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1 Juliele Bueno T5 MED SBC PARTE 1 ETIOLOGIA E PATOGENIA A maioria (mas não todos) dos cânceres pulmonares está associada a um carcinógeno bem conhecido — o tabagismo. Além disso, há outros fatores ambientais e genéticos que serão discutidos depois do papel do tabagismo. As alterações moleculares variam entre os subtipos histológicos, que serão descritos posteriormente. Basta dizer que os cânceres pulmonares podem ser amplamente classificados nos tipos de pequenas células e não pequenas células, e o último grupo é constituído por carcinomas de células escamosas e adenocarcinomas. ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS: ( INCA 2020) → terceira causa de câncer mais prevalente: traqueia, brônquio e pulmão para o sexo masculino há uma maior incidência anual → na população masculina é os 4 cânceres mais prevalente nas mulheres. → a classificação do INCA é periódico e percebe-se que nos últimos anos, aumentou a incidência de câncer no pulmão na população do sexo feminino ( comportamento social) → as mulheres são mais sensíveis ao carcinogêneos do tabaco → mulheres tem maior suscetibilidade → efeito irritante e aumento de produção de muco ( bronquite) → substâncias químicas carcinogênicas: hidrocarboneto policíclico, aromático e nitrosaminas. → risco aumenta em até 60 vezes em fumantes pesados. Carga tabática → associado quantos cigarros e o tempo que a pessoa fuma. Câncer do Pulmão 2 Juliele Bueno T5 MED SBC → CYP 450, estamos falando de um complexo de enzimas produzidas nos hepatócitos do fígado cuja função primordial é metabolização de substâncias que vem do meio externo, e se estamos falando dos hidrocarbonetos do cigarro que é carcinógeno → CYP 450 é um complexo enzimático então tem vários subtipos, e CYP1A1 E CYP1B1 → CYP1B1 é um tipo de enzima do sistema CYP 450 que participa da metabolização dos hidrocarbonetos. Traga o cigarro- absorve - cai na corrente sanguínea e esses hidrocarbonetos atingem o fígado e entra em contato com o hepatócito e também com a essa enzima CYP1B1 ou CYP1A1 o fígado vai metabolizar e ao invés de inativar essa substância toxica, ela aumenta a ação desses hidrocarbonetos sobre o DNA, tornando eles GENOTÓXICOS ( maior afinidade com o DNA das células), formando ADUCTOS de DNA( hidrocarboneto ativado pela ação da CYP que se liga as bases de guanina), faz com que a fita de DNA se torne instável. E quando ela se torna instável ela fica com maior chance de romper e formar uma MUTAÇÃO sucessivas, acúmulo de mutações câncer. → polimorfismo = variação, essa variação individual o nível de expressão e atividade da CYP450. →pode ter variação na ação da enzima CYP450, velocidade na metabolização e formação de aductos, depende de cada indivíduo. → pessoas que metabolizam lentamente a CYP450 são mais resistentes ao câncer de pulmão → variação genética, explica porque não fumantes desenvolvem câncer de pulmão. → carcinoma escamocelular ( CEC), se desenvolve preferencialmente centralmente no pulmão ( células grandes) → adenocarcinoma localização mais periférica. ISSO ESTÁ RELACIONADO A PATOGENESE. CLASSIFICAÇÃO os carcinomas pulmonares relacionados ao tabagismo se originam por um acúmulo gradativo de mutações oncogênicas “condutoras” que resultam na transformação neoplásica das células epiteliais pulmonares. CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS → Altamente associados a fumaça do tabaco → mais comum em homens → bastante associado ao tabagismo → grandes bronquíolos → crescimento lento e disseminação para os linfonodos regionais → Estão altamente associados com a exposição à fumaça do tabaco, são portadores de várias aberrações genéticas, muitas das quais são deleções cromossômicas envolvendo os loci supressores de tumor. → Os carcinomas de células escamosas mostram a frequência mais alta de mutações TP53 entre todos os tipos histológicos de carcinoma pulmonar. A superexpressão da proteína p53. ( 60% dos tumores) →A perda de expressão do gene supressor de tumor do retinoblastoma (RB) é identificada por imuno-histoquímica em 15% dos carcinomas de células escamosas. → O gene inibidor de cinase dependente de ciclina CDKN2A é inativado, e seu produto proteico, p16, é perdido em 65% de tumores. →Recentemente, foi reconhecido que muitos carcinomas de células escamosas têm amplificação do FGFR1, um gene decodificador do receptor tirosina- cinase do fator de crescimento de fibroblastos. → CEC ( carcinoma escamocelular), carcinoma epidermoide assume formato parecido com a epiderme → TIPICAMENTE DE FUMANTES 3 Juliele Bueno T5 MED SBC → presença de figuras de queratina ( CARACTERIZA O CEC) → elevação de PTH → AUMENTO TGO TGP ( METASTASE) Morfologia Mais bem diferenciado – fase proliferativa menos invasiva Menos diferenciado – pior é. → presença de figura de queratina perolas córneas é um indicador que não está em uma fase tão progressiva é bem diferenciado. → conhecido como carcinoma epidermóide → está vendo perola córnea - escamosa → tumor derivado da transformação do epitélio respiratório em um epitélio metaplasico escamoso -> tabagismo ORIGEM: metaplasia escamosa → displasia ( mutações começam)→ carcinoma in situ→ carcinoma invasivo → brônquios principais ( maiores) Patogênese Marcador imunohistoquimica P40, CK5 4 Juliele Bueno T5 MED SBC O ADENOCARCINOMA → mutações de ganho de função →mais comuns em mulheres → É O MAIS COMUM EM NÃO FUMANTES →adenocarcinoma de pulmão é uma neoplasia maligna de aspecto glandular que se diferencia a partir de células de epitélio colunar de bronquíolos terminais, acontece na periferia do pulmão, a partir de célula de Club Cell ( Célula de Clara antigamente) ou pneumócitos tipo 2 → associação com o tabaco é menos imponente → é marcado por mutações com ganho de função oncogênicas envolvendo componentes das vias de sinalização dos receptores do fator de crescimento. Todas são encontradas numa minoria de tumores, mas juntos, eles somam uma fração substancial de tumores como um todo. → RECEPTORES TIROSINA-CINASE; MUTAÇÕES NO GENE RAS → está relacionado com um tecido glandular → essas células neoplásicas conforme vão se multiplicando elas assumem uma morfologia glandular, inclusive com uma formação cuboide bem importante → adenocarcinomas podem derivar tanto dos bronquíolos terminais, das células de Clavas ou dos pneumócitos tipo2 TTF-1 é um marcador de carcinoma. Indiferenciado a morfologia muito diferenciada, atividade proliferativa, desorganização tecidual. 5 Juliele Bueno T5 MED SBC Patogênese HIPERPLASIA ADENOMATOSA ATÍPICA Epitélio simples com uma camada de célula, em alguns momentos rompidos, porém com uma celularidade muito maior, vendo uma modificação histológica, hiperplasia é reversível adaptativo. Porém, da pra ver uma atividade proliferativa aumentada, alterações genotípicas que já caracterizam câncer ( IN SITU aquele que nãoinvadiu o estroma do tecido, ele está proliferativo, porém estra restrito a porção epitelial) IN SITU, citoplasma repleto de MUCO, MUCINOSO ADENOMA INVASIVA, células mucoides e mucinosas, já é invasivo e tem células neoplásicas por tudo que é canto, notem como ele vai se formando como glândulas. Conforme elas vão se diferenciando, se proliferando, podendo formar outras manifestações histológicas. →quatro tipos de lesões morfológicas epiteliais precursoras são reconhecidos: (1) displasia escamosa e carcinoma in situ. (2) hiperplasia adenomatosa atípica. (3) adenocarcinoma in situ. (4) hiperplasia de células neuroendócrinas pulmonares idiopática difusa. Deve-se lembrar que o termo precursor não implica que a progressão para o câncer seja inevitável. Padrões morfológicos Adenoma IN SITU É LEPIDICO ( CRESCIMENTO LEPIDICO) é quando a célula neoplasia cresce mantendo a arquitetura do alvéolo, ela cresce ao longo do septo alveolar. Atividade neoplasia, mas mantem a arquitetura do alvéolo. E todo adenocarcinoma de pulmão é lepídico. LEPIDICO – PROGNÓSTICO MELHOR E MENOS PERIGOO, ele é invasivo mais mantem a estrutura alveolar adenocarcinoma in-situ – lepdico → NEOPLASIA ACINAR, vai formando a estrutura glandular com a presença de acinos, estruturas se assemelhando as glândulas acinar. Parece glândula, → ACINAR E PAPILAR GRAU MODERADO → neoplasia papilar ( adenocarcinoma pulmonar) componente fibromuscular, do qual emergem as curvinhas “ papilas” → neoplasia micropapilar vão se desprendendo desse componente fibrovascular e começam a flutuar no interior do alvéolo é chamado de micro papilar, ninhos de células neoplásicas no interior do alvéolo Células neoplásicas vão se agrupando e se soltando do componente fibrovascular e ficam flutuando no interior dos alvéolos → adenocarcinoma sólido é pior ainda, perde completamente a arquitetura do alvéolo pulmonar e essas células neoplásicas ocupam o estroma e o interior dos alvéolos, ele é muito proliferativo é a forma mais agressiva do câncer pulmonar → B e E PROGNÓSTICO RUIM. 6 Juliele Bueno T5 MED SBC Segue o septo alveolar. Essas curvas- papilas Componente fibrovascular e a partir daí vão se proliferar as células neoplásicas formando as papilas ( curvinhas), a célula neoplasia invade o estroma e a luz do alvéolo. O TP53, 46% EGFR – HER2 padrão de crescimento do perfil neoplásico Câncer de pulmão e não fumantes eles têm super expressão do fator EGFR, muito receptor vai estar amplificado, a amplificação da via resulta eim uma taxa proliferativa aumentada das células e interfere no processo de proliferação. → KRAS – maioria dos câncer tem essa mutação, não foi descoberto um anticorpo para bloquear essa via, por isso precisa ser usado a quimio. CLASSICA NOS FUMANTES, silenciamento do P53 o ciclo celular se perde, o ciclo → BRAF – já tem anticorpo monocloral ( imunoterapia) O CARCINOMA DE PEQUENAS CÉLULAS → mais comuns em homens de 60 a 80 anos →TEM O PIOR PROGNÓSTICO. → mostra a associação mais forte com o tabagismo, e apesar de suas caraterísticas histológicas divergentes, compartilha muitas características moleculares com carcinomas de células escamosas. Isso inclui frequentes aberrações com perda de função envolvendo o TP53 (75% a 90% dos tumores), RB (quase 100% dos tumores) e deleções no cromossomo 3p. Também é comum a amplificação dos genes da família MYC.
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