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Mundo Grego – PARTE 2 – OS REFORMADORES Antes o governo tinha um caráter oligárquico, com a abertura de novos espações de participação política, agora ele ganha a forma de um governo oligárquico “alargado”: a democracia escravista. Uma democracia para poucos (apenas para os homens livres e naturais de Atenas, excluindo mulheres, escravos e estrangeiros residentes), porém, por ser exercida por todos aqueles que desfrutavam da cidadania, contribuiu para o desenvolvimento de uma organização social de tipo novo, no qual tudo era alvo de debates em praças públicas. Valorizavam a razão, o debate, a argumentação e o discurso, elementos indispensáveis à edificação dos pilares da cultura grega (racionalismo, antropocentrismo e humanismo). As mulheres eram condenadas a viverem no espaço doméstico, confinadas, inferiorizadas e reificadas. VI. ESPARTA, A CIDADE DA GUERRA Erguida em uma região com grande área de terra fértil, o que acabou determinando a fisionomia agraria e pastoril da economia espartana. Passada um tempo depois de sua fundação, a cidade realizou uma expansão territorial, conquistando a Lacônia e a Messênia, humilhando e escravizando seus habitantes. A organização social e política foi marcada por uma rígida estrutura militar- aristocrática. 3 classes bem delineadas: os esparciatas, cidadãos-guerreiros (os homoioi, iguais) descendentes dos 1° dórios; os periecos ou “moradores do entorno”, homens livres, habitantes das regiões fronteiriças, dedicados aos trabalhos desprezados pela aristocracia, os hilotas, homens escravizados, submetidos a um regime de superexploração. Forte presença do Estado oligárquico na organização da vida social. Distribuição dos lotes de terras e dos escravos entre os esparciatas. Os esparciatas eram apresentados, ainda na infância, a um rigoroso programa de educação estatal, particularmente orientado para a reprodução de uma elite militarizada, indispensável ao controle da massa escravizada e à manutenção da ordem elitista. A ordem social espartana preparava as mulheres para que pudessem gerar @SOFII.STUDIES soldados para a pólis (caso não fossem “saudáveis”, os bebês deveriam ser sacrificados). Recebiam uma peculiar educação física e intelectual. VII. GUERRAS E... MAIS UMA GUERRA, A ÚLTIMA Quando as fronteiras do mundo grego cruzaram o mar Egeu e cravaram suas estacas na Ásia Menos, Atenas já possuía uma cidade portadora de uma economia dinâmica e diversificada. A presença grega na região, incomodou o Império Persa, que projetava sua sombra em sentido contrário. As tensões evoluíram para um choque entre civilizações quando os persas resolveram varrer do mapa a cidade de Mileto. As Guerras Médicas (entre gregos e persas) cobriram um período de doze anos (490 a 478ª.C), onde ocorreram duas iniciativas militares persas. À frente da 1° ofensiva estava Dario I, sucessor de Ciro, o fundador do império; a difícil vitória grega foi conquistada na Batalha de Maratona (490 a.C); após sua primeira derrota, os persas recuaram suas forças e o confronto entrou em hibernação por 10 anos depois. À frente da nova ofensiva estava Xerxes, sucessor de Dario I; dessa vez a vitória grega seria conquistada pela marinha ateniense na Batalha de Salamina (480 a.C) e finalmente confirmada na Batalha de Plateia (479 a.C). A corrida de maratona: Terminada a Batalha de Maratona, o general grego Milcíades ordenou que um soldado fosse até Atenas levar a notícia. A mesma distância a ser percorrida na prova de atletismo nos jogos olímpicos. Superada a ameaça persa, Atenas dispunha de condições muito favoráveis para consolidar sua hegemonia no mundo helênico. A Liga de Delos, uma aliança organizada para combater eventuais agressões, para servir ao proposito de um alargamento do poderio ateniense e de expansão de uma concepção de pólis nos moldes democráticos. Esse período, que correspondeu ao apogeu de Atenas, entrou para a história como o “século de Péricles” (444 – 429 a.C). representou uma “era de ouro”, marcada por inegáveis avanços econômicos, políticos e culturais. Sentindo-se ameaça pelo crescimento de Atenas, Esparta organiza outra confederação: a Liga do Peloponeso. Foi assim que amadureceram as condições para a eclosão de um confronto que dividiu a Grécia: A Guerra do Peloponeso (431 – 404 a.C). Derrota ateniense, vitória espartana e, por isso mesmo, declínio grego. @SOFII.STUDIES Com a vitória, Esparta mergulhou a Grécia num período de profundo retrocesso cultural, econômico e político. Sem qualquer estabilidade interna, os gregos amargaram os piores dias desde o surgimento das póleis. Enfraquecidos, eles não foram capazes de impedir o avanço dos macedônios. IV. DOIS MUNDO EM UM: O HELENISMO Apesar dos macedônios possuírem um “parentesco” com os gregos, eles se estabeleceram na fronteira da Grécia, ao norte da península balcânica, e ali fundaram um reino independente, a Macedônia. Enquanto os gregos mergulhavam em conflitos internos e se enfraqueciam, os macedônios consolidavam sua unidade e força. Naquele momento, a Macedônia era governada por Filipe II (354 – 336 a.C), que entrou para a história como o artificie da conquista da Grécia. Porém, seu assassinato dois anos após a grande vitória, acabou a conduzir seu filho, Alexandre (356 – 323 a.C), ao trono. Sob o domínio do novo soberano, os limites imperiais foram ampliados nas variadas direções: Fenícia, Palestina, Egito e Mesopotâmia... A expansão territorial criou condições objetivas para que Alexandre elaborasse o sonho de um império universal. Seu plano era, a partir do intercâmbio cultural entre o Ocidente e o Oriente, promover o enriquecimento recíproco dos povos. Isso tudo tinha um nome: helenismo. Ainda de acordo com suas expectativas, as cidades seriam os grandes centros difusores do universalismo helenístico. Após a sua morte, o império de Alexandre foi dividido entre seus generais e deu origem a reinos independentes. @SOFII.STUDIES Módulo Colégio São Paulo 2021; Processor Marcelo Mascarenhas
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