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RESUMOS DE DIREITO PENAL_CONDICIONAMENTO DE ATENDIMENTO MÉDICO-HOSPITALAR EMERGENCIAL

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RESUMOS DE DIREITO 
PENAL 
 
 
Quem Sou? 
Advogada, especialista em Direito Penal, Processo Penal e Direito Tributário. 
Apaixonada pela produção de conteúdo jurídico online. 
Entusiasta na confecção de materiais jurídicos práticos para estudantes e profissionais 
do Direito. 
 
https://www.linkedin.com/in/anna-paula-cavalcante-g-figueiredo/ 
 
https://www.linkedin.com/in/anna-paula-cavalcante-g-figueiredo/
 
 
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CONDICIONAMENTO DE 
ATENDIMENTO MÉDICO-
HOSPITALAR EMERGENCIAL1 
 
Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota promissória ou qualquer garantia, bem 
como o preenchimento prévio de formulários administrativos, como condição 
para o atendimento médico-hospitalar emergencial: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. 
Parágrafo único. A pena é aumentada até o dobro se da negativa de 
atendimento resulta lesão corporal de natureza grave, e até o triplo se resulta 
a morte. 
 
O crime previsto no artigo 135-A foi inserido pela Lei n. 12.653, de 29 de maio 
de 2012, ao Código Penal, no seu Capítulo III. Isto é, entre aqueles crimes que 
tutelam a periclitação da vida e da saúde. 
Preliminarmente, é necessário esclarecer que os crimes de perigo são aqueles 
cuja ofensa ao bem jurídico tutelado independe da observância de substancial 
lesão ao mesmo, bastando que seja verificada a probabilidade de ocorrência do 
dano. Nas palavras do iminente jurista Rogério Greco, tais delitos são 
compreendidos como aqueles em que não se exige “a produção efetiva de dano, 
mas, sim, a prática de um comportamento típico que produza um perigo de 
lesão ao bem juridicamente protegido, vale dizer, uma probabilidade de dano” 2. 
Os crimes de perigo, diz a doutrina, podem ser de perigo abstrato e de perigo 
concreto. Na modalidade crime de perigo concreto exige-se a comprovação de 
 
1 Capítulo adaptado do Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Damásio 
para a obtenção do título de Especialista em Direito Penal. 
2 GRECO, Rogério. Curso de direito penal: parte especial – introdução à teoria geral da parte 
especial: crimes contra a pessoa. 14. ed. Niterói, RJ: lmpetus, 2017. v. II. p. 239. E-book. 
 
 
3 
que a conduta praticada pelo agente tenha efetivamente colocado em risco o 
bem jurídico tutelado. Tem-se como exemplo o crime de perigo para a vida ou 
saúde de outrem, previsto no artigo 132 do Código Penal. Os crimes de perigo 
abstrato, também chamados de perigo presumido ou de simples desobediência, 
por sua vez, independem da comprovação de que a conduta criminalizada 
efetivamente coloque em risco o bem jurídico protegido. Nas lições de Cleber 
Masson, quando se fala em crime de perigo abstrato “há presunção absoluta 
(iuris et de jure) de que determinadas condutas acarretam perigo a bens 
jurídicos. É o caso do tráfico de drogas (Lei 11.343/2006, art. 33, caput)” 3. Para 
André Estefam, 
os crimes de perigo abstrato ou presumido são aqueles 
cujo tipo não prevê o perigo como elementar, razão por 
que sua demonstração efetiva é desnecessária. A conduta 
típica é perigosa por sua própria natureza. O legislador, 
nesses casos, descreve uma conduta potencialmente 
danosa e de reconhecida perniciosidade social, bastando, 
portanto, a comprovação de que o agente a praticou para 
que o delito encontre-se consumado. 4 
 
Pois bem. Deve-se destacar que a tipificação do delito de nomem juris 
condicionamento de atendimento médico-hospitalar emergencial pelo 
legislador busca extinguir situação corriqueira em hospitais, clínicas médicas e 
demais estabelecimentos de saúde do país, quando da necessidade de socorro 
médico de emergência. Diga-se, de imediato, que “diante da crescente 
mercantilização da medicina, é mesmo lamentável que se tenha chegado à 
 
3 MASSON, Cleber Rogério. Direito penal esquematizado – parte geral. 9. ed. rev. atual. e ampl. 
Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2015. v. 1. p. 586,9. E-book. 
4 ESTEFAM, André; GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Direito penal esquematizado: parte geral. 
5. ed. São Paulo: Saraiva, 2016 (Coleção esquematizado/coordenação: Pedro Lenza). p. 467. E-
book. 
 
 
4 
necessidade de haver uma tipificação penal nesse sentido, sendo o primeiro 
dever dos médicos salvar vidas humanas” 5. 
Registre-se, também, que a mesma lei que criou o tipo penal trouxe em seu 
artigo 2º 6 a exigência de que os estabelecimentos de saúde que efetuem 
atendimento médico-hospitalar emergencial afixem cartaz, ou o equivalente, 
em local visível, informando acerca da existência do crime. Demonstra o 
legislador preocupação no combate a uma prática com fins patrimonialistas que 
pode colocar a vida e a saúde das pessoas em risco. 
Passa-se, a seguir, à análise e à discussão dos elementos do tipo penal em 
destaque. 
 
1 Conduta típica 
 
A conduta típica criminalizada é a de exigir de potencial paciente, como 
condição para acesso ao atendimento médico-hospitalar de emergência, cheque 
caução, nota promissória ou qualquer outra garantia, bem como o 
preenchimento de formulários administrativos. Preliminarmente, é importante 
esclarecer que o verbo "exigir" aqui é traduzido pelas condutas de ordenar, 
obrigar ou impor como condição; isto é, fazer a exigência de requisitos para que 
o atendimento médico imediato seja oferecido. 
Siga-se. As garantias vedadas pelo tipo penal eram bastante utilizadas pelos 
estabelecimentos médico-hospitalares do país para garantir que o paciente 
 
5 DELMANTO, Celso. et. al. Código penal comentado. 9. ed. rev. atual e ampl. São Paulo: 
Saraiva, 2016. p. 607. 
6 Eis a literalidade do artigo 2º da Lei n. 12.653/2012: “o estabelecimento de saúde que realize 
atendimento médico-hospitalar emergencial fica obrigado a afixar, em local visível, cartaz ou 
equivalente, com a seguinte informação: “Constitui crime a exigência de cheque-caução, de 
nota promissória ou de qualquer garantia, bem como do preenchimento prévio de formulários 
administrativos, como condição para o atendimento médico-hospitalar emergencial, nos 
termos do art. 135-A do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal.”’. 
 
 
5 
atendido em situação de emergência tivesse, efetivamente, o compromisso de 
arcar com as despesas do tratamento médico que lhe fosse oferecido. Desse 
modo, impunha-se ao atendimento a confecção de documentos que 
importassem em reconhecimento de dívida. Tal prática burocrática acabava por 
colocar em risco a saúde das pessoas que necessitavam de um atendimento 
imediato em prol da proteção dos estabelecimentos de saúde contra a 
inadimplência. 
Acerca dos formulários médicos mencionados no caput do artigo, normalmente, 
tratam-se de contratos de adesão que podem favorecer abusivamente ao 
contratado, isto é ao estabelecimento privado. Também é possível que tais 
formulários digam respeito às informações pessoais do paciente, como a 
indicação, por exemplo, de nome, endereço e doenças preexistentes. 
Ainda sobre a exigência de preenchimento de formulários administrativos, a 
doutrina se divide acerca da possibilidade de ser verificada como uma conduta 
autônoma, que por si só consuma o crime. O professor Nucci defende que o 
crime de condicionamento a atendimento médico-hospitalar resta configurado 
quando à exigência de preenchimento de formulários administrativos soma-se o 
pedido de garantia. Dessa maneira, a simples exigência de preenchimento de 
tais formulários seria uma conduta atípica, não contemplada pelo tipo penal em 
estudo. 
Em sentido diverso, Cezar Bittencourt, Rogério Sanches, Cleber Masson e 
Rogério Greco lecionam que as condutas de exigir garantia e de preenchimento 
de formulários administrativos são autônomas e igualmente aptas para sozinhas 
caracterizarem o ilícito penal em estudo. Data venia à conceituada doutrina do 
professor Nucci, essa parece ser posição mais acertada quando se leva em conta 
o contexto fático em que inserido o crime em nosso ordenamentojurídico. Ora, 
se a ideia é garantir que em situações de emergências o atendimento médico 
não seja protelado, parece coerente que apenas uma dessas condutas já seja 
 
 
6 
suficiente para a caracterização do ilícito, vez que são igualmente aptas a 
caracterizar uma situação de atendimento médico-hospitalar emergencial que 
resta protelada pelos estabelecimentos de saúde em face de exigências que 
visam garantir a cobertura de despesas hospitalares por parte do paciente ou 
quem por ele seja responsável. 
Outro ponto de crucial análise diz respeito à definição do que vem a ser um 
atendimento emergencial e da possibilidade de alargar a conduta típica quando 
em face de atendimento de urgência. Pois bem, aqui se está diante de uma 
norma penal em branco que tem sua completude dada pela Resolução n. 
1.451/1995 do Conselho Federal de Medicina, que em seu artigo 1º, parágrafo 
segundo, diz que o atendimento de emergência é aquele necessário em face da 
“(...) constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem em 
risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento 
médico imediato”. Ou, nos termos do artigo 35-C, inciso I, da Lei n. 9.656/1998, 
são casos de emergência aqueles que “(...) implicarem risco imediato de vida ou 
de lesões irreparáveis para o paciente, caracterizado em declaração do médico 
assistente”. 
O atendimento de urgência, de maneira diversa, é conceituado pelo Conselho 
Federal de Medicina como uma “(...) ocorrência imprevista de agravo à saúde 
com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistência 
médica imediata”, neste sentido é a redação do parágrafo primeiro do 
supracitado artigo 1º da Resolução n. 1.451/1995. De forma mais sintética e 
facilitada para os leigos na área médica, o inciso II da Lei n. 9.656/1998 traz que 
os casos de urgência são aqueles “(...) resultantes de acidentes pessoais ou de 
complicações no processo gestacional”. 
Note-se, portanto, que os atendimentos de urgência e emergência não se 
confundem, apresentando em lei termos bem definidos e distintos. Por essa 
razão o professor Rogério Sanches da Cunha adverte que a pretensão de 
 
 
7 
extensão do tipo penal, pela via interpretativa, aos casos de urgência não é 
possível, sob pena de configuração de uma analogia in malan partem, o que é 
vedado em nosso ordenamento jurídico. Cezar Bittencourt e Rogério Greco, por 
sua vez, apesar de vislumbrarem a distinção legal entre os atendimentos de 
urgência e emergência, defendem que devido ao fato de ambos os casos 
urgirem por atendimento médico imediato, é imprescindível que o tipo penal 
seja estendido também às situações em que o atendimento médico de urgência 
seja condicionado. Tem-se aqui a manifestação de ilustres doutrinadores pátrios 
em sentido diverso e, é de se pugnar que seus argumentos são igualmente 
válidos, intelectivos e defensáveis. 
Ora, a ideia de restrição do tipo penal aos casos de atendimento emergencial 
por certo é condizente com os conceitos basilares da ciência jurídica criminal 
desenvolvida em nosso país. Todavia, não se podem esquecer as razões 
legislativas que determinaram a criação do tipo penal. Conforme já discutido, 
buscou-se dar prevalência à saúde e à vida dos pacientes, em detrimento dos 
interesses patrimoniais de hospitais, clínicas e demais estabelecimentos de 
atenção à saúde. Assim sendo, adequada é a ponderação feita por Greco e 
Bittencourt, já que é indiscutível que o condicionamento do atendimento de 
urgência, tal qual o emergencial, coloca o paciente em uma situação de perigo. 
Urge, pois, que o legislador brasileiro, atento aos argumentos da doutrina 
especializada, discuta a benesse de uma possível reforma legislativa, com a 
inclusão do atendimento de urgência ao tipo penal em comento. Melhor 
explicando. Não há dúvidas que tanto situações de urgência quanto de 
emergência trabalham com casos extremos de risco, em que há perigo à vida do 
paciente. Por essa razão a negativa de atendimento ou o atendimento 
protelado em razão de meros ditames burocráticos exigidos pelos 
estabelecimentos de saúde em ambos os casos devem ser rechaçados. Por 
conseguinte, parece interesse que uma reforma legislativa venha a dar nova 
 
 
8 
redação ao dispositivo legal, para que seja feita a inclusão do atendimento de 
urgência no tipo penal previsto no artigo 135-A do Código Penal pátrio. 
Diga-se, ainda, que se trata de crime de forma livre, pois pode ser perpetrado 
por diversas formas de execução, a exemplo de uma imposição escrita ou verbal 
e, até mesmo mediante gestos. 
 
2 Objetividade jurídica 
A objetividade jurídica do crime é a de garantir a preservação da vida das 
pessoas7 que necessitam de atendimento médico-hospitalar de emergência, 
evitando-se que estas tenham atendimento protelado em razão de 
procedimentos burocráticos ou em prevalência de interesses patrimoniais de 
hospitais, clínicas ou quaisquer outros tipos de estabelecimentos de 
atendimento à saúde. 
Dessa maneira, é imperioso dizer que não há qualquer óbice para que os 
estabelecimentos de saúde procedam à confecção de garantias ou 
preenchimento de formulários administrativos em oportunidade posterior à 
realização do atendimento emergencial. Por certo, o tipo penal não foi criado 
para a institucionalização da inadimplência. 
Conforme leciona Rogério Sanches Cunha, o que se pretende é o combate da 
corrente situação em que o estabelecimento privado de saúde “aproveita-se de 
um momento de extrema fragilidade emocional do doente (ou de seus 
 
7 Dizendo da finalidade do crime de preservação da vida e da saúde da pessoa tem-se a 
seguinte manifestação do Superior Tribunal de Justiça: “(...) Convém, ainda, ressaltar que, 
desde 28/05/2012, a conduta de exigir cheque caução como condição para o atendimento 
médico-hospitalar emergencial constitui crime, previsto no art. 135-A do Código Penal (inserido 
pela Lei 12.653/2012), cujo fim é salvaguardar a vida e a saúde das pessoas. Daí se revela a 
gravidade da conduta do hospital (...)” (STJ, AREsp 1044088/SP 2017/0001121-0, Relª. Minª. 
Nancy Andrighi, DJ 06/06/2017). 
 
 
9 
familiares) para, mediante uma das indevidas exigências acima descritas, 
garantir para o hospital o ressarcimento das despesas realizadas no socorro” 8. 
Registre-se que o crime em apreço se constitui em uma figura específica em 
relação à omissão de socorro, pois, conforme esclarece Rogério Greco, 
a numeração recebida pelo tipo penal em estudo, vale 
dizer, 135-A, é significativa no sentido de apontar que o 
condicionamento de atendimento médico-hospitalar 
emergencial pode ser considerado uma espécie de omissão 
de socorro, já que o art. 135 do Código Penal cuida desta 
última figura típica, ambas inseridas no Capítulo III, do 
Título I do Código Penal, que diz respeito à periclitação da 
vida e da saúde. 9 
 
O ilustre doutrinador conclui seu raciocínio citando as lições de Paulo César 
Busato, que assim leciona acerca do 135-A do Código Penal: 
Nada mais é do que uma especialização do crime de 
omissão de socorro, que só veio à tona como nova criação 
jurídica em virtude de ser uma situação concreta de 
comum ocorrência. Não obstante, todos os casos aqui 
abrangidos já se encontravam sob tutela jurídica do art. 
135, anteriormente. 10 
 
3 Sujeitos do delito 
 
O sujeito ativo é aquela pessoa que pratica o crime. O crime em comento pode 
ser praticado por administradores e por funcionários de hospitais e clínicas 
médicas, agindo de forma conjunta ou isolada. Trata-se, portanto, de crime 
próprio. 
 
8 CUNHA, Rogério Sanches. Código penal para concursos – doutrina, jurisprudência e questões 
de concursos. 9. ed. rev. ampl. e atual. Salvador, BA: JusPodivm, 2016. p. 407. 
9 GRECO, Rogério. Código Penal comentado. 11. ed. Niterói, RJ: Impetus, 2017. p. 589. E-book. 
10 BUSATO, Paulo César. Direito penal – parte especial 1.São Paulo: Atlas, 2014. p. 183/184. 
 
 
10 
Na hipótese de o atendimento emergencial ser negado por médico não restará 
configurado o delito em estudo, mas sim o de omissão de socorro, previsto no 
artigo 135 do Código Penal 11, conforme entendimento de Victor Eduardo Rios 
Gonçalves. Em sentido contrário, Ricardo Antônio Andreucci entende que o 
sujeito ativo do crime é 
(...) a pessoa que, de qualquer modo, exerça o controle 
prévio do atendimento médico-hospitalar emergencial. 
Portanto, pode ser funcionário, empregado, representante, 
atendente, médico, enfermeiro ou auxiliar, ou a qualquer 
outro título representar, na qualidade de preposto, a 
entidade de atendimento médico-hospitalar emergencial 
(hospitais, clínicas, casas de saúde, unidades de saúde, 
públicas ou particulares). Podem ser sujeitos ativos 
também os diretores, administradores e funcionários em 
geral de empresas operadoras de planos de saúde. 12 
 
Além disso, duas observações são imprescindíveis. A primeira diz respeito 
acerca de que os hospitais e clínicas aqui apontados são apenas aqueles 
integrantes da rede privada, o que é óbvio face ao regramento constitucional do 
sistema público de saúde brasileiro. Ora, a saúde é disciplinada nos artigos 196 a 
199 da nossa Constituição Federal, fazendo parte, juntamente com a Assistência 
Social, do subsistema não contributivo da Seguridade Social. Ela se difere da 
Assistência, todavia, pelo fato de além de gratuita, ser universal, isto é, acessível 
a todos que dela necessitem. 
Nesse aspecto, a cobrança de qualquer valor dentro do sistema único de saúde 
é proibida. Diga-se, portanto, que uma possível cobrança de valores indevidos 
 
11 O crime de omissão de socorro está assim tipificado no artigo 135 do Código Penal: “Deixar 
de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou 
extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou 
não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: Pena - detenção, de um a seis meses, 
ou multa”. 
12 ANDREUCCI, Ricardo Antônio. Manual de direito penal. 10. ed. rev. e atual. São Paulo: 
Saraiva, 2014. p. 185. E-book. 
 
 
11 
no sistema público de saúde, a depender da análise do caso concreto, poderá 
configurar o crime de concussão 13. Em face do analisado, portanto, pode-se 
afirmar que a cobrança por procedimentos médico-hospitalares somente é 
possível dentro da rede privada de saúde, motivo pelo qual o crime em 
comento somente poderá ser praticado por administradores e funcionários de 
hospitais, clínicas e estabelecimentos de saúde particulares. 
O segundo aspecto a ser ponderado diz respeito à possibilidade da conduta 
típica do funcionário ser derivada do poder diretivo do empregador, isto é, da 
obediência de determinações emanadas de superiores hierárquicos e da 
administração hospitalar. Nesse caso a conduta do funcionário deve ser 
verificada com cautela, pois o empregado aqui se submete ao poder diretivo do 
seu empregador muitas vezes por temer uma demissão. Não se pode, portanto, 
criminalizar a conduta daquele que age por força de imposição de superior 
hierárquico, pois galgada em uma causa excludente da culpabilidade, qual seja a 
de inexigibilidade de conduta diversa 14. 
Rogério Greco, no entanto, sustenta que na hipótese supracitada “haverá o 
concurso de pessoas, devendo, ambos (diretor e empregado) responder pela 
 
13 O crime de concussão está previsto no artigo 316, caput, do Código Penal, que assim diz: 
“Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de 
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Pena - reclusão, de dois a oito anos, e 
multa”. Trata-se de crime funcional, cometido pelo servidor público contra a Administração 
Pública, cuja objetividade jurídica primária é a tutela da moralidade administrativa. 
Secundariamente, visa-se à proteção patrimonial da pessoa constrangida pelo ato criminoso 
do funcionário público. 
14 A culpabilidade deve ser compreendida como a reprovabilidade da conduta típica e 
antijurídica. Em outras palavras, a culpabilidade é a possibilidade de se atribuir a alguém a 
responsabilidade por algum fato. Registre-se que somente haverá culpabilidade se o sujeito, 
de acordo com suas condições psíquicas: a) podia estruturar sua consciência e vontade de 
acordo com o direito (imputabilidade); b) estava em condições de poder compreender a 
ilicitude de sua conduta (possibilidade de conhecimento da ilicitude), e; c) se era possível 
exigir, nas circunstâncias, conduta diferente daquela do agente (exigibilidade de conduta 
diversa). 
 
 
12 
infração penal em estudo” 15. E, em igual sentido, Ricardo Antônio Andreucci, 
pondera que 
(...) não cabe ao funcionário, empregado, representante, 
preposto etc. alegar o cumprimento de ordem superior 
para justificar a exigência. Dada a ampla divulgação da 
conduta como crime, a exigência da providência indevida 
feita por subordinado a mando de superior hierárquico 
caracteriza o cumprimento de ordem manifestamente 
ilegal, respondendo ambos pelo delito. 16 
 
Bittencourt, por sua vez, entende que a criminalização do empregado deve ser 
vista com ressalvas, não se podendo perder de vista a sua atuação como longa 
manus do seu empregador, que de fato possui o poder decisório sobre as 
medidas a serem adotadas nos estabelecimentos de saúde da rede privada. E, 
assim sendo, por mais que amplo seja o conhecimento da lei e da conduta 
criminosa, não se poderia permitir que o empregado e o empregador 
respondessem pelo crime em comento com penas similares. Neste sentido, 
pondera que 
(...) na realidade, quem detém o domínio final do fato, 
nessas hipóteses, é o verdadeiro autor, ou seja, autor 
mediato; o atendente não é autor, mas mero executor. 
Poderá, no máximo, ser um mero partícipe, com 
participação de menor importância, respondendo na 
medida de sua culpabilidade. 17 
 
Pois bem. Esclarecido o sujeito ativo do delito, passa-se à apresentação do 
sujeito passivo, que poderá ser qualquer pessoa que, em estado de emergência, 
busca auxílio médico-hospitalar ou, ainda, seus familiares ou pessoas que o 
 
15 GRECO, Rogério. Código Penal comentado. 11. ed. Niteroi, RJ: Impetus, 2017. p. 592. E-book. 
16 ANDREUCCI, Ricardo Antônio. Manual de direito penal. 10. ed. rev. e atual. São Paulo: 
Saraiva, 2014. p. 186. E-book. 
17 BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal – parte especial: dos crimes contra a 
pessoa. 14. ed. rev. ampl. e atual. São Paulo: Saraiva, 2014. v. 2. p. 844,7. E-book. 
 
 
13 
auxiliem naquele momento, afinal pode existir situação em que o potencial 
paciente, dada a sua situação de emergência, não tenha condições de 
responder por si aos atos da vida civil, devendo ser assistido ou representado 
naquele ato. Entendendo pela ampla legitimidade passiva, tem-se a 
manifestação do Tribunal de Justiça do Paraná, a seguir em destaque: 
(...) PACIENTE EM ESTADO DE EMERGÊNCIA E URGÊNCIA. 
ACOMPANHANTE DO PACIENTE QUE FOI INSTADO A 
ASSINAR TERMO DE RESPONSABILIDADE PARA 
INTERNAMENTO. PROVA DOS AUTOS QUE DÁ CONTA DE 
QUE O INTERNAMENTO FOI CONDICIONADO À 
ASSINATURA DO TERMO DE RESPONSABILIDADE PARA 
INTERNAMENTO. OBRIGAÇÃO EXCESSIVAMENTE 
ONEROSA, ESTABELECENDO QUE O ACOMPANHANTE DO 
PACIENTE TORNAR-SE-IA GARANTIDOR DO PAGAMENTO 
DAS DESPESAS HOSPITALARES EM CASO DE NÃO 
PAGAMENTO PELO PLANO DE SAÚDE. CARACTERIZAÇÃO 
DE VÍCIO DE CONSENTIMENTO. ESTADO DE PERIGO E ERRO 
SUBSTANCIAL. ACOMPANHANTE DO PACIENTE 
(APELADO) QUE ABALADO COM O ESTADO DE SAÚDE DO 
SEU COLEGA ASSUMIU OBRIGAÇÃO EXCESSIVA. (...)” 
(TJPR, AP 13133538/PR, 1313353-8. Rel. Des. Sigurd 
Roberto Bengtsson, Décima Primeira Câmara Cível, 
Julgamento em 08/03/2017, DJ: 06/04/2017). (grifei) 
 
Destaque-se a existência de doutrina em sentido contrário, sustentando que o 
sujeito passivo do delito somente pode ser o pretenso paciente,pois “se a 
garantia for exigida de terceiro (um parente do paciente, por exemplo), ainda 
assim a vítima é o destinatário do atendimento, já que o delito em estudo não 
tutela o patrimônio, mas, como dito, a vida e a saúde” 18. 
 
 
18 SALIM, Alexandre; Azevedo, Marcelo André de. Direito penal: parte especial – dos crimes 
contra a pessoa aos crimes contra a família. 6. ed. rev. ampl. e atual. Salvador/BA: JusPodivm, 
2017. (Coleção sinopses para concursos; v.2/coordenação: Leonardo de Medeiros Garcia). p. 
154/155. 
 
 
14 
4 Elemento subjetivo 
 
O elemento subjetivo do tipo é o dolo acrescido do elemento subjetivo 
específico de impor, com aquela exigência, condições ao atendimento médico 
hospitalar de emergência. 
Não há previsão da modalidade culposa. 
 
5 Consumação e tentativa 
 
Trata-se de crime formal, que se consuma com a simples exigência de garantia 
ou do preenchimento de formulário para que ao paciente seja dado o 
atendimento médico hospitalar emergencial. Assim sendo, para a consumação 
do crime pouco importa que o paciente deixe de ser atendido ou tenha seu 
estado de saúde agravado. Todavia, deve-se registrar que se trata de crime de 
perigo concreto, sendo necessária a comprovação de que o condicionamento de 
atendimento se deu a pessoa em situação de emergência. 
Ademais, em face do supracitado, conclui-se tratar de um crime instantâneo 
que inadmite tentativa. 
 
6 Aumentos de pena 
 
O parágrafo único do artigo 135-A traz a previsão de duas causas de aumento 
de pena, são elas o resultado lesão corporal grave e a morte. Buscou-se aqui 
criminalizar com maior severidade aqueles casos em que o retardo do 
atendimento pela exigência de caução ou preenchimento de formulários traz 
aos pacientes consequências mais gravosas. 
 
 
15 
Observe-se que verificada a ocorrência do tipo penal previsto no parágrafo 
único do artigo passa-se a trabalhar com um crime preterdoloso, pois à conduta 
de dolosa de exigir soma-se um resultado agravador que advém a título de 
culpa. 
Conforme diz o dispositivo legal, se do condicionamento ao atendimento 
emergencial resulta lesão corporal grave a pena poderá ser aumentada até o 
dobro, ao passo que o óbito permite majoração de até o triplo da pena. 
Perceba-se que o legislador apenas referiu-se ao resultado lesão corporal grave, 
excluindo assim das agravantes um possível resultado que se constitua em lesão 
corporal leve, por exemplo. Salim e Azevedo, neste caso, sustentam que 
embora uma lesão de natureza leve não possa servir de causa de aumento ao 
tipo penal, poderá servir ao juiz como uma causa de valoração negativa quando 
da fixação da pena-base, nos termos do artigo 59, caput, do Código Penal 19. 
Registre-se que a majoração da pena para os casos previstos no parágrafo único 
do artigo é obrigatória. E, assim sendo, “como a lei não indicou o percentual 
mínimo, conclui-se que nos dois casos a exasperação será de 1/6 (um sexto) até 
o dobro ou até o triplo, pois tal montante é o menor admitido pelo Código Penal 
no tocante às causas de aumento da pena” 20. 
Frise-se, novamente, que os tipos penais originados pela verificação de causas 
de aumento de pena são preterdolosos; dessa maneira, havendo situação em 
que verificada a morte do paciente a título de dolo eventual, isto é, quando o 
agente mesmo sabendo do risco criado age de forma indiferente, de acordo 
com as lições de João Paulo Martinelli, estar-se-á diante do crime de homicídio 
 
19 O artigo 59 do Código Penal trabalha os critérios que o juiz deve observar quando da fixação 
da pena-base aos delitos. No caput do referido dispositivo legal lê-se o seguinte: “O juiz, 
atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos 
motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, 
estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime”. 
20 MASSON, Cleber. Código Penal comentado. 2. ed. rev. atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense; 
São Paulo: Método, 2014. p. 1866,1. E-book. 
 
 
16 
doloso do artigo 121 do Código Penal e não, do crime em estudo no presente 
trabalho. 
 
7 Pena, ação penal e competência 
 
A pena prevista para a forma simples prevista no caput do artigo é de três 
meses a um ano, razão pela qual se pode dizer tratar-se de crime de menor 
potencial ofensivo cuja competência é dos Juizados Especiais Criminais. 
Havendo o resultado lesão corporal grave a pena máxima será elevada para dois 
anos, sendo mantida a competência dos Juizados Especiais Criminais. 
Em ambos os casos supracitados, portanto, tem-se a verificação de delitos de 
menor potencial ofensivo, podendo o agente ativo ser beneficiado por 
quaisquer dos institutos despenalizadores previstos na Lei n. 9.099/1995, a 
exemplo da transação 21 e do sursis processual 22. 
 
21 A transação penal, prevista no artigo 76, da Lei dos Juizados n. 9.099/1995, consiste na 
celebração de um acordo entre o Ministério Público e o autor do delito. Por meio deste acordo 
o parquet propõe a aplicação imediata de pena restritiva de direito ou multa, deixando de 
oferecer denúncia. Cumprida a pena previamente imposta, estará extinta a punibilidade do 
agente. Perceba-se, portanto, que a transação penal permite a mitigação do princípio da 
obrigatoriedade da ação penal. 
Pontue-se, por óbvio, que o instituto da transação penal somente terá vez quando não for o 
caso de arquivamento. Ademais, são requisitos de imprescindível verificação para que a 
transação possa ser utilizada: a) tratar-se de infração de menor potencial ofensivo; b) tratar-se 
de crime de ação penal pública incondicionada ou de ação penal pública condicionada à 
representação; c) não ter sido o agente condenado por sentença definitiva à pena privativa de 
liberdade; d) verificação da presença das circunstâncias favoráveis (nos termos do artigo 76, 
inciso III, da lei); e) aceitação da proposta pelo autor da infração e por seu advogado; e f) o 
acusado não ter sido beneficiado pelo instituto nos últimos cinco anos. 
Finalmente, diga-se que a transação penal é doutrinariamente tratada como um direito 
subjetivo do acusado, de modo que, uma vez preenchidos os pressupostos objetivos e 
subjetivos, o Ministério Público estará obrigado a fazer a propositura da transação penal ao 
acusado. 
22 O artigo 89 da Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais (Lei n. 9.099/1995) trabalha com 
o instituto despenalizador chamado de sursis processual ou suspensão condicional do 
 
 
17 
Todavia, se o crime é qualificado pelo resultado morte haverá a triplicação da 
pena, que passará a ser no máximo de três anos, levando a competência para a 
Justiça Comum, que processará e julgará o crime por meio do rito sumário. 
Tem-se, assim, uma infração de médio potencial ofensivo, processada pelo rito 
sumário e que possibilita ao agente ser beneficiado apenas com a suspensão 
condicional do processo. 
Por fim, diga-se que, qualquer que seja sua forma, trata-se de crime cuja ação 
penal é pública incondicionada. 
 
 
 
 
 
 
 
processo. De imediato, é preciso ressaltar que a aplicação do instituto não se restringe aos 
crimes de menor potencial ofensivo, previstos na lei dos juizados especiais, mas alcança todo e 
qualquer crime cuja pena mínima cominada em abstrato seja igual ou inferior a um ano. Trata-
se da suspensão do processo por dois a quatro anos, o que se denomina período de prova, 
mediante a imposição de uma serie de condições. 
Também são requisitos para que o acusado seja beneficiado pelo instituto que: a) o crime a ele 
imputado não esteja sujeito à jurisdição militar; b) não esteja sendo processado ou tenha sido 
condenado por outro crime; e c) estejam presentes os requisitos do artigo 77 do Código Penal, 
os quais autorizam a suspensão condicional da pena. 
Entende-se doutrinariamente que se o Promotor entender não ser cabível a propostade sursis 
processual, mas o Magistrado discordar de sua posição, este deverá fazer a remessa dos autos 
ao Procurador Geral de Justiça, em alusão ao disposto no artigo 28, do Código de Processo 
Penal. Essa é a redação da Súmula 696, do Supremo Tribunal Federal. 
Pois bem. Aceita a proposta, inicia-se o período de prova, no qual a prescrição não corre. 
Dentre as condições impostas ao acusado tem-se a reparação do dano, quando possível fazê-
lo; a proibição de frequentar determinados locais e o comparecimento período ao juízo. O 
descumprimento imotivado de quaisquer dessas condições implica na revogação do benefício 
e retomada do processo. Vencido o período de prova sem a revogação do benefício, extingue-
se a punibilidade do agente. 
 
 
18 
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crime de condicionar atendimento médico-hospitalar emergencial a qualquer 
garantia e dá outras providências. Publicada no Diário Oficial da União de 29. 
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