Buscar

Contratualismo

Prévia do material em texto

--- Contratualismo ---
Teoria orgânica: a sociedade é um fato natural (família, povoado, polis etc.)
Teoria contratualista: a sociedade depende de regulamentação e o fundamento do poder para emancipação político é um contrato.
· Para essa teoria, o homem precisa de regulamentação. Não se discute a relação entre pessoas, mas sim uma relação mais ampla entre Estado e sociedade.
· Veio para refutar a teoria da soberania divina dos reis.
· A legitimidade do poder não pode se dar a algo extraterreno. O exercício do poder deve se dar a algo que está entre nós.
Três séculos mais importantes do Contratualismo:
· Século XVI: descrição pela teoria política das coisas como elas são.
Começaram a escrever uma teoria política trabalhando dentro de uma perspectiva teórica. Não era relatada a história, mas sim a teorização dela.
· Século XVII: obras inovadoras que buscam explicar a teoria política como se fosse tradição. 
· Século XVIII: Reflexão inovadora a partir da razão (Iluminismo). As sociedades já se organizam de maneira diferente.
O contratualismo irá regular algo diferente do que até então regulava. 
· No Direito Privado não há hierarquia nas relações. A ideia de contrato no Direito Privado a essa altura já estava desenvolvida. A base do contrato aqui é a segurança. (Direito Civil, por exemplo) 
· Os contratualistas queriam trazer a ideia de contrato, de segurança, para o Direito Público, ou seja, das relações hierárquicas. (Direito Penal, por exemplo). Ideia de compulsoriedade.
O poder soberano até então se legitimava em Deus, mas os autores queriam tirar o fundamento religioso e fundamentá-lo no que está aqui. 
O que seria esse contrato?
Acordo tácito (não formalmente expresso) ou expresso entre a maioria dos indivíduos que assinaria o fim do estado natural e o início do estado social e político (Estado). 
· Contrato expresso: Contrato explícito, alguém se manifesta explicitamente pela adesão desse contrato.
· Contrato tácito: subtende-se pelas próprias condutas e ações que o contrato existe, mesmo sem ele ter sido explicitamente acordado.
· O contrato é fruto da necessidade de basear as relações sociais e políticas em um instrumento de racionalização (o direito), ou de ver no pacto a condição formal de existência jurídica do Estado.
· Hobbes: Usa o termo Leviatã para falar do que antes era soberano, para referir-se ao Estado.
Hoje em dia o termo para essa ideia de “contrato” é Constituição, um instrumento jurídico.
Segundo ponto que marca a teoria contratualista é o “estado de natureza”. 
Temos o Estado de natureza, o contrato e o Estado político. Nesse caso, o Estado de natureza é inferior.
· Estado de natureza: pressuposto argumentativo para a realização do contrato. A ideia principal passa pela condição do homem fora do contexto social e político. Ou seja, imagine que vivêssemos em uma sociedade sem um poder soberano, não houvesse leis. Essa sociedade seria uma sociedade boa ou ruim?
· O que caracterizará o estado de natureza é a instabilidade decorrente da ausência de um poder legal constituído.
· O contratualismo é parte integrante do processo histórico que leva ao Constitucionalismo (em um primeiro momento com a unificação do poder no Estado e, em seguida com a sua limitação pelo próprio ordenamento jurídico).

Continue navegando