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CLARETIANO CENTRO UNIVERSITÁRIO HOSANA DA SILVA RA -8049545 ENFERMAGEM PEDIÁTRICA E NEONATAL VILHENA-RO 2021 OBJETIVOS: • Refletir sobre o cuidado centrado na família no contexto hospitalar. • Discutir as possibilidades e os desafios de desenvolver a assistência de enfermagem em pediatria centrada na família no ambiente hospitalar. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE Analise o caso a seguir: Beatriz, 11 meses, está sendo admitida na unidade de internação pediátrica devido a um quadro de pneumonia. No momento da admissão, a criança apresenta um quadro de desconforto respiratório moderado e contínuo, com necessidade de oferta de oxigênio. Além disso, apresenta-se com choro persistente, agitando bracinhos e cabeça e irritando- se ao ser examinada pela enfermeira. Os pais estão apreensivos e preocupados, pois é a primeira hospitalização e eles tem outro filho de quatro anos que está em casa com uma vizinha. INTRODUÇÃO Historicamente, a enfermagem é uma das profissões da área da saúde que mais convive com a família. A construção do termo cuidado centrado na família teve início em meados de 1969 com o propósito de definir a qualidade do cuidado prestado no hospital, segundo a visão dos pacientes e suas famílias, e de discutir a autonomia do paciente frente às suas necessidades de saúde. O termo cuidado centrado no paciente e família surgiu devido à compreensão de que a família é considerada um elemento fundamental no cuidado de seus membros e o isolamento social é um fator de risco, em especial para os indivíduos mais dependentes como os muito jovens, os mais velhos e aqueles com doença crônica. Assim, é recomendado que os profissionais incentivem a continuidade da ligação natural que existe entre a maioria dos pacientes e suas famílias e sua rede de apoio. Por acreditar que a família exerce influência sobre a saúde do paciente, essa filosofia assistencial a inclui como parceira na melhoria das práticas e do sistema de cuidado. CUIDADO CENTRADO NA FAMÍLIA NO CONTEXTO HOSPITALAR. Tendo em vista que as necessidades da família variam de acordo com a situação, a enfermeira deve estar atenta para avaliar se naquele momento sua intervenção deve ser voltada ao individuo ou à unidade familiar, ou se é necessário intervir em ambos, pois as abordagens não são excludentes e nem uma é melhor do que a outra. Respondendo ao segundo questionamento – cuidar de um grupo é o mesmo que cuidar de uma família - e considerando grupo na perspectiva interacionista, respondemos afirmativamente a essa questão.(PERES,2009) POSSIBILIDADES E DESAFIOS No Brasil, a enfermagem pediátrica vem contribuindo, expressivamente, com pesquisas que buscam aprimorar a visão do cuidado centrado na família. No entanto há necessidade de ampliar a inclusão e atualização dos conteúdos referentes à família nos cursos de graduação e pós-graduação, nos serviços de educação continuada, assim como, formar enfermeiras especialistas em família atuando em conjunto com as generalistas. Acreditamos que cuidar da família seja uma responsabilidade e compromisso moral do enfermeiro e para tanto é necessário que haja um ambiente de cuidado que favoreça o relacionamento entre enfermeiro-família, a fim de construir uma prática que a ajude no enfrentamento de dificuldades, em especial em situação de doença. Na enfermagem pediátrica, o Cuidado Centrado na Família é uma filosofia que além de cuidar da criança também reconhece a sua família como unidade de cuidado. Tal definição considera a família como constante na vida da criança e a unidade básica de saúde na qual a criança receberá os cuidados de promoção à saúde e prevenção de doenças, além dos primeiros atendimentos. Essas definições englobam pressupostos que já haviam sido descritos por Shelton em 1987 em 1990 propondo os seguintes elementos para o cuidado centrado na família: reconhecer a força da família como uma constante na vida da criança; facilitar a colaboração entre pais e profissionais em todos os níveis de cuidado à saúde; respeitar e valorizar a diversidade cultural, racial, étnica e socioeconômica da família; reconhecer as forças e individualidade da família, respeitando os diferentes métodos de enfrentamento; compartilhar informação imparcial e continuamente com a família; responder às necessidades de desenvolvimento da criança e da família; adotar políticas de praticas que fornecem apoio emocional e financeiro para família; planejar um cuidado flexível, culturalmente competente e que responda às necessidades da família; encorajar e facilitar o suporte familiar e da rede apoio.(PERES,2009) ANALISE DO CASO Beatriz, 11 meses, está sendo admitida na unidade de internação pediátrica devido a um quadro de pneumonia. No momento da admissão, a criança apresenta um quadro de desconforto respiratório moderado e contínuo, com necessidade de oferta de oxigênio. Além disso, apresenta-se com choro persistente, agitando bracinhos e cabeça e irritando- se ao ser examinada pela enfermeira. Os pais estão apreensivos e preocupados, pois é a primeira hospitalização e eles tem outro filho de quatro anos que está em casa com uma vizinha. Nesse caso o enfermeiro(a) deve demonstrar tranquilidade a fim de acalmar os pais, e em seguida realizar o trabalho de forma ágil e rápida, tentar conversar com Beatriz para que se calme, crianças de 11 anos já possuem cognição mental para compreender algumas situações. A pneumonia na criança corresponde à infecção do pulmão causada por bactérias ou vírus que leva ao aparecimento de sintomas semelhantes aos da gripe, mas que vão piorando com o passar dos dias, podendo ser difícil de identificar. O diagnóstico da pneumonia na criança é feito pelo pediatra por meio da avaliação dos sinais e sintomas apresentados pela criança e da frequência respiratória, além de ser normalmente recomendada a realização do raio-X do tórax para verificar o grau de comprometimento dos pulmões. Além disso, o médico pode indicar a realização de exames microbiológicos para identificar qual é o agente infeccioso relacionado com a pneumonia.(BELTRAME,2020) A capacidade das crianças de descrever dor se configura conforme elas crescem e de acordo com o seu desenvolvimento cognitivo e de linguagem. Por exemplo, o lactente apresenta resposta corporal generalizada de rigidez e agitação, com choro alto; o escolar manifesta choro alto, grito estridente e tentativas de empurrar com ausência de colaboração; e o adolescente apresenta maiores expressões verbais, tensão muscular e controle do corpo (ALMEIDA; SABATÉS, 2008) A dor, em geral, se associa a medo, ansiedade e estresse; Assim, os pais devem ser envolvidos no processo de estratégias não farmacológicas, como distração, relaxamento e posicionamento adequado, além de sucção não nutritiva em lactentes. É recomendado experimentar diversas estratégias adequadas a idade, condições da criança, intensidade da dor e capacidade da criança para uma abordagem mais efetiva.(FUMICELLI,2019) Em relação ao tratamento farmacológico da dor, os opioides são os analgésicos mais utilizados, e até mesmo analgésicos por via endovenosa rotineiramente são prescritos pela equipe médica. Todavia, enfermeiro e equipe de Enfermagem devem monitorar os prováveis efeitos colaterais dos opioides e anti-inflamatórios não esteroides (Aines), como depressão respiratória. Trata-se de uma complicação mais grave, em que a frequência respiratória pode reduzir gradualmente ou as respirações podem cessar abruptamente. Caso depressão ou parada respiratória ocorra, o enfermeiro deve estar preparado para intervir rapidamente e comunicar a equipe médica, uma vez que se reduzirá a infusão a 25%, quando possível, e o paciente será estimulado. Caso o paciente não desperte, será administrada naloxona (Narcan), conforme prescrição médicae protocolo da instituição e o paciente será monitorado à beira-leito pela equipe (HOCKEN- BERRY; WILSON, 2014). REFERÊNCIAS BELTRAME, Beatriz. Pneumonia na criança: sintomas, causas e tratamento. 2020. Disponível em: <https://www.tuasaude.com/pneumonia-infantil/>. Acesso em: 5 abr. 2021. FUMINCELLI., Laís. Enfermagem pediatrica e neonatal. Batatais SP: ação educacional claretiana, 2019. PERES, Julia. Cuidado centrado na família e sua aplicação na enfermagem pediátrica Cuidado centrado na família e sua aplicação na enfermagem pediatrica. São Paulo SP: reben, 2019.
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