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A INFLUÊNCIA DA FILOSOFIA LIBERAL NA ESTRUTURA PÚBLICO-ADMINISTATIVA DO BRASIL

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CENTRO PAULA SOUZA
ETEC ALBERT EINSTEIN – EXTENSÃO EE PROFESSOR EMILIANO CAVALCANTE
Curso Técnico em Serviços Jurídicos
Gabriel Marin Ruiz Assunção
A INFLUÊNCIA DA FILOSOFIA LIBERAL NA ESTRUTURA PÚBLICO-ADMINISTATIVA DO BRASIL
São Paulo
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2020
CENTRO PAULA SOUZA
ETEC ALBERT EINSTEIN – EXTENSÃO EE PROFESSOR EMILIANO CAVALCANTE
Curso Técnico em Serviços Jurídicos
Gabriel Marin Ruiz Assunção 
A INFLUÊNCIA DA FILOSOFIA LIBERAL NA ESTRUTURA PÚBLICO-ADMINISTATIVA DO BRASIL
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao Curso Técnico em Serviços Jurídicos da ETEC Albert Einstein como requisito parcial para aprovação no Componente Curricular de Planejamento e Desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso (PDTCC), sob orientação do Prof. João Vitor Fernandes Pereira. 
São Paulo
2020
Gabriel Marin Ruiz Assunção 
A INFLUÊNCIA DA FILOSOFIA LIBERAL NA ESTRUTURA PÚBLICO-ADMINISTATIVA DO BRASIL
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao Curso Técnico em Serviços Jurídicos da ETEC Albert Einstein como requisito para obtenção do título de técnico em serviços jurídicos.
COMISSÃO EXAMINADORA
 
Professor João Vitor Fernandes Pereira (Orientador)
 
 Professor Antonio Alberto Giannichi Junior (Examinador)
 
Professor (Examinador)
São Paulo, XX de novembro de 2020.
DEDICATÓRIA
O agradecimento principal vai para a minha mãe, Janaina, por todo esforço e dedicação sem os quais não seria possível eu estar aqui. Também agradeço a todos os meus amigos que me apoiaram por todo este caminho, é inviável nominar a todos vocês neste momento sem cometer a injustiça de esquecer alguém, mas vocês sabem quem são.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos professores e coordenadores que me instruíram durante todos esses três anos de curso. E principalmente ao professor João Vitor Fernandes, nosso orientador, por estar sempre acessível e me motivar quando mais foi necessário e sem o qual este trabalho não seria possível.
EPÍGRAFE
“Quando o governo, em nome de boas intenções, tenta reorganizar a economia, legislar a moralidade ou proteger interesses especiais, o resultado é a ineficiência, a falta de motivação e a perda de liberdade. O governo deve ser um árbitro, não um jogador ativo.” – Milton Friedman.
SUMÁRIO
	1. INTRODUÇÃO....................................................................................................
	3
	1.1 HIPÓTESES..................................................................................................................
	4
	1.2 OBJETIVOS .................................................................................................................
	4
	1.2.1 Objetivo Geral ...........................................................................................................
	4
	1.2.2 Objetivos Específicos ...............................................................................................
	4
	1.3 JUSTIFICATIVA ..........................................................................................................
	6
	1.4 METODOLOGIA .........................................................................................................
	6
	2. DESENVOLVIMENTO ......................................................................................
	7
	2.1 CAPÍTULO 1 ..............................................................................................................
	7
	2.1.1 DAS FONTES.........................................................................................................
	7
	2.1.2 DA LEGALIDADE....................................................................................................
	9
	2.2 CAPÍTULO 2 ..............................................................................................................
	11
	2.2.1 DAS PROPOSTAS..................................................................................................
	11
	2.2.1.1 SOBRE A REVISÃO DO PACTO FEDERATIVO................................................
	11
	2.2.1.2 DO ARMAMENTO CIVIL.........................................................................................
	13
	2.2.1.3 DA DESCENTRALIZAÇÃO URBANA.....................................................................
	14
	2.2.1.4 DA REFORMA TRABALHISTA DE 2017................................................................
	15
	2.2.1.5 DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL...........................................................
	18
	2.3 CAPÍTULO 3 ................................................................................................................
	21
	2.3.1 ADERENTES E EXPOENTES DO LIBERALISMO NO BRASIL...............................
	21
	2.3.2 INFLUÊNCIAS, PARTIDOS, MOVIMENTOS E INSTITUIÇÕES LIBERAIS NA HISTÓRIA BRASILEIRA
	25
	2.3.2.1 PARTIDO LIBERAL DE 1831.................................................................................
	25
	2.3.2.2 FRENTE LIBERAL (DEM)......................................................................................
	26
	2.3.2.3 NOVO.....................................................................................................................
	26
	2.3.2.4 MBL: MOVIMENTO BRASIL LIVRE.......................................................................
	27
	2.3.2.5 LIVRES...................................................................................................................
	28
	2.3.2.6 INSTITUTO MISES BRASIL..................................................................................
	28
	3. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................
	 29
	4. REFERÊNCIAS .................................................................................................
	30
1. INTRODUÇÃO
O liberalismo como mecanismo de atividade estatal tem se assentado na sociedade brasileira desde 1831, em grande parte da história, de forma antagônica ao conservadorismo, o que não obrigatoriamente se apresenta como sendo seu objetivo incipiente.
Tendo como suas principais filosofias políticas a Liberdade e a Igualdade, o liberalismo defende a manutenção dos direitos individuais, ideias introduzidas por pensadores do final do século XIII como Adam Smith, John Locke, Jean-Baptiste Say, Thomas Malthus, David Ricardo, Voltaire e Montesquieu. E foram pouco a pouco assimiladas por diversos setores da sociedade brasileira.
Porém, com a Proclamação da República em 1889, o movimento liberal tradicional desapareceu por um longo período, muito pelo aspecto distante dos ideais liberais que foi esse momento de transição no Brasil. Mais especialmente a partir de 1966, o liberalismo foi expelhado apenas pelo Movimento Democrático, partido opositor ao ARENA no modelo bipartidário que foi mantido por 12 anos no Brasil. Depois que o multipartidarismo se reinstalou em 1979, mais partidos e movimentos se rotularam como liberais, mas a palavra também foi usada para designar os objetivos de algumas formações conservadoras.
Nestre trabalho, serão abordadas as influências desta ideologica no modelo administrativo atual de nosso país, e os possíveis resultados positivos e negativos, provenientes de decisões econômicas e políticas pautadas no pensamento liberal. Sua importância deve-se principalmente a abordagem atual de nosso governo, que vem cada vez mais optando por uma administração tanto política, quanto econômica, voltada ao liberalismo.
O tema torna-se necessário posto que, todos aqueles que intentam em algum momento ingressar em carreira pública ou jurídica, (ou ao menos dispor de conhecimentos voltados a administração pública) devem ostentar de sapiência sobre os pensamentos que estruturam o atual patrimônio intelectual de nossa sociedade.
1.1 HIPÓTESES
As principais causas positivasdessa abordagem liberal aplicada pelo governo podem ser: A diminuição da máquina pública: com a redução dos serviços prestados por ela; A melhoria dos serviços privatizados; O fluxo contínuo e livre de capital internacional; A promoção do enriquecimento individual da nação.
Já seus possíveis desfechos negativos dizem respeito à promoção da maior desigualdade entre os cidadãos. Para movimentos críticos ao liberalismo (como ponto máximo do capitalismo), ele serviria como meio de maior opressão dos mais ricos sobre os mais pobres, contrapartida de interesses particulares para interesses sociais.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
Este trabalho tem como objetivo geral encontrar o meio para melhor aplicação e desenvolvimento do pensamento liberal usado como forma de administrar o Estado.
1.2.2 Objetivos Específicos
Identificar as principais fontes do pensamento liberal no Brasil;
Analisar de forma legal as propostas da ideologia com base na Constituição Federal de 1988. (CF de 88);
Compreender de forma jurídica as intenções por trás de seus propósitos;
Comparar essa influência contraposta a outras influências apresentadas por ideologias divergentes ao liberalismo;
Explorar profundamente o modo pelo qual os liberais inseridos no meio público do Brasil pretendiam e pretendem alcançar a ascensão do bem-comum da população brasileira;
1.3 JUSTIFICATIVA
Como já esclarecido, sua importância deve-se principalmente a abordagem atual de nosso governo, que vem cada vez mais optando por uma administração tanto política, quanto econômica, voltada ao liberalismo. O tema torna-se necessário posto que todos aqueles que intentam em algum momento ingressar em carreira pública ou jurídica, devem ostentar de sapiência sobre os pensamentos que estruturam o atual patrimônio intelectual de nossa sociedade.
1.4 METODOLOGIA
A metodologia aqui utilizada será composta por diversas formas de pesquisa, entre elas: a pesquisa bibliográfica (livros, artigos, notícias e períodos), pesquisa ex-post-facto, pesquisa etnográfica e pesquisa explicativa.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Capítulo 1
2.1.1 Das fontes
Iniciaremos por apresentar e expor as fontes do pensamento liberal, de forma crescente de acordo com a cronologia histórica, tendo em vista o surgimento dos pensadores liberais mais relevantes. Devemos também considerar que, o modelo de governo liberal descarta qualquer tipo de sociedade que possua um governo totalitário ou anárquico, essa característica tem base em citações de filósofos longevos, considerados pensadores liberais, frases como:
Dita por John Locke (1632-1704), considerado pai do liberalismo:
E para que todos os homens sejam impedidos de invadir direitos alheios e de prejudicar uns aos outros, e para que seja observada a lei da natureza, que quer a paz e a conservação de toda a humanidade, a responsabilidade pela execução da lei da natureza é, nesse estado, depositada nas mãos de cada homem, pelo que cada um tem o direito de punir os transgressores da dita lei em grau que impeça sua violação. Pois a lei da natureza seria vã, como todas as demais leis que dizem respeito ao homem neste mundo, se não houvesse alguém que tivesse, no estado de natureza, um poder para executar essa lei e, com isso, preservar os inocentes e conter os transgressores. E se qualquer um no estado de natureza pode punir a outrem, por qualquer mal que tenha cometido, todos o podem fazer, pois, nesse estado de perfeita igualdade, no qual naturalmente não existe 
Superioridade ou jurisdição de um sobre o outro, aquilo que qualquer um pode fazer em prossecução dessa lei todos devem necessariamente ter o direito de fazer.[footnoteRef:1]
 [1: LOCKE, John. Do estado de natureza ao governo civil. 1998. P. 385-386] 
Onde pode-se compreender que, em sua visão, o estado teria a função de garantir os direitos naturais dos homens, porém sem o poder de violá-los. Podemos citar também a frase atribuída ao matemático, teórico político e filósofo inglês Thomas Hobbes (1588-1679): “Qualquer governo é melhor que a ausência de governo. O despotismo, por pior que seja, é preferível ao mal maior da Anarquia, da violência civil generelizada, e do medo permanente da morte violenta.”
Já para Adam Smith (1723-1790), filósofo e economista britânico, diz que o poder do estado deve-se limitar apenas a defesa da sociedade contra os inimigos externos, a proteção dos indivíduos contra as ofensas mútuas e a realização de obras públicas que não possam ser realizadas pela iniciativa privada.
Procurando expor ideias atuais, gostaria de citar ainda, o economista, estatístico e escritor norte americano Milton Friedman (1912-2006), que defende a existẽncia de um governo limitado em frases como:
A existência de um mercado livre não elimina, evidentemente, a necessidade de um governo. Ao contrário, um governo é essencial para a determinação das 'regras do jogo' e um árbitro para interpretar e pôr em vigor as regras estabelecidas. O que o mercado faz é reduzir sensivelmente o número de questões que devem ser decididas por meios políticos - e, por isso, minimizar a extensão em que o governo tem que participar diretamente do jogo.[footnoteRef:2] [2: FRIEDMAN, Milton. Capitalismo e liberdade. 1962. University of Chicago Press] 
Esses e muitos outros pensadores são importantes fontes do pensamento liberal no Brasil e no mundo, o que nos leva a indagar se esse modelo de governo realmente é viável em um país como o nosso. Para isso, é saudável analisarmos algumas propostas liberais, para identificar possíveis inconstitucionalidades em suas pautas.
Uma das principais pautas do liberalismo diz respeito a diminuição do estado. Uma proposta que tende a ser mal vista aos olhos da sociedade, pois, aparentemente um estado menor significaria menos qualidade nos serviços públicos, ou até mesmo a ausência destes serviços.
Bom, segundo a filosófia liberal, isto não é verdade, pois, com um estado menor e menos envolvido em áreas não essenciais, existiria maior quantidade de recursos para áreas como educação, saúde e segurança, além de uma melhor gestão, tendo em vista que um estado com menor influência teria capacidade de atuar de forma mais eficaz em atividades de primeira ordem, além dessa medida diminuir o risco de corrupção por parte dos administradores do país. 
A ideia de Estado Mínimo foi também defendida pelo filósofo norte-amaricano Robert Nozick (1938-2002):
Minhas conclusões principais sobre o Estado são que o Estado Mínimo, limitado às estreitas funções de proteção contra a violência, o roubo e a fraude, ao cumprimento de contratos, etc. Se justifica; que qualquer estado mais abrangente violaria o direito das pessoas de não serem obrigadas a fazer certas coisas e, portanto, não se justifica; que o Estado Mínimo é inspirador, assim como correto.[footnoteRef:3] [3: NOZICK, Robert. Anarquia, Estado, e Utopia. 1974, Estados Unido] 
2.1.2 Da legalidade
Para o liberalismo clássico, uma das principais funções do Estado seria garantir segurança jurídica para as relações de comércio provenientes do capitalismo, fundamento que só poderia vir a ser afetivamente aplicado em um estado com políticas voltadas a manutenção de serviços tidos como essenciais, todos os outros facilmente seriam fornecidos de forma acessível pela iniciativa privada.
Está ideia, pode corporificar-se por meio de propostas de emenda a constituição, conforme assegura o Art. 60, da Constituição Federal de 88 (CF de 88), in verbis: 
A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
        I -  de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
        II -  do Presidente da República;
        III -  de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
Assim, com o tempo, algumas funções que competem parcialmente ou totalmente ao estado, poderão ser delegadas a outrens, como, por exemplo a iniciativa privada. Portanto, a diminuição da influência estatal em diversos setores é uma pauta legal.Já as outras pautas liberais, estão de certa forma asseguradas por lei. Porém há ressalvas, pois, acreditasse que princípios como a Livre Iniciativa e Livre Concorrência, possam ser lesados por conta da Intervenção desnecessária do estado. Isso pode acontecer por meio de burocracia demasiada para o ingresso de novas empresas em certos ramos, ou por meio de monopólios estatais. Isso dá espaço também para algo voltado ao estudo dos efeitos da regulamentação, conhecido como teoria da captura, que diz que as indústrias que estão sendo reguladas tendem a "capturar” as agências reguladoras, transformando-as em máquinas que lhes garantem privilégio e proteção. No Brasil, dois exemplos são a ANAC, que protege da real concorrência as (duas) empresas aéreas brasileiras, e a ANATEL, que carteliza as empresas telefônicas.
O filósofo liberal Milton Friedman disserta sobre os Monopólios em seu livro Capitalismo e Liberdade:
A troca só é verdadeiramente voluntária quando existem alternativas praticamente equivalentes. O monopólio implica ausência de alternativas e inibe, portanto, a liberdade efetiva da troca. Na prática, o monopólio frequentemente, se não geralmente, origina-se de apoio do governo ou de acordos conspiratórios. Com respeito a isto, a solução é evitar o favorecimento de monopólios pelo governo ou estimular a efetiva aplicação de regras como as que fazem parte de nossas leis antitruste.
Porém, Friedman também admite que, em determinados e exclusivos segmentos é inviável a existência de mais de uma empresa:
Quando condições técnicas tornam o monopólio produto natural das forças do mercado competitivo, há apenas três alternativas à disposição: monopólio privado, monopólio público ou regulação pública. As três são inconvenientes, e temos, portanto, que escolher entre três males. Henry Simons, observando a regulação pública do monopólio nos Estados Unidos, achou os resultados tão inconvenientes que concluiu ser o monopólio público o menor dos males. Walter Eucken, notável liberal alemão, estudando o monopólio público das estradas de ferro na Alemanha, achou os resultados tão inconvenientes que concluiu ser a regulação pública o menor dos males. Após ter estudado a posição dos dois, acabei por concluir relutantemente que, se tolerável, o monopólio privado pode ser o menor dos males.
Se a sociedade fosse estática de modo que as condições que deram origem ao monopólio técnico permanecessem sempre presentes, eu teria pouca confiança nessa solução. Numa sociedade em mudança rápida, entretanto, as condições que levam ao monopólio técnico alteram-se frequentemente e acho que tanto a regulação pública quanto o monopólio público são provavelmente menos sensíveis a tais mudanças de condições, menos fáceis de serem eliminados do que o monopólio privado
Isto posto, aparentemente para Milton, o monopólio privado é o menor dos males, porém essa questão não é totalmente definida pelo economistas, isto fica claro no trecho:
Se o monopólio técnico diz respeito a um serviço ou comodidade essencial e se o poder do monopólio é considerável, mesmo os efeitos a curto prazo do monopólio privado não regulado podem ser intoleráveis e tanto a regulação pública quanto o monopólio público passam a constituir um mal menor.
2.2 Capítulo 2
2.2.1 Das propostas
Ainda sobre as pautas liberais, tem se discutido no Brasil, algumas propostas envolvendo temas como a revisão do Pacto Federativo, projetos de Descentralização urbana, revogação do Estatuto do Desarmamento, Redução dos Impostos embutidos em alimentos básicos, corte de benefícios da elite do funcionalismo público e a manutenção do Tripé Macroeconômico com regime de meta fiscal e inflação, com câmbio flutuante e uma simplificação tributária rumo a um imposto único federal. Podemos citar ainda a Reforma Trabalhista e a recente Reforma da Previdência, essas que foram fortemente apoiadas pelos representantes liberais. 
2.2.1.1 Sobre a Revisão do Pacto Federativo
Alguns liberais, acreditam que as constituições brasileiras, com o passar do tempo, foram fazendo com que o estado viesse a ter um custo maior, em relação aos serviços prestados pelo mesmo e a máquina pública, onde, nas primeiras constituições, o custo fosse de aproximadamente 15% do PIB, e, mais atualmente, esse valor ultrapassasse 70% do PIB. Isto, supostamente decorre do Pacto Federativo.
No Brasil, o sistema político é organizado de forma federativa, o que significa dizer que não a uma centralização de poder dos governos federais, portanto os três níveis de governo (federal, municipal e estadual) possuiem campos de atuação próprios. O Pacto Federativo foi determinado na Constituição de 1988 para definir a competência de ambas as partes.
De forma ampla, o Pacto Federativo é um agrupamento de regras constitucionais que determinam as obrigações financeiras, as leis, a arrecadação de recursos e os campos de atuação da União, dos estados e dos municípios. Por exemplo, o mesmo define como os tributos arrecadados pela União serão distribuídos entre os três níveis de governo.
O que acontece é que, a maioria dos impostos captados é direcionado a união e, para os liberais, a maior parte destes tributos arrecadados deveria permanecer nos municípios, como acontece em vários paises mais desenvolvidos, a lógica por trás disto, é que os administradores que compreendem as necessidades dos municípios, são aqueles que estão na região. Portanto, a maior parte dos recursos deveria ficar em posse do município e do estado, a menor parcela repassada a união.
Vale citar aqui também, a Proposta de Emenda a Constituição N° 188 de 2019, também conhecida como PEC do Pacto Federativo, que visa a Incorporação de pequenos municípios, insustentáveis financeiramente, por municípios vizinhos, responsabilidade fiscal para todos os entes e a descentralização de recursos da União para estados e municípios
O Pacto Federativo está previsto no artigo 1° e 18 da Constituição Federal de 1988, in verbis:
Art. 1º: A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: 
 I - a soberania;
        II -  a cidadania;
        III -  a dignidade da pessoa humana;
        IV -  os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
        V -  o pluralismo político. 
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
    § 1º Brasília é a Capital Federal.
    § 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
    § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
    § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
2.2.1.2 Do armamento civil
Um dos princípios mais importantes do liberalismo clássico fala sobre o direito a vida, e para a garantia desse direito, os liberais defendem que não só o estado deve ter em posse o poder de defesa da população, mas sim que os indivíduos da sociedade possam defender a si mesmos e outrens. Nesta linha de pensamento, o desarmamento civil é visto como uma infração dos direitos individuais de defesa dos cidadãos.
O debate sobre o armamento cívil trouxe uma série de discussões sobre sua aplicabilidade em nossa nação, argumentos como o aumento de acidentes relacionados a posse e porte de arma de fogo ou númerode roubos, homicídios e taxas de suicídio. Fato é, não é lógico correferir tais índices aos de leis armamentistas, visto que existem países que exibem uma baixa permissibilidade em relação a armas de fogo, entretanto apresentam altas taxas de acidentes e crimes com esses instrumentos, enquanto outros, com uma alta permissibilidade, de forma ampla, quase não apresentam ocorrências do gênero. 
Usando nosso país como exemplo dessa desproporção, segundo o Atlas da violência divulgado em 2019 com base nos números do SIM (sistema de informações de mortalidade), a porcentagem de assassinatos por armas de fogo em 2017 corresponde a 72% do total de homicídios. Enquanto em 1980, quando havia menores taxas de educação e maior pobreza proporcionalmente falando, e o acesso a armas de fogo era significantemente mais fácil, está porcentagem correspondida a 43,9%.
E para os liberais, mesmo que houvesse a possibilidade do aumento de acidentes por arma de fogo, a proibição do acesso a mesmas é uma violação da liberdade individual. Pois, a proibição não estará necessariamente ligada ao aumento da violência, visto que para criminosos, a legislação não representará impedância alguma.
No Brasil, entrou em sansão no dia 23 de Dezembro de 2003, derivada do Projeto de Lei número 292 e regulamentada pelo decreto 5123 de 1° de Julho de 2004, a lei 10826, conhecido como Estatuto do Desarmamento, in verbis:
Lei 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003.
        O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
        DO SISTEMA NACIONAL DE ARMAS
        Art. 1o O Sistema Nacional de Armas – Sinarm, instituído no Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia Federal, tem circunscrição em todo o território nacional [...]
Já em 2005, houve o refendo sobre a validação do artigo 35 do Estatudo do Desarmamento, que visava a proibição da comercialização de armas de fogo e munição no território nacional, onde a população brasileira teve o poder de votar SIM ou Não para a pergunta: “o comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?”. O resutado foi que, dos 95.375.824 votantes, 63,94% responderam não, e 36,06% votou sim.
2.2.1.3 Da Descentralização Urbana
Nosso país se encontra hoje entre os seis países mais populosos do planeta, são cerca de 211 milhões de pessoas vivendo no território brasileiro e, é evidente que hoje, no Brasil, existe uma enorme irregularidade quando o assunto é distribuição populacional, visto que, apesar de vivermos em um país com um território considerado continental, apenas as regiões Nordeste, Sudeste e Sul, aglutinam cerca de 88% da população, distribuída assim, em apenas 36% de todo território, refletindo portanto, em uma densidade demográfica de aproximadamente 87 habitantes por km2. Fato esse que não ocorre em outras regiões do pais, como Centro-Oeste e Norte, Que apresentam uma densidade populacional de, respectivamente 8,7 e 4,1 hab/km2.
Este problema não fica de fora dos radares dos pensadores, filósofos e políticos liberais brasileiros, pois acredita-se que com uma população descentralizada ocorrerá um melhor aproveitamento de recursos, além de evitar complicações relacionadas a superpopulação.
2.2.1.4 Da Reforma Trabalhista de 2017
A lei de número 13.467, uma PL proposta por Michel Temer, conhecida também como Reforma Trabalhista, iniciou-se em 2014 e foi uma das maiores alterações na Consolidação das leis do Trabalho (CLT), veio como uma alternativa para a diminuição do desemprego no Brasil.
Foi apoiada por grande parte dos liberais brasileiros pois, para eles, ela possibilitava que funcionáros e contratantes tenham poder de decisão ao negociar aquilo que considerarem justo a respeito de seu contrato de trabalho, sem maiores intervenções do governo. Existia também, a argumentação de que países mais ricos como Canadá, Austrália, Nova Zelãndia e os Estados Unidos estão entre os países com leis trabalhistas mais flexíveis, enquanto países mais pobres como a Nigéria, o Congo e a Venezuela, apresentam leis trabalhistas extremamente protetivas e condicões de trabalho piores. Uma Reforma Trabalhista, poderia vir como uma forma de baratear o custo para contratação que, na época, fazia-se possível que o valor pago ao funcionário contratado, representasse o mesmo valor paga mensalmente ao governo, em forma de impostos e outrens, o que tornava e se torna até hoje, um dos maiores impecilhos para a contratação e geração de empregos no Brasil.
A reforma alterou, entre outros pontos, a obrigatóriedade da contribuição sindical, que antigamente dizia respeito a uma cobrança anual equivalente a um dia de sálario do trabalhador, e a fez ser opcional. 
Mudou também o que diz respeito ao banco de horas, onde, além do limite de 10 horas diárias, pela CLT o excesso de horas em um dia de trabalho podia ser compensado em outro dia, desde que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas. Após a reforma, o banco de horas pode ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses.
Sobre as demissões, a CLT defendia que quando o trabalhador pedia demissão ou era demitido por justa causa, ele não possuia direito à multa de 40% sobre o saldo do FGTS nem à retirada do fundo. Em relação ao aviso prévio, a empresa pudia avisar o trabalhador sobre a demissão com 30 dias de antecedência ou pagar o salário referente ao mês sem que o funcionário precise trabalhar, já atualmente, o contrato de trabalho poderá ser extinto de comum acordo, com pagamento de metade do aviso prévio, se indenizado, e metade da multa de 40% sobre o saldo do FGTS. O empregado poderá ainda movimentar até 80% do valor depositado pela empresa na conta do FGTS, mas não terá direito ao seguro-desemprego. Conforme Art. 484-A da CLT, in verbis:
Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
I - por metade: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
a) o aviso prévio, se indenizado; e (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, prevista no § 1o do art. 18 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
II - na integralidade, as demais verbas trabalhistas. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 1o A extinção do contrato prevista no caput deste artigo permite a movimentação da conta vinculada do trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço na forma do inciso I- A do art. 20 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990, limitada até 80% (oitenta por cento) do valor dos depósitos. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2o A extinção do contrato por acordo prevista no caput deste artigo não autoriza o ingresso no Programa de Seguro-Desemprego. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Foi alterado também, ao que diz respeito sobre os intervalos de descanso durante o expediente de trabalho, que anteriormente dizia que o trabalhador que exercece a jornada padrão de 8 horas diárias tinha direito a no mínimo uma hora e a no máximo duas horas de intervalo para repouso ou alimentação, hoje o intervalo dentro da jornada de trabalho poderá ser negociado, desde que tenha pelo menos 30 minutos. Além disso, se o empregador não conceder intervalo mínimo para almoço ou concedê-lo parcialmente, a indenização será de 50% do valor da hora normal de trabalho apenas sobre o tempo não concedido em vez de todo o tempo de intervalo devido.
Além dos descanços e intervalos, foi alterada também a legislação a respeitos das férias de 30 dias, que antes, ser fracionadas em até dois períodos, sendo que um deles não pode ser inferior a 10 dias, e hoje Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos,cada um. É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado.
A respeito das gravidezes também houveram alterações, onde, antes grávidas ou lactantes estavam proibidas de trabalhar em lugares com condições insalubres e não havia limite de tempo para avisar a empresa sobre a gravidez, e a reforma hoje possibilitou o trabalho de mulheres grávidas em ambientes de baixa ou média insalubridade, exceto se apresentarem atestado médico que recomende o afastamento. Mulheres demitidas têm até 30 dias para informar a empresa sobre a gravidez.
Pelo fato da CLT datar de 1943, época era extremamente incomum funcionários trabalharem em casa, não existia grande necessadade de artigos relacionados ao famoso Home Ofice, porém, isso mudou, e hoje, este tipo de modalidade de trabalho é cada dia mais e necessária em nossa sociedade, sendo assim, a reforma trouxe a CLT a garantia de que Tudo o que o trabalhador usar em casa será formalizado com o empregador via contrato, como equipamentos e gastos com energia e internet, e o controle do trabalho será feito por tarefa. 
As regras a respeito da jornada de trabalho tambem sofreram alteraçoes, antes a jornada era limitada a 8 horas diárias, 44 horas semanais e 220 horas mensais, podendo haver até 2 horas extras por dia, a reforma impôs que a jornada diária poderá ser de 12 horas com 36 horas de descanso, respeitando o limite de 44 horas semanais (ou 48 horas, com as horas extras) e 220 horas mensais.
E para finalizar, a reforma trabalhista, como esperado pelos liberais, trouxe novas ccaracterísticas para as negociações entre contratante e empregado, antigamente convenções e acordos coletivos podiam estabelecer condições de trabalho diferentes das previstas na legislação apenas se conferirem ao trabalhador um patamar superior ao que estiver previsto na lei, e hoje, estas mesmas convenções e acordos coletivos poderão prevalecer sobre a legislação, os sindicatos e as empresas podem negociar condições de trabalho diferentes das previstas em lei, mas não necessariamente num patamar melhor para os trabalhadores. Poderá ser negociado: jornada de trabalho, participação nos lucros, banco de horas, troca do dia do feriado, intervalo intrajornada, entre outros. Mas não poderá ser negociado: Direito a seguro desemprego, Salário Mínimo, 13º salário, Férias anuais, Licença maternidade/paternidade, entre outros.
2.2.1.4 Da Reforma da Previdência Social
A Nova Previdẽncia, aprovada em segundo turno no plenario em 23 de outubro de 2019, veio como uma alternativa para uma series de problemas, injustiças e irracionalidades causadas por um antigo sistema previdenciário insustentavel, que por si só fazia com que milhares de servidores da elite do funcionárismo público, por exemplo, recebecem acima do teto de pagamento das aposentadorias e benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Fora isso, um problema muitas vezes citados por liberais e outros defensores da reforma, diz respeito diretamente a forma como nossa previdencia fora estruturadaa.
Esta análise, defende que, nosso modelo previdênciario surgirá como uma forma de garantir a saúde e estabilidade de servidores tanto públicos quanto privados com idade avançada, que não possuiam condições fisícas ou mentais de se manterem trabalhando. onde o resto dos trabalhadores da sociedade, mais jovens e ativos, sustentariam a aposentadoria de outrens, com a certeza de que quando os mesmos estiverem idosos, contarão com o mesmo direito.
O problema da aplicação desse sistema de previdẽncia atualmente é que, cada vez menos pessoas nascem, estudos apontam que a média de filhos por casal em 1960 no Brasil era de 6,28, já em 2018, este número caiu para 1,7 filhos, como podemos análisar no gráfico a baixo:
 Evolução da Taxa de Feculdade Total do Brasil
 Fonte: IBGE, Censo Demográfico 1960/2000 e 2018
O que representa menos contribuintes para sustentar e garantir a aposentadoria de quem está aposentado, fazendo com que o país busque recursos nos cofres publicos para sanar esta discrepância, além de que a cada dano e avanço tecnologico ou medicinal, as pessoas tendem a viver mais, como forma de coparação, podemos citar a expectativa de vida na época de nossos pais e avós segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica), que era 42 a 48 anos em 1940, já em 2016, essa expectativa passou a ser de 72 a 79 anos de idade, aproximadamente 31 anos a mais.
Tais fatores foram levados em consideração na formatação da Nova Previdência, e hoje, segundo o site oficial do inss, no Regime Geral de Previdência Social (RGPS), para trabalhadores da iniciativa privada e de municípios sem sistema previdenciário próprio, entre outros, a regra geral de aposentadoria passa a exigir, das mulheres, pelo menos 62 anos de idade e 15 anos de contribuição. No caso dos homens, 65 anos de idade e 20 anos de contribuição. O tempo de contribuição mínimo permanecerá em 15 anos somente para os homens que estiverem filiados ao RGPS antes de a emenda constitucional entrar em vigor.
Ao atingir a idade e o tempo de contribuição mínimos, os trabalhadores do RGPS poderão se aposentar com 60% da média de todas as contribuições previdenciárias efetuadas desde julho de 1994. A cada ano a mais de contribuição, além do mínimo exigido, serão acrescidos dois pontos percentuais aos 60%. Assim, para ter direito à aposentadoria no valor de 100% da média de contribuições, as mulheres deverão contribuir por 35 anos e os homens, por 40 anos.
O valor das aposentadorias não será inferior a um salário mínimo nem poderá ultrapassar o teto do RGPS (atualmente R$ 5.839,45 por mês). O percentual do benefício recebido poderá ultrapassar 100% para mulheres que contribuírem por mais de 35 anos e para homens que contribuírem por mais de 40 anos – sempre limitado ao teto do RGPS.
A Nova Previdência muda a forma de calcular a aposentadoria. O valor será definido levando em consideração todas as contribuições feitas pelo segurado desde julho de 1994. Atualmente, o cálculo é feito com base nas 80% maiores contribuições efetuadas nesse mesmo período.
Para os servidores públicos federais que ingressaram na carreira a partir de 1° de janeiro de 2004, o cálculo do benefício será semelhante ao do Regime Geral − com 20 anos de contribuição, 60% da média de todas as contribuições, aumentando dois pontos percentuais a cada ano a mais de contribuição (tanto homens quanto mulheres). Já para os que ingressaram no serviço público até 31 de dezembro de 2003, ficará mantida a integralidade − o valor da aposentadoria será o do último salário, desde que atendidos os requisitos das regras de transição
2.3 Capítulo 3
2.3.1 Aderentes e Expoentes do Liberalismo no Brasil
Durante mais de quinhentos anos de história, o Brasil abrigou centenas de milhares de filósos, pensadores e politicos das mais diversas linhas de pensamentos, e, mesmo sem necessariamente se considerarem liberais, uma grande porcentagem deles defendia sim a ideia de liberdade individual, além de pautas, propostas, reformas e maneiras de se governar ligadas ao liberalismo. É fulcral o reconheciemnto das influências e intervenções promovidas por estes indivíduos ao modelo de estrutura público administrativa atual.
O dentista, tropeiro, minerador, comerciante, militar e ativista político Joaquim José da Silva Xavier (1749-1792), foi um exemplo da luta pela liberdade, ainda quando o Brasil era uma colônia portuguesa a ser explorada. Tiradentes foi uma personificação da identidade republicana para os pensadores positivistas. 
Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça (1774-1823) foi um jornalista e diplomata nacionalizado brasileiro, editor do Correio Braziliense e, com esse veículo, passou a defender as ideias liberais, entre as quais as de emancipação colonial, dando ampla cobertura à Revolução liberal do Porto de 1820 e aos acontecimentos de 1821 e de 1822 que conduziriam à Independência do Brasil. Seu principal inimigo era BernardoJosé de Abrantes e Castro, conde do Funchal, embaixador de Portugal em Londres, que chamou ao Correio: "Esta terrível invenção de um jornal português na Inglaterra", vindo a editar um periódico contra ele, que circularia até 1819
Ruy Barbosa de Oliveira (1849-1923) foi um polimata, jurista, advogado, político, diplomata, escritor, filólogo, jornalista, orador e tradutor brasileiro, coator da Constituiçao de 1891, que teve como característica a instituição do regime republicano presidencialista e a separação entre o Estado e a Igreja. Há mais de 100 anos, Rui Barbosa foi um defensor do multilateralismo, um homem que apoiou a criação de instâncias como a Corte Internacional de Justiça.
Roberto de Oliveira Campos (1917-2001), conhecido também como Roberto Campos, foi um economista, professor, escritor, diplomata e político brasileiro, que já atuou como Segundo Ministro do Planejamento do Brasil, Presidente do BNDS (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Senador em Mato Grosso e Deputado Federal pelo Rio de Janeiro. Conhecido por ser um dos idealizadores da Petrobras, a autarquia que havia sido inicialmente pensada como empresa mista sob controle majoritário do Estado ao invés de ser um exemplo de monopólio estatal. tão criticado pelos liberais. Roberto Campos defendeu a intervenção estatal na economia desde que ligada ao desenvolvimento conjunto do setor privado capitalista e sem preconceito contra o capital estrangeiro, porém, após o governo Castelo Branco, com o progresso do gigantismo estatal e da burocratização no Brasil durante os governos militares subsequentes, intensificou sua posição aberta de doutrinário liberal defendendo a tese de que um país só pode ter liberdade política com liberdade econômica. Criticou fortemente as estatizações de empresas e a criação de novas empresas estatais.
Convenceu-se de que o estatismo é trágico e empobrecedor quando foi embaixador em Londres, nas décadas de 1970 e 1980, quando acompanhou de perto o programa de privatização da economia inglesa feito pela primeira ministra da Grã-Bretanha Margaret Thatcher. Nesse período participou da banca de doutoramento em economia na Universidade de York do ex-presidente de Portugal Dr. Aníbal Cavaco SilvaA Ao morrer, com 84 anos, deixou a fama, entre seus admiradores, de sempre ter razão de remar contra a maré e ser um liberal solitário no Brasil.
Ulysses Silveira Guimarães foi um político e advogado brasileiro, um dos principais opositores à ditadura militar. Foi o presidente da Assembleia Nacional Constituinte de 1987-1988, que inaugurou a nova ordem democrática, após 21 anos sob o Regime Militar. Ulysses foi um liberal-democrata que lutou pela redemocratição do país, e sempre defendeu a liberdade e soberania do povo sob o estado, podemos analisar isto em frases do mesmo, como:
A democracia precisa ser esclarecida pela verdade e pelo bem. Isso é impossível sem a liberdade, em que tudo pode ser responsavelmente dito, funcionando a opinião pública como tribunal. (...) Uma das definições da democracia é ser ela o regime da opinião. Da livre opinião, é claro.[footnoteRef:4] [4: GUIMARÃES, Ulysses. Lei do Rádio e da televisão. Diário de São Paulo, 1961. Apud: Idem. p. 75-6.] 
Fernando Affonso Collor de Mello (1949-Atualmente), mais conhecido como Fernando Collor, é um político brasileiro. Collor foi o 32º Presidente do Brasil, de 1990 até sua renúncia em 1992. e presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado de 2017 até 2019. O governo de Collor foi marcado por medidas economicas que podem ser consideradas de cunho liberal, como a abertura do mercado nacional às importações e pelo início de um programa nacional de desestatização.
Vale citar também uea conclusão tida por um dos mais conhecidos pensadores liberais brasileiros, Antonio Ferreira Paim (1927-Atualmente), que é um filósofo e historiador, formado na Universidade Estatal de Moscovo, é um grande expoente e apoiador do liberalismo:
A democracia representativa, desde que apoiada num sistema eleitoral que aproxime o representante do representado e minimize as 
distorções inevitáveis, pode perfeitamente absorver a ação de agrupamentos totalitários. Basta que não se lhes dê trégua no plano doutrinário, obrigando seus ideólogos a descer do pedestal, em que preferem ficar encastelados, para enfrentar a crítica dos que deles discordam, não temem o ataque pessoal e não se disponham a lhes fazer concessões nesse terreno, baixando ao mesmo nível. Sobretudo obrigando-os a disputar votos para dispor de uma representação mais preocupada em fazer-se identificar por posições claras e explícitas que se camuflar por trás de princípios gerais. O sistema representativo não pode entretanto tolerar o totalitarisamo. Não pode haver ambigüidade na condenação dessa modalidade de ação política, em face da discordância com os métodos empregados em seu combate, no mais recente ciclo do autoritarismo. O pensamento liberal não teme enredar-se em semelhante teia, reconhecendo a necessidade de instrumentos legais eficazes e aptos a conjurar semelhante ameaça[footnoteRef:5] [5: PAIM, Antonio. Liberdade Acadêmica e Opção Totalitária. 1979, P. 203.] 
Fernando Henrique Cardoso (1931-Atualmente) FHC, é um cientista político e sociólogo brasileiro conhecido por ser um dos idealisadores do Plano Rea, que conseguiu controlar eebaixar a inflação em níveis aceitáveis, o que colaborou muito para o mesmo se eleger presidente do Brasil em 1994, impantado durante o Governo de Itamar Franco e responsável pela estabilização da economia brasileira em 1994, este plano diz respeito a medida provisoria de número 434, reeditada pela MP número 457, esta, reeditada pela MP 482 e só então convertida na Lei número 8.880 de 27 de Maio de 1994, in verbs:
LEI No 8.880, DE 27 DE MAIO DE 1994.
Conversão da Medida Provisória nº 482, de 1994
Mensagem de veto
Vide ADI 1613-STF
Dispõe sobre o Programa de Estabilização Econômica e o Sistema Monetário Nacional, institui a Unidade Real de Valor (URV) e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1º - Fica instituída a Unidade Real de Valor - URV, dotada de curso legal para servir exclusivamente como padrão de valor monetário, de acordo com o disposto nesta Lei.
§ 1º - A URV, juntamente com o Cruzeiro Real, integra o Sistema Monetário Nacional, continuando o Cruzeiro Real a ser utilizado como meio de pagamento dotado de poder liberatório, de conformidade com o disposto no art. 3º.
§ 2º - A URV, no dia 1º de março de 1994, corresponde a CR$ 647,50 (seiscentos e quarenta e sete cruzeiros reais e cinqüenta centavos).
Art. 2º - A URV será dotada de poder liberatório, a partir de sua emissão pelo Banco Central do Brasil, quando passará a denominar -se Real.         (Vide Lei nº 9.069, de 1995)
§ 1º - As importâncias em dinheiro, expressas em Real, serão grafadas precedidas do símbolo R$.
§ 2º - A centésima parte do Real, denominada centavo, será escrita sob a forma decimal, precedida da vírgula que segue a unidade(..)
Não se pode caracterizar FHC como liberal apenas pela criação do Plano Real, ou por sua defesa a liberdade de mercado, porém, o mesmo propôs reformas como a da Previdência, Admistrativa e econômica que vizavam a diminuição da influência estatal, programas de privatizações e a falta de protecionismo revelam a influência liberal no governo de Fernando Henrique.
Paulo Roberto Nunes Guedes (1949 - Atualmente) é um economista, professor e empresário brasileiro. Mestre e doutor pela Universidade de Chicago, Guedes foi indicado para Ministro da Economia pelo atual Presidente da República Jair Messias Bolsonaro, e pode ser tido como um dos fatores para a eleição de Bolsonaro, devido ao grande apreço dos liberais por Guedes na época, juntamente com a promessa de um governo que priorizaria pautas como privatizaçoes de empresas privadas, fim de monopólios estatais, redução de juros, simplificação do sistema tributario, entre outras. 
Pórem, após um anoe alguns meses de mandato, Guedes e Bolsonaro parecem ter desistido de algumas privatizações como a da EBC e EPL, após alguns vetos, isto somado ao abandono de promessas como o fim de privilégios para a elite do funcionalismo público, a não entrega de reformas como a política e a tributária, ambas prometidas por Guedes, vem gerando revolta entre os eleitores mais liberais do atual Governo.
2.3.2 Influências de Partidos, Movimentos e Instituições Liberais Na História Brasileira
2.3.2.1 Partido Liberal de 1831
Surgido durante o periodo imperial do Brasil, o Partido liberal foi o primeiro partido que apresentava tal cunho, e, naquela epóca, a autonomia das províncias e valorizavam a representação nacional, e como Partido LIberal Exaltado, segubndo historiadores, defendia federalismo e a democratização da sociedade, sua parcela mais radical era favorável à república e ao fim da escravidão. algumas propostas aceitas pelo partido eram, eitos pelo partido liberal naquele tempo os seguintes: monarquia federativa extinção do Poder Moderador, eleição bienal da Câmara dos Deputados, Senado eletivo e temporário, supressão do Conselho de Estado Assembleias Legislativas, provinciais com duas câmaras, intendentes nos municípios, sendo nestes o mesmo que os presidentes nas províncias. Marcello Basile sobre o Partido Liberal:
 ... adeptos de racional liberalismo de feições jabobinistas, matizadas pelo modelo de governo americano, estavam os exaltados, que, inspirados sobretudo em clássicos com ideias democráticos; pleiteavam profundas reformas políticas e sociais, como a instauração de uma república federativa, a extensão da cidadaniapolítica e civil a todos os segmentos livres da sociedade, de reforma agrária.[footnoteRef:6] [6: BASILE, Marcello. O Laboratório da nação: a era regencial (1831–1840). 2017. P. 61] 
2.3.2.2 Frente Liberal (DEM)
Fundado em 1985, defensor do livre mercado, do conservadorismo, e do liberalismo economico, o antigo Partido da Frente Liberal, denominado hoje como DEMOCRATAS, é um partido de centro-direita brasileiro conhecido pelo apoio e participação em diversas eleições de politicos considerados de cunho liberal, ou que se encaixam no modelo de administração estatal da filosófia. Um dos maus importantes projetos do DEM foi o ja citado Plano Real. Uma fala de Demóstenes Torres em uma entrevista para à Folha de São Paulo: "Existe um eleitorado liberal, de perfil conservador, que precisa de um partido que o represente. Temos de falar a essas pessoas, representá-las no Congresso, com clareza".[footnoteRef:7] [7: MAGALHÃES, Vera. DEM refaz caminho à direita para fisgar eleitor conservador. Folha de S.Paulo. 2011] 
2.3.2.3 NOVO
Fundado em 2011 por 181 pessoas sem carreira política, o Novo é considerado um partido de direita e denomina-se liberal, acredita-se que hoje, o partido possua a maior concentração de apoiadores da filosófia liberal no país. Um destaque para o partido é o fato do mesmo não utilizar de dinheiro público para se manter, utilizando de doações e de contribuiçoes espontaneas de seus filiados. Atualmente o novo pussui 42.119 filiados, 1 governador, 8 deputados federais, 12 deputados estaduais e 4 vereadores.
2.3.2.4 Movimento Brasil Livre
O Movimento Brasil Livre (MBL), surgiu em 2014 durante a manifestações nos estados brasileiros de São Paulo e Rio Grande do Sul em apoio às investigações da Operação Lava Jato e por mais liberdade de imprensa. e é considerado um movimento político brasileiro que defende o liberalismo econômico e o republicanismo. Em seu manifesto, cita cinco objetivos: "imprensa livre e independente, liberdade econômica, separação de poderes, eleições livres e idôneas e fim de subsídios diretos e indiretos para ditaduras". O movimento está posicionado à direita do espectro político tradicional. O movimento é mantido por meio de doações voluntártias feitas por diversas pessoas que apoiam as mesmas ideias defendidas pelo mesmo.
O MBL foi fundado mais especificamente em 1º de novembro de 2014 por Kim Kataguiri, Renan Santos, Gabriel Calamari, Frederico Rauh e Alexandre Santos. Na época o MBL promoveu sua primeira manifestação, reunindo cerca de 5 mil pessoas no Museu de Arte de São Paulo (MASP) pela investigação e punição dos envolvidos no escândalo apurado pela Operação Lava Jato, participou também das manifestações populares que ocorreram em diversas regiões do Brasil e que tiveram como principais objetivos protestar contra o Governo Dilma Rousseff e a corrupção. Essas manifestações reuniram centenas de milhares de pessoas nos dias 15 de março, 12 de abril e 16 de agosto e, segundo algumas estimativas, foram a maior mobilização popular no país desde o início da Nova República. Iniciou uma marcha de São Paulo até Brasília, pleiteando o impeachment de Dilma Rousseff. Chamada de "Marcha pela Liberdade", saiu de São Paulo no dia 24 de abril e percorreu três estados e mais de mil quilômetros, ao longo de 33 dias, chegando a Brasília em 27 de maio. No Congresso Nacional, ingressaram com um pedido de impeachment contra a presidente.
Algumas das propostas do movimento são: redução do número de ministérios pela metade, fim da fraude orçamentária, ajuste fiscal sem aumento de impostos, repúdio ao Foro de São Paulo e o fim das verbas de publicidade estatal
2.3.2.5 LIVRES
O Livres é uma associação civil sem fins lucrativos que atua como um movimento político suprapartidário em defesa do liberalismo. Promove o engajamento cívico e desenvolvimento de lideranças, projetos de impacto social e curadoria de políticas públicas para aumentar a liberdade individual no Brasil. Eles se consideram o único movimento político brasileiro que defende a liberdade por inteiro.
Apoia entre outras pautas, as liberdades individuais, como a legalização da cannabis, a liberdade artística e de expressão e a união homoafetiva, propostas pró-mercado, como mercado livre, desregulamentação e privatização; além de pautas de inclusão social, como vouchers e escolas autônomas. O grupo apoia ainda o federalismo, a democracia representativa e entende que os direitos humanos são uma bandeira histórica do liberalismo
2.3.2.6 INSTATUTO MISES BRASIL
O Instituto Ludwig von Mises Brasil é uma associação voltada à produção e à disseminação de estudos econômicos e de ciências sociais que promovam os princípios de livre mercado e de uma sociedade livre. Além disso o MISES busca promover os ensinamentos da escola econômica conhecida como Escola Austríaca, restaurar o crucial papel da teoria, tanto nas ciências econômicas quanto nas ciências sociais, em contraposição ao empirismo e defender a economia de mercado, a propriedade privada, e a paz nas relações interpessoais, e opor-se às intervenções estatais nos mercados e na sociedade. acreditam na visão de uma sociedade livre deve ser alcançada pelo respeito à propriedade privada, às trocas voluntárias entre indivíduos, e à ordem natural dos mercados, sem interferência governamental. 
Portanto, esperam que suas ações influenciem a opinião pública e os meios acadêmicos de tal forma que tais princípios sejam mais aceitos e substituam ações e instituições governamentais que somente protegem os poderosos e os grupos de interesse, criam hostilidade, corrupção, e desesperança, limitam a prosperidade, e reprimem a livre expressão e as oportunidades dos indivíduos.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A capacidade de criar diretrizes com o objetivo de organizar seu modo de vida, ao qual demos o nome de Política, surgiu na Grécia Antiga, no período da história humana no qual o pensar mítico foi fagocitado pelo pensar racional. O surgimento da Pólis (cidade-estado) foi o elemento norteador para que a Política fosse criando suas bases no mundo grego, e assim, nas cidades, nascesse a grande preocupação em como administrar bem a pólis.
Desde então o ser humano não parou de formular pensamentos e ideias voltadas para a melhor forma de se construir um bem estar geral dos individuos que formam uma sociedade. O liberalismo nada mais é do que uma das mais diversasramificações do pensamento coletivo, ramificação essa que, como outras, defende os principios que para sí, correspondem ao melhor caminho à prosperidade humana, seja lá qual for o real significado da mesma. Nele, a fé na liberdade de escolha de cada um é a resposta para um Estado justo, até mesmo em nosso país. 
Porém, para que o liberalismo brasileiro alcançe seu objetivo, aqueles que estão hoje no poder deverão abdicar de parte do individualismo e egoísmo ao qual lhes é pertencente, para que, só então, até mesmo aquele que encontra-se no mais baixo poderio em relação a status social, possa ter suas vontades e necessidades atingidas.
Observemos portanto, que possuimos uma vantagem sobre os anteriomente citados antigos pensadores, tendo em vista que podemos usufruir das resoluções e consequências que algumas ideias e suas aplicações históricas carregam, conseguindo assim, aperfeiçoa-las, lapida-las e molda-las a realidade atual de nossa sociedade. A isso se deve a importãncia desse artigo, pois, são filosofias como a do liberalismo que gerem a estrutura política de todo o mundo, são formas de pensar como essa que definem como cada individuo estará situado, como cada vida humana estará estabelicida e o quão proximos do significado singular de felicidade cada um de nós alcançará no futuro.
4. REFERÊNCIAS
GIMARÃES, Ulysses. Lei do Rádio e da televisão. Diário de São Paulo, 1961. P. 75-6.
FRIEDMAN, Milton. Capitalismo e liberdade. 1962. University of Chicago Press
LOCKE, John. Do estado de natureza ao governo civil. 1998. P. 385-386
NOZICK, Robert. Anarquia, Estado, e Utopia. 1974, Estados Unido
PAIM, Antonio. Liberdade Acadêmica e Opção Totalitária. 1979, P. 203.
BASILE, Marcello. O Laboratório da nação: a era regencial (1831–1840). 2017. P. 61
MAGALHÃES, Vera. DEM refaz caminho à direita para fisgar eleitor conservador. Folha de S. Paulo. 2011

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