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Origem, evolução e desenvolvimento da auditoria
classecontabil.com.br/origem-evolucao-e-desenvolvimento-da-auditoria
PUBLICADO 14 anos ATRÁS.
1.tIntrodução
Dentre as diversas áreas de atuação do contador, a auditoria vem experimentando
excepcional desenvolvimento, quer no plano prático, quer no plano teórico. A profissão
do auditor data do século XVIII, onde alguns profissionais se autonomeavam
contadores públicos, executando, porém um trabalho pouco mais aprofundado do que
aquele efetuado pelos contadores comuns.
No século XIX, aparece o denominado perito contador, cuja função básica era a de
descobrir erros e fraudes. A partir de 1900, a profissão do auditor tomou maior impulso
através do desenvolvimento do capitalismo, tornando-se uma profissão propriamente
dita. Em 1934, com a criação da Security and Exchange Comission, nos Estados Unidos,
a profissão do auditor criou um novo estímulo, pois as companhias que transacionavam
ações na Bolsa de Valores foram obrigadas a utilizar-se dos serviços de auditoria, para
dar maior fidedignidade às suas demonstrações financeiras.
No Brasil, o desenvolvimento da auditoria teve influência de filiais e subsidiárias de
firmas estrangeiras; financiamento de empresas brasileiras através de entidades
internacionais; crescimento das empresas brasileiras e necessidade de descentralização
e diversificação de suas atividades econômicas; evolução do mercado de capitais;
criação das normas de auditoria promulgadas pelo BACEN (Banco Central do Brasil)
em 1972, e criação da Comissão de Valores Mobiliários e da Lei de Sociedades
Anônimas em 1976.
O trabalho de auditoria deve ser adequadamente planejado e quando executado por
contabilistas assistentes, ou seja, pessoal com nível técnico, estes precisam ser
convenientemente supervisionados pelo auditor responsável.
2.tObjetivo
Evidenciar que a auditoria para atingir sua finalidade deve ser planejada de forma que
preveja-se a natureza, a extensão e a profundidade dos procedimentos a serem
adotados, bem como os momentos mais propícios à aplicação destes métodos.
Demonstrar como as organizações e profissionais buscam o aperfeiçoamento
profissional e como se relacionam com os clientes.
Sendo o objetivo da auditoria, o de expressar opinião sobre a propriedade das
demonstrações financeiras e contábeis pretende-se verificar se estas representam a
posição patrimonial, contábil e financeira da empresa auditada e adequado para
atender as exigências do mundo globalizado.
1/11
https://classecontabil.com.br/origem-evolucao-e-desenvolvimento-da-auditoria/
https://classecontabil.com.br/author/silvio-aparecido-crepaldi/
3.tMetodologia
A pesquisa realizada pode ser classificada como uma pesquisa bibliográfica.
A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia já tornada
pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsa, boletins, jornais,
revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico, etc, até meios de
comunicação orais: rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais: filmes e
televisão. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi
escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, inclusive conferê4ncias seguidos de
debates que tenham sido transcritos por alguma forma, quer publicada, quer gravada
(LAKATOS; MARCONI, 1995).
A bibliografia pertinente oferece meios para definir, resolver, não somente problemas já
conhecidos, como também explorar novas áreas onde os problemas não se cristalizaram
suficientemente e tem por objetivo permitir ao cientista o esforço paralelo na análise de
suas pesquisas ou manipulação de suas afirmações. Dessa forma, a pesquisa
bibliográfica não é mera repetição do que já foi dito ou escrito sobre certo assunto, mas
propicia o exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem, chegando a conclusões
inovadoras (LAKATOS; MARCONI 1995).
4.tReferencial Teórico
4.1.t História da Contabilidade e Origem da Auditoria
A contabilidade surgiu como uma parte do conhecimento humano, em função da
necessidade básica do homem de contar seus rebanhos, produtos de sua pesca ou caça,
cujo objetivo seria garantir o resultado positivo da equação entre necessidade de
recursos a disponibilidade para subsistência.
Iudicibus (2000) afirma como o homem é naturalmente ambicioso, e por isso a
necessidade de contabilizar seus recursos advém desde o início da civilização. Alguns
teóricos preferem dizer que a necessidade de contabilizar, ou seja, a contabilidade
existe, pelo menos desde 4.000 anos antes de cristo(…)na monotonia do inverno, entre
os balidos ininterruptos das ovelhas, o homem tem uma idéia. Havendo um pequeno
monte de pedras ao seu lado, o homem separa uma pedra para cada cabeça de ovelha,
executando assim o que o contabilista chamaria hoje de inventário (…).
Desde o período primitivo a contabilidade se desenvolveu, sempre em função das
modificações das relações econômicas ocorridas no mundo, marcadas por períodos
definidos assim definidos por Hendriksen (1999).
Sá (1998) também faz referências à evolução da contabilidade.
Entre os sumero-babilonios já existiam registros contábeis em pedaços de argila.
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Há mais de 6.000 anos o comércio já era intenso, o controle religioso sobre o Estado já
era grande e poderoso, daí derivando grande quantidade de fatos a registrar.
Ensejando, também o desenvolvimento da escrita contábil.
No Egito, igualmente, há milhares de anos, o “papiro” deu origem aos livros contábeis.
Em cada período da história, as relações entre homem e sua disponibilidade de recursos
sempre foi fonte para evolução dos conceitos contábeis, que sempre procurou quebrar
os paradigmas proporcionados por cada um destes períodos, e hoje volta a enfrenta um
novo desafio, em função do nascimento de uma nova sociedade, cuja economia está
baseada no conhecimento.
1. A contabilidade é um produto do Renascimento Italiano, período de grande avanço
econômico, em regiões como Roma, Gênova, Milão e Veneza.
2. Por volta de 332 a.C. Foram encontrados vários registros contábeis, como forme de
coletar os tributos com cereais e linhaça pelo uso de água para irrigação pelos egípcios.
3. “2000 a.C. sistemas contábeis parecem Ter existido na China (…)”.
4.2.tA Origem da Auditoria nos Países Desenvolvidos
Documentos históricos afirmam que os imperadores romanos nomeavam altos
funcionários que eram incumbidos de supervisionar todas as operações financeiras de
seus administradores provinciais e lhes prestar contas, verbalmente (a palavra auditoria
tem origem no latim, vem de “audire”, que significa ouvir).
Já no século II, na França, os barões realizavam a leitura pública das contas de seus
domínios, na presença dos funcionários designados pela Coroa. Enquanto, na
Inglaterra, por ato do Parlamento, o rei Eduardo outorgava direito aos barões para
nomear seus representantes oficiais. Ele próprio ordenou que as contas do testamento
de sua falecida esposa fossem conferias. A aprovação destes auditores era atestada em
documentos que constituíram os primeiros relatórios de Auditoria, denominados,
“Probatur Sobre as Contas”. Documentos atestam, ainda, que o termo auditor originou-
se no final do século XIII, na Inglaterra, sob o poder deste rei que mencionava o termo
auditor sempre que se referia ao exame das contas, alegando que se estas não
estivessem corretas, iria punir seus responsáveis.
A Inglaterra, empregando o mercantilismo, dominando os mares e controlando o
comércio, mantendo grandes companhias comerciais e instituindo impostos sobre o
lucro dessas empresas para desenvolver a riqueza nacional e firmar-se como uma das
grandes potências mundiais, em fins do século XVII, foi o país que mais desenvolveu a
auditoria. Mas somente, séculos depois, em seguida a crise do ano de 1929, a auditoria,
neste país, começou a prosperar.
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Em meados dos anos 30, foi criado o famoso Comitê May, um grupo de trabalho
formado para determinar regras para as empresas que tivessem suas ações cotadas em
bolsa de valores, tornandoobrigatória a Auditoria Contábil Independente, nas
demonstrações financeiras dessas empresas.
Os auditores independentes, para exercerem suas atividades, precisavam utilizar
informações e documentos que permitissem o profundo conhecimento e análises das
diversas transações financeiras. Para auxiliá-los, foram indicados alguns funcionários
da própria empresa, que por sua vez, com o decorrer do tempo, foram aprendendo e
dominando as técnicas de auditoria e utilizando-as em trabalhos solicitados pela
própria administração da empresa. Estas empresas perceberam a possibilidade de
diminuir seus custos com auditoria externa, se aproveitassem mais esses funcionários,
implantando um serviço de conferência e revisão interna dos trabalhos contábeis,
continuada e permanente, a preço menor.
Os auditores externos também lucraram com isso, pois puderam se dedicar
exclusivamente ao seu maior objetivo de examinar a situação econômico-financeira das
empresas contratantes. Posteriormente, nos Estados Unidos da América, como
exemplo, as grandes empresas de transporte ferroviário criaram unidades fiscais
chamadas “Travelling Auditors” (Auditores Viajantes), que tinham a função de visitar as
estações rodoviárias e assegurar que todo produto da venda de passagens e de fretes de
carga estavam sendo arrecadados e contabilizados corretamente. E após a fundação do
The Institute of Internal Auditors (Instituto de Auditores Internos), em Nova York, a
auditoria interna passou a ser vista de forma diferente. De um corpo de funcionários de
linha, costumeiramente subordinados a contabilidade, aos poucos passou a ter um
enfoque de controle administrativo, com a finalidade de avaliar a eficácia e a efetividade
dos controles internos.
Logo o seu campo de ação funcional estendeu-se para todas as áreas da empresa e para
manter sua independência, passou a subordinar-se diretamente à alta administração da
empresa.
4.3.tA Origem da Auditoria no Brasil
No Brasil, a auditoria surgiu na época colonial, quando o juiz era a pessoa de confiança
do rei, designada pela Coroa portuguesa para conferir o recolhimento dos tributos ao
tesouro, reprimindo e punindo fraudes. E no decurso do sistema capitalista, a expansão
comercial e a forte concorrência, despertaram nas empresas, antes familiares, a
necessidades de aumentar suas instalações, investir em tecnologia e aperfeiçoar os
controles e procedimentos internos, como por exemplo, a redução de custos, com a
intenção de tornar seus produtos mais competitivos no mercado. Para a consecução
desses objetivos, tornou-se necessário atrair recursos de terceiros, por meio de
empréstimos em longo prazo e abertura do capital social a novos acionistas.
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Os investidores precisavam obter informativos sobre a situação financeira e
patrimonial, a solvência e a gestão dos recursos da empresa para avaliara segurança, o
grau de liquidez e a rentabilidade. Assim, as demonstrações contábeis tornaram-se os
informativos mais importantes, e para maior segurança, os investidores passaram a
exigir que as demonstrações fossem examinadas por profissionais independentes e de
capacidade técnica reconhecida, a exemplo do que já era realizado nos Estados Unidos
da América, na Inglaterra e em outros países desenvolvidos. No ano de 1931, através do
Decreto nº 20.158, a profissão de guardador de livros passou a ser regulamentada, no
que se incluía a função de auditor. E no ano de 1945, por ocasião da lei nº’ 7.988, foi
criado o curso de Ciências Contábeis, de nível superior, e de Técnico, de nível médio,
tomando a Auditoria uma prerrogativa daquele profissional. Até então, os trabalhos de
auditoria, no Brasil, eram escassos e necessários apenas para o controle administrativo
e à formulação de pareceres sobre balanços, ainda como atos formais.
Até que com o final da segunda guerra mundial, os escritórios estrangeiros,
acompanhando as instalações de empresas no país, convenceram o empresariado
nacional sobre a importância do trabalho de auditoria, e no ano de 1976, com o advento
da Lei nº 6.404, o parecer do auditor independente nas demonstrações contábeis das
companhias abertas tornou-se obrigatório e impulsionou a auditoria brasileira.
4.4.tEvolução Histórica da Auditoria
Em essência, a causa da evolução da auditoria, que é decorrente da evolução da
contabilidade, foi a do desenvolvimento econômico dos países, do crescimento das
empresas e expansão das atividades produtoras, gerando crescente complexidade na
administração dos negócios e de práticas financeiras.
A veracidade das informações, o correto cumprimento das metas, a aplicação do capital
investido de forma lícita e o retorno do investimento, foram algumas das preocupações
que exigiram a opinião de alguém não ligado aos negócios e que confirmasse, de forma
independente, a qualidade e precisão das informações prestadas, dando, desta forma, o
ensejo ao aparecimento do Auditor.
Embora cronologicamente haja indícios da existência da profissão do auditor desde o
século XIV, esta é, em verdade, uma função nova e que vem experimentando
excepcional desenvolvimento com diferentes graus de especialização.
Por meio destes fatos históricos, verifica-se que o surgimento da auditoria apoiou-se na
indispensável necessidade de confirmação, por parte dos usuários, sobre a realidade
econômica e financeira do patrimônio das empresas investigadas, essencialmente, no
surgimento de grandes empresas multigeograficamente distribuídas e simultaneamente
ao desenvolvimento econômico que permitiu a participação acionaria na formação do
capital de muitas empresas, gerando crescente complexidade na administração dos
negócios e de práticas financeiras.
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Logo, a veracidade das informações, o correto cumprimento das metas, a aplicação do
capital investido de forma lícita e o retorno do investimento foram às preocupações
fundamentais que exigiram a opinião de alguém não-vinculado aos negócios e capaz de
confirmar, de modo independente, a qualidade das informações prestadas, ocasionando
assim, o desenvolvimento do profissional de auditoria. E embora, cronologicamente,
haja indícios da existência desta profissão desde o século XIV, esta é, na verdade, uma
função nova que vem experimentando excelente desenvolvimento em diversos níveis de
especialização.
Porém, como a auditoria provém da Contabilidade, ainda é indicado o conjunto de
dados históricos que permitem a comparação entre estas duas atividades.Com o
conhecimento da evolução dos fatos criadores do trabalho de auditoria, verifica-se que
esta se estabeleceu pelo exame científico e sistêmico dos registros, documentos, livros,
contas, inspeções, obtenção de informações e confirmações internas e externas, sujeitos
as normas apropriadas de procedimentos para investigar a veracidade das
demonstrações contábeis e o cumprimento não somente das exigências fiscais como dos
princípios e normas de contabilidade e sua aplicação uniforme.
4.5.tDesenvolvimento da Auditoria
A evolução da auditoria no Brasil está primariamente relacionada com a instalação de
empresas internacionais de auditoria Independente, uma vez que investimentos
também internacionais foram aqui implantados e compulsoriamente tiveram de ter
suas demonstrações contábeis auditadas.
As principais influências que possibilitaram o desenvolvimento da auditoria no Brasil
foram:
1. Filiais e subsidiárias de firmas estrangeiras;
2. Financiamento de empresas brasileiras através de entidades internacionais.
3. Crescimento das empresas brasileiras e necessidades de descentralização e
diversificação de suas atividades econômicas.
4. Evolução de mercados de capitais.
5. Criação das normas de auditoria promulgadas pelo Banco Central do Brasil em 1972;
6. Criação da Comissão dos Valores Mobiliários e da Lei das Sociedades Anônimas em
1976.
4.5.1.tA Auditoria na Era da Iinformação
No decorrer das últimas décadas, o ritmo das mudanças, no mundo, se caracterizou por
extraordinária rapidez. Estas afetaram profundamente as organizações, seja em sua
estrutura, cultura ou comportamento.As organizações passaram por três fases durante
o século XX: a era industrial clássica, a era industrial neoclássica e a era da informação.
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Enquanto nas duas primeiras foram destacadas as tarefas, as pessoas, a tecnologia e o
ambiente, na última e atual, devido às mudanças e transformações, ocorre em um
contexto globalizado e dinâmico, em que a competitividade se dá em nível mundial, as
relações comerciais ignoram fronteiras e culturas nacionais e a informação imediata faz
com que as organizações necessitem ser ágeis, flexíveis e rápidas em suas respostas aos
desafios cada vez mais complexos e, ainda, provoca diversidade em relação à
composição humana dentro das organizações e incentiva a modificação nas funções das
pessoas que nelas trabalham, de forma direta ou indireta.
O conceito de emprego e as formas de trabalho (que é o título de identidade social do
ser humano, no qual ele se reconhece e é reconhecido pelos outros) estão se tomando
cada vez mais flexíveis para adaptar-se à nova ordem mundial, pois para que as
organizações possam ser transformadas, torna-se necessário antes fazer o mesmo com
cada pessoa envolvida em seus objetivos.
As mudanças que estão ocorrendo nesta era, e em que todos já estão aprendendo a
viver, afetam, ainda, as classes profissionais em geral, obrigando-as a repensarem seus
métodos e propósitos.
Assim, como outras áreas de produção que precisam acompanhar a evolução econômica
para adaptar-se as novas demandas do mercado de trabalho, a função da auditoria
começa a ser reavaliada, não somente como instrumento tradicional capaz de revelar
erros, falhas e até fraudes organizacionais à alta administração, mas fundamental para
indicar sugestões e soluções preventivas e educativas, e quando bem aplicada, permitir
o desenvolvimento da sensibilidade dos administradores para diagnosticar problemas e
fomentar sua gestão, melhorando o desempenho de seus funcionários e do trabalho de
auditoria, seja interna ou externa, além de influenciar, positivamente, no
funcionamento geral da organização.
4.5.2.tA Auditoria e seu Objetivo Educativo
Frente a uma sociedade dinâmica em transição, torna-se importante acreditar em uma
educação que estimule as pessoas a procurarem a verdade comum, realizarem
questionamentos e investigações para evoluírem, compreenderem os acontecimentos e
provocarem mudanças positivas. A educação, por permitir o desenvolvimento
intelectual, moral e do corpo físico, pode ser analisada como uma prática social de
divisão do trabalho, ou ainda, como a busca da verdade, e para tanto é essencial refletir
o passado da mesma forma que futuramente será preciso refletir o momento atual.
A partir do conhecimento da evolução histórica da auditoria, pode-se entender o motivo
pelo qual o seu objetivo educativo é, hoje, muito valorizado. Ou seja, o fenômeno da
globalização exige conhecimento, tecnologia, competição com produtos e serviços de
melhor qualidade e de menor preço, custos baixos, elevada produtividade ,extração
aceitável dos recursos escassos aplicados e capacidade profissional de agregação de
valores.
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As organizações, neste novo mundo, requerem novas habilidades das pessoas,
mentalidade aberta, criativa e ágil. Trata-se de educação profissional capaz de
aperfeiçoar auditores e auditados para a consecução de objetivos amplos, a curto e/ou a
longo prazo, de modo que recursos sejam otimizados e a duplicação de esforços seja
prevenida.
Um instrumento importante para alcançar esse objetivo educacional é a comunicação
interpessoal, o diálogo, capaz de despertar a consciência critica sobre os métodos
tradicionais, incentivar os envolvidos a acompanharem as necessidades atuais e a se
relacionarem construtivamente e sem temores, visando a valorização, eficiência e
expansão do trabalho de auditoria nas organizações e perante a sociedade em geral.
4.5.3.tMedo do Trabalho de Auditoria
Outro fato importante é o medo da auditoria, pois por mais que os auditores se
esforcem para serem vistos como “consultores” ou que realizem trabalhos para atender
a administração no desenvolvimento de suas atribuições, ainda são vistos pelos
auditados com rejeição.
As pessoas por temerem ser fiscalizadas caracterizam os auditores com este estereótipo.
Devido à pretensão de descobrir fraudes ou irregularidades, trabalho de auditoria fixou-
se, durante sua história, como objeto de fiscalização e punição, e ainda, nos dias atuais
percebemos resquícios desta concepção. Muitas vezes os auditores não percebem estar
criando o clima de medo e poder que exercem ou ainda são capazes de estimulá-lo para
que sua autoridade seja exercida, e ainda, em função da carga de trabalho que possuem,
não lhe sobeje tempo para trabalhar suas relações com as pessoas.
Se for feita uma análise profunda sobre o trabalho do auditor, nota-se que sua missão é
informar aos superiores do auditado os erros observados. Qual o funcionário que
aprecia que seus erros sejam evidenciados? O auditor, nesse momento, representa uma
ameaça. O temor das pessoas de terem seus erros divulgados e até expostos ao ridículo é
sensível. Estas mostram seu anseio em verificar se alguma tarefa de sua
responsabilidade consta nos relatórios dos auditores. Deve ser observado, também, o
comportamento do auditor mediante os erros encontrados. Uns no momento em que
verificam ou ouvem sobre algo errado o fazem de maneira que se torne público e
exponha os envolvidos ao ridículo. É necessário que compreendam que estão se
relacionado com pessoas e, desde que elas não pratiquem atos de má fé, é fundamental
orientá-las e não envergonhá-las por seus erros.
Alguns auditores entendem a importância das pessoas e a importância da consecução
de sua colaboração para desempenhar satisfatoriamente seu trabalho, uma vez que, a
cada auditoria, ele precisa enfrentar um conjunto de regras novas e fazer
questionamentos. Estes aconselham, algumas atitudes que podem ajudar a diminuir a
tensão durante o trabalho de auditoria e fazer com que as pessoas cooperem no
desenvolvimento de seu trabalho, como:
8/11
1. Fazer que as pessoas envolvidas compreendam que não estão sendo analisados os
seus erros individuais e sim todo o sistema. Os erros só se tomam relevantes quando
inseridos no contexto total do sistema e é preciso que o auditado explique como este
funciona;
2. Definir corretamente a responsabilidade das pessoas sobre os fatos constatados, não
as responsabilizando indevidamente, determinar por quais motivos possui todos os
fatos e dados que sustentam suas afirmativas e ter um conhecimento abrangente dos
sistemas e controles capaz de beneficiar o desempenho da unidade e não apenas corrigir
os erros individuais.
Enquanto os auditados poderão interessar-se em:
1. Informar-se sobre o que é a auditoria e quais são seus benefícios;
2. Desenvolver seu trabalho com honestidade, organização e limpeza;
3. Procurar ter segurança e domínio de suas tarefas.
5.tConclusão
Os objetivos do trabalho de auditoria estão se adaptando as necessidades modernas,
com ambiente dinâmico, sistemas de informações integrados e estratégicos, capaz
desde atender a força de trabalho bem treinada e valorizada, contribuindo para tornar o
desempenho desta cada vez mais eficiente e, ainda, tornar o trabalho das organizações
mais competentes, oferecendo constantes oportunidades de melhorias, fortalecendo os
controles contábeis e operacionais e permitindo antecipar o conhecimento dos
problemas existentes, para que suas causas sejam alteradas em tempo hábil e não seus
efeitos.
As organizações e os profissionais envolvidos em auditoria que já compreenderam tais
vantagens demonstram estar promovendo alterações educativas e preventivas em seus
procedimentos de trabalho, como por exemplo, criando novos modelos de relatórios
que indicam que os problemas encontrados já foram ou estão sendo solucionados pelos
próprios auditados, novas formas de melhorar o relacionamento entre auditores e
auditados ou incentivando o comportamento ético.
Porém, apesar de a auditoria ser um instrumentocomprovadamente indispensável e
adequado para atender as exigências do mundo globalizado, em que todos estão
aprendendo a viver, ainda é considerável o número de profissionais que a utilizam
apenas para o cumprimento de obrigações legais ou como mero centro de custos.
Muitos auditores, inclusive, demonstram ainda não conhecer e aplicar as vantagens que
um bom trabalho de auditoria pode oferecer, fundamentalmente, quando valorizados
seus objetivos educativo e preventivo que proporcionam o desenvolvimento profissional
de auditores e auditados contribuindo diretamente para agregar resultados mais
positivos às organizações, e conseqüentemente, influenciando a alta administração a
9/11
reconhecer e utilizar a auditoria como um excelente investimento capaz de oferecer
informações, garantir o perfeito funcionamento de seus controles e cumprimento das
obrigações legais com integridade.
Certamente a auditoria não propicia a solução para todos os problemas existentes nas
organizações, mas, por meio de seus trabalhos construtivos, fornece base sólida para a
alta administração tomar decisões inteligentes e conduzir melhor a organização para
alcançar os objetivos pretendidos e garantir informações seguras aos demais usuários e
para a sociedade em geral.
6.tReferências Bibliográficas
A evolução do trabalho de auditoria. Disponível em http://www.eac.fea.usp.br.
Acessado em 25 de março de 2004.
CREPALDI, Silvio Aparecido. Auditoria Contábil: teoria e prática. 3. ed. São Paulo:
Atlas, 2004.
Evolução da Auditoria no Brasil. Disponível em http://www.magnusauditores.com.br.
Acessado em 25 de março de 2004.
Evolução Histórica da Auditoria. Disponível em http://www.selectaauditores.com.br.
Acessado em 25 de março de 2004.
HENDRIKSEN, E. S. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 1999.
LAKATOS, E. M; MARCONI, M.A. Fundamentos de Metodologia Científica. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 1995.
Autor: Silvio Aparecido Crepaldi
Silvio Aparecido Crepaldi 1
SILVIO APARECIDO CREPALDI é administrador de
empresas, contador e advogado. Atua como professor e diretor
de diversas universidade e faculdades brasileiras em cursos de
graduação e pós-graduação. Mestre em Administração pela
Universidade Federal de Lavras (MG). Pesquisador da área de
Administração Contábil Tributário, Financeira, Rural e Direito
Empresarial. Consultor, assessor de empresas e docente em
treinamentos nacionais e internacionais. Consultor na área de
Planejamento Tributário e Contábil, Direito Empresarial, Econômico e Financeiro.
Avaliador do MEC/INEP para reconhecimento e recredenciamento de cursos
10/11
https://classecontabil.com.br/author/silvio-aparecido-crepaldi/
superiores. Docente do MBA e Treinamentos da Catho E-lerning. Representante
docente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário. Autor dos livros
Contabilidade rural: uma abordagem decisorial, Curso básico de contabilidade, Curso
básico de contabilidade de custos, Contabilidade gerencial: teoria e prática e Auditoria
contábil: teoria e prática, publicados pela Editora Atlas S A, Administração rural: uma
abordagem decisorial, pela Editora da UNA, e Direito Tributário: teoria e prática pela
Editora Forense (no prelo).www. crepaldi.adv.brsilviocrepaldi@uai.com.br
11/11
	Origem, evolução e desenvolvimento da auditoria

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