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– “período clínico anormal causado por uma descarga elétrica excessiva, repentina e anormal no cérebro que um neurônio ou um grupo dos mesmos terão por algum tipo de lesão ou alteração fisiológica”. Pode ocorrer uma vez, por um evento exclusivo. Exemplo: na copa do mundo de 1998, o jogador Ronaldo teve uma convulsão no vestiário do time, momentos antes da final com a França. Foi o único episódio na vida. “Recorrência das crises convulsivas “. Temos alguns padrões de convulsão, que não são sempre iguais. geralmente acomete os dois hemisférios cerebrais (direito e esquerdo) e desdém os neurônios despolarizando de formas anormais. O paciente fica inconsciente durante a crise. As manifestações são movimentos musculares involuntários em todos os membros, torácicos e pélvicos. Os dois hemisférios cerebrais são cometidos (direito e esquerdo), tendo neles neurônios com descarga elétrica anormal. Porém, o paciente não perde a consciência, ele fica acordado e sabe o que está acontecendo. As manifestações são movimentos musculares involuntários em todos os membros, torácicos e pélvicos. Nesse caso, apenas um dos hemisférios vai ser acometida (por isso é focada). O paciente fica consciente durante a crise. A manifestação clínica são movimentos musculares involuntário que acometem membros torácicos ou membros pélvicos (e não os dois simultaneamente). O paciente começa a ter a crise em uma região do cérebro, porém, evolui e é como se a descarga elétrica se espalhasse pelos dois hemisférios. Começa consciente (parcial), com os um dos membros se debatendo e depois evolui para a generalização secundária, com dois hemisférios acometidos e perda de consciência, onde ocorre a manifestação com os quatro membros se debatendo. caracterizado pelas: Crise de ausência: o paciente pode estar normal e repentinamente senta a crise e passa a não responder mais a nenhum tipo de estímulo, apenas com os sinais vitais, olhar perdido e inconsciente, mesmo que acordado. Ocorre muito em humanos. Ele não apresenta movimentos musculares involuntários, apenas fica parado. Crise clônica: acomete grupos musculares específicos, com contrações leves, mas completamente descontroladas (espasmos). É semelhante àquela sensação que temos ao sair de um treino intenso de academia sem o preparo físico necessário, em que o músculo fica contraindo de forma desordenada. Crise tônica: contém uma contração mais vigorosa e mais forte, como se o ser estivesse agindo normalmente e repentinamente uma região muscular contraísse. Principais anticonvulsivantes utilizados na medicina veterinária: É o Gardenal, um barbitúrico essa droga aumenta os efeitos do GABA, que é um neurotransmissor inibitório do sistema nervoso central. Ele age se ligando à canais de cloro, abrindo-os no neurônio, ocorrendo assim um influxo de cloro para dentro dele. Quando esse influxo ocorre o neurônio fica no estado elétrico de hiperpolarização, já que o cloro é negativo e consequentemente deixa o meio ainda mais negativo Mesmo pela via intravenosa, o Fenobarbital demora de 30 a 40 minutos para ter tempo de ação, visto que não chega facilmente ao SNC. Quando administrado pela via oral, demora até algumas horas Mantemos os níveis plasmáticos dessa droga de 7 a 10 dias (ou seja, demora muito para ser eliminada) Anticonvulsivantes Ou seja, com essa droga reforçamos ainda mais a negatividade na célula ao simularmos a ação do GABA. Quanto mais negativo, mais difícil é de despolarizar (que é o início para a geração de eletricidade). Se o neurônio está hiperpolarizado é mais difícil de gerar corrente elétrica. – hepática renal Os efeitos adversos ocorrem com moderada frequência: 1. Hepatotoxicidade: é uma característica dessa droga, já que sua metabolização é difícil. Ou seja, não podemos usar o Gardenal de forma crônica, e se usar, deve-se monitorar periodicamente o fígado, pois é muito comum o surgimento de cirrose medicamentosa. 2. Sedação: ocorre até que se ajuste a dose, mas as vezes persiste mesmo após esse período e em doses “rápidas”. O efeito é um paciente mais letárgico, comum de acontecer. 3. Hiperatividade paradoxal: é o contrário da sedação, que pode ocorrer também, acometendo outra região do cérebro. O efeito é um paciente muito eufórico e agitado, sendo mais raro 4. Polifagia: gera mais fome 5. Polidipsia: gera mais sede 6. Poliúria: gera mais urina Os efeitos 4, 5 e 6 ocorrem pois são alteradas regiões do cérebro das quais os animais/nós não temos controle. 7. Anemia: ocorre pois o Gardenal bloqueia ou dificulta a absorção de folato (ácido fólico), uma das matérias primas para produzir a hemácia e a hemoglobina. é um benzodiazepínico essa droga aumenta os efeitos do GABA, que é um neurotransmissor inibitório do sistema nervoso central. Ele age se ligando à canais de cloro, abrindo-os no neurônio, ocorrendo assim um influxo de cloro para dentro dele. Quando esse influxo ocorre o neurônio fica no estado elétrico de hiperpolarização, já que o cloro é negativo e consequentemente deixa o meio ainda mais negativo Facilidade de administração pelas vias: Intravenosa Oral Intramuscular Subcutânea Intranasal Intraretal hepática renal Gera metabólitos ativos, o que aumenta o seu tempo de atuação. OS efeitos adversos são: 1. Induz tolerância nos cães em aproximadamente 15 dias: ou seja, pode ser que após esse período a droga perca sua eficácia. Porém esse é um efeito que PODE ocorrer, mas não necessariamente vai. 2. Efeito permanente em gatos: ou seja, o gato fica letárgico. Porém, esse é um efeito que PODE ocorrer, mas não necessariamente vai, até porque a literatura recomenta o uso dessa droga em casos emergenciais, e esse quadro letárgico aconteceria com o uso prolongado da mesma 3. Necrose hepática fulminante em gatos: se isso ocorrer, provavelmente o paciente virá a óbito. A literatura recomenda e permite o uso da droga em felinos, portanto, esse efeito adverso é muito raro, mas pode ocorrer. 4. Sedação: ocorre pela depressão do sistema nervoso central 5. Polifagia: gera fome tem a estrutura muito simples, sendo ela o KBr (brometo de potássio). não se sabe ainda ao certo qual é o mecanismo de ação e nem como essa droga impede a convulsão, mas, acredita-se que ela mimetize os íons cloreto. Imagina-se que o brometo de potássio, K+Br-, entra no neurônio como se fosse cloro, causando a negatividade da célula e a hiperpolarização (já que, quanto mais negativa, mais distante da despolarização está). Para essa droga, mandamos sempre manipular em um laboratório, mesmo que se encontre para vender em farmácia, a fim de que se tenha como solução oral (liquida) não é hepatotóxico; pois não sofre metabolização, e sim ionização (já que é um sal). Assim, não sobrecarrega o fígado e é muito eficaz em gatos, visto que não precisa do fígado para a ionização. Efeitos colaterais: − Ataxia − Hiperatividade O Diazepam tem o mesmo mecanismo de ação que o Fenobarbital, e o que os difere é que o Diazepam chega mais facilmente ao sistema nervoso central, se difundindo com facilidade a ele. Por isso, usamos essa droga em quadros emergenciais, quando já está ocorrendo a crise convulsiva, visto que gerará efeito mais rápido devido a sua rápida absorção. Podemos associar ao Dizepam e ao Gardenal, pois assim reduzimos a dose dessas drogas associadas e consequentemente a chance de acontecer efeitos colaterais. Assim teremos dois anticonvulsivante potencializando seus efeitos e diminuindo as chances de efeitos colaterais. – − Hipersensibilidade em animais atópicos: alergias de pele em animais que possuem esse quadro, porém, não se sabe o porquê disso− Hipercalemia em nefropatas: o potássio volta para o sangue e vai para o rim. Se o paciente for nefropata, essa função renal já vai estar prejudicada, e como daremos muito mais potássio para esse rim reabsorver, haverá uma sobrecarga do órgão e esse potássio passará direto para a urina. − Diarréia Nunca se deve administrar esse medicamento sem luvas, visto que em contato com a pele ele é facilmente absorvido, gerando um uso indireto do brometo de potássio é um aminoácido análogo estrutural do GABA essa droga ajuda nas ações do GABA (devido à sua semelhança) em sistema nervoso abrindo os canais de cloro (que é negativo) e consequentemente gerando a hiperpolarização, visto que a negatividade da célula está maior, e assim ela estará mais longe do potencial de ação necessário para gerar a eletricidade. tem uma baixa metabolização hepática, onde apenas 30% ocorrem pelo fígado e o resto é eliminado de forma inalterada pela urina Para efeito anticonvulsivante, a Gabapentina não é empregada sozinha, visto que ela é fraca, assim, devemos sempre associar à outra droga. nunca se deve interromper o tratamento de forma abrupta. O uso de anticonvulsivantes precisa de desmame, já que o neurônio irá criar uma descarga elétrica excessiva que não criava a muito tempo, o que resultará em uma crise ainda pior! Muitas vezes os pacientes param de utilizar a droga apenas porque as crises pararam de ocorrer, contudo, devemos lembrar que as convulsões pararam justamente devido ao tratamento. Às vezes o anticonvulsivante pode gerar esse quadro no sentido de precisar da droga sempre para o neurônio fique controlado, mas não com o efeito gerado na dependência química por drogas ilícitas. Efeitos adversos: − Sonolência − Fadiga − Incoordenação − Ataxia − Distúrbios na visão − Nistagmo Quando associamos a Gabapentina à outra droga, diminuímos a dose de ambas e consequentemente diminuímos a ocorrência de efeitos colaterais pois diversificamos os mecanismos de ação
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