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O PAPEL DA GESTÃO PÚBLICA NA PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS

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III Encontro Científico do Programa Nacional de Formação em 
Administração Pública- PNAP 
Centro de Ensino e Aprendizagem em Redes- UEG 
 
 
________________________________________________________ 
 
O PAPEL DA GESTÃO PÚBLICA NA PREVENÇÃO AO USO DE 
DROGAS: UMA ANÁLISE DA SITUAÇÃO EM FORMOSA-GOIÁS. 
 
GILBERTO VERÍSSIMO RODRIGUES 
Nome do Orientador (a) 
Curso: Pós Graduação lato sensu em Gestão Pública 
 
 
RESUMO: O presente artigo trata sobre a importância do combate as drogas no ambiente 
escolar, abordando desde a conscientização dos alunos sobre os riscos das drogas e a 
importância do suporte a esses jovens. O objetivo do trabalho é destacar a importância que 
uma boa gestão escolar tem como forma de coibir a degradação do ambiente escolar, 
afastando e desestimulando as drogas no ambiente escolar, servindo também como meio 
influenciador para conscientização das crianças e adolescentes, sobre os riscos que as drogas 
têm para suas vidas. A escola tem grande importância na formação do caráter da criança e 
adolescentes, servindo como base para formação de suas opiniões, por ser a partir daí que a 
criança faz sua primeira associação com as primeiras informações, adquiridas em sua 
infância, vindo através de suas experiências sociais e dentro de seus lares, determinarem o seu 
caráter e conseqüentemente suas futuras escolhas longe de seus laços familiares. Como 
metodologia de pesquisa utilizada foi necessária vasta pesquisa bibliográfica, utilizando 
artigos referenciais disponibilizados pelo sistema Scielo e Google acadêmico, onde foram 
utilizados 10 (dez) artigos referenciais sobre o tema, todos em língua portuguesa, datados dos 
anos de 2010 a 2018. Como conclusão obtida pelo trabalho ficou evidenciada que a situação 
das escolas públicas é mais delicada, no que se refere ao combate das drogas, pois em muitos 
casos, as crianças que se encontram nessas escolas, possuem situação de vulnerabilidade, 
social, financeira e familiar. 
 
PALAVRAS – CHAVE: Drogas. Educação. Escola. Família. Gestão. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
O presente artigo trata do estudo pormenorizado das drogas no ambiente escolar, o 
objetivo do trabalho é destacar a importância da família e da escola, como aliados para que 
essas as crianças e adolescentes, que são os maiores vulneráveis no ambiente escolar, devido a 
pouca experiência de vida, não se tornem alvos da utilização de drogas, sejam elas lícitas ou 
ilícitas. A educação infantil é transpassada de acontecimentos no cotidiano que serviram para 
formar um futuro de qualidade ou fracasso, tanto do professor quanto para o aluno. 
A difícil jornada enfrentada no decorrer da prática pedagógica favorece no processo 
2 
 
de desmotivação do professor e no baixo rendimento escolar do aluno, tais fatores são 
agravados, quando esses alunos e professores, lhe dão com falta de verbas escolares, escolas 
sucateadas, falta de merendas escolares, dentre outras problemáticas advindas de uma má 
gestão escolar. 
A importância do tema se da pelo seu aspecto educativo, social e psicológico, onde 
essas crianças ao conhecerem novas pessoas, fora do seu ciclo familiar, necessitam se 
socializarem melhor e adotarem o conhecimento dos riscos sociais, para que não se envolvam 
diretamente no submundo das drogas, vindo assim a ocasionarem maiores problemas sociais, 
psicológicos ou ate mesmo a morte. 
 O tema drogas nas escolas é um assunto de grande importância para a sociedade, em 
várias abordagens e discussões devido à realidade que cada aluno traz consigo e suas 
diferenças de comportamentos. Todavia, o afastamento desses alunos das drogas é um dos 
desafios a serem ajustados por educadores que vivenciam esse tipo de comportamento que é 
prejudicial e impossibilita o aluno a desenvolver o seu cognitivo. 
Muitas vezes, é o reflexo do ambiente familiar e social em que a criança e 
adolescente vivem, o trabalho do professor, gestores e Estado devem priorizar métodos 
pedagógicos e sociais que inclua a escola e a família, conscientizando todos sobre os riscos. 
Diante de todos os problemas de educação além dos problemas sociais, o tema é bastante 
atual e necessário, pois analisa a importância da conscientização das famílias da necessidade 
de participarem da vida escolar dos seus filhos. 
 A justificativa para o tema se da devido ao entendimento das drogas no ambiente 
escoalr ser um fenômeno que não é recente, que tem ultrapassado as bases socioculturais, 
assim como as econômicas. Determinar uma relação de confiança e respeito entre o aluno e o 
professor é essencial para criar um laço de afeto, mantendo assim um entendimento desses 
alunos sobre os riscos das drogas. 
Independente de ser escolar pública ou particular é de suma importância que a 
escola possua um bom aparato, para que de suporte ao professor, bem como traga a 
família para próximo do ambiente escolar, forma essa que visara a identificação precoce 
dos primeiros envolvimentos com as drogas. 
Para que sejam alcançados os objetivos da presente pesquisa se faz preciso o 
levantamento de alguns elementos, sendo necessário trazer a seguinte problemática de 
3 
 
pesquisa: A escola esta preparada para preparem os alunos para sobre a importância em se 
conscientizarem sobre as drogas? 
 
2. METODOLOGIA 
O trabalho consistiu em uma pesquisa, descritiva, qualitativa e exploratória, aonde 
através da vasta pesquisa bibliográfica, será reunidos artigos e informações essenciais, para 
elucidação da problemática de pesquisa, direcionando dessa forma a pesquisa ate a 
incorporação de evidências, o que promove a disseminação do conhecimento científico. 
 Dessa forma, seguiram-se as fases para a elaboração de revisão integrativa da 
literatura onde foi iniciada a primeira etapa do processo com a definição e seleção da 
justificativa para a definição do tema. Nessa fase obteve-se a seguinte pergunta norteadora: A 
escola esta preparada para preparem os alunos para sobre a importância em se 
conscientizarem sobre as drogas? 
 Para a obtenção do artigo será realizado um levantamento em bancos de dados 
eletrônicos da Biblioteca Virtual Scientific Electronic Library Online – Scielo e Google 
Acadêmico, além de lista de referências dos artigos identificados. 
Para responder a pergunta norteadora, serão adotados critérios de inclusão, sendo 
considerados aqueles artigos cujo acesso ao periódico era livre aos textos completos, artigos 
em idioma português, publicados e indexados nos anos de 2010 a 2018 e que possui 
relevância com à temática abordada. 
Como critérios de exclusão, estão artigos publicados em anos anteriores a 2010, em 
idiomas que não o português, que não apresentam relação com o tema proposto e a pergunta 
norteadora. 
 
3. DESENVOLVIMENTO 
3.1 DIFICULDADES NA GESTÃO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA 
Para que possa entender o alcance dos professores e gestores das escolas e o que 
pode ser feito em sala de aula, deve-se primeiro entender como a atual sociedade chegou ao 
eixo que se encontra como destaca Benette e Costa (2009) a educação passou por uma 
4 
 
reflexão que foi iniciada nos anos 90, onde surgiu uma percepção educacional muito ampla, 
ou seja, nasce uma pedagogia diferenciada onde o foco passa a ser o aluno tendo suas 
morfologias para o melhor aprendizado. 
 O que foi percebido nessa nova forma pedagógica foi à compreensão do aluno que 
passou a ser em muitas vezes deturpada pelo olhar que possui em relação ao educador, que 
deixou de ser detentor total do conhecimento, portanto abordar o assunto em sala de aula é um 
método de prevenção, ou seja, o professor também poderá reconhecer as necessidades reais e 
imediatas dos seus educandos. 
 Essas raízes são mais profundas e estão bem mais arraigadas do que possamos 
imaginar desde a educação jesuítica que teve seu princípio no ano 1549 com a educação 
tradicional, onde até mesmo a forma de arrumar as carteiras em filas provém destetempo, 
conforme Silva (2014) enfatiza este método foi firmado em tempos idos, porem outros 
educadores como Paulo Freire revolucionaram esta maneira de ensino. 
 A questão presente a ser analisada será ser até onde o educador será presente e até 
onde a intervenção e possível e como poderá ser feita. No entanto vários são os motivos que 
os educadores atuais devem levar em consideração, desde fatores econômicos e sociais até a 
estrutura familiar que a criança e adolescente estão inseridos, onde este por várias vezes 
encontra o primeiro não na escola como afirma o educador e filosofo Cortella (2015), ele 
ainda vai além e afirma que as escolas escolarização e quem educam são os pais que por 
diversas vezes são totalmente omissos em relação a isso e ainda o professor afirma que em 
várias circunstâncias as crianças receberam uma negativa e acaba tendo essas imposições 
devido a obrigatoriedade na escola, gerando problemas (CORTELLA, 2015). 
(...) trabalhar por uma educação voltada para a consciência de que a transmissão 
pura e simples de informações fragmentadas não ensina ninguém a viver. 
Precisamos de uma escola com alma, que desperte o ser de sua inconsciência e o 
leve para o além do conhecimento; que o encaminhe para o contato direto com a sua 
realidade essencial e que consiga perceber que, entremeando todos os conceitos, há 
um tecido unificador, um fio único que tudo conecta, mas que só através do sentir 
amoroso da abertura de canais energéticos sutis e do silêncio pode ser percebido 
(CELANO, 1999, p. 23). 
 
A Constituição Federal de 1988 equiparou os municípios brasileiros, aos estados e 
união quanto a sua obrigatoriedade na oferta do ensino básico, estando de acordo com a lei 
9.394/96 a seguinte forma especificada: Em consonância com o texto constitucional, entre as 
incumbências dos Municípios, a LDB inclui a de organizar, manter e desenvolver os órgãos e 
5 
 
instituições oficiais dos seus sistemas de ensino, integrando-os às políticas e planos 
educacionais da União e dos Estados. 
Para implementação do sistema de ensino nos municípios é necessário que os 
gestores municipais juntamente com as escolas formulem políticas públicas locais, para uma 
boa implementação escolar, cuidar para que essas crianças e adolescentes não estejam 
expostas aos malefícios da sua saúde, como as drogas, também faz parte do papel da escola, 
que poderá estar adotando políticas públicas com o policias militares, bombeiros etc. 
O Conselho Nacional de Educação (CNE) recomenda que, mesmo com a 
organização do sistema municipal já autorizada pela Constituição Federal e LDB, e mesmo na 
LOM, é necessário considerar o prazo indispensável à formulação da lei municipal para a 
instituição do sistema municipal de ensino1. 
A Lei nº 9.394/1996 diz que para que os municípios adotem o sistema de ensino local 
é necessário que eles criem normas complementares, autorizando, instituindo e 
regulamentando essas unidades de ensino. A mesma lei traz diretrizes para que esses 
municípios regularizem a atividade educacional na sua região sendo necessários alguns 
preceitos como: 
Organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas 
de ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais da União e dos Estados; 
exercer ação redistributiva em relação às suas escolas; oferecer a Educação infantil 
em creches e pré-escolas e, com prioridade, o ensino fundamental, além de assumir 
o transporte escolar dos alunos da rede municipal2. 
 
Para que haja um fortalecimento na atuação dos municípios referente à educação é 
necessário que se tenha um fortalecimento da sua autonomia, com verbas exclusivas a 
educação, diagnóstico real da situação vigente da educação e suas carências locais. 
É também importante que os gestores tenham em mente, que uma boa administração 
das verbas destinada à educação são primordiais para um ensino de qualidade é que haja uma 
crescente evolução na construção do ensino municipal. 
A Constituição Federal de 1988 especificou a obrigação da união, estados e 
municípios sobre suas responsabilidades educacionais, vindo também o legislador a tratar no 
 
1 BRASIL. Lei nº 9.394/1996. Lei de diretrizes e base da educação nacional. Disponível em: 
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/70320/65.pdf Acesso em: 20 de janeiro de 2019. 
2 IBDEM. 
6 
 
mesmo dispositivo constitucional, o percentual que será destinado aos entes da federação para 
destinação a educação, tendo que os municípios aplicarem 25% de sua receita resultante dos 
impostos arrecadados, deverão serem destinados a educação, sendo a mesma coisa obrigatória 
para os estados. De acordo com o artigo 212 da Constituição Federal de 1988, ficou 
estabelecido da seguinte forma esse repasse: 
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita 
resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na 
manutenção e desenvolvimento do ensino. § 1º - A parcela da arrecadação de 
impostos transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, 
ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito do 
cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir. § 2º - Para efeito do 
cumprimento do disposto no "caput" deste artigo, serão considerados os sistemas de 
ensino federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213 
(BRASIL, Constituição Federal de 1988). 
Em 2007 foi criado o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica 
e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), ele veio para substituir o Fundo 
de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério 
(FUNDEF), é através do FUNDEB que a distribuição dos recursos para a educação nos 
estados e municípios. De acordo com dados de 2010 do Sistema de Informações sobre 
Orçamentos Públicos em Educação (SIOPE), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da 
Educação (FNDE), 52 municípios não cumpriram a lei3. 
Caso esses estados e municípios não façam esse repasse financeiro devidamente à 
educação, o tribunal de contas estadual poderá reprovar as contas daquele município e estado, 
ficando os mesmos comprometidos a futuros repasses feitos pela união. O órgão que fiscaliza 
essa situação é o Ministério Público, de acordo com a Lei n. 11.494/07, que instituiu o 
FUNDEB, ficou estabelecido da seguinte forma: 
Art. 29. A defesa da ordem jurídica, do regime democrático, dos interesses sociais e 
individuais indisponíveis, relacionada ao pleno cumprimento desta Lei, compete ao 
Ministério Público dos Estados e do Distrito Federal e Territórios e ao Ministério 
Público Federal, especialmente quanto às transferências de recursos federais. § 1o A 
legitimidade do Ministério Público prevista no caput deste artigo não exclui a de 
terceiros para a propositura de ações a que se referem o inciso LXXIII do caput do 
art. 5º e o § 1º do art. 129 da Constituição Federal, sendo-lhes assegurado o acesso 
gratuito aos documentos mencionados nos arts. 25 e 27 desta Lei. § 2o Admitir-se-á 
litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da União, do Distrito Federal 
e dos Estados para a fiscalização da aplicação dos recursos dos Fundos que 
receberem complementação da União. 
Os responsáveis por gerirem a educação nos municípios são os secretários (a) de 
 
3 BRASIL. FNDE. Disponível em: http://www.todospelaeducacao.org.br/reportagens-tpe/24099/municipios-
devem-gastar-no-minimo-25-dos-seus-orcamentos-com-educacao acesso em 20 de janeiro de 2019. 
http://www.todospelaeducacao.org.br/reportagens-tpe/24099/municipios-devem-gastar-no-minimo-25-dos-seus-orcamentos-com-educacao
http://www.todospelaeducacao.org.br/reportagens-tpe/24099/municipios-devem-gastar-no-minimo-25-dos-seus-orcamentos-com-educacao7 
 
educação, que são indicados pelo prefeito, em sua grande maioria possuem nível superior. 
Diante da situação econômica a qual nosso país se encontra, várias famílias têm 
buscado mais o ensino público na modalidade básica, tem sido muito difícil para essas 
famílias diante do crescente número de desemprego, custear os custos de uma educação 
privada, nos dias atuais a educação municipal e estadual, vem trabalhando em seu limite, seja 
por profissionais mal remunerados, e também devido a um numero grande de alunos que estão 
utilizando o sistema. 
E importante salientar que muitos municípios devido a sua miserabilidade local, 
várias dessas crianças, só obtêm refeição no dia, provinda da escola, e diante de desvio dessa 
alimentação e suspensão do abastecimento, muitas dessas crianças se evadem da escola, 
estando vulnerável a exposição das drogas, sejam em seus bairros ou ambiente escolar. 
Para Carlos Abicalil, ex-secretario do Ministério da Educação, um dos maiores 
problemas para a reestruturação desses estados e municípios, é o custo aluno que continua 
muito alto, o mesmo vê como uma possível solução é a transmissão dos royalties de alguns 
produtos, com sua destinação a educação, assim como previsto em lei, o mesmo fiz em seus 
apontamentos: 
Lei dos royalties, por exemplo, definiu que a união deve investir 75% dos royalties 
do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-sal para educação, mas não definiu a 
porcentagem para estados e municípios. O que a legislação federal diz é que a união 
priorizará sua transferência a municípios e estados que tiverem vinculação correlata. 
Esta é uma questão que estes entes federados devem resolver em legislação estadual 
e municipal ao optarem se vão simplesmente replicar a lei federal 12.858/13 ou se 
vão aperfeiçoá-la. Esse é o momento de fazer esse debate na Câmara dos vereadores 
e na Assembléia Legislativa, junto com as discussões em torno dos Planos Estadual 
e Municipal de Educação4. 
Infelizmente as educações federais, municipais e estaduais, não acompanham o ritmo 
das escolas particulares, um grande exemplo é o uso da tecnologia como ferramenta de 
ensino, a exemplo de jogos educativos nas escolas, muitas escolas públicas nem 
computadores possuem, enquanto na rede de ensino particulares tem escolas que distribuem 
tablets como ferramenta de ensino. 
A forma como a parte docente, administrativo e técnico da escola se comporta é um 
dos pontos determinantes para que se exista o bullying em sala de aula. Nota-se que se faz 
 
4 BRASIL. Portal todos pela educação. Entrevista dada ao site de olho no pano, disponível em: 
http://www.deolhonosplanos.org.br/como-a-participacao-pode-contribuir-para-a-construcao-das-
regulamentacoes-do-plano-nacional-de-educacao/ 
Acesso em 18 de janeiro de 2019. 
http://www.deolhonosplanos.org.br/como-a-participacao-pode-contribuir-para-a-construcao-das-regulamentacoes-do-plano-nacional-de-educacao/
http://www.deolhonosplanos.org.br/como-a-participacao-pode-contribuir-para-a-construcao-das-regulamentacoes-do-plano-nacional-de-educacao/
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indispensável que os professores e todos os profissionais ao redor inicie um método de 
alcance de conscientização no processo de ensino e aprendizagem. 
 Quando se atinge e consegue ter o apoio de toda a equipe, a cautela a prevenção de 
atos violentos no colégio e o comportamento, atitudes, processo afetuosos de receptividade, 
chama atenção de toda a equipe que completa o lugar de conhecimento, onde as vítimas 
possam contribuir de alguma forma o combate a essas atitudes de grosseria que traz 
sofrimento e desequilíbrio emocional. 
 É necessário ajustamento em suas instituições para que sejam capazes de usar deste 
espaço para exercícios que apóiam esta campanha, um dos princípios que proporciona a ação 
do bullying na escola pode estar referente ao ambiente insuficiente, onde o lugar apropriado 
seria com bastante espaço amplo e disponibilizar aos professores a produzirem conteúdos para 
explorar energia incentivando as crianças a bondade, caridade, solidariedade, partilha, 
fraternidade e respeito. Este procedimento só será viável se o educador antes de tudo se impor 
a trabalhar em sala os valores éticos e morais de cidadania, ressaltando sempre suas posturas e 
condutas ao se relacionar com as pessoas. 
 
3.1.1 PARCERIA ESCOLA E FAMÍLIA PARA O COMBATE AS DROGAS 
Embora a convivência familiar seja um direito fundamental, ela não se dá de maneira 
homogênea para todos, porque, além de estar profundamente marcada pelas especificidades 
históricas e culturais, tal vivência está profundamente condicionada pelas diferenças sociais, 
haja vista que todas as famílias estão inseridas em uma estrutura social (MIOTO, 1997). 
 Após o advento da Constituição Federal de 1988 e o Estatuto da Criança e 
Adolescente (ECA), surgiu em nosso país diversas organizações sociais, associadas ao 
governo ou não, que visam o bem estar da criança e adolescente, sejam no acolhimento desses 
menores em situações de riscos, ou seja, em situações onde essas ONGS criam políticas 
públicas internas para que essas crianças e adolescentes vivam harmoniosamente em 
sociedade, usando a maioria deles a cultura como válvula transformadora dessas famílias. 
 O estado como garantidor do direito ao poder familiar, é parte apta, assim como os 
demais membros de uma família, para colaborar com iniciativas que visem as benfeitorias e 
melhorias dentro da sociedade para que as famílias, tenham igualdades de direitos, e o possam 
9 
 
ofertar todos os direitos cabíveis a seus filhos. 
 Dentro do contexto violento, encontra-se a criança e adolescente, como infrator, seja 
envolvido com drogas, assassinato ou diversos outros tipos de crimes, tem-se atualmente no 
ordenamento jurídico Brasileiro, uma grande preocupação quanto ao envolvimento deles no 
submundo do crime. Porém tal preocupação não tem surgimento por agora, conforme destaca 
Marcílio (1998, p. 45) o século XX foi tido como aquele que houve as primeiras descobertas 
sobre a importância da valorização e defesa, no que tange a proteção da criança. 
No que se refere à escola, é importante ressaltar que se o ambiente educativo for de 
intolerância e autoritarismo e/ou adepto aos princípios e ideário da “guerra às 
drogas”, criando tabus em torno desse assunto, é provável que não se favoreça a 
construção do vínculo acima mencionado. Esse vínculo é fundamental na construção 
de uma atenção singular àqueles que fazem uso prejudicial de substâncias 
psicoativas (CORDEIRO et al 2016, p. 02). 
 Já Veronese e Custódio (2011, p. 12), destacam que a história brasileira é marcada 
pela negação da assistência a infância e adolescente, advindo daí a ausência do 
reconhecimento da condição peculiar de desenvolvimento que pudesse diferenciar a infância 
da fase adulta. 
Trata-se de parâmetros que traduzem inovações nas administrações públicas e que 
dizem respeito a ações que se inspiram em um conjunto de valores, tais como 
descentralização, transparência, participação, redução de desigualdades, otimização da 
aplicação de recursos públicos, sustentabilidade ambiental, inclusão (SOUTO, CACCIA 
BAVA & PAULICS, 1999, p. 1). 
 Para Piai et al (2014) a problemática das drogas dentro das escolas, advêm de diversos 
fatores, que vão desde conflitos externos e internos, possuindo relação com o ambiente 
familiar, social, falta de informação, expectativa, como também influência da mídia. 
O risco das drogas é frequente na vida dos adolescentes e pré-adolescentes, mas se 
tiverem a autoestima elevada, a expectativa de vida clara por parte de pais e 
professores, aliada a uma educação formativa, que envolva afeto, controle e 
segurança, aspectos estes fundamentais para o amadurecimento dos valores e 
atitudes, serão direcionados para uma vida saudável e livre das drogas (PIAI, et al, 
2014, p. 324). 
 
Dentro do contexto escolar,percebe-se que o uso de drogas lícitas encontra-se cada 
vez mais próximo de nossa juventude, muitas vezes atingindo-os ainda muito jovens, na 
transição da infância para a adolescência. 
10 
 
A escola precisa ser vista como um conjunto e todos ali devem se sentir responsáveis 
e comprometidos pela condução do processo de ensino-aprendizagem. Pensando nisso, é 
fundamental que toda a comunidade escolar seja estimulada a desenvolver práticas 
democráticas em seu cotidiano, levando em conta, objetivos pedagógicos claros e 
contextualizados. Importante ressaltar que o processo educativo, onde quer que aconteça, será 
sempre definido a partir do contexto social e político que determina seus objetivos e meios de 
ação. 
Uma das coisas que precisa ser desvinculada em nossa sociedade é a idéia de que a 
pobreza é o mesmo que negligência, a pobreza nem sempre é fator de abandono ou de mazela, 
cada caso deverá ser analisado pelos órgãos municipais onde mora a criança e adolescente. 
Assim, a culpabilização da família e da pobreza abriu espaço para a 
institucionalização das crianças pobres, e a família, deixada de lado no processo de educação 
de seus filhos, experimenta a total negação de seu direito de exercer o papel de sujeito na 
educação dos filhos (SILVA JÚNIOR; ANDRADE, 2007; OLIVEIRA, 2009). 
Em 1964 foi criado a Política Nacional de bem estar do menor (PNBEM), sendo 
totalmente de fundo assistencialista, e estando também vinculada ao ministério da justiça, 
mais a frente em 1972 essa política foi transferida ao ministério da previdência social ficando 
vinculado ao mesmo ate 1986. Em 1979, foi criado o código de menores, que vislumbrava a 
proteção desses menores, tendo ampliado mais ainda esses direitos somente a partir da 
constituição federal de 1988. 
 A importância na atuação entre escola e famílias, unidas para o combate as drogas, se 
da devido a redução de danos a essas crianças e adolescentes, que devido a imaturidade da 
vida, ficam mais suscetíveis a experimentarem as drogas e acabarem no vício, que poderá 
culminar ate mesmo sua morte. 
 
Atualmente, conta-se com outros recursos para que os educadores possam lidar, de 
forma coerente, com o tema das drogas no contexto educacional, com a perspectiva 
da redução de danos, o que compõe um dos eixos de ação das políticas públicas 
sobre álcool e outras drogas vigentes. A publicação “Drogas: Cartilha para 
educadores”, elaborada pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), 
pretende oferecer uma base teórica e prática para que o agir dos professores esteja 
mais alinhado com a evidência científica do campo da prevenção do uso prejudicial 
de álcool e outras drogas nas escolas (CORDEIRO et al, 2016, p. 357). 
 Vale destacar a importância da mudança da imagem da escola, por esses alunos, 
11 
 
devendo fugir da imagem tradicional, de escola autoritária e que fortaleça os vínculos entre 
alunos e escola. Também vale destacar a prática do bullying como forma direcionar os alunos 
para o mundo das drogas. 
 A escola é um espaço de construção de conhecimentos e onde se espera ter bons 
relacionamentos, depois da família e o primeiro ambiente onde todos deverão freqüentar. O 
termo bullying representa inúmeras formas de agressões entre iguais, como afirma 
Constantine (2004, p.69): “Trata-se de um comportamento ligado à agressividade física verbal 
ou psicológica” e não está sendo praticada somente nas escolas. Essas agressões podem ser 
encontradas em todos os lugares que existem relações interpessoais. 
 É difícil falar sobre violência e indisciplina pelas circunstâncias que as rodeiam e os 
motivos que as geram. Repentinamente crianças são pegas de agindo de tal forma quando 
perguntadas qual motivo o problema se torna mais grave quando a equipe escolar não faz, 
ignorando tais fatos 
 Problemas de disciplina como: comportamento anti-social, rebeldia, humilhação, 
intimidação, se não cuidados pode gerar a violência, e quando a intimidação física, verbal, 
psicológica, ou social, a criança intimidada muda o comportamento, tornando-se assustada, 
quieta, em silêncio. 
Piai et al (2014) destacam que a situação psicossociais desses alunos, influenciam e 
os deixam vulneráveis para um possível envolvimento com as drogas, para os autores ao 
adotares fatores de proteção, tanto a escola como a família estarão contrabalanceando a 
vulnerabilidade desses alunos. 
Tabela 1 – fatores de risco e proteção 
Fatores de proteção Fatores de risco 
Identificação dos alunos usuários/traficantes. Entrada e saída de estranhos por vias 
desconhecidas. 
Tentativas de aproximação dos alunos. Alunos fumantes. 
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Tentativa de aproximação da família. Falhas nas tentativas de aproximação com os 
alunos e famílias. 
Patrulha escolar. Falta de projetos e ações que valorizem o ser 
humano. 
Parcerias: CRAS, CREAS, CAPSI. Falta de pessoa para a segurança. 
Fonte: PIAI et al 2014, p. 06. 
Dada à complexidade da problemática do uso de drogas, envolvendo a interação de 
fatos bio-psico-sociais, o campo das ações preventivas é extremamente abrangente, 
envolvendo aspectos que vão desde a formação da personalidade do indivíduo até questões 
familiares, sociais, legais políticas e econômicas (CASTRO E ROSA, 2010, p. 08). 
 Alguns temas de grande relevância nos debates escolares: várias vezes o educador 
acredita ser dono do saber, acredita que o certo deve ser o aprendido e determinado assunto e 
pronto, não conseguindo demonstrar de forma clara, para que o aluno compreenda o assunto, 
reuniões são fundamentais para que se debatam e criem metas para acabar com a indisciplina. 
 Quando se tem um trabalho em equipe conseguem-se juntos criar maneiras de 
diferenciar o certo do errado e as melhores maneiras para tal, regras são necessárias e com 
bastante cautela para que o aluno não interprete ou se confunda, com a atitude do professor ou 
gestor estejam impondo autoridade e submissão, pois o mesmo pode acarretar indisciplina e 
revolta, autoridade e algo que se conquista cabe ao educador observar e agir quando 
necessário e de maneira eficaz cooperação e união fará com que os alunos se sintam mais 
eficientes e autônomos. 
 As pesquisas sobre esta problematização mostram que existem várias possibilidades 
características que podem auxiliar, a identificá-lo para encontrarmos maneiras de ação que 
poderão ajudar no combate a prevenção ou amenizar o grande contratempo no núcleo escolar. 
 
13 
 
4. RESULTADO E DISCUSSÃO 
 Ao adentrarmos sobre a conseqüente utilização do álcool, cigarros, ou drogas ilícitas 
tem na vida das crianças e adolescentes e suas graves conseqüências sociais e escolares, é 
preciso primeiramente entender que o acesso a essas drogas, esta diretamente associado a 
fatores sociais, econômicos, políticos e ate mesmo biológicos, se tornando assim um 
problema de saúde pública (SILVA, 2011). 
O abuso e dependência combinados afetam aproximadamente 8% da população 
brasileira, gerando um grande custo social. O reconhecimento da existência de uma 
hereditariedade significativa contribui para o entendimento do problema como uma 
doença específica com origem biológica. Os avanços no conhecimento da 
neurobiologia da dependência, permitiram delimitar uma série de genes candidatos 
para a predisposição. Atualmente, iniciam-se os estudos sobre o papel de 
polimorfísmos genéticos na resposta ao tratamento. A integração de abordagens 
clínicas, epdemiológicas e de genética molecular pode identificar grupos clínicos 
mais responsivos a abordagens terapêuticas específicas (BAU, 2002. p. 6). 
 
 Nery e Torres (2002, p. 31) destacam que a busca na utilização das drogas pelos 
adolescentes, se da muita das vezes como forma, de estabelecer laços sociais em seus grupos 
de amizades, fazendo com que os mesmos se sintam pertencentes a determinado grupos e 
conseqüentemente aceitos. Sobre o que venha ser a descrição de drogas, Silva (2011,p. 10) 
destaca: 
Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética que, introduzida no 
organismo modifica suas funções. As drogas naturais são obtidas através de 
determinadas plantas,de animais e de alguns minerais. Exemplo a cafeína (do café), 
a nicotina (presente no tabaco), o ópio (na papoula) e o THC tetrahidrocanabiol (da 
maconha). As drogas sintéticas são fabricadas em laboratório, exigindo para isso 
técnicas especiais. O termo droga, presta-se a várias interpretações, mas comumente 
suscita a idéia de uma substância proibida, de uso ilegal e nocivo ao indivíduo, 
modificando-lhe as funções, as sensações, o humor e o comportamento. As drogas 
estão classificadas em três categorias: as estimulantes, os depressores e os 
perturbadores das atividades mentais. O termo droga envolve os analgésicos, 
estimulantes, alucinógenos, tranquilisantes e barbitúricos, além do álcool e 
substâncias voláteis. As psicotrópicas, são as drogas que tem tropismo e afetam o 
Sistema Nervoso Central, modificando as atividades psíquicas e o comportamento. 
Essas drogas podem ser absorvidas de várias formas: por injeção, por inalação, via 
oral, injeção intravenosa ou aplicadas via retal (supositório). 
 
Foi realizada uma pesquisa analítica no município de Formosa – Goiás, no CEPI 
Helena Nasser, está localizada no Bairro Jardim Parque da Colina que pertence ao município 
de Formosa/GO. Conta com um público de 487 alunos matriculados no ensino médio. Com 
uma população de aproximadamente 3000 (três mil) habitantes, tem como característica 
14 
 
principal a economia rural e pequenos comerciantes. Escola essas que faz parte de uma área 
de baixa renda da cidade, o contexto social do público escolar é de crianças que em sua 
maioria, possuem pais que trabalham o dia todo fora de casa, não participando das atividades 
escolares desses alunos, também ficou observado que essas escolas possuem super lotação de 
alunos, poucos professores para a grande demanda e perfil físico não suficiente para atender a 
grande demanda. 
Embora não exista um estudo específico sobre o uso de drogas no Bairro, há uma 
preocupação por parte da gestão da escola em iniciar um projeto de prevenção na região. 
Estudos apontam que jovens e adolescentes residentes no município de Formosa têm iniciado 
de forma muito precoce contato com drogas lícitas e ilícitas. 
Em seus estudos sobre as causas do uso de drogas por adolescentes do bairro São 
Benedito no município de Formosa- Goiás, Silva (2011) destacou dados alarmantes sobre o 
acesso as drogas e cenário que propícia o envolvimento desses adolescentes. A autora destaca: 
Dos jovens entrevistados, 82% mora com os pais; 18% mora com parentes; avós, 
tios ou primos. Perguntado sobre o que leva a fazer uso de drogas, 50% usa por 
influência de amigos ou deseja ser aceito no grupo; 20% usa drogas para reduzir a 
tensão emocional e 30% para remover aborrecimentos. Ao serem questionados se 
conhecem a diferença entre droga lícita e droga ilícita, 60% conhecem a diferença. 
Na família de 55% dos jovens há usuários de drogas, principalmente bebidas 
alcoólicas e tabaco. Todos conhecem ou tem amigos que usam drogas e sabem as 
conseqüências do vício. Quando perguntados sobre a influência das drogas no 
estudo, 80% afirmaram que o raciocínio é mais lento, têm dificuldades de 
concentração e não conseguem assimilar com clareza os conteúdos; 20% acham que 
as drogas não interferem nos estudos. 
 Uma grande realidade do município bem como de várias famílias Brasileiras, e a de 
total negação de que seu familiar utiliza drogas, vindo assim a manterem as aparências, e não 
tendo envolvimento maior da família para coibir essa utilização das drogas pelas crianças e 
adolescentes. 
No entanto, o comportamento familiar durante toda vida dos filhos; desde a infância 
até sua adolescência, independente do modelo abordado, vai repercutir no processo 
de sensibilização e nas escolhas que seus filhos farão em suas vidas. Um adolescente 
pode conviver com pais separados ou famílias formadas só pela mãe ou por outras 
pessoas próximas a ele. O que importa nesta relação, para que não use droga, é o 
diálogo, o amor e a informação dos danos causados para si, a família e a sociedade 
(SILVA, 2011, p. 12). 
Embora não exista um estudo específico sobre o uso de drogas no Bairro Jardim Bela 
Vista, apenas Estatísticas da Polícia Militar, há uma preocupação por parte da gestão da escola 
em iniciar um projeto de prevenção na região. Estudos apontam que jovem e adolescente 
residente no município de Formosa tem iniciado de forma muito precoce contato com drogas 
lícitas e ilícitas. Sobre o perfil desses jovens do Bairro São Benedito,no Município de 
15 
 
Formosa-GO, Silva (2011) destaca: 
Os dados levantados a partir das respostas dadas pelos adolescentes através do 
questionário aplicado na pesquisa mostra que a experiência com substâncias 
psicoativas lícitas ou ilícitas é cada vez mais precoce entre os estudantes do Bairro 
São Benedito: Primeiro contato com o álcool aos 12 anos. Primeiro contato com o 
cigarro (tabaco), solvente e o crack aos 13 anos. Primeiro contato com maconha aos 
14 anos. Primeiro contato com cocaína: aos 14 anos. (SILVA, 2011, p.17). 
 Bezerra e Porto (2010) destacam que para que haja uma boa comunicação entre 
professor e aluno deverá existir uma boa relação ampla de duas mãos fazendo assim o 
trabalho de prevenção as drogas, ou seja, os mesmos acreditam que para haver a prevenção 
desse fenômeno o docente tem que buscar um processo que desencadeie essas atitudes 
contando com o professor o potencial de um líder de classe, o mesmo precisa oferecer 
dinâmicas para que não ocorra esses acontecimentos no ambiente escolar. 
 Manter a classe aproximada é essencial para que os alunos se sintam seguros ao 
conversar sobre as experiências e situações que envolvam as drogas no ambiente escolar, 
sendo importante também que a família procure saber o que aconteceu durante o dia desses 
alunos, por se sentirem sozinhos esse adolescente acabam se excluindo e com receio de 
comentar com alguém o que realmente está passando na escola, com isso a percepção do 
professor e de extrema importância quanto mais cedo se nota o que está acontecendo, mais 
cedo o caso e solucionado. É preciso observar o pedido de ajuda, que alguns alunos carregam 
consigo e não deixar que ele carregue esse sentimento de sofrimento e angústia que lhe 
causam sérias conseqüências em suas vidas. 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O presente artigo teve por objetivo apresentar as dificuldades que os docentes tem 
em lhe darem com as drogas no ambiente escolar, sendo um grande desafio para os 
professores, familiares, bem como toda sociedade, tratando-se de um problema social, 
financeiro. O ser humano desde as fases mais remotas do seu surgimento na história, sempre 
teve necessidade de adequar seu comportamento com as regras, estando em obediência às 
adequações sociais na sociedade, bem como sabendo os limites aos quais deverá obedecer, 
como forma de uma boa vivência em sociedade. 
A situação das drogas constitui uma problemática bastante desafiadora para a 
sociedade como também para a família, pois mais do que nunca ambas precisam serem 
16 
 
aliadas, para combaterem o consumo de drogas pelas crianças e adolescentes. A importância 
no acompanhamento dessas crianças nos primeiros anos escolares é algo imprescindível, haja 
vista, os efeitos devastadores das drogas para toda sociedade. 
 Vale ressaltar que o modo de vida acelerado, bem como a integração da mulher ao 
mercado de trabalho, vem criado nos últimos anos, famílias que tem direcionado a escola, os 
ensinamentos básicos de comportamentos humanos, aos quais são aprendidos nos meios 
sociais, a qual essas crianças estão inseridas, tal fator é bastante crescente, muito se da a essas 
crianças estarem estudando em período integral, vindo assim a escola a contribuir muitopara 
a educação não somente formal, mas também social desses alunos. 
Ficou evidenciado pela presente pesquisa, que a situação das escolas públicas é mais 
preocupante, no que se referem ao combate as drogas, pois diante do sucateamento dessas 
escolas, má administração dos recursos públicos destinados as escolas, esses alunos ficam 
mais predispostos a evasão escolar e como conseqüência estarem entrando no submundo das 
drogas. 
A grande problemática em torno da utilização das drogas licitas ou ilícitas, dentro do 
ambiente escolar, se da pela falta de senso do limite do que é certo ou errado, aumentando 
assim o índice de jovens que por não serem podadas nesses primeiros anos escolares, sejam 
pela escola ou pelo seus familiares, vem através da indisciplina, crescem adultos sem limites, 
estando expostos as drogas e muita das vezes inseridos no submundo do crime. 
A realidade de trabalho desses professores no Brasil é cada vez mais difícil, 
principalmente para aqueles do ensino público, onde em sua grande maioria, possuem super 
lotação de alunos em sala, métodos tradicionais de ensino, alunos que em sua grande maioria 
não possuem incentivos familiar nos estudos, aliados a baixa valorização desses profissionais. 
A ausência de diretrizes e controle familiar é algo bastante colaborativo para a falta 
de disciplina escolar, ficou evidenciado que as famílias não mensuram a importância que tem 
sobre a influência dos seus filhos, vindo assim a crescer no Brasil infelizmente, o relato de 
professores agredidos por alunos, dentro de sala de aula, venda de drogas em ambiente 
escolar, o que agrava mais ainda a problemática da educação no Brasil, haja vista, a limitação 
de profissionais em sala de aulas e má gestão pública dos recursos da educação contribuírem 
para essa problemática. 
Em resposta a problemática da pesquisa levanta que foi se a escola esta preparada 
17 
 
para abordar com os alunos sobre as drogas, ficou evidenciado, que a grande maioria das 
escolas estão, porém a exemplo do caso trazido de Formosa-GO, a escola fica limitada, haja 
vista a importância de apoio conjunto entre familiares, sociedade e comunidade escolar. 
Como forma de inibir o consumo de drogas nas escolas, bem como afastar aqueles 
que vendem drogas no ambiente escolar, é preciso uma valorização dos professores, 
investimento do Estado no ambiente escolar, como adotar diretrizes que fujam do 
tradicionalismo e incentive o aluno ao estudo, sem esquecer da importância da criação de 
políticas públicas que insiram a família no contexto escolar, para que haja uma atuação 
conjunta eficaz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
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