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PROCESSOS GEO-OCEANOGRAFICOS

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Universidade Wutivi – UniTiva 
Faculdade de Engenharias, Arquitectura e Planeamento Físico 
Curso de Licenciatura em Geologia Aplicada 
PRINCIPAIS PROCESSOS GEOLÓGICOS-OCEANOGRÁFICOS MARINHOS E COSTEIROS 
Estudantes: 
· Joana Carlitos Macandza 
· Vasquez Inês Joaquim Muayevela 
Docente: Petrosse Gavumende 
	Boane, Dezembro de 2020 
Índice
Introdução	2
Objectivos	3
Objectivo geral	3
Objectivos específicos	3
Metodologia	3
Processos geológicos-oceanográficos marinhos e costeiros	4
Anomalias gravimétricas do fundo marinho	4
Sismicidade do fundo marinho	5
Ventos	6
Ondas	7
Marés	9
Correntes marinhas e litoraneas	11
Variações relativas do nível do mar	14
Salinidade	16
Resultados e discussão da revisão bibliográfica	18
Conclusões	19
Referências bibliográficas	20
Introdução 
Segundo BASTOS et al. (2019) ) os ambientes costeiros caracterizam-se pelas mudanças têmporoespaciais que resultam numa variedade de feições geomorfológicas, resultantes da complexa interação de processos deposicionais e erosivos relacionados com as forçantes – ondas, marés e correntes litorâneas. 
 A complexidade da Geomorfologia Costeira deve-se a interferência de processos marinhos e subaéreos sobre estruturas e litologias muito variadas e ao fato de que seu estudo não se restringe apenas à parcela territorial atualmente sob a influência da morfogênese marinha, pois inclui toda a zona que foi afetada por tais processos em virtude dos movimentos relativos do nível das águas no decorrer do passado geológico recente Neste contexto acha-se fortemente vinculada à geologia do quaternário (BASTOS et al.,2019).
Para que haja a complexidade de fenômenos que nele observamos nos dias actuais deveu-se a interração de vários factores/processos geológicos-oceanográficos como os ventos, ondas, marés e correntes, salinidade, mudanças do nível do mar. 
SOUZA (2008) afirma que a interação dos processos naturais modeladores deste ambiente com aqueles resultantes do expressivo incremento da ocupação humana leva a transformações na paisagem costeira muitas vezes indesejáveis, que acabam por exigir da sociedade intervenções, que nem sempre são executadas com bases sólidas, contribuindo assim para o aumento dos riscos de degradação destes ambientes, além dos consequentes prejuízos.
Por este facto actualmente os estudos ambientais dos processos costeiros ganharam muita credibilidade, pois para além de nos dar indicações referentes a estas áreas, também nos permitem encontrar melhores formas de operar nestes ambientes sem causae danos maiores. 
O presente trabalho apresenta a seguinte estrutura: 
Introdução, objectivos, metodologia, desenvolvimento, apresentação de discussão da literatura, conclusões e por fim referências bibliográficas. 
Objectivos 
Objectivo geral 
Compreende como objectivo geral do presente trabalho estudar os principais processos geológicos-oceanográficos marinhos e costeiros. 
Objectivos específicos 
Para alcançar o objectivo geral serão necessários ter-se em conta os seguintes objectivos específicos:
· Indicar a razão pelo qual os processos geológicos-oceanográficos, marinhos e costeiros porque são tratados de uma maneira conjunta; 
· Caracterizar os principais processos geológicos-oceanográficos marinhos e costeiros;
· Estabelecer uma correlação existente entre os principais processos geológicos-oceanográficos marinhos e costeiros; 
Metodologia 
Visto que o trabalho é de natureza teórica a metodologia usada foi de Revisão Bibliográfica, onde primeiro fez-se o processo de seleção das bibliografias adequadas para alcançar os objectivos anteriormente citados, depois fez-se a compilação das literaturas e procedeu-se a fase de produção do trabalho e por fim apresentação do relatório final. 
Processos geológicos-oceanográficos marinhos e costeiros 
Anomalias gravimétricas do fundo marinho 
De acordo com MAGAIA (2019), nos levantamentos gravimétricos podemos encontrar dois tipos de anomalias que são: 
· Anomalia de ar-livre: que é geralmente aplicada em medições gravimétricas efectuadas sobre o mar;
· Anomalia de Bouguer: que é usada na parte continental dado que todas as medições são corrigidas para o nível médio da agua do mar. 
Os primeiros levantamentos marinhos, indicavam a existência de grandes anomalias gravimétricas positivas e negativas associadas a arcos de ilhas e fossas oceânicas, respectivamente; subsequentes levantamentos conduzidos por navio demonstraram sua continuidade lateral, mostrando que a maior parte das grandes feições da superfície da Terra pode ser delineada por levantamentos gravimétricos (KEAREY, 2002).
Figura 1: Ilustração de um perfil gravimétrico no mar
Fonte: KEAREY, 2002
Observações: 
· O perfil acima ilustrado mostra as anomalias de ar livre sobre uma cadeia oceânica, e indicam que esta mesma cadeia encontra-se em equilíbrio isostático; 
· O mesmo perfil nos indica que esse equilíbrio, toma a forma de uma zona anômala de massa no manto. 
Sismicidade do fundo marinho 
MANUEL (2015), afirma que durante um sismo submarino parte da energia de deformação elástica libertada é transformada em energia potencial transferida para a coluna da água situada acima da área fonte e convertida na propagação horizontal da perturbação assim gerada na superfície livre do oceano. A esta perturbacao gerada na coluna de agua chamamos de tsunami. 
De acordo com Baptista (2012) apud MANUEL (2015), durante a propagação pode se considerar válida a aproximação das ondas longas uma vez que o comprimento de onda dos tsunamis é, na maior parte do percurso muito maior do que a profundidade do oceano.
Os tsunamis de maiores magnitudes são gerados por sismos superficiais, de magnitude superior a 7 (Baptista, 2012) apud MANUEL (2015) , em falhas com componente de movimentação dominante em inclinação (dip slip). 
Figura 2: Dinâmica de um abalo sísmico
Fonte: https://www.google.com/amp/s/.maresefim.com.br/tsunamis-o-poder-destrutivo-dos-piores-da-historia/amp/ << acessado aos 07.12.20 pelas 19:01>>
Ventos
De acordo com MOURA (2018), os ventos são um dos maiores responsáveis pela dinâmica costeira, tendo um papel importante na sedimentação costeira, nas formações de ondas e na geração das correntes litorâneas. 
Os ventos fortes desfloram os sedimentos de grãos finos (areia, silte e argila) das praias e planícies de maré, baixando suas superfícies e causando o movimento de partículas de rocha em terra, ao longo da costa ou no mar. A areia soprada da praia ou da orla é transferida para a zona acima do nível da maré alta e depositada como dunas, que podem permanecer em posição ou ser varridas para o interior ou ao longo da costa pela ação do vento (BIRD, 2008).
Figura 3: Dunas costeiras da região litorânea do Rio Grande do Sul
Fonte: http://redeglobo.globo.com/globoecologia/noticia/2012/02/conheca-dunas-costeiras-do-rio-grande-do-sul-e-sua-importancia.html << acessado aos 07.12.2020 pelas 19:01>>
BIRD (2008) ressalta que os ventos também desempenham um papel muito importante em casos em que a poeira disposta no ar é lançada em direcção às rochas. Então de maneira gradativa e lenta, o relevo vai sendo alterado dando origem a esculturas naturais intrigantes, como os arcos rochosos. A título de exemplo podemos realçar nos Estados Unidos o Parque Nacional de Utah. 
Figura 4: Arcos rochosos do Parque Nacional de Utah , EUA
Fonte: https://www.visiteosusa.com.br/experience/parques-nacionais-de-utah-o-quinteto-fantastico << acessado aos 07.12.2020 pelas 21:38>>
Entretanto os ventos são considerados um dos maiores factores ou agentes responsáveis pelos diversos processos que modificam a dinâmica costeira e marinha. 
Ondas 
As ondas podem ser definidas como uma perturbações ou oscilações que se propagam no tempo e no espaço, acompanhadas por transferência de energia, sem que ocorra um deslocamento de partículas (CASTELLO e KRUG 2017).
Para BIRD (2008) as ondas são ondulações na superfície da água produzidas pela acção do vento. O fluxo turbulento do vento soprando sobre a água produz variaçõesde estresse e pressão na superfície, iniciando ondas que crescem como resultado do contraste de pressão entre suas encostas impulsionadas (contra o vento) e avançando (contra o vento).
Entretanto, onda é um processo geológico-marinho, que ocorre por influência do vento, na qual este (vento) quando se propaga em direcção as aguas do mar vai produzindo uma variação de pressão e estresse sobre a agua acompanhada de transferência de energia. 
Figura 5: Terminologia das ondas
Fonte: BIRD, 2008
De salientar que o conhecimento do comportamento das ondas de uma região e a capacidade de previsão do estado de agitação marítima é importante pois, várias atividades ligadas ao mar são influenciadas pelo estado do mar.
Tipos de ondas
De acordo com CASTELLE & KRUG (2017) as ondas são classificadas tendo em conta as suas forças geradoras e restauradoras, seu período e sua variabilidade esquemática de energia. E sendo assim são divididas em: 
· Ondas capilares (de pequeno período e dimensão);
· Ondas de gravidade geradas por vento;
· Ondas de longo período (tsunamis, ondas de tempestade);
· Ondas de maré (ligadas à atração gravitacional do Sol e da Lua, com períodos de 12 a 24 horas);
· E ondas planetárias. 
		Figura 6: Esquema explicativo de tipos de ondas
Fonte: CASTELLE & KRUG, 2017
Marés 
As marés são movimentos dos oceanos originados pelos efeitos gravitacionais da lua e do sol em relação à terra. São ondas muito longas que atravessam os oceanos e são transmitidas para baías, enseadas, estuários ou lagoas ao longo da costa mundial (BIRD,2008). 
Este processo é frequentemente relacionado com as mudanças do nível do mar, pois a maioria das zonas costeiras do mundo são afectadas por ela (maré) e em Moçambique as suas amplitudes variam de 2 e 3 metros. 
CASTELLE & KRUG (2017), afirmam que ao se estudar conjuntamente a influência da atração astronômica do Sol e da Lua, um interessante padrão se configura. Pode-se perceber que o resultado da combinação dos efeitos depende fundamentalmente da fase da Lua, determinando dois tipos de marés:
Figura 7: Tipos de marés
Fonte: BASTOS et al., 2019
Segundo BASTOS et al. (2019), as marés podem ser classificadas em três tipos, reconhecidos pela frequência com que ocorrem a simetria de sua curva.
Maré diurna – quando ocorre uma preamar e uma baixa-mar aproximadamente iguais em cada dia lunar;
Maré semidiurna – ocorrem duas preamares e duas baixa-mares aproximadamente iguais em cada dia lunar; e
Maré mista – ocorrem duas preamares e duas baixa-mares com diferenças significativas de altura.
Figura 8: Classificação das marés tendo em conta a frequência com que ocorre a sua curva.
Fonte: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/mare << acessado aos 05.12.20 pelas 15:37>>
As alterações locais dos ciclos de marés envolvem a interação entre forma e dimensões das bacias oceânicas e o efeito da Força de Coriolis, que está relacionada com a rotação da Terra.
Correntes marinhas e litoraneas 
Para BIRD (2008), quando uma parte da energia dissipada pelas ondas incidentes na zona de surfe é transferida, ocasionam na geração de correntes costeiras, que estas por sua vez causam modificações no relevo praial 
Foi feita referência às correntes que fluem de volta para o mar através das ondas quebrando em intervalos ao longo da costa, correntes geradas por ondas que fluem ao longo da costa quando as ondas chegam em um ângulo com a linha da costa e as correntes de maré geradas pelas marés vazantes e subindo (BASTOS et al.,2019). E este classifica as correntes em três tipos principais:
Corrente de deriva litorânea (litoral drift) – são as ondas aproximams da costa que seguem um ângulo oblíquo formando uma corrente paralela à costa (longitudinal), entre a praia e a zona de arrebentação, definindo o processo conhecido como deriva litorânea em um padrão zig-zag. Esta corrente desenvolve-se melhor em costas retilíneas e longas.
Figura 9: ilustração de uma corrente de deriva litorânea
Fonte: https://serc.carleton.edu/details/images/11439.html << acessado aos 08.12.200 pelas 12:53>>
Correntes longitudinais ou paralelas (long-shore) – as ondas aproximam-se paralelamente à linha de costa, formando células de circulação costeira. A refração das ondas promove a formação de correntes longitudinais que fluem ao longo das costas, a partir das saliências, onde a concentração das ondas eleva o nível da água para os eixos das enseadas adjacentes, de nível de água mais baixo. Essas correntes são responsáveis pelo transporte dos detritos provenientes da abrasão das pontas rochosas.
Figura 10: Demonstração de correntes longitudinais
Fonte: https:www.researchgate.net/figure/.figura-36-vetorizacao-e-distribuicao-de-correntes-longitudinais-a-costa-com-situacao-de_fig1_343046721 << acessado aos 08.12.2020 pelas 04:37>>
Correntes de retorno (rip currents) – são caracterizadas por fluxos estreitos, posicionados normal ou obliquamente em relação à costa, que atravessam a zona de surfe em direção ao mar . Alimentadas por correntes longitudinais nas proximidades da praia, tendem a extinguir-se logo após a zona de surfe em direção ao mar, formando células de circulação . Dependendo da altura da arrebentação, atingem velocidades superiores a 1,5 m/s, representando riscos iminentes aos banhistas. Estas correntes são importantes agentes transportadores de sedimento na zona de surfe, gerando campos de velocidade efetivos na modifi ação do relevo praial.
Figura 11: Ilustração de uma corrente de retorno
Fonte: https://www.portlouis.com.br/novo/correntes-de-retorno/ << acessado aos 07.12.2020 pelas 15:20>>
Nota: verifica-se que as correntes de retorno são geradas com influência das correntes longitudinais. 
Figura 12: Dinâmica das correntes de retorno e correntes longitudinais
Fonte: BASTOS et al., 2019
Variações relativas do nível do mar
Segundo BIRD (2008), O nível do mar depende parcialmente do volume de água nos oceanos, que é determinado pelo equilíbrio entre evaporação e precipitação produzida pelo ciclo hidrológico, e parcialmente do tamanho e formato das depressões crustais que contêm água do mar. O nível médio do mar fornece um datum a partir do qual os movimentos para cima ou para baixo do nível relativo do mar podem ser medidos. A definição do nível do mar médio deve excluir variações de curto prazo, como as causadas por marés e ondas. 
Além dessas variações de curto prazo no nível do mar, BIRD (2008), afirma que os movimentos para cima ou para baixo do nível do mar podem resultar de várias causas, tais como:
a) Movimentos eustáticos do nível do mar
O nível do mar sobe quando o volume de água nas bacias oceânicas aumenta e diminui quando é reduzido. Essas mudanças são mundiais porque os oceanos estão interconectados. Eles foram chamados de eustáticos, um termo que foi introduzido quando se presumia que tais mudanças eram equivalentes em todos os oceanos do mundo, mas agora se percebe que houve discrepâncias regionais na quantidade de aumento ou queda do nível do mar em particular litorais costeiros. 
b) Mudanças estéricas
Um aumento na temperatura atmosférica resulta no aquecimento e expansão dos oceanos, e o nível do mar sobe, ao passo que se os oceanos esfriam eles se contraem e o nível do mar cai. O volume da água do mar também diminui à medida que a salinidade aumenta e aumenta à medida que se refresca. Os volumes dos oceanos também variam com a densidade da água do mar, relacionada à temperatura, salinidade e pressão atmosférica. 
c) Sedimentação
O nível do mar também pode aumentar devido à redução gradativa da capacidade das bacias oceânicas decorrente do acúmulo de sedimentos transportados da terra para o mar, seja por rios, derretimento de geleiras, escoamento em encostas, deslizamentos de terra, vento ou erosão costeira. Este é um processo muito lento, denominado sedimento-eustático. A transferência de toda a terra acima do nível do mar atual para as bacias oceânicas aumentaria o nível dos oceanos em mais de 250 m, mas as estimativas atuais das taxas de desnudação representam um aumentodo nível do mar de apenas cerca de 3 mm por século. 
d) Movimentos tectônicos
O nível relativo do mar pode mudar devido à estabilidade tectônica durante a qual as superfícies de aplainamento têm movimentos, para cima ou para baixo, da Terra sendo formada, com áreas de terra reduzidas à crosta de base, mudando a forma das bacias oceânicas e o nível por intemperismo e erosão de longo prazo uma elevando, abaixando ou deformando os continentes. Estes podem ser movimentos epeirogênicos, orogênicos ou isostáticos. 
Figura 13: Zona onde ocorreu a mudança do nível do mar
Fonte: BIRD, 2008
Observações: 
· Zonas escuras formadas em colunas por organismos marinhos durante uma fase medieval do nível do mar mais alto no Templo Romano de Serápis em Pozzuoli, perto de Nápoles, Itália. 
· A zona nua abaixo dos organismos marinhos pode indicar que ocorreu uma elevação repentina ou pode ter sido protegida por um depósito sedimentar que foi posteriormente removido.
Salinidade 
De acordo com BIRD (2008), alguns processos costeiros são condicionados pela salinidade da água do mar. A salinidade pode ser estimada a partir da densidade da água, mas geralmente é medida como sólidos totais dissolvidos ou instrumentalmente a partir da concentração de íons cloreto (clorinidade) e é expressa em partes por mil (ppt). 
· A salinidade do mar aumenta em ambientes quentes e ventosos, especialmente ao longo das costas áridas, onde a concentração de sal é aumentada pela alta evaporação.
· A salinidade diminui em áreas frias, particularmente perto da foz dos rios e ao longo da costa, onde geleiras derretidas e mantos de gelo fornecem água doce.
Outros processos que influenciam a evolução costeira incluem escoamento após chuva forte ou da simulação de laboratório dessas várias promelting de neve ou gelo, que causa gravurces, foi tentada usando modelos em escala formação de falésias e gulleying de encostas costeiras, formando leques downwashed, e outwashing de areia de praias (BIRD, 2008). 
Resultados e discussão da revisão bibliográfica
Tendo em conta os principais processos geológicos-oceanográficos marinhos e costeiros, os autores do tralho em exposição basearam-se em três bibliografias, nomeadamente: Bastos et al. (2019) que indica sendo ondas , correntes costeiras, ventos e marés ainda este afirma que correntes costeiras são ocasionadas por acção das ondas, razão pelo qual na sua obra aparece como correntes litorâneas causadas pelas ondas; Bird (2008), indica os seguintes processos : ondas, marés, ventos, tsunamis, correntes litorâneas, marés de tempestades e variação do nível do mar; e Castello e Krug (2017) que abordam apenas sobre as ondas e as marés. 
Tendo em conta estes todos autores supracitados e havendo necessidade dos autores (do trabalho em exposição), chegarem a um consenso , verificou-se uma interligação entre quase todos os processos, porem alguns autores afirmam que um processo é resultante do outro razão pelo qual não consideram como um processo principal , como por exemplo Bastos et al.(2019) que afirma que as correntes litorâneas são originadas através das ondas , e Bird (2008) que apesar de afirmar que os ventos e a variação do nível das aguas são um processo este em consenso com os outros autores afirmam que o vento é o principal agente pelas modificações existentes nestes ambientes pois contribuem para que haja todos os outros processos, e quanto as variações do nível do mar os autores chegam ao consenso que este é um processo que surge devido a acção dos outros processos. 
Quanto aos aspectos ligados as anomalias gravimétricas e sismicidade do fundo oceânico, foram recorridos à Kearey (2002), Magaia (2019) e Manuel (2015), pois nestes há uma convergência nas ideias, e nessa vertente os autores optaram por fazer uma junção das ideias que por sua vez já eram convergentes para este ponto. 
De salientar que Bird (2008), considera os tsunamis, como um dos processos e Manuel (2015), concorda com esta ideia porem afirma que os tsunamis são consideradas ondas sísmicas causadas no fundo marinho. 
 Conclusões 
Tendo em conta os objectivos anteriormente citados os autores chegaram as seguintes conclusões: 
· Os processo geológicos-oceanográficos, marinhos e costeiros são tratados de forma conjunta porque nos ambientes na qual os processos incidem, estes processos resultaram dos movimentos relativos do nível das terras e do mar que ocorreram num tempo geológico recente (quaternário); 
· Nestes ambientes fazem-se medições gravimétricas e posteriormente é calculada a anomalia de Bouguer para saber se há ocorrência ou não de um corpo anômalo no fundo marinho; os tsunamis são gerados por meio de ondas sísmicas que ocorrem o fundo marino; os ventos são considerados o agente principal nestes ambientes, pois contribuem para ocorrência dos outros processos; as ondas são produzidas por acção dos ventos as marés são originadas pelo efeito gravitacional da lua e do sol; as correntes litorâneas marinhas e costeiras são geradas por ondas que fluem na costa quando a energia do mar é dissipada; as mudanças do nível do mar são ocasionadas por processo tectônicos, pela sedimentação, pelos movimentos do mar, e pelas mudanças estericas, também podemos encontrar a salinidade que influencia na ocorrência de alguns processos. 
· Os processos anteriormente caracterizados apresentam uma correlação pois, o vento sendo considerado o maior influenciador de todos esses processos, as mares contribuem de uma forma directa para a mudança do nível do mar (mudanças eustáticas), as correntes litorâneas ocorrem apenas quando as ondas dissipam a energia do mar. 
Referências bibliográficas 
· BASTOS, Frederico, et al. (2019). Geografia: Geomorfologia. EdUECE. Fortaleza 
· BIRD, Eric. (2008). Coastal Geomorpholy : An Introduction . 2ª edição. Wiley e Sons. Austrália
· CASTELLO, Jorge & KRUG, Luiz. (2017). Introdução a Ciências do Mar. Editora Textos. Pelotas 
· KEAREY, Philip et al. (2002). Geofísica de Exploração. Oficina de Textos. São Paulo 
· MAGAIA, Luis . (2019). Levantamentos gravimétricos: apostila de aulas. Universidade Eduardo Mondlane . Maputo 
· MANUEL, Alberto. (2015). Análise da Perigosidade de Tsunami para a Cidade da Beira, Moçambique. Universidade de Lisboa . Lisboa 
· MOURA, Filipe. (2018) . Analise espacial de dados multiespectrais no estudo temporal da linha de costa da praia de Parajuru, Ceara-Nordeste do Brasil. Universidade Estadual do Ceara. Fortaleza-Ceara 
· SOUZA, Luiz Antônio. (2008). Geofísica e Geologia Marinha. SBGF. Brasil 
· http://redeglobo.globo.com/globoecologia/noticia/2012/02/conheca-dunas-costeiras-do-rio-grande-do-sul-e-sua-importancia.html
 <<acessado aos 07.12.2020 pelas 19:01>>
· https://pt.m.wikipedia.org/wiki/mare << acessado aos 05.12.20 pelas 15:37>>
· https://www.google.com/amp/s/.maresefim.com.br/tsunamis-o-poder-destrutivo-dos-piores-da-historia/amp/ << acessado aos 07.12.20 pelas 19:01>>
· https://www.visiteosusa.com.br/experience/parques-nacionais-de-utah-o-quinteto-fantastico << acessado aos 07.12.2020 pelas 21:38>> 
· https://serc.carleton.edu/details/images/11439.html << acessado aos 08.12.200 pelas 12:53>> 
· https:www.researchgate.net/figure/.figura-36-vetorizacao-e-distribuicao-de-correntes-longitudinais-a-costa-com-situacao-de_fig1_343046721 << acessado aos 08.12.2020 pelas 04:37>>
· https://www.portlouis.com.br/novo/correntes-de-retorno/ << acessado aos 07.12.2020 pelas 15:20>> 
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