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Portfólio Interdisciplinar - Letras 1ª semestre

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UNIVERSIDADE DO NORTE DO PARANÁ
CURSO: LETRAS COM HABILITAÇÃO EM LÍNGUA INGLESA
DISCIPLINA : ATIVIDADE INTERDISCIPLINAR
 TUTORA: ERILDES RIBEIRO PRADO
BARBARA JULIA TAVARES CONCEIÇÃO
DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA IGUALDADE DE GÊNERO NO ESPAÇO ESCOLAR.
 
 
BARBARA JULIA TAVARES CONCEIÇÃO
DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA IGUALDADE DE GÊNERO NO ESPAÇO ESCOLAR
 
 Portfólio apresentado a Universidade do Norte do Paraná no curso de licenciatura em letras com habilitação em língua inglesa, como requisito parcial para a conclusão da disciplina Atividade interdisciplinar.
Tutora: Eraides Ribeiro do Prado
 
 SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	2
2 DESAFIO E POSSIBILIDADES DA IGUALDADE DE GÊNERO NO ESPAÇO ESCOLAR.	3
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS	7
REFERÊNCIAS:	8
 
11
Camaçari
2019
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por finalidade mostrar as dificuldades encontradas nas escolas em relação a igualdade de gênero. Apesar dos grandes avanços obtidos durante os anos, percebe-se que alguns estereótipos ainda são reforçados no ambiente escolar , inclusive, por gestores e professores que não estão sabendo como lidar com as mudanças sociais direcionadas a educação de meninos e meninas, ou seja, a equidade .
O padrão antiquado de separação, até então é vigente na maioria das intuições; por isso, há uma necessidade de reformulação nas didáticas dos educadores para que os mesmos erros que contribuíram para a formação da sociedade de hoje não sejam reproduzidos, e que mesmo que tardia a igualdade de gênero nas escolas possa ser uma realidade. 
2 DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA IGUALDADE DE GÊNERO NO ESPAÇO ESCOLAR.
Durante anos em nossa sociedade as diferenças entre homens e mulheres foram além das diferenças biológicas. A disparidade internalizada desde a infância, nos levou a acreditar que “ mulher é sexo frágil” , não no sentido que nos remete a sensibilidade, mas no contexto de fraqueza. Essa ideia de fraqueza colocou a mulher em situação de submissão e subserviência durante muito tempo, até o surgimento do movimento Feminista contemporâneo de 1960, que obteve algumas conquistas até então inimagináveis para as mulheres. 
Sob a perspectiva de fraqueza, submissão e subserviências as limitações femininas eram grandes, a vida da maioria das mulheres limitava-se em casar, ter filhos e cuidar da família, função essa que a sociedade sempre tratou como divina e irrefutável. 
[...] Tanto a sociedade quanto o grupo familiar, prezavam a conduta, o comportamento e o ambiente frequentado pelos jovens, principalmente pelas moças. Estas, deveriam ter a conduta moral inabalável, afim de encontrarem a possibilidade de um bom casamento e construir uma família. Desejo este nutrido por uma parte significativa da população feminina. (MITTANK, 2017)
Essas regras sociais relacionadas as mulheres se perpetuaram por muitos anos, “ a conduta moral inabalável” que deveriam mostrar a sociedade não permitia que nenhuma garota fosse além daquilo que se esperava dela, ser gentil, cortês e educada para que viesse a fazer um ótimo casamento, casamento este que muitas vezes não lhe traziam felicidade, apenas a ideia de ser respeitada perante a sociedade e ter o titulo de esposa exemplar, que era o que se almejava, sendo assim, consagrada em meio ao seu circulo. 
Diante das possibilidades da época , o máximo que uma mulher poderia chegar era ao magistério, ainda assim, somente as jovens de classe média alta conseguiria exercer esta função, pois eram as únicas em meio a população feminina que tinham estudo para lecionar. Ainda assim, o máximo que essas meninas trabalhavam fora de casa era até o casamento, consumado o matrimônio as mesmas abandonavam as atividades para se dedicarem a tão sonhada família.
 Segundo Jakimiu (Apud PAIM E STREY, 2007 ) ressaltam que para o entendimento da desigualdade de gênero, é fundamental entendermos que sua gênese e manutenção na sociedade estão relacionadas ao conceito de patriarcado. As relações assimétricas entre os gêneros vêm mostrando que as sociedades patriarcais engendram e sustentam relações e modos de produção, nos quais os homens como categoria social levam vantagens sobre as mulheres, nas mesmas condições.
Em 1962, com a criação do “ Estatuto da mulher casada” que dava o direito a liberdade da mulher trabalhar sem precisar da permissão do marido, foi um grande passo para que as mulheres começassem a adentrar ambientes trabalhistas e escolares que antes não lhe eram permitidos. Ainda que essas mudanças ocorressem a lentos passos, foi de grande valia porque a partir desta época os valores de responsabilidade e liberdade para homens e mulheres foram se equiparados, ainda que pouco, mas houve um grande avanço. “ De fato, através dos movimentos das mulheres, a história mostra as suas conquistas, e suas lutas ainda para buscar superaras desigualdades sociais e politicas [...]” ( SOUSA; GRAUPE, 2014)
Transpassada a barreira da proibição do acesso a mulher na escola e ambiente de trabalho sem a necessidade da permissão do marido, outros problemas foram se desenhando: as regras restritivas, tais como, estabelecer que esta ou aquela disciplina seja voltada ou dominada mais por meninos ou meninas, mulheres ou homem, estabelecendo ou reforçando desta forma a norma de gênero.
 Além de serem restritivas, que tentam encaixar as pessoas em estereótipos sociais, as normas de gênero são também a base para muitas citações de desigualdade. Quando usamos o termo “Desigualdade de gênero” nos referimos a relação de poder, privilégio ou hierarquias sociais criadas a partir das diferenças percebidas entre homens e mulheres ou masculinidade e feminilidade. ( LINS; MACHADO; ESCOURA; 2016, P.16)
A escola que é de propriedade do povo, tem por obrigação diminuir ou anular de vez esse comportamento separatista que são baseados em comportamento histórico e de matriz religiosa, que designam a homens determinadas funções e as mulheres outras funções que poderiam e devem ser executadas por ambos os sexos. Os esportes, inclusive o futebol, modalidade mais popular em meio as aulas de educação física, são praticamente exclusividade dos homens, não por falta de habilidade das mulheres, mas que desde sempre foram ensinadas que o futebol era coisa de garoto. Os tempos mudaram, as mulheres hoje em dia já se fazem presentes em grande quantidade nos estádios de futebol, carregam com orgulho pelas ruas camisas de uniforme que levam o escudo do seu time de coração. Ao invés de serem apenas torcedoras e ficarem somente nas arquibancadas , as mulheres, através da indução das escolas e principalmente dos professores de educação física, ocuparem o espaço que outrora pertencia somente ao gênero masculino, estar dentro do campo com a bola nos pés exaltando o futebol feminino, entretanto, para que isso aconteça a necessidade de mudança de pensamento e ações dentro das aulas de educação física, a inserção dessas mulheres dentro da quadra para já se familiarizem desde criança que futebol não tem gênero. Segundo Otero “ A educação deve ser livre de qualquer descriminação para proporcionar as condições do pleno desenvolvimento” ( www.educação.estadão.com.br)
A escola tem o papel principal nessa inserção, falamos das aulas de educação física porque é umas das áreas que mais há disparidade entre os sexos, considera-se que os homens tenham habilidades melhores para as aulas de matemática ou de física, qualquer matéria que sejam relacionadas a cálculos, e que as mulheres sejam melhores nas aulas as quais sejam voltadas para a área de humanas, “Da divisão das atividades esportivas a distinta expectativade aprendizagem em determinadas disciplinas como matemática, apesar dos avanços conquistados pela luta feminina, o machismo ainda está muito presente no espaço escolar” ( OTERO).
Este pensamentos já não cabe mais em meio as instituições escolares , A dificuldade para que essa igualdade não aconteça são muitas vezes a falta de sensibilidade de alguns mediadores educacionais, os professores devem por obrigação despisse de qualquer tipo de preconceito que ainda tenha com relação a desigualdade. A ideia de que banheiros de escola tenham cores designadas como ao azul para meninos e o rosa para meninas reforça esse estereotipo e nada ajuda no processo de equidade.
A luta para que esses tabus dentro da escola venham a ser quebrados é repleto de resistência, pois, no meio do próprio ambiente escolar ainda há quem utilize o discurso teológico e biológicos para a separação dos sexos. Segundo ressaltam Santos e Bruns (2000), “ O processo de constituição de gênero não é, de forma alguma, natural: o indivíduo só vai se tornando homem ou mulher, valendo-se de suas relações interpessoais, o que é um processo histórico-social”. Por tanto, aqueles profissionais que ainda utilizam as táticas separatistas e argumentos os quais não cabem mais a sociedade que vivemos e tentamos adequar homens e mulher na mesma linha, devem rever as sua posições desprendendo-se de qualquer linha que seja preconceituosa. 
Nós, futuros docentes e os que ai estão , não podemos estabelecer regras que limitem o avanço de nossos alunos na sala de aula. Homens e mulheres tem o mesmo direito e dever de desfrutar de quaisquer que sejam as disciplinas , não há comprovantes científicos que estes ou aquele sexo seja melhor em atividades A ou atividades B. Cabe a nós observar, analisar, criar meios e caminhos para descobrir as múltiplas habilidades dos nossos alunos sem nos basear em sexo. Pertence a nós o dever de ensiná-los a respeitar o outro, a se descobrir como individuo participantes da sociedade com suas próprias habilidades.
 Queremos mais mulheres na engenharia, na Educação física. Homens atuando no serviço social e dentro das salas de aula. Nós professores, temos que diminuir essa ponte de preconceito e descriminação que perpetuou tanto dentro da nossa sociedade em que em breve essa parte obscura da nossa sociedade, esteja apenas nos livros de história.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Observamos neste trabalho que o processo de desigualdade entre homens e mulheres é estrutural, vem da formação da própria sociedade no seu contexto histórico e patriarcal, a partir disso, podemos entender que estigmas e paradigmas sociais relacionados a diferença dos sexos foi e é a porta de entrada para que as escolas de hoje, mesmo com os grandes avanços sociais com relação ao direito das mulheres, ainda se utilizam de estereótipos, dificultando a aprendizagem de novos valores dentro do ambiente escolar. 
Podemos entender que: a postura de alguns docentes, que ainda trazem consigo algum tipo de preconceito internalizado por questões religiosa ou patriarcal, tenham dificuldades de trabalhar com processos que leva a equidade. Mas, acreditando que por meio da informação e da mudança de hábito, entendendo que o sexo não influencia diretamente nas habilidades de homens e mulheres. Compreendendo isso, podemos, mesmo que a longo prazo, ter a certeza que a igualdade de gênero nas escolas não seja apenas um desejo, e sim uma realidade.
 REFERÊNCIAS:
JAKIMIU, Vanessa campos de Lara. A construção dos papeis de gênero no ambiente escolar e suas implicações nas construções das identidades masculina e feminina: uma dinâmica de relação de poder, X congresso nacional de educação,2011.
LINS, Beatriz Accioly; MACHADO, Bernardo Fonseca; ESCOURA, Michele. Entre o azul e o cor-de-rosa: normas de gênero. In. ________ (Orgs.). Diferentes, não desiguais: a questão de gênero na escola. São Paulo: Editora Reviravolta, 2016.
MITTANK, Vanuza Alves. Seminário internacional fazendo gênero: Women´s worlds congress. Florianópolis, 2017.
OTERO, Rebeca. Igualdade de gênero na educação. Disponível em: <htpp://www.educação.estadão.com.br> acessado em: 04 de Outubro de 2019.
PAIVA, Thaís. Como trabalhar a igualdade de gênero na escola. Disponível em : <htpp://www.cartadacapital.com.br> acessado em: 04 de Outubro de 2019. 
SANTOS, C; BRUNS, M.A.T. A educação sexual pede espaço: Novo Horizonte para práxis pedagógica. São Paulo, Ômega editora. 2000.
SOUSA, Lúcia Aulete Búrigo; GRAUPE, Mareli Eliane. Gênero e Políticas Públicas na Educação. In. Anais do III Simpósio Gênero e Políticas Públicas, Universidade Estadual de Londrina, 27 e 29 de maio de 2014.

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