nada, não indicam qualquer traço semântico. RESPOSTA: Letra E
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