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Lucas Gustavo Novaes Gonçalves ABRANGÊNCIA DAS AÇÕES DE SAÚDE - AAS Lucas Gustavo Novaes Gonçalves AAS – Problema 4 (abertura) Elucidar como ocorre o rastreamento, notificação e vigilância dos óbitos infantis e materno. Explicar assistência em saúde da população indígena abordando aspectos historicos. Descrever os mecanismos preventivos para diminuição da mortalidade infantil e materna. Explanar sobre os tipos de mortalidade materna no Brasil comparando com grupos sociais do problema. Comparar os índices de mortalidade infantil no Brasil, Nordeste e Bahia. Elucidar como ocorre o rastreamento, notificação e vigilância dos óbitos infantis e materno. Notificação do óbito infantil e fetal: A Declaração de Óbito – DO, documento padrão do Sistema de Informações sobre Mortalidade, que tem como finalidade cumprir as exigências legais de registro de óbitos, atender princípios de cidadania e servir como fonte de dados para as estatísticas de saúde. É o instrumento que notifica o óbito e desencadeia o processo de investigação. Considerando-se as diferentes realidades do País ainda é um desafio erradicar a subnotificação dos óbitos infantis em algumas áreas, sendo necessário levar em conta as diversas possibilidades de captação dos óbitos, para ampliar a cobertura do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). As DO são registradas no município em que ocorreu o óbito para emissão da Certidão de Óbito, o que permite identificar os casos por município de ocorrência e de residência. Por este motivo, a Secretaria Municipal de Saúde deve definir o fluxo da DO, enviando cópia ao setor de Vigilância Epidemiológica e ao Comitê de Prevenção da Mortalidade Infantil e Fetal, para investigação, análise e conclusão do caso. Os dados da DO são digitados no Sistema de Informação sobre Mortalidade – SIM – pelas Secretarias Municipais de Saúde ou pela Secretaria de Estado de Saúde que encaminha os dados consolidados para a Secretaria de Vigilância em Saúde – SVS. É importante a integração entre os diversos sistemas de informação em saúde, de modo que a captação do óbito por um deles seja reconhecida e incorporada aos demais sistemas de informações disponíveis. Como exemplo, a identificação de um óbito pelo Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB), pelo Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) ou Estratégia Saúde da Família (ESF) ou pelo Sistema de Informação Hospitalar (SIH) permite a recuperação desta informação para alimentação do SIM. Recomenda-se priorizar os óbitos fetais ou de crianças que, por terem peso ao nascer adequado (maior ou igual que 2.500 gramas) e/ou compatível com a vida (maior ou igual que 1.500 gramas), alertam para a possibilidade de um óbito potencialmente evitável, ou seja, são considerados eventos sentinelas. Os municípios com maior capacidade de operacionalização podem estender esses critérios, assumindo, por exemplo, a investigação de óbitos de crianças menores de 5 anos, como já acontece em alguns municípios do País. Se o peso de Lucas Gustavo Novaes Gonçalves nascimento da criança não está disponível na DO, pode ser necessário o levantamento de dados da Declaração de Nascidos Vivos – DNV (para crianças nascidas vivas) ou do prontuário hospitalar, para seleção do caso para investigação segundo o critério de inclusão. Vigilância epidemiológica do óbito infantil e fetal: Salienta-se que os responsáveis pela vigilância de óbitos, identificados pelo gestor, tem um conceito amplo e flexível, adequado ao contexto local. A equipe do município deve envolver os profissionais da assistência com a participação de profissionais da Equipe de Saúde da Família e da Atenção Básica, principalmente na realização da entrevista domiciliar e levantamento dos dados de prontuários ambulatoriais referentes à assistência em saúde sexual e reprodutiva, de planejamento familiar, pré- natal, puerpério e atenção em saúde da criança e adolescente. Recomenda-se igualmente a participação de profissionais de saúde como os técnicos do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE), do Comitê de Óbitos Hospitalar e/ou da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), dentre outros, na investigação hospitalar. Ressalta-se a importância da participação integrada dos setores de vigilância epidemiológica e dos setores responsáveis pela assistência à saúde (atenção básica, secundária e terciária), bem como dos Comitês e NHE, uma vez que os objetivos principais do trabalho não se restringem à melhoria das estatísticas vitais, mas também à qualidade e organização do cuidado à saúde. A vigilância do óbito compreende as seguintes etapas: • Identificação do óbito. • Aplicação dos critérios de inclusão / exclusão. • Entrevista domiciliar. • Levantamento de dados dos serviços de saúde. –– prontuários de unidades básicas de saúde (UBS), dos serviços de urgência, de ambulatório de especialidades. –– prontuários hospitalares. –– laudos de necropsia/anatomopatológico. • Resumo, discussão e conclusão sobre o caso. • Análise de evitabilidade. • Identificação dos problemas relacionados aos óbitos. • Identificação das medidas de prevenção/intervenção necessárias. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DO ÓBITO MATERNO: A notificação também é feita assim como a do infantil, que é a partir da declaração de óbito. A vigilância epidemiológica da morte materna deve ser realizada por profissionais de saúde, designados pelas autoridades de vigilância em saúde das esferas federal, estadual, municipal e do Distrito Federal. Assim, as secretarias municipais de saúde devem instituir um grupo técnico responsável pela investigação. Salienta-se que a equipe de vigilância de óbitos, a ser designada pelo gestor, tem um conceito amplo e flexível, adequada ao contexto local. A equipe de vigilância epidemiológica do município pode ser complementada por outros profissionais de saúde como os técnicos do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE) ou da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), da Equipe Saúde da Família, dentre outros. O envolvimento da equipe da atenção básica responsável pela área de abrangência do local de residência da família é da maior Lucas Gustavo Novaes Gonçalves relevância na investigação domiciliar e ambulatorial dos óbitos de forma a garantir o acesso aos registros dos serviços de saúde e a realização das entrevistas domiciliares em tempo oportuno. A equipe de vigilância de óbitos de referência do município, qualquer que seja sua composição, deve estar articulada com os Comitês Hospitalares, Municipal, Regional ou Estadual. Ressalta-se a importância da participação integrada dos setores de vigilância epidemiológica e dos setores responsáveis pela assistência à saúde (atenção básica, secundária e terciária), bem como dos Comitês e NHE, uma vez que os objetivos principais do trabalho não se restringem à melhoria das estatísticas vitais, mas também à qualidade e organização do cuidado à saúde. 2 - Discorrer sobre os indicadores de saúde (mortalidade infantil e materna). Obs: materna está no 6. Indicadores de mortalidade infantil e fetal: - Taxa de Mortalidade Infantil: • Conceituação: Número de óbitos de menores de um ano de idade, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. • Interpretação –– Estima o risco de morte dos nascidos vivos durante o seu primeiro ano de vida. –– Reflete de maneira geral, as condições de desenvolvimento socioeconômico e infraestrutura ambiental, bem como o acesso e a qualidade dos recursosdisponíveis para atenção à saúde materna e da população infantil. • Usos –– Contribuir na avaliação dos níveis de saúde e de desenvolvimento socioeconômico da população, prestando- se para comparações nacionais e internacionais. –– Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações de saúde voltadas para a atenção pré-natal e ao parto, bem como para a proteção da saúde infantil. • Limitações –– Pode haver necessidade de informações adicionais sobre a composição do indicador, que podem sinalizar a adoção de intervenções diferenciadas sobre a qualidade da atenção à saúde (mortalidade neonatal) ou sobre o ambiente (mortalidade pós- neonatal). –– Requer correção da subenumeração de óbitos e de nascidos vivos (esta em menor escala), para o cálculo direto da taxa a partir de dados de sistemas de registro contínuo, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. Essas circunstâncias impõem o uso de estimativas indiretas baseadas em procedimentos demográficos específicos, que podem oferecer boa aproximação da probabilidade de morte no primeiro ano de vida. –– Envolve, no caso das estimativas, dificuldades metodológicas e imprecisões inerentes às técnicas utilizadas, cujos pressupostos podem não se cumprir por mudanças da dinâmica demográfica. A imprecisão é maior no caso de pequenas populações. • Método de cálculo –– Direto: –– Indireto: estimativa por técnicas demográficas especiais. Os dados provenientes deste método têm sido adotados para os estados que apresentam cobertura do SINASC inferior a 90% ou que não atingem o valor de 80% de um Lucas Gustavo Novaes Gonçalves índice composto, especialmente criado, que combina a cobertura de óbitos infantis com a regularidade do SIM. - Taxa de Mortalidade Neonatal Precoce: • Conceituação: Número de óbitos de crianças de 0 a 6 dias de vida completos, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. • Interpretação –– Estima o risco de um nascido vivo morrer durante a primeira semana de vida. –– Reflete de maneira geral, as condições socioeconômicas e de saúde da mãe, bem como a inadequada assistência pré-natal, ao parto e ao recém-nascido. • Usos –– Analisar variações populacionais, geográficas e temporais da mortalidade neonatal precoce, identificando tendências e situações de desigualdade que demandem ações e estudos específicos. –– Contribuir na avaliação dos níveis de saúde e de desenvolvimento socioeconômico da população, prestando- se para comparações nacionais e internacionais. –– Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações de saúde direcionadas para a atenção pré- natal, ao parto e ao recém-nascido. • Limitações –– Requer correção da subenumeração de óbitos e de nascidos vivos (esta em menor escala), para o cálculo direto da taxa a partir de dados de sistemas de registro contínuo, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. Essas circunstâncias impõem o uso de cálculos indiretos, baseados na mortalidade proporcional por idade, em relação à taxa de mortalidade infantil estimada por métodos demográficos específicos. –– A mortalidade neonatal precoce ainda pode estar subestimada pela exclusão de óbitos declarados como natimortos, mas ocorridos, na verdade, pouco após o parto. Esse viés é também uma das causas de subenumeração de nascidos vivos. –– Com relação às estimativas da mortalidade infantil, envolve dificuldades metodológicas e imprecisões inerentes às técnicas utilizadas, cujos pressupostos podem não se cumprir, por mudanças na dinâmica demográfica. A imprecisão é maior no caso de pequenas populações. • Método de cálculo –– Direto: –– Indireto: Aplica-se, sobre a taxa de mortalidade infantil estimada pelo IBGE, a proporção de óbitos de crianças de 0 a 6 dias de vida completos informados no SIM (percentual em relação ao total de óbitos de menores de um ano, excluídos os de idade ignorada). Este método é aplicado para os estados que apresentam cobertura do SINASC inferior a 90% ou que não atingem o valor de 80% de um índice composto, especialmente criado, que combina a cobertura de óbitos infantis com a regularidade do SIM. - Taxa de Mortalidade Neonatal Tardia: • Conceituação: Número de óbitos de crianças de 7 a 27 dias de vida completos, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.. • Usos –– Contribuir na avaliação dos níveis de saúde e de desenvolvimento socioeconômico da população, prestando- se para comparações nacionais e internacionais. –– Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações de saúde direcionadas para a atenção pré- natal, ao parto e ao recém-nascido. • Limitações Lucas Gustavo Novaes Gonçalves –– Com relação às estimativas da mortalidade infantil, envolve dificuldades metodológicas e imprecisões inerentes às técnicas utilizadas, cujos pressupostos podem não se cumprir, por mudanças na dinâmica demográfica. A imprecisão é maior no caso de pequenas populações. • Método de cálculo –– Direto: –– Indireto: Aplica-se, sobre a taxa de mortalidade infantil estimada pelo IBGE, a proporção de óbitos de crianças de 7 a 27 dias de vida completos informados no SIM. Este método é aplicado para os estados que apresentam cobertura do SINASC inferior a 90% ou que não atingem o valor de 80% de um índice composto, especialmente criado, que combina a cobertura de óbitos infantis com a regularidade do SIM. - Taxa de Mortalidade Pós-Neonatal: • Conceituação: Número de óbitos de crianças de 28 a 364 dias de vida completos, por mil nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. –– De maneira geral, denota o desenvolvimento socioeconômico e a infraestrutura ambiental, que condicionam a desnutrição infantil e as infecções a ela associadas. O acesso e a qualidade dos recursos disponíveis para atenção à saúde materno-infantil são também determinantes da mortalidade nesse grupo etário. –– Quando a taxa de mortalidade infantil é alta, a mortalidade pós-neonatal é, frequentemente, o componente mais elevado. • Usos –– Analisar variações populacionais, geográficas e temporais da mortalidade pós-neonatal, identificando tendências e situações de desigualdade que demandem ações e estudos específicos. –– Contribuir na avaliação dos níveis de saúde e de desenvolvimento socioeconômico da população, prestando- se para comparações nacionais e internacionais. –– Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas públicas – sobretudo na área ambiental – e de ações de saúde voltadas para a atenção pré-natal e ao parto, bem como para a proteção da saúde infantil. • Limitações –– Requer correção da subenumeração de óbitos e de nascidos vivos (esta em menor escala), para o cálculo direto da taxa a partir de dados de sistemas de registro contínuo, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. Essas circunstâncias impõem o uso de cálculos indiretos, baseados na mortalidade proporcional por idade, em relação à taxa de mortalidade infantil estimada por métodos demográficos específicos. –– Com relação às estimativas da mortalidade infantil, envolve dificuldades metodológicas e imprecisões inerentes às técnicas utilizadas, cujos pressupostos podem não se cumprir, por mudanças na dinâmica demográfica. A imprecisão é maior no caso de pequenas populações. • Método de cálculo –– Direto: –– Indireto: Aplica-se, sobre a taxa de mortalidade infantil estimada pelo IBGE, a proporção de óbitos de crianças de 28 a 364 dias de vida completos informados no SIM (em relação ao total de óbitos de menores de um ano, excluídos os de idade ignorada). Este método é aplicado para os estados que apresentamcobertura do SINASC inferior a 90% ou que não atingem o valor de 80% de um índice composto, especialmente criado, que combina a cobertura de óbitos infantis com a regularidade do SIM. Lucas Gustavo Novaes Gonçalves - Taxa de Mortalidade Perinatal: • Conceituação –– Número de óbitos ocorridos no período perinatal por mil nascimentos totais, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. –– O período perinatal começa em 22 semanas completas (ou 154 dias) de gestação e termina aos sete dias completos após o nascimento, ou seja, de 0 a 6 dias de vida (período neonatal precoce). Os nascimentos totais incluem os nascidos vivos e os óbitos fetais. Para efeito de comparação internacional a OMS / CID-10 utiliza a taxa de mortalidade fetal tardia, que considera os fetos acima de 28 semanas de gestação. • Interpretação –– Estima o risco de um feto nascer sem qualquer sinal de vida ou, nascendo vivo, morrer na primeira semana. –– De maneira geral, reflete a ocorrência de fatores vinculados à gestação e ao parto, entre eles o peso ao nascer, bem como as condições de acesso a serviços de saúde e a qualidade da assistência pré- natal, ao parto e ao recém-nascido. • Usos –– Analisar variações populacionais, geográficas e temporais da mortalidade perinatal, identificando situações de desigualdade e tendências que demandem ações e estudos específicos. –– Subsidiar a avaliação da qualidade da assistência prestada à gestação, ao parto e ao recém-nascido. Tem grande aplicação nas áreas de ginecologia e obstetrícia, por agrupar os óbitos ocorridos antes, durante e logo depois do parto. –– Contribuir na avaliação dos níveis de saúde e de desenvolvimento socioeconômico da população, prestando- se para comparações nacionais e internacionais. –– Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações de saúde voltadas para a atenção pré-natal e ao parto, bem como para a proteção da saúde infantil. • Limitações –– Exige aplicação precisa da definição de período perinatal, que é prejudicada pela frequente omissão do tempo de gestação na Declaração de Óbito. Imprecisões são também devidas ao uso do conceito anterior à CID-10, que considerava 28 semanas de gestação como limite inferior do período perinatal. –– Requer correção da subenumeração de óbitos fetais e neonatais precoces, especialmente nas regiões Norte e Nordeste. A subenumeração dos óbitos fetais tende a ser maior e é difícil de ser estimada. Requer correção, embora em menor escala da subenumeração de nascidos vivos informados em sistemas de registro contínuo. Impõe-se, nesses casos, o uso de estimativas indiretas que podem oferecer boa aproximação da probabilidade de morte no primeiro ano de vida, mas que envolvem dificuldades metodológicas e imprecisões inerentes às técnicas utilizadas, sobretudo em pequenas populações. • Método de cálculo - Taxa de Mortalidade Fetal: • Conceituação –– Número de óbitos fetais (ocorridos a partir da 22ª semana completa de gestação, ou 154 dias ou fetos com peso igual ou superior a 500g ou estatura a partir de 25cm) por mil nascimentos totais, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Para efeito de comparação internacional a OMS / CID-10 utiliza a taxa de mortalidade fetal tardia, que considera os fetos acima de 28 semanas de gestação. –– Os nascimentos totais incluem os nascidos vivos e os óbitos fetais. • Interpretação –– Estima o risco de um feto nascer sem qualquer sinal de vida. Lucas Gustavo Novaes Gonçalves –– De maneira geral, reflete a ocorrência de fatores vinculados à gestação e ao parto, entre eles o peso ao nascer, bem como as condições de acesso a serviços de saúde e a qualidade da assistência pré- natal e ao parto. • Usos –– Analisar variações populacionais, geográficas e temporais da mortalidade fetal, identificando situações de desigualdade e tendências que demandem ações e estudos específicos. –– Subsidiar a avaliação da qualidade da assistência prestada à gestação e ao parto. Tem grande aplicação nas áreas de ginecologia e obstetrícia, por agrupar os óbitos ocorridos antes e durante o parto. –– Contribuir na avaliação dos níveis de saúde e de desenvolvimento socioeconômico da população, prestando- se para comparações nacionais e internacionais. –– Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações de saúde voltadas para a atenção pré-natal e ao parto, bem como para a proteção da saúde infantil. • Limitações –– Exige aplicação precisa da definição de óbito fetal, que é prejudicada pela frequente omissão do tempo de gestação na Declaração de Óbito. Imprecisões são também devidas ao uso do conceito anterior a CID-10, que considerava 28 semanas de gestação como limite inferior do óbito fetal. • Método de cálculo 3- Explicar assistência em saúde da população quilombola e negros, abordando aspectos históricos e comparativos. As reivindicações da população negra e de movimentos sociais - especialmente o Movimento de Mulheres Negras e do Movimento Negro - por mais e melhor acesso ao sistema de saúde participaram da esfera pública ao longo dos vários períodos da história das mobilizações negras, principalmente no período pós- abolição, e se intensificaram na segunda metade do século XX, com forte expressão nos movimentos populares de saúde, chegando a participar dos processos que geraram a Reforma Sanitária e a criação do Sistema Único de Saúde. No entanto, é possível verificar que essa presença, apesar de ter contribuído para a concepção de um sistema universal de saúde com integralidade, equidade e participação social, não foi suficiente para inserir, no novo Sistema, mecanismos explícitos de superação das barreiras enfrentadas pela população negra no acesso à saúde, particularmente aquelas interpostas pelo racismo. A inserção da temática nas proposições das Conferências Nacionais de Saúde (especialmente a partir da 11º Conferência realizada em 2000 e as subsequentes); e a criação de uma vaga para o Movimento Negro no Conselho Nacional de Saúde (CNS), em 2005. A participação da representação negra no CNS permitiu as articulações e ações necessárias para instituição da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), aprovada pelo CNS em novembro de 2006. A PNSIPN reitera a relação entre racismo e vulnerabilidade em saúde, tendo como objetivos: I – garantir e ampliar o acesso da população negra residente em áreas urbanas, em particular nas regiões periféricas dos grandes centros, às ações e aos serviços de saúde. II – garantir e ampliar o acesso da população negra do campo e da floresta, em particular Lucas Gustavo Novaes Gonçalves as populações quilombolas, às ações e aos serviços de saúde. III – incluir o tema Combate às Discriminações de Gênero e Orientação Sexual, com destaque para as interseções com a saúde da população negra, nos processos de formação e educação permanente dos trabalhadores da saúde e no exercício do controle social. IV – identificar, combater e prevenir situações de abuso, exploração e violência, incluindo assédio moral, no ambiente de trabalho. V – aprimorar a qualidade dos sistemas de informação em saúde, por meio da inclusão do quesito cor em todos os instrumentos de coleta de dados adotados pelos serviços públicos, os conveniados ou contratados com o SUS. VI – melhorar a qualidade dos sistemas de informação do SUS no que tange à coleta, processamento e análise dos dados de segregados por raça, cor e etnia. VII – identificar as necessidades de saúde da população negra do campo e da floresta e das áreas urbanas e utilizá-las como critério de planejamento e definição de prioridades. VIII – definir e pactuar, junto às três esferas dego verno, indicadores e metas para a promoção da equidade étnico-racial na saúde. IX – monitorar e avaliar os indicadores e as me tas pactuados para a promoção da saúde da população negra visando reduzir as iniquidades macrorregionais, regionais, estaduais e municipais. X – incluir as demandas específicas da população negra nos processos de regulação do sistema de saúde suplementar. XI – monitorar e avaliar as mudanças na cultura institucional, visando à garantia dos princípios antirracistas e não- discriminatório; XII – fomentar a realização de estudos e pesquisas sobre racismo e saúde da população negra. Destaque-se que a PNSIPN, através de seu objetivo específico III, busca inserir a interseccionalidade de gênero e raça como aspecto importante da saúde da população negra, permitindo apontar para um campo de ação específico na área de saúde da mulher, entre outros. Lucas Gustavo Novaes Gonçalves Explicar assistência em saúde da população indígena abordando aspectos historicos. História: Em 1967, com a criação da FUNAI, os serviços de saúde passaram a ser oferecidos à população indígena através de uma divisão de saúde existente dentro deste órgão. O modelo de atenção foi organizado através de Equipes Volantes de Saúde (EVS), que deveriam prestar serviços de atenção primária na região sob sua responsabilidade. Cada equipe era composta por médico, enfermeiro, odontólogo e técnico de laboratório. Esse modelo, além de ter um alto custo, foi pouco eficiente devido à escassez crônica de medicamentos e equipamentos básicos e à alta rotatividade profissional. Devido à crise institucional da FUNAI, nas décadas de 1980 e 1990 a atenção à saúde dos povos indígenas passa por um período de muita instabilidade, quando até os serviços mais básicos, como a vacinação da população, sofrem descontinuidade. Os autores apontam que até o final da década de 1990 não havia no país uma política de saúde indígena. As ações oferecidas pelo governo consistiam em iniciativas isoladas, sem integração aos serviços e programas nacionais coordenados pelo Ministério da Saúde. Simultaneamente à 8ª CNS, ocorreu a 1ª Conferência Nacional de Proteção à Saúde do Índio, que indicou a necessidade da criação de uma política pública específica para atender os povos indígenas, a ser coordenada pelo Ministério da Saúde por meio de um subsistema de serviços vinculado ao SUS. Em 1992, na 9ª CNS foi reafirmada essa proposta e aprovado um modelo diferenciado de atenção à saúde indígena, articulado ao SUS e organizado na forma de Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). A proposta dispõe sobre as condições de assistência à saúde dos povos indígenas, e pela Lei nº 9.836/99, de 23 de setembro de 1999 – conhecida como Lei Arouca –, que estabelece o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena no âmbito do SUS. Como os direitos indígenas têm sede constitucional e são de competência federal, cabe ao Ministério da Saúde a responsabilidade pela gestão e direção da Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (PNASI), que passa a integrar a Política Nacional de Saúde, compatibilizando a Constituição Federal e as determinações das Leis Orgânicas da Saúde, que reconhecem aos povos indígenas suas especificidades étnicas e culturais e seus direitos territoriais. Desse modo, cabe à FUNASA a responsabilidade por compreender os DSEI em sua estrutura orçamentária e administrativa e, por consequência, é a autarquia do Ministério da Saúde que responde pela execução da atenção primária nas aldeias indígenas. PNASI: Esta dispõe sobre as condições de assistência à saúde dos povos indígenas, e trata da organização da Presidência da República e dos Ministérios, onde está incluída a transferência de recursos humanos e outros bens destinados às atividades de assistência à saúde da FUNAI para a FUNASA. O acesso à atenção integral à saúde, de acordo com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde, contemplando a diversidade social, cultural, geográfica, histórica e política de modo a favorecer a superação dos fatores que tornam essa população mais vulnerável aos agravos à saúde de maior magnitude e transcendência entre os brasileiros, reconhecendo a eficácia de Lucas Gustavo Novaes Gonçalves sua medicina e o direito desses povos à sua cultura. DIRETRIZES: Para o alcance desse propósito são estabelecidas as seguintes diretrizes, que devem orientar a definição de instrumentos de planejamento, implementação, avaliação e controle das ações de atenção à saúde dos povos indígenas: • organização dos serviços de atenção à saúde dos povos indígenas na forma de Distritos Sanitários Especiais e Pólos- Base, no nível local, onde a atenção primária e os serviços de referência se situam; • preparação de recursos humanos para atuação em contexto intercultural; • monitoramento das ações de saúde dirigidas aos povos indígenas; • articulação dos sistemas tradicionais indígenas de saúde; • promoção do uso adequado e racional de medicamentos; • promoção de ações específicas em situações especiais; • promoção da ética na pesquisa e nas ações de atenção à saúde envolvendo comunidades indígenas; • promoção de ambientes saudáveis e proteção da saúde indígena; • controle social; DISTRITO SANITÁRIO ESPECIAL INDÍGENA (DSEI): O Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) é a unidade gestora descentralizada do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena. Trata-se de um modelo de organização de serviços – orientado para um espaço etno-cultural dinâmico, geográfico, populacional e administrativo bem delimitado –, que contempla um conjunto de atividades técnicas, visando medidas racionalizadas e qualificadas de atenção à saúde, promovendo a reordenação da rede de saúde e das práticas sanitárias e desenvolvendo atividades administrativo- gerenciais necessárias à prestação da assistência, com o Controle Social. Lucas Gustavo Novaes Gonçalves Descrever os mecanismos preventivos para diminuição da mortalidade infantil e materna. Comitês de prevenção do óbito infantil e fetal: Os Comitês de Prevenção do Óbito Infantil e Fetal são organismos interinstitucionais, de caráter eminentemente educativo e formativo, com atuação sigilosa. Em meados da década de 90, o Ministério da Saúde instituiu o Projeto de Redução da Mortalidade Infantil (PRMI) com ações e metas definidas para cada estado, que contemplava o incentivo e apoio à estruturação de comitês e à investigação de óbitos, principalmente na Região Nordeste, considerando as iniquidades regionais do País. Em 2004 o Ministério da Saúde elaborou o Manual dos Comitês de Prevenção do Óbito Infantil e Fetal, que sistematizou as experiências de vigilância ao óbito infantil e fetal e dos comitês, com o objetivo de ampliar a mobilização e o comprometimento dos gestores e profissionais de saúde do País para a organização de um sistema de acompanhamento dos óbitos com maior potencial de prevenção. Essa proposta vai ao encontro das recomendações dos gestores do SUS, representados em suas três esferas, que assumiram o Pacto pela Saúde, durante a reunião da Comissão Intergestora Tripartite – CIT (2006). O Pacto pela Saúde está fundamentado em três eixos: Pacto pela Vida, Pacto em Defesa do SUS e Pacto de Gestão. A terceira meta do Pacto pela Vida estabelece que os estados, e municípios devem pactuar reduções mínimas das mortalidade materna, a neonatal e a infantil. Algumas classificações de evitabilidade têm sido utilizadas para análise dos óbitos infantis e fetais de acordo com a possibilidade de sua prevenção, com enfoque nas mortes causadas porproblemas potencialmente tratáveis. Classificação de evitabilidade da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – SEADE: • Grupo 1 – Redutíveis por imunoprevenção • Grupo 2 – Redutíveis por adequado controle na gravidez • Grupo 3 – Redutíveis por adequada atenção ao parto • Grupo 4 – Redutíveis por ações de prevenção, diagnóstico e tratamento precoces • Grupo 5 – Redutíveis através de parcerias com outros setores • Grupo 6 – Não evitáveis • Grupo 7 – Mal definidas • Grupo 8 – Não classificadas / outras Lista de mortes evitáveis por intervenções do SUS: Em 2007 foi proposta uma Lista de Causas de Mortes Evitáveis por Intervenções no Âmbito do Sistema Único de Saúde do Brasil. Causas evitáveis -Reduzíveis por ações de imunoprevenção. - Reduzíveis por adequada atenção à mulher na gestação e parto e ao recém nascido. - Reduzíveis por adequada atenção à mulher na gestação. - Reduzíveis por adequada atenção à mulher no parto. - Reduzíveis por adequada atenção ao recém-nascido. - Reduzíveis por ações adequadas de diagnóstico e tratamento. - Reduzíveis por ações adequadas de promoção à saúde, vinculadas a ações adequadas de atenção à saúde. Lucas Gustavo Novaes Gonçalves - Causas mal-definidas. - Demais causas (não claramente evitáveis). COMITÊS DE MORTALIDADE MATERNA: Os Comitês de Morte Materna são organismos interinstitucionais, de caráter eminentemente educativo, com atuação sigilosa, não coercitiva ou punitiva. Congregam instituições governamentais e da sociedade civil organizada, contando com participação multiprofissional, visam analisar todos os óbitos maternos e apontar medidas de intervenção para a sua redução na região de abrangência. Constituem-se como importantes instrumentos de gestão que permitem avaliar a qualidade da assistência à saúde prestada à mulher, para subsidiar as políticas públicas e as ações de intervenção. Embora municípios e instituições de saúde tenham autonomia para organizar Comitês de Morte Materna, é mais frequente que eles se estabeleçam a partir da formação do Comitê Estadual de Morte Materna (CEMM). É imprescindível a organização de comitês hospitalares que representem um espaço para discussão entre os profissionais de saúde e gestores do hospital e que viabilize, por meio da reflexão e da análise crítica dos óbitos ocorridos no estabelecimento de saúde, a identificação das responsabilidades e de medidas para evitar novos óbitos. Esses comitês podem contribuir, sobremaneira, para o levantamento de dados nas instituições hospitalares. Vale ressaltar que esta organização é requisito para funcionamento de maternidades que fazem parte do Programa de Gestação de Alto Risco e de Humanização do Pré-natal e Nascimento do Ministério da Saúde e da Iniciativa Hospital Amigo da Criança. É de suma importância que as Secretarias de Saúde Estaduais e Municipais e seus comitês atuem de forma articulada, buscando a superação de eventuais limitações, de forma a garantir o cumprimento de suas atribuições. Em se tratando de Comissão ou Comitês de Estudo dos Óbitos Hospitalares recomenda-se a seguinte composição: Núcleos hospitalar de epidemiologia (NHE), Chefe da obstetrícia, chefe da enfermagem, enfermeiros e demais categorias profissionais envolvidas com a atenção ao parto. Análise de evitabilidade do óbito materno: Na análise do óbito sugerimos a aplicação de critérios de evitabilidade que não se limitam as medidas terapêuticas adotadas, mas que levem em conta os seguintes fatores: • Da comunidade e da mulher: considerar os casos em que ocorreu uma recusa em procurar a assistência necessária ou em seguir as orientações dos profissionais de saúde por questões culturais e religiosas. Ou, ainda, por falta de reconhecimento do problema. • Profissionais: considerar os casos em que, por falta de capacitação ou capacitação imprópria, ocorreu negligência, imperícia ou imprudência por parte dos profissionais de saúde que atenderam à mulher. São exemplos disso a não identificação de risco reprodutivo, a falha diagnóstica e a inadequação de procedimentos e tratamentos, entre outros. Nesses casos, devem-se tomar como referência as diretrizes dos manuais técnicos. • Institucionais: considerar os casos em que problemas político-administrativos contribuíram para o óbito, tais como falta de captação precoce e busca ativa da mulher, carência de leitos obstétricos, falta de sangue, hemoderivados ou medicamentos e inexistência de sistema Lucas Gustavo Novaes Gonçalves de referência e contra-referência formalizado para tratamento clínico- ginecológico e obstétrico, entre outros. • Sociais: considerar os casos em que as condições socioeconômicas desfavoráveis da mulher contribuíram para o óbito, tais como desemprego, baixa renda familiar e baixa escolaridade da mulher, entre outros. • Intersetoriais: considerar os casos em que a falta de equipamento social contribuiu para o óbito. Como exemplos, pode-se citar a disponibilidade limitada de meios de transporte, a inexistência de estradas, a segurança pública ineficiente e a falta de saneamento básico, entre outros. Lucas Gustavo Novaes Gonçalves Explanar sobre os tipos de mortalidade materna no Brasil comparando com grupos sociais do problema. A mortalidade materna é uma das mais graves violações dos direitos humanos das mulheres, por ser uma tragédia evitável em 92% dos casos e por ocorrer principalmente nos países em desenvolvimento. Deve-se analisar a natureza do óbito (materno,. materno tardio, não obstétrico, obstétrico direto, obstétrico indireto, não relacionado à gravidez, materno declarado ou não) Morte materna (óbito materno): Morte Materna é a morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o término da gestação, independentemente da duração ou da localização da gravidez. É causada por qualquer fator relacionado ou agravado pela gravidez ou por medidas tomadas em relação a ela. Não é considerada Morte Materna a que é provocada por fatores acidentais ou incidentais. Morte materna obstétrica: As mortes maternas por causas obstétricas podem ser de dois tipos: as obstétricas diretas e as obstétricas indiretas. Morte Materna Obstétrica Direta é aquela que ocorre por complicações obstétricas durante gravidez, parto ou puerpério devido a intervenções, omissões, tratamento incorreto ou a uma cadeia de eventos resultantes de qualquer dessas causas. Morte Materna Obstétrica Indireta é aquela resultante de doenças que existiam antes da gestação ou que se desenvolveram durante esse período, não provocadas por causas obstétricas diretas, mas agravadas pelos efeitos fisiológicos da gravidez. Morte materna não obstétrica: Morte Materna Não Obstétrica e a resultante de causas incidentais ou acidentais não relacionadas a gravidez e seu manejo. Também chamada por alguns autores como Morte Não Relacionada. Esses óbitos não são incluídos no cálculo da razão de mortalidade materna. Morte materna tardia: Morte Materna Tardia é a morte de uma mulher, devido a causas obstétricas diretas ou indiretas, que ocorre num período superior a 42 dias e inferior a um ano após o fim da gravidez. Morte materna declarada: A Morte Materna é considerada Declarada quando as informações registradas na Declaração de Óbito (DO) permitem classificar o óbito como materno. Morte materna não declarada: A Morte Materna é considerada como Não Declarada quando as informações registra Das na DO não permitem classificar o óbito como materno. Apenas com os dados obtidos na investigação é que se descobre tratar- se de morte materna. Cálculo: Lucas Gustavo Novaes Gonçalves Comparar os índicesde mortalidade infantil no Brasil, Nordeste e Bahia. De 1990 a 2007, a Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) no Brasil apresentou tendência de queda, passando de 47,1/1000 nascidos vivos em 1990 para 19,3/1000 em 2007, com uma redução média de 59,0%. Diversos fatores têm contribuído para a mudança no perfil de mortalidade infantil, entre os quais se destacam: aumento do acesso ao saneamento básico, queda da taxa de fecundidade, grau de instrução das mulheres, maior acesso aos serviços de saúde e ampliação da cobertura da Estratégia de Saúde da Família, entre outros. As diferenças regionais da mortalidade infantil podem ser observadas pelas taxas. A maior queda da TMI nas últimas décadas ocorreu na Região Nordeste, cerca de 5,5% ao ano entre 1990 e 2007. No entanto, as regiões Nordeste e Norte permanecem com os níveis mais elevados de mortalidade infantil no país. A TMI no Nordeste em 2007 (27,2/1000) é 40% maior do que a taxa nacional e 2,1 vezes maior do que a taxa da Região Sul. Há ainda diferenças substanciais e preocupantes nas taxas de mortalidade infantil entre grupos populacionais: as crianças pobres têm mais do que o dobro de chance de morrer do que as ricas e, a mortalidade infantil entre as crianças negras e indígenas é, respectivamente, cerca de 40% e 138% maior, quando comparadas com as da população de crianças brancas.
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