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Grécia Antiga: Democracia Ateniense

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Grécia Antiga é a época da história grega que se estende do século XX ao século IV a.C.
Mapa Grecia Antiga
Política
Quando falamos em Grécia Antiga não estamos nos referindo a um país unificado. Na verdade
eram um conjunto de cidades que compartilhavam a língua, costumes e algumas leis. No
entanto, muitas delas eram até inimigas entre si como foi o caso de Atenas e Esparta.
De todos as maneiras, no Período Clássico, os gregos procuraram cultivar a beleza e a virtude
desenvolvendo as arte da música, pintura, arquitetura, escultura, etc.
Dessa maneira, acreditavam que os cidadãos seriam capazes de contribuir para o bem-
comum. Estava lançada, assim, a democracia.
Democracia Ateniense
A Democracia Ateniense foi um regime político criado e adotado em Atenas, no período da
Grécia Antiga. Ela foi essencial para a organização política das cidades-estados grega, sendo o
primeiro governo democrático da história. O termo “Democracia” é formado pelo radical grego
“demo” (povo) e de “kratia” (poder), que significa “poder do povo”.
Resumo
Anterior a implementação da Democracia em Atenas, a cidade-estado era controlada por uma
elite aristocrática oligárquica denominada de “eupátridas” ou “bem nascidos”, os quais
detinham o poder político e econômico na polis grega.
Entretanto, com o surgimento de outras classes sociais (comerciantes, pequenos proprietários
de terra, artesãos, camponeses, etc.), as quais pretendiam participar da vida política, a
aristocracia resolve rever a organização política das cidades-estados, o que mais tarde resultou
na implementação da “Democracia”.
De atl maneira, por volta de 510 a.C. a democracia surge em Atenas através da vitória do
político aristocrata grego Clístenes. Considerado o "Pai da Democracia", Clístenes liderou uma
revolta popular contra o último tirano grego, Hípias, que governou entre 527 a.C. e 510 a.C..
Após esse evento, Atenas foi dividida em dez unidades denominadas chamadas “demos”, que
era o elemento principal dessa reforma e, por esse motivo, o novo regime passou a se chamar
“demokratia”. Atenas possuía uma democracia direta, donde todos os cidadãos atenienses
participavam diretamente das questões políticas da polis.
De tal modo, Clístenes, baseada nas legislações anteriormente apresentadas por Dracon e
Solon, iniciou reformas de ordem política e social que resultariam na consolidação da
democracia em Atenas.
Como forma de garantir o processo democrático na cidade, Clístenes adotou o “ostracismo”
donde os cidadãos que demostrassem ameaças ao regime democrático sofreriam um exílio de
10 anos. Isso impediu a proliferação de tiranos no governo grego.
Sendo assim, o poder não estava somente concentrado na mão dos eupátridas. Com isso, os
demais cidadãos livres maiores de 18 anos e nascidos em Atenas poderiam participar das
Assembleias (Eclésia ou Assembleia do Povo), embora as mulheres, estrangeiros (metecos) e
escravos estavam excluídos.
Diante disso, podemos intuir que a democracia ateniense não era para todos os cidadãos
sendo, portanto, limitada, excludente e elitista. Estima-se que somente 10% da população
desfrutavam dos direitos democráticos.
Além de Clístenes, Péricles deu continuidade à política democrática. Ele foi um importante
democrata ateniense que permitiu ampliar o leque de possibilidades para os cidadãos menos
favorecidos.
Por volta de 404 a.C., a democracia ateniense sofreu grande declínio, quando Atenas foi
derrotada por Esparta na Guerra do Peloponeso, evento que durou cerca de 30 anos.
Características da Democracia Ateniense
· Democracia direta
· Reformas políticas e sociais
· Reformulação da antiga Constituição
· Igualdade perante a lei (isonomia)
· Igualdade de acesso aos cargos públicos (isocracia)
· Igualdade para falar nas Assembleias (isegoria)
· Direito de voto aos cidadãos atenienses
· Diferenças entre a Democracia Grega e Democracia Atual
A democracia ateniense foi um modelo político que fora copiado por várias sociedades antigas,
e que influencia até hoje o conceito de democracia no mundo.
No entanto, a democracia atual é um modelo mais avançado e moderno da democracia
ateniense, em que todos os cidadãos (maiores de 16 ou 18 anos), inclusive mulheres podem
votar e aceder a cargos públicos, sem que seja excludente e limitada.
Além disso, na democracia ateniense, os cidadãos tinham uma participação direta na
aprovação das leis e nos órgãos políticos da polis, enquanto na democracia atual (democracia
representativa) os cidadãos elegem um representante.
Sociedade
Cada polis tinha sua própria organização social. Algumas, como Atenas, admitiam a
escravidão, por dívida ou guerras. Por sua vez, Esparta, tinha poucos escravos, mas possuíam
os servos estatais, que pertencia ao governo espartano.
Ambas cidades tinham uma oligarquia que os governava que também eram os proprietários
das terras cultiváveis.
Também em Atenas verificamos a figura dos estrangeiros chamados metecos. Só era cidadão
quem nascia na cidade e por isso, os estrangeiros não podiam participar das decisões políticas
da polis.
Esparta e Atenas
As cidades de Esparta e Atenas se formaram durante o período Arcaico, no contexto da
formação das primeiras polis gregas, processo que se consolidou entre 700 a.C. a 500 a. C.
quando os Genos (tribos) nômades se tornaram sedentários.
Mesmo que se denominassem Helenos e compartilharem de alguns costumes e tradições,
como as divindades e os privilégios à aristocracia local, os gregos eram totalmente
independentes entre si e possuíam diferenças marcantes, o que não permite afirmarmos a
existência de uma nação grega. E, dentre todas as cidades, Esparta e Atenas constituíram as
duas maiores antíteses da Grécia Antiga.
Observe que, a sociedade espartana já havia se tornado uma potência grega em torno de 520
a.C., quando dominava a Liga do Peloponeso. Foi nessa época que começaram os atritos com
Atenas. Ora, em 510 a.C., Cleômenes de Esparta tenta vencer os atenienses, mas é derrotado.
Contudo, alguns anos mais tarde, em 480 a.C., estas duas cidades irão se unir contra o rei
Xerxes, do Império Persa, com Atenas esmagando sua força naval e Esparta destroçando suas
forças terrestres.
Contudo, apesar de saírem vitoriosas contra os persas, as rivalidades entre as potências
gregas aumentam quando Atenas começa a despontar como a maior potência marítima da
Grécia, após a criação da Liga de Delos, o que deu início a Guerra do Peloponeso, em 432
a.C, na qual Esparta se sagrou vitoriosa em 404 a.C. Todavia, o desgaste provocado pelo
confronto enfraqueceu as duas cidades, o que possibilitou a dominação de Tebas, em 370 a.C.,
a qual se torna a potência dominante até a conquista da Grécia pelo o rei Filipe, da Macedônia,
em 338 a.C..
Guerra do Peloponeso
A Guerra do Peloponeso foi uma guerra civil entre Atenas e Esparta, que ocorreu na Grécia
Antiga entre 431 e 404 a.C. Esse conflito militar durou 27 anos e terminou com a vitória de
Esparta.
Causas
Mapa assinalando os territórios em conflito e neutros durante a Guerra do Peloponeso
Durante os conflitos das Guerras Médicas, havia sido criada a Liga de Delos a fim de proteger
os gregos dos persas.
Esta aliança consistia, especialmente, no contributo monetário das cidades para a compra de
material bélico. No entanto, a Liga começou a beneficiar Atenas em detrimento das outras
cidades gregas.
Com os fundos obtidos da Liga de Delos, Atenas havia se tornado o centro político, econômico
e cultural da Grécia.
Esparta não aceitava essa situação e entra na disputa pela hegemonia política e econômica da
Grécia. Cria, então, outra liga com o objetivo de combater a liga comandada por Atenas – a
Liga do Peloponeso.
Após 10 anos de duros combates entre Atenas, que liderava por mar, e Esparta, que liderava
por terra, em 421 a.C. foi assinada a Paz de Nícias.
Este acordo estipulava uma trégua de 50 anos entre os adversários, porém, a paz só reinou
durante oito anos.
Na batalha de Egospótamos,por fim, Esparta vence Atenas.
Consequências
Com a derrota, Atenas começa a perder o que havia conquistado nas Guerras Médicas e as
cidades da Ásia Menor são devolvidas aos persas em troca de ouro.
Esparta, assim, conquista a hegemonia grega. O sistema de governo espartano era militar e as
cidades gregas mudam o regime democrático para o autoritário. Este fenômeno fica conhecido
como "Tirania dos Trinta".
Há uma desestabilização social e política e tem início a ruína da Grécia, o que permitiu a
invasão dos macedônios um século mais tarde.
Curiosidade
Tucídides, historiador grego, foi testemunha desse conflito e escreveu A História da Guerra do
Peloponeso. A obra consiste em oito volumes que relatam com detalhes os acontecimentos
dessa guerra considerados pelo historiadores como a mais importante da Grécia antiga.
 Principais Características de Esparta
Esparta (ou Lacedemônia) surgiu em torno de 1200 a.C., quando os Dórios, que dominavam
técnicas de metalurgia para fabricar ferro, conquistaram o sul do Peloponeso. Em 700 a.C.,
eles já haviam derrotados seus inimigos e conquistaram toda a península, transformando-os
em vassalos e escravos. Isso deu a Esparta uma grande quantidade de terras férteis, o que
facilitou o seu isolamento e lhe garantiu a alcunha de xenófobos (aversão aos estrangeiros).
Sobre sua educação, esta começava aos 7 anos de idade para os homens e aos 12 para as
mulheres. Basicamente, seu treinamento se resumia na preparação física e psicológica, de
cunho militarista, para transformar os homens em poderosos e obedientes guerreiros. Por sua
vez, as mulheres também eram treinadas para o combate, e sua educação as preparavam para
conduzir todos os assuntos domésticos na ausência dos maridos. Além disso, elas eram bem
vindas nas assembleias e nas competições desportivas.
Não obstante, os únicos a terem direitos políticos na sociedade espartana eram os
descendentes diretos dos dórios; eles eram servidos pelos periecos, descendentes dos aqueus
conquistados que praticavam o comércio e artesanato; por fim, a base da sociedade era
composta pelos hilotas, escravos capturados durante as guerras.
Politicamente, Esparta dividia o poder entre dois reis (Diarquia), um militar e outro religioso, que
governavam respeitando as decisões da Gerúsia, (conselho composto por 28 anciãos com
mais de 60 anos), e a Apela (conselho formado por espartanos acima de 30 anos).
 Principais Características de Atenas
A cidade de Atenas foi estabelecida pelos Jônios por volta de 1600 a.C, na região da península
Ática. Outros povos creto-micênicos, como aqueus, jônios e eólios também compuseram o seu
povo.
Como não possuíam terras férteis para agricultura, os atenienses se dedicaram à pesca e ao
comércio marítimo, aproveitaram de sua posição geográfica estratégica para desenvolver o
comércio de trigo, uva e azeitona e cerâmica com as colônias gregas no Mar Mediterrâneo e na
Ásia menor.
Mais equilibrados, os atenienses conciliar o desenvolvimento físico e mental durante a
educação de seus cidadãos, a qual era um privilégio das famílias mais abastadas. Não
obstante, valorizavam grandemente a arte e a literatura, o que transformou Atenas no centro
cultural da Grécia e berço da Filosofia Ocidental e da Democracia. Contudo, as mulheres não
desfrutavam muito dessa educação, uma vez que eram criadas para serem dóceis e
submissas, prendadas apenas para as atividades domésticas cotidianas.
Atenas conheceu um sistema monárquico de governo até os séculos VIII-VII a.C., quando
instaurou-se a Democracia. A despeito disso, seu governo era essencialmente uma Oligarquia
(Governo de poucos), na qual as famílias eram mais importantes conforme sua proximidade na
linha de parentesco com os fundadores da cidade. Assim, os grandes proprietários de terra
(eupátridas) ficavam com as melhores propriedades, enquanto aqueles mais distantes na linha
de parentesco (georgóis) ficavam com propriedades menores.
Por sua vez, os artesões especializados (demiurgos) não possuíam terras e status e os Thetas
eram a base da sociedade, podendo, muitas vezes, serem sujeitados à escravidão. O governo
em Atenas emanava da Eclésia, uma assembleia popular, onde participavam apenas os
cidadãos do sexo masculino, com mais de dezoito anos, com ao menos dois anos de serviço
militar e filhos de um pai nascido na polis.
Economia
A economia grega se baseava em produtos artesanais, a agricultura e o comércio.
Os gregos faziam produtos em coro, metal e tecidos. Estes davam muito trabalho, pois todas
as etapas de produção - desde a fiação até o tingimento - eram demoradas.
Os cultivos estavam dedicados às vinhas, oliveiras e trigo. A isto somavam-se à criação de
animais de pequeno porte.
O comércio estava presente e afetava toda sociedade grega. Para realizar as trocas comercais
se usava a moeda "dracma".
Havia tanto o pequeno comércio do agricultor, que levava sua colheita ao mercado local,
quanto o grande comerciante, que possuía barcos que faziam toda rota do Mediterrâneo.
Religião
A religião da Grécia Antiga era politeísta. Ao receber a influência de vários povos, os gregos
foram adotando deuses de outros lugares até constituir o panteão de deuses, ninfas, seres
humanos que alcançavam a imortalidade e deuses que perdiam sua condição imortal.
As estórias dos deuses serviam de ensinamento moral à sociedade, e também para justificar
atos de guerra e de paz. Os deuses também interferiam na vida cotidiana e, praticamente,
havia uma deidade para cada função.
Cultura
A cultura grega está intimamente ligada à religião. A literatura, a música e o teatro contavam os
feitos dos heróis e de sua relação com os deuses que viviam no Olimpo.
As peças teatrais eram muito populares e todas as cidades tinham seu palco onde eram
encenadas as tragédias e comédias.
A música era importante para alegrar banquetes civis e acompanhar atos religiosos. Os
principais instrumentos eram a flauta, tambores e harpas. Esta última era utilizada para ajudar
os poetas a recitarem suas obras.
Igualmente, os esportes faziam parte do cotidiano grego. Por isso, para celebrar a aliança entre
as diferentes polis, organizavam-se competições nos tempos de paz.
A primeira delas foi realizada em 776 a.C, na cidade de Olímpia e daí seria conhecida como
Jogos Olímpicos, ou simplesmente, Olimpíadas.
Resumo da História
A história da Grécia Antiga está dividida em quatro períodos:
· Pré-Homérico (séculos XX - XII a.C.)
· Homérico (séculos XII - VIII a.C.)
· Arcaico (séculos VIII - VI a.C.)
· Clássico (séculos V - IV a.C.)
Período Pré-Homérico (séculos XX - XII a.C.)
O primeiro período de formação da Grécia é chamado de:
A Grécia antiga se formou da miscigenação dos povos Indo-Europeus ou arianos (aqueus,
jônios, eólios, dórios). Eles migraram para a região situada no sul da península Balcânica, entre
os mares Jônico, Mediterrâneo e Egeu.
Acredita-se que por volta de 2000 a.C. chegaram os aqueus, que viviam num regime de
comunidade primitiva.
Depois de estabelecerem contato com os cretenses, de quem adotaram a escrita, se
desenvolveram, construíram palácios e cidades fortificadas.
Organizaram-se em vários reinos liderados pela cidade de Micenas. Daí o nome Civilização
Aqueia de Micenas.
Depois de aniquilarem a civilização cretense, dominaram várias ilhas do Mar Egeu. Destruíram
Troia, cidade rival.
Porém, no século XII a.C. foi destruída pelos dórios, que impuseram um violento domínio sobre
toda a região, arrasaram as cidades da Hélade e provocaram a dispersão da população, o que
favoreceu a formação de várias colônias. Este fato é conhecido como a 1ª diáspora grega.
Período Homérico (séculos XII - VIII a.C.)
As invasões dóricas provocaram um retrocesso das relações sociais e comerciais entre os
gregos.
Em algumas regiões surgiram o genos – comunidade formada por numerosas famílias,
descendentes de um mesmo ancestral.
Nessas comunidades, os bens eram comuns a todos, o trabalho era coletivo, criavam gadoe
cultivavam a terra.
Tudo era dividido entre eles, que dependiam das ordens do chefe comunitário, chamado Pater,
que exercia funções religiosas, administrativas e jurídicas.
Com o aumento da população e o desequilíbrio entre a população e o consumo, os genos
começaram a desagregar.
Muitos começaram a deixar o genos e procurar melhores condições de sobrevivência, iniciando
o movimento colonizador por boa parte do Mediterrâneo.
Esse movimento que marca a desintegração do sistema gentílico é chamado de 2ª diáspora
grega.
Esse processo resultou na fundação de diversas colônias, entre elas:
· Bizâncio, mais tarde Constantinopla, e atual Istambul;
· Marselha e Nice, hoje na França;
· Nápoles, Tarento, Síbaris, Crotona e Siracusa, conhecidas em conjunto como Magna
Grécia, no sul da atual Itália e na Sicília.
Período Arcaico (séculos VIII - VI a.C.)
O Período Arcaico se inicia com a decadência da comunidade gentílica. Nesse momento, os
aristocratas resolvem se unir criando as frátrias (irmandades formadas por indivíduos de vários
genos).
Estas se uniram formando tribos. As tribos construíram, em terrenos elevados, as cidades
fortificadas chamadas acrópoles. Estavam nascendo as cidades – Estados (pólis) gregas.
Atenas e Esparta serviram de modelo para as demais polis grega Esparta era uma cidade
aristocrática, fechada às influências estrangeiras e uma cidade agrária.
Os espartanos valorizavam a autoridade, a ordem e a disciplina. Tornou-se um Estado
militarista e foi uma cidade de escassa realização intelectual.
Por sua vez, Atenas dominou durante muito tempo o comércio entre gregos e, em sua evolução
política, conheceu várias formas de governo: monarquia, oligarquia, tirania e democracia.
Atenas simbolizou o esplendor cultural da Grécia Antiga.
Período Clássico (séculos V - IV a.C.)
O início do Período Clássico foi marcado pelas Guerras Médicas, entre as cidades gregas e os
persas, que ameaçavam o comércio e a segurança das pólis.
Após as guerras, Atenas tornou-se líder da Confederação de Delos, uma organização
composta por várias cidades-Estados. Estas deviam contribuir com navios e dinheiro para
manter a resistência naval contra uma possível invasão estrangeira.
O período da hegemonia ateniense coincidiu com a prosperidade econômica de Atenas, com o
esplendor cultural da Grécia. Nesta época, a filosofia, o teatro, a escultura e a arquitetura
atingiram sua maior grandeza.
Pretendendo impor também sua hegemonia no mundo grego, Esparta compôs com outras
cidades-Estados a Liga do Peloponeso e declarou guerra a Atenas em 431 a.C. Depois de 27
anos de lutas, Atenas foi derrotada.
Anos mais tarde, Esparta perdeu a hegemonia para Tebas e durante esse período a Grécia foi
conquistada pelos exércitos da Macedônia.
O período no qual os gregos estiveram sob o domínio do Império Macedônico, ficou conhecido
como período helenístico.
Grécia foi governada pelo imperador Felipe II e em seguida por seu filho Alexandre Magno, que
conquistou um grande império. A fusão da cultura grega com a ocidental recebeu o nome de
Cultura Helenística.
Guerras Médicas
As Guerras Médicas, em que batalharam gregos contra persas, ocorreu na Grécia antiga no
século V a.C. e é também conhecida como Guerras Persas, Pérsicas, Medas, Greco-Persas ou
Guerras Greco- Pérsicas.
A causa da guerra se deveu ao fato de que os persas estavam expandindo o seu território, a
conquistar colônias gregas e dominavam, assim, o comércio do Mar Egeu. Os gregos não
aceitavam essa hegemonia e entraram na disputa pelas terras da Ásia Menor.
As Guerras Médicas são assim conhecidas não pelo fato de vários médicos terem participado
nas batalhas, mas sim porque o povo persa era também chamado de medo-persa.
As Guerras Médicas podem ser divididas em dois períodos:
Primeira Guerra Médica
O primeiro período, ocorrido em 490 a.C., é também conhecido como Período de Dario.
Dário era o rei dos persas e deu ordens ao seu exército para invadir a Grécia.
É conhecida como Batalha de Maratona, porque esse era o nome da cidade onde a batalha
aconteceu.
Os persas eram em maior número, mas mesmo assim foram surpreendentemente vencidos.
Surge daí o nome das corridas de maratona, pois, segundo é dito, um mensageiro do exército
foi enviado à Atenas para avisar que os gregos tinham vencido os persas e, após ter percorrido
uma grande distância morreu com um ataque cardíaco fulminante.
Segunda Guerra Médica
O segundo período, ocorrido em 480 a.C., é também conhecido como Período de Xerxes.
Com receio de que Pérsia voltasse ao ataque, é criada a Liga de Delos ou Confederação de
Delos, que tinha como objetivo fortalecer as defesas das cidades gregas. Delos era o nome da
cidade onde estava sedeada a Liga.
Xerxes era filho de Dario e deu continuidade à guerra entre persas e gregos, tendo sido
derrotado, tal como seu pai, na Batalha de Salamina.
Nesta altura é assinado o Tratado de Susa, também conhecido como Paz de Kallias, em que
os persas reconheceram o domínio grego na Ásia Menor e prometem não atacar mais o
território grego.
Os gregos alcançam, assim, a hegemonia do comércio e o império Persa entra em decadência.

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