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ESTADO, REGULAÇÃO SOCIAL E CONTROLE DEMOCRÁTICO (Síntese)

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CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
POLÍTICAS SOCIAIS SETORIAIS
GUILHERMINA DE OLIVEIRA MOTA
ESTADO, REGULAÇÃO 
SOCIAL E CONTROLE DEMOCRÁTICO
Síntese 
Introdução
A articulação do Estado ao longo da história se dá em relação imediata com a sociedade civil.
Para entender a concepção de Estado é necessário que se dê início a partir de predefinições: O Estado não é igual, por causa de dois agravantes: o primeiro o contexto sociocultural e o segundo no momento histórico, isso porque existe por conta das singularidades de cada sociedade especifica, logo não é o Estado que cria a sociedade e sim o inverso, apesar de que pareça exatamente o contrário e por fim que existem múltiplas definições a cerca de Estado que reflete diretamente nas relações com a sociedade.
2. Origens e desenvolvimento do Estado como instrumento de dominação e seus contrapontos principais
A concepção de poder e dominação vem desde da Grécia antiga, embora houvesse leis para barrar os abusos dessa dominação, os gregos acreditavam no direito natural juntamente com a desigualdade natural entre os homens, o que pode ser entendida a escravidão como algo natural, já em Roma era pregado a igualdade entre os homens daí a diferença no tratamento para com os escravos, principalmente porque a ideia de Estado estava diretamente ligada a de justiça.
O poder sobrenatural entre o Estado e a população não foi perdido desde a Era Medieval, só que foi adicionado que o rei deveria ser bem quisto pelos seus súditos, sendo predefinidas as ações de ambas as partes.
No conceito liberal o Estado não deveria intrometer-se nas relações sociais e econômicas, portanto perderia a preocupação com o equilíbrio societário fortalecendo a ideia de que eram todos igual tanto formalmente quanto juridicamente. Todavia, com a questão social tomando grandes proporções o Estado torna-se interventor, dando respostas de cunho social às demandas que o capitalismo fazia surgir, sendo desta forma o mediador dando inicio ao Estado Social.
3. Emergência e afirmação do Estado Social
Com a questão social cada vez mais presente na sociedade capitalista era percebido que o liberalismo havia fracassado e que era hora de buscar um novo sistema, com o Estado sendo interventivo nasce o Estado Social ou Welfare State.
O aumento do desemprego e todo o contexto que envolveu a crise de 1929 exigiu que o Estado se regulasse, já que se deixara de acreditar que uma mão invisível mantinha a sociedade em equilíbrio, principalmente econômico, a solução encontrada foi o keynesianismo no qual o Estado faria diversas obras públicas a fim de dar emprego a população, mas ao contrário do que se pensa essa solução não veio para garantir a socialização da produção e sim para fazer com que a população tivesse poder aquisitivo para consumir.
Em meio a isso estava uma organização dos trabalhadores com fins de garantir os seus direitos, entretanto havia uma luta entre os direitos coletivos e os individuais, que não eram equiparados.
Na sociedade burguesa os dois tipos de direitos vivem numa teia de antagonismos no qual as diferenças são marcantes sendo algumas delas: a mudança constante e reformulação no caso dos direitos coletivos e no caso do individual é uma constante sem muita mobilidade; Enquanto os individuais repulsam o Estado de suas relações os direitos coletivos o trazem para mais perto, sendo possível uma relação entre sociedade civil e Estado, porém no quesito concretização os direitos individuais saem em disparada, já que para serem efetivados os direitos coletivos precisam do Estado e das políticas públicas que muitas vezes não há recursos suficientes.
 Na ótica capitalista são mais rentáveis os direitos individuais, já que é mais fácil deixar os sujeitos livres sem Estado do que desprender de recursos para interagir com a sociedade civil, por isso as políticas sociais são campos de bastante disputa societária.
4. Do declínio de regulação estatal à ressurgência da regulação mercantil
Como solução para os muitos problemas ocasionados pelo Estado Social o neoliberalismo surge com o objetivo mudar as práticas que ocasionavam as crises, sendo eleitas como as principais: o uso indevido dos recursos públicos com políticas sociais, que refletia diretamente na déficit do país; o mercado deve ser livre.
Em comparação ao Estado Social a forma neoliberal há muito sai perdendo, principalmente no quesito economia que era o principal foco das ideias neoliberais, é possível constatar um aumento no desemprego, uma maior diferença entre o rico e o pobre e um aumento significativo na desigualdade dos salários resultado do “livre mercado” e sua desregulação proposital.
Quanto ao social, a exclusão social torna-se grande foco do neoliberalismo fazendo com que as políticas sociais cada vez mais especificas e o mercado só mantém relações com a população com vinculo empregatício. No caso dos pluralismos existem duas distinções o residual: No qual o Estado perde o papel de interventor e pluralismo institucional neste caso o Estado não tira suas obrigações, todavia procuram parcerias no âmbito privado, este último tem suas bases na justiça social, porque existe uma espécie de submissão do privado ao público.

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