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1. Propriedades elásticas do pulmão e da parede torácica: a interação entre eles ocorre por meio do espaço intrapleural - Comportamentos elásticos dos pulmões: tendencia natural a retração - Comportamento elástico da parede torácica: tendencia natural a expansão • Complacência: é a relação entre a variação do volume gasoso mobilizado e a pressão necessária para mantê-lo insuflado, é a capacidade de distensão/elasticidade do pulmão -> a variação de volume dos pulmões é proporcional à intensidade da pressão gerada pelos músculos respiratórios • Elasticidade: Propriedade que permite ao corpo voltar a forma original após deformação Relação entre elasticidade e complacência é inversa Maior elasticidade -> Maior retração elástica -> Menor complacência -> Menor Distensão - A complacência pulmonar depende das fibras elásticas e da tensão superficial -> Surfactante: reduz a tensão superficial na superfície que reveste os alvéolos, aumenta a complacência pulmonar tornando mais fácil a expansão dos alvéolos, conferem estabilidade no tamanho dos alvéolos. Substância secretada pelos pneumócitos tipo II, composto por fosfolipídios, proteínas e íons • Surfactantes são moléculas anfipáticas que reduzem a tensão superficial e o fazem de forma inversamente proporcional ao raio alveolar: - Em alvéolo de rápida expansão: durante a inflação, o alvéolo expandiu-se de um raio de 100 a 1500 reduzindo a densidade superficial do surfactante. Assim, a tensão superficial aumenta e há recua elástico colocando um freio na expansão. -Em alvéolo de menor expansão: porque i raio deste alvéolo expandiu-se somente de 100 a 120, seu surfactante é menos diluído colocando menos freio na expansão • Como o surfactante contribui com a estabilização do tamanho dos alvéolos: 1. A pressão é maior no alvéolo menor -> o ar flui para dentro do alvéolo maior -> 2. O surfactante reduz a tensão superficial -> a pressão é igualada no alvéolo maior e menor ** Doenças relacionadas a baixa complacência pulmonar: síndrome da angústia respiratória, fibrose pulmonar, asma 2. A interação entre pulmões e parede torácica: ocorre por meio do espaço intrapleural entre as pleuras pulmonares, o equilíbrio entre essas forças é mantido pela pressão negativa do liquido intrapleural * Fatores responsáveis pela pressão negativa do líquido intrapleural: - Crescimento diferencial do pulmão e do tórax: Tendência do pulmão de se retrair e Tendência da parede torácica de se expandir; e bombeamento contínuo do fluido intrapleural pelos vasos linfáticos - As propriedades elásticas da caixa torácica tentam a puxar a parede torácica para fora - A retração elástica do pulmão cria uma força que puxa o pulmão para dentro ** Pneumotórax: a pressão pleural normalmente é negativa (-3mmHg), assim os alvéolos são mantidos abertos, se houver perfuração da pleura o pulmão colabara devido a entrada de ar e ao extravasamento de líquido. Não haverá mais a pressão negativa que unia as duas pleuras -> P = P ATM, o pulmão colapsa para o tamanho não estirado 3. Lei de Boyle: a pressão do gás muda inversamente ao volume do recipiente de distribuição e a redução do volume aumenta as colisões e aumenta a pressão. Ex: V1 = 1L e P1 = 100mmHg -> V2 – 0,5L e P2 = 200mmHg * GRADIENTE DE PRESSÃO: Os músculos respiratórios não são aderidos à superfície dos alvéolos para tracioná-los, portanto, os alvéolos não se expandem por conta própria Os alvéolos se expandem passivamente em resposta a aumentos da pressão de distensão através da parede pulmonar. - Os gases movem-se de áreas de alta pressão para áreas de baixa pressão - Inspiração e expiração: criação de um gradiente de pressão entre o ar atmosférico e o ar nos pulmões • Portanto 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑟 = ∆𝑃𝑎𝑙𝑣 R * Variações das pressões intra-alveolar e intrapleural durante o ciclo respiratório: Lei de Boyle P1.V1= P2.V2 3.2 = 6.1 6=6 • Antes da inspiração começar, quando a glote está fechada, a pressão intra- pleural é de -5cm de H2O. Já a pressão alveolar é 0. • No começo da inspiração, os músculos da inspiração se contraem, aumentando o volume torácico/pulmonar. • Lembre-se que pressão é força sobre área. Portanto, quando o volume pulmonar aumenta, a área superfície do interior dos alvéolos aumenta, diminuindo assim a pressão alveolar (-1cm de H2O) • A pressão alveolar se torna, portanto, menor que a pressão atmosférica. Portanto, o ar tende a entrar no pulmão, pois os fluídos se movem do local de maior pressão para o local de menor pressão • A pressão intrapleural também cai durante a inspiração (-7,5cm de H2O), conforme o pulmão se expande, sua retração elástica aumenta levando a pressão pleural a diminuir. • No momento da expiração, os músculos, que estavam contraídos, relaxam, diminuindo novamente o volume pulmonar. • A pressão alveolar e a pressão intrapleural retornam aos valores iniciais, e o ar sai dos pulmões. ** Pressão transpulmonar: É a diferença entre as duas pressões acima, ou seja, é a diferença de pressão entre o interior dos alvéolos e a superfície do pulmão. Portanto, quanto maior a pressão transpulmonar maior a quantidade de ar que entra nos pulmões. * As medidas da eficiência respiratória: VM = VC . FR -> ventilação pulmonar total em vm/minuto, onde VM é volume por minuto, VC é volume corrente (: é o volume que é inspirado, ou expirado, a cada incursão respiratória normal) e FR é a frequência respiratória * Ventilação alveolar VA = (VC-VEM) . FR, é medida em L/min, onde VEM é o volume do espaço morto - A ventilação alveolar esta relacionada com a perfusão através dos capilares pulmonares. O desequilíbrio na relação ventilação-perfusão leva a formação do espaço morto fisiológico que ocorre quando o alvéolo é: ventilado, mas não perfundido ou perfundido, mas não ventilado 4. A mecânica da ventilação - Músculos envolvidos na respiração: Inspiratórios: ->Músculos Acessórios: esternocleidomastóideo e os Escalenos, durante o esforço respiratório elevam a caixa torácica gerando um aumento significativo do volume apical dos pulmões. -> Músculos principais: Intercostais Externos: ficam posicionados entre as costelas na porção mais externa da caixa torácica e é responsável por aumentar os espaços costais durante a inspiração. Diafragma: . Os pulmões ficam apoiados sobre o Diafragma, o músculo contrai, se movimenta para baixo favorecendo a expansão dos pulmões no sentido caudal. Expiratórios: ->Respiração em repouso: expiração em condições de repouso é passiva, é resultado da retração passiva dos pulmões ->Respiração forçada: Intercostais Internos: ficam posicionados entre as costelas na porção mais interna da caixa torácica e é responsável por diminuir os espaços costais durante a expiração; músculos abdominais: comprimem as vísceras, que se movimentam para cima, são: o reto abdominal, os oblíquos (externo e interno) e o transverso abdominal. 5. Ciclo respiratório -Inspiração: o diafragma se contrai e se abaixa: músculos intercostais se contraem e elevam as costelas -> expansão do tórax -> os pulmões se distendem -> A P intrapleural e alveolar diminuem em relação a ATM -> o ar flui para os alvéolos -Expiração: o diafragma relaxa e eleva-se: os músculos intercostais relaxam e abaixam as costelas -> retração do tórax -> os pulmões se contraem -> as pressões intrapleural e alveolar aumentam -> o ar flui para fora dos alvéolos
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