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IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 1 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 Sumário Definições ............................................................................................................................................ 2 Capítulo 1 – Eletricidade Básica para Computadores ......................................................................... 2 Capítulo 2 – As principais partes externas do computador ................................................................ 9 Capítulo 3 - O Monitor de vídeo ........................................................................................................ 14 Capítulo 4 - Impressoras ................................................................................................................... 18 Capítulo 5 - O que é Interface? ......................................................................................................... 24 Capítulo 6 - Visão geral das partes internas do computador. ........................................................... 26 Capítulo 7 - Cabos Internos do Computador ..................................................................................... 27 Capítulo 8 - Placa-mãe ...................................................................................................................... 30 Capítulo 9 – Processador ................................................................................................................... 35 Capítulo 10 - Memórias ..................................................................................................................... 39 Capítulo 11 - Entendendo o BIOS, o Setup e o POST ........................................................................ 48 Capítulo 12 - Instalação do Windows 7 – Passo a Passo .................................................................. 52 Check-List p/ Formatação ................................................................................................................. 59 Referências Bibliográficas ................................................................................................................. 60 IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 2 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 IMC – I (Instalação e Manutenção de Computadores I) Ao final deste módulo de IMC (Instalação e Manutenção de Computadores I), você será capaz de: Identificar os principais dispositivos externos e internos de microcomputadores (monitor, teclado, mouse, portas de conexão, processador, placa-mãe, memória RAM, Chipset, fonte de alimentação, placas de vídeo, rede, etc); Informar as principais funções de cada dispositivo e a relação de interdependência entre eles; Identificar os diferentes padrões de barramentos existentes; Montar completamente, de forma segura e adequada, um microcomputador a partir de peças novas e, principalmente, a partir de peças em bom estado retiradas de computadores (antigos ou não) com defeitos em outras peças; Realizar as principais configurações na BIOS; Particionar e Formatar um disco rígido; Instalar um sistema operacional; Reconhecer alguns dos problemas mais simples identificados geralmente pela própria BIOS; Definições Hardware – É a parte física dos computadores. São placas, teclado, mouse, monitor, processador, memória, impressora, etc Software – É a parte lógica do computador. São os programas do computador Capítulo 1 – Eletricidade Básica para Computadores Falar sobre a Rede de Energia Elétrica pode parecer algo fora de um curso de Instalação e Manutenção de Computadores, mas se a rede que for ligado o computador não estiver bem preparada podem ocorrer choques ao usuário ou danos ao equipamento. Nas casas ou escritórios, normalmente, as redes de energia apresentam dois fios. Um desses fios é denominado FASE e o outro é denominado NEUTRO. A tensão é normalmente de 110/120 Volts, mas existem algumas cidades em que a tensão pode ser de 220 Volts. 1.1 Eletricidade A Eletricidade só existe quando há diferença de potencial. Por exemplo, se temos dois fios, um com potencial 110V e outro com potencial 0V, então temos uma diferença de potencial de 110V. Se tivermos dois fios com potencial 110V, então não há diferença de potencial e a tensão elétrica obtida entre esses dois fios será zero. A unidade de medida para tensão elétrica é Volt (V). IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 3 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 Assim, a rede elétrica é formada por dois fios, um chamado fase e outro chamado neutro. O fio neutro possui potencial zero e o fio fase é por onde a tensão elétrica é transmitida. Como haverá diferença de potencial entre a fase e o neutro, haverá tensão elétrica. Na rede elétrica a tensão é alternada, já que potencial elétrico do fio fase é uma forma de onda senoidal, isto é, varia ao longo do tempo. Computadores podem funcionar com tomadas residenciais. Entretanto podem funcionar melhor ainda e ficarem protegidos de possíveis problemas elétricos se for utilizada uma instalação apropriada para computadores. A instalação é baseada no uso da "tomada de 3 pinos" (figura 1), também conhecida como "tomada 2P+T". Possui três terminais: FASE, NEUTRO e TERRA. Deve ser lembrado que o computador foi projetado para operar com a tomada 2P+T, e não com a comum. A maioria das empresas fabricantes de equipamentos para computação proíbe a instalação de seus produtos até que a tomada 2P+T esteja disponível no local. Muitas outras anulam a garantia do equipamento em caso de uso da instalação elétrica incorreta. Muitas vezes o usuário, na ansiedade de ver o computador funcionando, não toma o cuidado devido com a instalação elétrica e usa adaptadores ou retira o pino de terra da tomada do computador e utiliza uma tomada comum (própria para eletrodomésticos) como indicado na figura: Apesar de funcionarem, as instalações da figura acima podem causar a médio ou longo prazo vários problemas ao computador: a) O computador pode "dar choque" no usuário. b) Pode ocorrer um curto circuito quando o computador for conectado a outro equipamento como um monitor, uma impressora ou à linha telefônica através de modem. c) Em caso de defeito na fonte de alimentação, as placas podem ficar definitivamente danificadas apesar da existência do fusível. Tensão Alternada IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 4 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 1.2 Aterramento Qualquer computador pode ser ligado a essas redes que funcionaram sem problemas. Entretanto, os fabricantes de microcomputadores exigem que as redes em que esses equipamentos serão ligados tenham um terceiro fio, denominado fio TERRA. Um bom sistema de aterramento elimina os efeitos destrutivos de descargas elétricas em componentes dos computadores além de proteger os usuários de choques elétricos. Infelizmente, a falta de um bom sistema de aterramento e, pior, a inexistência deles é constantemente observada nas tomadas utilizadas nos sistemas computacionais. 1.2.1 Como fazer o aterramento Em casa é muito simples construir um bom terra, você precisa levar um terceiro fio do local onde será lançada a barra de terra até a tomada de alimentação do micro. A norma ABNT diz que o fio terra deve ser de cor verde ou verde com uma listra amarela. Para um computador, a bitola de 1,5mm2 é suficiente. Localize um local onde você possa fincar uma barra de cobre de 2m e que fique próximo à rede de eletrodutos onde se tenha acesso ao fio de terra. Se necessárioquebre o piso o suficiente para chumbar a caixa de inspeção. Deixe uma ponta da barra saliente onde você deverá conectar o fio terra. Para diminuir a resistência do ―terra‖ jogue um pouco de sal de cozinha e molhe para que este penetre no solo. Todo o material aqui descrito pode ser encontrado com facilidade em casas de materiais elétricos e o custo é baixo, justifica o investimento. IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 5 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 1.3 Filtros de Linha, Estabilizadores de Tensão e Nobreaks A rede elétrica pode apresentar vários distúrbios que acabam acarretando problemas de funcionamento nos computadores. Podemos citar como um destes problemas o travamento do computador, isto é, o computador não mais responde a comandos e não executa mais nenhuma tarefa. Outro problema freqüente é o de reinícios esporádicos, ou seja, de uma hora para outra o computador para de fazer sua tarefa, desliga automaticamente e começa tudo de novo. Em qualquer destes problemas o usuário pode perder horas de trabalho e portanto, é melhor evitá-los. Para amenizar estes problemas podemos fazer uso de: 1.3.1 Filtros de Linha: protegem o computador de ruídos e surtos de tensão da linha elétrica de alimentação. A maioria dos filtros de linha também utilizam um fusível, que é um dispositivo que queima quando os níveis detensão aumentam muito acima do normal, evitando que a sobrecarga de tensão chegue até a fonte do computador. 1.3.2 Estabilizadores de Tensão: protegem, além dos ruídos e surtos de tensão, de variações para cima ou para baixo que a tensão da rede pode apresentar. Altamente recomendado para evitar problemas maiores causados por distúrbios da rede elétrica 1.3.3 Nobreaks: protegem, além de realizar as funções dos dois casos anteriores, de outros fatores mais específicos como por exemplo, a falta de tensão na rede elétrica. Os nobreaks possuem uma bateria interna que mantém o computador funcionando por alguns minutos mesmo que a energia elétrica da rede acabe repentinamente. 1.4 Consumo de Energia dos Computadores Para calcular o consumo do seu computador vamos precisar do seguinte: 1 – Descobrir a potência do computador através do programa LocalCooling.(disponível gratuitamente no site baixaki.com.br) 2 – Ter o total de horas no mês que o computador fica ligado. 3 – Valor do kWh (pode ser lido na conta de luz de sua casa). 1º Passo - Instale e execute o programa LocalCooling. e na aba ―My Power‖ e pegue o valor total estimado: Obs: Pode variar muito de computador pra computador. O valor lido em meu PC foi PPC= 164 Watts (para exemplificar) http://www.baixaki.com.br/download/localcooling.htm http://www.baixaki.com.br/download/localcooling.htm IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 6 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 2º Passo - Calcular o valor de horas que o PC fica ligado no mês. Em nosso exemplo vamos colocar: 12 horas por dia 12(horas) x 30 (dias) = 360 horas por mês. 3º Passo - Descubra o valor do KWh através da sua conta de energia. Preço do KWh impresso em minha conta de luz é R$ 0,40 (Matão – SP – janeiro de 2013) 4º Passo - Vamos aos cálculos FÓRMULA Meu computador consome em média = 164 W/h Utilizado durante 22 dias, durante 8 horas diárias temos: (22 dias x 8 horas x 164 W )/1000 = 28, 864 KW/h O custo do KWH da empresa fornecedora de energia CPFL é de R$ 0,40422460 o KWH (valor praticado em janeiro/2013) Custo mensal de energia com o computador = 28,864 Kw/h x R$ 0,40422460 = R$ 11,67 (falta incluir 12% de ICMS = R$ 1,40) 1.5 Cuidados com a Eletricidade Estática A eletricidade estática nada mais e do que o acúmulo de cargas elétricas em diversos materiais, inclusive no nosso próprio corpo. Essas cargas podem ser acumuladas em nosso corpo simplesmente pelo atrito da roupa ou do carpete, por exemplo. As cargas elétricas podem danificar facilmente componentes eletrônicos. É por isso que devemos ter todo o cuidado ao manusear os componentes internos de um computador, evitando sempre encostar na parte onde estão os circuitos eletrônicos, como vemos na figura abaixo. Além do cuidado no manuseio dos componentes, podemos ajudar nosso corpo a descarregar a eletricidade estática. Para isso, o método mais eficiente é utilizar uma pulseira antiestática conectada a um fio terra. O fio terra nada mais é do que um fio conectado a uma barra de metal que fica a alguns metros embaixo do solo. Ele funciona como uma espécie de para-raio, conduzindo as cargas elétricas para a terra. Porém, não é muito comum encontrar nas bancadas de trabalho pinos-terra para conexão de pulseiras antiestáticas. Podemos então, mesmo que não seja muito eficiente, conectar a pulseira em algum objeto de metal, como o próprio gabinete do computador. Pulseira antiestática IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 7 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 Como manusear as peças: Se você não possuir uma pulseira antiestática, você pode, antes de começar a trabalhar com o computador, encostar por alguns segundos em um objeto de metal, como janelas, portas, etc. Alguns materiais, como lã, flanela, tecidos em geral, carpetes, tapetes, vários tipos de plástico facilitam o acúmulo de cargas elétricas. Já outros materiais como borracha, cerâmica e madeira dificultam o acúmulo de cargas e podem ser utilizados em seu ambiente de trabalho, nas mesas e no piso. Atenção! O ideal é ter um sistema de aterramento segundo exigem às normas da companhia de distribuição. Caso seu laboratório possua um bom sistema de aterramento, você pode aproveitá-lo e instalar um ponto de aterramento em sua bancada de trabalho. Exercícios do Capítulo 1 1) Por que devemos fazer o aterramento das tomadas onde serão ligados os computadores? 2) Qual procedimento devemos adotar como o nosso equipamento (impressora, micro, etc) caso haja uma queda repentina de energia? 3) O filtro de linha pode substituir o estabilizador? IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 8 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 4) Instale o programa LocalCooling para medir o consumo do seu computador e calcule o custo básico com energia elétrica durante um mês (uso diário de 8 horas, 30 dias no mês). 5) Faça o custo básico do consumo de energia de uma LAN House com 30 computadores ligados durante 12 horas por dia em 7 dias da semana. 6) Como configurar o computador para economizar energia quando está ocioso? 7) O que as cargas eletrostáticas podem ocasionar ? Como evitá-las? IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 9 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 Capítulo 2 – As principais partes externas do computador Se você olhar para o equipamento que está em sua mesa agora, provavelmente verá pelo menos 4 partes. Podemos dizer que essas partes são fundamentais para conseguirmos trabalhar com o computador: Computador: É o conjunto de circuitos eletrônicos (placa-mãe, processador, unidades de armazenamento, memória) que fica armazenado dentro do gabinete. O gabinete é a caixa onde as partes internas do computador ficam encaixadas. Estas partes trabalham em conjunto e são responsáveis por fazer as coisas acontecerem (processamento dos dados). Teclado / Mouse: São os principais dispositivos de entrada de dados no computador, ou seja, através deles conseguimos enviar informações para dentro do computador. Monitorde vídeo: É o principal dispositivo de saída de dados do computador, ou seja, através do monitor, o computador nos envia informações. Todas estas partes estão conectadas (externamente) através de cabos. Existem vários outros dispositivos que podemos conectar ao computador para nos auxiliar em diversas tarefas, porém os principais são: o teclado, o mouse e o monitor de vídeo. Estes dispositivos que conectamos no computador chamamos também de periféricos. Podemos citar outros periféricos utilizados como: impressoras, scanners, câmeras de vídeo (WebCam), mas que não são essenciais para as atividades básicas e, portanto, não serão abordados nesta primeira exploração. Você observou que quando falamos do monitor de vídeo, do mouse e do teclado nós falamos em entrada e saída de dados. Mas o que é isso? O que são dados? Por que preciso saber isso? Para um usuário de computador que apenas utiliza o computador para auxiliar nas suas tarefas diárias, saber o que são dados e como eles ―caminham‖ dentro do computador talvez não tenha importância nenhuma. Mas para você que deverá não só montar como, mais tarde, consertar um computador, é essencial entender como o computador funciona por dentro. IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 10 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 2.1 Entendendo o Fluxo de Dados entre as Partes Externas de um Computador Você sabe o que são dados? Em informática, dados são pedacinhos de informação. Ou seja, quando os dados são trabalhados e agrupados de forma correta eles servem para nos trazer alguma informação. Uma informação pode ser um texto, uma imagem, alguma coisa que nos transmita uma idéia, um conhecimento. Esses pedacinhos de informação que chamamos de dados são representados dentro do computador na forma de bits. Os bits são conjuntos de zeros (0) e uns (1) que juntos representam alguma coisa, uma letra, um número, um pontinho de uma imagem. O número 5, por exemplo, pode ser representado pelo conjunto de bits 101. Cada conjunto de 8 bits, chamamos de byte, a principal unidade que utilizamos para medir o ―tamanho‖ de uma informação. É através dos bits que o computador pode representar coisas do mundo real em uma linguagem que ele pode entender e trabalhar. Mas por que o computador só entende zeros e uns? A resposta é porque o computador nada mais é do que uma ―máquina‖ elétrica. Como toda máquina movida à eletricidade, o que passa por dentro do computador são apenas pulsos elétricos. Pois os bits 0 e 1 são representados dentro do computador na forma de pulsos elétricos. Pulsos de tensão baixa representam zeros (0). Pulsos de tensão um pouco mais alta representam uns (1). A todo o momento, bits estão indo e vindo de uma parte do computador para outra, sendo transformados de pulsos elétricos para outras formas como, por exemplo, para pulsos de luz (quando vemos uma imagem no monitor), ou para campos eletromagnéticos (quando são armazenados ), etc. De qualquer forma, em qualquer formato, a menor unidade de informação dentro do computador sempre será o bit. Para entendermos como os dados (bits na forma de pulsos elétricos) trafegam entre os dispositivos, vamos utilizar um exemplo. Imagine alguém escrevendo um texto usando o teclado e vendo o texto aparecendo no monitor de vídeo. Como será que isso acontece? Vamos ver passo a passo: 1. Ao apertar as teclas, os dados saem do teclado em forma de pulsos elétricos que representam bits. Cada conjunto de bits representa uma tecla que foi pressionada. Esses bits chegam à placa-mãe através do cabo do teclado. 2. Dentro da placa-mãe os dados são trabalhados utilizando os componentes internos do computador: processador, memória, entre outros 3. Os dados trabalhados (processados) saem do computador pela interface de vídeo e através do cabo do monitor chegam até dentro do monitor de vídeo. 4. Dentro do Monitor os bits transformam-se em ―pulsos de luz‖ que preenchem a tela nos lugares corretos permitindo que você veja as letras que você digitou. IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 11 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 Percebeu que podemos dizer que esse processo ocorreu em três fases? 1. Entrada de Dados: quando as teclas foram pressionadas e os bits chegaram até o computador. 2. Processamento: quando o computador coletou os bits que vieram do teclado e trabalhou com eles para preparar a exibição das letras na tela. 3. Saída de Dados: quando os bits que saíram do computador, chegaram ao monitor e foram exibidos na tela. Toda tarefa realizada no computador segue esse fluxo. Têm sempre dados chegando de algum dispositivo de entrada, que depois são processados pelo computador e por fim são enviados para algum dispositivo de saída ou de armazenamento. 2.2 Dispositivos de Entrada de Dados. 2.2.1 - O Teclado O teclado é o principal dispositivo de entrada de dados dos computadores. O teclado possui um circuito eletrônico que identifica quando uma tecla é apertada e envia o código correspondente a tecla para o computador através de um cabo que conecta o teclado ao computador. O sistema de conexão entre o teclado e o computador pode ser DIN, mini DIN (PS/2) ou USB. A figura a seguir mostra os padrões citados. 2.2.2 O Mouse O mouse é um dispositivo apontador. Grande parte da navegação nos programas aplicativos pode ser feita com o uso deles. Internamente, o mouse funciona baseado no giro de uma esfera que se move de acordo com o seu movimento. O giro da esfera provoca a rotação de dois eixos, um vertical e um horizontal, que ―captam‖ o movimento e através de um mecanismo transformam este movimento em pulsos elétricos (bits) que são enviados à placa-mãe. Atualmente existem mouses que funcionam de forma óptica, ou seja, o deslocamento do mouse é registrado não pelo movimento de uma esfera, mas sim por um feixe de luz que é refletido pela superfície. À medida que o mouse se IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 12 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 movimenta esse feixe é refletido em ângulos diferentes. No mouse existe um sensor que capta em qual direção ocorreu a angulação, determinando para que lado o mouse foi movimentado. O sistema de conexão entre o mouse e o computador pode ser mini DIN (PS-2), porta Serial ou USB. A figura a seguir mostra os padrões citados. 2.2.3 Outros Dispositivos de Entrada Além do teclado e do mouse existem vários outros dispositivos de entrada. Os mais comuns, além do mouse e do teclado, são o scanner e a câmera digital. O scanner é um dispositivo que serve para captar imagens que estão em folhas de papel e transformá-las em imagens digitais que podem ser exibidas no monitor de vídeo e gravadas em arquivos. Já a câmera digital registra as imagens em arquivos e não em filme como as câmeras comuns. Estes arquivos podem ser transferidos para o computador, conectando a câmera ao computador através de um cabo de dados. 2.3 Dispositivos de Saída de Dados O monitor de vídeo é o principal dispositivo de saída do computador. Através dele podemos ver imagens e textos que permitem que o computador se comunique conosco. Outro dispositivo muito importante de saída é a impressora. Como existem vários tipos de monitores e impressoras, cada um será tratado num capítulo em separado. IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 13 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 Exercícios do capítulo 2 1) Ligue os pontos relacionando o evento à etapa do fluxo de dados correta: 2) Identifique o tipo de mouse e teclado do seumicro 3) Faça testes na configuração de seu mouse quanto a velocidade e duplo clique (Painel de Controle / Mouse) 4) Qual o caminho para alterar as configurações do teclado (tipos de teclado)? 5) Cite alguns dispositivos de entrada de dados 6) Cite alguns dispositivos de saída de dados 7) Existem dispositivos que podem tanto fazer a entrada quando a saída de dados? Cite exemplos. IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 14 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 Capítulo 3 - O Monitor de vídeo O monitor de vídeo é um dispositivo de saída que utiliza uma tela semelhante à TV como meio de visualização das informações processadas. Também são utilizados monitor com tela de cristal líquido em microcomputadores portáteis (laptops, notebooks, hand-helds, etc). A informação relativa à imagem que deve ser exibida é gerada no computador e transmitida (em formato digital, isto é, bits) para a interface de vídeo, onde a imagem propriamente dita (sinais de vídeo) é produzida Todo monitor tem controles de imagem como brilho, contraste, posição, cor, etc., assim como nas televisões. As dimensões dos monitores de vídeo encontradas no mercado são de 14, 15, 17, 19, 20 e 21 polegadas. Esta medida é feita na diagonal da tela. Além do tamanho da tela, o monitor também possui outras duas características importantes: resolução e freqüência. A resolução que um monitor suporta é o número de pontos que formam a imagem na horizontal e na vertical. É muito importante utilizar um monitor de vídeo que suporte a resolução que você configurou em seu computador, caso contrário, a imagem ficará distorcida. As resoluções mais comuns, utilizadas pelos usuários e suportadas pelos monitores são: 640 x 480 840 x 600 1024 x 768 Essas medidas representam o número de pontos que compõe a imagem em toda a tela do monitor na horizontal e na vertical respectivamente. Quanto maior o número de pontos, melhor será a definição da imagem. A freqüência diz respeito à velocidade de atualização da imagem no monitor. Por exemplo, se um monitor está operando em 60 Hz, significa que a tela é a atualizada 60 vezes por segundo (60 quadros por segundo). Só pra você ter uma idéia, a televisão possui uma atualização de tela de 30 Hz e no cinema, a tela é atualizada em 24 Hz. Geralmente os monitores possuem uma faixa de freqüência que conseguem trabalhar numa determinada resolução. Cabe a você configurar seu computador para que trabalhe numa freqüência suportada pelo seu monitor. Caso contrário a imagem ficará distorcida. Essa configuração é feita através de uma opção em seu sistema operacional. Existem muitos fabricantes de monitores de vídeo, entretanto, todo fabricante segue o mesmo padrão de conexão. O padrão estabelecido e seguido até o momento é o VGA. IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 15 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 Alguns Monitores de Vídeo mais antigos possuem uma chave de seleção de tensão (110V – 220V) assim como nas fontes de alimentação. Faça uma leitura da etiqueta fixada pelo fabricante (quando houver) na parte traseira do Monitor de vídeo e verifique como é feita a seleção da tensão de entrada. Nos Monitores de Vídeo mais modernos não há chave de seleção de voltagem e assim, não é preciso se preocupar com isto quando for ligar um monitor na tomada. Normalmente eles aceitam tensões na faixa de 90 a 240V, na maioria dos casos. O monitor de vídeo pode receber uma limpeza externa. Para isso, inicialmente desligue o monitor da tomada. Limpe os frisos e os locais mais difíceis de acesso com um pincel. Retire o pó (caso tenha um aspirador, melhor). Depois, com um pano umedecido, limpe a tela e as partes plásticas com cuidado. Um acabamento mais caprichado pode ser obtido com o uso de cotonetes umedecidos nas partes mais difíceis. Lembre-se sempre de retirar o monitor da tomada antes de efetuar a limpeza. 3.1 Tipos de Monitores 3.1.1 Monitor CRT (Cathodic Ray Tube, sigla de Tubo de raios catódicos, em inglês): O monitor CRT está sendo gradativamente substituído pelos monitores LCD e LED, mais modernos, isto é um fato. Entretanto, ele possui algumas características que outros não possuem, por exemplo, a fidelidade de cores é maior, ângulo de visão aberto (é possível enxergar imagens mesmo paralelo ao monitor), além de possuir um tempo de resposta muito baixo, entre um comando e a sua posterior reprodução na tela. Por este motivo, este tipo de monitor é mais recomendado para Gamers ou http://www.lucaspeperaio.com.br/blog/wp-content/uploads/2011/12/monitor-crt.jpg http://www.lucaspeperaio.com.br/blog/wp-content/uploads/2011/12/monitor-crt.jpg http://www.lucaspeperaio.com.br/blog/wp-content/uploads/2011/12/monitor-crt.jpg IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 16 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 profissionais da área gráfica. Além disso, os monitores CRT são mais resistentes e, apesar da vida útil média de 20.000 horas, costumam durar muito mais. Os monitores CRT consomem muita energia, cerca de 100W (60% à mais que os monitores LCD). Pesam mais, ocupam um espaço maior, dissipam mais calor e, dependendo do modelo, resolução e taxa de atualização, prejudicam a visão da pessoa. Por estes e outros motivos, este monitor deixou de ser comercializado em grandes escalas, até porque, as suas qualidades aos poucos estão sendo vistas em monitores modernos, como o LED. 3.1.2 Monitor LCD: O monitor LCD mudou completamente a maneira de reprodução, em comparação com o CRT. Este monitor não usa um tubo de raio catódico, mas sim peliculas de cristal líquido, que quando energizadas, produzem o espectro de cores na tela. Este monitor têm se tornado o mais utilizado no mundo, pelas suas vantagens em relação ao CRT: Peso reduzido, ocupa menor espaço, consome muito menos energia e não possui telas cintilantes (Efeito em que a tela parece piscar, que causa problemas de saúde). Este tipo de monitor é recomendado para todos os tipos de usuário, mas especialmente para aqueles que mantém o computador por longos períodos de tempo ligados, levando-se em consideração a economia de energia produzida por este monitor. Um dos problemas deste monitor é o ângulo de visão fechado, ou seja, você só consegue enxergar a imagem com perfeição se estiver olhando para o monitor diretamente, caso tente visualizá-lo paralelamente (de lado), a imagem tende a perder a definição e o monitor pareçe ficar escuro. Além disso, ele vem de fábrica com uma resolução nativa, que também é a resolução máxima. Caso você não utilize-a, a qualidade da reprodução é prejudicada, diferente dos monitores CRT, que possui várias resoluções nativas. 3.1.3 Monitor LED: O monitor LED nem sempre é LED de fato. Na verdade, a maioria dos monitores ditos como ―LED‖, na verdade são monitores LCDs, que ao invés de utilizarem lâmpadas fluorescentes para acenderem o monitor, utilizam LEDs. Portanto surgem dos sub-tipos de monitores: Os monitores LCD-LEDs e os monitores LEDs verdadeiros. As principais vantagens de se utilizar estes monitores LED, é a economia de energia (40% menos em relação ao LCD), a qualidade de cores e uma maior emissão de luz, aumentando significamente a qualidade de imagem. Os monitores LED emitem uma luz mais forte em relação ao LCD, consequentemente, as cores parecem mais vivas e o ângulo http://www.lucaspeperaio.com.br/blog/wp-content/uploads/2011/12/monitor-lcd.jpg http://www.lucaspeperaio.com.br/blog/wp-content/uploads/2011/12/monitor-led.jpg http://www.lucaspeperaio.com.br/blog/wp-content/uploads/2011/12/monitor-lcd.jpg http://www.lucaspeperaio.com.br/blog/wp-content/uploads/2011/12/monitor-led.jpgIMC – Instalação e Manutenção de Computadores 17 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 de visão torna-se aberto (é possivel ver nitidamente o monitor mesmo em âgulos abertos ou paralelos), similar ao CRT, mais com uma vantagem: Não emite radiação na tela. Conclusões Cada monitor tem um público, um foco, qualidades e defeitos, mas de todos, sem dúvida nenhuma, o monitor LED sai na frente, por possuir praticamente as mesmas qualidades dos anteriores, CRT e LCD e ainda superá-las, com economia de energia e maior qualidade de imagem. Exercícios do capitulo 3 1) Localize na etiqueta de seu monitor quais as tensões mínimas e máximas suportadas e anote no espaço abaixo (Lembre-se que a letra que simboliza a tensão é a letra V de Volt): Tensão Mínima: _________ Tensão Máxima: _________ 2) Altere a resolução do seu computador para 1280x768 e descreva o que aconteceu com a imagem. Anote o caminhe para chegar nas alterações de configuração. 3) Anote o caminho para alterar a frequência de seu monitor 4) Compare os 3 principais tipos de monitores (CRT, LCD e LED) IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 18 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 Capítulo 4 - Impressoras Além do monitor de vídeo existem vários outros dispositivos de saída. O mais comum além do monitor é a impressora. A impressora serve para registrar em papel imagens e textos que estão em formato digital. Podemos dizer que faz a função contrária a do scanner. Apesar de todo o avanço tecnológico que temos visto nestes últimos anos, ainda não é possível dispensar a informação impressa. Os novos dispositivos para ler e-books ainda estão longe de se tornar um meio interessante de exibir textos, isso sem falar em seu preço quase proibitivo. Quase todo usuário de micro possui uma impressora. Aliás, este é um dos primeiros acessórios que compramos após a aquisição do computador propriamente dito. E a operação básica de uma impressora é uma das coisas mais simples que existe,. Simplesmente coloca-se o papel na mesma e pede-se ao computador que mande o texto a ser impresso para a impressora. Algum tempo depois o texto está disponível no papel. Nesta seqüência de artigos vamos nós iremos discutir quais são as principais tecnologias de impressão disponíveis atualmente. Isto porque, apesar da impressão ser um procedimento simples, a tecnologia de impressão varia bastante. Temos vários tipos de impressora no mercado: impressoras matriciais, a jato de tinta, laser, laser colorida, multifuncionais, jato de cera e até impressoras 3D. 4.1 Impressoras matriciais Quem possui micro há bastante tempo deve ter usado algum modelo de impressora matricial. É aquela impressora que faz um barulho tremendo, trabalha com um papel do tipo ―formulário‖ (com uns buracos nos lados) e que usa uma fita do estilo ―máquina de escrever‖. E ainda por cima a qualidade de sua impressão deixa muita a desejar se comparada com impressoras que usam outras tecnologias. Mas apesar disso tudo, este tipo de impressora ainda é encontrado na maioria das empresas e comércio atualmente. E por uma razão bem simples: é o único tipo de impressora que permite a impressão em várias vias com o uso de ―papel carbono‖. Isto porque as impressoras matriciais também são conhecidas como impressoras de impacto. O nome ―impressora de impacto‖ surgiu porque a impressão é feita através do impacto mecânico entre partes da cabeça da impressora em cima da fita que transfere a tinta para o papel. Na impressora matricial pequenas agulhas (em inglês, chamadas de ―pins‖), batem na fita e marcam o papel. A cabeça de impressão, que contém as agulhas, se move da esquerda para a direita linha a linha, criando as letras ou gráficos através dos pequenos pontos impressos no papel pelas agulhas. As agulhas são impulsionadas por pequenos solenóides que existem dentro da cabeça de impressão. Estes solenóides são energizados e criam um campo magnético que impulsiona a agulha em direção à fita de impressão. Um outro imã faz com que as agulhas retornem à posição original. Estes movimentos são feitos IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 19 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 de maneira muito rápida o que produz uma quantidade enorme de calor na cabeça de impressão. Quem já viu uma impressora matricial sabe que ela possui um dissipador de calor em cima da cabeça de impressão. Devido à sua natureza eletromecânica, as cabeças de impressão costumam possuir uma vida útil de aproximadamente 250 milhões de caracteres, ou seja, após este número de caracteres impressos, provavelmente a cabeça de impressão deverá ser substituída. Como a cabeça de impressão é a ―alma‖ da impressora matricial, esta substituição costuma ser bem cara. Na verdade, a maioria dos usuários prefere comprar uma nova impressora. A ilustração a seguir procura mostrar o princípio de funcionamento da impressora matricial: Em seguida, veja como os caracteres saem impressos: A qualidade de impressão das impressoras matriciais depende do número de agulhas de sua cabeça de impressão. As impressoras mais simples possuem 9 agulhas, enquanto que as mais sofisticadas trabalham com 24 ou até 48 agulhas. Mesmo nestas últimas a qualidade não chega a ser próxima de uma impressora com tecnologia laser. A velocidade de impressão das matriciais é metida em cps, ou seja, caracteres por segundo. Como já foi dito, a maioria das impressoras matriciais usa um papel especial com furos do lado para ser tracionado pelo rolo da impressora. É claro que existem alguns modelos que podem trabalhar com folhas soltas. Atualmente o preço das impressoras matriciais está bastante alto devido à diminuição da oferta e por estas estarem confinadas a um nicho de mercado. Além disso, uma grande parte das impressoras matriciais ainda disponíveis para venda no mercado brasileiro é do tipo ―impressora fiscal‖ para ser usado em máquinas registradoras que imprimem notas fiscais. Isso aumenta ainda mais o seu preço. 4.2 Impressoras a jato de tinta As impressoras a jato de tinta usam pequenas gotas de tinta para produzir as páginas impressas. A tinta fica armazenada em cartuchos e sai destes através IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 20 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 de pequenos furos chamados de ―nozzles‖. O preço das impressoras a jato de tinta é muito baixo, porque a sua produção é enorme. Na verdade, os fabricantes das impressoras a jato de tinta não ganham com a impressora em si (ou ganham pouco). Eles ganham dinheiro vendendo cartuchos! Ou melhor: vendendo tinta! É por isso (e por outros motivos também!) que eles não estimulam a recarga de cartuchos de impressoras a jato de tinta. As pequenas gotas de tinta são jogadas no papel através de um método que usa pressão e eletricidade. Normalmente a pressão no interior do cartucho de tinta é diferente da pressão externa. Assim, depois que a eletricidade passa em um pequeno resistor aquecendo o mesmo, é gerada uma pressão positiva dentro do cartucho que expele uma pequena gota em direção ao papel. Um método semelhante, porém sem o uso do conjunto resistor/calor, utiliza um pequeno cristal piezoelétrico para gerar esta pressão. As impressoras a jato de tinta podem usar papel comum, mas para obter qualidade fotográfica na impressão a cores é necessária a utilização de papéis especiais. Como a tinta é líquida, recomenda-se esperar um pouco antes de manusear as folhas impressas, apesar da maioria das impressoras atuais trabalharem com tintas de secagem rápida. A dica também é importantequando se usar cartuchos recarregados. A qualidade de impressão é medida em dpi (ou, ppp – pontos por polegada). Impressoras de última geração podem chegar a resoluções de mais de 2400 dpi. O método de impressão quase não trabalha com partes mecânicas (ao contrário da impressora matricial), o que faz com que a velocidade de impressão seja bem maior que a obtida nas impressoras matriciais. A velocidade de impressão é normalmente medida em ppm (páginas por minuto). A ilustração ao lado exemplifica a forma de impressão das impressoras a jato de tinta: 4.3 Impressoras a laser A maioria das grandes empresas prefere utilizar impressoras a laser. Elas são ideais quando a demanda por impressão é levada, ou seja, precisamos de velocidade, quantidade e qualidade. De modo diferente dos métodos de impressão já apresentados, que imprimem uma linha de cada vez, a impressão a laser uma página de uma vez só! A página que vai ser impressa é tratada como uma coisa só que será processada pela impressora. Deste modo, as impressoras laser precisam de memória RAM para funcionar, pois nesta memória será armazenada a informação que será impressa em cada página. IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 21 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 É interessante notar que, dependendo da quantidade de memória RAM que uma impressora laser possuir, pode ser impossível imprimir páginas com muita informação, como gráficos, etc. Assim, se possível, na hora da compra verifique se a sua impressora laser permite expansão de memória.Além disso, pergunte se a expansão é fácil de encontrar e também eplo seu preço. A página impressa por uma impressora laser é formada através de uma série de pequenos pontos, por isso a qualidade de sua impressão é medida em dpi (ou, ppp – pontos por polegada). Quando a impressora laser recebe a informação que será impressa, ela a divide em uma série de pequenas faixas de pontos. Aí o processo de impressão, conhecido como deposição eletro-fotográfica começa. Ele consiste das seguintes fases: a) Carregamento Eletrostático (Condicionamento) – Dentro da impressora a laser o cilindro fotocondutor, que é capaz de armazenara cargas estáticas se não for exposto à luz, gira e passa sobre um fio conhecido como ―fio corona primário‖. Este fio corona deposita uma carga negativa uniforme no cilindro fotocondutor. Assim que este processo estiver terminado, o cilindro fotocondutor está pronto para receber a imagem. Algumas impressoras definem este processo como ―aquecimento‖. b) Escrita da Imagem (Exposição) – O cilindro fotocondutor é sensível à luz. Então se um laser ―desenha‖ na superfície cilíndrica rotativa uma ―imagem‖, o cilindro vai perder carga negativa naqueles pontos que foram sensibilizados. Mais tarde estes pontos vão absorver o toner. Como o cilindro fotocondutor é sensível à luz, recomenda-se embalá-lo em um saco negro se este for mandado para revisão ou conserto. c) Impressão (ou Revelação) – Como o cilindro fotocondutor sensibilizado está na hora de ele receber o toner. O Toner é constituído de minúsculas partículas de um pó negro (tóxico!) que será usado na impressão propriamente dita. Colado ao cilindro fotocondutor existe um cilindro de cargas que contém minúsculas partículas de toner. As partes do cilindro fotocondutor que foram sensibilizadas pelo laser receberão as partículas de toner que ficarão ―grudadas‖ a este. d) Transferência – Agora que o cilindro fotocondutor já está cheio de toner, ele precisa transferir este toner para a folha de papel a ser impressa. Agora entre em ação um segundo fio corona, chamado de ―fio corona secundário‖. Este fio é responsável por carregar eletricamente o papel. Assim, o papel terá poder de atração suficiente para descolar as partículas de toner do cilindro fotocondutor. Finalmente um eliminador de eletricidade estática remove a mesma do papel. e) Fusão – Esta é a última parte do processo de impressão. Na fusão as partículas de toner são aquecidas e pressionadas de encontro ao papel de modo que a impressão fique permanente. É por isso que o papel sai ―quente‖ de uma impressora a laser! IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 22 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 f) Limpeza – Na fase de limpeza a impressão já terminou, mas ainda é necessária uma limpeza do cilindro fotocondutor, para que o processo todo possa se repetir com uma outra página. Esta limpeza é feita com a ajuda de uma lâmpada fluorescente e com uma pequena lâmina de borracha que conseguem remover todo o toner e cargas eletrostáticas presentes no cilindro fotocondutor. Numa impressão a laser monocromática este processo de seis fases é repetido para cada uma das páginas impressas. Já numa impressora laser a cores, usam-se quatro toners (nas cores preta, ciano, magenta e amarelo) e os seis passos se repetem para cada um dos toners. A ilustração abaixo exemplifica o processo de impressão a laser: As impressoras a laser gastam muito mais energia que as suas ―companheiras‖ jato de tinta e matriciais. Por isso recomenda-se o uso de um estabilizador de, pelo menos, 1 KVA dedicado a cada impressora a laser. Apesar do gasto de energia, as impressoras laser tem menor custo por página impressa que as impressoras a jato de tinta ou matriciais. Apesar dos cartuchos de toner custarem muito, eles duram até dez vezes mais que os cartuchos a jato de tinta, por exemplo. 4.4 Multifuncionais Tal como o nome indica, multifuncionais são equipamentos que reúnem duas ou mais funções diferentes. Graças a isso, são uma excelente opção para quem precisa economizar espaço físico na mesa ou para quem procura praticidade. Há, basicamente, dois tipos de multifuncionais: as que contam com as funções de impressora e scanner; e as que, além destes recursos, oferecem também fax. Normalmente, estes equipamentos também podem ser utilizados IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 23 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 como copiadora: o usuário insere um papel qualquer no scanner da multifuncional e, por meio de um botão ou comando, faz o equipamento imprimir uma cópia do material digitalizado. 4.5 Outros tipos de impressão Existem vários outros tipos de impressão, como por exemplo, por jato de cera, impressão por margarida, dye-sublimation, etc. Na verdade estes tipos de impressora são mais usados em tarefas específicas. As impressoras a jato de cera são muito parecidas com as impressoras a jato de tinta. Só que ao invés de tinta, são jogadas pequenas gotas de cera líquida em direção ao papel. No caso das impressoras a jato de cera, as cores costumam ser mais brilhantes. Além disso, funcionam melhor quando queremos transferir desenhos ou similares para camisetas, etc. Impressoras de margarida só imprimem texto e podem ser consideradas máquinas de escrever mais rápidas. 4.6 Tipos de Cabos de Conexão de Impressoras mais comuns: Exercícios do Capítulo 4 1) Compare os seguintes tipos de impressoras: matricial, jato de tinta e laser, considerando um modelo para uso em um pequeno escritório (800 impressões por mês( Tipo de impressora Matricial Jato de Tinta Laser Modelo da imp. Custo de Aquisição Páginas por Minuto Números de Cópias por recarga Custo de 3 recargas (Custo de aquisição + custo de 3 recargas) / número de cópias de todas as recargas 2) Que tipo de impressora você indicaria para um escritório de contabilidade que possui 3 computadores em rede e imprimi cerca de 100 páginas por dia? Justifique. Cabo Impressora Paralela Cabo Impressora USB IMC – Instalação e Manutenção de Computadores24 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 3) Cite aplicações práticas para uma impressora jato de cera 4) Quais itens devemos pesquisar antes de escolher uma impressora jato de tinta? 5) Que tipo de impressora você indicaria para um usuário doméstico (poucas cópias por mês) Capítulo 5 - O que é Interface? O que você viu ao desconectar e conectar os cabos do teclado, mouse e monitor são apenas cabos e conectores. Na verdade isso é apenas a parte que você enxerga do que chamamos de interface. Interface é um termo que utilizamos para designar algo que serve de meio de comunicação entre duas coisas distintas. Quando estamos falando de hardware, interface é o conjunto de circuitos, cabos e conectores que fazem a comunicação entre dois dispositivos ou entre um dispositivo e o computador. Mas o que você precisa saber mesmo é que as interfaces são criadas seguindo normas que são estabelecidas entre os fabricantes. Dessa forma, várias marcas diferentes de teclados, mouses e monitores podem ser conectados ao mesmo computador porque elas seguem o mesmo padrão. Desde o circuito interno dos dispositivos, passando pelos cabos e chegando aos conectores, tudo seguiu regras precisas de fabricação. Você pode perguntar: O que eu tenho a ver com isso? A questão é que à medida que a tecnologia vai se aprimorando, novas interfaces (mais rápidas e mais baratas) vão sendo criadas e as interfaces mais antigas vão caindo em desuso. Por esse motivo, um tipo de teclado pode ou não ser conectado a um computador. Agora você pode perguntar: Como eu sei qual a interface de teclado que devo utilizar para este ou para aquele computador? A resposta é simples: Você pode geralmente conhecer a interface através do conector. Os conectores seguem sempre um padrão de macho e fêmea. Basta olhar atrás do computador para ver qual é o conector fêmea do teclado e você saberá que para aquele computador somente um teclado com um conector macho compatível poderá ser conectado. Normalmente, na parte detrás do gabinete estão disponíveis os conectores para estabelecer comunicação com diversos dispositivos externos. Podemos encontrar conectores de comunicação serial (DB-9), paralelo (DB-25), USB, PS/2, entre outros. Às vezes um mesmo computador aceita dois tipos de mouse diferentes, por exemplo. Computadores que trazem as interfaces do tipo USB e PS2 podem aceitar tanto mouses com interface USB quanto PS2. Você escolhe qual utilizar. Veja na figura abaixo os tipos mais comuns de interfaces e logo em seguida veja a legenda explicando quais são e para que servem estas interfaces. IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 25 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 1 – Interface de Som: Serve para reproduzir e capturar sons. Geralmente tem três conectores: um para saída de som (caixa de som), outro para entrada de microfone e um outro auxiliar para entrada de som. 2 – Interface de Vídeo (VGA): Interface apenas de saída de dados. Serve para enviar imagens através de sinais de vídeo para o monitor. 3 – Interface Serial (RS-232): Interface para entrada e saída de dados. Tem múltiplas funções. Através dela é possível enviar e receber dados do computador para qualquer dispositivo que utilizar também esta interface. Pode servir para conectar um mouse serial. 4 – Interface USB: Interface para entrada e saída de dados. É uma das interfaces mais modernas e úteis. A maioria dos dispositivos, hoje em dia, são fabricados utilizando essa interface, dentre eles mouses, teclado, impressoras, scanners entre outros. 5 – Interface de Teclado (mini Din – PS/2): Interface apenas de entrada de dados. Serve apenas para conectar teclados do tipo PS/2. 6 – Interface de Controle de Jogos (joystick): Serve apenas para conectar joysticks (aqueles controles de videogame). 7 – Interface Paralela: Interface para entrada e saída de dados. Através dela é possível enviar e receber dados do computador para qualquer dispositivo que também utiliza esta interface. Muito utilizada para conectar impressoras. 8 – Interface de Rede (RJ-45): Interface para entrada e saída de dados. Através dela é possível conectar o computador em uma rede de computadores ou conectá-lo diretamente a outro computador. Muito utilizada para conectar o computador à Internet (que nada mais é do que uma grande rede de computadores). 9 – Interface de Mouse (mini Din – PS/2): Interface apenas de entrada de dados. Serve apenas para conectar mouses do tipo PS/2. Existem ainda adaptadores que permitem que um dispositivo de um tipo possa ser conectado a uma interface de outro tipo. IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 26 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 Exercícios do Capítulo 5 1) Identifique todas as interfaces do seu computador Capítulo 6 - Visão geral das partes internas do computador. Placa-Mãe: A placa-mãe é um dos principais componentes do computador. Conecta todos os dispositivos internos, ou seja, tudo que existe dentro do computador está conectado de uma forma ou outra à placa-mãe. Na placa-mãe estão conectados também o processador e a memória. Fonte de Alimentação: A fonte de alimentação tem a função principal de transformar a tensão que vem da rede elétrica em uma tensão muito menor, contínua e apropriada aos componentes internos do computador. Fornece energia a todos os dispositivos internos do computador. Disco Rígido (HD): A unidade de Disco Rígido (em inglês Hard Disk) é o principal e mais comum dispositivo de armazenamento encontrado nos computadores, pois é capaz de armazenar grandes quantidades de dados, além de ter uma grande velocidade de leitura/escrita. É popularmente conhecido como Winchester. Drive de CD-ROM: O drive de CD-ROM é uma unidade de armazenamento que tem a função de apenas ler dados gravados em CDs. Porém, é cada vez mais comum encontrarmos drives de CD- RW que também são capazes de gravar dados em CDs e também os DVD-RW que lêem e gravam DVD´s. Drive de Disquete: O drive de disquete tem a capacidade de ler e gravar dados em disquetes. Já existiram drives de disquete de vários tamanhos e capacidades, mas hoje em dia, praticamente só encontramos dives de 3 1/2’’ (polegadas) e que suportam disquetes de 1.44 MB (Megabytes) de capacidade IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 27 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 Placas off-board: Off-board é um termo utilizado para se referir a placas auxiliares que não estão integradas (embutidas) diretamente na placa-mãe (chamadas de on-board). Estas placas são conectadas perpendicularmente à placa-mãe através do que chamamos de ―slots‖. Quando falamos em slot de uma placa-mãe nos referimos ao conector próprio para receber placas auxiliares. Existem placas off-board que realizam várias funções. As mais comuns são as placas de Modem, Vídeo, Rede e Som. Exercícios do Capítulo 6 1) Pesquise a diferença entre dispositivos on-board e off-board 2) Atualmente os drives de disquete são necessários? Capítulo 7 - Cabos Internos do Computador Agora que você já tentou identificar as peças internas, olhe com atenção para os cabos que vão e vem de uma peça para outra. Quantos fios, não é mesmo? Que bagunça! Na verdade, o que parece uma grande bagunça segue regras bem definidas, que chamamos de padrões. A primeira coisa que você deve entender é que existem basicamente dois tipos de cabos dentro de um computador: Cabos de Energia e Cabos de Dados. 7.1 Cabos de Energia Também chamados de cabos de força ou de alimentação. Todos os cabos de energia saem da fonte de alimentação. Existem alguns tipos de conectores,cada um para um tipo de dispositivo. IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 28 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 1 – Conector de Potência: Só é necessário quando o processador utilizado é Pentium 4. Esse conector é ligado diretamente à placa-mãe próximo ao processador. 2 – Conector de 4 pinos (maior): Serve para fornecer energia a diversos dispositivos de armazenamento, entre os mais comuns, o drive de CD-ROM e o HD. 3 – Conector de 4 pinos (menor): Normalmente é utilizado apenas para fornecer energia para o drive de disquete. 4 – Conector de 20 (ou 24) pinos: Serve para fornecer energia a placas-mãe do tipo ATX. Os conectores de 4 pinos fornecem duas tensões diferentes aos dispositivos. Os cabos vermelhos são de 5 volts e os cabos amarelos de 12 volts. São necessárias 2 tensões diferentes porque a maioria dos dispositivos precisa de dois níveis de tensão para alimentar partes diferentes dos circuitos que exigem tensões diferentes. Todos os conectores de energia possuem chanfros, ou seja, a sua forma possui recortes ou saliências que impedem que o conector seja conectado em posição invertida e o dispositivo receba 12 volts onde deveria receber 5, por exemplo. Se isso fosse possível seria muito fácil queimar os dispositivos. O chanfro de um conector do cabo de energia corresponde ao mesmo formato no conector do dispositivo para que o encaixe seja perfeito. Você pode utilizar qualquer conector que estiver sobrando, que sirva em seu dispositivo e que esteja mais bem posicionado. Dessa forma, quando for conectar um cabo de energia a um dispositivo, utilize o que encaixar perfeitamente e que estiver mais perto, evitando sempre esticar o cabo. É muito comum e normal sobrarem conectores soltos dentro do computador porque você possui menos dispositivos a serem alimentados do que cabos. Se isso acontecer, simplesmente prenda os cabos em alguma parte do gabinete, longe de ventoinhas, utilizando fitas plásticas ou elásticos. 7.2 Cabos de Dados Também conhecidos como cabos lógicos, servem para transmitir dados (bits) de um dispositivo para outro. Os cabos de dados mais comuns são os cabos achatados (flat cables) que servem para conectar os dispositivos de armazenamento à placa-mãe. Os cabos de dados também são conhecidos como cabos lógicos. IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 29 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 O cabo de dados de 40 vias (fios) serve para conectar os HDs e drives de CD-ROM à placa-mãe. Já os cabos de 34 vias servem para conectar somente o drive de disquete. Geralmente, os cabos de dados possuem conectores com uma saliência que se encaixa perfeitamente nos conectores de dados com chanfros da placa-mãe e dos dispositivos de armazenamento. Esses chanfros impedem a conexão do cabo do lado errado. Quando o conector da placa-mãe, do dispositivo ou do cabo, não tem chanfro a única maneira de saber qual é o lado correto de conectar o cabo é através do que chamamos de Pino 1. Os cabos de dados possuem, em um dos lados, um fio pintado de vermelho ou azul ou com algum tipo de marcação que nos indica que este lado é onde está o Pino 1. Assim, fica fácil saber para que lado fica o Pino 1 do cabo. Mas, como saber para que lado fica o Pino 1 no conector da placa-mãe e nos conectores dos dispositivos? Na placa-mãe, geralmente, há uma indicação impressa na placa, próxima ao conector. IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 30 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 No caso do HD e do drive de CD-ROM, este pino está quase sempre localizado para o lado do conector de energia. No caso do drive de disquete, não há padrão e, portanto, teremos que observar no drive alguma indicação. Geralmente, está impresso em alguma parte próxima ao conector um número 1 ou 2, ou algum símbolo que indica o lado correto. Normalmente, o símbolo utilizado é um asterisco (*). Exercícios do Capítulo 7 1) Usando o simulador da Cisco IT Essentials Virtual Desktop faça a montagem de um PC Capítulo 8 - Placa-mãe Definição: Principal placa de circuitos impressos do computador. É responsável em interligar todos os demais componentes do microcomputador, tais como o processador, memórias, o disco rígido, etc. Conhecida também por Motherboard, Mainboard ou placa de CPU. IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 31 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 8.1 CHIPSET É o controlador do tráfego de dados da placa-mãe. Fabricantes: SIS, OPTI, VIA, Intel, etc. Classificamos em: a) Ponte Norte – Controla CPU, memória DRAM, barramento AGP/PCI Express b) Ponte Sul – Controla os barramentos mais antigos, canais e portas de comunicação. 8.2 BIOS (Basic Input Output System) O Sistema básico de entrada e saída tem como função identificar, configurar, testar e dar boot (iniciar sistema) no PC. O BIOS é dividido em: a) POST (Power On Self Test) Identifica e testa todos os componentes instalados. b) SETUP (Settings Update) IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 32 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 Programa gravado no BIOS que permite ao usuário a configuração do hardware. e) CMOS (Complementary Metal Oxide Semicondutor) Memória RAM que através da bateria armazena as configurações feitas no SETUP 8.3 Bateria Tem como função manter a data/hora do sistema e as configurações do CMOS. Todas as baterias operam a 3V. Tipos: a) Lítio (Moeda) – Padrão nas placas-mãe atuais. Fácil troca. Durabilidade de 3 à 4 anos. b) Níquel (Tambor) – Encontrada nas placas-mãe mais antigas. Recarregável e apresenta perigo de vazamento. c) Circuito integrado – Encontrada em placas-mãe de Pentium clássico. Durabilidade de 8 a 10 anos. 8.4 Barramentos Podemos definir os barramentos como uma via de comunicação pela qual o processador se comunica com o seu exterior (memórias, periféricos, etc.) 8.4.1 Slots São conectores que permitem conectar placas de expansão na placa-mãe. a) ISA (Industry Standard Architecture) Utilizado por periféricos lentos, como a placa de som e a placa de modem. b) PCI (Peripheral Component Interconnect) Utilizado por periféricos que demandem velocidade c) AGP (Accelerated Graphics Port) Utilizado exclusivamente por placas de vídeo 3D (antigas) , trabalha a 66MHz e 32bits (Modo AGP 1x) o que faz que este atinja uma taxa de transferência de 264MB/s, o dobro da taxa do barramento PCI. d) PCI Express É bidirecional e funciona com quatro condutores divididos em dois conjuntos (transmissão e recepção cada qual com seu aterramento). Este conjunto forma um canal (1X) que opera a uma frequência de 2,5GHz garantindo uma taxa de 250MB/s, quase o dobro do PCI padrão. É o slot mais usado atualmente para as placas de vídeo de alta performance. 8.4.2 Barramento USB (Universal Serial Bus) Este barramento foi criado para resolver o problema de padronização das portas dos dispositivos externos dos microcomputadores. Podemos conectar em uma única porta USB até 127 dispositivos. IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 33 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 Taxa de Transferências das Portas USB Versão Velocidade USB 1.1 1,5 a 12 Mbps USB 2.0 480 Mbps USB 3.0 4,8 Gbps (ou aprox. 4800 Mbps) O USB 3.0 forneceuma taxa de transferência de dados (teórica) de até 4.8 Gbps, e um fornecimento de energia 80% maior em relação aos padrões anteriores, o que o torna ideal para gadgets de alta performance como pendrives e discos rígidos mais velozes. 8.4.3 Barramento Firewire Este barramento desenvolvido pela Apple segue o mesmo principio do USB, sendo que suas taxas são superiores. Utilizados em dispositivos externos como discos rígidos, câmeras de vídeo e fitas DAT. Velocidade: 400Mbps Fire wire IEEE 1394b: 800Mbps Alcance – Até 4,5 metros de extensão. Conexão – Até 63 periféricos 8.5 Jumper Pequena peça de plástico com sua base interna feita de metal que é utilizado para conectar pinos na placa-mãe, permitindo assim a passagem de corrente elétrica entre eles, através dessa corrente configura funções como ajustes de voltagem e frequência do processador. 8.6 Canais de comunicação a) IDE/ATA A transmissão de informações do ATA é feita de forma paralela, transmitindo, em média, 16 bits por vez. No entanto, ele sofre uma série de interferências, o que causa perda de dados. Serve para conectar discos rígidos, drives de CD- ROM ou DVD-ROM à placa-mãe. b) SATA (Serial ATA) Substituto do ATA, este padrão realiza a transmissão dos dados em série, como se os bits estivessem em fileira, um atrás do outro, permitindo maior velocidade na transferência de dados. Conecta discos rígidos padrão SATA na placa-mãe. IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 34 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 Exercícios do Capítulo 8 – Placa-Mãe 1) Qual a principal função da placa-mãe? 2) Para que serve o Chipset e quais os seus tipos? a) ( ) Controlar o tráfego de dados. Ponte norte (Northbridge) e BIOS. b) ( ) Controlar a voltagem da fonte. Ponte norte (Northbridge) e Ponte sul (Southbridge). c) ( ) Ajustar a freqüência do processador. Ponte norte (Northbridge) e Ponte sul (Southbridge). d) ( ) Controlar o tráfego de dados. Ponte norte (Northbridge) e Ponte sul (Southbridge). 3) O que são encaixes (slots) de expansão? E qual a diferença do AGP para o PCI? 4) Como identificamos o BIOS? E qual a função da bateria? a) ( ) Pinos no circuito. Manter Data do sistema e as configurações do CMOS setup. b) () Selo do fabricante no circuito. Manter Data/hora do sistema e as configurações do CMOS setup. c) ( ) Selo do fabricante no circuito. Ajustar as configurações do CMOS setup. d) ( ) Nome do fabricante na placa-mãe. Ajustar as configurações do CMOS setup. 5) Qual a voltagem da bateria de lítio CR-2032? a. ( ) 2,5V b. ( ) 5V c. ( ) 3V d. ( ) 1,8V 6) Qual a capacidade máxima de dispositivos podemos conectar em uma porta USB? 7) Com relação à comunicação entre os dispositivos, assinale N para ponte Norte e S para ponte Sul. a) ( ) Memória RAM b) ( ) Portas USB c) ( ) Processador d) ( ) Slot PCI e) ( ) Slot PCI Express f) ( ) Portas serial e paralelas g) ( ) Serial ATA IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 35 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 Capítulo 9 – Processador Você já deve ter ouvido falar que o processador é o cérebro do computador, a peça mais importante. Pois isso tudo é verdade. Ele também é chamado de CPU (Central Prossing Unit ou U.C.P. – Unidade Central de Processamento) O processador é um conjunto de circuitos integrados complexos que possuem vários blocos funcionais, ou seja, que realizam funções predeterminadas. Uma das principais funções do processador é interpretar e executar as instruções que vem dos programas e do sistema operacional. É ele quem coordena as ações entre os dispositivos internos do computador para fazer as coisas acontecerem. O processador funciona numa determinada velocidade. A velocidade, ou a frequência de operação, do processador é medida em Hz (Hertz). Esta frequência é alta e atualmente chega à ordem de 3 a 4 GHz. 9.1 Clock Seria a ―velocidade‖ do processador. Na realidade é o número de operações executadas por segundo. 1 Hertz = 1Hz = 1 ciclo / segundo 1.000 Hertz = 1 KHz = 1.000 ciclos / segundo 1.000.000 Hertz = 1 MHz = 1.000.000 ciclos / segundo 1.000.000.000 Hertz = 1 GHz 1.000.000.000 ciclos / segundo 9.1.1 Diferenças de Clock entre Processadores Os processadores da AMD e da Intel são completamente diferentes entre si. Embora sejam usados com o mesmo propósito - processar informações em um computador do tipo PC - interna e externamente funcionam de maneira completamente diferente. É por esse motivo que o clock do processador não é medida de desempenho. O clock é um sinal que serve para sincronizar os circuitos do processador. Entretanto, se um processador A é capaz de efetuar tarefas mais rapidamente do que um processador B, o processador A será mais rápido do que o B, mesmo tendo um clock inferior. 9.2 Memória Cache 9.2.1 Caches L1 e L2 Quase todos os processadores modernos possuem caches L1 e L2. O usuário não escolhe a quantidade de cache que quer no seu computador. Ela é embutida no processador e não há como alterá-la. A cache é uma pequena quantidade de memória super rápida e cara, que serve para acelerar o desempenho da memória RAM (que por sua vez é maior, http://pmstrk.mercadolivre.com.br/jm/PmsTrk?tool=347515&word=processadores&go=http://www.mercadolivre.com.br/jm/search?as_categ_id=1693$$as_display_type=G$$as_filtro_id=PRECIO_FIJO$$as_order_id=MAS_OFERTADOS$$as_price_min=25 http://pmstrk.mercadolivre.com.br/jm/PmsTrk?tool=347515&word=processador&go=http://www.mercadolivre.com.br/jm/search?as_categ_id=1693$$as_display_type=G$$as_filtro_id=PRECIO_FIJO$$as_order_id=MAS_OFERTADOS$$as_price_min=25 IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 36 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 mais lenta e mais barata). Ela é necessária porque as memórias comuns não são suficientemente rápidas para os processadores modernos. Um dos fatores de velocidade dos processadores é a quantidade de memória cache e também a sua velocidade. Nos micros de hoje a memória cache é essencial, sem ela o seu computador se tornaria super lento. 9.3 Encaixe (Soquete) do Processador Deve observar o seguinte fator, cada processador exige uma Placa mãe especifica, mesmo processadores do mesmo fabricante (Pentium 3 e 4 por exemplo), exigem placa diferentes. Para instalar o processador na placa mãe deve-se observar a posição deste. O pino 1 do processador deve coincidir como o pino 1 do Soquete. Soquete para encaixe de processador Slot para processador I7 Depois de encaixar o processador deve-se configurar sua velocidade no Setup ou através de Jumpers. Nas máquinas atuais o processador é reconhecido automaticamente. 9.4 OverClock do Processador É uma técnica que consiste em ―turbinar‖ o seu processador, isto é, faze-lo trabalhar numa velocidade maior do que a indicada. Por exemplo um Pentium 3 de 700 MHz, colocado a 850 MHz. Essa técnica não é recomendada pelos fabricantes, deve ser feita por conta e risco do dono. 9.5 O que é o “core”? O ―core‖ se refere ao núcleo do processador. Um processador comum, como um Pentium 4 tem um único núcleo (single core). Processadores com um único núcleo processam uma única instrução por vez. IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 37 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 9.5.1 O que é um processador com múltiplos núcleos? A partir daqui, os processadores são compostos por dois ou mais núcleos independentes, que são capazes de processar informações diferentes ao mesmo tempo. Um Dual Core é um processador com dois núcleos, um Quad Corepossui quatro núcleos e assim por diante. 9.5.2 Por que eu preciso de um processador com múltiplos núcleos? Com múltiplos núcleos, você pode executar vários programas ao mesmo tempo e quando você executa um programa pesado (como uma varredura de um antivírus, conversão de vídeo, gravação de CD etc.) você pode utiliza o outro núcleo do processador para executar outras tarefas como abrir o navegador ou checar o e-mail. Alguns programas podem ainda se utilizar dos múltiplos núcleos ao mesmo tempo para melhorar a eficiência do programa, como jogos e programas gráficos. Então, se você utiliza softwares mais pesados ao mesmo tempo de outros e gosta de jogos mais elaborados, é de bom tom que você utilize um processador multi-core. Se você mais utiliza o PC para checar e-mails, acessar a internet e ocasionalmente assiste a algum vídeo, você não precisa de um processador de múltiplos núcleos. 9.5.3 Quantos núcleos têm os processadores i3, i5 e i7? Os processadores i3 possuem dois núcleos, são Dual Core. Os processadores i5 têm modelos com dois ou quatro núcleos (Dual Core e Quad Core) Os processadores i7 têm modelos com dois, quatro, seis núcleos ou até oito núcleos(Dual Core, Quad Core e Hexa Core) 9.5.4 Eu preciso de um Dual/Quad Core ou de um i3/i5/i7? Você deve saber que não é só o processador que define o desempenho do computador, mas também a quantidade e velocidade de memória e tamanho do HD, a qualidade da placa mãe, além de uma boa placa de vídeo para jogos e softwares gráficos mais pesados. As dicas aqui referem-se apenas à escolha do processador, de acordo com o uso pretendido. Geralmente se você comprar um PC de marca com esses processadores, já terá uma boa configuração acompanhando. Então, se você quer: IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 38 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 - Navegar na internet, checar e-mails, jogar ocasionalmente um jogo em flash, pode escolher um single core. - Utilizar um processador de texto e trabalhar com planilhas no PC, escutar música, assistir a filmes, escolha um dual core ou i3. - Jogar ocasionalmente e fica feliz com baixa resolução e gráficos de média qualidade, ver filmes de alta definição etc., pode escolher um dual core ou um i5. - Trabalhar com edição gráfica, criação musical, programação (e compilação), ver filmes em alta definição e gosta de jogos com apelo visual, prefira um Quad Core, i5 ou i7. 9.6 Cooler O cooler é o responsável pelo refrigeramento do processador, apesar de ser uma peça relativamente barata é muito importante para o computador. Se ele não funcionar direito pode causar travamentos e até a queima do processador. Deve ser escolhido de acordo com o processador a ser usado. Detalhe: os processadores da AMD costumam aquecer muito mais do que os da Intel, exigindo, portanto coolers maiores. Exercícios do Capítulo 9 - Processadores 1- Faça uma pesquisa de mercado e descubra quais são os processadores mais rápidos da Intel e AMD e quais os seus preços (pode-se usar a Internet). 2- O que é overclock? O que muda no computador e quais as consequências? 3- Indique os Fabricantes dos Processadores abaixo(Intel e AMD): Turion ( ) Pentium 4 ( ) Semprom ( ) Athlon X2 ( ) Celeron ( ) Xeon ( ) Duron ( ) K6-2 ( ) 486 ( ) I5( ) Phenon ( ) I3 ( ) 4- O que é memória cache e para que serve? 5- Como funcionam os processadores ―Dual Core‖? 6- Descubra quais são os soquetes (local de encaixe do processador) dos seguintes processadores: Athlon X2, Pentium Dual Cora, Pentium 4, I5 e Semprom 64. IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 39 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 7) Caso o cooler do processador não esteja funcionando corretamente, o que pode acontecer? 8) Identifique o processador do seu computador com o Windows (botão direito em Computador / Propriedades) Capítulo 10 - Memórias O papel processador é apenas um, pegar os dados e processa-los não importando de onde vem ou para onde vão estes dados. Como os processadores não possuem uma área de armazenamento grande, ele buscas programas de uma área chamada de memória. 10.1 Memória RAM A memória RAM (Random Access Memory, ou Memória de Acesso Aleatório) é responsável por armazenar temporariamente os dados que o processador está trabalhando. Praticamente todos os dados que trafegam pelo computador vão primeiro para a memória RAM antes de seguir para o destino final. A memória RAM é a principal memória na qual são gravados os dados para o devido processamento. A memória Ram é uma memória volátil, ou seja, perdem-se os dados gravados na RAM quando o computador é desligado. Na linguagem de informática, quando falamos de memória estamos nos referindo a memória Ram, ou seja, memória em que se pode ler e gravar informações. Para que o processador possa executar o processamento dos dados ele precisa ir buscar as informações ou na memória ram ou em memórias secundárias de massa tais como os discos rígidos, Cd-rom, disquetes, porém não devemos chamá-los de memória, pois uma classificação mais precisa seria disco rígido e mídia de armazenamento de dados. As memórias eletrônicas do tipo somente leitura ou leitura e gravação precisam ser organizadas para que o processador possa saber onde buscar as informações, como exemplo podemos fazer uma comparação a um prédio onde, cada andar e cada apartamento tem seu endereço de localização. Podemos comparar a memória RAM como a mesa de trabalho do processador. É aonde o processador vai acumulando os dados para ir trabalhando com eles conforme a necessidade. Chamamos a placa de memória RAM de pente. Cada pente possui uma capacidade de armazenamento, medida em bytes. Quanto maior a capacidade de armazenamento, maior o espaço que o processador tem para trabalhar e melhor é o desempenho do computador. Mas porque a quantidade de memória RAM influencia no desempenho do computador se quem trabalha é o processador e ela é só um espaço para armazenar dados? IMC – Instalação e Manutenção de Computadores 40 1º Módulo de Informática Etec – Matão - 2014 Podemos comparar o processador a uma pessoa cujo trabalho é ler livros. Essa pessoa (processador) abre os livros sobre a mesa (memória RAM) e vai lendo todos os livros que conseguir abrir. Ela vai lendo uma página de cada livro alternadamente. Uma hora o espaço na mesa acaba e ela tem que terminar de ler os livros que estão sobre a mesa, para poder retirá-los de lá e sobrar espaço para livros novos. Mas às vezes não dá pra terminar de ler um livro que está sobre a mesa, porque chegou um livro mais importante para ser lido. Então a pessoa tem que anotar em que ponto parou de ler o livro anterior, guardá-lo e abrir o livro mais importante. Depois que acabou de ler o livro mais importante, a pessoa pega novamente o livro anterior e volta a ler do ponto onde parou. Se essa pessoa tivesse uma mesa maior, não precisaria ter que fechar um livro para abrir outro. E é exatamente esse processo de anotar o ponto onde parou, fechar o livro e abrir um novo que ocasiona a lentidão do trabalho dessa pessoa. Com o processador e a com a memória acontece exatamente a mesma coisa. Quanto maior a capacidade da memória, menos o processador tem que parar o que estava fazendo e retirar dados da memória para processar dados mais urgentes. 10.1.1 Tipos de Memória RAM Existem no mercado vários tipos de memória com tamanhos, velocidades e funcionamento bem
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