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Introdução à toxicologia e princípios básicos

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Introdução à Toxicologia e Princípios Básicos
Renê Seabra Oliezer
1500 a.C
Papiro de Ebers
Mais antigo documento conhecido sobre substâncias tóxicas. 
Vários venenos conhecidos: ópio, chumbo, cobre, acônito...
1400 a.C
Livro de Jó
Flechas envenenadas
400 a.C
Hipócrates
Toxicologia clínica referente à biodisponibilidade em terapia e dosagem
400 a.C
Teofrasto
Plantas venenosas
“De Historia Platarium”
Antiguidade
Antiguidade
~ 80 a.C.
Dioscórides
Tentativa de classificar venenos.
~ 600 plantas.
“De Materia Médica”
~ 132 a.C.
Mitríades IV
Por medo de envenenamento, tomava misturas com 36 substâncias.
Surgiu o termo “Mitridato” – Referente a antídoto ou mistura de proteção.
82 a.C.
Sulla
Lex Cornelia: primeiro diploma regulamentar dirigido aos dispensadores de medicamentos.
Idade Média
~ 1198
Meimon
Escritos de Maimônides: tratado sobre o tratamento de intoxicações por insetos, cobras e cães doentes (“loucos”).
Idade Média
Fim da Idade Média
Catarina de Médici
Testava misturas tóxicas para observar a velocidade da ação, eficácia, grau de resposta e queixas das vitimas.
OU SEJA:
Inicio da ação, potência, sítios de ação e sintomas clínicos.
Renascimento
~ 1500
Paracelso
“Todas as substâncias são venenos; não há nenhuma que não seja um veneno. A dose correta distingue o veneno do remédio”
Médico alquimista com pontos de vista revolucionários que permanecem até hoje – ex. Conceito de Dose-Resposta.
1480
Ellenbog
Toxicidade do Chumbo (Hg) e Mercúrio (Pb).
1556
Agricola
Tratado sobre doenças de mineração.
1567
Paracelso
Doenças das minas e outras doenças dos mineiros
Renascimento
1775
Percival Pott 
Reconheceu o papel da fuligem no câncer escrotal em trabalhadores de chaminés. 
Desenvolvimento de práticas médicas, como prevenção.
1700
Bernardo Ramazzini
Discurso sobre as doenças dos trabalhadores – Avanços para a Toxicologia Ocupacional
~ 1870
Magendie, Orfila e Bernard
Lançaram as bases para a farmacologia, a terapêutica e a toxicologia ocupacional.
Iluminismo
Usou materiais de autópsias e análises químicas para provas experimentais de envenenamento – Toxicologia Forense.
~ 1850
Louis Lewin
Trabalhou com a toxicidade dos narcóticos, metanol, glicerol, clorofórmio e acroleína.
1890
Radioatividade e Vitaminas
Uso de bioensaios em grande escala.
Iluminismo
~ 1870
Magendie, Orfila e Bernard
Pesquisas que envolveram absorção e distribuição de compostos no organismo.
~ 1870
Magendie, Orfila e Bernard
Aluno de Magendie, escreveu o clássico Uma Introdução ao Estudo da Medicina Experimental.
Tóx. Moderna
1947
1º Grande ato sobre Praguicidas
Inseticidas, fungicidas e rodenticidas. 
1ª vez que uma substância não medicamentosa e nem alimentar precisava mostrar segurança e eficácia. 
1950
FDA
Fortalecimento da FDA em estudos toxicológicos.
1930
Archiv Für Toxikologie
Uma das primeiras revistas dedicada à toxicologia experimental, na Europa. 
1930
National Institutes of Health 
Tóx. Moderna
Surgiu em respostas às intoxicações por sulfanilamida.
Pós II GM
Toxicologia ganhou forças no Brasil, principalmente nas pesquisas.
1962
1958
Cláusula Delaney
Leis de alimentos, medicamentos e cosméticos.
Inclusão de modelos estatísticos e matemáticos na toxicologia.
Primavera Silenciosa
Tóx. Moderna – Pós II GM
Acidente com Talidomida – Rachel Carson lançou Primavera Silenciosa.
1976
I CBTox Tropical
1º evento científico registrado em toxicologia no Brasil, realizado em Manaus – AM.
1977
I CBTox 
1º Congresso Brasileiro de Toxicologia, realizado no Guarujá – SP.
Desenvolvimento da Toxicologia Celular e Molecular.
Avaliação de riscos se tornou o foco nas investigações toxicológicas.
Atualmente mais de 120 revistas no mundo são dedicadas a Toxicologia.
Introdução à Toxicologia
Estudo dos efeitos adversos das substâncias químicas sobre organismo vivos...
Estudo dos efeitos adversos dos xenobióticos...
O estudo dos venenos...
A toxicologia se desenvolveu de forma interdisciplinar, sem um objetivo único, fazendo com que a mesma se tornasse única neste aspecto. 
Como resultado, desenvolveu-se um conhecimento que serva à ciência e à comunidade em geral. 
Introdução à Toxicologia
O toxicologista possui um leque de opções para atuar, porém quase sempre, com o objetivo de examinar a natureza dos efeitos adversos de substâncias químicas em organismos e avaliar a probabilidade de ocorrência.
Com a multidisciplinaridade da toxicologia, surgiram as diferentes áreas de atuação.
Introdução à Toxicologia
Toxicologia Mecanicista:
Identifica os mecanismos bioquímicos, celulares e moleculares das substâncias sobre organismos. É uma área muito importante para o desenvolvimento de produtos químicos seguros. 
Toxicogenômica:
Área da Toxicologia Mecanicista que trabalha na identificação e proteção de indivíduos geneticamente mais suscetíveis a exposições ambientais nocivas. Pode-se desenvolver terapias farmacológicas com base na genética individual de organismos. 
Introdução à Toxicologia
Toxicologia Descritiva:
Trabalha com teste de toxicidade com o objetivo de fornecer informações para avaliação da segurança e dos requisitos regulamentares. 
Os testes de toxicidade em animais são projetados para saber dos riscos de substâncias em humanos e o meio ambiente. 
Toxicologia Regulatória:
Por meio dos dados recebidos dos toxicologistas descritivos e mecanicistas, decide se uma substância ou droga possui baixo risco para comercialização . É analisado também se existem riscos ambientais após o uso do produto. 
Introdução à Toxicologia
Toxicologia Forense:
União entre a química analítica e toxicologia. Atua nos aspectos médico-legais dos efeitos nocivos de substâncias químicas em humanos e animais.
Toxicologia Clínica:
Trabalha com a doença causada ou associado à exposição de substâncias tóxicas. 
Toxicologia de Medicamentos:
Estuda os efeitos nocivos dos medicamentos decorrentes do uso inadequado ou de variação biológica indivudual (Farmacologia + Toxicologia + Toxicogenômica).
Introdução à Toxicologia
Toxicologia Ambiental:
Atua avaliando os impactos de poluentes químicos no ambiente de organismos biológicos, principalmente em organismos não-humanos. 
Ecotoxicologia:
Atua principalmente no impacto de substâncias tóxicas na população dinâmica de ecossistemas.
Barragem de Mariana – Mg – Novembro/2015
Introdução à Toxicologia
Toxicologia Ambiental:
Atua avaliando os impactos de poluentes químicos no ambiente de organismos biológicos, principalmente em organismos não-humanos. 
Ecotoxicologia:
Atua principalmente no impacto de substâncias tóxicas na população dinâmica de ecossistemas.
Rejeitos de Barcarena – PA – Fevereiro/2018
Introdução à Toxicologia
Toxicologia Ambiental:
Atua avaliando os impactos de poluentes químicos no ambiente de organismos biológicos, principalmente em organismos não-humanos. 
Ecotoxicologia:
Atua principalmente no impacto de substâncias tóxicas na população dinâmica de ecossistemas.
Barragem de Brumadinho – MG – Janeiro/2019
Introdução à Toxicologia
Toxicologia do Desenvolvimento:
Trata de efeitos adversos sobre organismos ainda em desenvolvimento (pré- ou pós-natal), após o nascimento até adolescência. Alguns estudos atuam verificando a influência da exposição dos progenitores em sua prole. 
Teratologia: estuda os defeitos induzidos ou produzidos durante o desenvolvimento entre a concepção e o nascimento. 
Introdução à Toxicologia
Toxicologia Social:
Estuda os efeitos nocivos de substâncias químicas usadas pelo ser humano no aspecto social, como drogas de abusos, lícitas e ilícitas.
Toxicologia de Alimentos:
Estuda substâncias tóxicas, naturais ou não, presentes em alimentos, inerentes ou adicionadas. Atua também sobre alimentos adulterados. 
Introdução à Toxicologia
Toxicologia Ocupacional:
Identifica , analisa e reconhece os mecanismos de ação das substâncias químicas presentes em processos produtivos , bem como da prevenção e do tratamento dos efeitos tóxicos no trabalhador. 
Toxicologia e Sociedade
Produtos de consumo, medicamentos, a fabricação, limpezade resíduos, conflitos civis, decisões politicas e medidas de regulamentação podem ser afetados pelo entendimento dos efeitos tóxicos de substâncias. Entra então a toxicologia em questões e contextos sociais. 
Características gerais da resposta tóxicas
Veneno: agente capaz de produzir uma resposta prejudicial em um organismo. Praticamente todas as substâncias químicas conhecidas são venenos, pois possuem potencial para produzir morte ou lesão dependendo da quantidade presente.
Toxina: substância tóxica produzida por sistemas biológicos.
Toxicante: substâncias tóxicas (ou subprodutos delas) produzidas em atividades antropogênicas. 
Os agentes tóxicos podem ser classificados conforme: I seu estado físico, II estabilidade química ou reatividade, III estrutura química ou seu IV potencial de intoxicação.
Espectro de Efeitos Indesejáveis
Efeitos indesejados ou colaterais X Efeitos adversos, nocivos ou tóxicos
Um fármaco ou substância pode ter vários efeitos, porém somente um é de interesse em seu uso. Todos os outros efeitos, que não sejam o de interesse, são efeitos indesejados ou colaterais.
Efeitos colaterais sempre prejudiciais para o bem-estar são chamados de efeitos adversos, nocivos ou tóxicos. 
Uso de medicamentos antialérgicos que causam sonolência ou antinflamatórios que causam queda da pressão arterial.
Diarreias, náuseas, alterações nas funções hepáticas, entre outras, em tratamento de infecções, inflamações...
Espectro de Efeitos Indesejáveis
Reações Alérgicas
Reação imunológica a uma substância química que resulta da sensibilização prévia a ela ou a alguma molécula de estrutura semelhante, até mesmo em baixas doses. 
As reações alérgicas podem ser muito variáveis: de irritações na pele até choques anafiláticos fatais. 
Reações Idiossincráticas
Reação geneticamente anormal a uma substância química. As respostas podem ser semelhantes, porém variadas conforma a sensibilidade a doses baixas ou extrema insensibilidade a doses altas da substância. 
Espectro de Efeitos Indesejáveis
Toxicidade Imediata Vs Retardada
Os efeitos imediatos ocorrem rapidamente após uma única administração da substância. Já os efeitos retardados ocorrem após o decurso de algum tempo. 
Efeitos Tóxicos Reversíveis Vs Irreversíveis
Efeitos reversíveis ocorrem quando a substância permite que o tecido lesionado se regenere antes da próxima administração ou com variadas dosagens. 
PS: Quando os efeitos são carcinogênicos/teratogênicos – consideram-se efeitos tóxicos irreversíveis e geralmente de toxicidade retardada.
Espectro de Efeitos Indesejáveis
Toxicidade Local Vs Sistêmica
Varia conforme o sítio de ação da substância: 
Efeitos que ocorrem no local/sítio de primeiro contato entra o agente tóxico e o organismo é reconhecido como local. 
Já os efeitos nos quais a substância precisa passar pelos processos de absorção e distribuição chegando até locais distantes de seu local de administração é reconhecido como sistêmico.
Para uma mesma substância pode ocorrer os dois efeitos.
Espectro de Efeitos Indesejáveis
Interação entre substâncias químicas
Efeito Aditivo: soma dos efeitos de cada agente de forma isolada. O efeito final dos dois agentes é igual à soma dos efeitos individuais. 
Efeito Sinérgico: os efeitos combinados de duas substâncias químicas são muito maiores do que a soma dos efeitos de cada um isolado. 
Potenciação: uma substância sem efeito tóxico sobre um certo órgão ou tecido quando interage com outra resulta em um efeito muito mais tóxicos sobre o local. 
Antagonismo: duas substâncias administradas em conjunto interferem uma com a outra. 
Espectro de Efeitos Indesejáveis
Tipos de Antagonismo
Funcional: duas substâncias químicas equilibradas produzem efeitos opostos sobre a mesma função fisiológica.
Químico/Inativação: uma reação química entre dois compostos produz um produto final menos tóxico.
Disposicional: a absorção, distribuição, biotransformação ou excreção é alterada de modo que a concentração e/ou a duração no sitio de ação é diminuído.
Receptores: duas substâncias que se ligam ao mesmo receptor produzem um efeito menor quando somadas. 
Antagonistas de receptores são chamados de bloqueadores.

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