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Hamartiologia: Investigação Teológica do Pecado

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Fl 4.8 
Ap 1.3 
Curso: Bacharelado em Teologia 
 
Aluno: Carlos Henrique da 
Conceição Seabra 
 
Matéria: HAMARTIOLOGIA 
 
Data: 08/02/2008 
 
 
FATECBA – FACULDADE TEOLÓGICA CULTURAL DA BAHIA 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 2 
 
Índice 
 
Introdução..................................................................................................................3 
Questão 1.................................................................................................................. 4 
Questão 2.................................................................................................................. 6 
Questão 3.................................................................................................................. 7 
Questão 4...................................................................................................................8 
Questão 5...................................................................................................................9 
Questão 6.................................................................................................................. 10 
Questão 7.................................................................................................................. 12 
Questão 8.................................................................................................................. 15 
Questão 9.................................................................................................................. 17 
Questão 10................................................................................................................ 18 
Questão 11................................................................................................................ 25 
Questão 12............................................................................................................... . 26 
Questão 13................................................................................................................ 36 
Questão 14................................................................................................................ 40 
Questão 15................................................................................................................ 43 
Conclusão.............................................................................................................. .... 46 
Bibliografia................................................................................................................. 47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 3 
 
 
 
 
Introdução 
 
É muito importante que tenhamos uma compreensão adequada do pecado. Muitos erros 
modernos a respeito da salvação não podem ser sustentados por aqueles que pensam 
logicamente, se tiverem uma concepção apropriada do pecado. O Estado Original e 
Queda do Homem”, ocupamo-nos com a origem do pecado no universo e também com 
sua entrada na família humana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 4 
Hamartiologia: Termo usado em referência à investigação teológica do pecado (gr= 
hamartia, “pecado”). Procura entender a origem, a natureza, a extensão e as 
conseqüências do pecado. Além disso, busca compreender de que forma o pecado é 
transmistido a toda a espécie humana e como se opõe aos propósitos de Deus na 
criação. 
 
Pecado: Incredulidade e desconfiança básica para com Deus, além de rejeição dele, 
afastando-o do centro da realidade. A Bíblia apresenta o pecado como estado de 
separação e alienação da humanidade caída em relação a Deus e também como 
desobediência deliberada do indivíduo para com a vontade divina, evidenciada em 
pensamentos concretos ou ações. Sendo inerente `Pa condição humana, o pecado é 
universal, sendo tanto coletivo como individual. 
 
 
1)Mencione algumas teorias que apareceram para negar, desculpar, ou diminuir a 
natureza do pecado. 
 
Dualismo - Filosofia grega e Gnosticismo 
 O ser humano tem um espírito derivado do reino da luz e um corpo com sua vida 
animal derivado do reino das trevas. Assim, o pecado é um mal físico, a contaminação 
do espírito por meio da sua união com um corpo material. O pecado é vencido ao se 
destruir a influência do corpo sobre a alma 
 
Egoísmo – Strong 
 Pecado é egoísmo. É preferir as próprias idéias ao invés da verdade de Deus. É 
preferir a satisfação da própria vontade ao invés de fazer a vontade de Deus. É amar-se 
a si mesmo mais do que a Deus. Pode manifestar-se na forma de sensualidade, 
incredulidade ou inimizade contra Deus 
 
Pelagiana – Pelágio 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 5 
 O pecado de Adão prejudicou somente a ele próprio. Todas as pessoas nascem 
no mundo no mesmo estado em que Adão foi criado. Elas têm o conhecimento do que é 
mau e a capacidade de fazer tudo o que Deus requer. O pecado, portanto, consiste 
apenas na escolha deliberada do mal 
 
Agostiniana – Agostinho 
 Todas as pessoas possuem uma depravação inerente e hereditária que inclui 
tanto culpa quanto corrupção. Nós ofendemos a santidade de Deus por causa de atos 
deliberados de transgressão e da ausência de sentimentos corretos. Porém, o pecado é 
negação; ele não é necessário 
 
Católica Romana - Ensino da igreja e tradição 
 O pecado original é transmitido a todas as pessoas. Nós nascemos em pecado e 
somos oprimidos pela corrupção da nossa natureza. Essa privação da justiça permite 
que as capacidades inferiores da natureza humana ganhe ascendência sobre as 
superiores, e a pessoa cresce em pecado. A natureza do pecado é definida com a morte 
da alma. Portanto, o pecado consiste na perda da justiça original e na desordem de toda 
a natureza 
 
Definição Bíblica – Escrituras 
 A Bíblia usa muitos termos para descrever a natureza do pecado: ignorância (Ef 
4.18), erro (Mc 12.24-27), impureza, idolatria (Gl 5.19-20, transgressão (Rm 5.15), etc. A 
essência do pecado está em colocar algo mais no lugar de Deus. É qualquer coisa que 
fica aquém da sua glória e perfeição. Pecado é desobediência 
 
Um erro comum é considerar o pecado como substância. Mas se o pecado fosse uma 
substância ou coisa, então, sem dúvida, teria sido criado por Deus, e, assim sendo, 
seria essencialmente bom. Mestres cristãos, através dos séculos, em vista do ódio de 
Deus contra o pecado na Bíblia como um todo, têm rejeitado a idéia de que o pecado 
tenha sua origem em Deus. Embora o pecado não seja uma substância, não significa 
que seja destituído de realidade. As trevas são a ausência da luz. Embora o pecado e o 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 6 
mal sejam, algumas vezes, comparados com as trevas, eles são mais que a mera 
ausência do bem. O pecado também é mais que um defeito. É uma força ativa, 
perniciosa e destruidora. 
"O que ensina a Bíblia sobre esse importante assunto? O ponto de vista bíblico é que o 
pecado originou-se do abuso da liberdade concedida aos seres criados, os que foram 
equipados com o uso da vontade. Não foi Deus o criador do mal. O mal é uma questão 
de relacionamento, e não algo provido de substância. Basicamente, desconsidera a 
glória, a vontade e a Palavra de Deus. Rompe com a relação de obediência para com a 
fé em Deus, e toma a decisão de falhar diante dEle. Entretanto, por razões que são 
melhores conhecidas por Ele mesmo, Deus permitiu a possibilidade da falha moral. 
Existem certas coisas que Deus não nos revelou." 
 
 
2) Qual a origem da palavra hedonismo e qual o seu significado? 
 
Dic: Doutrina que afirma constituir o prazer o fim da vida 
 
Essa palavra vem do grego, hedone, “prazer”, “deleite”, “aprazimento”. Assevera que o 
principal ou mesmo único alvo da vida humanaé a obtenção do prazer, paralelamente à 
tentativa de evitar a dor ou o sofrimento. No campo da ética é associado a uma 
grosseira auto-indulgência e aos interesses próprios de modos extremamente egoísta. 
 
O hedonismo positivo: preconiza a busca aberta e franca pelo prazer, de acordo com a 
sabedoria, alguma vezes definido como auto-interesse. A inteligência serviria de guia na 
busca pelo prazer, ao mesmo tempo que nos ajuda a evitar a dor. 
 
O hedonismo astucioso: o homem bom aprender a conseguir o que lhe dá prazer, 
escapando do castigo que seus atos mereçam. Assim que um crime só seria crime se 
fosse descoberto. 
 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 7 
O hedonismo negativo: apesar do prazer ser o único valor levado em conta, trata-se de 
um valor falso, visto que o cumprimento do prazer somente leva a um ciclo vicioso, já 
que a busca pelos prazeres termina, finalmente em frustação. 
 
O hedonismo cristão: o cristianismo muito tem a dizer sobre o prazer, apresentando-o 
como um dos principais alvos da existência humana. O prórpio céu é descrito em termos 
de prazer e de ausência de sofrimento e dor. Ap 21.2-4. 
 
 
3) O que diz a teoria hedonista sobre o pecado? 
 
O hedonismo sustenta que o prazer é o princípio direto da ação humana, tanto fatual 
quanto normativamente. Aristipo, o primeiro representante da teoria hedonista, 
acreditava que alcançar o prazer e evitar a dor, era a finalidade da vida e o critério da 
virtude. Para ele, prazer é o prazer do momento que passa. Esse ponto de vista 
hedonista radical - e ingênuo - teve omérito de focalizar decididamente o significado do 
indivíduo e um conceito concreto de prazer, considerando a felicidade idêntica à 
experiência imediata. A primeira tentativa de revisão da posição hedonista, introduzindo 
critérios objetivos nos conceitos de prazer, foi feita por Epicuro, que, embora insistisse 
em que o prazer era o alvo da vida, afirma que, “conquanto todos os prazeres sejam em 
si bons, nem todos devem ser escolhidos”, porquanto alguns causam anteriormente 
aborrecimentos maiores do que o próprio prazer; segundo ele, só o prazer certo deve 
favorecer uma vida sensata, boa e correta. 
 
O prazer verdadeiro consiste em serenidade da mente e ausência de temor, e só é 
obtido pelo homem dotado de prudência e capacidade de previsão e, portanto, capaz de 
adiar o agrado imediato em prol da satisfação permanente e tranqüila. Epicuro procura 
mostrar que essa concepção de prazer como meta da vida é compatível com as virtudes 
da temperança, coragem, justiça e amizade. Porém, empregando “a sensação como um 
cânone por meio do qual julgamos todo o bem”, ele não superou a dificuldade teórica 
fundamental: a de combinar a experiência subjetiva do prazer com o critério objetivo de 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 8 
prazer “certo” e “errado”. Sua tentativa para harmonizar critérios subjetivos e objetivos 
não passou da assertiva de que a harmonia existia. 
 
 
4) O que afirma a teoria do determinismo sobre o livre arbítrio do homem? 
 
Determinismo: 
Quando Adão disse "Eva", ele estava transmitindo uma forma determinística de ver a 
vida. Ele estava dizendo que a única razão da violação do mandamento de Deus tinha 
sido a mulher. É possível ouvi-lo dizendo: "Se não fosse por essa mulher, eu não teria 
deixado de cumprir Seu mandamento." Adão se negou a assumir responsabilidade 
interior ("Eu o fiz") e, ao invés disso, atribui sua quebra do mandamento a um fator 
externo (Eva). Eva é acusada: "Ela é responsável por me tentar; eu sou a vítima. Se não 
fosse por Eva, eu nunca teria feito tal coisa." Tratava-se de determinismo baseado em 
razões externas, não em decisões interiores. Eva, por seu lado, acusou a serpente, 
transferindo a responsabilidade por aquilo que tinha feito, e também se colocou no papel 
de vítima. 
O que vemos com Adão e Eva é um desejo de agradar a si mesmo e não a Deus, e uma 
resposta pecaminosa imediata para externalizar a culpa e a responsabilidade, fazendo o 
papel de vítima. "Sim", diria Adão, "eu o fiz, MAS fui forçado a fazê-lo. Naquelas 
circunstâncias, eu não tinha outra escolha." A era do determinismo circunstancial 
começou com nossos primeiros pais. As circunstâncias incluíam a disponibilidade da 
árvore e o encorajamento de Eva. Adão até poderia ter acrescentado: "Meu desejo de 
agradar à minha mulher me levou a fazê-lo." 
Livre arbítrio 
É SER LIVRE PARA ESCOLHER, NÓS TEMOS LIVRE ESCOLHA. ICOR. 6:12 Todas 
as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são 
lícitas; mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas. 
 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 9 
OU MELHOR GENESIS 2:9 E o Senhor Deus fez brotar da terra toda qualidade de 
árvores agradáveis à vista e boas para comida, bem como a árvore da vida no meio do 
jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal. 
 
GENESIS 3:2 Respondeu a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim podemos 
comer, 
3 mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, 
nem nele tocareis, para que não morrais. 
4 Disse a serpente à mulher: Certamente não morrereis. 
 
PERCEBEU NESTE CAPITULO AONDE NOS MOSTRA O LIVRE ARBITRIO. 
 
FICA CLARO EM GENESIS QUE DEUS FEZ TANTO A ARVORE DA VIDA COMO A 
QUE CAUSARIA MORTE, PARA QUE HOMEM TENHA LIVRE ARBITRIO (ESCOLHA) 
 
E COMO PAULO DIZ; TUDO ME É LICITO MAS NEM TUDO ME COVEM 
 
 
5) O que declara a Ciência Cristã sobre a realidade do pecado? 
Ciência Cristã _ O pecado e o mal não são reais, porém ilusões. O pecado pode ser 
vencido pela percepção correta da realidade 
 
O que é ciência cristã: É a ciência do Cristianismo e baseia-se nas palavras e nas obras 
de Cristo Jesus. Sua autoridade provém da Bíblia. Seus ensinamentos estão expostos 
no livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de Mary Baker Eddy. A cura da 
doença somente através de meios espirituais é um dos objetivos da Ciência Cristã. Seu 
propósito mais elevado é o da salvação universal de todas as fases do mal – inclusive 
do pecado e da doença (ver Mateus 10:8). 
 
O pecado, a doença e a morte não se originam em Deus, o bem. Não constituem 
verdades definitivas da criação de Deus e devem ser vencidos conforme ensinado e 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 10 
ilustrado por Jesus. Estes males resultam da crença de que o homem está separado de 
Deus e de que a vida e a substância estão na matéria e por isso são limitados e 
temporais. Consideramos que a vida e a substância fazem parte do Espírito, Deus, e por 
esse motivo são ilimitadas e eternas. 
 
 
6) Descreva sobre a origem do pecado. 
 
1. Em relação a Deus: Deus não pode pecar, e no entanto o plano de Deus devia 
incluir a permissão para a entrada do pecado no mundo, uma vez que, desde a 
eternidade incluía um salvador. 
2. Em relação a Satanás: o pecado foi encontrado em satanás 9Ez 28.15). esta 
afirmação é o mais próximo que a Bíblia chega de uma indicação do pecado. 
3. Em relação aos anjos: alguns deles seguiram a satanás em seu pecado. 
4. Em relação ao homem: o pecado originou-se no Éden. 
 
O primeiro pecado não foi de Adão mas de Satanás. Quando aquele querubim, ungido 
para cobrir e estabelecido por Deus, aquele que era “o selo da medida, cheio de 
sabedoria e perfeito em formosura”, elevou-se no seu coração por causa da sua 
formosura, ele corrompeu a sua sabedoria (Ezequiel 28:11-19). Por isso ele disse no 
seu coração: “Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no 
monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das 
nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo” (Isa 14:11-16). Quando isso aconteceu, o 
primeiro pecado se completou e a sua natureza foi exposta. A natureza dopecado é de 
se exaltar. 
 
Por Deus ser o soberano e o único Santo, tudo que exalta-se é contra Ele pois Ele 
merece toda a glória (Rom 11:36; Apoc 4:11). Por isso o pecado é definido como sendo 
iniqüidade pois é a transgressão, ou quebra, da lei de Deus (Lev 4:2; Josué 22:29; I 
João 3:4; 5:17). A natureza do pecado faz que o homem se ensoberbeça (Deut 1:43) ao 
ponto de agir com inimizade em relação à própria pessoa de Deus (Jer 3:13; Luc 15:18; 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 11 
Rom 8:7) O Seu Cristo (Mat. 12:14; Atos 4:26; I Cor 8:12) e o Seu Santo Espírito (Gal 
5:17; Mat. 12:31). O pecado é contra tudo que representa Deus. O pecado é contra os 
justos (Atos 13:50; I Pedro 2:12; Apoc 12:13-15), os homens chamados por Deus (Êx. 
15:24; Jó 2:3-5) e todo e qualquer caminho reto do Senhor (Atos 13:10). O pecado é 
contra tudo que Deus fez para a Sua glória. Quando o homem pratica o pecado ele 
age contra o seu próximo (Êx. 20:16; Deut 19:16-18), o seu cônjuge (Num 5:12,27; 
Juízes 19:2; Mar 10:11) e contra o seu próprio corpo (I Cor 6:18). Não há nada relativo 
ao pecado que é bom. Se você brinca com pecado de qualquer maneira, está mexendo 
com aquilo que é uma abominação contra Deus. Se o pecado faz parte ativa do seu dia 
a dia, você é aliado com o que é contra Deus. 
 
Assim o pecado passou a todos os homens (Rom 5:12). A extensão deste pecado é 
evidente por uma olhada às noticias dos acontecimentos do homem ao redor do mundo 
pelos meios de comunicação. Assassinatos, corrupções, ameaças, injustiças, 
preconceitos, mentiras, roubos, fornicações, desrespeito do seu próximo e do próprio 
Deus e a poluição verbal e moral são constantes de todos os povos do mundo todos os 
dias. A Bíblia evidencia a dimensão do pecado no homem claramente (Ezequiel 16:4,5; 
Isa 1:6; Rom. 3:10-18). Essa condição detestável e pecaminosa não é adquirida pelo 
ambiente ou causada pela falta de oportunidade social ou educacional, mas 
contrariamente, todo homem é pecador desde o ventre (Gên. 8:21, “a imaginação do 
coração do homem é má desde a sua meninice” Sal 51:5, “em iniqüidade fui formado, e 
em pecado concebeu minha mãe.”; 58:3, “Alienam-se os ímpios desde a madre; andam 
errados desde que nasceram, falando mentiras; Isa 48:8, “chamado transgressor desde 
o ventre.”). OBS: Não é o ato de procriação que causa o pecado, nem é o ato, dentro 
dos seus limites bíblicos, pecaminosa, mas pela a procriação ser feita entre pecadores, 
o homem pecador é gerado (Rom 5:12). 
 
Por isso o homem pecador é “voluntariamente” ignorante da verdade (II Pedro 3:5). A 
vontade do homem não foi a única parte do homem influenciada pelo pecado, mas a 
sua capacidade de agradar Deus também foi destruída (Rom. 8:8; Jer 13:23). A 
condição do homem pecador é tão deplorável que ele não pode vir, pelas suas próprias 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 12 
forças, a Cristo (João 6:44,45) e jamais, na carne, pode agradar a Deus (Rom. 8:6-8). O 
entendimento do homem foi deturpado ao ponto de ser descrito como “entenebrecido” 
no entendimento (Efés. 4:18; Rom. 1:21). Por isso as verdades santas e boas de Deus 
não são compreendidas para o homem natural e são, para ele, escandalosas e loucuras 
(I Cor 1:23; 2:14). A responsabilidade da condição pecaminosa do homem é do próprio 
homem. Ele mesmo busca muitas “astúcias” (Ecl 7:29). Que os homens não são 
capacitados com desejo nem com poder para o bem em nenhuma maneira é entendido 
pela denominação “mortos em ofensas e pecados” (Efés. 2:1). Por isso “nenhum 
homem, pela sua natureza, crê que necessita Cristo. Ele está cegado pelos seus 
morais, suas intenções, sua sinceridade, sua bondade. Ele não vê a impiedade do seu 
pecado nem que o seu caso é sem esperança” 
 
 
7) De que maneira o pecado entrou no mundo? 
O pecado penetra no mais íntimo do nosso ser. o pecado está no âmago da alma 
humana. “Porque do coração procedem maus desígnios, homicídios, adultérios, 
prostituição, furtos, falsos testemunhos, blasfêmias. São estas coisas que contaminam o 
homem” (Mt 15.19,20). “O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau 
do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração” (Lc 6.45). 
No entanto, o pecado não é uma fraqueza ou um vício pelo qual não somos 
responsáveis. É um antagonismo ativo e intencional contra Deus. Os pecadores livre e 
prazerosamente optam pelo pecado. Está na natureza humana amar o pecado e odiar a 
Deus. “O pendor da carne é inimizade contra Deus” (Rm 8.7). 
Em outras palavras, o pecado é rebeldia contra Deus. Os pecadores raciocinam no 
próprio coração: “Com a língua prevaleceremos, os lábios são nossos; quem é o Senhor 
sobre nós?” (Sl 12.4, ênfase acrescentada). Isaías 57.4 caracteriza os pecadores como 
crianças rebeldes que abrem sua enorme boca e mostram a língua para Deus. O 
pecado destronaria Deus, o destruiria e colocaria o ego no seu lugar de direito. Todo 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 13 
pecado é, em último caso, um ato de orgulho, que diz: “Dê o lugar, Deus, eu estou no 
comando”. Por isso é que todo pecado, no seu âmago, é uma blasfêmia. 
Para começar, amamos nosso pecado; temos prazer nele, buscamos oportunidades 
para praticá-lo. No entanto, por sabermos instintivamente que somos culpados diante de 
Deus, inevitavelmente tentamos camuflar ou negar nossa própria pecaminosidade. Há 
muitas maneiras de fazer isso, como observamos nos capítulos anteriores. Elas podem 
ser resumidas, grosso modo, a três categorias: encobri-lo, justificar-nos e ignorá-lo. 
Primeiro, tentamos encobrir o pecado : Adão e Eva fizeram isso no Jardim, depois de ter 
pecado: “Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, 
coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si” (Gn 3.7) – então se esconderam da 
presença do Senhor (v.8). O rei Davi tentou em vão encobrir sua culpa quando pecou 
contra Urias. Ele tinha adulterado com a esposa de Urias, Bate-Seba. Quando ela ficou 
grávida, primeiro Davi tramou um plano tentando fazer parecer que Urias era o pai da 
criança (2 Sm 11.5-13). Quando o plano não funcionou, ele conspirou para que Urias 
fosse morto (vs.14-17). Isso somente agravou o seu pecado. Durante todos os meses 
da gravidez de Bate-Seba, Davi continuou encobrindo o seu pecado (2 Sm 11.27). Mais 
tarde, quando Davi foi confrontado com seu pecado, ele se arrependeu e confessou: 
“Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes 
gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se 
tornou em sequidão de estio” (Sl 32.3,4). 
Segundo, tentamos nos justificar : O pecado é sempre culpa de alguém. Adão culpou 
Eva, e a descreveu como “a mulher que me deste” (Gn 3.12; ênfase acrescentada). Isso 
mostra que ele também culpava a Deus. Ele não sabia o que era uma mulher até 
acordar casado com uma! Deus, raciocinou ele, era o responsável pela mulher que o 
vitimizou. Da mesma maneira, nós nos desculpamos pelos nossos erros porque 
pensamos que a culpa é de outra pessoa. Ou argumentamos ter um bom motivo. 
Convencemos a nós mesmos que é correto retribuir o mal com o mal. (cf. Pv 24.29; 1 Ts 
5.15; 1 Pe 3.9). Ou então pensamos que se os motivos finais são bons, o mal pode ser 
justificado – raciocínio errado de que os fins justificam os meios (Rm 3.8). Chamamos o 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 14 
pecado de desequilíbrio, rotulamos a nós mesmos de vítimas ou negamos que os 
nossos atos sejam pecaminosos. A mente humana é de uma criatividade sem-fim 
quando se trata de encontrar mecanismos para justificar o mal. 
Terceiro, ignoramos nosso próprio pecado : Sempre pecamos por ignorância ou 
presunção. Por isso Davi orou: “Quem há que possa discernir as próprias faltas?Absolve-me das que me são ocultas. Também da soberba guarda o teu servo, que ela 
não me domine; então, serei irrepreensível e ficarei livre de grande transgressão” (Sl 
19.12,13). Jesus nos advertiu sobre a loucura de tolerar uma trave nos nossos olhos e 
nos preocuparmos com um argueiro no olho do outro (Mt 7.3). Pelo fato de o pecado ser 
tão difuso, nós naturalmente tendemos a nos tornar insensíveis ao nosso próprio 
pecado, do mesmo modo que o gambá não é incomodado pelo seu próprio mau cheiro. 
Até mesmo uma consciência supersensível pode não saber todas as coisas (cf. 1 Co 
4.4). 
O pecado não se expressa necessariamente por atos. Atitudes pecaminosas, 
disposições pecaminosas, desejos pecaminosos e um estado pecaminoso de coração 
são tão repreensíveis quanto as ações que ele produz. Jesus disse que a ira é tão 
pecaminosa quanto o homicídio, e a concupiscência tanto quanto o adultério (Mt 5.21-
28). 
O pecado é de tal maneira enganoso que torna o pecador insensível contra sua própria 
perversidade (Hb 13.3). É natural desejarmos minimizar nosso pecado, como se ele não 
fosse de fato uma grande coisa. Afinal de contas, dizemos a nós mesmos, Deus é 
misericordioso, não é? Ele compreende nosso pecado e não pode ser tão duro conosco, 
não é mesmo? Mas raciocinar dessa maneira é deixar-se ludibriar pela astúcia do 
pecado. 
O pecado, de acordo com as Escrituras, é “a transgressão da lei” (1 Jo 3.4). Em outras 
palavras, “aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a 
transgressão da lei”. Pecado, portanto, é qualquer falta de conformidade com o perfeito 
padrão moral de Deus. A exigência central da lei de Deus é que o amemos: “Amarás o 
Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 15 
de todo o teu entendimento” (Lc 10.27). Sendo assim, a falta de amor a Deus é a 
epítome de todo pecado. 
Mas “o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, 
nem mesmo pode estar” (Rm 8.7). Nossa aversão natural à lei é tal que mesmo 
sabendo o que a lei requer, ela suscita em nós uma ânsia pela desobediência. Paulo 
escreveu: “as paixões pecaminosas postas em realce pela lei… eu não teria conhecido 
o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não 
dissera: Não cobiçarás” (Rm 7.5-7). A inclinação do pecador pelo pecado é tal que este 
o controla. Ele é escravo do pecado, porém o busca com uma fome insaciável e com 
toda paixão do seu coração. 
 
 
8) Qual foi a estratégia da “operação tentação” aplicada contra Adão e Eva? 
 
1 Uma explicação errônea. 
 Algumas vezes uma explicação do problema da queda do homem é tentada por 
representar-se o seu estado original como um de mero equilíbrio no qual foi tão fácil 
escolher o erro como foi escolher o direito. Em outras palavras, a vontade estava tal 
estado de indiferença e tão suscetível de agir de um modo como de outro. Uma noção 
tam como esta reduz o estado original do homem a uma condição de mera inocência em 
vez de santidade positiva. Já tocamos nisto e confiamos em que mostramos que, mera 
inocência, não satisfaz a afirmação que o homem foi criado na imagem de Deus. 
 
2 A explicação direita. 
 Não devemos ver a dificuldade insuperável aqui reconhecida por muitos. 
Pensamos que a dificuldade encontra uma explicação satisfatória nos seguintes fatos: 
 
A. Adão era mudável. 
 
B. Sendo mudável, só podia permanecer firme no seu estado original pelo poder de 
Deus. 
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C. Deus podia justa e santamente permitir a Adão cair se Lhe agradasse. 
 Desde que Deus permitiu o pecado, ninguém objeta à permissão da queda, salvo 
aqueles que queiram criticar Deus. 
 
D. Deus, tendo escolhido permitir a queda, retirou de Adão o Seu poder sustentador e a 
natureza de Adão degenerou tanto como o universo inteiro cairia aos pedaços se Deus 
retirasse o Seu poder sustentador e conservador por um só instante. 
 
(1) O primado de Adão. 
 Quando Adão provou a corrupção de sua natureza, ele não ficou como simples 
individuo senão como o cabeça natural da raça. O primado natural de Adão está 
claramente ensinado no capítulo quinto de Romanos. O seu primado ali não se 
apresenta como simples primado federal. Adão não pecou meramente por nós, como se 
ele fosse o mero cabeça federal da raça; nós pecamos nele (Romanos 5:12). 
 
(2) Os efeitos da queda. 
A. Sobre Adão e Eva. 
 Adão e Eva sofreram a corrupção de sua natureza, a qual lhes trouxe ao mesmo 
tempo morte natural e espiritual. 
 
B. Sobre a Raça. 
 O efeito total da queda de Adão sobre a raça é a corrupção da natureza da raça, 
a qual traz a raça a um estado de morte espiritual e a torna sujeita à morte física. 
 
 Os descendentes de Adão são feitos responsáveis, não pelo ato manifesto de 
Adão em participar do fruto proibido senão pela apostasia interior de sua natureza de 
Deus. Não somos pessoalmente responsáveis pelo ato manifesto de Adão porque o seu 
ato manifesto foi o ato de sua própria vontade individual. Mas, nossa natureza, sendo 
uma com a dele, corrompeu-se na apostasia de sua natureza dele. Daí, o efeito da 
queda sobre a raça não consiste tanto da culpa pessoal pelo ato manifesto de Adão 
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Carlos Henrique da Conceição Seabra 17 
como da corrupção da natureza da raça. Não somos responsáveis por qualquer coisa de 
que não podemos arrepender- nos quando vivificados pelo Espírito de Deus. Está 
qualquer homem hoje convicto do pecado de Adão de participar do fruto proibido? Mas 
nós nos sentimos convictos e podemos e nos arrependemos da corrupção de nossas 
naturezas, corrupção que se manifesta em rebelião contra Deus e em transgressões 
pessoais. Não cremos que a Escritura ensine mais do que isto a respeito dos efeitos da 
queda sobre o raça. Para uma discussão de João 1:29 a este respeito, vide o capítulo 
sobre a expiação. 
 
A DIFERENÇA ENTRE ADÃO E EVA NA QUEDA. 
 A narrativa do Gênesis não faz diferença vital entre Adão e Eva na queda, mas 
uma distinção está claramente apresentada em 1 Timóteo 2:14, onde se diz que Eva foi 
enganada e Adão não. Isto quer dizer que Eva caiu em transgressão porque ela foi 
levada a pensar que o aviso de Deus não era verdade e que ela não morreria como uma 
penalidade por participar do fruto proibido. Mas com Adão foi diferente: ele não duvidou 
da Palavra de Deus; ele pecou porque preferiu ser expulso do Éden com sua esposa 
antes que ficar no Éden sem sua esposa. 
 
 Muita vez se pensa que os fatos acima ligam maior culpa ao pecado da mulher 
do que ao pecado de Adão, ao passo que o reverso é que é verdade. O homem pecou 
por meio da escolha voluntária e cônscia da amizade de sua esposa, antes que a de 
Deus. Nada disto foi verdade do pecado de Eva. 
 
 
 
9) Por que Deus permitiu que o homem fosse tentado? 
 
Não foi porque Deus foi compelido a permiti-la. Deus é soberano e faz tudo livremente. 
Não foi porque Lhe faltasse o poder. Conquanto Deus fez o homem mudável, o que foi 
necessário, como temos mostrado, contudo Ele podia ter conservado o homem do 
pecado sem a violação da vontade ou de qualquer princípio. Podemos dar apenas uma 
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resposta à pergunta acima. É que Deus permitiu a queda para prover o meio para a 
glorificação do Seu Filho na redenção. 
 
Talvez a razão carnal jamais fique satisfeita com qualquer explicação da queda em 
relação com a santidade de Deus. Como podia um Deus santo permitir o pecado 
quando Ele teve todo o poder de impedir? De que Ele teve esse poder não pode ser 
duvidado. E ao passo que a razão carnal não se satisfaça nunca, contudo a fé na 
Palavra de Deus satisfaz a nova mente em que a permissão dopecado por Deus está 
perfeitamente consiste com a Sua santidade. Teve-se o poder de impedir o pecado e 
não o fizemos, seriamos culpados do mal, mas Deus é diferente de nós: somos 
dependentes e, portanto, responsáveis. Deus é independente e, portanto, responsável a 
ninguém. Quando nós conhecermos como somos conhecidos, então poderemos 
entender completamente como a permissão para pecar é perfeitamente compatível com 
a perfeita santidade de Deus. 
 
 
10) Dê alguns significados do pecado. 
Dic: 
(1) As palavras hebraica e grega traduzidas por “pecado” aplicam-se tanto a disposições 
e estados como a atos. 
(2) O pecado tanto pode consistir de omissão em fazer a coisa justa como de comissão 
em fazer a coisa errada. 
 “Ao que se sabe fazer o bem e o não faz, ao tal é pecado” (Tiago 4:17). 
(3) O mal se atribui a pensamentos e afetos. 
 Gênesis 6:5; Jeremias 17:9; Mateus 5:22,26; Hebreus 3:12. 
(4) O estado da alma que dá expansão a atos manifestos de pecados é chamado 
pecado, expressamente. Romanos 7:8,11,13,14,17,20. 
(5) Alude-se ao pecado como um princípio reinante na vida. 
Romanos 6:21. 
 
 
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CONCEITO DE PECADO: É a falta de conformidade com a lei de Deus, em estado, 
disposição ou conduta.Para indicar isso, a Bíblia usa vários termos, tais como: 
a) pecado (Sl 51.2; Rm 6.2); 
b) desobediência (Hb 2.2); 
c) transgressão (Sl 51.1; Hb 2.2); 
d) Iniqüidade {Sl 51.2; Mt 7.23); 
e) mal, maldade, malignidade (Pv 17.11; Rm 1.29) 
f) perversidade (Pv 6.14; At 3.26); 
g) rebelião, rebeldia (1Sm 15.23; Jr 14.7); 
h) engano (Sf 1.9; 2;Is 2.10); 
i) injustiça (Jr 22.13; Rm 1.18); 
j) erro, falta (Sl 19.12; Rm 1.27); 
k) impiedade (Pv 8.7; Rm 1.18); 
l) concupiscência (Is 57.5; 1Jo 2.16); 
m) depravidade, depravação (Ez 16.27,43,58). O diabo quer que pequemos, afirmando 
que não estamos crescendo na presença de Deus ou estamos falhando. Verdadeiro 
crescimento contra o pecado é cooperar como Espírito Santo batalhando. 
 
PALAVRA PECADO NO ANTIGO TESTAMENTO: 
 
chatta’ah ou : chatta’th - pecado, envolvendo condição de pecado, culpa pelo 
pecado, punição, oferta e purificação dos pecados de impureza cerimonial . (Gn. 4:7), 
procedente de chata’ - pecar, falhar, perder o rumo, errar o alvo ou o caminho do correto 
e do dever , incorrendo em culpa, p/sofrer penalidade pelo pecado, perder o direito. 
pesha‘ - transgressão, rebelião contra indivíduos, nação contra nação ou contra Deus. 
(Jó.34:6); 
matstsah - conflito, contenda (Pv.17:19), vem de natsah-devastado,desolado,em ruínas 
e estar como montes arruinados. 
 
NATUREZA DO PECADO NO ANTIGO TESTAMENTO: 
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Existe uma variedade de termos, estudando-se o hebráico para expressar esse mal da 
ordem moral. 
• Na esfera moral: 
a)Errar o alvo, reunindo 3 idéias: 
• errar como arqueiro erra o alvo; 
• errar como viajante erra caminho; 
• errar como ser achado em falta na balança; (Gn.4:7)-Pecado é a besta 
pronta para tragar; 
b) Tortuosidade ou perversidade, contrário de retidão, tornando-se não reto e 
sem ideal reto; 
c) Mal, pensamento de violência ou infração, violando a lei de Deus. O pecado 
sem perdão é a incredulidade (Mt 12.31-32) 
• Na esfera da conduta fraternal: 
Violência ou conduta injuriosa, homem maltrata/oprime os 
seus (Gn.6:11 e Pv.16:29); 
• Na esfera da santidade: 
Ofensor já teve comunhão com Deus; como cada israelita era santo 
e sacerdote, mas profanaram e tornaram imunda a Lei, sendo irreligiosos, 
transgressores e criminosos. 
• Na esfera da Verdade: 
Inútil e fraudulento; falar e tratar falsidade, representar e dar falso 
testemunho, numa vaidade vazia e s/valor, onde a mentira iniciou o 1ºpecado e o 1º 
pecador, pois todo o pecado contêm elemento do engano (Hb. 3:13). 
• Na esfera da Sabedoria: 
Impiedade por não pensar/não querer pensar corretamente, 
p/descuido/ignorância. 
* O homem natural não desenvolveu na direção do bem, mas se inclina naturalmente 
para o mal, 
ouvindo, mas esquecendo, conduzido para o pecado (Mt.7:26). O castigo do pecado é 
a morte física, espiritual e eterna (Rm 6.23). 
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* O homem sem entendimento precipita em julgar coisas que não sabe,impio;nega o 
que é dado de graça (Pv.8:1-10); 
* O insensato se prende às coisas da carne e não se disciplina, podendo fazer o bem 
(Pv.15:20); 
* O homem impio justifica a impiedade c/argumentos racionais ateísticos; escarnece 
infiel (Sl.1:1 e Pv.14:6). 
PALAVRA PECADO NO NOVO TESTAMENTO (Em Grego): 
hamartia- não ter parte; errar o alvo; desviar-se do caminho de retidão e honra, fazer ou 
andar no erro; desviar-se da lei de Deus, violar a lei de Deus, uma ofensa, violação da 
lei divina em pensamento ou em ação ou coletivamente, o conjunto de pecados 
cometidos seja por uma única pessoa ou várias. (Mt.12:31); 
• krisis - separação, divisão, repartição, julgamento, sentença de condenação, 
julgamento condenatório, condenação e punição por colégio dos juizes (um tribunal de 
sete homens nas várias cidades da Palestina; distinto do Sinédrio, que tinha sua sede 
em Jerusalém) (Mc. 3:29). Da morte espiritual/eterna escapa quem chega a Jesus 
.(Rm 3.21;8.39). 
 
NATUREZA DO PECADO NO NOVO TESTAMENTO: 
• Errar o Alvo, na mesma idéia do A.T.; 
• Dívida, p/não guarda dos mandamentos de Deus e o homem é incapaz de pagar e 
necessita de uma remissão ou fiador. 
• Desordem, pois o pecado é iniqüidade; o pecador rebelde, idólatra quebra o 
mandamento por sua vontade, fazendo uma lei para si e constituindo o seu “EU” como 
uma divindade, numa obstinação; 
• Desobediência, ou ouvir mal, sem atenção. (Hb.2:2 e Lc.8:18); 
•Transgressão, ir além do limite (Rm.4:15); 
• Queda,cair para um lado sem conduta, no pecado (Ef.1:7); 
• Derrota, rejeitando Jesus e perdendo o propósito (Rm.11:12); 
• Impiedade, sem adoração ou reverência(Rm.1:18 e 2 Tm.2:16), dando pouca ou 
nenhuma importância a Deus ou às coisas sagradas, sem temor/reverência; 
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• Erro, decisões erradas p/desconhecer,quando o homem decide fazer o mal, sem 
avaliar conseqüências, mais do que falta pela debilidade. 
 
ÁREAS DE ABRANGÊNCIA DO PECADO: 
a) Desejos e práticas carnais - cada palavra ato e pensamento que incite à 
concupiscência sexual ilícita no homem e na mulher como roupas indecentes, contato 
corporal, gestos insinuantes na dança, linguagens torpes, fotos pornográficas, etc. 
b) Atividades religiosas falsas - idolatria e feitiçaria, envolvendo orações contrárias, 
rejeitando a fidelidade e lealdade de Deus, exaltando qualquer pessoa ou coisa acima 
dEle; 
c) posturas e ações contra o próximo - em atos ou pensamentos invejosos; 
d) práticas que destroem o domínio próprio da pessoa - como embriaguez, folia, 
perdendo o controle da razão e emoção como fãs de jogos esportivos e ídolos da TV ou 
Gospel.(Gl.5:16) 
 
1. O PECADO COMO UM ATO. 
 Em 1 João 3:4 temos a definição do pecado como um ato. É um transgredir, ou 
um ir contrário à Lei de Deus. 
 
2. O PECADO COMO UM ESTADO. 
 Muita gente há que não pode ou não quer ver que o pecado vai mais fundo que 
um ato manifesto. Um pouco de reflexão mostrará que os nossos atos não são senão 
expressões dos nossos seres interiores. A pecaminosidade íntima, então, deve preceder 
os atos manifestos do pecado. As seguintes provas escrituristicas mostram não só que o 
homem é pecaminoso na conduta como que ele existe num estado pecaminoso – uma 
falta de conformidade com Deus na mente e no coração: 
 
3. O PECADO COMO UM PRINCÍPIO. 
 O pecado como princípio, é rebelião contra Deus. É recusar fazer a vontade dEle 
que tem todo o direito de exigir obediência de nós. 
 
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4. O PECADO EM ESSÊNCIA. 
 “Podemos seguir o Dr. E. G. Robinson em dizer que, enquanto o pecado como 
um estado é dessemelhança de Deus, como um princípio é oposição a Deus e como um 
ato é transgressão da Lei de Deus, sua essência é sempre e em toda a parte egoísmo” 
 
 O pecado pode ser descrito como uma árvore de vontade própria, tendo duas 
raízes mestras: uma é um “não” para Deus e Seus mandamentos, a outra é um “sim” 
para o Eu e interesses do Eu. Esta árvore é capaz de dar qualquer espécie de fruto no 
catálogo dos pecados. O egoísmo está sempre manifesto no pecador na elevação de 
“algum afeto ou desejo inferiores acima da consideração por Deus e Sua Lei” (Strong). 
Não importa a forma que o pecado tome; acha-se sempre ter o egoísmo por sua raiz. O 
pecado pode tomar as formas de avareza, orgulho, vaidade, ambição, sensualidade, 
ciúme, ou mesmo o amor de outrem, em cujo caso outros são amados porque são tidos 
como estando de algum modo ligado ao Eu ou contribuindo para o Eu. O pecador pode 
buscar a verdade, mas sempre por fins interesseiros, egoísticos. Ele pode dar seus bens 
para alimentar o pobre, ou mesmo o seu corpo para ser queimado, mas só por meio de 
um desejo egoísta de gratificação carnal ou honra ou recompensa. O pecado, como 
egoísmo, tem quatro partes: “(1) Vontade própria, em vez de submissão; (2) ambição, 
em vez de benevolência; (3) justiça própria, em vez de humildade e reverência; (4) auto-
suficiência, em vez de fé” (Harris). 
 
 Para prova do fato que o pecado é essencialmente egoísmo, insistimos nas 
seguintes considerações: 
 
(1) Na apostasia dos últimos dias está dito que “homens serão amante de si mesmos” e 
também “amantes dos prazeres antes que amantes de Deus” ( 2 Timóteo 3:2,4). 
 
(2) Quando se revelar “o homem do pecado”, ele será o que “se exaltará contra tudo o 
que se chama Deus” ( 2 Timóteo 2:4). 
 
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(3) A essência da Lei de Deus é amar a Deus supremamente e aos outros como a si 
mesmo. 
 O oposto disso, o supremo amor de si mesmo, deve ser a essência do pecado. 
Mateus 22:37-39. 
 
(4) A apostasia de Satã consistiu na preferência de si mesmo e de sua ambição 
egoística a Deus e Sua vontade. 
 
 Isaías 14:12-15; Ezequiel 28:12-18. 
 
(5) O pecado de Adão e Eva no jardim surgiu de uma preferência de si mesmo e de sua 
autogratificação a Deus e Sua vontade. 
 Eva comeu do fruto proibido porque ela pensou que isso daria a sabedoria 
almejada. Adão participou do fruto porque ele preferiu sua esposa a Deus. E a razão 
porque ele preferiu sua esposa a Deus é que ele concebeu sua esposa como 
contribuindo mais do que Deus para a sua autogratificação. 
 
(6) A morte de Abel por Caim foi incitada pelo ciúme, o qual é uma forma de egoísmo. 
 
(7) O egoísmo é a causa da impenitência do pecado. 
 Deus mandou que todos os homens se arrependam em toda a parte. Recusam 
os homens fazer isso porque preferem seus próprios caminhos à vontade de Deus. 
 
 Vemos, então, que o pecado não é meramente um resultado do desenvolvimento 
imperfeito do homem: é uma perversidade da vontade e da disposição. O homem nunca 
a sobrepujará enquanto ele estiver na carne. A regeneração põe um entrave sobre ela, 
mas não a destrói. Nem o pecado é mero resultado da união do Espírito com o corpo: o 
espírito mesmo é pecaminoso e seria apenas tão pecaminoso fora do corpo como no 
corpo se deixado no seu estado natural. Satanás não tem corpo e contudo é 
supremamente pecaminoso. Nem o pecado é mera finitude. Os anjos eleitos no céu são 
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finitos e contudo estão sem pecado. Os santos glorificados ainda serão finitos e no 
entanto não terão pecado. 
 
 
11) Mencione as conseqüências do pecado nas relações entre Deus e o homem: 
O pecado domina o coração humano, e se fosse pela sua vontade, condenaria cada 
alma. Se não compreendermos nossa própria perversidade ou não enxergarmos nosso 
pecado como Deus o vê, não poderemos entendê-lo ou fazer uso do remédio contra ele. 
Aqueles que tentam justificá-lo, negligenciam a justificação de Deus. Até 
compreendermos quão totalmente repugnante nosso pecado é, nunca poderemos 
conhecer a Deus. 
O pecado é abominável a Deus. Ele o odeia (cf. Dt 12.31). “Tu és tão puro de olhos, que 
não podes ver o mal e a opressão não podes contemplar…” (Hc 1.13). O pecado é 
contrário à sua própria natureza (Is 6.3; 1 Jo 1.5). A pena máxima – a morte – é exigida 
para cada infração contra a lei de Deus (Ez 18.4,20; Rm 6.23). Até a menor 
transgressão é digna da mesma pena severa: “Pois qualquer que guarda toda a lei, mas 
tropeça em um ponto, se torna culpado de todos” (Tg 2.10). 
O pecado suja a alma. Ele rebaixa a dignidade da pessoa. Obscurece o entendimento. 
Torna-nos piores que animais, pois os animais não podem pecar. Polui, corrompe, suja. 
Todo pecado é vulgar, repulsivo e revoltante aos olhos de Deus. A Bíblia o chama de 
imundícia (Pv 30.12; Ez 24.13; Tg 1.21). O pecado é comparado ao vômito, e os 
pecadores são os cães que voltam ao seu próprio vômito (Pv 26.11; 2 Pe 2.22). O 
pecado é chamado de lamaçal, e os pecadores são os porcos que rolam nele (Sl 69.2; 2 
Pe 2.22). O pecado é semelhante ao cadáver em putrefação, e os pecadores são os 
túmulos que contêm o malcheiro e a sujeira (Mt 23.27). O pecado transformou a 
humanidade em uma raça poluída e imunda. 
As terríveis conseqüências do pecado incluem o inferno, sobre o qual Jesus disse: “E, 
se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca 
um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo no inferno” (Mt 5.30). As Escrituras 
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descrevem o inferno como um lugar terrível e medonho onde pecadores são “ 
atormentados com fogo e enxofre… ” e “A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos 
dos séculos, e não têm descanso algum, nem de dia nem de noite, os adoradores da 
besta e da sua imagem e quem quer que receba a marca do seu nome” (Ap 14.10,11). 
Essas verdades se tornam mais alarmantes ainda quando percebemos que são parte da 
Palavra inspirada de um Deus de infinita misericórdia e graça. 
Deus quer que entendamos a excessiva pecaminosidade do pecado (Rm 7.13). Não 
ousemos encará-lo com leviandade ou rejeitar nossa própria culpa frivolamente. Quando 
encaramos o pecado como ele é, é nosso dever odiá-lo. As Escrituras vão até mais 
fundo que isso: “Ali, vos lembrareis dos vossos caminhos e de todos os vossos feitos 
com que vos contaminastes e tereis nojo de vós mesmos , por todas as vossas 
iniqüidades que tendes cometido” (Ez 20.43, ênfase acrescentada). Em outras palavras, 
quando verdadeiramente vemos o que o pecado é, longe de obter auto-estima, nós nos 
desprezaremos. 
 
12) Fale sobre os efeitos do pecado na vida do homem: 
 
FASES DO PECADO:(Gn. 3)A história espiritual do homem se traduz pela tentação, 
culpa, juizo e redenção: 
A)TENTAÇÃO: (3 Fases): • possibilidade: 2 árvores de destino:bem/mal ou da vida. 
Deus testou o homem para que pudesse amorosa e livremente escolher servir a Deus e 
desenvolver o caráter.(Caminho da Vida:Dt.30:15); 
• origem: A serpente foi o agente empregado por satanás, já lançado fora do céu 
antes da criação do homem; ela trabalha por meio de agentes. (Ez.23:13 e 
Is.14:12); 
• característica(sutileza):sugestões astuciosas que se abraçadas, conduzem a 
desejos e atos pecaminosos. NOTA:Eva não ouviu diretamente a proibição 
divina. (Gn.2:16); 
• A Serpente espera que Eva esteja só; 
•Torce palavras de Deus, 
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• Finge surpresa por estarem torcidas, 
• Semeia dúvidas e suspeitas no coração de Eva; •Insinua-se juiz,lançando 3 
dúvidas quanto a Deus: 
a) Dúvida sobrea bondade de Deus(reter bênção); 
b)Dúvida sobre retidão de Deus(não morrereis); 
c) Dúvida sobre santidade de Deus(tem inveja). 
 
B)CULPA: Evidências: (3 Fases:) 
• Repentinamente se viram nús, num miserável sentimento de culpa que os fez ter 
medo de Deus; 
• Fizeram aventais de folhas, tentando cobrir a nudez, que representa a procura para 
cobrir a culpa, com o esquecimento ou desculpas. 
• Esconderam-se da voz divina, no instinto de fugir de Deus, em prazeres e outras 
atividades. 
 
C)JUIZO: (3 Fases): 
• Para a serpente - punida por ter sido instrumento, pela vontade de Deus de mostrar 
um tipo e profecia de maldição sobre o diabo e os poderes do mal, para fazer do 
homem, reconhecedor de que há um castigo para o mal; 
• Para a mulher - a presença do pecado trouxe sofrimento, principalmente, no momento 
crítico e penoso de conceber filhos, agravado pela crueldade, loucura e sentimento de 
falta do homem e corrompendo as relações matrimoniais, tornando a mulher, em muitos 
lugares, até escrava do homem (Ex. Índia e Ásia); 
• Para o homem - o trabalho com decepções e aflições, numa maldição e 
queda da criação e da terra, com difíceis e duras condições de trabalho e a morte física 
progressiva. 
 
D)REDENÇÃO: Prometida na luta entre o homem e o mal, prefigurada num animal 
morto para vestir o casal (Gn.3:21). 
 
Outros efeitos do pecado 
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O Crente Não Cessa de Ser Filho de Deus 
 Todavia, o pecado na vida do crente tem um efeito, mesmo que não desfaça a 
condição de ser ele um filho de Deus. O crente que peca tem quebrada a comunhão 
com Deus. Nunca devemos pensar que Deus coopera ou que tem uma coexistência 
com o pecado. A Bíblia mostra claramente que “Não há santo como o Senhor é santo” 
(I Sam 2:2). Pela inspiração do Espírito Santo, a Bíblia estabelece que “Deus é luz e 
não há nEle trevas nenhumas” (I João 1:5). Amós faz aos filhos desobedientes de 
Deus, o Israel, uma pergunta que convém ainda hoje: “Porventura andarão dois juntos, 
se não estiverem de acordo?” (Amós 3:3). O filho pródigo, mesmo no pecado continuou 
sendo o filho do pai, mas por causa do seu orgulho, era desobediente e, nessa 
condição, não andava com o pai (Luc 15:11-32). 
 A comunhão quebrada, muitas vezes, é a correção de Deus com Seus filhos. 
Não é a salvação que termina, mas a “alegria” da salvação que é removida (Sal 51:1, 
10-12). Existem varias manifestações desta quebra de comunhão: pode ser percebida 
pela falta de vitória espiritual (Prov. 28:13; II Tess 5:19, “não extingais o Espírito”.); 
“Confusão de rosto” (Dan 9:8) e até mal (Dan 9:12-14). A quebra de comunhão é para o 
crente verdadeiro uma correção eficaz. Aquele que já saboreou as delícias do fruto do 
Espírito Santo (Gal 5:22) e o conforto de um caminhar constante com o Santo sabe 
como é terrível a quebra da comunhão com Deus. Por isso Davi clamou para ter de volta 
tal alegria, e Pedro quando pecou, “chorou amargamente” (Mat. 26:75). 
 
 A solução para o pecado na vida do crente é a confissão. A justificação é feita 
uma vez e “de tudo” (Atos 13:39) mas a purificação é contínua. A justificação é feita 
pela graça de Deus, “pela redenção que há em Cristo Jesus” (Rom 3:24) e pela qual 
temos a “paz com Deus” (Rom 5:1), mas a purificação que faz parte da santificação é 
feita pelo crente (Lev 26:40-42, “então confessarão a sua iniquidade”; II Cron. 7:14; “se 
humilhar, orar, buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos”; I João 
1:9, “se confessarmos”). Existe uma lavagem constante que é parte da obra de 
santificação na vida do crente. Essa lavagem é pela Palavra de Deus (Efés 5:26) e nas 
horas de correção, quando a comunhão com Deus é quebrada, o crente clama por tal 
lavagem (Sal 51:2). 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 29 
 
Se está com a mão de Deus na sua vida e suspeita que haja pecado impedindo as 
bênçãos preciosas da Sua presença, procure o Deus em oração, que Ele sonda o seu 
coração, revelando-se qualquer coisa, confesse-a imediatamente, procurando 
humildemente a Sua misericórdia e aquilo que é necessário para endireitar os seus pés 
no Seu caminho. 
 
O Crente Não Perde a Vida Eterna 
Todavia, o pecado na vida do crente tem um efeito, mesmo que não transforme o 
que é eterno em temporário. O crente que peca perde a segurança da sua salvação. 
Isso quer dizer que ele perde o sentimento ou confiança da segurança da sua salvação. 
A segurança da salvação vem com a obediência (I João 2:3). 
Jonas conheceu esta perda de confiança com seu pecado, pois nas entranhas do 
peixe ele disse: “Lançado estou de diante dos teus olhos” (Jonas 2:4), uma condição 
que revela uma falta de comunhão e a falta de confiança que acompanha tal comunhão 
(II Pedro 1:4-9). 
Jeremias lamentou: “Ainda quando clamo e grito, ele exclui a minha oração” (Lam 
3:8). Esse sentimento de abandono é mais usual entre os crentes que têm pecado (Sal 
51:3,11; 77:7-9). 
A solução para o pecado na vida do crente é Cristo (I João 2:1,2). Aquele que é 
a salvação do pecador é a solução do crente que peca. 
 
O Crente Não Perde A Presença do Espírito Santo 
 Todavia, o crente pode entristecer o Espírito Santo (Efés. 4:30; I Tess 5:19). 
Quando o Espírito Santo é entristecido, as vitórias na vida, as conquistas sobre o 
pecado e o crescimento na graça são prejudicados (Isaías 63:10; Heb 3:10-17). 
Pergunte ao Himeneu e Alexandre se valeu a pena entristecer o Espírito Santo (I Tim 
1:19,20). 
A Solução do pecado na vida do crente é uma limpeza espiritual constante. 
Note-se que Davi foi sondado por Deus mais de uma vez (Sal 139:1,23,24). Aquele 
arrependimento e a fé que trouxeram a salvação é uma atividade contínua para o crente 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 30 
que conhece a sua fragilidade pela carne (Col 2:6). Pelo andar no Espírito, o cristão é 
santificado para agradar a Deus e conhecer as bênçãos desse andar íntimo (Gal 
5:24,25). Quando a carne estiver incitada na sua vida, crucifique-a junto com as suas 
paixões e concupiscências. Jamais defende-as ou ignorá-as. 
 
O Crente Não Torna Desqualificado para Ir ao Céu 
 Todavia, mesmo que o filho endureça o seu coração à correção que o Pai dá 
(Heb 12:7) e não se torna desqualificado para ir ao céu, pode ter a sua vida encurtada 
aqui na terra. Deus é glorificado quando os Seus dão frutos (João 15:8) e os filhos de 
Deus que não se submetem à Palavra de Deus sofrem uma correção dura, até uma vida 
curta aqui na terra (I Cor 11:30; Sal 38:3; 89:30-34), mesmo que as suas almas sejam 
salvas no último dia (Sal 89:30-34; I Cor 3:15,16; 5:5). 
 A Solução para o Cristão não ter pecado reinando na sua vida é ser vigilante em 
oração (I Pedro 4:7). É impossível ao Cristão que tenha uma vida de oração ativa viver 
em pecado. Portanto, vigiai em oração. Lembrando-se das bênçãos que tem em Cristo, 
o filho verdadeiro, purifica-se a si mesmo para ser como Cristo (I João 3:3). Portanto, 
lembre-se constantemente das bênçãos que tem em Cristo. Uma obediência ativa da 
Palavra de Deus faz que o Cristão seja prevenido de praticar o que não deve (Luc 
19:13; Efés. 2:10). Portanto, seja intensamente ativa na obra de Deus. 
 
A Comunhão com Deus está Quebrada 
 Quando o Cristão peca, a correção é imediatamente aplicada (Próv. 3:12; Heb 
12:5-9) e parte dessa correção é uma quebra de comunhão com Deus (Sal 39:10,11; 
51:1,10-12). A quebra de comunhão como correção não deve ser uma surpresa, mas 
entendida como sendo uma conseqüência normal (Amós 3:1-3). Por isso, quando os 
filhos de Israel praticaram o pecado, não cessaram de ser filhos, mas a vara de correção 
foi aplicada muitas vezes em uma comunhão quebrada, e eles clamaram ao Senhor 
para ter de novo essa comunhão. Essa comunhão quebrada pode existir poranos, e 
como podemos entender pela história de Israel, trouxe efetivamente os filhos de volta a 
clamar pela relação íntima que Deus desejava (Êx. 3:7,8; Juízes 3:9-11, etc.). Deus é o 
mesmo hoje (Mal 3:6). 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 31 
 A quebra de comunhão é eficaz, pois o Cristão, pela vida nova, não se associa 
bem com o mundo, pois o mundo aflige a sua consciência (II Pedro 2:7). Quando, pelo 
pecado, a comunhão com Deus é quebrada por entristecer o Espírito Santo, o Cristão 
está mesmo em apuros. Ele não pode recorrer ao mundo e nem tem liberdade com o 
Senhor Deus. Pode ser parte da razão por que Pedro chorou amargamente (Mat. 
26:75). Aquele que conhece a comunhão íntima com Deus sabe como a quebra de tal é 
uma vara de correção eficaz. 
A única solução é a confissão e o abandono do pecado (II Crôn. 7:14,15; Sal 
51:1-4; Prov. 28:13; I João 1:9). 
 
O Poder para Ser um Servo Fiel é Destruído 
Para se ser um servo fiel para a glória de Deus são necessários as Suas 
bênçãos. Ser um servo fiel não é fruto da carne. Na carne não habita bem algum (Rom. 
7:18). Só as bênçãos de Deus em uma vida produzem fruto que convém ser visto 
publicamente (Gal 5:22). Mas quando há presença de pecado na vida, como podem as 
bênçãos de Deus ser esperadas? Não podemos servir a dois senhores (Mat. 6:24). Se 
servimos ao pecado estamos contra o Senhor (Mat. 12:30; Rom. 6:12,16). Se 
atendermos à iniqüidade em nossos corações, O Senhor não nos ouvirá (Sal 66:18). 
Devemos esperar o poder do Senhor em nossas vidas quando o Senhor não é 
agradado por nós? Devemos esperar força para obedecer quando estamos vivendo 
contra o Senhor? Se Deus não nos ouve, devemos estar seguros em nossas vidas 
espirituais? Sem tais bênçãos, sem a força de Deus e de Seu ouvido nos dando 
atenção, podemos realmente esperar poder ser um servo fiel? 
 
O servo fiel tem algo para ministrar aos outros. Ele continuamente conhece a 
beneficência, o juízo e a justiça na terra. Ele conhece que o Senhor é O Senhor (Jer 
9:23,24). Ele tem constantemente a alegria e o gozo no seu coração que a Palavra de 
Deus produz (Jer 15:16). Ele bebeu naquele dia da fonte da água, que salta para a vida 
eterna e por isso tem o poder de Deus na sua vida (João 4:14; Atos 1:8). Este crente 
tem um relacionamento vivo que emana do seu andar com Deus. Mas, se o servo está 
praticando pecado, se tem mãos sujas, se não tem comunhão viva com o Senhor, como 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 32 
é que ele vai ter algo para proclamar ou pregar? Como é que o crente vai ser um servo 
fiel quando o céu parece fechado (Sal 34:16), o espírito parece morto (Sal 32:3,4) e as 
suas experiências estão confusas? Esse servo de Deus tem problemas sérios com ele 
mesmo, com o seu Deus e, conseqüentemente, com o mundo. 
A solução é confessar o pecado (Sal 32:5) e ter uma vida íntegra com o Senhor 
e Salvador Jesus Cristo. Por se dividir a adoração de Deus com o louvor do mundo, o 
poder de Deus na vida é destruído, então, uma vida reta para com Deus é o que deve 
ser procurada para remediar a situação (Sal 15:1-5). A possibilidade de o crente ter a 
glória de Deus na vida e ter o poder para ser um servo fiel somente é conhecida com 
atenção exclusiva à Palavra de Deus (Josué 1:7,8). Tendo um coração restrito a Deus e 
limpo de pecado, ânimo e poder de ensinar aos outros é lhe dado. (Sal 51:10-13). 
Apenas quando o crente busca primeiramente o reino de Deus e a sua justiça, é que 
tem o de que necessita tanto na sua vida terrena quanto na sua vida espiritual (Próv. 
2:1-9; Mat. 6:33). 
 
O Seu Testemunho Cristão é Danificado - I Tim 1:19; Tiago 3:13-18 
 Nosso corpo individualmente é o templo do Espírito Santo (I Cor 3:16,17; 6:19). 
O corpo somente pode manifestar, o que está por dentro dele. Se tiver pecado 
praticado por dentro, uma vida suja vai ser manifesta e não mais a glória de Deus. Um 
outro problema já é desencadeado com uma vida suja no mundo. Representamos mal o 
nosso Salvador ao mundo. Começamos por provocar confusão a todos ao redor de nós. 
Dizemos que somos Cristãos, mas vivemos em pecado. Dizemos que Cristo é 
poderoso para nos salvar dos pecados, mas vivemos caídos no pecado. Assim como 
um instrumento musical dando um som estranho, nós provocamos confusão (I Cor 
14:7,8). O mundo ouve o que dizemos, mas examina as nossas vidas diárias. O mundo 
pensa, por causa dos nossas vidas, que Cristo é falho. 
 Nós, como membros de uma igreja verdadeira, coletivamente, somos feitos o 
corpo de Cristo (Efés. 1:23). Se os membros da igreja estão com pecado não 
confessado e abandonado, como é que Cristo vai ser visto pelo mundo como santo na 
assembléia? O mundo não precisa de uma testemunha com testemunho danificado. O 
mundo precisa ver a palavra de Deus representada através de uma vida santa para 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 33 
saber o que realmente significa a nossa pregação verbal. Por causa do dano que uma 
vida pecaminosa faz de Cristo, a correção de Deus pode ser exercitada com dureza (I 
Tim 1:19,20; I Cor 11:30), mesmo que a alma seja salva (I Cor 3:15,16). 
 A solução de pecado na vida é arrependimento a Deus. Isso inclui tristeza e 
abandono completo do pecado. Uma vez que o pecado é abandonado, o poder de 
Deus deve ser procurado para poder vencer o mal e para poder viver em submissão à 
vontade de Deus (Sal 139:23,24). Isso é o que o Apóstolo Pedro fez tornando-se um 
servo fiel (Mat. 26:75; João 21:17,19). 
 Se o pecado for contra um irmão, um arrependimento para com aquele irmão 
convém para consertar o testemunho diante do mundo e ser perdoado por Deus (Jó 
42:8; Mat. 5:23,24) 
 Se o pecado for público, convém um arrependimento público. Somente assim 
terá um testemunho público restaurado (Zaqueu, Luc 19:8) 
Para viver um testemunho depois de o danificar, cuide bem com a sua submissão 
à Palavra de Deus. 
“Com que purificará o jovem o seu caminho? 
Observando-o conforme a tua palavra.” 
Sal 119:9. 
 
A Sua Posição no Céu é Determinada - Heb 11:32-35 
 No céu, essas posições são entendidas pela diferenciação dos galardões. Os 
galardões podem ser ganhos ou perdidos. Os galardões são coroas. Existem coroas 
da justiça (II Tim 4:8), da vida (Tiago 1:12), da glória (I Ped 5:4; I Cor 9:25) e são para 
serem lançadas aos pés de quem está no trono (Apoc 4:9-11). Também entendemos 
que os Cristãos terão as suas obras julgadas pelo julgamento diante de Cristo (Rom 
14:10; II Cor 5:10). Este julgamento não é o julgamento geral dos incrédulos, mas é o 
julgamento em que as obras feitas pelo Cristão em vida serão julgadas. 
 A posição no céu é determinada pelo serviço a Cristo durante a sua vida terrestre 
(Heb 11:26, 35). As obras determinam as coroas que temos e nossa posição no céu (I 
Cor 3:11-15). As obras feitas na força da carne findam-se em palha, feno e madeira, e 
serão queimadas ou perdidas. Perdendo os galardões, a posição no céu é 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 34 
determinada. As obras feitas na força de Deus para a Sua glória em amor nos dão ouro, 
prata e pedras preciosas e os galardões permanecem. Devemos ter cuidado para que 
ninguém tome a nossa coroa (II João 8; Apoc 3:11), tal perda será causa de choro (Apoc 
21:4). 
 A perda das coroas, pela infidelidade do Cristão na vida terrena, confunde muitos. 
Pela perda das coroas, muitos entendem a perda da salvação. Mas a salvação é pela 
obra de Cristo e por isso é segura eternamente. As coroas são ganhas pela operação 
da graça de Deus em nossa vida Cristã na terra e determinam a nossa posição no céu. 
Podemos perder as coroas (I Cor 3:15; Apoc 3:11), mas nunca podemos perder Cristo 
ou o céu (João 10:27-29). O Cristão nunca será separado de Deus (Rom 8:35-39).A solução para não perder os galardoes é não andar pela carne na vida Cristã 
(Gal 2:20). Uma vida piedosa “para tudo é proveitosa” (I Tim 4:8), e é a maneira pela 
qual fazemos as boas obras (Efés 2:10; Tito 3:8). Vivendo no Espírito (Gal 5:16), 
aplicando-nos mais e mais para viver conforme a Palavra de Deus, é viver segundo o 
poder de Deus em Cristo, Quem nos apresentará diante de Deus irrepreensíveis (Judas 
24). 
 
A Sua Vida Terá o Castigo de Deus - Heb 12:5-11 
Castigo, para muitos, é uma palavra feia. No contexto bíblico, o castigo, em 
referência a uma ação de Deus para com os Seus, ou dos pais para com os seus filhos, 
é uma ação de amor. É amor tanto para com a pessoa corrigida quanto pelos princípios 
de justiça e santidade mantidos em alto respeito. O castigo aplicado por Deus, para 
com os Seus, jamais é uma ação de rancor, malícia, ódio ou outra manifestação que 
possa emanar de uma falta de amor. 
A condenação dos pecados precisa ser feita (Ezequiel 18:20, “A alma que pecar, 
essa morrerá”). Os que não têm os seus nomes escritos no livro da vida, os que nunca 
foram regenerados para serem filhos de Deus por Jesus Cristo, receberão a 
condenação pelos seus pecados no tempo do porvir no lago de fogo (II Tess 1:8-9; Apoc 
20:11-15). Os que já foram regenerados por Deus têm a condenação dos seus pecados 
já castigado em Cristo (Isa 53:4-6; Rom 5:6-8; II Cor 5:21). A condenação eterna dos 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 35 
seus pecados foi levada em Cristo (Rom 8:1). Mas, mesmo assim, estes têm 
conseqüências das suas desobediências corrigidas nesta vida (Heb 12:5,6). 
 
Este castigo (repreensão) dos filhos de Deus é para correção, e é marca de que é filho 
de Deus (Heb 12:7,8). Estes açoites vêm do Senhor (I Cor 11:32) e vêm para o bem 
(Rom 8:28, “para o bem”; Heb 12:10, “para nosso proveito, para sermos participantes da 
sua Santidade.”). Deus pode usar os outros para estender a Sua correção (Mat. 18:15-
17 - a igreja; Núm. 21:6 - situações; Juízes 3:3, 4 - pessoas que não conhecem a 
verdade) mas sempre vêm com a Sua direção. O castigo do Senhor é com o intuito de 
revelar o Seu amor (Prov 3:12; Apoc 3:19, “Eu repreendo e castigo a todos quantos 
amo”), e de limpar os Seus para Ele (Efés 5:26,27; Heb 12:9,11). O castigo vem para o 
nosso bem, mas é melhor viver em obediência para não precisar o castigo. 
 
TANTO MAIS SUJEIRA MAIS "CORREÇÃO" 
A solução é andar reto conforme a Palavra de Deus. Quando pecares, 
confessa-o (I João 1:9) e volta a observar os princípios deixados de obedecer (Sal 
119:9; Apoc 3:19, “sê pois zeloso, e arrepende-te”.). 
 
Sua Vida na Terra Pode Ser Encurtada - João 15:1-3 
Brincar com Deus nunca foi saudável. Deus deve ser obedecido com temor e 
reverência (Ecl 12:13). O homem que peca, seja filho de Deus ou não, conhecerá a 
mão pesada de Deus. O filho de Deus conhecerá o castigo para trazê-lo à correção 
(Heb 12:5,6). Quem não é filho de Deus não conhecerá a correção, mas conhecerá a 
punição eterna que leva à glória de Deus por Jesus Cristo (Fil. 2:10,11; Luc 16:27,28). 
Podemos procurar esconder as nossas ações de pecado pelas desculpas, boas 
intenções ou pela ignorância, mas Aquele que conhece os corações agirá com justiça e 
Ele não depende de nossas explicações. A correção de Deus para quem está em Cristo 
e insiste no pecado, pode resultar em morte ‘precoce’ (João 15:2, “Toda a vara em Mim, 
que não dá fruto, a tira”). A punição para quem não está em Cristo não é outra; “será 
lançado fora, como a vara, e secará; e a colhe e lança-a no fogo, e arde.” (João 15:6). 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 36 
Em vez de brincar com pecado, devemos arrepender-nos dele e correr à misericórdia de 
Deus, que foi revelada em Cristo. 
 
Há casos bíblicos de morte de crentes que insistem no pecado. Em Eféso, onde 
Timóteo estava pastoreando (I Tim 1:3), Hemeneu e Alexandre foram dois que não 
conservaram a fé e a boa consciência e fizeram naufrágio na fé. Eles foram entregues a 
Satanás “para que aprendam a não blasfemar” (I Tim 1:19,20; II Tim 2:16-19; II Tim 
4:14). A instrução do Apóstolo Paulo para os crentes em Corinto, que insistiram no 
pecado, era para serem entregues a Satanás, não para a destruição da alma, mas, sim, 
do corpo (I Cor 3:12-16; 5:1-5). Há o caso dos crentes que não procuraram o perdão 
para serem sérios na prática da sua confissão e foram afligidos com doenças e até 
alguns morreram (Atos 5:1-10; I Cor 11:28-31). 
 
Deus quer que Seu povo seja santo. Aquele que está oprimido pelo seu pecado e 
cansado dele, está instruído a tomar o jugo de Cristo e a aprender dEle (Mat. 11:28-30). 
 
“Quem é o homem que deseja a vida, que quer largos dias para ver o bem? 
Guarda a tua língua do mal, e os teus lábios de falarem o engano. 
Aparta-te do mal, e faze o bem; procura a paz, e segue-a.” 
Salmos 34:12-14 
 
 
13) Quais os três sentidos em que a morte dominou o homem? 
O sentido da palavra morte: 
1. pode estar em foco a privação da vida natural, física (1 Pe4.6; Rt 1.8) 
2. o vazio da vida espiritual, a pessoa que está sob o domínio do pecado. Á qual falta 
expressão espiritual, está morta, de acordo com a definição bíblica. (Ef 2.1; I Tm 5.6; Lu 
15.24) 
3. os ídolos estão mortos, embora sempre reverenciados, nunca tiveram vida. ( Jô 26.5; 
Is 8.19) 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 37 
4. o estado da mortalidade, comparativamente falando, é uma espécie de morte. (Rm 
8.10; Gn 20.3). platão chamou o corpo de prissão e sepúlcro da alma. 
5. um estado de opressão, côo é o caso da escravidão, é uma espécie de morte em vida 
(Is 26.19; Ez 37.1-14) 
6. incapacidade de procriar faz com que o organismo do individuo seja reputado como 
morto, como notório caso de Abraão (Rm 4.19; Hb11.12) 
7. os hipócritas, e despeito da sua ostentação, estão mortos (Ap 3.1) 
 
A morte domina todo o homem. Homem nenhum pode escapar da morte. Mas Deus o 
nosso Deus tem domínio sobre todas as forças deste universo. Gostaria de afirmar que 
seja qual for a realidade de suas lutas, suas dificuldades, seja qual for o grau da 
enfermidade e da morte em nossos corpos, por maior que seja o poder do último 
inimigo, podemos estar certos e confiantes nisto: nada pode impedir o cumprimento, o 
cumprimento do propósito de Deus em relação a nós. 
Não há força que possa frustrá-lo, não há poder ou influência que possa competir com 
Ele. Pense nos inimigos mais poderosos deste universo. O diabo a morte e o inferno já 
foram vencidos. Você se dá conta da extraordinária grandeza de Deus e do Seu poder 
em você? Você compreende a obra de Deus em você? Pense na esperança do 
chamamento de Deus. Na glória da herança de Deus e na grandeza do Seu poder. Nós 
temos a necessidade da iluminação dos olhos do nosso entendimento. 
 
I. A esperança do chamamento de Deus (v. 18). 
A primeira parte do verso 18 já mostra a intenção e desejo de Paulo para os crentes de 
Éfeso. Ele queria que eles soubessem qual é a esperança do seu chamamento . Isso 
nos faz lembrar o começo da nossa vida cristã. Paulo está falando da segurança da 
nossa salvação. Isso fala da nossa esperança. Temos aqui um ensinamento não comum 
nos nossos dias. Temos aqui duas chamadas ou duas vocações. Há uma chamada 
geral e outra particular ou eficaz. 
1. Existe uma chamada geral. 
O evangelho de Jesus Cristo lança um chamamento geral. O convite para o 
arrependimento é para todas as pessoas. Todas as pessoas devem se arrepender e 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 38 
crer em Cristo o Senhor. O evangelho deve ser pregado a todas as pessoas em todas 
as nações. Obviamente não é este chamado aqui no nosso texto. 
2. Existe uma chamada especial ou eficaz. 
O chamado geral de Deus nem sempre é eficaz. Por este chamado, Deus medianteo 
evangelho e pelo poder do Espírito Santo, chama algumas pessoas em particular, e 
nenhum homem é cristão, a menos que tenha sido chamado neste sentido especial... 
Aplicação: Os chamados são aqueles cristãos em quem a Palavra de Deus se tornou 
eficaz; em quem Palavra de Deus chegou com poder, e veio como um dinamite em suas 
vidas de tal maneira que eles não conseguiram resistir ao seu apelo. São aqueles em 
quem a palavra de Deus se manifestou salvadora e prontamente responderam a ela 
com todo o seu ser. Resumindo, Paulo mostra que aquele em quem esta palavra se 
tornou eficaz deve ter a segurança da salvação, a esperança do seu chamamento. E 
você? Você tem segurança de sua salvação? Segurança e certeza devem ser a 
possessão de todos os cristãos. 
Muitos hoje estão ensinando e pregando um Cristo que é capaz de salvar hoje, mas que 
não para sempre. Quero que saibam que o ensino chamado livre arbítrio faz cinco 
grandes contrastes com o ensino chamado soberania de Deus. No último ponto do livre 
arbítrio, eles ensinam e pregam que o crente nunca deve ter a certeza da salvação. Eles 
ensinam que você pode perder a sua salvação. Eles dizem que você pode ter sido 
selado com o Espírito Santo e, todavia, em conseqüência de alguma queda em pecado, 
você pode cair da graça. Quem sabe 5 minutos antes da morte você pode negar a 
Deus... 
II. A glória da herança de Deus (v. 18). 
Deus está chamando, neste presente século, um povo exclusivamente Seu. Vai chegar 
o dia em que o tempo dos gentios chegará ao seu fim e é por isso que devemos viver 
neste mundo com os nossos olhos voltados, fixos não tanto neste mundo, mas no 
vindouro. 
Ilustração: H. Hendricks afirmou: A nossa geração não conhece o que é esperança. A 
nossa geração está tão ligada aqui na terra que não presta atenção no céu. 
Isso é tão verdade porque se realmente vivemos em função do céu, a nossa vida aqui 
na terra vai tomar outros rumos. A Bíblia mostra a vida dos homens que viveram neste 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 39 
mundo e que tinham toda a sua perspectiva de vida sustentada pelo céu. Eles deram 
uma grande ênfase em ver o " invisível ". Basta ler o capítulo 11 de Hebreus para 
chamar a nossa atenção. A Bíblia diz que devemos pensar nas coisas do céu (Col. 3:2). 
A comparação é como agulha de uma bússola. Devemos colocar os nossos afetos fixos 
nas coisas que são de cima e não nas coisas daqui da terra. Devemos colocar os 
nossos olhos para a riqueza da glória de sua herança. 
O materialismo do nosso tempo tem procurado desviar os nossos olhos deste 
entendimento. Lemos neste texto: "iluminados os olhos do vosso coração, para 
saberdes, qual a riqueza da glória da sua herança os santos." Ele está nos mostrando 
que é para o céu que nós caminhamos. É para a cidade celestial que vocês e eu 
caminhamos. 
Notem 1 Pedro 1:3-5. Notem a descrição deste lugar. Incorruptível. Não há nada 
pecaminoso ali. Não, nada ali tem algo que seja indigno, nada. Não haverá tristeza ali, 
nem lágrimas, nem pecado, nem separação, nem coisa alguma que nos faça infelizes. 
Precisamos que os nossos olhos sejam iluminados para podermos enxergar as riquezas 
da glória de sua herança.( I Co. 2:9) 
Aplicação: Nós temos a necessidade de rogar a Deus o mesmo que Paulo rogou para 
os efésios. Oremos a Deus para que o Seu Espírito ilumine os olhos do nosso coração 
para que não nos esqueçamos da esperança da nossa chamada, da herança eterna 
que nos aguarda. Oremos para que estas coisas se tornem reais em nossas vidas. 
Pensemos nas coisas que Ele mesmo preparou para aqueles que O amam. 
III. A suprema grandeza do poder de Deus (v. 19). 
O texto fala do poder de Deus manifesto em nossas vidas. A nossa salvação é a 
demonstração do grande poder de Deus. Hoje em dia há um ensino que encontra cada 
vez mais adeptos, que é o que diz que a salvação é o resultado de algo que você tenha 
feito, mais o poder que nos é dado por Deus. O fato principal, como se ensina, é que 
você precisa dar o primeiro passo. Ou seja, Eu, mais o poder de Deus. 
Quando pensamos em quem o homem realmente é, nós só temos uma conclusão final: 
que a salvação é o resultado da manifestação do poder de Deus em ação. É Deus quem 
nos dá a força e o poder. Nós necessitamos deste poder constantemente. 
 
Bacharelado em Teologia - Fatecba 
Carlos Henrique da Conceição Seabra 40 
14) Fale sobre as conseqüências do pecado em relação à convivência entre os 
homens: 
Pecado é ato;rebelião contra a lei e pecaminoso contra Deus, tendo 2 
resultados:resultados dos atos e castigos futuros: 
A)Fraqueza Espiritual: 
• Desfigura imagem divina - Traz vergonha perante Deus. (Is.59:2; Tg.3:9); Será 
repreendido pelo mundo (Pv.3:35;1 Co.15:34). 
• Pecado inerente/original- Traz engano (Is.64:7;Sl.66:18). – Inclinado para 
pecar(Sl.51:5), difere de pecado atual (efeito da queda), sendo maldito, estranho, 
enganoso, inimigo, escravo, morto e filho da ira. Deus vai lhe levar em abismos 
profundos (Sl.107:26-28). 
• Discórdia interna,- Perdemos a comunhão com Deus. Desarmonia;divisão interna e 
fragilidade(conflitos); transforma a pessoa em perigosa de se estar perto pois a qualquer 
instante pode 
descer sobre ela a ira divina.(Mt.8:28; Mt.9:36;1 Sm.31:4;Sl.78:31;Rm.1:18; Jo.3:36). 
B) Pecado no Corpo (Manifestação): 
• BOCA IMPURA - Querer amoldar a Palavra à sua própria vontade (Sl.50:16; Is.53:9; 
Tg.3:6; Is.58:9; Sl.50:19-23). 
• OUVIDOS IMPUROS - Querer ouvir apenas o que lhe agrada (Is.50:4-5; 2 ; Tm.4:3; 1 
Rs.22:13; 2 Cr.28:12; 
• OLHOS IMPUROS - Julgar mentalmente as pessoas pelo que se vê (Is.11:3;Sl.50:20-
21;Ap.3:18); 
• NARIZ IMPURO - Símbolo de pessoas impinadas e orgulhosas (Is.65:5; 
Is.3:16-25; Ez.8:17); 
• CABEÇA IMPURA - Menear a cabeça, reprovando as coisas de Deus (Jó.16:4; 
Is.1:5); 
• CORAÇÃO IMPURO - Pessoa maliciosa que guarda mágoas (Sl.78:18; Sl.95:8; 
Mt.19:8; Rm.1:24;Ez.14:3). Dureza de coração tem haver com desprezar ouvir e rejeitar 
a Palavra de Deus (Pv.29:1), de 3 maneiras: * Negligenciar na oração e leitura; 
Fofocar no meio da igreja e acalentar pecados secretos (Mt.24:19). Envolve dois 
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Carlos Henrique da Conceição Seabra 41 
tipos de pessoas: Os que gostam de ouvir a Palavra de Deus e apreciam o culto, mas 
não praticam (Ez.33:31-32) e os que apenas querem sair do aperto, pedindo oração. 
• PESCOÇO IMPURO - Pessoa que carrega e confia em fardos pesados de pecado 
(Is.10:27;Ez.21:29); 
• BRAÇOS IMPUROS - Ficar de braços cruzados sem nada fazer para Jesus 
(Pv.6:10;Mc.10:16;Lc.2:28). 
• MÃOS IMPURAS - Agir com roubo, violência e impureza (Jó.16:17; Sl.7:3; 
Sl.26:10; Sl.28:4; Sl.106:42); 
• ESTÔMAGOS IMPUROS - Cheios de iniquidade;desejam prostituir-se no 
mundo (Ez.7:19; Lc.15:16;1 Co.6:13). 
• RINS IMPUROS - Quando não se expeli de si, o que não presta., guarda o mal, como 
vingança (Jr.20:12) 
• VENTRES IMPUROS - Quando apenas se pensa na glória terrestre, como o deus da 
prosperidade (GL.1:15) 
• PERNAS IMPURAS - Quando não se encurva diante de Deus nem se ajoelha diante 
dele (Pv.26:7;Ez.21:7) 
• PÉS IMPUROS - Quando se vacila,pisando nos outros, de modo impuro (Jó.12:5; 
Jó.18:8; Pv.6:18; Ez.34:18-19). 
• CORPO IMPURO - Desonrar, prostituir-se em sensualidade escarnecedora e impia 
(Rm.1:24-27;1 Co.6:15;Jd.1:19) 
 
C) Castigo Positivo: 
• Separado da fonte da vida, pela MORTE: MORTE: 3 Fases: 
1) morte espiritual na vida (Ef.2:1); 
2) morte física (Hb.9:27) 
3) 2a.morte (Ap.21:8). 
D) OUTRAS CONSEQÜÊNCIAS: 
• Efeito do pecado nos animais;(doenças e morte (Gn.6:11; Gn.6:19-20; Gn.3:14; Lv.4:3; 
Lv.4:27- 28; Ec.3:18); 
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Carlos Henrique da Conceição Seabra 42 
• Efeitos na terra e meio ambiente (Fome, furacão, falta dágua e 
enchentes,tsunamis;Poluição – (Jr.5:28-29; Gl.6:7; Sl.18:7; Gn. 3:17; Rm.1:26-32; 
Sf.1:3);

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