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CASO CONCRETO SEMANA 06 - PROCESSO PENAL II

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Plano de aula: PROCEDIMENTOS II
DIREITO PROCESSUAL II - CCJ 0041
Título
PROCEDIMENTOS II
Semana / Tema
Semana 06 / Procedimento Sumaríssimo ( Lei nº. 9.099/95)
Objetivos
O aluno deverá entender os princípios informadores dos Juizados Especiais
Criminais e compreender a fase preliminar do rito sumaríssimo, com seus
institutos despenalizadores. Ultrapassada a fase preliminar, o aluno deverá
entender a fase de instrução e julgamento, bem como os recursos cabíveis.
Aplicação Prática Teórica
(Questão discursiva) → Semprônio, motorista de um Uber, dirigia seu
veículo pela pista de esquerda (pista de ultrapassagem), sendo certo que
a sua frente estava o carro de felisberto, septuagenário, que dirigia a
aproximadamente 50km/h, o que impedia, na ocasião, Semprônio de
fazer a ultrapassagem. Quando Felisberto parou o seu carro em um sinal
de trânsito, Semprônio desceu de seu Uber e começou a desferir chutes
e socos na lataria do carro do idoso. Uma viatura da PM que passava pelo
local autuou Semprônio e o conduziu a sede policial onde foi lavrado
termo circunstanciado, uma vez que a Autoridade Policial entendeu que
ocorreu crime do art. 163, do CP. Semprônio não aceitou a proposta de
transação penal oferecida pelo MP, sendo certo que o mesmo diante da
recusa, ofereceu denúncia em face do mesmo. Ocorre que Semprônio
ocultou-se para não ser citado e, diante disso, o Magistrado orientou o
oficial de justiça a proceder à citação por hora certa, na forma do art. 362
do CPP. Pergunta-se: Agiu corretamente o Magistrado no caso em
conformidade com o procedimento sumaríssimo?
Resposta → Em um primeiro momento podemos entender que o
Magistrado agiu corretamente, pois o art. 362 do CPC, retrata
exatamente a citação do réu que se oculta, como se apresenta no
caso. Porém, o réu foi indiciado pelo crime 163 do Código Penal,
com isto, o procedimento aplicado ao caso é o sumaríssimo, e neste
procedimento não cabe a citação ficta. Com relação a isto, existem
duas correntes doutrinárias, uma que entende que a citação por
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hora certa não é uma citação ficta, e outra entende que a citação
por hora certa, se não for feita diretamente ao acusado, pode-se
considerar uma citação ficta. Sendo assim, não caberia este tipo de
citação ao caso em tela.
Vale ressaltar um detalhe muito importante, o fato da vítima ser
idosa, o que consequentemente faz com que seja aplicada a regra
da Lei 9.099/95 (Lei dos juizados especiais). No artigo 78, §1º da
referida lei, determina que no caso do acusado ausente a regra
aplicada será a do artigo 66 da mesma lei. No referido artigo, é
determinada a citação por mandado, quando não for possível
fazê-lo pessoalmente no próprio juizado.
Após toda a exposição acima, pode-se considerar que o Magistrado
não agiu corretamente, pois a citação adequada na situação seria a
citação por mandado.
Exercício Suplementar
Sobre o procedimento dos Juizados Especiais Criminais, considere as
seguintes assertivas:
I. A transação penal poderá ser ofertada em relação aos delitos cuja pena
máxima não seja superior a 2 (dois) anos, e a suspensão do processo nos
delitos cuja pena mínima for igual ou inferior a 1 (um) ano.
II. Segundo entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal,
admite-se a suspensão condicional do processo por crime continuado, se
a soma da pena mínima da infração mais grave com o aumento mínimo
de um sexto for superior a um ano.
III. Embora se aplique o procedimento previsto na Lei no 9.099/95 aos
crimes previstos no Estatuto do Idoso nas hipóteses em que a pena
máxima privativa de liberdade não ultrapasse a 4 (quatro) anos, a
transação penal e a suspensão do processo não lhes são aplicáveis.
Quais estão corretas?
a) I;
b) I e II;
c) III;
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d) I e III;
e) II e III
Explicação:

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