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1 Resumo do livro A VANTAGEM DA FELICIDADE: Os Sete Princípios que Fomentam o Sucesso e Desempenho no Trabalho Shawn Achor 2 Sumário Sumário .....................……………………………………………………………………….............................. 2 Parte 1: Psicologia Positiva no Trabalho: Descobrindo a vantagem da felicidade............. 3 Princípio n 1: A Vantagem da Felicidade ..........................................................................10 Princípio n 2: O Eixo Central e a Alavanca.........................................................................19 Princípio n 3: O Efeito Tetris..............................................................................................31 Princípio n 4: Caindo Para Cima.........................................................................................37 Princípio n 5: O Círculo do Zorro........................................................................................43 Princípio n 6: A Regra dos 20 Segundos.............................................................................49 3 Parte 1: Psicologia Positiva no Trabalho Descobrindo a Vantagem da Felicidade Se observarmos as pessoas ao nosso redor, veremos que a maioria delas segue a fórmula aprendida na escola, no trabalho e com os pais: Se você trabalhar muito terá sucesso, e somente então será feliz. Esse padrão de crença explica o que nos motiva: Se eu receber o aumento, ou alcançar a próxima meta de vendas, tirar notas altas, ou perder 3 quilos, então serei feliz. Primeiro o sucesso, e depois a felicidade. O único problema é que essa fórmula não funciona. Mais de uma década de pesquisas na área da psicologia positiva e da neurociência provou que a relação entre sucesso e felicidade funciona ao inverso. Agora sabemos que a felicidade é a precursora do sucesso, e não o resultado deste. E essa felicidade fomenta o desempenho – o que chamamos de Vantagem da Felicidade. Esperar para ser feliz limita o potencial do nosso cérebro para o sucesso, enquanto o cultivo de um cérebro mais positivo nos torna mais motivados, eficientes, criativos e produtivos. Essa descoberta foi confirmada por milhares de estudos científicos, por uma pesquisa com 1600 estudantes da Harvard, e com dúzias das melhores empresas do mundo listadas na Fortune 500. Shawn Achor, natural do Texas, jamais esperava passar no processo de seleção da Harvard, e quando ele passou se sentiu muitíssimo privilegiado. Ele concluiu a graduação e se tornou professor de mais de 15 disciplinas na instituição. Também foi contratado para ser inspetor ou mentor dos residentes recém-chegados, ajudando-os a se adaptarem e terem felicidade e sucesso no campus. Permaneceu na Harvard por 12 anos se sentindo agradecido por cada momento, até pelo estresse, exames e tempestades de neve. 4 Sua experiência de 12 anos de ensino e acompanhamento dos alunos residentes forneceu a ele uma visão de como milhares de estudantes da Harvard avançam através do estresse e desafios. Foi quando ele começou a perceber padrões. Muitos dos estudantes viam a Harvard como um privilégio, mas outros rapidamente perdiam o olhar dessa realidade e focavam apenas nas tarefas, na competividade e no estresse. Esses falavam incessantemente sobre preocupações com o futuro, esquecendo-se de que estavam ganhando um diploma que abriria muitas portas lá na frente. Sentiam-se sobrecarregados por pequeninos revezes em vez de energizados pelas possibilidades à sua frente. Após observar esses estudantes lutarem em sua caminhada, Shawn percebeu que eles eram os mais suscetíveis ao estresse e depressão e seu desempenho acadêmico era o mais prejudicado. Em 2009 Shawn visitou uma escola na África que não tinha luz e nem água corrente, e descobriu que as crianças de Soweto viam as tarefas escolares como um privilégio. Os estudantes de Harvard que viam o aprendizado como obrigação estavam lutando com notas baixas e focando no estresse. Aqueles que viam a Harvard como um privilégio pareciam brilhar cada vez mais, e tinham uma atitude positiva que os colocava em destaque em um ambiente competitivo. Pesquisando Felicidade na Harvard Apesar de a Harvard ter uma estrutura magnífica, um corpo docente espetacular, e um corpo de discentes composto pelos melhores e mais brilhantes estudantes do país, também abriga homens e mulheres cronicamente infelizes. Uma pesquisa de 2004 revelou que em cada 5 estudantes da Harvard, 4 sofrem de depressão tão debilitante que não conseguem funcionar. As taxas de depressão hoje são dez vezes maiores que em 1960. Shawn saiu a procura da 1 pessoa em cada 5 que estava florescendo acima da curva em termos de desempenho, produtividade, humor, energia e resiliência. E ao mesmo tempo, outros professores da Harvard estavam estudando sobre o que faz as pessoas florescerem, ou sobre a psicologia positiva. Não se 5 trata de estudar a maioria, mas aqueles acima da média. A psicologia tradicional comete “o erro da média”, procurando a pessoa da média, e se esquece daquela que se comporta acima da média. Se estudamos a média, permanecemos na média. O Foco no Negativo De acordo com Tal Ben-Shahar, o segundo erro que a psicologia tradicional comete é estudar apenas aqueles abaixo da média. Claro, essas pessoas precisam de ajuda para aliviar a depressão ou estresse e voltarem ao normal, mas isso ainda representa apenas metade do grande total. Podemos aliviar depressão e estresse sem fazer alguém feliz, e perder a oportunidade de elevar essa pessoa acima da média. Até 1998 encontrávamos 1 estudo em felicidade para 17 estudos em depressão. Sabíamos tudo sobre depressão e pouco sobre florescimento. Nos noticiários ouvimos sobre desastres, crimes, corrupção e isso engana o cérebro sobre a realidade, como se a maior parte do que acontece na vida fosse negativo. Não é saudável ou cientificamente responsável estudar apenas a metade negativa da experiência humana. Em 1998, Martin Seligman, o então presidente da American Psychological Association (APA) anunciou que era hora de mudar o foco tradicional da psicologia e começar a focar no lado positivo da curva, e que precisávamos estudar o que funciona, e não apenas o que está quebrado. Então nasceu a psicologia positiva. Em 2006, Shawn auxiliou Tal Ben-Shahar a desenhar uma nova disciplina chamada psicologia positiva, ainda pouco conhecida. Em 2 semestres quase 1200 alunos se inscreveram, isso é um em cada 6 estudantes da Harvard. Os estudantes da Harvard ficam sob muita pressão para serem os melhores, e se isolam socialmente para estudar, até deixando de comer. A maioria não têm sequer um envolvimento romântico durante os 4 anos de curso. Ao obterem uma educação, aprenderem outras línguas fluentemente, e leem ótimos livros. No entanto nunca aprendem como maximizar o potencial do cérebro para encontrar 6 felicidade e significado. Eles se isolam de seus amados enquanto constroem um currículo para preencher expectativas de outros. Essas pessoas brilhantes em meio ao estresse se distanciaram do maior indicador do sucesso e felicidade: sua rede social. Uma grande quantidade de estudos mostrou que os relacionamentos sociais são a melhor garantia de bem estar e menos estresse, antidotes para depressão e receita de alto desempenho. Mas, em vez disso, esses estudantes se isolam em um cubículo na biblioteca, pois aprenderam que sucesso traz felicidade. Na verdade, novas pesquisas em neurociência mostram que nos tornamos mais bem sucedidos quando estamos mais felizes e positivos. Por exemplo, os médicos que estão de bom humor antes de dar o diagnóstico mostram quase três vezes mais inteligência e criatividade que os médicos em estado neutro, e fazem diagnóstico 19 vezes mais rápido. Vendedores otimistas vendem56 por cento a mais. Nosso cérebro está programado para desempenhar seu melhor não quando estamos neutros ou negativos, mas quando estamos positivos. Ouvindo os Atípicos Positivos (Outliers) Quanto mais Shawn lia sobre estudos em psicologia positiva, mais se convencia do quanto nos enganamos sobre o caminho rumo às realizações pessoais e profissionais. Os estudos conclusivamente mostravam que o caminho para a grande realização não era a concentração no trabalho. Esses estudos estavam virando o mundo acadêmico e corporativo de cabeça para baixo. Ele viu então a oportunidade de testar essas ideias com seus alunos. Conduziu pesquisa com 1600 dos melhores alunos, o qual foi um dos maiores estudos em felicidade já feitos com estudantes da Harvard. Após ter colhido e analisado uma grande quantidade de dados Shawn agrupou-os em sete princípios específicos, que preveem sucesso e realização. 7 Os Sete Princípios A Vantagem da Felicidade – Porque os cérebros positivos têm uma vantagem biológica sobre cérebros neutros ou negativos, este princípio nos ensina a treinar nosso cérebro para potencializar a positividade e melhorar a produtividade e desempenho. O Eixo Central e a Alavanca – A maneira como experimentamos o mundo, e nossa habilidade para ter sucesso constantemente muda de acordo com nossa atitude mental. Esse princípio nos ensina como podemos ajustar nossa atitude mental (nosso eixo) de maneira a termos mais motivação (a alavanca) para realizar e ter sucesso. O Efeito Tetris – Quando nosso cérebro fica preso em um padrão que foca no estresse, negatividade e fracasso, nos programamos para fracassar. Esse princípio nos ensina como treinar nosso cérebro para encontrar padrões de possibilidades, assim podemos ver e aproveitar as oportunidades quando as vemos. Caindo Para Cima – Em meio à derrota, estresse e crise, nosso cérebro mapeia diferentes caminhos para nos ajudar a enfrentar as dificuldades. Esse princípio se refere a encontrarmos o caminho mental que nos eleva acima da derrota e sofrimento, e nos ensina a ser mais felizes e bem sucedidos. O Círculo do Zorro – Quando os desafios surgem e ficamos sobrecarregados, nosso cérebro racional é sabotado por emoções. Esse princípio nos ensina como retomar o controle ao focar primeiro nas metas pequenas e gerenciáveis, e então gradualmente expandir nosso círculo para alcançar metas maiores e melhores. A Regra dos 20 Segundos – Mudanças sustentáveis e duradouras parecem impossíveis porque nossa força de vontade é limitada. E quando a vontade falha, 8 voltamos para nossos velhos hábitos e para o caminho mais fácil. Esse princípio mostra como, por ajuste de energia, podemos reorientar o caminho mais fácil e substituir maus hábitos por bons hábitos. Investimento Social – Em meio a desafios do estresse, alguns se isolam. Mas as pessoas de sucesso investem em seus amigos, colegas e família para poderem continuar. Esse princípio nos ensina como investir mais em um dos maiores marcadores de sucesso e excelência – nossa rede de apoio social. 9 A Vantagem da Felicidade no Trabalho Ao palestrar para um grupo de líderes bilionários na cidade de Harare, Zimbabwe em 2008, Shawn se sentiu nervoso, pois o país acabara de ser devastado por um colapso econômico. E os sete princípios foram úteis para eles em tempos de crise, maximizando sua produtividade, energia e desempenho no trabalho. Dentro de um ano Shawn já havia visitado mais de 40 países em cinco continentes, e descobriu que os mesmos princípios marcadores de sucesso na Harvard funcionavam em todos os lugares que visitava. Cada pessoa tinha uma história diferente de felicidade, luta e resiliência. Ele aprendeu mais com suas visitas ao redor do globo do que com seus estudos durante 12 anos na Harvard. Com a crise na América no norte, ele falou a líderes que passavam por reestruturação e perdas em suas grandes empresas, e mesmo assim, eram receptivos com a psicologia positiva. Os executivos da American Express teriam com Shawn uma palestra de 90 minutos, mas cancelaram reuniões para ouvi-lo por 3 horas. Eles estavam famintos pelo assunto da felicidade. Os primeiros a abraçarem os sete princípios foram os diretores e CEOs de bancos, e instituições financeiras. E as pessoas quase universalmente estão abertas a usar a psicologia positiva para repensar a maneira como trabalham. Enquanto isso os pesquisadores em psicologia positiva concluíram um estudo de meta análise, envolvendo 200 estudos com 275 mil pessoas do mundo. Seus achados combinaram com os princípios que Shawn estava ensinando – que a felicidade leva ao sucesso em quase todo domínio, inclusive trabalho, saúde, amizades, sociabilidade, criatividade e energia. Isso o encorajou a aplicar os princípios em outras populações. Shawn testou esses princípios com auditores de impostos em 2008, e ofereceu um treinamento a 250 gestores da KPMG. Ao voltar, ele constatou que o treino os vacinou contra os efeitos negativos do estresse, e os auditores reportaram maior satisfação e menor estresse que o grupo que não recebeu o 10 treinamento. O mesmo ocorreu em empresas gigantes como a UBS, Credit Suisse, e Morgan Stanley. Logo as faculdades de direito e empresas começaram a bater na porta de Shawn. Advogados têm 3 vezes mais risco de depressão que outros profissionais. Ele ensinou a eles como construir e fortalecer sua rede de apoio social para diminuir a ansiedade e negatividade. Os resultados foram imediatos e impressionantes, e eles puderam usar a vantagem da felicidade para redução do estresse e alcance de mais realizações. Mas os achados em psicologia positiva ainda são praticamente um segredo no campo profissional e corporativo. As empresas da fortune 500 ainda usam programas de incentivo que são ineficazes já a uma geração. Um estudo mostrou que os CEOs se tornam 15 por cento mais produtivos, e os gerentes aumentam a satisfação do cliente em 42 por cento por usarem os princípios positivos. Essas sete ferramentas ajudarão você a vencer obstáculos, reverter maus hábitos, ser mais eficiente e produtivo, aproveitar as oportunidades e conquistar metas ambiciosas na vida e no trabalho. A vantagem da felicidade nos ajuda a cultivar a atitude mental e comportamentos que fomentam maior sucesso e realização. Ainda não sabemos os limites do enorme potencial de nosso cérebro para crescermos e nos adaptar a circunstâncias que mudam. Apenas ter o conhecimento dos princípios não é o suficiente para mudar nosso comportamento e criar mudança sustentável. Precisamos de foco e esforço para coloca-los em prática. 11 Princípio n 1 A VANTAGEM DA FELICIDADE Como a Felicidade Acrescenta a Seu Cérebro e à Sua Organização – a Vantagem Competitiva. Em 1543 Copérnico argumentou que a terra girava em torno do sol, o que mudou a maneira como vemos o universo. Hoje, uma mudança semelhante no campo da psicologia está acontecendo. For gerações acreditamos que a felicidade gravitava ao redor do sucesso, e agora sabemos pelas pesquisas que o oposto é verdadeiro. Quando estamos felizes, com a mente e humor positivos somos mais criativos, motivados, e bem sucedidos. A felicidade é o centro, e o sucesso gira em torno dela. Apesar das pesquisas, ainda há líderes que insistem na fórmula inversa, e quando a seguimos, boicotamos nosso bem estar mental e emocional, diminuindo nossa chance de sucesso e realização. Aqueles com vantagem competitiva não procuram a felicidade como uma recompensa distante de suas realizações, e nem passam o dia com humor neutro ou negativo, eles capitalizam do positivo e colhem as recompensas sempre. A Ciência da Felicidade Os cientistas definem a felicidade como “bem estar subjetivo”, pois é relativo para a pessoa que a experimenta. É baseadaem como nos sentimos sobre nossa vida. Com o passar dos anos os cientistas desenvolveram auto avaliações métricas precisas e confiáveis de felicidade individual. Os cientistas também definem felicidade como a experiência de emoções positivas, sentimentos profundos de significado e propósito. Ela implica em humor positivo no presente e sentimento positivo em relação ao futuro. Martin Seligman, o pai da psicologia positiva, dividiu a felicidade em três componentes: prazer, engajamento e significado. Seus estudos confirmam que as 12 pessoas que buscam apenas prazer experimentam os benefícios que a felicidade pode trazer apenas parcialmente, enquanto aqueles que buscam todos os três componentes vivem a boa vida. Talvez o termo correto para felicidade seja florescimento. Para Shawn felicidade é a alegria que sentimos ao nos esforçarmos para desenvolver nosso potencial. O grande motor da felicidade são as emoções positivas ou positividade. Barbara Fredrickson, pesquisadora da Universidade de Carolina do Norte é líder mundial no tema, e descreve as dez emoções positivas mais estudadas: alegria, gratidão, serenidade, interesse, esperança, orgulho, surpresa, inspiração, reverência e amor. Os dados são abundantes mostrando que a felicidade leva ao sucesso em todo domínio da vida, incluindo casamento, saúde, amizades, envolvimento comunitário, trabalho, carreira e negócios. Trabalhadores felizes têm níveis mais altos de produtividade, desempenho e liderança, e têm menos faltas no trabalho. Um dos estudos longitudinais mais famosos em felicidade vem dos velhos diários de freiras católicas. Foi pedido a essas 180 freiras nascidas antes de 1917 que escrevessem seus pensamentos em seus diários. Mais de cinco décadas depois, pesquisadores decidiram analisar os trechos com conteúdo de emoções positivas. Descobriram que o nível de positividade delas aos 20 anos de idade previu como seria o resto de suas vidas. As freiras que tiveram anotações mais positivas em seu diário viveram 10 anos a mais do que as que tiveram conteúdo mais negativo ou neutro. Aos 85 anos, 90 por cento das mais felizes, ainda estavam vivas, comparado a apenas 34 por cento das menos felizes. Estando felizes aos 20 anos, elas tiveram saúde superior e vida mais longa. A felicidade melhora a saúde, nos faz trabalhar mais rápido e por mais tempo. Essa revelação fornece às empresas um incentivo adicional para se preocuparem com a felicidade dos funcionários, pois estando felizes, eles serão mais produtivos no trabalho. Os funcionários infelizes faltam 15 dias mais que os funcionários felizes em um ano. 13 Seu Cérebro e a Felicidade As emoções positivas afetam a função de nosso cérebro e mudam nosso comportamento. Os psicólogos já sabem há muito tempo que as emoções negativas estreitam nosso pensamento e limitam a variedade de nossas ações. Barbara Fredrickson, em sua “teoria do construir e expandir” afirma que as emoções positivas alargam as fronteiras da mente, nos tornando mais criativos, inteligentes, sociáveis, com mais energia e abertos a novas ideias. Melhoramos nosso desempenho de diversas maneiras. Sentir emoções positivas permite que nosso cérebro armazene recursos para futuro, os quais servem de amortecedor. O efeito “expandir” é biológico. Positividade inunda nosso cérebro com dopamina e serotonina, e habilita o centro de aprendizado. Emoções positivas nos ajudam a organizar melhor nova informação, mantê-la por mais tempo e nos lembrar mais tarde. Elas nos ajudam a sustentar conexões nervosas, o que nos faz pensar mais rápido e de maneira mais eficiente, nos torna mais habilidosos em análises complexas e resolução de problemas, e também inventamos novos caminhos de fazer as coisas. Nosso humor, de acordo com um estudo da Universidade de Toronto, pode mudar como processamos informação visual. Foram mostradas aos participantes desse estudo muitas fotos. Os participantes com bom humor observaram todos os detalhes, enquanto aqueles com negatividade não viram o fundo, e nem detalhes. É por causa da vantagem da felicidade que a empresa Yahoo tem uma ala de massagem, e que os engenheiros do Google trazem seus cães para o trabalho. Empresas inteligentes cultivam esses ambientes de trabalho, pois quando os funcionários se sentem felizes, eles têm momentos de criatividade e a inovação, veem solução que não teriam visto em humor neutro, e geram grandes resultados. As emoções positivas abrem nossos olhos para novas soluções e ideias. Um estudo mostrou que crianças de apenas 4 anos de idade montaram seus blocos de maneira mais criativa e rápida quando foi pedido a elas que pensassem nas coisas que gostavam enquanto brincavam. 14 Capitalizando na Felicidade Algumas pessoas pensam que não são por herança do tipo “felizes” ou bem humoradas. Antes se pensava que a felicidade era hereditária. No entanto, os cientistas descobriram que de fato temos mais controle de nosso bem estar do que pensávamos. Enquanto todos nós temos uma linha de base de felicidade, podemos aumentar essa base permanentemente, mesmo com altos e baixos. Os cientistas afirmam que o mais crucial para a felicidade humana é buscar metas significativas na vida, sempre estar à procura de oportunidades, cultivar o otimismo e atitude de agradecimento, e fortalecer as relações sociais enriquecedoras. Tão importantes quanto as grandes mudanças em pensamento e comportamento para a vantagem da felicidade são os curtos momentos diários de positividade e alegria, tais como ver um curto vídeo engraçado, conversar com alguém ou com um amigo, ou mesmo dar um pequeno presente como uma balinha pode ativar nossa potência mental e desempenho no trabalho. Todos nós temos algumas atividades que aumentam nossas emoções positivas, talvez a sua seja ouvir uma música, jogar basquete, andar com o cachorro, ou limpar a casa. Tenha expectativas de concretização de algo. Um estudo mostrou que as pessoas que apenas pensaram em assistir seu filme preferido aumentaram seu nível de endorfinas em 27 por cento. A parte feliz de uma atividade é a antecipação. Se você não pode ver seus amigos, agende um tempo com eles, se não pode tirar férias agora, faça um planejamento, mesmo que seja para daqui a um ano. E quando precisar de uma injeção de energia lembre-se das expectativas. Antecipar recompensas futuras pode ativar o centro de prazer em seu cérebro tanto quanto viver o evento real. 15 Realize Ações ou Atos Conscientes de Bondade Uma pesquisa com 2000 pessoas mostrou que os atos de altruísmo, doar a amigos e estranhos igualmente – diminui o estresse e contribui fortemente para a saúde mental. Sonja Lyobomirsky, pesquisadora líder e autora de “O Como da Felicidade”, descobriu que as pessoas a quem foi pedido que realizassem 5 atos de bondade em um dia relataram se sentir muito mais felizes do que o grupo controle, e esses sentimentos duraram por dias após o exercício. Faça o exercício, escolhendo um dia da semana com o compromisso de fazer cinco atos bondosos. Um dos meus atos favoritos é pagar o pedágio para a pessoa atrás de mim. Inspire Positividade ao Seu Redor Nosso ambiente pode ter um impacto enorme em nosso bem estar e atitude. Nem sempre temos o controle do mesmo, mas podemos nos esforçar para difundir a positividade. Pense em seu trabalho: Que sentimentos ele te inspira? Aqueles que têm fotos de família na tela do computador estão garantindo momentos de positividade no seu dia a dia. Encontrar tempo para sair do escritório pelo menos por 20 minutos expande o pensamento e melhora a memória. Os gestores espertos permitem que seus funcionários respirem ar fresco 2 vezes por dia, e colhem os benefícios com melhor desempenho de sua equipe. Também podemos manter as emoções negativas bem distantes, assistindo menos TV. Estudos mostram que quanto menosassistimos os programas com conteúdo de violência, mais felizes somos. Isso não significa ignorar os problemas reais do mundo. Os psicólogos pesquisadores afirmam que na verdade, aqueles que assistem menos TV são juízes mais precisos dos riscos e recompensas da vida do que os que se sujeitam a ouvir histórias de crimes, tragédias e morte nos programas populares e jornais. Isso porque essas pessoas são menos prováveis de ver informação sensacionalista e veem a realidade com mais clareza. 16 Exercício Físico O exercício físico libera químicas que induzem a sensação de bem estar, como endorfinas, e melhora o humor. Também melhora o desempenho no trabalho por aumentar a motivação e sentimentos de domínio, reduzindo o estresse e ansiedade, e nos ajudando a ter mais “flow” – aquele sentimento de total engajamento que temos quando estamos em nosso melhor em termos de produção. Um estudo comprovou o quanto o exercício é poderoso. Três grupos de pacientes depressivos foram designados com diferentes estratégias de tratamento. O grupo 1 tomou antidepressivos, o grupo 2 fez exercícios, e o grupo 3 fez uma combinação. Ao final do estudo, os 3 grupos haviam sido beneficiados. Mas, após seis meses 38 por cento do grupo 1 teve relapso e 31 por cento do grupo 3 também, enquanto o grupo do exercício teve apenas 9 por cento de relapso. Os efeitos da caminhada, andar de bicicleta, etc. são duráveis. Gaste Dinheiro (mas não com coisas) Contrário à crença popular, o dinheiro não traz necessariamente a felicidade. O prazer da compra é passageiro, enquanto os sentimentos positivos que temos ao viver experiências e proporcioná-las para outros é duradouro e significante. Gastar com um jantar entre amigos ou atividades com outros proporciona um prazer mais duradouro do que gastar com compras de roupas, sapatos, relógios caros ou TVs, segundo achados de um estudo sobre compras. Gastar dinheiro com outros, ou o “gasto pró-social” aumenta a felicidade. Quais são seus hábitos de gastos? Desenhe duas colunas no papel e calcule seus gastos do próximo mês. Seus gastos se concentram em coisas ou experiências? Ao final do mês olhe para cada coluna, e pense sobre o prazer que cada compra proporcionou a você, e por quanto tempo. Exercite Uma Força de Assinatura. Todos são bons com alguma coisa. Talvez em dar conselhos ou cozinhar, e seja qual for sua força, cada vez que você a usa toma uma injeção de 17 positividade. Use um talento que você não usa há muito tempo. Melhor ainda do que usar uma habilidade, é exercitar uma força de caráter. Uma equipe de psicólogos recentemente catalogou as 24 forças de caráter universais que mais contribuem para o florescimento humano. Eles desenvolveram então um questionário que identifica as cinco principais forças de assinatura da pessoa. Para aprender mais, visite o site: www.viame.org e faça o teste gratuito em português. Em um estudo, quando um grupo exercitou suas forças de assinatura de maneira nova a cada dia, isso aumentou seu nível de felicidade, e eles se tornaram menos depressivos e significantemente mais felizes do que o grupo controle. E esses benefícios duraram 6 meses após o experimento. Uma das forças de Shaw é o amor ao aprendizado. Ele aprende fatos históricos sobre todos os lugares que visita, e esse exercício mental faz uma enorme diferença em sua atitude e estado mental quando viaja entre continentes, afirma ele. Faça o teste VIA e use suas virtudes. Colocando os Bois na Frente na Carroça. Todos podem aumentar a positividade em seu trabalho. Mas isso é especialmente verdade para líderes, gerentes e pessoas em posições de autoridade, pois eles: (a) determinam as políticas e moldam a cultura do ambiente de trabalho; (b) esperam ser exemplo para todos; (c) tendem a interagir com todas as pessoas durante o dia. Infelizmente líderes modernos não querem perder tempo sendo positivos, e acabam honrando os funcionários que não tiram uns minutinhos para descansar ou socializar. No entanto, os novos executivos encorajam seus funcionários a tirar tempo do trabalho para fazer exercícios e meditar, ou os deixam sair 30 minutos antes uma noite por semana para fazer voluntariado local, e o investimento tem um retorno enorme. Os chefes que desencorajam momentos de positividade, piadas, risadas, um telefonema para a família, e a descontração estão em dupla http://www.viame.org/ 18 desvantagem, pois tendem a ser negativos, e a eficiência e gerenciamento do tempo dos funcionários na verdade decresce. Os melhores líderes usam a Vantagem da Felicidade como ferramenta para motivar suas equipes e maximizar o potencial dos funcionários. O Google é famoso por deixar patinetes no corredor, vídeo games na sala de café, e chefes gourmets na cafeteria. O fundador do Patagonia deixa pranchas de surf no armário para os funcionários surfarem. Muitas empresas têm academias, creches no local, e benefícios de saúde, as quais têm muito retorno. Uma empresa teve o retorno de $12.3 reais em cada $2 reais gastos com seu programa de fitness corporativo. A Toyota testemunhou um salto em produtividade em seu Centro de Partes Norte Americano quando implantou um treino baseado em forças com os funcionários. Todos os pequenos momentos de positividade no trabalho podem aumentar a eficiência, motivação, criatividade e produtividade. E quando o reconhecimento dos chefes ocorre em relação aos funcionários, através de elogios, isso aumenta mais o desempenho do que o dinheiro o faria, um estudo mostrou. Chip Conley, CEO de uma rede de hotéis de luxo permite que uma pessoa fale por um minuto ao final de cada reunião sobre um funcionário que merece reconhecimento, pode ser uma diarista ou um gerente, e após isso, outro executivo na reunião se voluntaria para ligar, enviar email ou visitar a pessoa elogiada e dizer a ela que está fazendo um trabalho excelente. Em ambiente militar, os líderes que expressam abertamente a positividade conseguem proezas com suas equipes. Na marinha americana, segundo uma pesquisa, os prêmios anuais por eficiência e preparo são dados para os esquadrões cujos oficiais comandantes são abertamente encorajadores. Por outro lado, os esquadrões com a pontuação mais baixa em desempenho são geralmente liderados por comandantes com uma conduta controladora, negativa e indiferente. Até no militarismo, um estilo de liderança positiva vence. 19 A Linha Losada Algumas pessoas não acreditam na vantagem da felicidade e acreditam que o encorajamento e reconhecimento deve ser usado como recompensa para bom desempenho, e não como uma ferramenta para despertar um melhor desempenho. O pesquisador Marcial Losada afirma em seu modelo matemático que 2.9 é a razão ou proporção de interações positivas para negativas necessárias para tornar uma equipe bem sucedida. Essa média significa que é preciso 3 comentários, expressões ou experiências positivas para reparar os efeitos de um evento negativo. Mantenha uma razão de 6 para a linha Losada e as equipes produzem o seu melhor. Isso não é apenas uma fórmula matemática, o próprio Losada trabalhou com uma empresa global de mineração, a qual sofria com um processo de perda maior que 10 por cento; ele descobriu que a razão Losada de positividade deles era 1.15. Mas após os líderes da equipe terem sido instruídos a dar mais feedback positivo e ter interações mais positivas, a média da razão Losada da equipe aumentou para 3.56. Eles deram um pulo na produção, melhorando seu desempenho em mais de 40 por cento. O CEO confessou a Losada, “você desamarrou o nó que nos emprisionava: hoje olhamos uns para os outros de maneira diferente e aprendemos sobre nosso sucesso pessoal, mas também sobre o sucesso dos outros, e o mais importante, alcançamos resultados tangíveis”. A razão matemática Losada é a evidência da Vantagem da Felicidade,e ao aceitarmos essa nova ordem no universo do trabalho, mudamos nosso modo de trabalhar, de interagir com os colegas, e de liderar nossas equipes, para dar à nossa carreira e nossa organização a vantagem competitiva. 20 Princípio n 2 O Eixo Central e a Alavanca Mudando Seu Desempenho por Mudar Sua Atitude Quando Shawn tinha 7 anos de idade, sua irmã de 5 anos caiu da beliche mais alta ao brincar com ele, e antes que ela chorasse Shawn disse a ela: Amy, nenhum ser humano cai assim de quatro, somente unicórnios. O maior desejo de Amy era ser um unicórnio e por isso ela não chorou, mas voltou a brincar sem acordar seus pais. Shawn cita essa experiência da infância para dizer que embora tenhamos limitações, podemos escolher usar nossos recursos para ver apenas a dor, negatividade, estresse e incertezas, ou usar nossos recursos para olhar para as coisas pelas lentes da gratidão, da resiliência, do otimismo e do significado. Enquanto não podemos mudar a realidade pela força de vontade, podemos usar nosso cérebro para mudar como processamos o mundo, e isso muda como reagimos a ele. A felicidade não é mentirmos para nós mesmos, ou ficarmos cegos para o negativo, mas ajustarmos nosso cérebro para ver maneiras de superar nossas circunstâncias. A Fórmula Arquimediana Arquimedes, o maior cientista e matemático grego da antiguidade disse, “Dê- me uma alavanca longa o suficiente, e um eixo para coloca-la, e eu moverei o mundo.” Shawn teve seu momento Eureka no dormitório observando estudantes se prepararem para um exame, de acordo com a fórmula de Arquimedes. Nosso cérebro funciona como a fórmula arquimediana. Em uma gangorra, o eixo fica no centro. Se dois meninos de 50 quilos cada um se sentam com a mesma distância do eixo, eles se equilibram. Se dois meninos com peso de 50 e 75 quilos se sentam, o menor ficará no ar até o maior dar um impulso com os pés. 21 Mas e se movermos o eixo? Se deixarmos o eixo próximo do menino mais pesado, ele se moverá com maior facilidade, e o mais leve pesará mais. O poder de maximizarmos nosso potencial é baseado em duas coisas importantes: (1) o comprimento da alavanca – quanta força potencial e possibilidade nós acreditamos ter, e (2) a posição do eixo central – a atitude com a qual geramos força para mudar. O que isso significa em termos práticos é que se você é um estudante lutando por notas melhores, um executivo júnior lutando por melhor salário, ou um professor que espera inspirar os alunos, você não precisa tentar demais para obter resultados. Quanto mais mudamos nosso eixo (atitudes), mais nossa alavanca aumenta e mais força geramos. Se movermos o eixo de modo que toda a vantagem vai para a atitude negativa, nunca saímos do lugar. Se movermos o eixo para uma atitude positiva, a força da alavanca aumenta, e move tudo para cima. Ao mudar o eixo de nossas atitudes e aumentar a alavanca da possibilidade, nós mudamos o que é possível. Não é o peso do mundo que determina o que podemos alcançar. É nosso eixo e a alavanca. Mova o Eixo, Mude a Realidade De acordo com a teoria da relatividade de Einstein, muitas leis aparentemente invioláveis do universo são alteradas baseadas no observador. Como resultado, algumas impossibilidades num mundo “objetivo e fixo” se tornam possíveis. A relatividade não termina com a física. Todo segundo de nossa experiência é medido por um cérebro relativo e subjetivo. A “realidade” é a relativa compreensão de mundo do nosso cérebro, baseada em como e onde estamos observando. O mais importante, podemos mudar essa perspectiva a qualquer momento, e ao fazer isso mudamos nossa experiência do mundo ao nosso redor. É isso que quero dizer quando falo em mudar oeixo. Essencialmente nossas atitudes, e por 22 sua vez nossa experiência de mundo nunca está gravada na pedra, mas constantemente em fluxo. Voltando o Relógio Se há algo do qual temos certeza, é de que o tempo corre apenas em uma direção. Essa era a visão de Shawn até sua mentora Ellen Langer provar o contrário com uma brilhante aula. Em 1979 Langer realizou um experimento com um grupo de homens de 75 anos. Eles foram para um retiro e não puderam levar nada datado depois de 1959, tais como fotos, jornais, revistas, etc. Ao chegarem lá, disseram a eles que todos fariam de conta que era o ano de 1959, quando esses homens tinham 55 anos de idade. Para reforçar, eles se vestiram e agiram como na época, e receberam fotos deles com 55 anos. Eles foram instruídos a falar sobre o presidente Eisenhower e sobre outros eventos de suas vidas, acontecidos na época. Alguns falaram sobre seus trabalhos no presente, como se não tivessem se aposentado. Foram colocados pôsteres da época nas mesas da cafeteria, e tudo foi desenhado para que eles vissem o mundo pelas lentes de seus 55 anos. Langer é psicóloga da fraude e por quarenta anos tem desafiado as expectativas da comunidade científica de maneiras inesperadas. Ela buscou mostrar por este experimento radical que nossa “construção mental” – a maneira como concebemos nós mesmos – tem influência direta sobre nosso processo de envelhecimento. Ao ela mover o eixo e a alavanca desses homens de 75 anos, ela poderia mudar a realidade “objetiva” de sua idade. Antes do retiro os homens foram testados em todo aspecto relativo à deterioração pela idade: força física, postura, percepção, cognição e memória de curta duração. Após o retiro, a maioria dos homens melhorou em todas as categorias; eles ficaram mais flexíveis, com melhor postura, e maior força nas mãos. A média de visão deles melhorou quase 10 por cento, assim como seu desempenho em testes de memória. Para a metade deles, a inteligência, que pensávamos ser fixa desde a adolescência, também aumentou. Até sua aparência 23 física mudou; pessoas que não sabiam sobre o experimento viram fotos dos homens antes e depois do experimento, e deram um palpite sobre suas idades. Os homens pareceram, em média, três anos mais jovens do que quando chegaram. Isso revelou novas implicações radicais sobre o poder da atitude de moldar a realidade. Nossa “realidade” externa é muito mais maleável do que pensamos, e mais dependente dos olhos pelos quais a vemos. Com a atitude certa, nosso poder de ditar esta realidade – e os resultados de nossas ações – aumenta exponencialmente. Executivos que Cantam, Placebos e Diaristas de Hotel Shawn olhou para os 70 diretores executivos da UBS em Connecticut antes da palestra e pediu que fechassem os olhos e cantassem no pensamento “Row, Row, Row Your Boat” (Reme, Reme, Reme Sua Canoa). A empresa estava fazendo cortes e se reestruturando após batalhas jurídicas e queda nos preços. Depois perguntou a eles quanto tempo pensavam que havia durado o exercício. Ele obteve 70 respostas diferentes, desde 35 segundos até 5 minutos. O exercício havia durado 70 segundos. Dependendo da atitude, cada pessoa vivencia a realidade objetiva do tempo de maneira diferente. Talvez os que acham a música chata e estão impacientes para voltar ao trabalho têm um palpite mais longo, enquanto os que estão relaxados ou interessados e engajados na conversa acham que passou menos tempo. E o tempo voa quando estamos nos divertindo. A psicologia tem mostrado que a atitude mental não apenas muda a maneira como sentimos uma experiência – mas muda o resultado da experiência. Estudos sem conta têm mostrado que quando os pacientes recebem uma pílula de açúcar e ouvem que é um bom remédio para aliviar sintomas, eles frequentemente melhoram tanto quanto com o remédio real. O Efeito Placebo tem um efeito poderoso para controlar a dor, sendo eficaz em 55 a 60 por cento, como a 24 aspirina. A simples crença de estar tomando um remédio é o suficiente para fazer o sintoma desaparecer. Há também o placebo reverso. Um grupo de pesquisadores japoneses vendouos olhos de 13 participantes e disse a eles que seu braço estava sendo friccionado com a planta da urticária. Todos os 13 participantes reagiram com os sintomas clássicos da urticária: coceira, bolhas e vermelhidão. A planta usada para o estudo não foi a urticária, mas a crença dos estudantes foi forte o suficiente para criar um efeito biológico de urticária. Em outro experimento, os pesquisadores japoneses friccionaram a verdadeira urticária no braço de outros 13 estudantes, e disseram a eles que era uma planta inofensiva. Todos eles eram alérgicos à urticária, mas apenas 2 tiveram erupção cutânea. Nosso cérebro é organizado para agir de acordo com o que acreditamos que irá acontecer em seguida, isso é chamado por psicólogos de “Teoria da Expectativa”. O Dr. Kinsboune, neurocientista da Faculdade de Pesquisa Social de Nova York explica que nossa expectativa cria padrões mentais que podem ser tão reais como aqueles criados por eventos do mundo real. Os neurônios atuam como gatilho disparando uma cascata de reações no sistema nervoso que levam a várias consequências físicas. O que isso significa no trabalho é que nossas crenças podem mudar os resultados concretos de nossos esforços. Em um estudo da Universidade de Yale, foi dito a um grupo de diaristas de um hotel que em seu trabalho elas queimavam muitas calorias com exercícios cardiovasculares ao aspirar. Ao outro grupo isso não foi dito. Ao final do experimento, aquelas que pensaram estar gastando calorias perderam peso e tiveram seu nível de colesterol diminuído. A única diferença entre os grupos foi como seus cérebros perceberam o trabalho feito. Portanto, a construção mental de nossas atividades diárias, mais do que as atividades em si, define nossa realidade. 25 Mais que 24 Horas em Um Dia? Agora se pergunte: O quanto você poderia ser mais eficiente e produtivo se mudasse a maneira como vê as horas de trabalho do dia? Em um cenário onde a realidade pode ser experimentada de maneiras diferentes, dependendo de onde você coloca o eixo a pergunta é: “como posso usar minha experiência relativa do dia de trabalho para minha melhor vantagem”? As pessoas de muito sucesso adotam uma atitude que faz seus dias de trabalho mais agradáveis, trabalham mais e de maneira mais eficiente e rápida do que seus colegas com atitude negativa. Essas pessoas usam a atitude positiva para ganhar controle do tempo. Se no começo da reunião de trabalho você pensa que a reunião não vai resolver nada, você não se importa, ficará sem energia e motivação. Mas, se escolher ver a reunião como oportunidade e criar objetivos, tais como aprender 3 coisas: fazer apresentações melhores, lidar com perguntas difíceis e qual a melhor cor para power point, a produtividade aumentará. Quando nos reconectamos com o prazer do processo em vez de focar apenas nos resultados, adotamos uma atitude que facilita o alcance de resultados melhores. Nossa visão de trabalho afeta nossa experiência real. Se nossa visão de lazer, tempo com a família ou com um hobby, é de tempo desperdiçado, então estaremos perdendo tempo mesmo, e poderemos nos sentir culpados em ter lazer, nunca recarregando nossas baterias para o trabalho. Permitir-nos fazer atividades que gostamos pode aumentar nosso desempenho no trabalho. Mas se seu cérebro pensa que o encontro com os amigos é perder tempo, você não colherá os benefícios do encontro social. No entanto, se você pensar que seu tempo livre é uma chance de recarregar as baterias, de aprender e de praticar coisas novas, se conectando com outros, você voltará mais fortalecido do que antes. 26 A Alavanca de Possibilidades Assim como a atitude ou crença afeta o desempenho, ela afeta suas habilidades. Quanto mais você acreditar em suas habilidades de ter sucesso, mais provável você será de tê-lo. Os estudos mostram que simplesmente acreditar que você pode fazer mudanças positivas em sua vida aumenta a motivação e desempenho no trabalho, e o sucesso se torna uma profecia auto realizadora. Um estudo mostrou que os contadores que acreditavam que podiam alcançar o que determinassem fazer, dez meses depois tiveram a mais alta pontuação em desempenho no trabalho. Suas crenças em suas habilidades foram um forte previsor de desempenho, mais do que seu treino. Um exemplo fascinante da influência das crenças ocorreu em um estudo. Foi realizado um teste padrão de 20 perguntas, e repetido para 400 americanos, depois da eleição presidencial de 2008 nos E.U. Décadas de pesquisas mostram que internalizar estereótipos racistas contribui para uma lacuna entre estudantes brancos e afrodescendentes. Quando identificam sua raça antes dos testes, os estudantes de cor têm desempenho pior. Após Obama ter vencido as eleições, os estudantes de cor melhoraram tanto, que a lacuna desapareceu. O modelo que Obama projetou apagou autodúvidas que influenciavam o desempenho deles. Na empresa de treinamento IDology, os treinadores perguntam aos clientes: Que identidade você está vestindo hoje? Se for a autodúvida, você já prejudicou seu desempenho antes de começar. Então, quando se deparar com um desafio, uma tarefa difícil, dê a você mesmo uma vantagem competitiva imediata ao focar em todas as razões para ter sucesso, em vez de fracasso. Lembre-se das habilidades relevantes que você tem, e não das que faltam. Pense em quando você esteve em situação parecida no passado e foi bem. Anos de pesquisa mostram que um foco específico em suas forças durante tarefas difíceis produzem os melhores resultados. Isso não significa ignorar fraquezas ou dizer um mantra de afirmações vazias, mas focar nas forças de caráter da classificação VIA. 27 Alavancando a Inteligência Os estudos da psicóloga Carol Dweck da universidade de Stanford dividem as pessoas em duas categorias: Aquelas com “atitude fixa” acreditam que suas capacidades são fixas, enquanto aquelas com “atitude de crescimento” acreditam que podem melhorar suas qualidades básicas pelo esforço, e que podem mudar suas aptidões e interesses, e crescer pela experiência. As pesquisas de Dweck mostram que pessoas com “atitude fixa” perdem oportunidades de melhorar, e têm um desempenho ruim consistentemente. As pessoas com “atitude de crescimento” veem suas habilidades melhorarem. Quando acreditamos que haverá uma recompensa positiva de nossos esforços, trabalhamos mais em vez de perder a esperança. As crenças são poderosas, pois ditam nossos esforços e ações. Quando reconhecermos o quanto nossa realidade depende de como a vemos, não será surpresa que as circunstâncias externas predizem menos que 10 por cento de nossa felicidade total. Por isso Sonja Lyubomirsky, líder do estudo científico de bem estar, diz preferir a frase “criação ou construção da felicidade” em vez de “busca”, pois ao mudar a maneira como vemos a nós e nosso trabalho, melhoramos os resultados. Usando o Eixo e a Alavanca A psicóloga Amy Wrzesniewski da Universidade de Yale estuda por décadas como a percepção mental que temos do trabalho afeta nosso desempenho. Ela descobriu que os trabalhadores em qualquer ocupação têm três “orientações de trabalho” ou atitudes diferentes. Vemos nosso trabalho como Trabalho, Carreira, ou Chamado. As pessoas com um “trabalho” veem o trabalho como tarefa, seu pagamento como recompensa, e trabalham por obrigação, ansiosos pela hora de sair. Ao contrário, as pessoas que veem seu trabalho como carreira não trabalham apenas por necessidade, mas investem para avançar e ser bem sucedidas. Finalmente as pessoas com um chamado veem seu trabalho como uma contribuição para o bem maior, com significado e propósito. 28 As últimas trabalham mais, por mais tempo e avançam mais. Há médicos que veem sua profissão como trabalho e zeladores que a veem como um chamado. Funcionários infelizes nem sempre precisam mudar deprofissão, mas de visão. Ajustar a atitude envolve ver novas possibilidades abertas para o significado do “trabalho”. Reescreva sua “descrição de trabalho”, como no exercício que Tal Bem Shahar chama de “descrição do chamado”. Pense sobre maneiras diferentes de descrever as tarefas que faz como se tivesse que despertar em outro a vontade de pedir esse emprego. O objetivo é destacar o significado que o chamado pode trazer. Mesmo as pequenas tarefas podem ter maior significado quando conectadas a metas e valores pessoais. Quanto mais alinhamos tarefas diárias com nossa visão pessoal, mais provável seremos de ver nosso trabalho como chamado. Vire uma folha de papel na posição horizontal. Do lado esquerdo escreva as tarefas que não têm significado. Então se pergunte: Qual o propósito desta tarefa? O que ela alcançará? Desenhe uma seta para a direita e escreva a resposta. Se ainda parecer sem importância, pergunte: esse resultado leva a que? Desenhe outra seta e escreva a resposta até ver o todo e se sentir motivado e energizado para fazer o trabalho com mais dedicação. Antes de palestrar em uma empresa listada na Fortune 500 em Nova York, um executivo disse aos 80 ouvintes porque havia convidado Shawn. Ele disse que todos trabalhavam ali só para ganhar dinheiro e não deviam ver a palestra como sendo sobre felicidade, mas para ajuda-los a ganhar dinheiro: “Nós não estamos aqui salvando golfinhos”. A tradução poderia ser: salvar golfinhos é significante, e o trabalho de vocês não tem significado além do ganho de dinheiro. Todos mostraram frustração, vergonha e desinteresse. A forma mais rápida de desinteressar os funcionários é dizer a eles que seu trabalho vale só o salário. Shawn conheceu estudantes no Texas que embalavam compras no caixa de supermercado como se isso fosse seu chamado. Também trabalhou com 29 empreendedores que construíram empresas de $200 milhões de reais e que viam sua ocupação como enfraquecedora e sem significado. Mudando o Eixo e A Alavanca Daqueles ao Seu Redor. Como vimos, algumas palavras podem alterar a atitude da pessoa e suas conquistas. As diaristas do hotel precisaram ouvir apenas algumas palavras sobre como eram ativas, e perderem peso. A atitude muda o desempenho da pessoa e as palavras, positivas ou negativas, podem mudar o desempenho de outros ao nosso redor. Os gerentes se dão um tiro no pé ao lembrar seus subordinados de suas fraquezas. Mas quando um gerente expressa fé nas habilidades do funcionário, este melhora o humor e motivação, e a probabilidade de sucesso. Um experimento muito conhecido foi feito pela equipe do psicólogo Robert Rosenthal em uma escola. O grupo de pesquisadores mentiu às professoras que as crianças mais inteligentes e com potencial eram Sam, Sally e Sara e pediram sigilo. Ao final do ano, eles testaram todas as crianças novamente, e Sam, Sally e Sara se destacaram por suas habilidades intelectuais como estrelas acadêmicas. Este fenômeno é chamado de Efeito Pigmaleão: quando nossa crença ou expectativa no potencial de outra pessoa torna esse potencial em realidade, como alguém da família ou um colega de trabalho. Motivando Uma Equipe Com o Efeito Pigmaleão Em 1960, o professor McGregor da MIT falou sobre as teorias X e Y de motivação humana. A teoria X diz que as pessoas só trabalham se forem vigiadas. A teoria Y diz o oposto: que as pessoas trabalham por motivação interna e pela satisfação do bom trabalho, e trabalham mais se não forem observadas. Quando os pesquisadores tentam estudar essas teorias, observam o seguinte: Chefes que acreditam na teoria X têm trabalhadores que precisam de constante supervisão, e chefes que acreditam na teoria Y têm trabalhadores que trabalham por amor a sua ocupação. Os funcionários se tornam aquilo que os chefes esperam que eles sejam. Líderes otimistas e pessimistas têm funcionários tal qual eles. 30 Toda segunda feira os líderes devem se perguntar 3 coisas: (1) Acredito que a inteligência e habilidades de meus funcionários não são fixas, mas podem mudar pelo esforço?; (2) Acredito que meus funcionários querem se esforçar e encontrar propósito e significado em seu trabalho?; e (3) Como estou transmitindo essas crenças em minhas palavras diárias e ações? A Capa de Super-homem Em algumas lojas de fantasia, a capa de super homem é vendida com o aviso de que ela não ajuda a voar. Enquanto é importante mudar nosso eixo para o positivo, precisamos ter cuidado para não termos expectativas irrealistas sobre nosso potencial. Como sabemos qual é o nosso potencial e limites? Queremos ultrapassar os limites da possibilidade o máximo possível, e não limitá-los da maneira como muitos chefes, professores ou histórias da mídia desencorajadoras nos falam que deveriam ser limitadas. Mas se não acreditarmos que podemos fazer mais e alcançar mais, não teremos chances de avançar. O coração da mudança é parar de ver o mundo como fixo quando a realidade é relativa. Temos homens de 75 anos de idade que voltaram seu relógio biológico, e funcionários que encontraram seu chamado capitalizando seu potencial com uma atitude mais positiva. 31 Princípio n 3 O Efeito Tetris Treinando Seu Cérebro Para Capitalizar a Possibilidade Shawn acordou uma manhã, viu um carro de polícia no campus e pensou em roubá-lo. Ele havia jogado o Grand Theft Auto até as 4 da madrugada na noite anterior e seu cérebro continuou no padrão de procurar carros para roubar. Felizmente ele não cometeu o crime. A mesma coisa ocorre com os jogadores de Tetris, um jogo que alinha formas. O jogador começa a ver o mundo em blocos caindo do céu e pensa em inverter prédios para encaixá-los no horizonte. Jogar Tetris modifica as conexões do cérebro, criando novos caminhos neurais e novas conexões. Com o tempo eles ficam presos involuntariamente a um padrão cognitivo não adaptativo e viciante. Eles veem formas Tetris em todos os lugares. O Efeito Tetris no Trabalho Às vezes as pessoas não conseguem quebrar um padrão negativo de pensar e agir. Reclamar do chefe e focar nos defeitos do colega ou subordinado se torna um hábito. Seus cérebros são treinados por anos para achar defeitos, como os jogadores de Tetris encontram formas. Infelizmente nossa sociedade, no trabalho e na vida pessoal, nos recompensa por acharmos os problemas, o estresse e as injustiças. Ás vezes isso ajuda, mas ver o negativo pode se tornar um padrão e até deixamos de ver o positivo – as coisas que nos trazem felicidade e sucesso. Certas pessoas não conseguem ver o positivo no trabalho, as oportunidades e chances de crescer. Ver constantemente o negativo tem um alto preço. Custa nossa criatividade, aumenta o estresse, e diminui nossa motivação e habilidade de conquistar metas. Pessoas que trabalham com correção de erros, como contadores, auditores de imposto de renda e fiscais às vezes desenvolvem o 32 padrão de ver erros com as pessoas da família. Eles são 3.6 vezes mais prováveis de ter depressão, assim como advogados, que aprendem a fazer análise crítica. As faculdades de direito os ensinam a procurar falhas em argumentos e a serem críticos. Essa prática continua para além do fórum, e ela é o caminho mais rápido para a depressão e ansiedade, até interferindo em sua habilidade de fazer seu trabalho. Muitos advogados têm o hábito de depor seus filhos quando chegam em casa. Ninguém está imune, em qualquer profissão, de cair no padrão de encontrar faltas nos outros, o que nos deixa mais vulneráveis a depressão, a saúde física ruim e até ao abuso de substância. Essa é a essência do Efeito Tetris: um padrão cognitivo que diminui nossa taxa de sucesso. Seu Cérebro Como Filtro de Spam Somos bombardeados diariamente com informação. E nosso filtro de atenção é como o bloqueador de spam do e-mail. Os cientistas estimam que nos lembramos de 1em cada 100 fragmentos de informação que recebemos, o resto é filtrado no arquivo de spam do cérebro. Se programamos nosso filtro cerebral para deletar o positivo, esse dado cessará de existir para nós, como as mensagens de spam que não entram na caixa de entrada do e-mail. Vemos o que queremos, e perdemos o resto. Gorilas e Toyotas Prius Em um dos experimentos mais conhecidos na psicologia, os voluntários assistem a um vídeo de dois times de basquete, um deles veste roupa branca, e o outro veste roupa preta. Eles têm que contar quantas vezes o time branco passa a bola. Após 25 segundos do vídeo, uma pessoa fantasiada de gorila passa de um lado para outro. Ao ser perguntado se viram algo de estranho, apenas 46 por cento relata ter visto um gorila. Os outros insistem que não havia gorila. Esse experimento destaca a chamada, pela psicologia, “cegueira da falta de atenção”. Eles estavam tão focados em contar os passes, que seu filtro natural enviou o gorila para a pasta de spam. Nossa habilidade de ver o que está bem a 33 nossa frente falha, pois não estamos focados nisso, e não percebemos coisas consideradas óbvias. Essa percepção seletiva também explica o porquê vemos o que estamos procurando em todos os lugares. Você ouve uma música uma vez e ela está sempre no rádio. Lembro-me que quando comprei um Toyota Prius, de repente as ruas estavam cheias deste carro. Nada havia mudado, apenas meu foco. Feche os olhos e imagine a cor vermelha, abra os olhos e procure por essa cor. Não está em todo lugar? Um estudo mostra que duas pessoas podem olhar a mesma foto juntas e ver duas expressões faciais diferentes. Se nós estamos programados para ver sempre o negativo nas pessoas, isso pode nos prejudicar nos relacionamentos e no trabalho. Pense sobre o prejuízo de ler a expressão de desinteresse no cliente em potencial, quando ela é de satisfação. Ou ler a atitude do colega como arrogância, quando é realmente de ajuda. O objetivo do Efeito Positivo Tetris é treinar o cérebro para fazer uma varredura no mundo por oportunidades e ideias que permitem que nosso sucesso cresça. O Poder do Efeito Positivo Tetris Quando nosso cérebro foca e faz uma varredura constante em busca do positivo, nos beneficiamos de três ferramentas disponíveis para nós: a felicidade, a gratidão e o otimismo. O papel que a felicidade tem devia ser óbvio – quanto mais você busca o positivo ao seu redor, melhor você se sente e isso traz vantagens. O segundo mecanismo é a gratidão, pois quanto mais oportunidades para o positivo nós vemos, mais agradecidos nos tornamos. O psicólogo Robert Emmons estuda gratidão por décadas e descobriu que poucas coisas na vida são integrais como o nosso bem estar. Diversos estudos mostraram que as pessoas agradecidas têm mais energia, são mais inteligentes emocionalmente, perdoam, e são menos prováveis de ter depressão e ansiedade, e de sentir solidão. A gratidão é a causa significante de resultados positivos. Quando os pesquisadores escolhem voluntários randomizados e os treinam para ser mais agradecidos, em algumas semanas eles 34 se tornam mais felizes e otimistas, se sentem mais conectados socialmente, dormem melhor e tem menos dor de cabeça que os grupos controle. O terceiro fator do Efeito Positivo Tetris é o otimismo. Um otimista é um bom previsor do desempenho no trabalho. Estudos mostram que os otimistas traçam mais metas (e mais difíceis) que os pessimistas, e se esforçam mais para alcançar essas metas, ficam mais engajados frente a dificuldades e transpõe obstáculos mais facilmente. Otimistas também mantêm um alto nível de bem estar durante dificuldades e lidam melhor com situações altamente estressantes – todas essas são habilidades cruciais para o alto desempenho em um ambiente de trabalho. Para a ciência não existe sorte. O pesquisador Richard Wiseman perguntou a voluntários se eles se achavam sortudos ou azarados. Então pediu a eles que lessem um jornal e contassem quantas fotos viam. Os que se consideravam sortudos levaram alguns segundos e pararam, enquanto os que se achavam sem sorte levaram dois minutos. Na segunda página do jornal havia uma mensagem grande: “Pare de contar, há 43 fotos neste jornal”. A resposta estava lá, mas os “azarados” não viram. Como bônus, havia outra mensagem no jornal dizendo: “Pare de contar, diga ao experimentador que você viu isso e ganhe $500 reais”. As pessoas que se diziam sem sorte na vida não viram essa oportunidade. Presas no Efeito Negativo Tetris, elas foram incapazes de ver o óbvio para outras e seu desempenho foi prejudicado. Havia a mesma possibilidade de recompensa no ambiente de todos. Em um estudo 69 por cento dos estudantes de ensino médio e superior disseram que suas decisões sobre carreira dependeram de chances de encontros. Alguns aproveitam as chances e outros as deixam passar. Com a positividade o cérebro fica aberto a possibilidades. Esperar resultados favoráveis ajuda o cérebro a reconhecer oportunidades quando elas surgem. Ficando Preso no Efeito Positivo Tetris Treinar seu cérebro para perceber mais oportunidades requer prática em focar no positivo. A melhor maneira de começar é com o exercício de fazer uma lista diária das coisas boas em seu trabalho, em sua carreira e em sua vida. 35 Parece simples, mas uma década de pesquisa tem mostrado que isso resulta em um efeito profundo em nosso cérebro. Quando você faz uma lista de três coisas boas acontecidas no dia, seu cérebro faz uma varredura das últimas 24 horas buscando por coisas positivas – sentimentos bons de conquistas no trabalho, uma conexão fortalecida com a família, ou um raio de esperança no futuro. Com a prática, seu cérebro passa a ser mais habilidoso em notar e focar nas possibilidades para crescimento pessoal e profissional, e busca oportunidades para agir. Ele tira as frustrações para fora do campo visual. Os itens escritos não precisam ser complicados, mas específicos. Pode ser uma comida que você gostou, o abraço do seu filho ou o reconhecimento do chefe. Outra variação das três coisas positivas é fazer um diário sobre experiências positivas. Cair em um Efeito Positivo Tetris ajuda líderes a dar reconhecimento e encorajamento com mais frequência, o que eleva sua equipe acima da linha Losada. Prática, Prática, Prática. Shawn trabalhou com os funcionários da American Express, e os encorajou a colocarem um alerta para as 11 da manhã para lembra-los de escreverem as três coisas boas. Os banqueiros de Hong Kong preferiam escrever sua lista antes de abrirem o e-mail pela manhã. Os CEOs treinados por Shawn na África levaram a atividade para seus filhos cada noite. Não importa quando você faz sua lista, contanto que a faça com regularidade. Quanto mais você envolve outros, mais multiplica benefícios. O apoio social aumenta as chances de esses hábitos positivos continuarem. Por isso Shawn diz aos líderes de empresas para fazerem essa atividade com suas esposas à noite e pela manhã. Esse exercício funciona para crianças e adultos. Óculos Cor de Rosa A positividade excessiva pode ser prejudicial. Pode nos cegar para os problemas que precisam ser corrigidos ou áreas que precisam de melhoras. A 36 chave é não ignorarmos por completo as coisas ruins, mas ter um senso realista de otimismo. Quando treinamos nosso cérebro com um Efeito Positivo Tetris estamos melhorando nossas chances de felicidade e estabelecendo uma cadeia de eventos que nos ajudam a colher todos os benefícios de um cérebro positivo. Focar no que é bom abre nossa mente para as ideias e oportunidades que nos ajudam a ser mais produtivos, eficientes e bem sucedidos no trabalho e na vida. 37 Princípio n 4 Caindo Para Cima Mapeando o Caminho Para o Sucesso O cérebro humano está sempre criando e revisando mapas mentaisque nos ajudam em um mundo complexo. Isso é crucial para a sobrevivência e vital para sermos bem sucedidos no mundo corporativo. Ao falarmos com um cliente o cérebro está procurando dois mapas de caminhos e tenta prever o melhor deles. Todas as decisões envolvem esse tipo de mapa mental: no ponto “Estou aqui”, de onde saem vários caminhos dependendo da complexidade da decisão e clareza de pensamento. As decisões mais bem sucedidas ocorrem quando pensamos com clareza e criatividade. Quando estão estressadas ou em crise, muitas pessoas perdem o caminho mais importante: para cima. Em todo mapa mental pós-crise, há três caminhos. Aquele que anda em círculos não traz mudanças. Outro caminho mental leva a consequências mais negativas, e ao medo do conflito e dificuldades. O terceiro caminho nos leva do fracasso a um lugar onde nos tornamos mais fortes do que antes da queda. Na crise formamos mapas mentais incompletos e o caminho que não conseguimos ver é geralmente o mais positivo e produtivo. Ás vezes nós acreditamos que esse caminho nem existe e paramos de procurar. Crescimento Pós Traumático Quando os soldados vão para a guerra os psicólogos dizem a eles que poderão voltar “normais” ou com Transtorno de Estresse Pós Traumático. Isso dá a eles a alternativa de dois mapas mentais. Mas um grande corpo de estudos prova a existência de um terceiro e melhor caminho: o Crescimento Pós Traumático. O luto, um diagnóstico de câncer, um enfarto, ou um desastre natural parecem ser algumas das piores coisas que podem acontecer a alguém. Mas 38 esses também fazem a lista dos eventos que os pesquisadores observaram ser a causa de um crescimento profundo para muitas pessoas. Os psicólogos chamam essa experiência de Crescimento na Adversidade ou Crescimento Pós Traumático. Nos últimos vinte anos o psicólogo Richard Tedeschi e colegas fizeram do estudo do Crescimento Pós Traumático a sua missão. E por seu estudo hoje podemos dizer que o sofrimento e trauma podem levar a mudanças positivas em uma variedade de experiências. Após o atentado no trem de Madri em 2004, os psicólogos observaram que muitos residentes tiveram crescimento psicológico. O mesmo ocorre com pacientes com câncer. Há o aumento da espiritualidade, da compaixão por outros e da abertura. Após um trauma, as pessoas relatam um aumento de força pessoal e de autoconfiança, assim como maior valorização das relações sociais. Isso não ocorre com todos. A atitude tem um papel central para as habilidades de encontrar o terceiro caminho. A reinterpretação positiva da situação, o otimismo, a aceitação, e os mecanismos de enfrentamento que incluem focar no problema de frente em vez de negar sua existência levam ao Crescimento Pós Traumático. Tan Ben Shahar afirma que “as coisas não acontecem para o melhor, mas algumas pessoas são capazes de tirar o melhor das coisas que acontecem.” As pessoas de maior sucesso veem a adversidade não como uma pedra de tropeço, mas como um degrau para a grandeza. Alguns exemplos de fracassos são: Michael Jordan que foi cortado do time de basquete no ensino médio, e Walt Disney perdeu o emprego no jornal porque não era criativo. Os autores da Harvard Business Review concluem que errar é “uma maneira poderosa de acelerar o aprendizado e aumentar a competitividade”. Em seu livro “A busca pelo Perfeito” Tal Bem-Shahar diz que “podemos aprender a lidar com o fracasso apenas ao experimentar o fracasso e sobreviver”. Como o Terceiro Caminho Fica Escondido Shawn iria dar uma palestra em Manhattan após a crise financeira de 2008 e percebeu que a audiência parecia paralisada e em silêncio. Os funcionários 39 haviam sido informados sobre reestruturação e cortes massivos por causa do colapso econômico, minutos antes. E foi assustador para Shawn falar sobre felicidade nessas circunstâncias. Ele experimentou o mesmo desafio nos meses seguintes ao falar em empresas da lista Fortune 500 em Hong Kong, Tokio, e outros países, as quais haviam reduzido sua força trabalhista pela metade. Os funcionários pareciam congelados de medo. Seus mapas mentais pareciam focados nos caminhos de desemprego e falência. Bem quando um esforço extra era necessário, eles evitavam o trabalho, parecendo prontos para desistir. Quando eliminamos qualquer opção de crescimento do nosso mapa mental, eliminamos nossa motivação de procurar alternativas. E quando as pessoas se sentem sem esperança em uma área, elas aplicam isso a outras áreas, como nos relacionamentos, etc. A desesperança fica fora de controle impedindo o sucesso em todas as áreas da vida. Essa é a definição de pessimismo e depressão, e de um círculo negativo. Encontrando o Caminho Para Cima Você provavelmente já ouviu a história de dois vendedores que foram enviados para a África em 1900. Um deles mandou um telegrama que dizia ao chefe: “Situação sem esperança, eles não usam sapatos”, e o outro escreveu: “Gloriosa oportunidade! Eles ainda não têm sapatos”. O ponto é que quando algumas pessoas encontram dificuldades, elas param de tentar encontrar maneiras de transformar fracassos em oportunidades. Outras – as pessoas de sucesso – sabem que o que fazemos com as dificuldades determinam nosso destino. Algumas se sentam sem esperança e outras juntam os pedaços e as forças para se levantar e seguir em frente. A Crise como Catalizadora Assim como as crises pessoais podem ser a fundação do crescimento, as crises econômicas também. Elas impulsionam empresas para maior sucesso. A Hewlett-Packard – (HP) foi lançada durante a Grande Depressão. Da mesma forma, as maiores empresas americanas usaram a recessão para reavaliar e 40 melhorar suas práticas de negócios. A adversidade econômica força as empresas a encontrar meios criativos de cortar custos, e inspiram gerentes a encorajar seus funcionários. O presidente de uma empresa admitiu que passar pela recessão melhorou as operações, e as revisões resultaram em melhor funcionamento. Os melhores líderes revelam suas verdadeiras cores nos tempos de crise. E na crise seus esforços devem ser redobrados para catalisar a criatividade. Aqueles que ficam paralisados com a crise perdem grandes oportunidades, e a falta de esperança dos líderes piora o desempenho dos funcionários. Os que encontram energia nos desafios colhem as recompensas. Indra Nooyi, CEO da PepsiCo viu a recessão como oportunidade de viajar o mundo para fortalecer pessoalmente a confiança dos funcionários. O desempenho melhorou e ela foi apontada pela Fortune 500 como a mulher empresária mais poderosa em 2009. Quando confrontados com fracassos, se entregar à desesperança nos mantém para baixo, enquanto olhar para oportunidades nos ajuda a nos reerguer. Mude Seu Estilo Explicativo A vida de um vendedor é, por definição, cheia de fracassos e de rejeição. Em alguns ramos, apenas uma em dez tentativas acabam em venda, e eles experimentam rejeição em 90 por cento dos casos. Em 1980 na seguradora MetLife a rotatividade era enorme. Metade dos vendedores pedia desligamento ao ano. A empresa perdia $140 milhões de reais por ano com custos de contratação. Eles contrataram Martin Seligman para mudar a situação. Ele observou que alguns vendedores tinham uma visão positiva para interpretar a adversidade, enquanto outros ficavam angustiados com os reveses sucessivos. O que os pesquisadores chamam de “estilo explicativo”. Décadas de estudo mostraram que o estilo explicativo – como escolhemos explicar a natureza dos eventos passados – tem um impacto crucial em nossa felicidade e sucesso futuro. Pessoas com um estilo explicativo positivo interpretam a adversidade como sendo local e temporária (ex., “não é tão ruim assim e vai melhorar”), enquanto aqueles com estilo explicativo negativo veem esses eventos 41 como globais e permanentes (ex., “isso é a pior coisa e nunca vai mudar”).Suas crenças então afetam suas ações. Os últimos param de tentar enquanto os primeiros melhoram seu desempenho e seus esforços. Agora sabemos por estudos que todas as vias do sucesso são ditadas pelo estilo explicativo. Então, quando Seligman foi trazido para resolver o problema dos vendedores da MetLife, ele procurou saber o estilo explicativo deles. Os testes revelaram que os agentes com estilos otimistas vendiam 37 por cento mais seguros que os pessimistas, e os mais otimistas deles vendiam 88 por cento mais do que os pessimistas. A MetLife decidiu contratar uma força trabalhista inteiramente com base no estilo explicativo. Os resultados: em poucos anos a rotatividade ficou zerada, enquanto sua participação de mercado aumentou quase 50 por cento. Aprenda Seu ABCD Transformar a adversidade em oportunidade é uma habilidade natural para muitos. Algumas pessoas têm um estilo explicativo otimista. Mas essas técnicas podem ser aprendidas. Uma maneira de ver oportunidade na adversidade é praticar o modelo ABCD de interpretação: Adversidade, Crença (Belief), Consequência e Disputa. Adversidade é o evento que não podemos mudar. Crença é nossa reação ao evento; porque aconteceu, e o que ele significa para o futuro. É um problema temporário e local, ou insolúvel e geral? Há soluções? Se nós cremos que o problema é uma oportunidade de crescimento, aumentamos a chance de uma Consequência positiva. Mas se a Crença nos levou a um caminho pessimista, a desesperança e inércia podem levar a Consequências negativas. Então é hora de colocar o D para trabalhar. A Disputa envolve dizer a outros que sua crença é apenas – crença, não um fato – e então desafiá-la. Os psicólogos recomendam que externalizemos a voz (fazer de conta que está vindo de outra pessoa), para parecer que estamos argumentando com outra pessoa. Qual a evidência para essa crença? Deixaríamos um amigo manter esse raciocínio? Quais são outras interpretações 42 do evento? Quais são outras reações mais adaptativas? Há outra visão que eu posso adotar? E finalmente, o problema é tão grave quanto pensei ser a princípio? Esse método é chamado de descatastrofizar: mostrar a nós mesmos que apesar de o problema ser real, talvez não seja tão horrível quanto pensamos. Nos esquecemos do quanto nosso sistema imunológico psicológico é bom em nos ajudar a vencer a adversidade. Daniel Gilbert, autor de Tropeçando na Felicidade, fez muitos estudos mostrando a negligência imunológica em ação. Universitários exageram sobre o quanto ficariam devastados com o término de um relacionamento amoroso. Mas a adversidade não nos devasta na extensão que imaginamos. Saber que o medo das consequências é sempre pior do que as consequências nos ajuda a ter uma interpretação mais otimista. O sucesso não é nunca cair, mas cair e se levantar repetidamente. Shawn participou de um experimento em seus tempos de Harvard, só para ganhar $40 reais. Foi dito que esse era um estudo sobre ajudar idosos. Ele teve que ficar sem camisa e de shorts no corredor. Quando ele tentava andar o chão se movia do lado esquerdo ou do direito. Ele caiu e se levantou mais de 120 vezes por 3 horas, e ficou exausto e machucado. Após o término, a estudante disse que havia se esquecido de filmar sua participação, e perguntou se ele poderia repetir tudo. Ele aceitou pelos $40 reais. Então o professor foi imediatamente chamado e lhe disse que esse era na verdade um estudo em resiliência e motivação, e que ninguém jamais havia chegado aonde ele chegou. Ele recebeu 400 reais. O sucesso é mais que resiliência. É usar a queda para se levantar e se motivar. É cair para cima. 43 Princípio n 5 O Círculo do Zorro Como Limitar Seu Foco Em Metas Gerenciáveis Pode Expandir Sua Esfera de Poder De acordo com a lenda, um herói mascarado chamado Zorro lutava pelos injustiçados. Ele tinha disciplina e coragem, e se tornou popular nos livros, na TV e nos filmes. Mas há um capítulo pouco conhecido da história do Zorro. Ele nem sempre pulava dos lustres vencendo lutas de espada com dez homens. No começo, ele era jovem, sem disciplina nem paciência. Ele queria lutar com os vilões mais fortes e logo se tornou um escravo da bebida e do desespero. Mas Don Diego viu o potencial dele e o treinou, ao desenhar um círculo na areia. Disse a ele que poderia lutar apenas dentro do círculo, que era seu mundo e sua vida. Quando Zorro dominou o círculo, Don Diego aos poucos o deixou sair e expandiu o treino. Antes de dominar o pequeno círculo, Alejandro não tinha controle de suas emoções e ações, nem senso de suas habilidades, ou senso de controle. Após isso Alejandro ele se torna o Zorro, a lenda. Círculo de Controle O conceito do Círculo do Zorro é uma poderosa metáfora sobre como podemos atingir nossas metas mais ambiciosas no trabalho, na carreira e na vida pessoal. Uma das coisas importantes para o sucesso é acreditar que nosso comportamento importa, e que temos controle do futuro. Mas quando tentamos fazer demais e o estresse chega, os sentimentos de controle se vão. Se nós concentramos nossos esforços nas pequenas metas, ganhamos sentimentos de controle, os quais são muito importantes para o desempenho. Precisamos limitar o âmbito de nossos esforços, acumular recursos, conhecimento e confiança para expandir o círculo, e depois gradualmente 44 conquistar uma área maior. O Zorro começou pequeno então pouco a pouco foi dominando seu crescente círculo. Seu sucesso lendário o seguiu a partir de então. Cultivando Plantas e Carreiras: A Importância do Controle Ter sentimentos de estar em controle, de que somos mestres de nosso destino no trabalho e em casa é um dos maiores fatores de bem estar e desempenho. Funcionários que sentem que têm controle no trabalho relatam mais satisfação no trabalho. Em um estudo com 3 mil assalariados, os sentimentos de controle previram maior satisfação na família, no trabalho e nos relacionamentos, além de menores níveis de estresse, de conflitos e rotatividade. Mas esses tipos de ganhos em produtividade, felicidade e saúde estão menos relacionados a quanto controle temos, e mais relacionados a quanto controle pensamos ter. Lembremo-nos de que a maneira como experimentamos o mundo molda nossa atitude. As pessoas bem sucedidas têm o “lócus interno de controle”, a crença de que suas ações têm um efeito direto em seus resultados. As pessoas com lócus externo são mais prováveis de ver eventos diários como resultados de forças externas. O primeiro é mais adaptativo no trabalho, pois a pessoa com lócus interno irá se esforçar para fazer seu melhor e promover boas consequências. As pessoas com lócus externo culpam outros por fracassos, e não se dão crédito por seus sucessos. Isso mina a confiança e dedicação. Eles sentem que suas ações não têm impacto algum no meio e não se engajam no trabalho. No mundo dos esportes, os atletas são um bom exemplo de lócus interno. Ao serem entrevistados após uma vitória eles aceitam os créditos, e ao perderem, eles parabenizam o time adversário pelo bom desempenho. Nossas ações determinam nosso destino. Um lócus interno leva a mais motivação, compromisso organizacional e melhores relacionamentos. Estudos mostram que os “internos” são melhores com a comunicação, resolução de problemas e alcance de metas. Um estudo com 7500 funcionários mostrou que aqueles que pensam ter pouco controle sobre prazos impostos por outros tiveram 50 por cento de mais risco para doenças cardíacas do que seus colegas. 45 Perder o Controle: O Cérebro do Duelo Algumas pessoas são propensas a ter um lócus externo, e outras podem ter essa atitude quando se sentem sobrecarregadas pelas muitas demandas de tempo e habilidades. Nossas ações são determinadas por dois componentes do duelo no cérebro: o sistema emocional (límbico), e o sistema racional. Quando
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