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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ FACULDADE CEARENSE - FAC CURSO DE PEDAGOGIA JULIANE PEREIRA DA SILVEIRA O IMPACTO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA PARA FORMAÇÃO DO PROFESSOR E APRENDIZAGEM DO ALUNO FORTALEZA 2013 JULIANE PEREIRA DA SILVEIRA O IMPACTO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA PARA FORMAÇÃO DO PROFESSOR E APRENDIZAGEM DO ALUNO Monografia submetida à aprovação da Coordenação do Curso de Licenciatura em Pedagogia do Centro de Ensino Superior do Ceará, como requisito parcial para obtenção do grau de Graduação. FORTALEZA 2013 JULIANE PEREIRA DA SILVEIRA O IMPACTO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA PARA FORMAÇÃO DO PROFESSOR E APRENDIZAGEM DO ALUNO Monografia apresentada como pré- requisito para obtenção do título de Bacharelado em Pedagogia, outorgado pela Faculdade Cearense - FAC, tendo sido aprovada pela banca examinadora composta pelos professores. Data de aprovação: 7/11/2013 Conceito obtido: satisfatório BANCA EXAMINADORA ___________________________________________ Profa. Ms. Luiza Lúlia Feitosa Simões ___________________________________________ Prof. Ms. Marco Aurélio Jarreta __________________________________________ Profa. Ms. Judenildes Guedes Batista A minha mãe e ao meu pai, que tanto sofreram com minha ausência quando da elaboração desta monografia e dos diversos trabalhos durante os anos de duração do curso. E, finalmente, a Deus, que é a grande razão de tudo. AGRADECIMENTOS Ao meu querido papai e minha mamãe, que contribuíram com muito esforço para que eu pudesse concluir esta monografia. Aos meus colegas e amigos, em especial, Anariana Cavalcante, Caroline Lobo, Elzelena Campell, Jorge Keilo, Ivandir Santos, Mayara Costa e Valquíria Melo, pelo incentivo e apoio constante nesta monografia. A minha professora e orientadora Luiza Lúlia Feitosa Simões, pela paciência e compreensão na elaboração do presente trabalho de pesquisa. E também aos professores convidados, por aceitarem participar da banca examinadora desta monografia. Penso no professor que não acredita em Educação Virtual e convido-o ao diálogo com esta experiência que considero bem- sucedida. Penso no professor que já tem experiência em Educação a Distância, desejando partilhar e aprender com ele. Penso naquele professor cuja motivação para ministrar um curso pela internet vem da percepção de que não temos como não enfrentar o desafio inexorável de professorar online, unindo-me a ele na motivação de ousar arriscar. (SILVA, 2003, p. 52). RESUMO Este trabalho tem como objetivo compreender a Educação a Distância (EAD) para formação do professor e a aprendizagem do aluno, precisamente nas instituições de ensino superior. Esta pesquisa bibliográfica tem como tema O impacto da Educação a Distância para formação do professor e a aprendizagem do aluno. Na EAD, por ser semipresencial, esta se torna muito importante para os professores, devido ao método de ensino, e também no que concerne à aprendizagem dos alunos. Foi elaborada uma pesquisa bibliográfica com a fundamentação teórica dos seguintes autores: Belloni (1999), Cropley (1983), Freire (1996), Kenski (2004), Moore (2007). Desde 2013, realizaram-se visitas em bibliotecas públicas e privadas na busca de textos sobre a compreensão da EAD na formação de professores e a capacidade de desenvolver a aprendizagem do aluno. A revisão de literatura apresentou o conceito de EAD como uma disciplina semipresencial, que ajuda os alunos a interagir e ter mais facilidade de aprender. Observou-se, por meio do levantamento bibliográfico, que é necessário capacitar e qualificar professores para utilizar a EAD como ferramenta de trabalho na sala de aula. Concluiu-se que a aprendizagem do aluno pela EAD é fundamental e importante para se aprofundar e estudar nas instituições de ensino superior. Palavras-chave: Educação a Distância. Ensino. Aprendizagem. Professores. ABSTRACT This work has a goal of understanding the Distance Learning (ODL) and the process of teaching - learning, more precisely for this Discipline blended in higher education institutions, this literature has as its theme EAD in the teaching - learning process. In ODL, to be blended is very important for teachers in teaching method and also for student learning. It was an elaborate literature with theoretical the following authors: Belloni (1999), Cropley (1983), Freire (1996), Kenski (2004), Moore (2007). Since 2013 visits are made in public and private libraries in search of texts on the understanding of ODL in teacher training and the ability to develop student learning. The literature review presented the concept of EAD as a blended course that helps students to interact and find it easier to learn. It is observed through the literature, with the training and qualification of teachers to use the EAD as a tool in the classroom. It is concluded that student learning by EAD are fundamental and important to be researched and studied in institutions of higher education. Keywords: Distance Education. Education. Learning. Teachers. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 9 2 CONCEITOS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EAD) ............................................. 11 2.1 Histórico da EAD ................................................................................................. 13 2.2 EAD na formação dos professores ...................................................................... 19 2.3 EAD no processo ensino aprendizagem ............................................................. 23 3 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 26 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 27 9 1 INTRODUÇÃO A Educação a Distância (EAD) é uma modalidade de ensino e disciplina semipresencial de grande alcance nas instituições de ensino, principalmente para o curso de Pedagogia. Esta modalidade de ensino contribui com a formação dos professores na questão de qualificar e capacitar para a comunicação e a troca de informações com os alunos. Na EAD, o processo ensino – aprendizagem é realizado conforme a metodologia do professor que tem experiência necessária para desenvolver nos alunos a capacidade de expor suas opiniões, por meio do computador, como ferramenta de pesquisa. A justificativa deste trabalho é fundamental porque vai mudar a educação no Brasil, inovando os métodos de ensino dos professores com o intuito de buscar a aprendizagem do aluno. O estudo desse tema é de muita importância principalmente para os professores que utilizarão esta nova ferramenta de trabalho para melhorar o processo de ensino - aprendizagem. Assim sendo, o objeto de estudo desta pesquisa é a EAD e seu papel no processo de ensino-aprendizagem. Diante dessa realidade, questiona-se: Qual o impacto da EAD para formação do professor e a aprendizagem do aluno? Para responder a esta pergunta foi realizada uma pesquisa bibliográfica. Segundo Lakatos (1992), a pesquisa bibliográfica permite compreender que se, de um lado, a resolução de um problema pode ser obtida por meio dela, por outro, tanto a pesquisa de laboratório quanto a de campo (documentação direta) exigem como premissa o levantamento do estudo da questão a que se propõe analisar e solucioná-la. A pesquisa bibliográfica pode, portanto, ser considerada também como o primeiro passo de toda a pesquisa científica. O trabalho foi elaborado por meio de pesquisabibliográfica em bibliotecas de universidades públicas e privadas para buscar referências teóricas em artigos, livros, revistas, dissertações, teses, monografias e periódicos. 10 A EAD está presente nas universidades pública e privada, como forma de contribuição para o ensino superior. O objetivo geral da pesquisa foi realizar um estudo bibliográfico sobre o papel da EAD no processo de ensino-aprendizagem. Como objetivos específicos pretendeu-se: pesquisar o conceito da EAD; identificar a metodologia dos educadores na sala de aula para essa disciplina e buscar as contribuições da EAD no processo de ensino - aprendizagem. Esta monografia foi organizada da seguinte forma: após a introdução, no segundo capítulo, definiram-se os conceitos sobre EAD na concepção de vários autores, a história da EAD, como surgiu e em que ano apareceu este curso, a formação dos professores como forma de método de ensino e o processo de ensino – aprendizagem para os alunos construir o seu conhecimento e, por último, apresentou-se a conclusão. 11 2 CONCEITOS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EAD) A EAD, no sentido fundamental da expressão, é o ensino que ocorre quando o ensinante e o aprendente estão separados (no tempo ou no espaço). No sentido que a expressão assume hoje se enfatiza mais a distância no espaço e se propõe que ela seja contornada por meio do uso de tecnologias de telecomunicação e de transmissão de dados, voz e imagens (incluindo dinâmicas, isto é, televisão ou vídeo). Não é preciso ressaltar que todas essas tecnologias, hoje, convergem para o computador (CHAVES, 1999). As tecnologias são fundamentais para que haja comunicação e interatividade entre professores e alunos com o intuito de utilizar estes recursos como ferramenta para o ensino e aprendizagem nas instituições. Segundo Llamas (1986 apud ARETIO; LOBO NETO, 2001), a educação a distância é uma estratégia educativa baseada na aplicação da tecnologia à aprendizagem sem limitação de lugar, tempo, ocupação ou idade dos estudantes. Implica em novas relações para os alunos e para os professores, novas atitudes e novos enfoques metodológicos. Com esta concepção, percebe-se que a relação entre professores e alunos é de extrema importância, pois a utilização de tecnologias na aprendizagem pode facilitar a construção do conhecimento. Para Peters (1973 apud BELLONI, 1999), a EAD é um método de transmitir conhecimento, competências e atitudes, que é racionalizado pela aplicação de princípios organizacionais e de divisão do trabalho, bem como pelo uso intensivo de meios técnicos, especialmente com o objetivo de reproduzir material de ensino de alta qualidade, o que torna possível instruir ao mesmo tempo um maior número de estudantes, onde quer que eles vivam. É uma forma industrializada de ensino e aprendizagem. E o professor deve ter competência e estar capacitado para passar um ensino de qualidade e ao mesmo tempo interagir com os alunos através do computador, incentivando diversas discussões. De acordo com Rebel (1983 apud BELLONI, 1999), a educação a distância é um modo não contínuo de transmissão entre professor e conteúdos do ensino e aprendente para satisfazer suas necessidades de aprendizagem, seja por modelos tradicionais, ou pela mistura de ambos. 12 Para Lobo (2000), a EAD é uma modalidade de realizar o processo educacional que, quando não ocorrendo - no todo ou em parte - o encontro presencial do educador e do educando, promove-se a comunicação educativa por meio de meios capazes de suprir a distância que os separa fisicamente. Neste caso, a semipresencial tem meios da tecnologia para favorecer uma comunicação que estabeleça uma conexão entre educador e educando. Contudo Litwin (2001), a EAD é uma forma de ensino com características específicas que substitui a proposta de assistência regular à aula por uma nova proposta, na qual os docentes ensinam e os alunos aprendem mediante situações não convencionais, ou seja, em espaços e tempos que não compartilham. Esta modalidade para a educação tem o propósito de transformar o ensino tradicional em uma nova possibilidade para os professores de passar os conhecimentos para os alunos. Na concepção de Holmberg (1977 apud ARETIO; LOBO NETO, 2001), o termo educação a distância cobre as diferentes formas de estudo em todos os níveis que não se encontram sob a contínua e imediata supervisão dos tutores presentes com seus estudantes em sala de aula, mas, sem dúvida, beneficiam-se do planejamento, guia e seguimento de uma organização tutorial. A EAD é, pois, uma alternativa pedagógica de grande alcance e que deve utilizar e incorporar as novas tecnologias como meio para alcançar os objetivos das práticas educativas implementadas, tendo sempre em vista as concepções de homem e sociedade assumidas e considerando as necessidades das populações a que se pretende servir (PRETI, 1996, p. 27). Educação à distância é um método de comunicar conhecimento, competências e atitudes que é racionalizado pela aplicação de princípios organizacionais e de divisão do trabalho, bem como pelo uso intensivo de meios técnicos, especialmente com o objetivo de reproduzir material de ensino de alta qualidade, o que torna possível instruir um grande número de estudantes, ao mesmo tempo, onde quer que eles vivam. É uma forma industrializada de ensino e aprendizagem (PETERS, 1973 apud NUNES 1992, p. 11, online). Segundo Landim (1997), educação a distância pressupõe a combinação de tecnologias convencionais e moderna que possibilita o estudo individual, ou em grupo, nos locais de trabalho ou fora, por meio de métodos de orientação e tutoria a distância, contando com atividades presenciais específicas, como reuniões do grupo para estudo e avaliação. Educação a distância é uma relação de diálogo, estrutura e autonomia que requer meios técnicos para mediar esta comunicação. 13 Para Moore (2004), a EAD é um subconjunto de todos os programas educacionais caracterizados por: grande estrutura, baixo diálogo e grande distância transacional – itens que visam principalmente à aprendizagem. De acordo com Peters (2004), educação a distância pode ser definida como um método de transmitir conhecimentos, habilidades e atitudes, racionalizando mediante aplicação da divisão do trabalho e de princípios organizacionais, assim como o uso extensivo de meios técnicos, especialmente para o objetivo de reproduzir material de ensino de alta qualidade, o que torna possível instruir um grande número de alunos ao mesmo tempo e onde quer que vivam. É uma forma industrial de ensinar e aprender. Nessa época, as tecnologias da EAD eram fitas de áudio, televisão, fitas de vídeos, fax e papel impresso. 2.1 Histórico da EAD Segundo Piconez (2003, p. 2, online), “já na Grécia antiga e, depois, em Roma, (Cartas de Platão e Epístolas de São Paulo) existia uma rede de comunicação que permitia o desenvolvimento significativo da correspondência”. Em 1833, um anúncio publicado na Suécia já se referia ao ensino por correspondência e na Inglaterra, em 1840, Isaac Pitman sintetiza os princípios da taquigrafia em cartões postais que trocava com seus alunos (PICONEZ, 2003, p. 2-3, online). A partir das décadas de 60 e 70, a educação à distância, embora mantendo os materiais escritos como base, passa a incorporar articulada e integradamente o áudio e o videocassete, as transmissões de rádio e televisão, o videotexto, o computador e mais recentemente, a tecnologia de multimeios, que combina textos, sons, imagens, assim como, mecanismos de geração de caminhos alternativos de aprendizagem (hipertextos, diferentes linguagens) e instrumentos para fixação de aprendizagem com feedback imediato (programas tutoriais informatizados) etc. (PICONEZ, 2003, p. 3-4, online). Com esta concepção já se iniciava a evolução da EAD para o ensino da correspondênciae a comunicação através da tecnologia como forma de aprendizagem. Para Niskier (2000), o emprego da EAD é muito mais do que o uso puro e simples de tecnologia numa sala de aula. A visão que se tem é muito mais ampla, a ela associando - se a interatividade, numa correspondência biunívoca de ensino e resposta, em que o lucro é a apreensão de conhecimentos. 14 De acordo com esse autor, a EAD tem o papel de utilizar a tecnologia para facilitar a interação entre o professor e os alunos e tem a junção de favorecer resultados satisfatórios para o ensino e aprendizagem. A primeira manifestação brasileira oficial de apreço à modalidade da educação a distância está no art. 80, da Lei nº 9.394/96 (LOBO, 2000) o Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e em todas as modalidades de ensino, e de educação continuada. 1º - A educação à distância, organizada com abertura e regime especiais, será oferecida por instituições especificamente credenciadas pela União. 2º - A União regulamentará os requisitos para a realização de exames e registro de diplomas relativos a cursos de educação à distância. 3º - As normas para a produção, controle e avaliação de programas de educação à distância e a autorização para a sua implantação caberão aos órgãos normativos dos respectivos sistemas de ensino, podendo haver cooperação e integração entre os diferentes sistemas. 4º - A educação à distância gozará de tratamento diferenciado que incluirá: a) custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão sonora e de sons e imagens; b) concessão de canais com finalidades exclusivamente educativas; c) ‘reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, pelos concessionários de canais comerciais’. Esta lei é fundamental para Educação a Distância, pois terá benefícios como uma ferramenta de trabalho para as instituições de ensino. Segundo Kenski (2004), em princípio, a revolução digital transforma o espaço educacional. Nas épocas anteriores, a educação era oferecida em lugares física e “espiritualmente” estáveis: nas escolas e nas mentes dos professores. O ambiente educacional era situado no tempo e no espaço. O aluno precisava deslocar-se regularmente até os lugares do saber – um campus, uma biblioteca, um laboratório – para aprender. Na era digital, é o saber que viaja veloz nas estradas virtuais da informação. Não importa o lugar em que o aluno estiver: em casa, em um barco, no hospital, no trabalho, ele tem acesso ao conhecimento disponível nas redes e pode continuar a aprender. Para esta concepção, antes, a educação era presencial, pois os alunos tinham aulas numa instituição de ensino, mas agora, com a EAD, percebe-se uma nova proposta de ensino por meio da tecnologia para a interatividade entre professor e aluno. De acordo com Kenski (2004), no atual momento tecnológico, não basta às escolas a posse de computadores e softwares para o uso em atividades de 15 ensino, é preciso também que esses computadores estejam interligados e em condições de acessar a Internet e todos os demais sistemas e serviços disponíveis nas redes. Nesta questão, as escolas têm que possuir bons computadores interligados com a Internet para a aprendizagem dos alunos. Diante disso, para Maia e Mattar (2007), pode-se dividir a evolução da EAD em três gerações, são elas: Primeira geração: cursos por correspondência Segunda geração: novas mídias e universidades abertas Terceira geração: EAD on-line Primeira geração: cursos por correspondência Há registros de cursos de datilografia a distância oferecidos em anúncios de jornais, desde a década de 1720. Dessa forma, a EAD surge efetivamente em meados do século XIX, em função do desenvolvimento dos meios de transporte e comunicação (como trens e correio), especialmente com o ensino por correspondência. Pode-se apontar como sua primeira geração os materiais que eram primordialmente impressos e encaminhados pelos Correios (MAIA; MATTAR, 2007, p. 21). Segunda geração: novas mídias e universidades abertas Para Mattar e Maia (2007, p. 22), tais experiências e vivências servem de parâmetro para que seja repensada a função das universidades no futuro, visando modificar as modalidades do ensino. Terceira geração: EAD on-line Os recursos dos ambientes virtuais de colaboração e aprendizagem são basicamente os mesmos existentes na Internet (correio, fórum, bate-papo, conferência, banco de recursos, etc.). Estes ambientes têm a vantagem de propiciar a gestão da informação segundo critérios preestabelecidos de organização definidos de acordo com as características de cada software e possuem bancos de informações representados em diferentes mídias e interligados por conexões (links internos ou externos ao sistema) (ALMEIDA, 2005, p. 2). Estas gerações são fundamentais para a Educação a Distância como ferramentas de trabalho, principalmente a terceira geração, que é o destaque desse ensino nas universidades. 16 Moore e Kearley (2007) propõem essa divisão em função da disponibilidade e do uso da tecnologia de cada época. A 1ª Geração da EAD concretizou – se efetivamente com a popularização da imprensa, que permitia a produção em grande escala de livros e materiais didáticos. Isso também permitia a produção de guias de estudo e de autoavaliação, além de instruções programadas, de acordo com a ideia de materiais para estudo individual. A tutoria, quando existia, dependia do deslocamento dos alunos até o local de origem do curso. Além disso, a operacionalização dos correios facilitou a distribuição dos materiais didáticos produzidos aos alunos que se encontravam distantes dos locais de produção desses materiais. Por isso, muitos autores referem – se a essa primeira geração como “a educação a distância via correspondência”. A 2ª Geração da EAD surgiu com a difusão do rádio e da televisão. A esta está associado o surgimento dos telecursos e dos programas supletivos a distância. Nesse período, eram utilizados programas teletransmitidos (ou seja, transmitidos a distância, via rádio ou televisão), bem como o uso de programas em vídeo, pré – gravado em fita-cassete ou vídeo. Não havia interação efetiva entre professores e alunos, pois a proposta era atingir com tais recursos um grande número de pessoas, sem um local de origem específico para o curso. Os alunos utilizavam – se do correio tradicional e, mais adiante, do fax e do telefone, para contato e esclarecimento de dúvidas com seus professores e/ou tutores. A 3ª Geração da EAD está vinculada à difusão do acesso e do uso dos computadores. Inicialmente, isto envolvia programas de computador (“multimídia”), em geral gravados em CD e enviados aos alunos para que estudassem de forma individual e autônoma. A 4ª Geração está relacionada ao uso dos recursos de telecomunicação, com a transmissão via satélite de teleconferências. A ampliação das redes de telecomunicação e o maior acesso à Internet propiciaram a integração de outros recursos de comunicação, tais como o correio eletrônico e o bate-papo, caracterizando a 5ª Geração da EAD. Segundo Carneiro (2009), atualmente, a EAD envolve também o uso de outros recursos mais sofisticados, como a videoconferência (transmissão de áudio e vídeo), permitindo aos participantes não só interagir via texto (como no correio e bate-papo), mas também ver e ouvir os outros. 17 Então, segue-se para uma nova concepção que está atualmente na Educação a Distância no processo de ensino – aprendizagem, que é a chamada tecnologias da informação e comunicação (TICS), destacando sua evolução histórica e seus conceitos. O termo “Tecnologias de Informação e Comunicação” surgiu com a Revolução industrial, nos anos 70, e começou a ganhar peso a partir de 1990. Designadas como o conjunto de recursos tecnológicos utilizadosde forma integrada, com um objetivo comum, servem também para designar o conjunto de recursos tecnológicos e computacionais para geração e uso da informação e permitir a comunicação. São tão importantes que são utilizadas por governos, empresas, indivíduos e sectores sociais, tornando-se indispensável para o dia a dia destes. As TIC dividem – se nas seguintes áreas de aplicação: computador, comunicação, controle e automação, com uma forte evolução no século XX, devido ao aparecimento do rádio, da televisão e do videotexto, dos cassetes áudio e vídeo, generalizando o uso dos computadores. Para Matos (2004), as TICS incluem todas as tecnologias utilizadas na criação, armazenamento e troca de informação nas suas várias formas: dados, voz, vídeo, imagens, etc. Entretanto, na EAD, começa aparecer um novo ensino a distância mais conhecido como e-learning. O e-learning é o ensino realizado através de meios eletrônicos. É basicamente um sistema hospedado no servidor da empresa que vai transmitir, através da Internet ou Intranet, informações e instruções aos alunos visando agregar conhecimento especifico. O sistema pode substituir total ou parcialmente, o que é mais comum, o instrutor na condução do processo de ensino. No e- learning, as etapas de ensino são pré-programadas, divididas em módulos, e são utilizados diversos recursos como o e-mail, textos e imagens digitalizadas, sala de bate-papo, links para fontes externas de informações, vídeos e teleconferências, entre outras. O treinamento com o e-learning pode ser montado pela própria empresa ou por quaisquer dos fornecedores desse tipo de solução já existente no mercado. 18 2.2 EAD na formação dos professores A EAD na formação de professores torna-se evidente com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996), que aprovou a educação a distância como uma modalidade para o sistema de ensino, apesar das resistências, ainda na década de 1990 (MARTINS, 2009). Esta lei se torna importante, pois regulamenta a educação a distância para os professores que estão em formação, no que concerne à sua metodologia na instituição. Na década de 90, as universidades brasileiras começaram a despertar para a Educação a Distância, com a disseminação das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e sua aplicação no processo educacional. A partir de 1995, surgiram algumas experiências isoladas direcionadas à formação de professores (KIPNIS, 2009). Com isso já se percebia que a formação de professores para a EAD era fundamental para a aprendizagem dos alunos e a divulgação da tecnologia da informação e comunicação. A formação docente na graduação, caracterizada a partir do “conhecimento específico seguido da dimensão pedagógica” (CANDAU, 1999, p. 46), mediada pelas novas tecnologias, é apresentada aqui a partir da definição e caracterização desta modalidade, pois, na área educacional, as mudanças pedagógicas também passam a fazer parte do cenário nacional com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96, que acena com a possibilidade de formação a distância na graduação. Para a formação docente a graduação se caracteriza por uma educação de qualidade, tendo como ferramenta de trabalho as tecnologias esta lei favorece aos professores que estão em plena formação na educação a distância. De acordo com Pretto (2001, p. 51), [...] mais do que tudo a formação dos professores no mundo contemporâneo tem que se dar de forma continuada e permanente e, para tal, nada melhor do que temos todos [...] conectados através desses modernos recursos tecnológicos de informação e comunicação. 19 Com esta formação percebe-se que os professores têm que desenvolver suas capacidades na sua profissão e é definitivo utilizar os recursos tecnológicos para a interação dos alunos no ambiente virtual. A ferramenta essencial para a comunicação entre professor e aluno é o chamado Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) com seu conceito e suas características. O ambiente virtual de aprendizagem ou sala de aula virtual é um ambiente baseado na Internet (também é possível em intranets) que funciona de forma semelhante a um portal cujo objetivo básico é a Educação a Distância. Para entender melhor, apresentam-se algumas características de um AVA: O acesso ao “interior” AVA é feito por meio de login. Pouco conteúdo fica disponível ou visível para usuários não cadastrados. Há papéis com permissões diferentes para os usuários. Administrador, criador de curso, professor ou tutor, aluno e visitante são alguns exemplos. Os cursos são separados em “salas virtuais” e o acesso é restrito por código, senha ou inscrição feita ou aprovada pelo responsável no curso. As ferramentas e funcionalidades encontram-se voltadas primordialmente para a situação de ensino-aprendizagem. Há formas variadas de comunicação e interação (atividades diversas, tarefas, chat, blog, fórum, etc.); O professor ou tutor pode acompanhar o desenvolvimento e a participação do aluno, elaborar e corrigir atividades, atribuir notas, estabelecer prazos para a realização de atividades, enviar mensagens, e muito mais. Há exercícios de naturezas diversas, alguns similares à aprendizagem presencial. Pensar a EAD implica, conforme Neder (2001), ir além da dimensão metodológica. Ela deve ser vista como parte de um projeto político pedagógico que vincule a educação com a luta por uma vida pública em que o diálogo, a tolerância, o 20 respeito à diversidade estejam atentos aos direitos e condições que organizam a vida pública como uma forma social justa e democrática. Essa modalidade exige troca, diálogo e interação entre os atores da ação pedagógica, uma vez que o aluno e o professor não ocupam o mesmo espaço no processo da interlocução. Isto permite a reintegração do aluno como sujeito da construção do conhecimento, redirecionando o paradigma tradicional que se concentra mais nas condições de ensino do que na aprendizagem. A autonomia do aluno passa a ser um dos ideais da ação educativa. Ele é estimulado, instigado a buscar, a ser ativo no processo de construção do conhecimento. Porém, ressalta Perrenoud (apud CHAKUR, 1995, p. 80), “é possível que a formação básica do professor não dê mais conta das mudanças rápidas e diversificadas que acompanham a evolução das condições do exercício do magistério”. Para esta concepção do autor destaca – se a formação do professor que é fundamental para o exercício da profissão diante da educação a distância. Para a formação docente, segundo Nóvoa (1992, p. 26, online), é preciso “estimular uma perspectiva crítico-reflexivo, que forneça aos professores os meios de um pensamento autônomo e que facilite as dinâmicas de autoformação participada”. Na formação docente, o professor precisa ser reflexivo para que tenha seus próprios pensamentos através da construção de novas aprendizagens para as competências profissionais. Segundo Gatti (1996), a profissão de educador não é uma profissão como as outras: o serviço que ela presta é tão grande, difícil e decisivo para o bem do ser humano, que ela é, de certo modo, a mais nobre de todas as profissões, visto que se ocupa do que tornar humano o ser humano. Essa profissão de professor é de extrema importância, pois é a base da educação na construção de um cidadão responsável e ético nas suas atitudes, de acordo com o seu cotidiano. Para Martins (2009, online), a educação a distância para a formação de professores veio em um momento em que havia urgência em garantir de forma permanente a expansão e a consolidação da formação continuada, possibilitando uma melhoria significativa da prática docente para a formação do cidadão competente. 21 Lévy (2009, p. 9, online) esclarece [...] os professores aprendem aomesmo tempo em que os estudantes e atualizam continuamente tanto seus saberes <disciplinares> quanto suas competências pedagógicas. (A formação contínua dos docentes é uma das aplicações mais evidentes dos métodos do aprendizado e à distância). Freire (1996, p. 32-33) expõe alguns saberes necessários à prática educativa, dentre eles, ressaltam-se três. O primeiro é, ‘não há docência sem discencia’, ou seja, o saber da pura experiência feito, ‘[...] pensar certo, do ponto de vista do professor, tanto implica o respeito ao senso comum no processo de sua necessária superação quanto o respeito o estímulo à capacidade criadora do educando’. O segundo, ‘ensinar não é transferir conhecimento’, ‘[...] mas cria a possibilidade para a sua própria construção’ E por ultimo, ‘ensinar é uma especificidade humana’, refere-se ao ‘[...] saber da impossibilidade de desunir o ensino dos conteúdos da formação ética do educando’ (FREIRE, 1996, p. 106). Segundo Romanoski (2004), na educação a distância, as equipes de trabalho assumem caráter multidisciplinar; as funções dos professores são ampliadas, pois são eles que elaboram as propostas e os materiais de curso, além de serem articuladores e parceiros no acompanhamento do aprendizado dos educandos e, em parceria com os técnicos, utilizam-se das tecnologias para abordagens inovadoras da aprendizagem. Na EAD, o trabalho das equipes é de várias disciplinas, mas os professores têm o papel fundamental de organizar todas as atividades para o curso e também de auxiliar no desenvolvimento das aprendizagens dos educando nas tecnologias. Para Villardi (2005), competências profissionais é um conjunto de conhecimento, habilidades e atitudes que capacitam um profissional a desempenhar sua tarefa de forma satisfatória, tomando como critério avaliativo os padrões esperados em um determinado momento histórico, em uma determinada cultura. De acordo com esse autor, competência profissional é uma das características que o professor da educação a distância precisa ter para sua formação e obter resultado satisfatório na universidade. 22 De acordo com Kincheloe (1997), a formação do educador é embasada nos pressupostos do construcionismo crítico, ressignificado pelo pensamento pós- formal. Nessa perspectiva, o estudioso caracteriza o pensamento pós-formal, trazendo à tona a cosmovisão feminina junto a importantes conceitos como: leitura de mundo, incerteza, holismo não linear, cognição metafórica, conexão entre lógica e emoção, realidade holográfica, inter-relação cognição-empatia, dentre outros. Tal abordagem teórica deve engendrar-se à formação do professor crítico-reflexivo pós- formal, como quer Kincheloe (1997). Sancho (2006, p. 19): [...] a principal dificuldade para transformar os contextos de ensino com a incorporação de tecnologias diversificadas de informação e comunicação parece se encontrar no fato de que a tipologia de ensino dominante na escola está centrada no professor. Segundo Castells (2000), a formação de professores é um caminho essencial a trilhar, capacitando os formadores a refletir e utilizar tecnologias, bem como a lógica do seu uso no campo político-sociológico ao inquirir a forma que se deve utilizar, info incluindo, ou apenas fazendo uso da tecnologia como aporte pedagógico, sem uma caracterização ou uma indicação mais social ao seu uso, ou até mesmo, não a utilizando, descartando-a completamente, fazendo uma opção ao tradicionalismo extremo do uso pedagógico, numa alusão aos tempos idos em que livro, caderno, caneta/lápis eram e são os únicos materiais necessários para uma educação de qualidade. Para Campos (2007), o professor “no curso da sua ação profissional produz sentidos no contexto cultural”, mas o autor ainda considera que, além dos aspectos inerentes ao campo cultural dos alunos e professores, a ação reflexiva, ou seja, a mente também manifesta forte contribuição. De acordo com Marcelo (1999), a necessidade de “integrar a formação de professores em processos de mudança, inovação e desenvolvimento curricular, tratando-se de uma estratégia para facilitar a melhoria do ensino”. Na formação do professor é essencial que a mudança do método de ensino da instituição possa oferecer aos alunos os conteúdos que são aplicados de acordo com a qualificação do professor. 23 2.3 EAD na aprendizagem do Aluno A aprendizagem em EAD se articula com o campo de atuação do aluno que consiste em um adulto capaz de ser sujeito de seu próprio processo de aprendizagem, processo este que será desenvolvido ao longo de sua vida e de forma colaborativa. Para que este processo ocorra, é necessário que o ambiente de ensino/aprendizagem proposto ofereça serviços de apoio, estratégias interativas e integração de diversas mídias (CORRÊA, 2007, p. 12). Na educação a distância, o aluno é responsável pelas suas capacidades de desenvolver a sua aprendizagem, com a utilização das mídias, para a interação com os colegas de universidade. Na concepção de Moreira, Arnold e Assumpção (2006), em ambientes virtuais de aprendizagem, a ação cognitiva não se limita ao manuseio dos recursos tecnológicos. O que se deve entender, portanto, sobre aprendizagem é o seu sentido de interação permanente entre o estudante/sujeito do processo e o conteúdo/objeto do processo. Ao professor cabe apoiar o aluno no enfrentamento de suas dificuldades e de seus erros, condição primeira na elevação de seu nível de competência cognitiva e de autonomia, para aprender aquilo que lhe é ensinado a distância. O aluno deve ter autonomia para desenvolver sua aprendizagem, sem precisar da presença do professor e, com isso, realizar seus estudos para o seu próprio conhecimento na EAD. Em EAD, o aprendiz está imerso em uma realidade muito diferente daquela do modelo presencial. Esta realidade inclui referências do processo de informação e comunicação, das tecnologias, do ambiente virtual e suas nuances. Outro fator são os estímulos visuais e auditivos que influenciam a aprendizagem. É desse conjunto que se formam as condições para se aprender em EAD (RODRIGUES, 2012, p. 33). Na educação a distância, destaca-se o profissional que é fundamental para o processo de interação com os alunos, que é o tutor, com seu conceito e seu papel para esta modalidade de ensino. Diante dessa perspectiva, Silveira (2005) também concebe o/a tutor o/a como um educador/a, aquele profissional que faz parte da equipe multidisciplinar da EAD, que é responsável por discutir as estratégias de aprendizagem, suscitar a 24 criação de percursos acadêmicos, problematizar o conhecimento, estabelecendo o diálogo com o aluno e mediando o conhecimento. De acordo com Sá (1998), o tutor em EAD exerce duas funções importantes - a informativa, provocada pelo esclarecimento das dúvidas levantadas pelos alunos, e a orientadora, que se expressa ajudando nas dificuldades e na promoção do estudo e aprendizagem autônomos. “No ensino a distância o trabalho do tutor fica de certo modo diminuído considerando-se o clima de aprendizagem autônoma pelos alunos” (SÁ, 1998, p. 45), pois muito da orientação necessária já se encontra no próprio material didático, sob a forma de questionário, recomendação de atividades ou de leituras complementares. Constata-se que a função do tutor deve ir além da orientação. O tutor esclarece as dúvidas de seus alunos, acompanha-lhes a aprendizagem, corrige trabalhos e disponibiliza as informações necessárias, terminando por avaliar-lhes o desempenho. Estas duas funções são essenciais para o papel do tutor na educação a distância, pois vai ajudar os alunos que têm dificuldades nas suas aprendizagens e, com o auxílio dos tutores, pode facilitar na construção do conhecimento dos alunos. Alves e Nova (2003, p. 3) falam que: [...] a educação a distância como uma das modalidades de ensino-aprendizagem, possibilitada pela mediação dos suportes tecnológicos digitais e de rede, seja esta inserida em sistemas de ensino presencial, mistos ou completamente realizado por meio da distância física. Esta citação fala que a EAD trabalha o processo de ensino-aprendizagem com os meios das tecnologias com o ensino semipresencial para o ambiente virtual. Para Soares (2000), o professor sempre será necessário na mediação ensino-aprendizagem. A complexidade dos sistemas e das relações sociais não exclui a tarefa de situar o indivíduo nas diversas experiências com o conhecimento. Quem fará isso, senão o professor? Além disso, é preciso notar que o caráter pedagógico do emprego de tecnologias se revela não apenas na consciência da necessidade de inovar a prática, mas no desenvolvimento do hábito de manipulá-las, num exercício de criticidade seletiva de conhecimento e de conteúdos veiculados na rede. O professor precisa estar capacitado e qualificado para utilizar as tecnologias como ferramenta de trabalho na sua prática de ensino para que os alunos tenham a comunicação e a troca de informações na educação a distância. 25 Segundo Pretti (2002), a estrutura da educação a distância é mais complexa, às vezes, que um sistema tradicional presencial, visto que exige não só a preparação de material didático específico, mas também a integração de "multimeios" e a presença de especialistas nesta modalidade. O sistema de acompanhamento e avaliação do aluno requer também um tratamento especial. Isto significa um atendimento de expressiva qualidade. De acordo com Freire (1996), ensinar não constitui uma transferência de conhecimento, mas a criação de condições para sua ocorrência. Logo, o que determina a aprendizagem não é a presença direta do educador no ambiente educacional, mas os métodos utilizados e a forma como são criadas as condições para que ela ocorra. Para o educador, são necessários os métodos de ensino para que aconteça a interação com os alunos no ambiente virtual, mas também criando situações do nosso dia a dia. 26 3 CONCLUSÃO Por meio de estudos e pelas diversas concepções de vários autores, percebeu-se que a EAD é uma ferramenta importante para o processo de construção do conhecimento de grande mudança na formação de professores para uma educação de qualidade. Neste trabalho, destacaram-se os conceitos e as definições da EAD com os respectivos autores e suas opiniões. Diante disso, mostraram-se a história, o surgimento e o início da formação de professores nessa modalidade, os meios e as maneiras de contribuir para que se tenha uma educação de qualidade e os alunos possam desenvolver suas capacidades de aprendizagem. Também a relação do método e prática do professor na sala de aula para o aluno se desenvolver, interagir e aprender para a construção do conhecimento nas universidades semipresenciais. Este tema foi de muita pesquisa bibliográfica, em livros e artigos, para obter um resultado satisfatório no trabalho. Dessa forma, pôde-se perceber que a educação a distância cresce cada vez mais e vislumbra um novo modelo de ensino com alunos mais conectados, discutindo e expondo as suas opiniões por meio de fóruns, chats e outros meios de se comunicar. Nesta concepção, conceituou-se a modalidade semipresencial, que é a modalidade onde o método de ensino dos professores se dá através da utilização do computador como ferramenta de trabalho para fóruns, chats e a troca de informações com os alunos no ambiente virtual no intuito de desenvolver suas capacidades de aprendizagem. Portanto, essa modalidade semipresencial é um assunto novo que precisa ser mais estudado e aperfeiçoado. O curso EAD tem que ter a orientação de professores qualificados e capacitados para desenvolver aulas em que os alunos tenham interesse e motivação de querer aprender e seguir uma carreira profissional. 27 REFERÊNCIAS ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. Desafios e possibilidades da atuação docente on-line. Revista PUCVIVA, no. 24. Jul.-set./2005. Disponível em: <http://www.apropucsp.org.br>. Acesso em: 13 nov. 2013. ALVES, Lynn; NOVA, Cristiane (Org.). Educação à distância. São Paulo: Futura, 2003. ARETIO, L. G.; LOBO NETO, F. J. da S. (Org.). Educação a distância: referências e trajetórias. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Tecnologia Educacional; Brasília: Plano Editora. 2001. BELLONI, Maria Luiza. Educação à distância. Campinas: Autores Associados, 1999. CAMPOS, Casemiro de Medeiros. Saberes docentes e autonomia dos professores. Petrópolis: Vozes, 2007. CANDAU, Vera M. (Org.). Magistério: construção cotidiana. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1999. 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