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UERJ – Faculdade de Educação / Consórcio CEDERJ Licenciatura em Pedagogia Língua Portuguesa Instrumental Coordenadora: Professora Helena Feres Hawad Avaliação a Distância 2 – 2021.1 Nesta atividade, você vai escrever um resumo do texto anexo a esta proposta de trabalho – “Sobrecarga de memória”. ATENÇÃO: Antes de fazer a AD2, é indispensável que você estude a Aula 16. A avaliação de seu trabalho levará em conta a observância das orientações contidas na aula. Observe as seguintes especificações sobre o formato do trabalho: O resumo deve ter, no mínimo, 240 e, no máximo, 280 palavras, e deve se organizar em um único parágrafo. O título será simplesmente “Resumo do texto Sobrecarga de memória”. Apresente o texto em um arquivo PDF, digitado em fonte Times New Roman 12 ou Arial 11 (como preferir), em espaço 1,5, alinhamento justificado. Envie seu trabalho por meio da sala de aula virtual até às 10h do dia 22 de maio de 2021. ATENÇÃO: a. A ferramenta para entrega do trabalho se fecha às 10h (da manhã) do dia 22/5/21. Para conseguir fazer a postagem, é preciso entrar nela, pelo menos, alguns minutos antes do fechamento, já que o processo de postagem não é instantâneo. Em nenhuma hipótese o prazo para entrega será prorrogado. Organize-se e faça o envio com antecedência para evitar contratempos na última hora. b. Após postar seu trabalho, saia da ferramenta da atividade, entre novamente e abra o trabalho, para verificar se a postagem foi feita corretamente. Erros na postagem ou na formatação do arquivo são de inteira responsabilidade do aluno. c. Em caso de dificuldade na formatação do arquivo ou no uso da ferramenta da atividade, peça ajuda a seu mediador de Informática Instrumental. Critérios de avaliação: 1. Coerência com a proposta, organização e clareza (observância do gênero textual pedido, do formato gráfico e da extensão estipulados na proposta; impessoalidade da linguagem) – 2,0 pontos 2. Correção ortográfica e gramatical (pontuação, ortografia, concordância, regência, colocação, estruturação das frases, seleção vocabular) – 3,0 pontos 3. Conteúdo e desenvolvimento (fidelidade às ideias do texto original, boa seleção dos conteúdos incluídos, relação adequada entre as informações, coerência e coesão textuais) – 5,0 pontos Na disciplina Língua Portuguesa Instrumental, as AD´s têm peso 2, e as AP´s têm peso 8 na composição da N1 e da N2. ATENÇÃO: Receberão nota zero: Trabalhos que fujam à proposta feita; Trabalhos que sejam compostos principalmente de cópia de fragmentos do texto proposto para o resumo; Trabalhos idênticos ao de outro aluno, independentemente de qual deles seja a fonte e qual seja a cópia; Trabalhos em que se caracterize cópia do trabalho de outras pessoas (de sites da internet ou de quaisquer outras fontes, mesmo com a indicação da fonte); Trabalhos enviados por engano (arquivos em branco, trabalhos de outras disciplinas). ANEXO – Fragmento de HARARI, Yuval Noah. Sapiens: uma breve história da humanidade. Tradução Janaína Marcoantonio. 25 ed. Porto Alegre: L&PM, 2017. p. 128-130. Sobrecarga de memória Os impérios geram quantidades enormes de informação. Além das leis, os impérios precisam manter registro de transações e impostos, inventários de suprimentos militares e navios mercantes e calendários de festividades e vitórias. Durante milhões de anos, as pessoas armazenaram informações em um único lugar: o cérebro. Infelizmente, o cérebro humano não é um bom dispositivo de armazenamento para bancos de dados do tamanho de impérios por três razões principais. A primeira razão é que sua capacidade é limitada. É verdade que algumas pessoas têm memória impressionante, e em tempos antigos havia profissionais da memória que podiam guardar na cabeça a topografia de províncias inteiras e os códigos jurídicos de Estados inteiros. No entanto, há um limite que nem mesmo os mestres da mnemônica conseguem transcender. Um advogado poderia saber de memória todo o código jurídico do estado de Massachusetts, mas não os detalhes de cada procedimento jurídico que aconteceu em Massachusetts dos julgamentos das bruxas de Salém em diante. A segunda razão é que os humanos morrem, e seu cérebro morre com eles. Toda informação armazenada em um cérebro será apagada em menos de um século. É possível, é claro, transmitir memórias de um cérebro para outro, mas, depois de algumas transmissões, a informação tende a ser deturpada ou se perder. A terceira razão, e a mais importante, é que o cérebro humano foi adaptado para armazenar e processar apenas certos tipos de informação. Para sobreviver, os antigos caçadores-coletores tinham de lembrar as formas, as características e os padrões de comportamento de milhares de espécies de plantas e animais. Eles tinham de lembrar que um cogumelo amarelo enrugado crescendo no outono debaixo de um olmeiro é, muito provavelmente, venenoso, ao passo que um cogumelo de aspecto similar crescendo no inverno debaixo de um carvalho é um bom remédio para dor de estômago. Os caçadores- coletores também precisavam ter em mente as opiniões e as relações das várias dezenas de membros do bando. Se Lucy precisasse da ajuda de um membro do bando para fazer John parar de molestá-la, era importante que se lembrasse que na semana anterior John brigou com Mary, que, portanto, seria uma aliada provável e entusiasta. Consequentemente, as pressões evolutivas adaptaram o cérebro humano para armazenar quantidades imensas de informações botânicas, zoológicas, topográficas e sociais. Mas quando, depois da Revolução Agrícola, começaram a aparecer sociedades particularmente complexas, um novo tipo de informação se tornou vital: os números. Os caçadores-coletores nunca precisaram lidar com grandes quantidades de dados matemáticos. Nenhum caçador-coletor precisava lembrar, por exemplo, a quantidade de frutas em cada árvore na floresta, de modo que o cérebro humano não se adaptou para armazenar e processar números. Mas, para manter um reino grande, dados matemáticos eram fundamentais. Nunca foi suficiente criar leis e contar histórias sobre deuses guardiães. Também era preciso cobrar impostos. Para arrecadar impostos de centenas de milhares de pessoas, era fundamental recolher dados sobre a renda e a posse das pessoas; dados sobre atrasos, dívidas e multas; dados sobre descontos e isenções. Isso somava milhões de dados, que tinham de ser armazenados e processados. Sem essa capacidade, o Estado jamais saberia de que recursos dispunha e que recursos adicionais poderia obter. Quando confrontado com a necessidade de memorizar, lembrar e manipular todos esses números, o cérebro da maioria dos humanos se sobrecarregava ou ficava letárgico. Essa limitação mental restringia severamente o tamanho e a complexidade dos coletivos humanos. Quando a quantidade de pessoas em determinada sociedade ultrapassava um limite crítico, passava a ser necessário armazenar e processar grandes quantidades de dados matemáticos. Como o cérebro humano não era capaz de fazer isso, o sistema ruía. Durante milhões de anos após a Revolução Agrícola, as redes sociais humanas permaneceram relativamente pequenas e simples. Os primeiros a superar o problema foram os antigos sumérios, que viviam no sul da Mesopotâmia. Lá, um sol abrasador banhando planícies lamacentas e férteis produziu colheitas fartas e cidades prósperas. Conforme o número de habitantes cresceu, também aumentou a quantidade de informações requeridas para coordenar seus assuntos. Entre os anos 3.500 e 3.000 a.C., alguns gênios sumérios desconhecidos inventaram um sistema para armazenar e processar informações fora do cérebro concebido especialmente para lidar com grandes quantidades de dados matemáticos. Com isso, os sumérios libertaram sua ordem social das limitações do cérebro humano, abrindo caminho para o surgimento de cidades, reinos eimpérios. O sistema de processamento de dados inventado pelos sumérios é chamado “escrita”.
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