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Aula 4 Vistas Ortográficas no 1º diedro

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Disciplina: Expressão grá�ca
Aula 4: Vistas Ortográ�cas no 1º diedro
Apresentação
Quando você se posiciona em frente a um objeto e faz uma fotogra�a dele, obtém na foto uma representação plani�cada do
mundo real. De uma forma simplista, poderíamos dizer que a fotogra�a funciona de forma semelhante à projeção do objeto
em um plano.
A representação de um objeto através de suas projeções ortogonais – as chamadas vistas ortográ�cas – é uma
consequência direta da aplicação da Geometria Descritiva de Gaspar Monge na representação grá�ca de objetos
tridimensionais. Cabe ao leitor do desenho raciocinar espacialmente para compreender as características do objeto em
análise.
Nesta aula, utilizaremos o conceito de projeção cilíndrica ortogonal para representar objetos, utilizando suas vistas
ortográ�cas. Veremos a técnica necessária para o desenho das vistas, os critérios para escolha das vistas ortográ�cas
principais de um objeto e para a escolha de sua vista frontal (a mais importante das vistas ortográ�cas principais). Usaremos
o método europeu de projeção, que posiciona o objeto a ser representado no 1º diedro.
Objetivos
De�nir o sistema de projeção cilíndrica ortogonal em seis planos;
Reconhecer os critérios para escolha da vista ortográ�ca frontal e das vistas ortográ�cas principais, bem como as
técnicas necessárias para o desenho das vistas ortográ�cas principais;
Comparar as diferenças e semelhanças entre as vistas ortográ�cas no 1º e 3º diedros.
Projeções cilíndricas em seis planos de projeção no 1º diedro
As projeções têm por objetivo facilitar o processo de representação grá�ca e, mesmo não representando o objeto em perspectiva,
devem ser su�cientes para a compreensão de todas as suas características. Uma, duas ou três vistas, como as oriundas da
projeção cilíndrica ortogonal de objetos nos planos , e , podem não ser su�cientes para a devida compreensão de
detalhes presentes no objeto. Por isso, em vários casos, é necessário projetá-lo em mais planos de projeção.
A ilustração a seguir apresenta o diedro de uma forma diferente, tal como um cubo de faces feitas em material transparente. Note
que agora não existem somente as faces dos planos horizontal e verticais, e sim 6 (seis) faces do “cubo transparente”. Um objeto
foi posicionado dentro do “cubo”, com o objetivo de obter suas projeções ortogonais. Os vértices do cubo foram identi�cados com
letras maiúsculas para facilitar as análises que vem a seguir.
πA π'S π'
 Objeto posicionado dentro do “cubo” no 1º diedro.
As projeções do objeto nas faces do “cubo” serão as vistas de um observador posicionado em frente a cada uma das faces, do
lado de fora do cubo, olhando para o objeto.
O observador é um ente virtual, que serve para auxiliar o desenhista a compreender e
representar os objetos gra�camente.
Uma forma interessante de compreender o que é o observador é colocar-se no lugar dele:
Imagine-se em frente a cada uma das faces do cubo. Com isso, você será o observador, responsável por ver, analisar e
compreender o objeto.
A vista frontal, em nosso exemplo, será projetada no plano BCGF, hachurado. A posição com a qual o objeto foi posicionado
dentro do cubo não é mera coincidência: a vista de maior comprimento e com mais detalhes deve ser a vista frontal do objeto,
sendo o plano BCGF o plano de projeção da vista frontal escolhida.
A �gura, a seguir, apresenta, inicialmente, a projeção de três vistas nas faces do cubo, representado em perspectiva. Com o
rebatimento dos planos ABFE, CDHG, DAEH, ADCB e FGHE, o cubo pode ser representado de forma plani�cada, onde são
representadas as seis projeções cilíndricas ortogonais. Elas representam as vistas do observador, posicionado do lado de fora do
“cubo”, olhando para o objeto em seis posições diferentes, ou seja, quando o observador está posicionado em frente de cada uma
das faces do cubo (que são os planos de projeção).
 Projeção no cubo e representação das seis vistas no cubo planificado.
Aqui, estabeleceremos uma ordem a ser seguida para a projeção de objetos no 1º diedro:
1 Observador

2 Objeto

3 Plano de projeção
Assim, com palavras simples, podemos dizer o seguinte: o observador “vê” o objeto e a
imagem “vista” é projetada no plano paralelo à face observada, posterior ao objeto.
Seguindo a NBR 10067 (1995), �xando-se a vista frontal (VF), as posições relativas das demais vistas são as seguintes:
Vista superior : VS, posicionada abaixo da VF. Vista lateral esquerda : VLE, posicionada à direita da VF.
Vista lateral direita : VLD, posicionada à esquerda da VF. Vista inferior : VI, posicionada acima da vista VF.
Vista posterior : VP, posicionada à direita da VLE ou à
esquerda da VLD.
Atenção
No exemplo apresentado, a VP foi posicionada à direita da VLE.
As vistas com planos de projeção hachurados são as chamadas vistas ortográ�cas principais. Tais vistas são: a vista frontal, vista
superior e uma das vistas laterais, podendo ser a lateral direita ou esquerda (dependendo da posição em que o objeto foi
estudado no diedro). No exemplo apresentado, por exemplo, a vista lateral visível na perspectiva é a vista lateral esquerda.
Para �nalizar a representação do objeto em suas seis vistas, o contorno dos planos de projeção do objeto deve ser retirado,
restando somente as vistas desenhadas. Note que o nome das vistas também é suprimido. É desnecessário colocar os nomes,
pois, sabendo que as projeções estão sendo realizadas no 1º diedro, a vista frontal é localizada automaticamente. Basta procurar
a vista que possui uma vista acima e uma vista abaixo da mesma.
 Representação das seis vistas ortográficas no 1º diedro.
Atividade
1. Utilizando folhas de papel quadriculado e adotando o 1º diedro, desenhe as seis vistas dos dois primeiros objetos
representados no livro Curso de desenho técnico e AutoCAD (RIBEIRO; PERES; IZIDORO, 2013), disponível na Biblioteca Virtual.
 Fonte: Ribeiro, Peres e Izidoro, 2013, p. 26.
Projeções cilíndricas em três planos de projeção no 1º diedro
(vistas ortográ�cas principais)
As vistas ortográ�cas principais são essenciais para compreender a geometria e as dimensões de um objeto. O resultado �nal da
projeção do objeto em suas vistas ortográ�cas principais é representado a seguir:
 Representação das vistas ortográficas principais no 1º diedro.
O símbolo colocado junto das vistas ortográ�cas, no canto
inferior direito, é a simbologia normatizada que indica que
as projeções foram realizadas no 1º diedro, de acordo com
a NBR 10067 (1995).
As linhas tracejadas indicam arestas do objeto que não
podem ser vistas pelo observador. Note a presença da
linha tracejada vertical na vista lateral esquerda. Essa linha
�ca atrás da região inclinada da peça e não pode ser vista
por um observador posicionado na posição padrão exigida
para projeção da vista lateral esquerda.
Atividade
2. Utilizando folhas de papel quadriculado e adotando o 1º diedro, desenhe as três vistas principais dos objetos representados no
livro Curso de desenho técnico e AutoCAD (RIBEIRO; PERES; IZIDORO, 2013).
 Fonte: Ribeiro, Peres e Izidoro, 2013, p. 12.
Técnicas para o desenho de vistas ortográ�cas à mão livre
Antes da elaboração dos desenhos em sistemas computacionais, é natural o estudo e desenhos de objetos à mão livre (esboços).
É com essa forma de representação grá�ca que trabalharemos nas aulas para o estudo da projeção ortogonal de objetos.
De acordo com Ribeiro, Peres e Izidoro (2013):

A elaboração dos esboços, além de favorecer a análise gráfica das projeções ortogonais,
ajuda a desenvolver o sentido de proporcionalidade. Apesar de ser tendência entre os
principiantes dedicar excessiva atenção à perfeição dos traços, [...], deve-se lembrar que
[...] o rigor das proporções e a correta aplicação das normas e convenções de
representação é que são imprescindíveis.
Ao longo do seu estudo, você pode utilizar folhas A4 lisas ou até mesmo folhas quadriculadas (com marcação ortogonal em 5 em
5 milímetros). A folha quadriculada é um “atalho” interessante,pois dispensará a utilização de régua para adequação das
proporções do objeto ao seu desenho. Outro recurso para a elaboração de esboços, se disponível, é utilizar o celular ou tablet e
fazer o esboço em programas gratuitos de desenho, como o SketchBook, da AutoDesk.
Para o desenho das vistas ortográ�cas em esboço, recomenda-se as seguintes etapas:
1ª etapa
Analise o objeto a ser representado, escolhendo
sua vista frontal como aquela que possui o
maior comprimento, o maior número de
detalhes e o menor número de arestas não
visíveis. A escolha da vista frontal pode até
mudar de desenhista para desenhista,
dependendo da complexidade do objeto. O
importante é escolher aquela que melhor avalie o
objeto representado.
2ª etapa
Determine as medidas que contornam as arestas
mais externas de cada uma das vistas, como um
quadrado ou um retângulo que contornará cada
vista ortográ�ca. Conhecendo o comprimento, a
largura e a altura da peça, deve-se atentar para o
fato de que o comprimento das vistas frontal e
superior, a largura da vista lateral e da vista
superior, assim como a altura da vista frontal e
da vista lateral são medidas iguais.
3ª etapa
Faça um esboço dos contornos de cada uma das
vistas principais, com traço contínuo e �no,
desenhando as vistas com distâncias iguais
entre si. Não esqueça de manter a
proporcionalidade das medidas com o que é
observado na perspectiva.
4ª etapa
Sugere-se iniciar o desenho pela vista frontal, que
possui mais detalhes, para depois trabalhar nas
vistas lateral e superior. Desenhe sempre com
traço �no, pois isso permite apagar as linhas
com mais facilidade, em caso de erro.
5ª etapa
Após analisar e veri�car as três vistas
desenhadas e a compatibilidade entre as vistas
representadas, reforce o desenho com traçado
grosso contínuo para as arestas visíveis. Arestas
invisíveis devem ser desenhadas com linha
tracejada, que podem ser representadas com
traço �no ou grosso.
6ª etapa
Ao terminar o desenho das linhas de�nitivas, ele
ainda terá as linhas �nas utilizadas para
desenhar o contorno das vistas e para
compatibilizar detalhes e medidas entre as
vistas. Essas linhas �nas são chamadas linhas
de construção. Apague-as cuidadosamente,
tomando o cuidado de não apagar as linhas do
desenho de�nitivo.
A imagem a seguir apresenta as etapas abordadas anteriormente para o objeto que estamos analisando ao longo dessa aula.
 Representação das vistas ortográficas principais no 1º diedro em esboço.
Vistas ortográ�cas para objetos de faces não paralelas aos
planos de projeção
No caso de objetos com faces inclinadas, ou seja, faces que
não sejam paralelas aos planos de projeção, pelo menos uma
de suas vistas principais não corresponderá à verdadeira
grandeza do objeto.
No objeto que utilizamos como estudo na presente aula, uma
superfície inclinada é obliqua ao plano de projeção frontal e
superior. Por isso, na vista frontal, vemos a projeção dessa
superfície, porém não em sua verdadeira grandeza. Somente
no plano de projeção lateral é que podemos observar que a
linha inclinada permanece com as medidas do objeto original.
 Vistas ortográficas principais de objeto com plano inclinado.
Vistas de objetos de faces com superfícies curvas
Observe as vistas ortográ�cas principais e a perspectiva representadas na �gura a seguir:
 Vistas ortográficas principais e perspectiva de objeto com superfícies curvas e furo cilíndrico.
O objeto apresenta um furo cilíndrico e contorno arredondado por um semicírculo com ângulo de abertura de 180º na sua face
lateral esquerda. A projeção das vistas foi feita no 1º diedro, conforme especi�cado pela simbologia normativa.
As linhas traço e o ponto representados na vista frontal e na vista lateral esquerda é chamada de linha de eixo, pois representa o
eixo longitudinal do furo cilíndrico representado em vista. Observe, agora, a vista superior: as linhas traço e ponto perpendiculares
entre si têm como objetivo direto obter o lugar geométrico do centro das circunferências concêntricas (uma delas é a seção
transversal do cilindro, a outra é o contorno semicircular do objeto). Essas linhas são denominadas linhas de centro.
Existem algumas regras importantes na representação de linhas de eixo e linhas de centro. São elas:

As linhas traço e ponto devem sempre ultrapassar os
contornos visíveis dos arcos, círculos e cilindros.

As linhas de centro devem ser indicadas em arcos sempre que
o ângulo do arco for maior ou igual a 180º.

O cruzamento das linhas de centro deve ocorrer no traço da
linha traço e ponto, para efetivar o cruzamento das linhas no
centro de arcos e/ou circunferências.
Atividade
3. Utilizando folhas de papel quadriculado e adotando o 1º diedro, desenhe as três vistas principais do objeto representado a
seguir:
NotasReferências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 10067: Princípios gerais de representação em desenho técnico -
Procedimento. Rio de Janeiro, 1995.
ESTEPHANIO, Carlos Alberto do Amaral. Desenho técnico – uma linguagem básica. 4. ed. edição. Rio de Janeiro: Carlos
Estephanio, 1996.
MUNIZ, César; MANZOLI, Anderson. Desenho técnico. 1. ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2015.
RIBEIRO, Antônio Clelio; PERES, Mauro Pedro; IZIDORO, Nacir. Curso de desenho técnico e AutoCAD. 1. ed. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2013.
Próxima aula
Sistema de projeção cilíndrica ortogonal em seis planos no 3º diedro;
Técnicas para o desenho de vistas ortográ�cas principais no 1º diedro para as vistas projetadas no 3º diedro;
Técnica de desenho para objetos com faces não paralelas aos planos de projeção e com superfícies curvas no 3º diedro.
Explore mais
Para saber mais sobre os assuntos estudados nesta aula, sugerimos a leitura dos seguintes livros:
MUNIZ, César; MANZOLI, Anderson. Desenho técnico. 1. ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2015. cap. III, p. 57-67.
PACHECO, Beatriz de Almeida; SOUZA-CONCÍLIO, Ilana de Almeida; PESSÔA FILHO, Joaquim. Desenho técnico. 1. ed.
Curitiba: Intersaberes, 2017. cap. 6.
RIBEIRO, Antônio Clelio; PERES, Mauro Pedro; IZIDORO, Nacir. Curso de desenho técnico e AutoCAD. 1. ed. São Paulo:
Pearson Education do Brasil, 2013. p. 6-9.

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