Buscar

Artigo científico Responsabilidade Civil dos Médicos nos casos de violência obstetríca praticada na rede pública de Saúde no Brasil.

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Responsabilidade Civil dos médicos nos casos de violência obstétrica praticada na rede 
pública de saúde no Brasil. Civil liability of doctors in cases of obstetric violence practiced 
in the public health network. 
Nome completo do autor: Thaysa de Oliveira Mancinelli Vilar ​1. Acadêmica do curso de direito 2. Juliana da 
Silva Felipe orientadora, professora (mestranda) do Curso de Direito do Centro Universitário ICESP de Brasília. 
Resumo​: O presente estudo tem por finalidade analisar como o ordenamento jurídico e a 
jurisprudência do Brasil atribui a Responsabilidade Civil aos médicos que praticam violência 
obstétrica na rede pública de saúde, como também responder o seguinte questionamento: Como o 
ordenamento jurídico do Brasil atribui a Responsabilidade Civil aos médicos que praticam 
violência obstétrica na rede pública de saúde? Para alcançar o referido objetivo, utilizou-se o 
método de pesquisa bibliográfica, sendo que, na primeira seção trata-se dos conceitos pertinentes 
ao tema, na segunda seção trata-se dos Direitos Humanos dos pacientes, na terceira seção trata-se 
das atribuições da responsabilidade civil do médico em relação à violência obstétrica e por fim, 
na quarta seção trata-se sobre a análise jurisprudencial do caso concreto, que responderá o 
questionamento levantado. Esse trabalho é de grande importância, pois vai direcionar os 
médicos, as mulheres afetadas com a violência obstétrica, operadores do direito e acadêmicos a 
elucidar e refletirem sobre o questionamento levantado. 
Palavras-chave​: Responsabilidade Civil do médico; Violência Obstétrica; Direitos Humanos. 
Abstract​:: The present study aims to analyze how the legal system and jurisprudence of Brazil 
assign Civil Liability to physicians who practice obstetric violence in the public health network, 
as well as to answer the following question: How does the legal system of Brazil assign Civil 
Liability to physicians who practice obstetric violence in the public health network? To achieve 
this objective, the bibliographic research method was used, and in the first chapter it is the 
concepts relevant to the theme, in the second chapter it is about the Human Rights of patients, in 
the third chapter it is about the attributions of the physician's civil responsibility in relation to 
obstetric violence and finally, in the fourth chapter it is about the jurisprudential analysis of the 
specific case , who will answer the question raised. This work is of great importance, as it will 
direct physicians, women affected by obstetric violence, law workers and academics to elucidate 
and reflect on the question raised. 
Keywords​:Medical liability; Obstetric Violence; Human Rights. 
Sumário​: Introdução. 1. Conceito de responsabilidade. 1.1 Responsabilidade Civil. 1.2 
Responsabilidade Civil do Médico.1.3 Violência Obstétrica 2. Direitos Humanos dos pacientes. 
3. Atribuição da Responsabilidade Civil do Médico. 4 Análise jurisprudencial dos casos 
concretos. Considerações finais. Referencial bibliográfico. 
Introdução 
A violação da integridade física e moral no momento do parto é muito comum no 
Brasil. Essas violações contra a integridade da mulher são cometidas por parte dos 
profissionais de saúde como: os médicos, enfermeiros, entre outros envolvidos no processo do 
parto. 
Quando tal ato é prejudicial pode ocasionar prejuízos materiais e morais, por tanto, a 
fim de retomar o equilíbrio harmônico social o autor do dano causado deverá repará-lo. 
(GONÇALVES, 2017, p.49) 
Esse trabalho é importante, porque vai direcionar os médicos, as mulheres afetadas 
com a violência obstétrica, operadores do direito e acadêmicos a elucidar e refletirem sobre o 
seguinte questionamento: Como o ordenamento jurídico do Brasil atribui a Responsabilidade 
Civil aos médicos que praticam violência obstétrica na rede pública de saúde? 
Este trabalho tem como objetivo geral, analisar como o ordenamento jurídico e a 
jurisprudência do Brasil atribuem a Responsabilidade Civil aos médicos que praticam 
violência obstétrica na rede pública de saúde. E para responder à pergunta, este trabalho 
pretende, primeiramente, identificar os conceitos pertinentes ao tema, em seguida, verificar 
os tipos de responsabilidade aplicadas aos médicos que praticam a violência obstétrica e 
compreender as decisões judiciais mais relevantes aplicadas aos casos que envolvem o tema 
até o momento. A metodologia aplicada é pesquisa bibliográfica, onde tem como base livros, 
artigos, jurisprudências e decisões judiciais. 
Este artigo, primeiramente, será dedicado à conceituação dos elementos importantes 
para análise do objeto a ser estudado, como a responsabilidade, a responsabilidade civil, a 
responsabilidade civil do médico e a violência obstétrica. Em seguida, será abordada a 
questão dos Direitos Humanos dos pacientes e também sobre a atribuição da responsabilidade 
civil do médico. Por fim, fazer uma análise de jurisprudências e decisões judiciais pertinentes 
ao tema. 
1. Conceito de responsabilidade 
A palavra responsabilidade vem do latim “​respondere​”, significa responder por 
alguém, prometer, garantir. (NADER, 2016, p.33). Nesta linha, o significado responder por 
alguém, traz uma conotação de que o objeto da responsabilidade é o cuidado com outro, com 
sua vulnerabilidade e fragilidade, sendo que será possível responsabilizar alguém, por seus 
atos, pois somos responsáveis pelo que fazemos, podendo escolher a moral e a virtude, sob 
pena de ser responsabilizado por não ter o cuidado e precaução devida (FARIAS, 2017, p.36). 
1.1 Responsabilidade Civil 
É objeto também da Moral, a ideia de dever. Responsável é a pessoa que descumpre 
um dever, que deveria garantir, proteger, mas que não o faz. A exemplo do motorista no 
trânsito, responsável por conduzir o veículo com prudência e perícia, e ao deixar de observar 
o dever de cuidado, comete ato ilícito, causando danos, ele responderá pelos danos causados. 
Pode-se dizer que se o motorista agiu sempre com responsabilidade, dar-se-á a entender que 
ele cumpriu com o seu dever. (NADER, 2016, p.33). 
A responsabilidade está ligada à conduta que provoca danos às outras pessoas. Sendo 
que, aquele que sofreu o dano tem que ser indenizado (PINTO, 2016, p.313). Pois, aquele que 
acarreta prejuízo tem o dever de indenizar, sendo assim, a responsabilidade traz uma ideia de 
Restauração de equilíbrio, de contraprestação, de reparação de dano, voltando o ​status quo 
ante​. (GONÇALVES, 2017, p.44). 
O art. 186 do Código Civil diz que “Todo aquele que violar direito e causar dano a 
outrem comete ato ilícito”, em complemento a este artigo, o código ainda dispõe no seu art. 
927 que: “Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a 
repará-lo” (GONÇALVES, 2017, p.49). 
A responsabilidade civil tem, como um de seus pressupostos a violação do dever 
jurídico e o dano. Existindo um dever jurídico originário (obrigação), sua violação gerará um 
dever jurídico sucessivo (responsabilidade), que é o dever de indenizar os prejuízos causados. 
(GONÇALVES, 2017, p.45). 
O Código Civil de 1916 adotou a teoria subjetiva, mantendo o princípio com 
base na culpa, necessita da demonstração de culpa ou dolo de quem causou o prejuízo, 
ou seja, o dano, para que seja obrigado a repará – lo. Essa teoria diz que a reparação 
do dano tem como pressuposto a prática de um ato ilícito. Sem prova de culpa, 
inexiste a obrigação de reparar o dano. (GONÇALVES, 2017, p.42). De acordo com o 
Dicionário Jurídico” dolo é o artifício utilizado com base na má-fé intencionandolevar 
outrem à prática de um ato que configure prejuízo a si mesmo” e a “culpa é a ação que 
ocasiona propositalmente danos a outrem”. É o ânimo consciente de agir de forma 
ilícita para prejudicar ou violar direito alheio. Contudo, mesmo com o Código Civil 
mantendo a responsabilidade com base na culpa, o art. 927, depois de estabelecer, no 
caput, que “aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, é 
obrigado a repará-lo”, dispõe, no parágrafo único, verbis: “Haverá obrigação de 
reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou 
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua 
natureza, risco para os direitos de outrem”. Tem ganhado grande espaço a chamada 
Teoria do Risco, uma tendência bem frequente nos últimos tempos, não substituindo a 
teoria da culpa, mas abarca muitas hipóteses em que a regra tem se revelado 
insuficiente na proteção do prejudicado. (GONÇALVES, 2017, p.49). 
1.2 Responsabilidade Civil do Médico 
A Responsabilidade Civil do médico vem da regra geral. Sendo a sua responsabilidade 
subjetiva. O médico deve estar sempre atento para exercer todos os procedimentos de forma 
correta, seguindo todos os padrões de cuidado objetivo. Aquele que sofrer um prejuízo, seja 
ele material, imaterial, patrimonial ou também não patrimonial poderá receber indenização se 
ele tiver sido sujeito a tratamento médico e por culpa deste tratamento houver culpabilidade 
médica. ​Nas palavras de Delton Croce 2002, p. 3 
“(...) Se denomina responsabilidade médica situação jurídica que, de acordo com o 
Código Civil, gira tanto na órbita contratual como na extracontratual estabelecida 
entre o facultativo e o cliente, no qual o esculápio assume uma obrigação de meio e 
não de resultado, compromissando-se a tratar do enfermo com desvelo ardente, 
atenção e diligência adequadas, a adverti-lo ou esclarecê-lo dos riscos da terapia ou 
da intervenção cirúrgica propostas e sobre a natureza de certos exames prescritos, 
pelo que se não conseguir curá-lo ou ele veio a falecer, isso não significa que deixou 
de cumprir o contrato”. 
Acrescentado por Fabrício Zamprogna Matielo (1998, p.66): 
“No que concerne à responsabilidade civil dos médicos, segue-se a regra geral da 
imprescindibilidade da demonstração da culpa do agente, amenizadas as exigências 
quanto à prova inarredável e profunda de sua ocorrência ante os termos consignados 
na legislação, quando a natureza da demanda ou as circunstâncias concretas 
apontarem para a responsabilidade mediante a produção de elementos de convicção 
mais singelos. (...) Em princípio, a contratação não engloba qualquer obrigação de 
curar o doente ou de fazer melhorar a qualidade de vida desfrutada, porque ao 
profissional incumbe a tarefa de empregar todos os cuidados possíveis para a 
finalidade última – e acima de tudo moral – de todo tratamento, ou seja, a cura seja 
alcançada. Todavia, a pura e simples falta de concretização do desiderato inicial de 
levar à cura não induz a existência da responsabilidade jurídica, que não dispensa a 
verificação da culpa do médico apontado como causador do resultado nocivo”. 
Em resumo, para que exista alegação de responsabilidade civil como também de erro 
médico do mesmo, eventuais danos sofridos pelo paciente decorrerão da culpa quando da 
realização do tratamento médico, em que haja identificação de negligência, imprudência ou 
imperícia. 
1.3. Violência Obstétrica 
A violência obstétrica define-se quando qualquer profissional de saúde faz ou deixa de 
fazer algo direta ou indiretamente, em hospitais públicos ou privados, condutas danosas no 
corpo reprodutivo das mulheres. Com processos e medicamentos que denigrem o corpo 
humano. Assim pode ocorrer à perda da autonomia e da capacidade para responder sobre seu 
corpo, atingindo negativamente a qualidade de vida. (VENEZUELA, 2007) Entende-se 
também que pode ser vista como violência física (a não utilização de medicamentos), 
violência verbal (gritos, ameaças, tratamento grosseiro) e violência psicológica. 
(D’OLIVEIRA; DINIZ;SCHRAIBER, 2002). 
Segundo Garcia, Diaz e Acosta, existe algo em comum entre algumas gestantes: 
aceitam várias situações constrangedoras na hora do trabalho de parto, pelo receio de fazer 
perguntas sobre os procedimentos que irão ser desempenhados na evolução do trabalho de 
parto, como também pela falta de informações prestadas pelos profissionais de saúde. 
(GARCIA; DIAZ; ACOSTA, 2013) De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 
gestantes do mundo todo na hora do trabalho de parto, sofrem maus- tratos, abusos e 
negligências nas instituições de saúde. E se tratando de um momento vulnerável na vida da 
mulher, essas práticas podem acarretar negativamente em consequências adversas para mãe e 
para o bebê. (OMS, 2014) 
2. Direitos Humanos dos pacientes 
O conceito de Direitos Humanos dos pacientes ainda é pouco conhecido no Brasil, 
porém pode contribuir para a sociedade na formação da saúde (entrevista). 
Os Direitos Humanos são os direitos indispensáveis para a vida humana, baseada na 
igualdade, liberdade e dignidade. Assim, os Direitos Humanos são essenciais e indispensáveis 
para a dignidade humana. 
“No Brasil, as primeiras regulações acerca dos direitos dos pacientes datam dos anos 
1990, contudo, nunca houve a adoção de uma carta nacional dos direitos dos 
pacientes com força de lei, ainda que importantes iniciativas no campo precisam ser 
registradas. Sob o prisma legislativo, alguns estados-membros possuem legislações 
relevantes sobre os direitos dos pacientes. O estado de São Paulo, no ano de 1995, 
passou a contar com um Código de Saúde, no qual constam previsões acerca dos 
direitos dos pacientes, como o direito de decidir, livremente, sobre a aceitação ou 
recusa da prestação da assistência à saúde, salvo nos casos de iminente perigo de 
vida; o direito de ser informado sobre o seu estado de saúde e as alternativas 
possíveis de tratamento; e o direito de ter respeitado o sigilo sobre os dados pessoais”. 
(RAMOS, 2019, p.42) 
Está em análise na Câmara dos deputados um Projeto de Lei 5559/16 que se trata da 
carta na citação acima de elaboração do deputado federal e médico Pepe Vargas. Esse projeto 
de lei assegura vários direitos humanos aos pacientes, exemplo: que seja propriedade do 
paciente o conteúdo do prontuário médico; que o paciente tenha o poder de decidir e mudar de 
ideia sobre a conduta médica a qualquer momento como também, que o paciente esteja ciente 
de todos os procedimentos; a presença de um acompanhante para todo paciente; acesso ao 
cuidado paliativos, pelo qual a dignidade do paciente seja preservada em todas as fases do 
tratamento; entre outras formas. Assim concatenando os fatos na área da saúde, em específico 
os pacientes, pois devem defender os direitos humanos, o que difere de consumidores ou 
usuários (entrevista). 
De acordo com Aline Albuquerque existe distinção entre consumidor, usuário e 
paciente, segundo ela o termo paciente é o mais conveniente, porque há uma relação entre 
duas pessoas, sendo elas o doente e o profissional da área de saúde. Assim o paciente é o 
integrante principal no tratamento. Logo essa relação decorre entre o profissional da área de 
saúde e o paciente ( ALBUQUERQUE, 2016, p.43). Com relação ao usuário que se trata de 
uma relação impessoal, pois se refere à pessoa que faz uso do serviço e não com a pessoa que 
presta o serviço. Dessa forma o termo usuário difere-se do termo paciente. E se tratando do 
termo consumidor também é inadequado, pois não engloba a ideia do sistema coletivo de 
saúde, portanto segundo a autora, os serviços de saúde não poderão ser tratados como um 
objeto. Assim sob o ponto de vista dos direitos humanos, estabelecidos por bases universais, 
sendo o auto interesse,o único amparo ao acesso aos serviços de saúde. Deve haver a 
distribuição dos recursos da saúde para todos. Por esse motivo os pacientes que se encontram 
no sistema Único de Saúde não se aplicam os direitos do consumidor, na forma em que seus 
serviços são de acesso para todos, não pleiteando a compensação financeira.( ALBUQUERQUE, 
2016, p.45). 
De acordo com o Dr. Allex Jardim, médico oncologista do Hospital de Roraima, cita 
como exemplo da comunicação do paciente com o médico em que diversas vezes é falha. 
Afirma também que ao se tratar da população indígena do estado de Roraima onde 
proporcionalmente é o estado que mais se tem indígenas do país, eles se comunicam através 
de sinais, porque o hospital não tem nenhum tipo de serviço de intérprete para a língua que os 
indígenas falam. Logo, por não haver uma comunicação acessível em sua própria linguagem 
os pacientes encontram-se vulneráveis, e pode assim ser submetidos a tratamentos invasivos 
e complexos (entrevista). 
Ainda sobre o assunto, Albuquerque salienta que há uma falta de prestação do serviço de 
qualidade muito grande no atendimento ao paciente. Assim, precisa-se de mais profissionais 
especializados, exemplo: servidores da área social, que valorizem os direitos humanos dos 
pacientes e seus familiares. 
3. Atribuição da responsabilidade civil do médico. 
É inevitável observar que entre o médico e o cliente, existe uma verdadeira relação 
contratual, pode-se dizer que em tese, não cumprindo o contrato houve uma inexecução de 
uma obrigação, ou seja, um inadimplemento, se o médico não obtém a cura do doente, ou se 
os recursos utilizados não satisfazem o cliente. Porém, mesmo o fato sendo considerado como 
uma relação contratual, na responsabilidade do médico, não pode –se presumir que haja culpa 
(GONÇALVES,2017, p.178). 
O art. 14, § 4o do Código de Defesa do Consumidor diz que: “A responsabilidade 
pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa” O Código 
consumerista adota a teoria objetiva para os consumidores, mas aqui ele abre uma exceção 
para os profissionais liberais, dizendo que para eles a responsabilidade será apurada através da 
verificação de culpa, adotando a responsabilidade subjetiva (GARCIA, 2017, p. 99). 
Por que não é adotada a teoria objetiva na responsabilidade civil dos médicos? O 
legislador aqui buscou a proteção a esta classe em não adotar a teoria objetiva. Imagine 
pacientes portadores de doenças graves, onde o risco de morte é inevitável, existiria um 
desestímulo dos médicos ao tratamento clínico ou cirúrgico desses pacientes, que muitas 
vezes requer coragem do médico, pois se o paciente viesse a óbito o médico sempre 
responderia por algo que foge ao seu controle (NADER, 2016, p.496). A responsabilidade do 
médico em regra é subjetiva, mas existe uma exceção, no caso de vítima de erro médico for 
paciente de hospital público, aqui a responsabilidade é objetiva, devendo o Estado responder 
pelos atos praticados pelo por seus agentes, cabendo-lhe o direito de regresso em face dos 
responsáveis diretos. (NADER, 2016, p.180). 
Contudo, a obrigação que esses profissionais assumem é uma obrigação de meio, e não 
de resultado. O objetivo do contrato cliente e médico não é a cura, mas sim aplicar todos os 
meios e recurso necessários para conseguir a cura, não se obrigando, a curar o paciente. 
(GONÇALVES, 2017, p.178). Os médicos por serem profissionais liberais, respondem por 
culpa subjetiva (negligência, imprudência e imperícia) necessitam da demonstração de culpa 
ou dolo para que sejam obrigados a reparar o dano. O art. 951 do Código Civil, assim dispõe 
“No caso de indenização devida por aquele que, no exercício de atividade profissional, por 
negligência, imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, 
causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho”. (NADER,2016, p.496). 
A Culpa médica é auferida por negligência, imprudência e imperícia. A negligência é 
quando o médico se omite no tratamento, comprometendo com sua conduta a vida ou a saúde 
do paciente, a exemplo do profissional que abandona o paciente em hospital, causando – lhe 
danos. Abandonar significa descaso, na negligência o agente deixa de agir no momento em 
que deveria fazê-lo (NADER,2016, p.498). Na imprudência o profissional provoca lesões por 
imprudência, quando toma iniciativas precipitadas, sem a devida cautela, sem o devido 
cuidado, aqui ele age, quando na verdade deveria se omitir (NADER, 2016, p.498). Carlos 
Roberto Gonçalves diz que “A conduta imprudente consiste em agir o sujeito sem as cautelas 
necessárias, com açodamento e arrojo, e implica sempre pequena consideração pelos 
interesses alheios.” (GONÇALVES, 2017, p.). A imperícia ocorre, quando o profissional não 
aplica os Conhecimentos científicos ou os métodos adequados e recomendáveis para aquele 
problema específico (NADER, 2016, p.498). Consiste também na falta de aptidão técnica, de 
conhecimentos necessários para praticar aquele ato. (GONÇALVES, 2017, p.). 
A culpa do médico não é de fácil constatação, os tribunais têm reconhecido apenas em 
casos grosseiros de erro médico, mas para isso é necessário a demonstração do nexo de 
causalidade entre a conduta e o dano, e a peça fundamental para demonstrar isso é o laudo 
pericial do especialista indicado pelo juiz, reconhecendo a existência do nexo causal, entre a 
conduta do agente e o dano causado, o médico será responsabilizado pelo ato ilícito praticado 
(NADER,2016, p.498). 
O médico não responde apenas pelos seus atos praticados, mas por atos danosos 
praticados por terceiros que estejam diretamente ligados ao médico e sob suas ordens 
(LENZA,2016, p.180) 
Além disso, de acordo com o que dispõe o art. 6o, III, do CDC, que diz que o 
fornecedor tem o dever de prestar todas as informações necessárias relativo ao produto, este 
conceito está atrelado ao princípio da transparência.O fornecedor tem que prestar as 
informações corretas, claras e precisas sobre os serviços (LENZA, 2016, p.180). 
4. Análise jurisprudencial dos casos concretos: 
Indicar-se-ão a seguir exemplos de alguns casos concretos de atuação do judiciário 
com relação ao tema abordado. 
No caso concreto, o judiciário entende que a Responsabilidade Civil do médico é 
subjetiva, fundamentada na teoria ”falta do serviço”, mas foi comprovada a conduta 
imprudente e negligente do médico. Logo, foi configurada a Responsabilidade Civil do 
Estado em relação à falha médica e consequentemente será estabelecida uma indenização 
conforme segue ementa da Apelação Cível: 
DIREITO CIVIL E ADMINISTRATIVO. COMPENSAÇÃO POR DANOS MORAIS. 
MORTE DE FETO. ERRO MÉDICO. VERIFICAÇÃO. CORPO DO FETO 
ACIDENTALMENTE INCINERADO COM PLACENTA. DOR MORAL 
CONSTATADA. RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO ESTADO E SEUS 
AGENTES. FIXAÇÃO DO QUANTUM. RAZOABILIDADE E 
PROPORCIONALIDADE. MANUTENÇÃO. 1. Na hipótese de erro médico ocorrido na 
prestação de serviços públicos concernentes à rede de saúde do Estado, a responsabilidade 
estatal é subjetiva, fundada na teoria da "falta do serviço", sendo imprescindível a 
comprovação da conduta imprudente, negligente ou inábil do profissional para justificar o 
dever de reparar os danos eventualmente causados aos pacientes. 2. Diante das queixas de 
perdas de líquidos no final da gestação, acompanhada da morte do feto, configura-se a 
responsabilidade civil do Estado em decorrência de falha médica em não prescrever a 
realização de outros exames, notadamente para afastar a possibilidade da perda de líquido 
amniótico. 3. Não bastasse a perda culposa do feto, a incineração do corpo, ainda que por 
engano, retirou da família a possibilidade de prestar as homenagens póstumas,circunstância 
que se soma à primeira para determinar a responsabilidade exasperada do Estado, na dupla 
falha com a qual se deu a prestação do serviço. O valor a ser fixado pelos danos morais deve 
ser informado por critérios de proporcionalidade e razoabilidade, observando-se as 
condições econômicas das partes envolvidas, a natureza e a extensão do dano. 4. Recurso 
conhecido e desprovido. (Acórdão 1257197, 00254271720168070018, Relator: 
CARLOS RODRIGUES, 1a Turma Cível, data de julgamento: 24/6/2020, publicado no PJe: 
29/6/2020. Pág.: Sem Página Cadastrada.) 
No caso abaixo, foi demonstrada a Responsabilidade Civil dos médicos em relação à 
violência obstétrica e comprovado nos autos que houve violências físicas e psicológicas em 
consequência do procedimento obstétrico. Sendo assim foi decidido em sentença o pagamento 
para os autores no valor de R$ 200.000,00 (Duzentos mil reais), como forma de indenização. 
Veja-se ementa : 
PROCESSO CIVIL. DANOS MORAIS. PRELIMINAR. TEMPESTIVIDADE DO 
RECUSO ADESIVO. É tempestivo o recurso adesivo interposto no décimo sexto dia, haja 
vista que no dia anterior os serviços de 1a instância se encontravam paralisados. Preliminar 
rejeitada. PROCEDIMENTO OBSTÉTRICO. COMPLICAÇÕES. NEGLIGÊNCIA. NEXO 
CAUSAL. Constatadas que as lesões físicas e psicológicas, decorrente de procedimento 
obstétrico, experimentadas diretamente pela autora e indiretamente pelo seu esposo 
decorreram da negligência e da imprudência dos médicos da recorrente, restou patente o 
nexo causal legitimador da indenização pleiteada. VALOR DA INDENIZAÇÃO. 
MAJORAÇÃO. Diante da finalidade compensatória da indenização pleiteada, que tem o 
intuito de minimizar o sofrimento do casal, o quantum arbitrado pelo r. sentenciante 
mostra-se reduzido cabendo a sua majoração para R$ 100.000,00 (cem mil reais) para cada 
um dos autores, não constituindo tal valor enriquecimento derivado de vantagem indevida. 
Sua finalidade não é a reparação integral do dano ocasionado, porque impossível, mas 
sobretudo servir como medida educativa e preventiva para que a rede pública adote os meios 
indispensáveis para que tais acontecimentos sejam evitados. HONORÁRIOS 
ADVOCATÍCIOS. Os dispositivos legais aplicáveis à hipótese dos autos estabelecem que os 
honorários advocatícios devem ser arbitrados mediante a apreciação eqüitativa do juiz (CPC, 
art. 20, § 4o), levando-se em consideração os parâmetros descritos pelo § 3o. Sob essa ótica, 
pautando-se o juiz pelo prudente arbítrio, em consonância com o critério de eqüidade, a 
verba advocatícia restou fixada em valor justo, haja vista não se tratar de matéria de alta 
complexidade, cujo deslinde tenha encontrado maiores óbices para o seu termo. (Acórdão 
133081, 19980110317887APC, Relator: JERONYMO DE SOUZA, , Revisor: VASQUEZ 
CRUXÊN, 3a Turma Cível, data de julgamento: 20/11/2000, publicado no DJU SEÇÃO 3: 
1/3/2001. Pág.: 40) 
No exemplo a seguir, o Judiciário entende que se tratando de erro médico será 
subjetiva, em regra, a Responsabilidade Civil do Estado. O pedido foi negado por entender 
também que, ”As complicações fazem parte do risco do trabalho de parto” nos termos da 
Apelação Cível apresentado ao TJ-DFT: 
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. 
RESPONSABILIDADE DO ESTADO. PARTO. DISTOCIA DE OMBRO. ERRO 
MÉDICO. NEGLIGÊNCIA. LESÕES. SEQUELAS NEUROLÓGICAS. 
TRAUMATISMO OBSTÉTRICO. NEXO CAUSAL. NÃO COMPROVAÇÃO. 1. A 
responsabilidade do Estado por erro médico é, em regra, subjetiva, sendo 
indispensável a prova de que, por inobservância do dever de cuidado objetivo, os 
profissionais de saúde do Poder Público deixaram de adotar as técnicas adequadas para o 
melhor tratamento da saúde dos pacientes. 2. As complicações fazem parte do risco do 
trabalho de parto, sobretudo quando constatada distócia de ombro, sendo passíveis de 
ocorrer, sem que isso configure erro médico. 3. No caso em concreto, quando as provas 
pericial, documental e testemunhal são harmônicas no sentido de que, dada a 
imprevisibilidade da distócia de ombro, e considerando a gravidade dos efeitos 
decorrentes, os procedimentos e manobras adotados pela equipe médica foram 
adequados, não se tem por configurada a ilicitude caracterizadora da responsabilidade 
civil do Estado em relação ao nascimento da criança com fratura de ombro, restando 
improcedente o pedido indenizatório formulado na inicial. 4. Apelação conhecida e 
provida.(Acórdão 1193613, 00051144020138070018, Relator: ANA CANTARINO, 8a 
Turma Cível, data de julgamento: 7/8/2019, publicado no DJE: 19/8/2019. Pág.: Sem 
Página Cadastrada.) 
Observa-se que, em determinados casos o Judiciário reconhece o direito em 
responsabilizar o médico civilmente nos casos de violência obstétrica, mediante 
comprovação por meio de provas que atestem inobservância do dever de cuidado objetivo, 
deferindo o pedido. Entretanto, em outras diversas situações, indefere-se o pedido 
fundamentando ser a Responsabilidade do médico subjetiva e também a não comprovação 
por insuficiência de provas. 
Considerações finais 
Concluiu-se que a violência obstétrica define-se quando qualquer profissional de saúde 
faz ou deixa de fazer algo direta ou indiretamente, em hospitais públicos ou privados, 
condutas danosas no corpo reprodutivo das mulheres, com medicamentos que denigrem o 
corpo humano e até mesmo a violência física, verbal e a psicológica. Assim ocorre a 
dificuldade de se reunir provas suficientes e incontestáveis da culpa do médico em casos de 
violência obstétrica, especialmente as violências verbais e emocionais. Logo, pode ocorrer a 
perda da autonomia e da capacidade para responder sobre seu corpo, atingindo negativamente 
a qualidade de vida. 
Constatou-se que, os Direitos Humanos são os direitos indispensáveis para a vida 
humana baseada na igualdade, liberdade e dignidade. Logo, os Direitos Humanos são 
essenciais e indispensáveis para a dignidade humana. Constatou-se também que, há uma falta 
de prestação do serviço de qualidade muito grande no atendimento ao paciente. Precisando 
assim, de mais profissionais especializados, exemplo: servidores da área social, que valorizem 
os direitos humanos dos pacientes e seus familiares. 
Logo, a pessoa que cometer ato ilícito e causar dano a outrem, será obrigado a repará- 
lo. Os médicos por serem profissionais liberais, respondem por culpa subjetiva (negligência, 
imprudência e imperícia) necessitam de demonstração de culpa ou dolo para que sejam 
obrigados a reparar o dano. O médico não responde apenas pelos seus atos praticados, mas 
por atos danosos praticados por terceiros que estejam diretamente ligados ao médico e sob a 
suas ordens. 
Em uma análise jurisprudencial dos casos concretos concluiu-se que, em determinados 
casos o Judiciário reconhece o direito em responsabilizar o médico civilmente nos casos de 
violência obstétrica, mediante provas que comprovem a inobservância do dever de cuidado 
objetivo, deferindo o pedido. Entretanto, em outras diversas situações, indefere-se o pedido 
fundamentando ser a Responsabilidade do médico subjetiva e também por não conseguir a 
comprovação do que se pede, por meio das provas apresentadas. 
Referências 
Albuquerque A. Direitos Humanos dos Pacientes. Curitiba: Juruá; 2016. 287 páginas. ISBN 978 
-85-362-5519-4 
BRASÍLIA-DF, Apelação Cível. Ação De Indenização Por Danos Morais. Responsabilidade Do 
Estado. Parto. Distocia De Ombro. Erro Médico. Negligência.Lesões. Sequelas Neurológicas. 
Traumatismo Obstétrico. Nexo Causal. Não Comprovação, Acórdão 1193613, 
00051144020138070018, Relator: ANA CANTARINO, 8a Turma Cível, data de julgamento: 
7/8/2019, publicado no DJE: 19/8/2019. Pág.: Sem Página Cadastrada. Disponível em: 
<​https://pesquisajuris.tjdft.jus.br/IndexadorAcordaos-web/sistj​> , Acesso em: 03 de julho 2020. 
BRASÍLIA-DF, Direito civil e administrativo. compensação por danos morais. morte de feto. 
erro médico. verificação. corpo do feto acidentalmente incinerado com placenta. dor moral 
constatada. responsabilidade civil objetiva do estado e seus agentes. fixação do quantum. 
razoabilidade e proporcionalidade. manutenção, Acórdão 1257197, 00254271720168070018, 
Relator: CARLOS RODRIGUES, 1a Turma Cível, data de julgamento: 24/6/2020, publicado no 
PJe: 29/6/2020. Pág.: Sem Página Cadastrada. Disponível em: 
<​https://pesquisajuris.tjdft.jus.br/IndexadorAcordaos-web/sistj​>, Acesso em: 03 de julho de 
2020. 
BRASÍLIA-DF, Processo Civil. Danos Morais. Preliminar. Tempestividade Do Recuso Adesivo, 
Acórdão 133081, 19980110317887APC, Relator: JERONYMO DE SOUZA, , Revisor: 
VASQUEZ CRUXÊN, 3a Turma Cível, data de julgamento: 20/11/2000, publicado no DJU 
SEÇÃO 3: 1/3/2001. Pág.: 40, Disponível em: 
<​https://pesquisajuris.tjdft.jus.br/IndexadorAcordaos-web/sistj​>, Acesso em: 03 de julho de 
2020. 
Chaves de Farias, Nelson Rosenvald, Peixoto Braga Netto- 4. ed. rev. e atual.-Salvador: Ed. Jus 
Podivm, 2017. 
CROCE, Delton. Erro médico e direito. São Paulo: Saraiva, 2002. 
DICIONÁRIO JURÍDICO, Conceito de culpa: Disponível 
em:​https://www.dicio.com.br/culpa/#:~:text=Significado%20de%20Culpa,crime%3A%20pag 
ar%20por%20uma%20culpa.​. Acesso em: 09 de julho de 2020. 
DICIONÁRIO JURÍDICO, Conceito de dolo: Diponível em: 
https://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/909/Dolo#:~:text=Para%20o%20Direito%20 
Civil%2C%20dolo,prejudicar%20ou%20violar%20direito%20alheio. ​Acesso em: 09 de julho de 
2020. 
D’OLIVEIRA, Ana Flávia Pires Lucas; DINIZ, Simone Grilo; SCHRAIBER, Lilia Blima. 
“Violence against women in health-care institutions: an emerging problem”. Lancet, v. 359, 
n.9318, p. 1681-1685, 2002. 
DRAUZIO, Direitos Humanos dos Pacientes, 
<https://drauziovarella.uol.com.br/reportagens/direitos-humanos-dos-pacientes/>Acesso em: 03 
de Julho de 2020 
FARIAS, Cristiano Chaves de Curso de direito civil: responsabilidade civil/ Cristiano 
GARCIA, Leonardo de Medeiros - Código de Defesa do Consumidor Comentado - 13° Edição, 
Editora Juspodivm, 2017. 
GONÇALVES, Carlos Roberto - Direito civil, 3: esquematizado: responsabilidade civil, direito 
de família, direito das sucessões / Carlos Roberto Gonçalves. – 4. ed. –São Paulo: Saraiva, 2017. 
(Coleção esquematizado / coordenador Pedro Lenza) 
GUIMARAES, Liana Barcelar Evangelista; JONAS, Eline; AMARAL, Leila Rute Oliveira 
Gurgel do. Violência obstétrica em maternidades públicas do estado do Tocantins. Rev. Estud. 
Fem., Florianópolis , v. 26, n. 1, e43278, 2018 . Available from 
&lt;http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&amp;pid=S0104-026X201800010020 
5&amp;lng=en&amp;nrm=iso&gt;. access on 04 June 2020. Epub Jan 15,2018. 
https://doi.org/10.1590/1806-9584.2018v26n143278. 
MATIELO, Fabrício Zamprogna. Responsabilidade Civil do Médico. Porto Alegre: Sagra 
Luzzatto, 1998. 
NADER, Paulo Curso de direito civil, volume 7: responsabilidade civil. / Paulo Nader. – 6. 
ed. rev., atual. eampl. – Rio de Janeiro: Forense, 2016. 
PINTO, Cristiano Vieira Sobral, Direito Civil Sistematizado, 7o Edição, Editora Jus podivm, 
Rio de Janeiro – RJ, 2016. 
RAMOS, André de Carvalho, Curso de direitos humanos, 6° Edição, São Paulo, Editora 
Saraiva Educação,2019. 
VENEZUELA. La Asamblea Nacional. Ley Orgánica sobre el Derecho de las Mujeres a 
unaVida Libre de Violência. Venezuela: La Asamblea Nacional, 2007.

Continue navegando