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Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
1
Catalogação elaborada pela Divisão de Processos Técnicos da 
Biblioteca Central da Universidade Estadual de Londrina
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
Arte da capa
 Alexandre Yoshiaki Sawaguchi
3
Sumário
Apresentação ................................................................................................................
Prefácio .........................................................................................................................
Perguntas frequentes sobre ética em pesquisas envolvendo seres humanos no 
Brasil ..............................................................................................................................
Otávio Goes de Andrade
Atitudes linguísticas e ensino de línguas ..................................................................
Maria Luisa Ortiz Alvarez
La formación de profesores de una “lengua fácil”: el delicado caso del español 
en Brasil ........................................................................................................................
Sabrina Lafuente Gimenez
O processo de formação docente na licenciatura em Letras – Espanhol: um 
estudo sobre os saberes docentes a partir de análise de relatórios de estágio 
supervisionado .............................................................................................................
Anelise Copetti Dalla Corte
Cibele Krause Lemke
Interfaces de estudo na formação de professores para ensino de línguas 
estrangeiras para crianças ...........................................................................................
Jozélia Jane Corrente Tanaca
“Muito bem!” Bem para quem? A avaliação de crianças aprendendo uma língua 
estrangeira ....................................................................................................................
Juliana Reichert Assunção Tonelli
Lívia de Souza Pádua
Material didático: autonomia no processo de seleção e de adoção ......................
Valdirene F. Zorzo-Veloso
Manual didático: das concepções teóricas à concretização do material. Uma 
análise de Agencia ELE Brasil ..................................................................................
Nylcéa Thereza de Siqueira Pedra
Thays Camila Voluz
Autoria e produção de livros artesanais como práticas culturais: a extensão em 
espanhol/LE..................................................................................................................
Deise Cristina de Lima Picanço
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
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A variação linguística no livro didático de espanhol: análise da coleção “Enlaces” 
– ensino médio – PNLD 2015 ..................................................................................
Regiane de Fátima Siqueira Alberti
Valeska Gracioso Carlos
Por uma abordagem da variação linguística na aula de língua espanhola ...........
Vanessa Cruz Mantoani
Joyce Elaine de Almeida Baronas 
L’importance des activités ludiques dans le processus d’enseignement/
apprentissage des langues de spécialité aux jeunes adolescents et aux adultes. 
Présentátion des résultats d’une enquête ..................................................................
Grzegorz Markowski
La fonética y la fonología del español en las clases de ELE en Brasil – conceptos 
importantes y estrategias de trabajo .........................................................................
Egisvanda Isys de Almeida Sandes 
Novos tipos de dicionários bilíngues pedagógicos elaborados com fundamento 
científico são necessários. Que venha, pois, o Dicionário Contrastivo Português-
Espanhol! .......................................................................................................................
Adja Balbino de Amorim Barbieri Durão
Protótipo de registro de unidades fraseológicas num dicionário bilíngue na 
direção espanhol-português .......................................................................................
Arelis Felipe Ortigoza
A presença de expressões idiomáticas e provérbios em materiais didáticos de 
língua espanhola para o ensino médio/técnico .......................................................
Kleber Eckert
As expressões idiomáticas em preparatórios e exames de proficiência em língua 
inglesa ...........................................................................................................................
Aline Yuri Kiminami
Tatiana Helena Carvalho Rios Ferreira
El Huevo de Colón: unidades fraseológicas no processo de ensino e aprendizagem 
de espanhol como língua estrangeira e/ou adicional .............................................
Ana Paula Mantovani Vieira
Cláudia Cristina Ferreira
Echando un cable: contribuições da fraseologia para o ensino de espanhol, o 
glossário em sala de aula ............................................................................................
Thalita Aguiar Molin Miguel
Cláudia Cristina Ferreira
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
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Glossário de locuções para aprendizes brasileiros de espanhol como língua 
estrangeira ....................................................................................................................
Marco Luiz Mendes de Oliveira
Tatiana Helena Carvalho Rios Ferreira
Fome de cultura: O componente (inter)cultural à luz da culinária no ensino de 
línguas ...........................................................................................................................
Natália Araújo da Fonseca
Denise de Andrade Santos Oliveira
Cláudia Cristina Ferreira
Mais um abacaxi para descascar ou uma mão na roda? Os culturemas no 
processo de ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras/adicionais ..............
Cláudia Cristina Ferreira
Culturemas: um breve histórico e as possibilidades de ressignificação na 
tradução .......................................................................................................................
Mirella Nunes Giracca
Myrian Vasques Oyarzabal
Tradução e ensino: a legendagem e o tratamento dos marcadores discursivos da 
língua inglesa em seriados americanos ....................................................................
Vanessa Hagemeyer Burgo
Nayra Modesto dos Santos Nunes
Traduções de unidades fraseológicas com zoônimos e algumas funções 
comunicativas ..............................................................................................................
Rosana Budny
Paratexto e tradução da prosa wildiana: ensaios .....................................................
Mirian Ruffini
Claudia Borges de Faveri
Rodrigo Alexandre de Carvalho Xavier
Eduardo Francisco Ferreira
Relações retóricas no ensino de versões de resumos de artigos científicos no par 
de línguas português-espanhol ..................................................................................
Viviane Cristina Poletto Lugli
Juliano Desiderato Antonio
O diário de leitura como ferramenta metodológica para a (re)educação 
das relações étnico-raciais e para o letramento literário: Mzungu, de Meja 
Mwangi .........................................................................................................................
Ana Paula Franco Nobile Brandileone
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
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Contexto Teletandem de aprendizagem de línguas e a formação de professores 
Daniela Nogueira de Moraes Garcia
Lizandra Caroline Alves
Micheli Gomes de Souza 
Balanço de dissertações e teses sobre ensino de espanhol para alunos com 
deficiência em programas de pós-graduação de letras/linguística e educação no 
Brasil (2000-2016) .......................................................................................................
Vinícius Neves de Cabral
Silvia Márcia Ferreira Meletti
O programa inglês sem fronteiras na UFES e o ensino de inglês no Brasil .........
Daniel de Mello Ferraz; Kyria Rebeca Finardi
Francês com objetivos profissionais: um desafio .....................................................Fábio Lucas Pierini
O ensino de literaturas hispânicas no Curso de Letras: reflexões sobre seu 
papel ..............................................................................................................................
Antonio Ferreira da Silva Júnior;
Raquel de Castro dos Santos
Saberes literários em questão: reflexões da literatura fantástica no contexto do 
espanhol como língua estrangeira moderna ............................................................
Caio Vitor Marques Miranda
Amanda Pérez Montañez 
O texto literário no ensino de línguas estrangeiras: o saboreio das palavras ......
Gustavo Figliolo
A história revisitada nas metaficções em Liberdade, de Silviano Santiago, e 
Respiração artificial, de Ricardo Piglia ......................................................................
Letycia Fossatti Testa
Wellington Ricardo Fioruci
A cor púrpura, a cor de todos nós..............................................................................
Fernandes Ferreira de Souza
Wagner Corsino Enedino
7
Apresentação 
A Especialização em Ensino de Línguas Estrangeiras (EELE) teve sua 
primeira turma em 2001, na Universidade Estadual de Londrina, da qual 
tive o imenso prazer de fazer parte como aluna. Desde 2008, tenho a alegria 
de integrar o corpo docente, atuando também na coordenação ou vice-
coordenação do curso.
A EELE tem como uma de suas ações publicar um livro com produções 
de professores atuantes no corpo docente do curso ou do Departamento de 
Letras Estrangeiras Modernas, bem como de profissionais de outras instituições 
de ensino.
No decorrer de dezessete anos, a EELE teve a satisfação de publicar 
quatro obras voltadas ao processo de ensino e aprendizagem de línguas 
estrangeiras/adicionais, contemplando variadas temáticas, a saber: 
Contribuições na área de línguas estrangeiras (GIMENEZ, 2005); Reflexões 
sobre o ensino das línguas estrangeiras (DURÃO; ANDRADE; REIS, 2008); 
Tessituras teórico-metodológicas sobre o ensino e a aprendizagem de línguas 
estrangeiras: conjugação entre saberes e fazeres (FERREIRA; LOPES; REIS; 
NOGUEIRA, 2012); Conjecturas, diálogos e perspectivas sobre o processo de 
ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras/adicionais (FERREIRA, 2014)1.
O Vade mecum das línguas estrangeiras/adicionais é, portanto, a quinta 
obra que contempla uma coletânea voltada a aspectos teórico-práticos no que 
tange ao processo de ensino e aprendizagem de línguas estrangeiras/adicionais. 
Esperamos que os leitores (alunos, professores de graduação e pós-graduação) 
desse exemplar possam se beneficiar das reflexões e propostas pedagógicas 
compartilhadas por renomados pesquisadores nessa área do saber.
Agradeço aos colegas pesquisadores que contribuíram para compor esta 
coletânea e desejo uma boa leitura!
Cláudia Cristina Ferreira
1 GIMENEZ, Kilda Maria Prado (org.). Contribuições na área de línguas estrangeiras. Londrina: Moriá, 2005. 
DURÃO, Adja Balbino de Amorim Barbieri; ANDRADE, Otávio Goes de; REIS, Simone. Reflexões sobre o 
ensino das línguas estrangeiras. Londrina: UEL, 2008. 
FERREIRA, Cláudia Cristina; LOPES, Silvana Salino Ramos; REIS, Marta A. de Oliveira Balbino dos; 
NOGUEIRA, Sônia Regina. Tessituras teórico-metodológicas sobre o ensino e a aprendizagem de línguas 
estrangeiras: conjugação entre saberes e fazeres. Londrina: UEL, 2012. 
FERREIRA, Cláudia Cristina. Conjecturas, diálogos e perspectivas sobre o processo de ensino e aprendizagem 
de línguas estrangeiras/adicionais. Londrina: Midiograf, 2014. 
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
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Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
Prefácio
“A qualidade da educação em línguas 
adicionais pode significar melhores 
condições de acesso ao mundo do 
conhecimento”. (SCHLATTER; GARCEZ, 
2012, p.40)
O convite...
Receber um convite para prefaciar uma obra é algo irrecusável, ainda 
mais quando se trata de um libro que reúne aspectos teóricos e práticos de 
ensino de línguas estrangeiras/adicionais. 
Minhas impressões...
Esta publicação caracteriza-se essencialmente pelo rigor da informação 
que fornece, pela sua atualidade e facilidade de manuseio e consulta. O 
foco principal desta empreitada são as línguas adicionais, razão pelo qual 
esscolhemos a citação de Schlatter e Garcez que encabeça a prefação. Essa 
nova nomenclatura (língua adicional no lugar de língua estrangeira), tem sido 
utilizada nas últimas décadas como uma forma de tentar desestrangeirizar as 
línguas que não a materna para assim incorporá-las a nossa realidade e inseri-
las no nosso meio, nas nossas vivências sociais. Pois como afirmam Leffa & 
Irala (2009, p. 31), “o fato de não ser apenas uma língua, mas outra língua, cria 
relações com a língua que já temos e de como devemos conceituá-la”. Nesse 
sentido, Schlatter & Garcez (2009) acreditam que, 
Falar uma língua adicional em vez de uma língua estrangeira enfatiza o convite 
aos educandos (e educadores) para que usem essas formas de expressão para 
participar na sua própria sociedade [...]. Esse convite também envolve a reflexão 
sobre que língua é essa, de quem ela é e de quem pode ser, a que ela serve, o que 
cada um tem a ver com ela. (SCHLATTER & GARCEZ, 2009, p. 127)
De acordo com Leffa & Irala (2009, p. 31), 
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
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Língua adicional trata-se de uma língua que o aluno aprende por acréscimo, 
além das que ele sabe e que, por isso, pode ter como ponto de partida outras 
línguas, o que sugere possivelmente uma convivência pacífica entre as línguas, 
já que o domínio de cada uma atende os objetivos diferentes; são conhecimentos 
que, a priori, não competem entre si, ma se complementam. 
Como se observa, os autores tentam mostrar que as línguas adicionais 
permeam os nossos ambientes, e aprendê-las significa perceber de que forma 
ela é vivida e é vista e como fazer uso dela para poder estabelecer relações e 
interações com aqueles que também as practicam, sejam nativos, falantes de 
herança, ou aqueles que também as adotam como línguas adicionais. 
A coletânea intitulada Vade Mecum do ensino das línguas estrangeiras/
adicionais, é fruto de um trabalho árduo realizado pela organizadora e pelos 
colaboradores - autores dentro do ambiente de sala de aula e por meio das 
práticas referentes à Especialização em ensino de línguas estrangeiras (EELE) 
da UEL. O título faz jus ao seu objetivo, pois a expressão latina vademecum, 
vade (vamos) mecum (juntos) significa que é de uso frequente, seu conteúdo 
é prático e útil, é um manual, uma guia, de fácil manuseio e, principalmente, 
uma importante ferramenta que trará benefícios para quem a leve consigo. 
Ao mesmo tempo, é um obra em que os leitores podem consultar assuntos de 
forma prática e rápida. 
A obra é uma compilação de 37 artigos que contou com a colaboração 
de 60 autores (professores e pesquisadores) que trata sobre diversos temas 
relacionados ao ensino e aprendizagem de línguas adicionais. Assuntos 
como a fraseodidática que traz as unidades fraseológicas, características das 
línguas - culturas adicionais e que são recuperadas na sala de aula para que 
o aluno tenha uma noção do significado das imagens que cada comunidade 
idealizou e possa compreender a língua – cultura do Outro e assim praticar 
a interculturalidade. A literatura também é contemplada, a partir de uma 
reflexão sobre seu papel nos cursos de Letras. Questões como o ensino da 
fonética e da fonologia, o ensino da leitura, das variações linguísticas, das 
atitudes linguísticas e o ensino de línguas, das relações retóricas em textos 
científicos, assim como outros tópicos que incluem a formação de professores 
de línguas, a tradução, o programa línguas sem fronteiras, o ensino de línguas 
para alunos com deficiência, a aprendizagem no contexto Teletandem dentre 
outros, são debatidas no livro e convidam o leitor para a reflexão. 
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
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Isso me faz lembrar as palavrasde Geraldi (2005, p.19) quem afirma que 
os textos,
[...] Buscam integrar o trabalho com a linguagem em sala de aula, através 
da leitura ou da produção de textos que levem o aluno a assumir crítica e 
criativamente a sua função de sujeito do discurso, seja enquanto falante ou 
escritor, seja enquanto ouvinte ou leitor intérprete. 
 
Verdadeiramente, os textos que integram a coletânea serão de grande 
valia para os alunos de graduação e de pós-graduação, pois abrem caminhos 
para que eles interajam com os textos, reflitam e se posicionem de forma crítica 
e criativa. E desse modo se transformem de receptores para produtores, pois 
colocarão seus pontos de vista, apoiados nos conhecimentos e experiências 
adquiridos ao longo da sua trajetória acadêmica, das relações interpessoais 
estabelecidas e das práticas sociais mantidas no dia a dia com seus pares. 
O livro em tela fala sobre o ensino que, na visão de Freire (1992, p 81), 
significa 
Ensinar é assim a forma que toma o ato do conhecimento que o (a) professor (a) 
necessariamente faz na busca de saber o que ensina para provocar nos alunos 
o seu ato de conhecimento também. Por isso ensinar é um ato criador, um ato 
crítico e não mecânico. 
 
O autor destaca ainda: “a educação autêntica, repitamos, não se faz de 
‘A’ para ‘B’ ou de ‘A’ sobre ‘B’, mas de ‘A’ com ‘B’, mediatizados pelo mundo.” 
(FREIRE, 1975, p. 78). Isso significa que o ensino e a aprendizagem são vias 
de mão dupla, pois a questão da interatividade e da dialogicidade deverá 
permear o processo formativo. Assim, as aulas de LE/LA devem “ajudar o[a] 
educando[a] a não virar as costas para os textos do mundo nos quais essa 
língua se fez e se faz relevante” (SCHLATTER; GARCEZ, 2012, p.39). 
 O Vade Mecum oferece-nos a oportunidade de conhecer diferentes 
visões e práticas dentro do novo paradigma de ensino e aprendizagem de 
línguas adicionais, nos coloca nas mãos a possibilidade de enxergar nesses 
textos a nossa própria práxis e, quem sabe, ajude-nos a transformá-la de 
acordo com as demandas da sociedade atual. Portanto, é uma obra que, com 
certeza foi pensada para alunos e profissionais de línguas e que estará a nossa 
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
12
disposição para refletir e produzir conhecimento a partir da sua leitura. Sem 
dúvida é uma obra de referência para a área de Linguística Aplicada. 
 
Meus agradecimentos...
 
Agradeço à organizadora da coletânea, Claudia Cristina Ferreira, 
professora dedicada, uma profissional com vocação, uma pesquisadora com 
uma visão pragmática do ensino. O convite seu, Claudia, foi aceito. No meu 
prefácio, procurei honrar o compromisso, descrevendo minhas impressões 
sobre o livro e enfatizando suas principais qualidades. Ele foi só como uma 
vitrine, por isso concluo com as palavras de Herberto Helder, “Todo o livro vai 
sendo o seu prefácio, e o posfácio, / a inacessível e pronta acessível evidência”. 
(Edoi Lelia Doura)
Referências
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 3 ed. Rio de Janeiro:Paz e Terra,1975. 
______. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. Rio 
de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
GERALDI, J. W. (org). O texto na sala de aula. 3 ed. São Paulo: Ática, 2005.
LEFFA, V. J.; IRALA, V. B. O vídeo e a construção da solidariedade na aprendizagem 
da LE. In: SCHEYERL, D.; SIQUEIRA S. (Orgs.). Materiais didáticos para o ensino 
de línguas na contemporaneidade: contestações e proposições. Salvador: EDUFBA, 
2012, p. 83-108
SCHLATTER, M; GARCEZ, P. M. Línguas Adicionais (Espanhol e Inglês). In: Rio 
Grande do Sul, Secretaria de Estado da Educação, Departamento Pedagógico. (Orgs.). 
Referências curriculares do Estado do Rio Grande do Sul: linguagem, códigos 
e suas tecnologias. Porto Alegre: Secretaria de Estado da Educação, Departamento 
Pedagógico, 2009, v. 1, p.127-17
______. Línguas Adicionais na escola: aprendizagens colaborativas em inglês. 
Erechim, RS: Edelbra, 2012.
Profa. Dra. Maria Luisa Ortiz Alvarez
Professora Associada III
Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução
Instituto de Letras Universidade de Brasília
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
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PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE ÉTICA EM PESQUISAS 
ENVOLVENDO SERES HUMANOS NO BRASIL
Otávio Goes de Andrade1
Introdução
Geralmente, um vade mecum possui caráter propedêutico. Sendo 
uma obra que serve como introito a vários assuntos, sua consulta deve sanar 
dúvidas iniciais, levando seu consulente a buscar referências mais sólidas 
por meio das quais possa ser ampliado o escopo da pesquisa a ser realizada. 
Nesse sentido, o presente capítulo oferece respostas a uma série de dúvidas 
que são frequentes na seara da ética em pesquisas envolvendo seres humanos. 
Para tanto, consultamos a página inicial da Plataforma Brasil2, na qual há um 
ícone intitulado “Perguntas e Respostas”, de onde extraímos os conteúdos 
aqui compilados, com pequeníssimas alterações e/ou correções, conforme 
demonstrado na figura a seguir:
Figura 1: Página inicial da Plataforma Brasil.
Fonte: Plataforma Brasil.
1 Advogado. Docente Associado da Universidade Estadual de Londrina. 
2 Disponível em: <http://plataformabrasil.saude.gov.br/login.jsf>. Acesso: 9 set. 2017.
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
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Ao clicar no ícone “Perguntas e Respostas”, é disponibilizada uma 
busca pautada em “assunto”, “palavras-chave” e “glossário”. Ao ser selecionado 
o campo “assunto”, abrem-se 07 (sete) possibilidades de buscas: “cadastro 
da pesquisa”, “cadastro de instituições”, “cadastro de usuários”, “diversos”, 
“glossário”, “projetos multicêntricos” e “recursos”. A figura a seguir demonstra 
essa possibilidade de busca:
Figura 2: Campo “Assunto” nas “Perguntas e Respostas”.
Fonte: Plataforma Brasil.
Ao ser selecionada a busca por meio de “palavras-chave”, abre-se 
a possibilidade do consulente digitar a palavra-chave que deseja buscar. 
Ressalte-se que, neste campo de busca, é o consulente quem deve indicar a 
palavra-chave a ser consultada, posto que o sistema não as oferece de antemão, 
conforme demonstrado a seguir:
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
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Figura 3: Campo “Palavras-chave” nas “Perguntas e Respostas”.
Fonte: Plataforma Brasil.
Por sua vez, quando a busca é realizada por meio da opção “glossário”, 
abre-se um leque de opções dentro de um novo campo intitulado como 
“identificador”. Nesse campo, a busca pelo termo desejado é realizada por 
meio das letras do alfabeto latino:
Figura 4: Campo “Glossário” nas “Perguntas e Respostas”.
Fonte: Plataforma Brasil.
Feitos estes esclarecimentos iniciais, cumpre-nos explicitar a estrutura 
do presente capítulo: Primeiramente, são compiladas da Plataforma Brasil as 
“Perguntas e Respostas” relativas aos seguintes assuntos: “cadastro da pesquisa” 
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
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(37 registros), “cadastro de instituições” (04 registros), “cadastro de usuários” 
(04 registros), “diversos” (13 registros), “glossário” (14 registros), “projetos 
multicêntricos” (06 registros) e “recursos” (03 registros). Posteriormente, são 
compilados os termos usuais no campo da ética em pesquisas envolvendo seres 
humanos, por meio do alfabeto latino composto por 26 (vinte e seis letras), 
todos oriundos do “Glossário” disponível na Plataforma Brasil, relativos às 
seguintes letras: A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, 
W, X, Y, Z. Ao final, são oferecidas algumas referências que podem ser úteis 
aos que se iniciam nos estudos sobre a ética em pesquisas envolvendo seres 
humanos no Brasil.
Perguntas e Respostas pertinentes ao campo “Assunto”
Cadastro da pesquisa (37 registros)
A data do colegiado que é inserida no parecer pode ser diferente da 
data de emissão deste parecer pelo coordenador? qual data deve ser 
considerada como a da aprovação do projeto?  
A data do parecer do colegiado pode ser diferente do parecer do 
coordenador,caso o coordenador não confirme o parecer do colegiado na 
mesma data em que ele foi emitido. A data de aprovação do projeto é a data 
do parecer consubstanciado. A partir do momento que o relator é indicado, 
e acata a indicação de relatoria, ele pode executar a relatoria do projeto. Tal 
relatoria será registrada por meio do parecer do relator. O parecer do relator 
será discutido durante a reunião do CEP, e o parecer do colegiado será o fruto 
de tal discussão. O parecer do consubstanciado do CEP só é emitido quando 
o(a) coordenador(a) do CEP acata o parecer do colegiado. Portanto, não é 
possível que o parecer do colegiado tenha data anterior ao do relator. O projeto 
só é considerado aprovado após a emissão do parecer do consubstanciado do 
CEP.
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
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folha de rosto terá a mesma numeração que tinha antes? qual o 
prazo de validade da folha de rosto? 
Não. A folha de rosto agora é gerada durante o processo de submissão 
do projeto e não segue mais o padrão de numeração do Sisnep3. Não existe 
prazo de validade da folha de rosto.
Como contatar o CEP? 
Para contatar o seu CEP para questões relativas à análise ética e que 
não tenham necessariamente a ver com o uso da Plataforma Brasil, por favor, 
contate o CEP diretamente por meio dos contatos do CEP presentes no rodapé 
do último parecer de consubstanciado liberado por esse CEP. Caso ainda não 
tenha nenhum parecer emitido e disponível na lista de documentos do projeto 
de pesquisa, por favor, entre em contato pelo e-mail plataformabrasil@saude.
gov.br.
Como fica a inclusão de uma pesquisa qualitativa na plataforma 
Brasil?  
O fato de a pesquisa ser qualitativa ou quantitativa será explicitado na 
metodologia do projeto. Caso algum dos campos de preenchimento obrigatório 
não seja pertinente para a pesquisa, no momento do cadastrado o pesquisador 
responsável poderá informar que, para o projeto em questão, não é aplicável 
informar tal campo. O procedimento para submissão de projeto está descrito 
no manual “Submeter Projeto de Pesquisa” disponível na Central de Suporte 
(canto superior direito do portal www.saude.gov.br/plataformabrasil).
Como proceder quando meu projeto recebe pendências? 
Quando um protocolo recebe parecer de pendente, o pesquisador deve 
verificar no parecer consubstanciado as considerações feitas pelo Comitê de 
Ética e alterá-las dentro das 6 páginas para submissão do projeto de pesquisa 
no sistema, em seguida, deve clicar em “ENVIAR PROJETO AO CEP”, na 
etapa final da submissão. Só assim o CEP receberá o projeto novamente para 
verificar as alterações realizadas.
3 O Sistema Nacional de Informação sobre Ética em Pesquisa envolvendo Seres Humanos (SISNEP) é um 
sistema de informações via Internet sobre pesquisas envolvendo seres humanos.
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
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Como é o processo de indicação do CEP a projetos de instituições 
que não possuem CEP? 
Na Etapa 1 do cadastramento do projeto na Plataforma Brasil, há um 
campo dedicado a Instituição Proponente. Se o(a) pesquisador(a) não possuir 
vínculo com nenhuma Instituição, deve marcar o campo “Sem proponente”. 
Por outro lado, se não houver CEP cadastrado na Instituição com a qual o(a) 
pesquisador(a) responsável possui vínculo para fins da pesquisa, a Instituição 
Proponente deve ser selecionada normalmente. Em ambos os casos, após o 
preenchimento de todas as informações relativas à pesquisa, deve-se clicar em 
“Enviar Projeto ao CEP” e o protocolo será automaticamente redirecionado à 
CONEP, que indicará um CEP para analisar e acompanhar o desenvolvimento 
do projeto. Se o(a) pesquisador(a) desejar que o estudo seja direcionado a um 
CEP específico para avaliação, imediatamente após clicar em “Enviar Projeto 
ao CEP” deve enviar e-mail conep.indicacao@saude.gov.br com a solicitação, 
devidamente justificada.
Desfecho primário e desfecho secundário 
Os desfechos primários e secundários são entendidos como resultados 
estimados com a realização da pesquisa. Diferentemente de uma hipótese, que 
é entendida como um questionamento levantado que direciona a realização da 
pesquisa.
Estudos que receberam pendências da conep, após envio das respostas, 
entram novamente na fila de checagem documental, juntamente 
com os estudos que ainda não tiveram a documentação checada?  
Estes estudos entrarão novamente na fila juntamente com os estudos 
que ainda não tiveram a documentação checada, porém, a Plataforma Brasil 
traz a informação da primeira submissão do projeto ao CEP, então, ficará a 
critério do CEP dar a preferência ou seguir normalmente a fila.
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
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Estudos que receberam questionamentos durante a fase de checagem 
documental e foram devolvidos, após esclarecimentos das dúvidas, 
entram novamente na fila, juntamente com os estudos que ainda não 
tiveram a documentação checada ou estes estudos são identificados 
de alguma forma e vão para outra lista de checagem?  
Estes estudos entrarão novamente na fila juntamente com os estudos 
que ainda não tiveram a documentação checada, porém, a Plataforma Brasil 
traz a informação da primeira submissão do projeto ao CEP, então, ficará a 
critério do CEP dar a preferência ou seguir normalmente a fila.
No caso de não termos hipótese de pesquisa, por uma questão de 
perspectiva teórico-epistemológica, o que escrever no espaço 
destinado? 
Caso a pesquisa não possua uma hipótese definida, pode ser informado 
que “[não há hipótese]” durante o preenchimento.
Não consigo selecionar a instituição proponente do meu estudo, 
como proceder? 
Para que as opções de Instituições Proponentes fiquem disponíveis, é 
preciso se vincular à Instituição como PESQUISADOR. Esse vínculo é feito 
na aba “Alterar meus Dados”. Para maior detalhamento dessa ação, consulte na 
Central de Suporte o manual: “Alterar meus Dados”.
A investigador principal consegue abrir os documentos anexados 
(pareceres) de outros ceps (principalmente de recomendações da 
CONEP que tenham sido analisadas pelo CEP coordenador)? 
O Pesquisador Principal somente poderá abrir os documentos anexados 
do CEP que analisou o seu projeto de pesquisa. E os pareceres consubstanciados 
do CEP e da CONEP.
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
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O Investigador principal pode delegar parte do preenchimento dos 
dados de seu estudo na plataforma Brasil a demais profissionais e, 
nesse caso, como ele deve fazer para nomear todos os envolvidos? 
O pesquisador responsável deve iniciar a submissão dos projetos de 
pesquisa na Plataforma Brasil e pode, caso deseje, autorizar o preenchimento/
alteração de determinado projeto a outras pessoas que também estejam 
cadastradas no sistema, preenchendo o item ASSISTENTE. O procedimento 
para submissão de projeto está descrito no manual “Submeter Projeto de 
Pesquisa”, disponível na Central de Suporte (canto superior direito do link 
www.saude.gov.br/plataformabrasil).
O campo <tamanho da amostra no Brasil> requer o que exatamente? 
por exemplo, uma das pesquisas tem entrevistas com técnicos de 
enfermagem e enfermeiros: como vou calcular este valor? 
Tendo em vista que o cadastramento de um projeto de pesquisa traz 
informações esperadas ou estimadas, tais como uma previsão orçamentária 
(onde o pesquisador informa o quanto se prevê que será gasto com a realização 
da pesquisa) e o cronograma (onde o pesquisador informa uma previsão de 
datas para a realização das etapas da pesquisa), o <Tamanho da amostra no 
Brasil> deve trazer uma PREVISÃO do número de amostras que se espera 
alcançar para a realização da pesquisa. O cálculo do tamanho amostral é de 
competência do pesquisador responsável que deverá saber qual o tamanho 
adequado da amostra para que a proposta do estudo seja respondida de 
maneira estatisticamente satisfatória. Sugere-se que a pesquisadora entre em 
contato com um estatístico para maiores informações.
O parecer emitido pelo CEPprecisa ter assinatura do coordenador 
ou seu delegado? como o patrocinador terá acesso ao parecer 
devidamente assinado? 
Cabe ao pesquisador passar as informações do estudo para o 
patrocinador, pois o patrocinador não tem acesso ao projeto na Plataforma. 
Considerando que o parecer foi emitido pelo(a) coordenador(a) do CEP, que 
entrou no sistema com seu login e sua senha, não há obrigatoriedade de que o 
parecer seja fisicamente assinado pelo(a) coordenador(a), dado que o mesmo 
já foi emitido pela Plataforma Brasil de forma segura. Caso o pesquisador 
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
21
necessite de um parecer impresso e com a assinatura, deverá realizar tal 
solicitação ao CEP, que irá entregar ao pesquisador responsável, o parecer 
emitido pela Plataforma Brasil, impresso e assinado pelo(a) coordenador(a).
O que a plataforma entende como assistente e equipe de pesquisa? 
No campo do assistente, o pesquisador responsável pode autorizar a 
delegação de preenchimento do projeto a outra pessoa. O assistente é a pessoa 
que visualiza e auxilia no processo de submissão e acompanhamento do projeto 
de pesquisa. Equipe de pesquisa é a equipe que irá desenvolver a pesquisa, 
mas não poderá visualizar e nem realizar alterações no projeto de pesquisa na 
Plataforma Brasil, no centro em que está sendo realizada a submissão.
O que significa submeter emenda? 
Cumpre esclarecer que é denominada de Emenda, qualquer proposta de 
modificação no projeto original, apresentada sempre com a justificativa que a 
motivou. A apresentação de emendas deve ser clara e objetiva, especificando 
as alterações relativas ao protocolo inicial e suas justificativas. Devem ser 
entregues ao CEP todos os documentos cabíveis à emenda, ou seja, as versões 
atualizadas de todos os documentos em que foi realizada alteração. A opção 
“Submeter Emenda” é para pesquisas que se encontram em situação “Aprovada”. 
O sistema deverá permitir o envio de somente uma submissão de emenda 
por vez, apresentando a opção novamente somente quando a submissão da 
emenda anterior tiver sido finalizada. O procedimento para submissão de 
emenda no projeto está descrito no manual “Submeter Emenda ao Projeto” 
disponível na Central de Suporte (canto superior direito do portal www.saude.
gov.br/plataformabrasil).
O que significa a sigla TCLE? 
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A definição de TCLE 
pode ser consultada na Resolução CNS nº 466/2012 e na Resolução CNS nº 
510/2016, cujos atalhos também se encontram na Central de Suporte, na seção 
de Resoluções.
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
22
O que significa manter sigilo da pesquisa? 
Na última tela de cadastro da pesquisa, a Plataforma Brasil questiona se 
deseja “Manter o sigilo da integra do projeto de pesquisa?”. A resposta vai ser 
meramente informativa e usada pelo próprio CEP ou CONEP. A Plataforma 
Brasil não usará essa informação para ocultar ou divulgar qualquer informação.
2.1.20 O que significa prontuários? 
Prontuários são os históricos de saúde dos participantes da pesquisa.
O que significa washout? 
É o tempo que o sujeito de pesquisa fica sem tomar o medicamento para 
que o mesmo seja eliminado de seu organismo. Por exemplo: Uma pesquisa 
com uma substância para uma determinada patologia para a qual o sujeito já 
usa um remédio aprovado, o estudo com washout estabelece que o sujeito deva 
suspender a medicação para eliminação total da mesma de seu organismo para 
iniciar tratamento com a substância a ser estudada.
O que é desenho de estudo? 
O conceito de desenho de estudo envolve a identificação do tipo de 
abordagem metodológica que se utiliza para responder a uma determinada 
questão, implicando, assim, a definição de certas características básicas do 
estudo, quais sejam, a população e a amostra a serem estudadas, a unidade 
de análise, a existência ou não de intervenção direta sobre a exposição, a 
existência e tipo de seguimento dos indivíduos, entre outras. Tendo como 
base as características básicas do estudo criaram-se uma série de padrões 
terminológicos que definem, à partida, algumas dessas características e que 
constituem aquilo que se designa como tipos ou desenhos de estudo. Exemplos 
de desenhos de estudo frequentemente encontrados são: os ensaios clínicos, 
os estudos de coorte, os estudos de casos e controles, os estudos transversais, 
entre outros.
 
O que é a fase 1, 2, 3 e 4 do projeto? 
Na 3ª etapa do projeto de pesquisa, Desenho de Estudo/Apoio 
Financeiro, existe um campo chamado “fase” onde é possível selecionar os 
valores 1, 1/2, 2, 2/3, 3, 4 ou outros aplicáveis a projetos de pesquisa clínica. 
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
23
Para uma definição de cada uma das fases, por favor, consultar a Resolução nº 
251/1997 disponível na lista de Resoluções desta central de suporte.
O que é uma instituição coparticipante? 
A Instituição coparticipante é aquela na qual haverá o desenvolvimento 
de alguma fase/etapa da pesquisa e não o procedimento completo de ponta 
a ponta como descrito na pesquisa. Confrontar com definição de instituição 
participante.
O que é uma instituição participante (na pesquisa)? 
Instituição participante na pesquisa é uma instituição onde será 
executado o procedimento completo descrito na pesquisa. Confrontar com 
definição de instituição coparticipante.
Os projetos multicêntricos, que já foram analisados pelo cep do 
centro coordenador, mas ainda não foram analisados pelos demais 
centros participantes podem ser registrados na plataforma Brasil? 
Sim. Para isso basta que o pesquisador responsável, do centro coordenador 
do estudo, faça a submissão do projeto na Plataforma Brasil, da mesma forma 
que faria para um novo protocolo de pesquisa, porém, observando alguns 
pontos adicionais: I) É obrigatório informar o número do CAAE fornecido 
pelo SISNEP, recebido pelo projeto após a apresentação do mesmo ao CEP do 
Centro Coordenador do estudo no campo ID SECUNDARIO (localizado na 
Tela 2 campo Múltiplos IDs Secundários). II) É obrigatório anexar o parecer 
do CEP coordenador do estudo, que analisou e aprovou o projeto. III) Caso 
o projeto tenha sido apreciado pela CONEP, o parecer da CONEP também 
devera ser apresentado. IV) É necessário informar todo o cronograma do 
projeto, incluindo as etapas já cumpridas do projeto. V) É necessário que todos 
os Centros Participantes e Pesquisadores Responsáveis dos mesmos estejam 
previamente cadastrados na Plataforma Brasil.
Os projetos que tiveram seus trâmites iniciados no SISNEP poderão 
ser registrados na plataforma Brasil? 
Sim. Para isso basta que o pesquisador responsável faça a submissão 
do projeto na Plataforma Brasil, observando alguns pontos: I) É obrigatório 
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
24
informar o número do CAAE, como ID secundário (localizado na Tela 2 
campo Múltiplos IDs Secundários) que foi atribuído ao projeto quando do 
seu recebimento pelo CEP após cadastro no SISNEP. II) É obrigatório anexar 
o parecer do CEP que aprovou o projeto. III) Caso o projeto tenha sido 
apreciado pela CONEP, o parecer da CONEP também devera ser anexado. IV) 
É necessário informar todo o cronograma do projeto, incluindo as etapas já 
cumpridas do mesmo.
Por que a instituição coparticipante não pode indicar pendências no 
projeto? 
Tal assunto foi amplamente discutido na Plenária da CONEP, e verificou-
se que não podem haver pendências em um parecer do CEP da coparticipante. 
Ao CEP da coparticipante cabe aprovar ou não aprovar, caso não considere 
o projeto apto a ser executado na sua Instituição, sem a opção de emitir 
pendências. Imagine-se, por exemplo, um estudo com 50 coparticipantes, onde 
05 deles já tivessem iniciado sua participação na versão inicial do projeto, e a 
sexta resolvesse fazer adaptações, isso invalidaria a padronização do projeto. 
Portanto, é o cuidado ético de que os resultados sejam aproveitáveis, válidos, 
que impede acoparticipante de emitir pendências. O CEP da instituição 
coparticipante tem a prerrogativa de analisar e aprovar, ou não, o estudo, 
tal qual ele foi aprovado pela instituição proponente, mas não deve emitir 
pendências. Caso a coparticipante não aprove o estudo, o pesquisador deverá 
buscar outras instituições coparticipantes para realizar seu estudo.
Quais tipos de ensaios clínicos devem ser cadastrados na plataforma 
Brasil? 
Todas as pesquisas envolvendo seres humanos devem ser cadastrados 
na Plataforma Brasil, de acordo com o que está definido na Resolução CNS Nº 
466/12, observada, também, a Resolução CNS nº 510/2016.
Qual a diferença entre fazer uma emenda e fazer uma notificação? 
A Emenda deverá ser feita quando houver alteração no conteúdo do 
projeto (número de sujeitos de pesquisa, instituições coparticipantes, sigilo, 
cronograma, etc.). Já a Notificação deverá ser utilizada quando houver 
necessidade de encaminhar algum documento (Comunicação de Início do 
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
25
Projeto, Carta de Autorização da Instituição, Envio de Relatório Parcial, etc.), 
sem alteração no conteúdo do projeto.
Qual é a rota de recebimento e aprovação de uma pendência 
emitida pela CONEP? a pendência vai diretamente ao investigador 
principal ou, primeiramente, passa pelo cep? a resposta, submetida 
pelo investigador principal, vai diretamente para a CONEP ou deve 
passar pela avaliação do CEP antes?  
Quando a CONEP coloca a pendência, a resposta da pendência é 
enviada para a CONEP. Quando o CEP coloca a pendência, a resposta da 
pendência é enviada para o CEP. A CONEP também pode aprovar um estudo 
com recomendação e o CEP, então, envia a pendência para o pesquisador, 
assim o estudo só será aprovado após a resolução dessa pendência.
Quando inserimos em cronograma na plataforma pode ser que o 
mesmo sofra alterações, ou seja, não ocorra no tempo previsto. o 
que fazer nesta situação? 
Alterações no projeto de pesquisa após a sua aprovação devem ser 
tramitadas no CEP por meio de Emendas. O procedimento para submissão 
de emenda ao projeto está descrito no manual “Submeter Emenda ao Projeto” 
disponível na Central de Suporte (canto superior direito do portal www.saude.
gov.br/plataformabrasil).
Quando um estudo (pesquisa) for finalizado, haverá a necessidade 
de anexar o relatório final ou algum outro documento específico?  
O relatório final deverá ser enviado utilizando-se da opção “Enviar 
Notificação”. Essa opção está descrita no manual “Submeter Notificação” 
disponível na Central de Suporte (canto superior direito do portal www.saude.
gov.br/plataformabrasil).
Quando é criado na plataforma brasil o nº CAAE?  
O nº CAAE é gerado no momento em que o projeto é recebido pelo CEP 
após validação documental.
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
26
Título principal
O título principal nunca será disponibilizado ao público em geral por 
poder conter informação crítica e confidencial relativa ao seu Projeto de 
Pesquisa.
Título público 
O título público poderá ser disponibilizado em consultas públicas para 
referenciar seu Projeto de Pesquisa depois de receber parecer de relatoria como 
aprovado. No título público, não deverá ser incluída qualquer informação com 
caráter confidencial ou sensível para seu Projeto de Pesquisa.
Um centro participante de um estudo multicêntrico, pode registrar 
o projeto na plataforma Brasil? 
Não. Esse registro deverá ser feito pelo Centro Coordenador do estudo. 
O pesquisador responsável pelo centro participante receberá sua réplica 
quando o projeto for aprovado pelo CEP do centro coordenador e pela CONEP, 
quando necessário.
Cadastro de instituições (04 registros)
Como cadastrar instituição ou indústria estrangeira sem base no 
Brasil? 
O cadastro para instituição ou indústria do exterior deve ser feito pelo 
mesmo procedimento utilizado para o cadastro das instituições ou indústrias 
nacionais. O procedimento para solicitação de cadastro de instituição está 
disponível no manual “Solicitar Cadastro de Instituição” disponível na 
Central de Suporte (canto superior direito do portal www.saude.gov.br/
plataformabrasil).
Como vincular uma instituição proponente? 
O pesquisador deve clicar na aba ALTERAR MEUS DADOS, em seguida, 
ADICIONAR INSTITUIÇÃO, responder a pergunta: “Deseja vincular alguma 
Instituição de pesquisa?” (Sim), clique em BUSCAR INSTITUIÇÃO para 
encontrar a Instituição Desejada, pelo NOME ou CNPJ. O seu perfil deverá 
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
27
ser de Pesquisador para que a instituição possa ser usada como proponente em 
cadastro de projeto de pesquisa.
O que é uma instituição coparticipante? 
A Instituição coparticipante é aquela na qual haverá o desenvolvimento 
de alguma fase/etapa da pesquisa e não o procedimento completo de ponta 
a ponta como descrito na pesquisa. Confrontar com definição de instituição 
participante.
Qual o prazo de análise das solicitações de cadastro de instituição? 
A análise das solicitações de cadastro de Instituição será feita em até 05 
dias úteis.
Cadastro de usuários (04 registros)
Como o patrocinador pode ver as informações do projeto que foi 
cadastrado na plataforma?  
O patrocinador não tem acesso às informações do projeto cadastradas na 
Plataforma, tais informações devem ser informadas pelo próprio pesquisador 
responsável.
Como recupero minha senha? 
Para recuperar sua senha, clique no atalho “Esqueceu a senha?” na 
página principal do sistema (em http://www.saude.gov.br/plataformabrasil) 
e informe o email que foi cadastrado na Plataforma Brasil e para o qual é 
necessária uma nova senha. O sistema irá enviar nova senha automaticamente 
para esse e-mail.
No item pesquisador principal da pesquisa deve constar eu, que sou 
o(a) professor(a) orientador(a) da pesquisa, ou o(a) meu(minha) 
orientando(a)? 
O Sistema CEP/CONEP admite apenas que profissionais já graduados 
sejam considerados como pesquisadores. Portanto, caso o(a) orientando(a) 
seja aluno(a) de graduação em conclusão de curso, o(a) mesmo(a) não 
poderá figurar como pesquisador(a) principal da pesquisa. Caso o(a) aluno(a) 
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
28
seja graduado(a) e a orientação dada seja uma especialização, mestrado ou 
doutorado, tanto o(a) orientador(a) quanto o(a) orientando(a) poderão 
realizar o cadastro da pesquisa.
Quanto tempo leva para o sistema enviar a senha após o cadastro?  
O envio da senha é imediato após a conclusão do cadastro. Caso a senha 
não chegue na caixa de entrada do seu e-mail, verifique na caixa de spam 
ou lixo eletrônico. E-mails institucionais geralmente têm regras que podem 
bloquear o e-mail enviado pela Plataforma Brasil.
Diversos (13 registros)
A CONEP/plataforma, já preparou material para multiplicadores ou 
ainda nem pensou nesta possibilidade? 
Exatamente por tal possibilidade ser amplamente pensada e discutida, é 
que tal material ainda não foi disponibilizado, dado que o sistema da Plataforma 
Brasil ainda está em uma fase de constantes mudanças e aprimoramento, o que 
implicaria em revisões e correções constantes caso fosse publicado um material 
para multiplicadores. Para que seja estabelecido um canal dinâmico e passível 
de modificações constantes, foram disponibilizada a Central de Suporte na 
Plataforma Brasil. Além disso, existe a Plataforma de treinamento, em que é 
possível submeter projetos e realizar todas as funcionalidades da Plataforma 
Brasil de produção para treinar os pesquisadores, membros e funcionários dos 
CEP, disponível no link: http://189.28.128.37/plataformabrasil-treina/login.jsf.
Como acrescentar membros ao CEP? 
O próprio Coordenador do CEP poderá atribuir perfil de membro do 
CEP. Para isso, deverá, na aba CEP, clicar em Administrativo, escolher a opção 
“Perfil de Acesso” e buscar o nome desejado e atribuir em seguida o perfil.
Como contatar o CEP? 
Para contatar o seu CEP para questões relativasà análise ética e que 
não tenham necessariamente a ver com o uso da Plataforma Brasil, por favor, 
contate o CEP diretamente por meio dos contatos do CEP presentes no rodapé 
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
29
do último parecer consubstanciado liberado por esse CEP. Caso ainda não 
tenha nenhum parecer emitido e disponível na lista de documentos do projeto 
de pesquisa, por favor, entre em contato pelo e-mail plataformabrasil@saude.
gov.br.
Como contato a CONEP? 
Para contatar a CONEP ou ter acesso aos seus informes, por favor, 
consulte o atalho http://conselho.saude.gov.br/web_comissoes/conep/index.
html.
Como faço para acessar a plataforma Brasil para treinamento da 
minha equipe? 
A versão de treinamento da Plataforma Brasil está disponível em 
http://189.28.128.37/plataformabrasil-treina e tem seu uso liberado para o 
público em geral. Para utilizar esta versão basta que o usuário acesso o endereço 
acima e faça o seu cadastro clicando no link “Cadastre-se”.
Como saio da aplicação com segurança? 
Do lado direito superior tem o botão sair, clique nele para fechar sua 
sessão.
O que significa a sigla EAS? 
EAS significa Evento Adverso Grave. A comunicação de EAS não é feita 
por meio da Plataforma Brasil. Para mais informações, por favor, consulte o 
atalho http://conselho.saude.gov.br/web_comissoes/conep/index.html onde 
poderá localizar referências a Evento Adverso, sua comunicação e formulário.
 
O que é nota técnica? 
Documento elaborado por corpo técnico de assessores do CEP (ou da 
CONEP) que serve para auxiliar na análise de um protocolo de pesquisa pelo 
relator designado.
O que é REBEC? 
O ReBEC (REGISTRO BRASILEIRO DE ENSAIOS CLÍNICOS), é 
o nome pelo qual é conhecido o portal que funciona como uma transição 
entre o Projeto Aprovado via Plataforma Brasil e o primeiro recrutamento 
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
30
da pesquisa. Para maiores informações sobre o sistema, favor acessar http://
www.ensaiosclinicos.gov.br/. No atual momento o ReBEC, está passando 
por manutenção e aprimoramento para melhor atender os pesquisadores, 
intervenções que impedem que os mesmos continuem submetendo registros 
de seus ensaios clínicos neste período de atualização.
Qual a diferença entre os endereços: http://189.28.128.37/plata-
formabrasil-treina/login.jsf e www.saude.gov.br/ plataformabrasil? 
O link http://189.28.128.37/plataformabrasil-treina/login.jsf trata-se de 
um AMBIENTE DE TREINAMENTO, onde é possível submeter projetos e 
conhecer/realizar todas as funcionalidades da Plataforma Brasil para treinar 
os pesquisadores, membros e funcionários dos CEP’s. O que é postado nesse 
link funciona apenas como TESTE, não tem validade. Existe um selo azul, 
escrito AMBIENTE DE TREINAMENTO, no canto superior direito da tela 
para facilitar sua identificação. Exemplo: Caso o pesquisador se cadastre 
no link de treinamento, esse cadastro não terá validade no endereço www.
saude.gov.br/plataformabrasil, pois se tratam de sites distintos e os dados 
não se correlacionam. Assim, terá, também, que se cadastrar no ambiente de 
produção: www.saude.gov.br/plataformabrasil. O link de produção/oficial do 
sistema, que tem validade para tramitação da pesquisa nos CEP’s, CONEP, e 
que deverá ser utilizado é: www.saude.gov.br/plataformabrasil.
Quando a pesquisa é encaminhada à CONEP? 
I) .Quando o projeto for de área temática especial, exceto fármaco; II) 
Quando o projeto não for de área temática especial, mas o CEP gostaria que 
a CONEP apreciasse o projeto; III) Quando o projeto tiver como Instituição 
Proponente o Ministério da Saúde, o projeto irá direto para a CONEP; IV) 
Quando o projeto não tiver Instituição Proponente, irá para a CONEP para 
que ela indique um CEP para avaliar a pesquisa (geralmente é usado critério 
regional para essa escolha); V) Quando o projeto tiver uma Instituição 
Proponente que não esteja vinculada a nenhum CEP, nem as instituições a que 
esteja vinculada a Instituição Proponente (instituições “mães” da instituição 
proponente) estejam vinculadas a um CEP.
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
31
Quando um estudo (pesquisa) for finalizado, haverá a necessidade 
de anexar o relatório final ou algum outro documento específico?  
O relatório final deverá ser enviado utilizando-se da opção “Enviar 
Notificação”. Essa opção está descrita no manual “Submeter Notificação” 
disponível na Central de Suporte (canto superior direito do portal www.saude.
gov.br/plataformabrasil).
É preciso que a plataforma defina melhor quais tipos de ensaios 
clínicos devem entrar em sua base. vocês poderiam citar exemplos? 
De acordo com a Resolução nº 466/2012 [observada também a 
Resolução CNS nº 510/2016), toda pesquisa envolvendo seres humanos deve 
ser submetida à apreciação de um Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), de forma 
que, caso receba sua aprovação, possa ser iniciada. Portanto, considerando que 
a Plataforma Brasil é, desde o dia 15/01/2012, a única forma para submissão de 
pesquisas ao Sistema CEP/CONEP, todos os ensaios clínicos envolvendo seres 
humanos devem ser cadastrados na Plataforma Brasil.
Glossário (14 registros)
Em recepção e validação documental 
Estado do Projeto de Pesquisa, Emenda, Recurso ou Notificação 
que aguarda início da validação documental por parte do CEP ou CONEP 
conforme a sua localização.
O que significa PI? 
PI é o acrônimo inglês para Principal Investigator. Esse termo pode ser 
traduzido para português como Pesquisador Responsável pela pesquisa.
O que significa a sigla CAAE? 
CAAE significa Certificado de Apresentação de Apreciação Ética. 
Verifique o histórico da versão 2.20, liberada em 2014/04/07, para saber como 
é constituído o n. CAAE do projeto de pesquisa.
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
32
O que significa a sigla EAS? 
EAS significa Evento Adverso Grave. A comunicação de EAS não é feita 
por meio da Plataforma Brasil. Para mais informações, por favor, consulte o 
atalho http://conselho.saude.gov.br/web_comissoes/conep/index.html onde 
poderá localizar referências a Evento Adverso, sua comunicação e formulário.
O que significa a sigla TCLE? 
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A definição de TCLE 
pode ser consultada na Resolução CNS nº 466/2012 e na Resolução CNS nº 
510/2016, cujos atalhos também se encontram na Central de Suporte, na seção 
de Resoluções.
O que significa prontuários? 
São os históricos de saúde dos participantes da pesquisa.
O que significa washout? 
É o tempo que o sujeito de pesquisa fica sem tomar o medicamento para 
que o mesmo seja eliminado de seu organismo. Por exemplo: Uma pesquisa 
com uma substância para uma determinada patologia para a qual o sujeito já 
usa um remédio aprovado, o estudo com washout estabelece que o sujeito deva 
suspender a medicação para eliminação total da mesma de seu organismo para 
iniciar tratamento com a substância a ser estudada.
O que é desenho de estudo? 
O conceito de desenho de estudo envolve a identificação do tipo de 
abordagem metodológica que se utiliza para responder a uma determinada 
questão, implicando, assim, a definição de certas características básicas do 
estudo, quais, a população e a amostra a serem estudadas, a unidade de análise, 
a existência ou não de intervenção direta sobre a exposição, a existência e tipo 
de seguimento dos indivíduos, entre outras. Tendo como base as características 
básicas do estudo criaram-se uma série de padrões terminológicos que 
definem, à partida, algumas dessas características e que constituem aquilo que 
se designa como tipos ou desenhos de estudo. Exemplos de desenhos de estudo 
frequentemente encontrados são: os ensaios clínicos, os estudos de coorte, os 
estudos de casos e controles, os estudos transversais, entre outros.
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
33
O que é nota técnica? 
Documento elaborado por corpo técnico de assessores do CEP (ou da 
CONEP) que servepara auxiliar na análise de um protocolo de pesquisa pelo 
relator designado.
 
O que é REBEC? 
O ReBEC (REGISTRO BRASILEIRO DE ENSAIOS CLÍNICOS), é 
o nome pelo qual é conhecido o portal que funciona como uma transição 
entre o Projeto Aprovado via Plataforma Brasil e o primeiro recrutamento 
da pesquisa. Para maiores informações sobre o sistema, favor acessar http://
www.ensaiosclinicos.gov.br/. No atual momento o ReBEC, está passando 
por manutenção e aprimoramento para melhor atender os pesquisadores, 
intervenções que impedem que os mesmos continuem submetendo registros 
de seus ensaios clínicos neste período de atualização.
O que é parecer ad referendum? 
Trata-se de comunicação feita pelo relator/membro do CEP (ou CONEP) 
que fez a análise das respostas e adequações enviadas pelo pesquisador 
responsável para pendências apontadas em parecer inicial emitido pelo CEP 
(ou pela CONEP) ou do recurso enviado pelo pesquisador para parecer de não 
aprovação emitido pelo CEP (ou pela CONEP), informando à coordenação 
do CEP (ou da CONEP) que não há necessidade de colocar o parecer do 
relator em discussão plenária em razão da indicação de aprovação, podendo a 
coordenação emitir o parecer consubstanciado. A comunicação Ad referendum 
somente pode ser utilizada nos casos de análise de respostas de pendências e 
para análises de recursos, jamais nas análises iniciais. A análise inicial de um 
protocolo de pesquisa deve sempre ser discutida em reunião com os demais 
membros do CEP, não sendo aceitável que o relator proponha a tramitação Ad 
referendum nas análises iniciais de protocolos.
O que é um consultor ad hoc? 
Trata-se de consultor externo ao corpo de membros do CEP (ou da 
CONEP), que pode ser consultado para esclarecer dúvidas levantadas durante 
as análises e que demandem o entendimento específico de alguma área do 
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
34
conhecimento. O consultor Ad hoc não pode e não deve receber as informações 
do protocolo na íntegra, pois o mesmo não faz parte do corpo permanente de 
membros do CEP que requisita a consultoria Ad hoc. O consultor Ad hoc deve 
receber apenas questionamentos pontuais e específicos que geraram dúvidas 
durante a análise do CEP (ou da CONEP) e os respectivos trechos do projeto 
de pesquisa que geraram os questionamentos não respondidos durante a 
análise do CEP (ou da CONEP). O consultor Ad hoc nunca deve ser informado 
sobre o título da pesquisa, o nome do pesquisador responsável, o patrocinador 
do estudo, a instituição proponente da pesquisa, assim como quaisquer outras 
informações que identifiquem a pesquisa ou seus responsáveis.
O que é uma instituição coparticipante? 
A Instituição coparticipante é aquela na qual haverá o desenvolvimento 
de alguma fase/etapa da pesquisa e não o procedimento completo de ponta 
a ponta como descrito na pesquisa. Confrontar com definição de instituição 
participante.
O que é uma instituição participante (na pesquisa)? 
Instituição participante na pesquisa é uma instituição onde será 
executado o procedimento completo descrito na pesquisa. Confrontar com 
definição de instituição coparticipante.
Projetos multicêntricos (06 registros)
2.6.1 Caso os centros não-coordenadores tenham acesso à 
plataforma Brasil antes do CEP do centro coordenador aprovar 
as recomendações da CONEP, como os centros não-coordenadores 
são informados da aprovação destas recomendações pelo CEP 
coordenador? o que eles visualizam?  
Os pesquisadores dos centros participantes não tem acesso ao estudo 
antes da aprovação do estudo no centro coordenador. Se isso ocorreu é porque 
o centro participante fez o cadastro do estudo, isso é errado, ele deve aguardar 
a replicação feita pelo sistema.
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
35
Como os centros participantes poderão submeter o projeto de 
pesquisao ao cep de sua instituição?  
Em todas as submissões de projetos na Plataforma Brasil, quem deverá 
fazer o cadastro inicial e de raiz do projeto de pesquisa é o pesquisador 
responsável do centro coordenador. No momento do cadastro do projeto devem 
ser fornecidas as informações sobre a instituição proponente, o patrocinador e 
demais centros envolvidos (participantes e coparticipantes, caso aplicável). O 
número do CAAE é gerado automaticamente quando o projeto é aceito pelo 
CEP e o estudo é replicado automaticamente para todos os demais centros 
envolvidos (participantes e coparticipantes) APENAS após a aprovação do 
centro coordenador (e da CONEP, caso aplicável). Para os centros participantes, 
os respectivos pesquisadores responsáveis receberão a réplica do projeto 
para edição antes de enviarem para os CEPs correspondentes. As réplicas de 
coparticipantes serão enviadas diretamente para os CEPs correspondentes. 
Instituições de centros participantes que não tenham CEP vinculado na 
Plataforma Brasil serão automaticamente encaminhados para a CONEP 
indicar CEP. Instituições coparticipantes que estejam vinculadas a um CEP 
na Plataforma Brasil simplesmente não serão replicadas nem enviadas para a 
CONEP indicar CEP. ATENÇÂO: centros participantes e coparticipantes NÃO 
deverão cadastrar seus projetos independentemente da instituição proponente! 
Centros participantes e coparticipantes devem aguardar a recepção das suas 
réplicas geradas pela aprovação do centro coordenador.
O centro coordenador (quando aplicável) registra o projeto 
na plataforma e as demais instituições envolvidas? quais os 
procedimentos?  
O projeto é registrado pelo pesquisador responsável do centro 
coordenador, que deverá também informar todos os demais centros 
participantes e coparticipantes. O procedimento para submissão de projeto 
está descrito no manual “Submeter Projeto de Pesquisa” disponível na 
Central de Suporte (canto superior direito do link http://www.saude.gov.br/
plataformabrasil).
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
36
O cadastro de um projeto multicêntrico deve ser feito pelo centro 
coordenador ou pode ser feito por qualquer um dos centros 
participantes?  
O cadastro de um projeto multicêntrico deve ser feito pelo pesquisador 
responsável do centro coordenador. No projeto deverão ser informados todos 
os centros participantes (e coparticipantes) e os pesquisadores responsáveis 
de cada centro. Os pesquisadores responsáveis pelos centros participantes 
receberão uma réplica do centro coordenador (após aprovação do CEP e, caso 
necessário, da CONEP) que poderão editar antes de enviar para o seu CEP 
correspondente.
Os documentos incluídos na plataforma brasil pelo centro 
coordenador não podem ser abertos pelos demais centros, o que gera 
a necessidade de duplicação de documentos dentro da plataforma 
Brasil. é possível que os centros não-coordenadores consigam abrir 
estes documentos, evitando duplicidade de arquivos na plataforma 
Brasil e retrabalho dos centros de pesquisa?  
Documentos Postados do Projeto estarão disponíveis para visualização 
por parte dos centros participantes, após a aprovação no Centro Coordenador. 
Caso isso não esteja ocorrendo favor relatar o suporte da Plataforma Brasil 
para que seja analisado o caso.
Um centro participante de um estudo multicêntrico, pode registrar 
o projeto na plataforma brasil? 
Não. Esse registro deverá ser feito pelo Centro Coordenador do estudo. 
O pesquisador responsável pelo centro participante receberá a sua réplica 
quando o projeto for aprovado pelo CEP do centro coordenador e pela CONEP, 
quando necessário.
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
37
Recursos (03 registros)
Após a aprovação da CONEP com recomendação, quando os demais 
centros, que não o coordenador, conseguirão acessar o estudo 
através da plataforma brasil?  
O Parecer de aprovação da CONEP com recomendação é enviado 
ao CEP Coordenador e este tem a responsabilidade de transformar estas 
recomendações em pendências para o Pesquisador Principal. O Pesquisador 
principal terá a responsabilidade deresolver e reenviar as alterações ao CEP 
Coordenador, que analisará e, se houver parecer aprovado, as alterações e tais 
pareceres serão replicados aos demais centros.
Como enviar um recurso? 
Quando uma pesquisa retorna da apreciação como não aprovada, 
o pesquisador pode enviar um recurso ao CEP através da funcionalidade 
cadastrar recurso, onde um ícone é disponibilizado ao lado da pesquisa. Basta 
clicar no ícone e será exibida uma tela para inserir a justificativa, inclusive 
você poderá incluir algum arquivo que ajude a subsidiar seu recurso. Após o 
preenchimento submeta o recurso através do botão “Enviar recurso”.
Como vejo o resultado do meu recurso? 
A pesquisa passará por uma nova apreciação, então você deve aguardar 
seu retorno como aprovado ou não aprovado.
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
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Termos pertinentes ao campo “Glossário”4
A
AGUARDANDO APRECIAÇÃO DO COLEGIADO: Situação do projeto 
visível apenas para os membros do CEP, neste caso o projeto de pesquisa já 
passou pela relatoria e o parecer foi liberado e fica no aguardo da sinalização 
para elaboração do parecer do colegiado.
AGUARDANDO CONFIRMAÇÃO DE INDICAÇÃO DE RELATORIA: 
Situação do projeto visível apenas para os membros do CEP, neste caso 
a secretaria indicou o relator e o coordenador do CEP deve confirmar esta 
indicação para então o projeto de pesquisa ser encaminhado a um membro do 
CEP para relatoria.
AGUARDANDO INDICAÇÃO DE RELATORIA: Situação do projeto visível 
apenas para os membros do CEP, neste caso a secretaria aceitou o projeto de 
pesquisa e o mesmo fica aguardando a secretaria indicar um membro do CEP 
para relatoria.
 
AGUARDANDO LIBERAÇÃO DO PARECER DO COLEGIADO: Situação 
do projeto visível apenas para os membros do CEP, neste caso o projeto de 
pesquisa já passou pela apreciação do colegiado e parecer do colegiado foi 
liberado e fica no aguardo do aceite ou recusa do coordenador do CEP.
AGUARDANDO PARECER DO COLEGIADO: Situação do projeto visível 
apenas para os membros do CEP, neste caso o projeto de pesquisa já está com 
o parecer do relator e foi sinalizado ao colegiado a emissão do parecer.
AGUARDANDO REVISÃO DO PARECER DO COLEGIADO: Situação 
do projeto visível apenas para os membros do CEP, neste caso o parecer do 
colegiado do projeto de pesquisa foi recusado pelo coordenador e volta ao 
colegiado para revisão.
B
BLOQUEIO ÉTICO: Motivo pelo qual membros do CEP deverão se isentar 
de tomada de decisão, quando diretamente envolvidos na pesquisa em análise 
(CNS, 1996).
4 Do total de letras do alfabeto latino, 14 (quatorze) delas não possuem definições na Plataforma Brasil, quais 
sejam: F, H, J, K, L, O, Q, T, U, V, W, X, Y, Z. Para indicar essas ausências utilizamos o símbolo “Ø”.
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39
C
CEP: Comitê de Ética em Pesquisa
CIÊNCIA DO DOCUMENTO: Documento sem a necessidade de apreciação 
pelo CEP, somente incorporado ao Projeto de Pesquisa.
CIÊNCIA DO PESQUISADOR: Significa que o pesquisador está ciente sobre 
a informação.
CNS: Conselho Nacional de Saúde
CONEP: Comissão Nacional de Ética em Pesquisa
COORDENADOR: Pessoa física, membro do CEP, que coordena as atividades 
dentro do CEP, assina pareceres e responde legalmente pelo CEP.
D
DANO ASSOCIADO OU DECORRENTE DA PESQUISA: Agravo imediato 
ou tardio, ao indivíduo ou à coletividade, com nexo causal comprovado, direto 
ou indireto, decorrente do estudo científico (CNS, 1996)
E
EM RECEPÇÃO E VALIDAÇÃO PELO CEP: Estado do Protocolo de Pesquisa 
/ Gestão de Pesquisa / Recurso no qual o mesmo ainda não passou pela triagem 
da Secretária e não se encontra distribuído dentro do CEP para os tramites de 
apreciação.
EM RELATORIA: Esse termo estará visível para os membros do CEP e 
significa que o projeto está sendo analisado. Para o pesquisador ficará visível a 
mensagem: “Em apreciação pelo CEP”.
F
Ø
G
GESTÃO DE PESQUISA: Documentos enviados para o CEP após a aprovação 
do PP. Os documentos, conforme suas características, serão analisados pelo 
CEP ou somente indicados para ciência do documento.
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
40
GESTOR DE SEGURANÇA DO CEP: Pessoa física, membro do CEP, investida 
institucionalmente do poder de autorização para nomeação e exoneração de 
perfis de acesso ao módulo CEP.
GP: Ver Gestão de Pesquisa.
H
Ø
I
INCAPACIDADE: Refere-se ao possível sujeito da pesquisa que não tenha 
capacidade civil para dar o seu consentimento livre e esclarecido, devendo 
ser assistido ou representado, de acordo com a legislação brasileira vigente 
(CNS,1996).
INSTITUIÇÃO PROPONENTE: É a Instituição que está propondo o projeto 
de pesquisa.
J, K, L
Ø
M
MEMBRO DO CEP: Perfil que participa do âmbito do CEP, designado pelo 
Gestor de Segurança do CEP.
MÓDULO CEP: Ferramenta que auxilia os CEPs no recebimento, análise, 
gestão e emissão de pareceres sob o viés da pesquisa envolvendo seres humanos 
no Brasil.
N
NOME FANTASIA: É a designação popular de Título de Estabelecimento 
utilizada por uma instituição (empresa, associação, etc.), seja pública ou 
privada, sob a qual ela se torna conhecida do público. Esta denominação opõe-
se à razão social, que é o nome utilizado perante os órgãos públicos de registro 
das pessoas jurídicas.
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
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NOME SOCIAL: Nome Social é aquele pelo qual travestis e transexuais se 
identificam e são identificadas pela sociedade. Fonte: PORTARIA 233, DE 18 
DE MAIO DE 2010, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Art. 1 
Parágrafo Único.
NOTIFICAÇÃO: Um pesquisador pode enviar ao CEP uma notificação que 
lhe permite anexar um arquivo ao projeto de pesquisa quando ela está com a 
situação de Aprovado. A secretária recepciona o arquivo anexado e dá ciência 
sobre o mesmo, neste momento o arquivo é aceito pelo CEP e agrega ao 
conteúdo do projeto de pesquisa.
NT - NOTA TÉCNICA: Trata-se de um documento que os assessores da 
CONEP fazem para os Relatores da pesquisa. O coordenador do CEP não 
poderá visualizar a NT, apenas os relatores da CONEP (membros da CONEP).
O
Ø
P
PARECER: Opinião expressa em resposta a uma consulta. / Juízo técnico sobre 
questão jurídica ou administrativa, emitido em processo por jurista, órgão do 
ministério público, ou funcionário especializado.
PARECER DO CEP EMITIDO: Parecer final do CEP/CONEP (Parecer 
Consubstanciado). Pode assumir as seguintes situações: aprovado, não 
aprovado, pendente e retirado.
PARECER DO COLEGIADO: Parecer emitido pelos membros do CEP em 
consenso após uma reunião para apreciação de um Protocolo de Pesquisa / 
Gestão de Pesquisa / Recurso.
PARECER DO RELATOR: Parecer emitido por um relator após analise 
de um Protocolo de Pesquisa / Gestão de Pesquisa / Recurso. Este parecer 
posteriormente será apreciado pelos membros do CEP em reunião própria 
para emissão em consenso do parecer do colegiado.
PATROCINADOR: Pessoa física ou jurídica que apoia financeiramente a 
pesquisa.
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
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PESQUISA: Classe de atividades cujo objetivo é desenvolver, ou contribuir 
para, o conhecimento generalizável. O conhecimento generalizável consiste 
em teorias, relações ou princípios, ou no acúmulo de informações sobre as 
quais estão baseadas, que possam ser corroborados por métodos científicos 
aceitos de observação e inferência (CNS, 1996).
Q
Ø
R
RECEPÇÃO RECUSADA: Ocorre quando o CEP recusa a RECEPÇÃO do 
projeto, por motivos de erro de preenchimento ou por não ser o CEP que irá 
analisar o projeto.
RECURSO: Ocorre quando existe uma não concordância do pesquisador 
com o parecer dado a apreciação de um projeto de pesquisa, justificando e 
solicitando revisão do parecer emitido.
RELATOR: Membro do CEP que analisa projeto de pesquisa e documentos da 
gestão da pesquisa emitindo um parecer sobre a conformidade ética.
RELATORIA RECUSADA: Quando o relator recusa a execução de relatoria 
do projeto.
REVISOR: Membrodo CEP que analisa o parecer do relator, e expressa sua 
opinião.
RISCO DA PESQUISA: Possibilidade de danos à dimensão física, psíquica, 
moral, intelectual, social, cultural ou espiritual do ser humano, em qualquer 
fase de uma pesquisa e dela decorrente (CNS,1996).
S
SECRETÁRIA(O): Membro do CEP que atua no papel de secretariado do CEP.
T, U, V, W, X, Y, Z
Ø
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
43
Considerações finais
Em Andrade (2015b), defendemos a ideia da existência de uma 
“proficiência científica”, a qual, para ser desenvolvida e consolidada, depende 
do domínio de questões atinentes à ética em pesquisas envolvendo seres 
humanos, considerando sua vulnerabilidade e hipossuficiência.
Violações aos direitos humanos na primeira metade do século XX deram 
ensejo à discussão sobre a necessidade ética de se valorizar a dignidade humana, 
sendo o Código de Nuremberg, de 1947, um dos primeiros documentos a 
atingir tal finalidade. A partir desse documento seminal, muitos outros viram 
a luz, entre eles, as quatro gerações de dispositivos legais em contexto pátrio: as 
resoluções CNS nº 01/1988, nº 196/1996, nº 466/2012 e nº 510/2016.
Destarte, tanto na formação inicial como na formação continuada do 
professor de línguas estrangeiras / adicionais advogamos pela urgência do 
amplo conhecimento das Resoluções CNS nº 466/2012 e nº 510/2016, assim 
pela importante incorporação do Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo 
Seres Humanos como parte integrante do referido contexto de formação.
Referências
ANDRADE, Otávio Goes de. A construção do princípio jurídico da dignidade da 
pessoa humana e seus desdobramentos na ética em pesquisa com seres humanos. 
2015. Trabalho de Conclusão de Curso (Direito) – Pontifícia Universidade Católica de 
Londrina, Londrina, 2015a.
ANDRADE, Otávio Goes de. A ética em pesquisa envolvendo seres humanos como 
elemento fundamental da proficiência científica na formação de professores de línguas 
estrangeiras/adicionais. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO, 5., 2015, 
Bauru. Anais... Bauru: Unesp, 2015b. p.3258-3271. Disponível em: <http://www.cbe-
unesp.com.br/2017/pages/anais_V_CBE.pdf>. Acesso em: 3 ago. 2017.
______. “Porque gado a gente marca, tange, ferra, engorda e mata, mas com gente 
é diferente”: da ética em pesquisa com seres humanos. In: REIS, Simone. História, 
políticas e ética na área profissional da linguagem. Eduel: Londrina, 2017. p. 191-
223.
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
44
CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. 
Diretrizes e normas regulamentadoras para pesquisas envolvendo seres humanos. 
Disponível em: <http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf>. Acesso 
em: 16 mar. 2015.
______. Resolução nº 510, de 17 de abril de 2016. Normas aplicáveis a pesquisas 
em Ciências Humanas e Sociais. Disponível em: <http://conselho.saude.gov.br/
resolucoes/2016/Reso510.pdf>. Acesso em: 10 set. 2017.
NEVES, Maria do Céu Patrão. Comissões de ética: realidades e desafios. In: Bioética 
nos países de língua oficial portuguesa: justiça e solidariedade. Conselho Nacional 
de ética para as Ciências da vida: Europress: Lisboa, 2014.
PAIVA, V. L. M. de O. Reflexões sobre ética na pesquisa. Revista Brasileira de 
Lingüística Aplicada, Belo Horizonte, v. 5, n. 1. p. 43-61, 2005.
RSB: Revista Brasileira de Sociologia / Sociedade Brasileira de Sociologia – SBS – vol. 
03, n. 05, jan. / jun. 2015.
SIQUEIRA, José Eduardo de; ZOBOLI, Elma; SANCHES, Mário; PESSINI, Leo (org.). 
Bioética médica: memórias do XI Congresso Brasileiro de Bioética, III Congresso 
Brasileiro de Bioética Clínica e II Conferência Internacional Sobre o Ensino da Ética. 
CFM/SBB: Brasília, 2016.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA. Resolução CA nº 065/2013. 
Regulamenta a carga horária das atividades do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres 
Humanos na UEL. Disponível em: <http://www.uel.br/comites/cepesh/>. Acesso em: 
16 mar. 2015.
______. Resolução CEPE nº 063/2013. Cria e regulamenta as atividades do Comitê 
de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos na UEL. Disponível em: <http://
www.uel.br/comites/cepesh/>. Acesso em: 16 mar. 2015.
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ATITUDES LINGUÍSTICAS E ENSINO DE LÍNGUAS
Maria Luisa Ortiz Alvarez1
“A linguagem é o instrumento graças ao 
qual o homem modela seu pensamento, seus 
sentimentos, suas emoções, seus esforços, sua 
vontade e seus atos, o instrumento graças ao 
qual ele influencia e é influenciado, a base última 
e mais profunda da sociedade humana”. (LOUIS 
HJELMSLEV, 1975)
“Cada língua existe, pois, em função das 
necessidades sociais de designar ou nomear a 
realidade”. (MONTEIRO, 2000)
Introdução
 
Segundo Labov (1972, apud Severo 2007, p. 187), a definição de língua 
deve levar em consideração, necessariamente, o contexto social, o que implica 
atribuir à língua uma função comunicativa. A estrutura da língua, para este 
autor, é passível de ser estudada pela fala dos indivíduos; tal estrutura é 
variável, há uma correlação entre o uso lingüístico e a estratificação social; os 
indivíduos, em alguma medida, possuem consciência do processo de mudança 
da língua e, por último, há forças sociais que atuam na mudança linguística 
(SEVERO, p. 140).
A partir dessa perspectiva faz- se necessário atentar para um tema que 
tem muito a ver com a definição de Labov, as atitudes linguísticas. Moreno 
Fernández (1998) afirma que já em 1970, Agueyisi e Fishman chamavam 
a atenção para a importância que os estudos de atitudes têm no campo da 
Sociolinguística, pois permite conhecer de forma mais profunda assuntos 
como a eleição de uma língua em sociedades multilíngues, a inteligibilidade, 
o planejamento linguístico, o ensino de línguas, dentre outros aspectos. Por 
outro lado, as atitudes têm uma influência decisiva nos processos de variação e 
1 Docente da Universidade de Brasília (UNB).
Vade mecum do ensino das línguas estrangeiras/adicionais
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mudança linguísticos que se produzem nas comunidades de fala. Uma atitude 
favorável ou positiva pode fazer que uma mudança linguística se cumpra mais 
rapidamente, que em certos contextos predomine o uso de uma língua em 
detrimento de outra, que o ensino-aprendizagem de uma língua estrangeira 
seja mais eficaz, que certas variantes linguísticas se confinem aos contextos 
menos formais e outras predominem nos estilos cuidadosos. Uma atitude 
desfavorável ou negativa pode levar ao abandono e ao esquecimento de uma 
língua ou impedir a difusão de uma variante ou uma mudança linguística 
(MORENO FERNÁNDEZ, 1998, p. 179). Nesse sentido, é válida a observação 
de Blanco (2007, p. 20) ao apontar para o fato de que na Linguística Aplicada 
este tema não parece ocupar um lugar relevante, questão que deve ser analisada 
e discutida, devido à sua importância e ao que representa para a área de ensino 
aprendizagem de LE e LM.
Mas antes de falarmos sobre atitude linguística é necessário trazer à tona 
o conceito de atitude.
O conceito de Atitude
No dicionário Larousse (1992) atitude é definida como ação, conduta, 
procedimento. Já no sentido figurado, significa exteriorização de um intento 
ou propósito. 
Allport (1935, p. 810) traz a seguinte definição: 
Atitude é um estado mental e psicológico de disposição, organizado através 
da experiência, que exerce uma influência direta ou dinâmica na relação do 
indivíduo diante de todos os objetos e todas as situações com que se encontra 
relacionado.
Este autor além de apresentar a sua definição, destaca nela alguns 
elementos essenciais da atitude, que também veremos em outros autores 
que investigam essa área, a saber: a) são organizações duradouras de crenças 
e cognições em geral; b) possuem uma carga positiva ou negativa (pró ou 
contra); c) são predisposições à ação; d) são direcionadas a um objeto social. 
O enfoque principal de Allport está relacionado à natureza das atitudes, a 
sua definição é global e integradora,

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