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resumo - parênquima, colênquima e esclerênquima Engenharia Agronômica Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) 4 pag. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: edilson-julio-crispim (ejuliocrispim@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark José Maria Cardoso: jmcardoso.passos@hotmail.com Resumo sobre Parênquima, Colênquima e Esclerêmica Parênquima O parênquima do corpo primário da planta desenvolve-se a partir do meristema fundamental no ápice do caule e da raiz, no entanto as células parenquimáticas podem originar-se do procâmbio ou do câmbio e do felogênio. Durante a evolução das plantas sofre modificações, originando os diferentes tipos de tecidos que constituem o corpo das plantas. O parênquima é considerado potencialmente meristemático, pois conserva a capacidade de divisão celular. Em razão disso, é grande sua importância no processo de cicatrização ou regeneração de lesões como na união de enxertos ou lesões mecânicas. É constituído de células, em geral, isodiamétricas, possuem paredes delgadas, compostas de celulose, hemicelulose e substância pécticas, estas substâncias são depositadas nos campos de pontoação primária. Os núcleos das células parenquimáticas são evidentes. Os vacúolos ocupam grande volume celular, podem ser pequenos e numerosos, principalmente se exercerem a função de excreção. Durante a formação do tecido parenquimático ocorre a dissolução da lamela média, formando espaços intracelulares equizógenos. Os espaços intercelulares podem ocorrer a partir da lise das células, formando espaços lisógenos. O tecido parenquimático está distribuído em quase todos os órgãos das plantas: na medula e córtex da raiz e do caule, no pecíolo e no mesófilo das folhas, nas peças florais e na parte carnosa dos frutos. As células podem desempenhar atividades essenciais na planta como fotossíntese, reserva, transporte, secreção e excreção. Podem distinguir-se três tipos básicos de parênquima: de preenchimento, clorofiliano e de reserva. Parênquima de preenchimento. Também denominado parênquima fundamental, está presente na região cortical e medular do caule, da raiz e do pecíolo e nas nervuras das folhas. Suas células podem ter formas variáveis e conter cloroplastos, amiloplastos, cristais e várias substâncias, como compostos fenólicos e mucilagem. Parênquima clorofiliano ou clorênquima. A principal característica esta parênquima é ser fotossintetizante. Em razão dos cloroplastos, converte a energia luminosa em energia química, armazenando-a na forma de carboidratos. Há parênquima clorofiliano dos seguintes tipos: paliçádico, esponjoso, regular, plicado e braciforme. • Parênquima paliçádico – é encontrado principalmente no mesófilo e constituído de um ou mais estratos celulares com grande quantidade de cloroplastídeos e poucos espaços intercelulares. • Parênquima esponjoso – apresenta células de formato irregular com projeções laterais, conectadas às células adjacentes, delimitando os espaços intercelulares. As células do parênquima esponjoso conectam às células do parênquima paliçádico, podendo ter formato diferenciado das demais células esponjosas. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: edilson-julio-crispim (ejuliocrispim@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark • Parênquima regular – o conjunto celular tem aspecto homogêneo. • Parênquima plicado – A característica principal de suas células é possuir reentrâncias, assemelhando-se a dobras. É encontrado em plantas com área foliar ou mesófilo reduzido. • Parênquima braciforme – As células braciformes apresentam grandes projeções laterais que formam “braços” que conectam células adjacentes, delimitando lacunas. Parênquima de reserva A principal função deste tecido é armazenar substâncias provenientes do metabolismo primário. As reservas são, normalmente, de proteínas. As substâncias de reserva podem ser depositadas em organelas citoplasmáticas ou em raízes e outros órgãos armazenadores. Este tecido pode funcionar como meio para a planta evitar o estresse de determinado ecossistema, constituindo um tecido que desempenha importante função, em espécie adaptadas a sistemas xéricos e ambientes aquáticos, armazenando água e ar. Classifica-se em amilífero, aerífero ou aerênquima, e aquífero. • Parênquima amilífero – As células deste parênquima reservam grãos de amido, sendo carboidratos depositados no amiloplastos. Estas reservas podem servir de alimento a diversas espécies de animais ou constituir estratégias de sobrevivências para plantas que habitam ambientes com sazonalidades definidas. • Parênquima aerífero,ou aerênquima – A especialidade é armazenar ar entre as células. Este tecido tem como principal característica a presença de grandes e numerosos espaços intercelulares ou lacunas, onde o ar é acumulado. • Parênquima aquífero – As células são especializadas em armazenar água. São volumosas, com grandes vacúolos e paredes finas e geralmente desprovidas de cloroplastos. Colênquima Constituído de células vivas, este tecido origina-se do meristema fundamental e a plasticidade da parede celular possibilita o crescimento do órgão ou do tecido até atingir a maturidade. A parede do colênquima possui celulose, grande quantidade de substâncias pécticas e água. O colênquima apresenta a função de sustentar as regiões e órgãos das plantas que possuem crescimento primário, ou que estão sujeitos a movimentos constantes. As células do colênquima possuem semelhanças com as do parênquima, por terem protolasmos vivos e campo de pontoação primária, além de serem capazes de retomar a atividade meristemáticas e se dividirem. O colênquima dispõe-se em posição superficial ou constituindo um cilindro continuo nos diferentes órgãos da planta: abaixo da epiderme, no pecíolo e nas nervuras de maior porte das folhas, na periferia dos caules, no eixo das florescências e nas peças florais, frutos e raízes. As paredes do colênquima às vezes sofrem espessamento mais acentuado lignificam-se, convertendo-se em esclerênquima. Esse fato é decorrente do processo de lamelação da parede celular, as lamelas mais internas formam um extrato rico em celulose, que mais tarde irão se lignificar. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: edilson-julio-crispim (ejuliocrispim@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark O colênquima é classificado de acordo com o espessamento da parede celular observada em seção transversal, e pode ser angular, lamelar, tangencial ou em placa; lacunar, e anelar, ou anular. • Colênquima angular – Há espessamento da parece celular na seção longitudinal e nos ângulos, nos pontos em que se encontram três ou mais células. Às vezes há variação no colênquima angular coma dissolução da lamela mediana, formando os espaços intercelulares. Neste caso é classificado como colênquima lacunar. • Colênquima lamelar, tangencial ou em placa – Apresenta espessamento em todas as paredes tangencias internas e externas das células. • Colênquima lacunar – os espessamentos estão nas paredes celulares que delimitam os espaços intercelulares bem desenvolvidos. • Colênquima anelar, ou anular – As células apresentam as paredes celulares com espessamento mais uniforme, ficando o lume circular em seção transversal. Esclerênquima Considerações gerais, características e ocorrências. A característica principal é a presença de paredes secundárias espessadas, lignificadas ou não. É um tecido de sustentação, presente nas periferias ou nas camadas mais internas do órgão, no corpo primário ou secundário da planta. As células não possuem protoplastos vivo na maturidade. A parede secundária é composta de celulose, hemicelulose, substâncias pécticas e cerca de 35% de lignina. A lignificação das células do esclerênquima inicia-se pela lamela mediana e parede primária;depois atinge a secundária. A lignina é muito inerte e fornece um revestimento estável, evitando ataques químico, físico e biológico. As células do esclerênquima às vezes funcionam como camada protetora ao redor do caule, sementes e frutos maduros, evitando que animais e insetos se alimentem deles. Fibras As fibras são células longas, de paredes celulares secundárias grossas e com extremidades afiadas, podem ser encontradas como idioblastos isolados ou formando feixes. O lume celular é reduzido ocasionando a morte das células na maturidade. As fibras têm a função de sustentar as partes do vegetal que não se alongam mais. Quando fazem parte do xilema ou floema, desenvolvem-se do procâmbio e o câmbio e são denominadas de xilemáticas ou floemáticas. As fibras do esclerênquima são oriundas do meristema fundamental ou do pecíolo e denominam-se de fibras pericíclicas. Algumas fibras possuem cloroplastos vivo e se caracterizam pela presença de septos, sendo denominadas de fibras septadas. Algumas fibras presentes no xilema secundário das dicotiledôneas são denominadas gelatinosas ou mucilaginosas. Esclereídes As esclereídes são células que se encontram isoladas ou em grupos esparsos, por todo o sistema fundamental da planta. Possuem paredes secundárias espessas, muito lignificadas, com numerosas pontoações simples. Não constituem um tecido definido, sendo mais comum ocorrerem isoladas, são denominadas de idioblastos esclereidais ou esclereídes idioblásticas. Podem classificar-se em: Document shared on www.docsity.com Downloaded by: edilson-julio-crispim (ejuliocrispim@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark • Esclereídes fibroformes ou fibras isoladas – Têm a forma de fibra, ramificada ou não • Esclereídes colunares – Assemelham-se a colunas e podem apresentar pequenas ramificações nas extremidades. • Osteocleídes – constituem um tipo de esclereíde colunar. São dilatadas ou ramificadas nas extremidades. • Astroesclereídes – São ramificadas e frequentemente apresentam formato estrelado. • Tricoesclereídes – Assemelham-se aos tricomas ou pêlos ramificados. • Macroesclereídes, ou células de malpighi – Podem ser colunares e formam uma camada paliçada no tegumento das sementes leguminosas. • Braquiescleríades, ou células pétreas – Estas esclereídes têm paredes espessas e numerosas pontoações, assemelhando-se, em forma, às células parenquimáticas. 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