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Prévia do material em texto

studiessdireito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Poder Legislativo 
TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER 
 studiessdireito 
 
 
 
Olá! Sou Ewelin, do 
studygram @studiessdireito. 
Esse material foi preparado 
com muito amor e carinho 
para facilitar os seus estudos 
sobre Poder Legislativo para a 
OAB e Concursos. Aproveite 
bastante! 
 studiessdireito 
 
Sumário 
 
 
 
1- Conceito, competências e estrutura; 
2- Câmara dos Deputados; 
3- Senado Federal; 
4- Congresso Nacional; 
5- Mesas Diretoras; 
6- Diplomação e posse dos parlamentares; 
7- Sessão legislativa; 
8- Reuniões parlamentares; 
9- Comissões; 
10- Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI); 
11- Imunidade parlamentar; 
12- Foro por prerrogativa de função; 
13- Vedações parlamentares; 
14- Perda do mandato; 
15- Poder legislativo estadual e municipal; 
16- Remuneração parlamentar. 
 
 
 
 
 
 
 studiessdireito 
 
 
 
 
 
O poder legislativo tem como funções típicas a elaboração de leis e a 
fiscalização contábil, financeira e orçamentária das contas públicas. Essa 
última função é exercida com o auxílio do Tribunal de Contas. 
O Tribunal de Contas da União (TCU) auxilia no controle exercido pelo 
Congresso Nacional das contas do Poder Executivo federal. Existe também 
os Tribunais de Contas dos Estados, que auxiliam as Assembleias 
Legislativas e, ainda, as Câmaras Municipais, na fiscalização de seus gastos. 
OBS: Desde 1988, é vedada a criação de Tribunais de Contas Municipais. 
Apenas os que já existiam puderam ser mantidos, ou seja, os Tribunais de 
Contas dos municípios de São Paulo e do Rio de Janeiro. 
O nosso Poder Legislativo é bicameral, ou seja, compõe-se da Câmara dos 
Deputados, que reúne os representantes do povo e do Senado Federal, 
que abriga os representantes dos Estados federados e do Distrito Federal. 
Em regra, as sessões em cada casa são separadas, porém, existe algumas 
hipóteses que, excepcionalmente admitem sessões conjuntas, são elas: 
 Inauguração da sessão legislativa; 
 Elaboração do regimento comum e regular a criação de serviços 
comuns às duas casas; 
 Recebimento do compromisso do Presidente e do Vice-Presidente 
da República; 
 Conhecimento e deliberação sobre o veto do Presidente. 
Poder Legislativo 
 
FUNÇÕES E ESTRUTURA 
 studiessdireito 
 
 
 
 
 
 
 
O Poder Legislativo possui capacidade de se auto organizar, por meio dos 
regimentos internos de cada casa. 
Seu funcionamento é dividido, em determinado momento inicial, por meio 
de suas comissões, a qual veremos mais adiante de forma aprofundada. 
Tais comissões são responsáveis pela discussão de assuntos específicos. 
Sabendo suas funções, iremos entender como é a sua estrutura em 
cada ente federativo: 
 Congresso Nacional compõe o Poder Legislativo Federal; 
 Assembleia Legislativa compõe o Poder Legislativo Estadual; 
 Câmara Distrital ou Legislativa compõe o Poder Legislativo 
Distrital; 
 Câmara Municipal compõe o Poder Legislativo Municipal. 
Ademais, você irá conhecer quem são os membros parlamentares. 
Parlamentar é todo membro que exerce o Poder Legislativo. 
 
No Brasil, os parlamentares ocupam os seguintes cargos: 
 Senador; 
 Deputado federal, estadual e distrital; 
 Vereador. 
 
 studiessdireito 
 
 
A Câmara dos Deputados é formada por representantes do povo, eleitos 
pelo sistema proporcional, para um mandato com duração de quatro anos. 
De acordo com a Constituição Federal, nenhum Estado ou o Distrito 
Federal pode ter menos de 8 e mais de 70 representantes. 
Caso seja criado, eventualmente, um Território Federal, ele terá direito 
de eleger 4 deputados. 
 
 
Os critérios utilizados para definir o número de deputados de cada 
unidade federada estão arrolados no artigo 45, §1º da CF, onde dispõe 
que será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à 
população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior 
 
 
Câmara dos Deputados 
O Território Federal é uma categoria específica de organização 
administrativa que pertence à União e não figura como Estado. A 
nossa Constituição aboliu os 3 territórios então existentes: Fernando 
de Noronha, que se tornou um distrito estadual do Estado de 
Pernambuco, o Território Federal do Amapá e o Território Federal 
de Roraima se tornaram Estados da Federação. 
 studiessdireito 
 
 
 
às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação 
tenha menos de oito ou mais de setenta deputados. 
Observe que, no momento em que o referido dispositivo 
constitucional cita “proporcionalmente à população”, implica dizer 
que deve existir uma permanente atualização da lei complementar 
que regula a matéria, porém, isso não acontece como deveria ser. 
 
A lei complementar de número 78/ 1993 definiu o número total de 
513 deputados federais. 
 
Em relação ao número de deputados estaduais, é necessário que 
você saiba que ele é calculado com base no número de deputados 
federais, o que veremos mais à frente. 
 
As atribuições (competências) privativas da Câmara dos Deputados 
podem ser encontradas no artigo 51 da Constituição, são elas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 studiessdireito 
 
 
 
 
 
 Autorizar, por dois terços de seus membros, a 
instauração de processo contra o Presidente e o Vice-
Presidente da República e os Ministros de Estado; 
 
 Proceder à tomada de contas do Presidente da 
República, quando não apresentadas ao Congresso 
Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da 
sessão legislativa. 
 
 Elaborar seu regimento interno; 
 
 Dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, 
criação, transformação ou extinção dos cargos, 
empregos e funções de seus serviços, e iniciativa de 
lei para fixação da respectiva remuneração, 
observados os parâmetros estabelecidos na lei de 
diretrizes orçamentárias; 
 
 Eleger membros do Conselho da República. 
 studiessdireito 
 
 
 
O Senado Federal é formado por representantes dos Estados e do 
Distrito Federal, eleitos em 1º turno pelo sistema majoritário de maioria 
relativa, ou seja, é eleito o candidato que possui o maior número dos votos 
apurados no estado em que concorre. 
Cada Estado e o Distrito Federal deve eleger 3 senadores, com 2 
suplentes. 
O mandato de um Senador é de 8 anos, o que corresponde a duas 
legislaturas, diferentemente do mandato de um deputado, ocorrendo 
renovação a cada quatro anos, alternadamente, por um e dois terços. 
 Significa que mesmo o mandato dos senadores possuindo 
duração 8 anos, as eleições serão realizadas normalmente, de 4 
em 4 anos. Assim, a cada eleição, a Casa renova, alternadamente, 
um terço e dois terços de suas 81 cadeiras ~> Primeiro se 
renova uma parte correspondente a um terço de senadores e 
posteriormente se renovam dois terços. 
As competências privativas do Senado Federal podem ser encontradas 
no artigo 52, da Constituição. Aqui serão listadas algumas das principais: 
 
 Processar e julgar o Presidente da República nos crimes de 
responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os 
Senado Federal 
 studiessdireito 
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos 
crimes da mesma natureza conexos com aqueles; 
 
OBS: Muita gente confunde! Nos casos de crime de responsabilidade, o 
Presidente da República será julgado pelo Senado Federal, já nos casos 
de crime comum, será julgado pelo STF. 
 Processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os 
membros do Conselho Nacional de Justiça e do Congresso 
Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e 
o Advogado-Geral da União, nos crimes de responsabilidade. 
Nas duas competências acima citadas, a condenação somente será 
proferida por dois terços dos votos do Senado Federal. A perda do cargo, 
com inabilitação, terá 8 anos de duração, para o exercício da função 
pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis. 
 Aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em 
sessão secreta, a escolha dos chefes de missão diplomática de 
caráter permanente.Suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada 
institucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal; 
 Aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração 
de ofício, do Procurador-Geral da República antes do término de 
seu mandato; 
 Elaborar seu regimento interno; 
 Dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, 
transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de 
seus serviços e a iniciativa de lei para fixação da respectiva 
 studiessdireito 
 
remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de 
diretrizes orçamentárias; 
 Avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário 
Nacional, em sua estrutura e seus componentes, e o 
desempenho das administrações tributárias da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
Poderá haver vagas para senador em apenas três hipóteses: 
 Por falecimento; 
 Por renúncia; 
 Por perda de mandato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 studiessdireito 
 
 
 
As duas casas legislativas (Câmara dos Deputados e Senado Federal) 
formam o Congresso Nacional (bicameralismo federativo), presidido pelo 
presidente da mesa diretora do Senado Federal. 
Além de outros casos previstos na Constituição, a Câmara e o Senado 
podem reunir-se em sessão conjunta para: 
 Inaugurar a sessão legislativa; 
 Elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços 
comuns às duas Casas; 
 Receber o compromisso do Presidente e do Vice-presidente da 
República; 
 Conhecer do veto e sobre ele deliberar; 
 
 Ao Congresso Nacional cabe: 
Dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente 
sobre: 
 Sistema Tributário, arrecadação e distribuição de rendas; 
 
 Plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, 
operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado; 
de desenvolvimento; 
 
Congresso Nacional 
 studiessdireito 
 
 Planos e programas nacionais, regionais e setoriais de 
desenvolvimento; 
 
 Limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do 
domínio da União; 
 
 Incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de 
Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembleias 
Legislativas; 
 
 Transferência temporária da sede do governo federal; 
 
 Concessão de anistia; 
 
 Organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da 
Defensoria Pública da União e dos Territórios e organização 
judiciária e do Ministério Público do Distrito Federal; 
 
 Criação, transformação e extinção de cargos, empregos e 
funções públicas; 
 
 Criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração 
pública; 
 
 Matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras 
e suas operações; 
 studiessdireito 
 
 Moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária 
federal; 
 
 Autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar 
a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem pelo 
território nacional ou nele permaneçam temporariamente, 
ressalvados os casos previstos em lei complementar; 
 
 Autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se 
ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze dias; 
 
 Aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar 
o estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas; 
 
 Sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do 
poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; 
 
 Mudar temporariamente sua sede; 
 
 Julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da 
República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos 
de governo; 
 
 Escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União; 
 
 
 studiessdireito 
 
 Aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades 
nucleares; 
 
 Autorizar referendo e convocar plebiscito; 
 
 A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas 
comissões, poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer 
titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da 
República para prestarem, pessoalmente, informações sobre 
assunto previamente determinado, importando em crime de 
responsabilidade a ausência sem justificação adequada. 
 
OBS: Aqui foram listadas apenas algumas das competências do Congresso 
Nacional, você pode consultar as demais nos artigos 48, 49 e 50 da 
Constituição Federal. 
 
 
 
 
 
 
 studiessdireito 
] 
 
 
 
 
 
As funções exercidas pelas Mesas Diretoras possuem natureza 
predominantemente administrativa, sendo responsáveis pela direção, 
polícia e administração do Poder Legislativo. 
 
Deve ser assegurado, de acordo com o artigo 58, §1º, a representação 
proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da 
respectiva Casa. 
 
 Significa que, os representantes dos partidos 
políticos ou dos blocos parlamentares devem ser 
indicados no ato da formação das mesas; 
 
Tanto a Câmara quanto o Senado possuem Mesas Diretoras próprias, 
eleitas por seus membros, para um mandato de 2 anos. O Congresso 
Nacional também possui sua Mesa Diretora, formada pela reunião e 
mescla das mesas diretoras das duas casas, sendo o Presidente do 
Senado Federal o presidente da Mesa do Congresso Nacional. 
 
Quem possui legitimidade para propor ADI, ADC ou ADPF são somente as 
mesas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados. 
 
Mesas Diretoras 
 studiessdireito 
 
Para lembrar: 
 
A presidência do Congresso Nacional é exercida pelo presidente do 
Senado Federal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 studiessdireito 
 
 
 
A diplomação é a cerimônia que ocorre após os votos terem sido 
apurados e conhecidos os candidatos eleitos, onde estes, assim como os 
suplentes receberão diploma assinado pelo presidente do Tribunal 
Regional ou da Junta Eleitoral, conforme o caso. 
No diploma deverá constar o nome do candidato, a indicação da legenda 
sob a qual concorreu, o cargo para o qual foi eleito ou a sua classificação 
como suplente, e, facultativamente, outros dados a critério do juiz ou do 
Tribunal. 
A partir da diplomação, o candidato eleito passa a ter direito de tomar 
posse para o cargo a qual concorreu nas eleições, que geralmente ocorre 
na data legalmente prevista. 
A posse é um ato público onde o parlamentar se investe no mandato. 
Renuncia ao mandato o parlamentar que não tomou posse de seu 
mandato no prazo estabelecido por lei. 
 
 
 
 
 
Diplomação e Posse 
 studiessdireito 
 
 
 
 
Pode ser definida como o período de tempo em que ocorre as reuniões 
parlamentares, sendo dividida em: 
Sessão Legislativa ordinária: É o período normal de atividade do Congresso 
Nacional a cada ano, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 
22 de dezembro. Cada 4 sessões legislativas, contadas a partir do ano 
seguinte ao das eleições parlamentares, compõem uma legislatura, ou 
seja, corresponde a um ano de trabalhos legislativos. 
Dessa forma, uma legislatura se divide em 4 sessões legislativas 
ordinárias, o que corresponde a quatro anos. 
Recesso Parlamentar: Período compreendido entre os dias 18 a 31/07 
e 23/12 a 01/02, onde normalmente os parlamentares não praticam 
as suas funções. 
Sessão Legislativa extraordinária: É convocada durante o recesso 
parlamentar. Os parlamentares só poderão deliberar sobre a matéria 
pela qual foram convocados, exceto para resolver as medidas provisórias 
em vigor. 
Vale lembrar que quem possui competência para convocar o Congresso 
Nacional para uma sessão legislativa extraordinária é o presidente do 
Senado e o da Câmara dos Deputados, o presidente da República e a 
maioria dos membros de ambas as casas legislativas. 
 
 
Sessão Legislativa 
 studiessdireito 
 
Sessão Plenária: É cada unidade de trabalho, a cada dia, podendo ter mais 
de uma sessão em um dia. 
OBS: Sempre no início da sessão legislativa ordinária é definido quem irá 
compor a extraordinária. 
Sessão Preparatória: Antes doinício da primeira e da terceira sessão 
legislativa, o Senado se reúne em sessões preparatórias. 
Na primeira sessão legislativa ordinária da legislatura, são realizadas três 
reuniões preparatórias: 
 A primeira, a partir do dia 1º de fevereiro, para dar posse aos 
novos Senadores; 
 A segunda, para eleger o Presidente da Mesa; 
 A terceira, para eleger os demais Membros da Mesa, ou seja, 
dois Vice-Presidentes, quatro Secretários e quatro Suplentes de 
Secretário. 
Na terceira sessão legislativa ordinária da legislatura são realizadas duas 
reuniões preparatórias: a primeira, no 1º dia de fevereiro, para eleger o 
Presidente; e a segunda, os demais Membros da Mesa. 
 
 
 
 
http://www17.senado.gov.br/discipline/index/id/8/discipline_id/8/group_id/941#this
http://www17.senado.gov.br/discipline/index/id/8/discipline_id/8/group_id/941#this
http://www17.senado.gov.br/discipline/index/id/8/discipline_id/8/group_id/941#this
 studiessdireito 
 
Todas as vezes em que uma sessão plenária não puder ser realizada por 
falta de quórum ou por motivo de força maior, o que acontece é uma 
reunião. 
As comissões parlamentares não realizam sessões plenárias, seus 
encontros chamam-se reuniões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reuniões Parlamentares 
 studiessdireito 
 
 
 
 
As comissões são órgãos compostos por parlamentares, responsáveis 
por emitirem pareceres sobre discussões e estudos de determinados 
assuntos, visando facilitar os trabalhos do Congresso Nacional. Podem 
ser criadas para cada casa legislativa ou para o Congresso Nacional. 
Os pareceres aprovados são posteriormente encaminhados para o 
Plenário. 
Além de discutir e votar proposições, as comissões possuem diversas 
outras atribuições, tais como realizar audiências públicas com entidades 
da sociedade civil, convocar ministro de Estado, acompanhar e fiscalizar 
programas e obras do governo federal, realizar auditorias nas unidades 
administrativas dos três poderes, estudar assunto compreendido no seu 
campo temático, emendar leis orçamentárias, entre outras. 
As comissões possuem duas formas de apreciação, a conclusiva, quando 
os projetos são apreciados somente pelas Comissões, que têm o poder 
de aprová-los ou rejeitá-los, sem ouvir o Plenário; ou seja, dispensa 
deliberação para votações e a realizada pelo Plenário, quando este é 
quem dá a palavra final sobre o projeto, após a análise das comissões, 
tornando o seu parecer apenas facultativo. 
As comissões podem ser: 
 Permanentes 
 Temporárias 
Comissões Parlamentares 
 studiessdireito 
 
 Mistas 
 Representativas 
Art. 58/CF. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões 
permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições 
previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação. 
 
§ 1º Na constituição das Mesas e de cada comissão, é assegurada, tanto quanto 
possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares 
que participam da respectiva Casa. 
§ 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe: 
 I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a 
competência do plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da 
Casa; 
 II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil; 
 III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos 
inerentes a suas atribuições; 
 IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer 
pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas; 
 V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão; 
 VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de 
desenvolvimento e sobre eles emitir parecer. 
 
 studiessdireito 
 
COMISSÕES PERMANENTES: 
Também são chamadas de temáticas, criadas para uma matéria de 
interesse não transitório (art. 58, § 2º, CF). 
Os projetos de leis são inicialmente distribuídos às comissões de acordo 
com o assunto abordado, para que possam ser discutidos e 
posteriormente votados. 
São exemplos de comissões permanentes: Comissão de Constituição e Justiça 
e de Cidadania (CCJC); Comissão de Defesa do Consumidor (CDC); Comissão de 
Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC); Comissão de 
Desenvolvimento Urbano (CDU); Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM); 
Comissão de Educação (CE), Comissão de Finanças e Tributação (CFT), Comissão de 
Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT); entre outras. 
Cada comissão permanente possui uma página própria no portal 
institucional da Câmara dos Deputados na internet. 
 
COMISSÕES TEMPORÁRIAS 
São criadas para apreciar matérias específicas de interesse transitório 
e se extinguem ao alcançarem a finalidade para qual foram criadas ou 
com o término do prazo a ela estabelecido. 
São classificadas em: especiais, de inquérito e externas. 
As comissões temporárias se extinguem: 
 
 studiessdireito 
 
 Ao término da legislatura; 
 Quando alcançado o fim a que se destinam; 
 Quando expirado seu prazo de duração. 
A criação de uma comissão temporária deve apresentar explicitamente 
a finalidade do órgão e o dispositivo regimental utilizado para sua criação. 
Em qualquer caso, o prazo final para encerramento de uma comissão 
temporária é o final da legislatura. 
No Senado Federal, as comissões temporárias podem ser internas, 
externas ou parlamentares de inquérito. As comissões internas são 
criadas para finalidades específicas, as comissões externas são 
destinadas a representar o Senado em congressos, solenidades e outros 
atos públicos, e as parlamentares de inquérito são criadas nos termos 
do art. 58, § 3º, da Constituição, o que veremos mais à frente. 
As comissões temporárias se extinguem ao concluir suas tarefas, ao 
término dos respectivos prazos ou ao término da sessão legislativa 
ordinária. 
COMISSÃO ESPECIAL 
As comissões especiais são criadas para dar parecer sobre propostas 
de emenda à Constituição (PEC), projetos de código e proposições cujo 
tema seja de competência de mais de três comissões de análise do 
mérito. Também podem propor reforma do Regimento Interno da 
Câmara; apreciar denúncias por crime de responsabilidade contra 
presidente da República, vice-presidente da República e ministro de 
Estado; e estudar determinado assunto definido pelo presidente da Casa. 
 studiessdireito 
 
COMISSÕES EXTERNAS 
As comissões externas são criadas para o cumprimento de missões 
temporárias autorizadas, nas quais os deputados representam a Câmara 
em atos para os quais a instituição tenha sido convidada ou a que tenha 
de assistir. A missão autorizada implica o afastamento do parlamentar 
pelo prazo máximo de 8 sessões, se for exercida no país, e de 30 
sessões, se desempenhada no exterior. 
 
COMISSÕES MISTAS 
Formadas por membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal 
para dar pareceres em assuntos que devem ser examinados em sesso 
conjunta pelo Congresso Nacional, podendo ter caráter permanente ou 
temporário. 
Uma das comissões mistas permanentes é a de Orçamento. Essa 
comissão aprecia os projetos que dão origem ao Plano Plurianual da União 
(PPA), à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e ao Orçamento Anual 
(LOA), entre outros. 
Já entre as comissões mistas temporárias, estão, por exemplo, aquelas 
criadas para emitir parecer sobre medidas provisórias e a Comissão 
Representativa do Congresso Nacional, prevista na Constituição Federal 
para atuar nos períodos de recesso parlamentar. 
 
 
 studiessdireito 
 
COMISSÃO REPRESENTATIVA DO CONGRESSO 
Ocorre durante o recesso parlamentar para deliberar sobre assuntos 
que ocasionem sessões extraordinárias. É composta por sete senadores 
e 16 deputados, e igual número de suplentes. 
Entre as competências da Comissão Representativa estão: zelar pelas 
prerrogativas do Congresso Nacional e de suas Casas; exercer a 
competênciaadministrativa das Mesas do Senado Federal e da Câmara 
dos Deputados em caso de urgência, na ausência ou impedimento dos 
seus membros; e exercer outras atribuições de caráter urgente, que 
não possam aguardar o início do período legislativo seguinte sem prejuízo 
para o país ou suas instituições. 
 studiessdireito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Mais de 80% dos projetos não precisam ser votados pelo 
plenário, se forem aprovados pelas comissões já seguem 
para o Senado; 
 A Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania avalia a 
constitucionalidade das proposições; 
 O projeto vai para o plenário se uma comissão aprovar e 
a outra rejeitar, se estiver com urgência ou se for criado 
pelo Senado Federal. 
CURIOSIDADES 
 studiessdireito 
É uma comissão temporária responsável por realizar investigações no 
Legislativo. A C.P.I apenas investiga, não é dotada de competência para 
punir, não acusa, não processa. Havendo indícios de ilicitude, envia suas 
conclusões para o Ministério Público, para que este tome as medidas 
cabíveis referentes a responsabilização civil ou criminal do infrator. 
É competente para investigar órgãos e funcionários públicos, assim como 
instituições públicas e privadas. 
São requisitos constitucionais obrigatórios para a abertura de uma 
Comissão Parlamentar de Inquérito, conforme decisão do STF na ADI 
(Ação Direta de Inconstitucionalidade): 
a) requerimento ao menos de 1/3 dos parlamentares, 
b) objeto determinado; 
c) prazo certo de duração. 
A C.P.I pode ser exclusivamente da Câmara dos Deputados (1/3 de 
assinatura dos Deputados), do Senado Federal (1/3 de assinatura dos 
senadores) ou Mista (1/3 de assinatura dos membros do Congresso 
Nacional). 
 
Comissão Parlamentar de Inquérito 
(C.P.I) 
 studiessdireito 
 
A C.P.I não pode investigar fatos genéricos, devendo especificar o seu 
objeto de apuração, esse objeto, deve obrigatoriamente recair sobre 
fato determinado de interesse da União (geral), podendo indicar fatos 
estaduais ou municipais desde que sejam de interesse geral. 
OBS: Não é permitido que uma C.P.I investigue fatos de interesse 
exclusivamente estadual ou municipal. 
Nenhuma C.P.I ou comissão temporária pode ultrapassar o período de 
uma legislatura, equivalente a 4 anos. 
A C.P.I tem 120 dias, prorrogáveis por mais 60 dias (mediante deliberação 
do Plenário), para concluir os trabalhos, que não precisam ser 
interrompidos durante o recesso parlamentar. 
Só podem funcionar simultaneamente na Câmara cinco CPIs criadas a 
partir de requerimento. 
* O Supremo Tribunal Federal só admite a prorrogação do prazo fixado 
no momento de sua criação desde que seja na mesma sessão legislativa 
em que a CPI foi criada. 
PODERES DE INVESTIGAÇÃO DE UMA C.P.I 
É sabido que a C.P.I possui poderes de investigação equiparados aos das 
autoridades judiciais, o que não significa dizer que detêm o poder geral 
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de cautela reservado aos magistrados, dessa forma, não podem 
determinar medidas cautelares. 
São poderes da Comissão Parlamentar de Inquérito: 
 Determinar a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico dos 
investigados; 
 Ordenar diligências; 
 Convocar Ministros de Estados; 
 Colher depoimentos de qualquer autoridade; 
 Ouvir indiciados e testemunhas; 
 Requisitar informações de documentos de órgãos públicos; 
 Transportar-se para qualquer lugar em que julgue necessário 
estar. 
É importante destacar que a intimação não pode ser realizada por via 
postal ou telefônica, devendo ser pessoal. 
A C.P.I deve colher os depoimentos no local onde se encontrem as 
testemunhas ou, desejando realizá-los em Brasília, os custos do 
deslocamento são bancados por quem convocou. 
O que ocorre quando a testemunha é convocada para a C.P.I? Uma vez 
convocada, a testemunha é obrigada a comparecer, sob compromisso de 
dizer a verdade, podendo caber condução coercitiva em caso de recusa 
injustificável. É admitido o direito do depoente de permanecer calado para 
que não responda perguntas que possam incriminá-lo, em obediência ao 
princípio da não produção de provas contra si mesmo. 
 
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No que tange a quebra do sigilo telefônico, implica apenas o acesso ao 
registro e ao histórico de ligações efetuadas, o que não se confunde com 
a interceptação telefônica, onde se tem acesso ao que foi falado na 
ligação, pois a conversa está sendo gravada por um terceiro sem o 
conhecimento dos interlocutores. A interceptação nunca pode ser 
decretada por C.P.I, apenas por determinação judicial. 
 
OBS: O STF (Inq. 3.430) permitiu que a C.P.I divulgue as informações que 
obtém (retirada do sigilo das informações), excetuadas as provenientes 
de interceptação telefônica. 
 
Em relação a C.P.I estadual, exige-se os mesmos requisitos de uma C.P.I 
federal, ocorre que na estadual não se pode investigar autoridade 
submetida a foro por prerrogativa de função federal, conforme já 
decidiu o STF. 
 
 
 
 
 
 
 
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Os artigos 53 a 56, da Constituição, dispõe sobre o Estatuto dos 
Congressistas, o que veremos a seguir. 
As garantias (imunidades) parlamentares são prerrogativas 
irrenunciáveis, inerentes ao cargo de ofício do parlamentar e não 
diretamente a sua pessoa física. 
Garantem a independência dos membros do Poder Legislativo, pois 
entende-se que os parlamentarem foram eleitos para representarem o 
povo e por isso recebem toda essa proteção da Carta Magna, para que 
seja assegurada a segurança jurídica. 
São atribuídas aos parlamentares federais, estaduais e vereadores. 
Tal imunidade acompanha o parlamentar desde a sua diplomação, o que 
já vimos anteriormente, ocorre antes da posse e perdura até a 
expiração do seu mandato, podendo ocorrer de diversas formas, como, 
por exemplo, cassação, renúncia, advento do termo final. 
É de suma importância entender que essas imunidades não acompanham 
o parlamentar que se encontra afastado de seu mandato, ou seja, 
abrange apenas àqueles que estejam no exercício de sua função, pois 
não são absolutas e também não se estendem aos suplentes de 
parlamentares, apenas quando estes estiverem investidos no mandato, 
de forma definitiva ou temporária. 
A imunidade parlamentar pode ser: 
Imunidade Parlamentar 
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 Absoluta ou Material 
 Formal 
IMUNIDADE ABSOLUTA OU MATERIAL 
Está presente no caput do artigo 53, da Constituição, que dispõe sobre 
a inviolabilidade civil e penal dos deputados e senadores, por quaisquer de 
suas opiniões, palavras e votos. 
A Constituição não cita, mas essa inviolabilidade também abrange 
questões de natureza política e administrativa (entendimento doutrinário 
jurisprudencial). 
Isso implica dizer que os deputados e senadores são livres para 
manifestarem e expressarem seus pensamentos e opiniões, palavras e 
votos e por esse motivo não serão responsabilizados nem civil e nem 
penalmente, o que em outros aspectos, poderia ser considerado um 
crime contra a honra. 
Isso não o exime de quebra de decoro parlamentar e suas consequências 
inclusive com a perda de seu mandato. 
Suponha que um parlamentar, ao proferir um discurso, se utiliza de 
palavras de baixo calão a um outro parlamentar. Ele não será 
responsabilizado, em regra, por forma da imunidade constitucional que o 
mesmo detém, desde que esteja no exercício de sua função. 
E se o parlamentar estivesse licenciado para exercer o cargo de Ministro 
da Educação e se afastado de seu mandato e, em rede nacional, 
proferisse tal discurso ofensivo? Aí sim, poderia ser responsabilizado, 
pois a imunidade não abrange parlamentares afastados de seu cargo. 
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Um parlamentar que profere xingamentos em uma reunião de seu 
condomínio poderá ser responsabilizado? Sim, levando-se em conta que 
ele não está investido do exercício de sua função. 
O vereador possui apenas imunidade absoluta ou material, sendo também 
protegido constitucionalmente por suas opiniões, palavras e votos 
proferidosde seu mandato, mas, apenas nos limites da circunscrição do 
município em que exerce seu mandato. 
Isso significa que se um vereador eleito na cidade de São Paulo proferir 
um discurso ofensivo na cidade de Curitiba a outro vereador, o mesmo 
será responsabilizado, seja na esfera civil ou penal. 
 
IMUNIDADE FORMAL. 
Também chamada de imunidade processual ou relativa; 
Divide-se em: 
 Imunidade Formal à Prisão (art. 53, §2º); 
 Imunidade Formal ao Processo (art. 53, §1º, § 3º ao § 5º). 
Está disciplinada no art.53, §2º, onde refere que os parlamentares não 
poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. 
Exemplo de crimes inafiançáveis: racismo, tortura, tráfico ilícito de 
entorpecentes, terrorismo, ação de grupos armados contra a ordem 
constitucional e o Estado Democrático, os crimes definidos como 
hediondos. 
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Na hipótese de flagrante de crime inafiançável, os autos de prisão devem 
ser remetidos dentro de 24 horas à casa respectiva (Senado ou Câmara 
dos Deputados) que, pela maioria de seus membros, sobre ela resolverá. 
Veremos mais aprofundado no capítulo de Foro por Prerrogativa de 
Função. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Conhecido popularmente como “Foro privilegiado”; 
É um instituto que atribui aos parlamentares a garantia de julgamento 
em instância superior, no caso, o Supremo Tribunal Federal, conforme 
disposto no artigo 53, §1º, da Constituição. 
Segundo a doutrina, foi criado para diminuir a sensação de impunidade 
gerada na sociedade 
Foi criado na tentativa de diminuir a sensação de impunidade gerada na 
sociedade, para que o infrator, no caso, os parlamentares, indispensáveis 
ao exercício da democracia representativa, seja julgado de maneira mais 
célere, evitando a morosidade (demora) do Poder Judiciário ao julgar suas 
demandas. 
OBS: Serão julgados pelo Supremo Tribunal Federal apenas em casos de 
crime comum, pois, de acordo com o artigo 102, II, b), da Constituição, 
compete ao STF, processar e julgar, originalmente, nas infrações penais 
comuns, os membros do Congresso Nacional, no exercício de sua função. 
Nos casos de crimes de responsabilidade, o parlamentar será julgado pela 
respectiva casa legislativa. 
Ao receber a denúncia movida contra um parlamentar, o STF deve 
comunicar a respectiva casa legislativa, que, por iniciativa de partido 
político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, 
poderá, até a decisão, sustar o andamento da ação (art. 53, §3º). 
Foro por Prerrogativa de Função 
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A sustação, nesse caso, significa a suspensão automática do andamento 
do prazo de prescrição, enquanto durar o mandato, conforme §5º, artigo 
53. 
O pedido de sustação será apreciado pela casa respectiva no prazo 
improrrogável de 45 dias do seu recebimento pela Mesa Diretora. 
Lembre-se que essa possibilidade de sustar o andamento da ação só cabe 
em crimes praticados depois da diplomação do parlamentar, ou seja, 
tendo a infração sido cometida antes de sua diplomação, não há que se 
falar em sustação processual. 
Os deputados e senadores não serão obrigados a testemunhar sobre 
informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, 
nem sobre as pessoas que lhe confiaram ou deles receberam 
informações. 
Também não estão sujeitos à incorporação compulsória às Forças 
Armadas, embora se trate de parlamentares de origem militar e ainda 
que em tempo de guerra, pois dependerá de prévia licença da Casa 
respectiva. 
As imunidades parlamentares subsistem inclusive sob vigência de estado 
de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos 
membros da Casa respectiva, nos casos de ato praticados fora do 
Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida 
(decretação do estado de sítio). 
Sabe-se que o foro por prerrogativa de função perdura enquanto o 
parlamentar estiver em seu efetivo mandato. Mas e se o parlamentar 
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que está sendo processado pelo STF renunciar o seu mandato? A 
competência continua no Supremo Tribunal Federal? Se ficar 
comprovado que a renúncia está sendo utilizada como meio para afastar 
a competência do Supremo e ser julgado inicialmente por instâncias 
menores, podendo o réu se beneficiar de maiores recursos e 
julgamentos, além da lentidão processual, a competência continua sim no 
STF, mesmo com a respectiva renúncia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O artigo 54, da CF, estabelece que os deputados e senadores não 
poderão: 
I. Desde a expedição do Diploma: 
a) Firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, 
autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou 
empresa concessionária de serviço público, salvo quando o 
contrato obedecer a cláusulas uniformes; 
Cláusulas uniformes permitem ao candidato não se afastar da 
função de sócio administrador do estabelecimento. 
b) Aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, 
inclusive os de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades 
constantes da alínea anterior; 
II. Desde a posse: 
a) Ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que 
goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de 
direito público, ou nela exercer função remunerada; 
b) Ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum, nas 
entidades referidas no inciso I, a; 
 
Vedações Parlamentares 
 Também são causas de perda do mandato, o 
que veremos mais à frente. 
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c) Patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades 
a que se refere o inciso I, a; 
d) Ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Perderá o mandato o deputado ou senador (art. 55, CF): 
I. Que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo 
anterior (vedações parlamentares); 
II. Cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro 
parlamentar; 
III. Que deixar de comparecer em cada sessão legislativa, à 
terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, 
salvo licença ou missão por esta autorizada; 
IV. Que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; 
V. Quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos 
nessa Constituição; 
VI. Que sofrer condenação criminal em sentença transitada em 
julgado. 
Algumas dessas causas acarretam a perda automática do mandato, 
como, os que estão grifados de azul. 
As demais, são causas de perda do mandato condicionadas, 
necessariamente, à deliberação da respectiva casa legislativa, em 
votação aberta e por maioria absoluta de seus membros, mediante 
provocação da respectiva mesa ou de partido político representado no 
Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. 
 
 
Perda do Mandato 
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A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar 
à perda do mandato terá seus efeitos suspensos até as deliberações 
finais e a respectiva conclusão do processo (art. 55, §4º, CF). 
O artigo 56, I e II traz hipóteses em que o parlamentar não perderá o 
seu mandato apesar de não o exercer temporariamente, tratando-se 
apenas de um afastamento provisório. 
I. Parlamentar investido no cargo de Ministro de Estado, 
Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito 
Federal, de Território, de Prefeitura de Capital, ou chefe de 
missão diplomática temporária (o deputado ou senador 
poderá optar pela remuneração do mandato). 
II. Licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou 
para tratar, sem remuneração, de interesse particular, 
desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse 120 
dias por sessão legislativa. 
O suplente será convocado nos casos de abertura de vaga (morte, 
renúncia ou cassação de parlamentar), licença do titular do mandato para 
investidura em outras funções públicas ou, ainda, em caso de licença para 
assuntos pessoais superior a 120 dias, desde que não seja na mesmasessão legislativa. 
Nos casos de abertura de vaga ou afastamento para assumir os cargos 
do inciso I, o suplente tem um prazo de 60 dias para assumir o exercício 
do mandato, prazo esse que poderá ser prorrogado por motivo 
justificado, a requerimento dele próprio, por mais 30 dias. 
 
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Se dentro desse prazo, o suplente não tomar posse, nem requerer sua 
prorrogação, é considerado que tenha renunciado ao mandato e se 
convocará o segundo suplente, que, em qualquer hipótese, terá o prazo 
de 30 dias para assumir o mandato. 
Aberta a vaga para parlamentar e não havendo suplente para ser 
convocado, será feita eleição se faltar mais de 15 meses para o fim do 
mandato (art. 56, §2º, CF). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O poder legislativo estadual é exercido pelas Assembleias Legislativas e 
no Distrito Federal pela Câmara Legislativa ou Distrital. 
O número de Deputados Estaduais corresponde ao triplo de sua 
representação na Câmara dos Deputados e, atingido o número de 36, 
será acrescido de tantos quanto forem os deputados federais acima de 
12. 
Dessa forma, nos estados em que a bancada não ultrapassa 12 
deputados federais, se obterá o número de deputados estaduais 
multiplicando o número de deputados federais por 3, perceba que o 
número de deputados estaduais é sempre calculado em cima do número 
de deputados federais, com auxílio da seguinte fórmula: 
 
 DE= 3 x DF 
 
DE: nº de Deputados Estaduais 
DF: nº de Deputados Federais 
Os Deputados Estaduais exercem um mandato de 4 anos e dispõem 
das mesmas prerrogativas e vedações estendidas aos parlamentares 
federais. 
No que se refere a sua remuneração, recebem, no máximo, 75% dos 
subsídios estabelecidos, em espécie, para os deputados federais. 
Poder Legislativo Estadual e Municipal 
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Os deputados estaduais ou distritais são julgados por crimes comuns 
perante o TJ e, no caso de crimes eleitorais, são julgados pelo TRE e, nos 
casos de crimes contra União, pelo TRF de sua região. 
No âmbito do Legislativo Municipal, é exercido pelas Câmaras Municipais, 
cuja composição deverá observar o limite máximo estabelecido no artigo 
29, IV, da CF. 
O município é regido por lei orgânica, votada em dois turnos, com o 
interstício (intervalo) mínimo de dez dias e aprovada por dois terços dos 
membros da Câmara Municipal (art. 29, caput, CF). 
Como já visto, o vereador goza apenas de imunidade material, adstrita à 
circunscrição do município em que exerce seu mandato, ficando sujeito a 
prisão e não sendo possível sustar o andamento de sua ação. 
Em regra, os vereadores são julgados criminalmente em primeiro grau 
de jurisdição. 
Seus subsídios (remuneração) são fixados pela Câmara Municipal, 
observando os critérios estabelecidos na Lei Orgânica e os limites 
máximos presentes no art. 29, VI, da CF. 
 
 
 
 
 
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Os parlamentares são remunerados exclusivamente por subsídio fixado 
em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, 
abono, prêmio, verba de representação, entre outros, em obediência ao 
disposto no artigo 37, X e XI, da Constituição. 
Os subsídios impedem a percepção cumulativa de outras verbas 
remuneratórias, mas não impedem o pagamento de verbas indenizatórias 
destinadas a repor os gastos realizados durante o mandato parlamentar, 
incluindo despesas com transporte aéreo, moradia, manutenção do 
gabinete em Brasília, material gráfico, etc. 
O valor do subsídio é o mesmo para deputados e senadores. 
A ausência não justificada a uma sessão deliberativa acarreta desconto 
no salário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Remuneração Parlamentar 
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