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Vistas Ortográfic. no 1º Diedro

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02/06/2019 Estácio - Disciplina online
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Disciplina: Expressão grá�ca
Aula 4: Vistas Ortográ�cas no 1º diedro
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Apresentação
Quando você se posiciona em frente a um objeto e faz uma fotogra�a dele, obtém na foto uma representação plani�cada do
mundo real. De uma forma simplista, poderíamos dizer que a fotogra�a funciona de forma semelhante à projeção do objeto
em um plano.
A representação de um objeto através de suas projeções ortogonais – as chamadas vistas ortográ�cas – é uma
consequência direta da aplicação da Geometria Descritiva de Gaspar Monge na representação grá�ca de objetos
tridimensionais. Cabe ao leitor do desenho raciocinar espacialmente para compreender as características do objeto em
análise.
Nesta aula, utilizaremos o conceito de projeção cilíndrica ortogonal para representar objetos, utilizando suas vistas
ortográ�cas. Veremos a técnica necessária para o desenho das vistas, os critérios para escolha das vistas ortográ�cas
principais de um objeto e para a escolha de sua vista frontal (a mais importante das vistas ortográ�cas principais). Usaremos
o método europeu de projeção, que posiciona o objeto a ser representado no 1º diedro.
Objetivos
De�nir o sistema de projeção cilíndrica ortogonal em seis planos;
Reconhecer os critérios para escolha da vista ortográ�ca frontal e das vistas ortográ�cas principais, bem como as
técnicas necessárias para o desenho das vistas ortográ�cas principais;
Comparar as diferenças e semelhanças entre as vistas ortográ�cas no 1º e 3º diedros.
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Projeções cilíndricas em seis planos de projeção no 1º diedro
As projeções têm por objetivo facilitar o processo de representação grá�ca e, mesmo não representando o objeto em perspectiva,
devem ser su�cientes para a compreensão de todas as suas características. Uma, duas ou três vistas, como as oriundas da
projeção cilíndrica ortogonal de objetos nos planos , e , podem não ser su�cientes para a devida compreensão de
detalhes presentes no objeto. Por isso, em vários casos, é necessário projetá-lo em mais planos de projeção.
A ilustração a seguir apresenta o diedro de uma forma diferente, tal como um cubo de faces feitas em material transparente. Note
que agora não existem somente as faces dos planos horizontal e verticais, e sim 6 (seis) faces do “cubo transparente”. Um objeto
foi posicionado dentro do “cubo”, com o objetivo de obter suas projeções ortogonais. Os vértices do cubo foram identi�cados com
letras maiúsculas para facilitar as análises que vem a seguir.
πA π'S π'
 Objeto posicionado dentro do “cubo” no 1º diedro.
As projeções do objeto nas faces do “cubo” serão as vistas de um observador posicionado em frente a cada uma das faces, do
lado de fora do cubo, olhando para o objeto.
O observador é um ente virtual, que serve para auxiliar o desenhista a compreender e
representar os objetos gra�camente.
Uma forma interessante de compreender o que é o observador é colocar-se no lugar dele:
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Imagine-se em frente a cada uma das faces do cubo. Com isso, você será o observador, responsável por ver, analisar e
compreender o objeto.
A vista frontal, em nosso exemplo, será projetada no plano BCGF, hachurado. A posição com a qual o objeto foi posicionado
dentro do cubo não é mera coincidência: a vista de maior comprimento e com mais detalhes deve ser a vista frontal do objeto,
sendo o plano BCGF o plano de projeção da vista frontal escolhida.
A �gura, a seguir, apresenta, inicialmente, a projeção de três vistas nas faces do cubo, representado em perspectiva. Com o
rebatimento dos planos ABFE, CDHG, DAEH, ADCB e FGHE, o cubo pode ser representado de forma plani�cada, onde são
representadas as seis projeções cilíndricas ortogonais. Elas representam as vistas do observador, posicionado do lado de fora do
“cubo”, olhando para o objeto em seis posições diferentes, ou seja, quando o observador está posicionado em frente de cada uma
das faces do cubo (que são os planos de projeção).
 Projeção no cubo e representação das seis vistas no cubo planificado.
Aqui, estabeleceremos uma ordem a ser seguida para a projeção de objetos no 1º diedro:
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1 Observador

2 Objeto

3 Plano de projeção
Assim, com palavras simples, podemos dizer o seguinte: o observador “vê” o objeto e a
imagem “vista” é projetada no plano paralelo à face observada, posterior ao objeto.
Seguindo a NBR 10067 (1995), �xando-se a vista frontal (VF), as posições relativas das demais vistas são as seguintes:
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Vista superior : VS, posicionada abaixo da VF. Vista lateral esquerda : VLE, posicionada à direita da VF.
Vista lateral direita : VLD, posicionada à esquerda da VF. Vista inferior : VI, posicionada acima da vista VF.
Vista posterior : VP, posicionada à direita da VLE ou à
esquerda da VLD.
Atenção
No exemplo apresentado, a VP foi posicionada à direita da VLE.
As vistas com planos de projeção hachurados são as chamadas vistas ortográ�cas principais. Tais vistas são: a vista frontal, vista
superior e uma das vistas laterais, podendo ser a lateral direita ou esquerda (dependendo da posição em que o objeto foi
estudado no diedro). No exemplo apresentado, por exemplo, a vista lateral visível na perspectiva é a vista lateral esquerda.
Para �nalizar a representação do objeto em suas seis vistas, o contorno dos planos de projeção do objeto deve ser retirado,
restando somente as vistas desenhadas. Note que o nome das vistas também é suprimido. É desnecessário colocar os nomes,
pois, sabendo que as projeções estão sendo realizadas no 1º diedro, a vista frontal é localizada automaticamente. Basta procurar
a vista que possui uma vista acima e uma vista abaixo da mesma.
 Representação das seis vistas ortográficas no 1º diedro.
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Atividade
1. Utilizando folhas de papel quadriculado e adotando o 1º diedro, desenhe as seis vistas dos dois primeiros objetos
representados no livro Curso de desenho técnico e AutoCAD (RIBEIRO; PERES; IZIDORO, 2013), disponível na Biblioteca Virtual.
 Fonte: Ribeiro, Peres e Izidoro, 2013, p. 26.
Projeções cilíndricas em três planos de projeção no 1º diedro
(vistas ortográ�cas principais)
As vistas ortográ�cas principais são essenciais para compreender a geometria e as dimensões de um objeto. O resultado �nal da
projeção do objeto em suas vistas ortográ�cas principais é representado a seguir:
 Representação das vistas ortográficas principais no 1º diedro.
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O símbolo colocado junto das vistas ortográ�cas, no canto
inferior direito, é a simbologianormatizada que indica que
as projeções foram realizadas no 1º diedro, de acordo com
a NBR 10067 (1995).
As linhas tracejadas indicam arestas do objeto que não
podem ser vistas pelo observador. Note a presença da
linha tracejada vertical na vista lateral esquerda. Essa linha
�ca atrás da região inclinada da peça e não pode ser vista
por um observador posicionado na posição padrão exigida
para projeção da vista lateral esquerda.
Atividade
2. Utilizando folhas de papel quadriculado e adotando o 1º diedro, desenhe as três vistas principais dos objetos representados no
livro Curso de desenho técnico e AutoCAD (RIBEIRO; PERES; IZIDORO, 2013).
 Fonte: Ribeiro, Peres e Izidoro, 2013, p. 12.
Técnicas para o desenho de vistas ortográ�cas à mão livre
Antes da elaboração dos desenhos em sistemas computacionais, é natural o estudo e desenhos de objetos à mão livre (esboços).
É com essa forma de representação grá�ca que trabalharemos nas aulas para o estudo da projeção ortogonal de objetos.
De acordo com Ribeiro, Peres e Izidoro (2013):
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
A elaboração dos esboços, além de favorecer a análise gráfica das projeções ortogonais,
ajuda a desenvolver o sentido de proporcionalidade. Apesar de ser tendência entre os
principiantes dedicar excessiva atenção à perfeição dos traços, [...], deve-se lembrar que
[...] o rigor das proporções e a correta aplicação das normas e convenções de
representação é que são imprescindíveis.
Ao longo do seu estudo, você pode utilizar folhas A4 lisas ou até mesmo folhas quadriculadas (com marcação ortogonal em 5 em
5 milímetros). A folha quadriculada é um “atalho” interessante, pois dispensará a utilização de régua para adequação das
proporções do objeto ao seu desenho. Outro recurso para a elaboração de esboços, se disponível, é utilizar o celular ou tablet e
fazer o esboço em programas gratuitos de desenho, como o SketchBook, da AutoDesk.
Para o desenho das vistas ortográ�cas em esboço, recomenda-se as seguintes etapas:
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1ª etapa
Analise o objeto a ser representado, escolhendo
sua vista frontal como aquela que possui o
maior comprimento, o maior número de
detalhes e o menor número de arestas não
visíveis. A escolha da vista frontal pode até
mudar de desenhista para desenhista,
dependendo da complexidade do objeto. O
importante é escolher aquela que melhor avalie o
objeto representado.
2ª etapa
Determine as medidas que contornam as arestas
mais externas de cada uma das vistas, como um
quadrado ou um retângulo que contornará cada
vista ortográ�ca. Conhecendo o comprimento, a
largura e a altura da peça, deve-se atentar para o
fato de que o comprimento das vistas frontal e
superior, a largura da vista lateral e da vista
superior, assim como a altura da vista frontal e
da vista lateral são medidas iguais.
3ª etapa
Faça um esboço dos contornos de cada uma das
vistas principais, com traço contínuo e �no,
desenhando as vistas com distâncias iguais
entre si. Não esqueça de manter a
proporcionalidade das medidas com o que é
observado na perspectiva.
4ª etapa
Sugere-se iniciar o desenho pela vista frontal, que
possui mais detalhes, para depois trabalhar nas
vistas lateral e superior. Desenhe sempre com
traço �no, pois isso permite apagar as linhas
com mais facilidade, em caso de erro.
5ª etapa
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Após analisar e veri�car as três vistas
desenhadas e a compatibilidade entre as vistas
representadas, reforce o desenho com traçado
grosso contínuo para as arestas visíveis. Arestas
invisíveis devem ser desenhadas com linha
tracejada, que podem ser representadas com
traço �no ou grosso.
6ª etapa
Ao terminar o desenho das linhas de�nitivas, ele
ainda terá as linhas �nas utilizadas para
desenhar o contorno das vistas e para
compatibilizar detalhes e medidas entre as
vistas. Essas linhas �nas são chamadas linhas
de construção. Apague-as cuidadosamente,
tomando o cuidado de não apagar as linhas do
desenho de�nitivo.
A imagem a seguir apresenta as etapas abordadas anteriormente para o objeto que estamos analisando ao longo dessa aula.
 Representação das vistas ortográficas principais no 1º diedro em esboço.
Vistas ortográ�cas para objetos de faces não paralelas aos
planos de projeção
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No caso de objetos com faces inclinadas, ou seja, faces que
não sejam paralelas aos planos de projeção, pelo menos uma
de suas vistas principais não corresponderá à verdadeira
grandeza do objeto.
No objeto que utilizamos como estudo na presente aula, uma
superfície inclinada é obliqua ao plano de projeção frontal e
superior. Por isso, na vista frontal, vemos a projeção dessa
superfície, porém não em sua verdadeira grandeza. Somente
no plano de projeção lateral é que podemos observar que a
linha inclinada permanece com as medidas do objeto original.
 Vistas ortográficas principais de objeto com plano inclinado.
Vistas de objetos de faces com superfícies curvas
Observe as vistas ortográ�cas principais e a perspectiva representadas na �gura a seguir:
 Vistas ortográficas principais e perspectiva de objeto com superfícies curvas e furo cilíndrico.
O objeto apresenta um furo cilíndrico e contorno arredondado por um semicírculo com ângulo de abertura de 180º na sua face
lateral esquerda. A projeção das vistas foi feita no 1º diedro, conforme especi�cado pela simbologia normativa.
As linhas traço e o ponto representados na vista frontal e na vista lateral esquerda é chamada de linha de eixo, pois representa o
eixo longitudinal do furo cilíndrico representado em vista. Observe, agora, a vista superior: as linhas traço e ponto perpendiculares
entre si têm como objetivo direto obter o lugar geométrico do centro das circunferências concêntricas (uma delas é a seção
transversal do cilindro, a outra é o contorno semicircular do objeto). Essas linhas são denominadas linhas de centro.
Existem algumas regras importantes na representação de linhas de eixo e linhas de centro. São elas:
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
As linhas traço e ponto devem sempre ultrapassar os
contornos visíveis dos arcos, círculos e cilindros.

As linhas de centro devem ser indicadas em arcos sempre que
o ângulo do arco for maior ou igual a 180º.

O cruzamento das linhas de centro deve ocorrer no traço da
linha traço e ponto, para efetivar o cruzamento das linhas no
centro de arcos e/ou circunferências.
Atividade
3. Utilizando folhas de papel quadriculado e adotando o 1º diedro, desenhe as três vistas principais do objeto representado a
seguir:
NotasReferências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 10067: Princípios gerais de representação em desenho técnico -
Procedimento. Rio de Janeiro, 1995.
ESTEPHANIO, Carlos Alberto do Amaral. Desenho técnico – uma linguagem básica. 4. ed. edição. Rio de Janeiro: Carlos
Estephanio, 1996.
MUNIZ, César; MANZOLI, Anderson. Desenho técnico. 1. ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2015.
RIBEIRO, Antônio Clelio; PERES, Mauro Pedro; IZIDORO, Nacir. Curso de desenho técnico e AutoCAD. 1. ed. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2013.
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Sistema de projeção cilíndrica ortogonal em seis planos no 3º diedro;
Técnicas para o desenho de vistas ortográ�cas principais no 1º diedro para as vistas projetadas no 3º diedro;
Técnica de desenho para objetos com faces não paralelas aos planos de projeção e com superfícies curvas no 3º diedro.
Explore mais
Para saber mais sobre os assuntos estudados nesta aula, sugerimos a leitura dos seguintes livros:
MUNIZ, César; MANZOLI, Anderson. Desenho técnico. 1. ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2015. cap. III, p. 57-67.
PACHECO, Beatriz de Almeida; SOUZA-CONCÍLIO, Ilana de Almeida; PESSÔA FILHO, Joaquim. Desenho técnico. 1. ed.
Curitiba: Intersaberes, 2017. cap. 6.
RIBEIRO, Antônio Clelio; PERES, Mauro Pedro; IZIDORO, Nacir. Curso de desenho técnico e AutoCAD. 1. ed. São Paulo:
Pearson Education do Brasil, 2013. p. 6-9.

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