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CENTRO UNIVERSITÁRIO ICESP FACULDADE DE DIREITO - UNIDADE GUARÁ DOUGLAS PEREIRA DE CARVALHO FELISBERTO FERREIRA DE LIMA LUCIANA MANCINELLI VILAR JULIANA AIRES BARBOSA RIBEIRO MARCUS ENZO BARROS PORFIRIO MIRELLE MARA DE SOUZA VITOR HUGO SILVA RAPOSO RAIMUNDO NONATO DE SOUZA CHAVES Organização Política- Administrativa Brasília 2020 DOUGLAS PEREIRA DE CARVALHO FELISBERTO FERREIRA DE LIMA LUCIANA MANCINELLI VILAR JULIANA AIRES BARBOSA RIBEIRO MARCUS ENZO BARROS PORFIRIO MIRELLE MARA DE SOUZA VITOR HUGO SILVA RAPOSO RAIMUNDO NONATO DE SOUZA CHAVES Versão Original Organização Política- Administrativa Trabalho acadêmico apresentado ao professor Anderson Sampaio , referente a disciplina Direito Constitucional II, do terceiro período da Faculdade de Direito do Centro Universitário ICESP Guará. Direito Constitucional II Prof. Anderson Sampaio Brasília 2020 SUMÁRIO 1. Introdução………………………………………………..4 2. Artigo 18 e 19 do CF/88 …………………………..…...4 e 5 3. Lei orgânica do DF……………………………….. …….5 e 6 4. Governo formas de governo…………………………….6 4.1 Formas de Governo………………………………….6 e 7 5. Sistema de Governo…………………………………......7 6. Regimes políticos………………………………………...7 e 8 7. Estado…………………………………………………….8 e 9 7.1.Estados Membros ………………………………....9 7.2 Formação dos estados membros………………... 9 e 10 8. União Federal……………………………………………..11 9. Territórios Federais………………………………………11 e 12 10. Municípios ………………………………………………12 e 13 11. Distrito Federal (União Federal )……………………….13 e 14 11.1 Do Distrito Federal…………………………………..14 11.2 Organização Administrativa do Distrito Federal…14 12. Limites de Autonomia……………………………………14 à 16 13. Repartição constitucional de competências…………..16 e 17 14. Conclusão…………………………………………………17 15. Referências ……………………………………………….18 1. Introdução Antes mesmo de ser detalhada e explicada a formação Política – Administrativa do Estado, é necessário que se entenda o que é Estado. Segundo a doutrina tradicional, “Estado é uma associação humana (povo), radicada em base espacial (território), que vive sob o comando de uma autoridade (poder) não sujeita a qualquer outra(soberana).” Em simples palavras, Estado é a reunião de um povo que está alocado em um território específico e que vive sob os ditames de um governo soberano. Mais sutil e brilhante foi a colocação de Hans Kelsen, em sua obra “Teoria pura do direito”, ao mostrar que o Estado e seus elementos – povo, território e poder- só podem ser caracterizados juridicamente. Como já está explícito, para entendermos bem o conceito de Estado, é necessário estudarmos os elementos que constituem o mesmo, sendo estes: Povo, território e governo. O primeiro elemento que constitui o Estado é o povo, esse decorre de critérios que são fixados pela norma jurídica estatal. Mas, não somente isso, povo é caracterizado também como unidade em termos ideológicos, culturais, sociais e políticos. Já o segundo elemento que integra o Estado é o território, esse é definido como domínio espacial ou vigente de uma ordem jurídica estatal, em outras palavras, é onde o governo exerce poder por meio das normas jurídicas. Engana-se quem pensa que território é formado apenas por uma determinada porção de terra; mas não, é também integrado pelo subterrâneo, águas territoriais, ilhas, rios, lagos, mares e espaço aéreo. O último elemento que integra o Estado é o governo, esse se traduz como o cumprimento das normas estatais, de modo que o mesmo só existe se houver efetividade; e, quando globalmente os seus ordenamentos são obedecidos. 2. Artigos 18 e 19 da Constituição Federal. Art.18 CF A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. § 1º Brasília é a Capital Federal. § 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 15, de 1996) Art. 19. CF É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; II - recusar fé aos documentos públicos; III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. 3. Lei Orgânica do Distrito Federal. À LODF foi promulgada em 8 de junho de 1993, pela assembleia constituinte distrital, sendo a maior do df, possui oito títulos e um preâmbulo à qual o STF não considera que constitui norma central da Constituição dos Estados membros, e por isso não serve como critério para incostinualidade. Consequentemente o Distrito Federal possui autonomia política, administrativa e financeira perante à União Federal nos termos da CF/88, que não poderá intervir em seus assuntos exceto nos casos de: ❏ Manter a integridade nacional; ❏ Repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; ❏ Pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; ❏ Garantir o livre exercÌcio de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; ❏ Reorganizar as finanças da unidade da Federação; ❏ Prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; ❏ Assegurar a observância dos princÌpios constitucionais. ❏ Tem como princípio à soberania do povo, ou seja, todo poder emana do povo através de seus líderes políticos, seu foco é na proteção do cidadão referente à dignidade humana e seu direitos básicos nos termos da lei. Também o Distrito Federal tem como fundamento o pluralismo político que garantir o funcionamento dos partidos e garantir à inclusão de toda clase social nos processos políticos. Integrando à união insolúvel da República Federativa do Brasil o Distrito Federal tem como valores fundamentais: I - a preservação de sua autonomia como unidade federativa; II - a plena cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. 4. Governo 4.1 formas de governo) O governo é a autoridade governante de um país ou unidade política, sendo que sua função é regular e organizar a sociedade para que seu destino seja conduzido corretamente.O governo é composto por indivíduos e instituições que se tornam responsáveis pela tarefa de conduzir o destino de uma sociedade. O tamanho do governo, é claro, tem variação, conforme o tamanho do próprio estado – que, de acordo com a constituição – pode estar em esfera municipal, estadual e federal.O governo é, portanto, a instância máxima de administração executiva, isto é, é o líder de uma nação ou estado e se subdivide em: Monarquia: A monarquia consiste no poder de uma pessoa só,ou seja, o rei. A troca de poder pode ser de forma hereditária ou por indicação. Ao longo da história humana, existiram grandes monarquias com grandes e importantes reis. Uma das grandes monarquias da antiguidade que podemos destacar são o egito antigo, governado pelos faraós, e roma antiga, que teve sua fase monárquica. Entre as monarquias existentes no mundo, atualmente, uma das grandes personalidades, sem dúvida, é a rainha elizabeth II.Se divindo-se em duas monarquias: A monarquia absoluta é caracterizada pela extensão ilimitada dos poderes do monarcasobre o país que governa. Assim, o monarca nesse tipo de monarquia assume a função de chefe de Estado e chefe de governo. Nessa forma de monarquia, os poderes do monarca estão acima de toda e qualquer instituição política e, assim, concentra a extensão dos três poderes: executivo, legislativo e judiciário.Esse tipo de monarquia foi muito comum na Europa Ocidental e teve seu auge de poder entre os séculos XIV e XVII. Países como França e Reino Unido tiveram importantes reis absolutistas, sendo o mais famoso deles o rei Luís XIV, que governou a França durante mais de setenta anos. Já a monarquia constitucional é uma das mais comum que existe atualmente e sua principal característica está no fato de os poderes do monarca serem limitados. A existência do poder do rei acontece por conta das determinações da Constituição de cada país e por conta da separação de poderes, teoria política muito comum na atualidade.A maioria das monarquias constitucionais que existem atualmente adotam o parlamentarismo como sistema de governo, e isso faz com que elas sejam conhecidas como monarquias constitucionais parlamentaristas.Assim, o rei continua como chefe de Estado, mas seu poder político foi reduzido significativamente, passando a ter uma importância simbólica. O rei representa a unidade nacional.Geralmente, as monarquias constitucionais são parlamentaristas, em que as funções de governo são repassadas a um primeiro-ministro, junto com um gabinete e o povo escolhe seus representantes no parlamento. Anarquia:Um sistema político baseado na negação do princípio da autoridade onde o estado de um povo que não tem mais governo. O pensamento anarquista surgiu com as ideias do político e filósofo francês Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865). Membro do Parlamento francês, durante certo tempo, e oriundo de uma família de pequenos burgueses, Proudhon criticou severamente a presença do Estado nas organizações políticas e a aquisição da propriedade privada. Segundo o francês, a propriedade privada, símbolo maior do capitalismo, era o maior motivo da desgraça humana, e o estado era apenas um aparato repressivo criado para controlar a vida das pessoas e mantê-las presas à lógica capitalista. República: A república é um regime em que o governante é escolhido pelo povo. Este regime de governo foi discutido por filósofos como Platão e vários estudiosos se debruçaram para explicar quais eram as características que a República deveria possuir. O termo “república” deriva do latim Res Publica e significa, literalmente, “coisa pública”, isto é, aquilo que diz respeito ao interesse público de todos os cidadãos. República é uma forma ou modelo de organização política que teve origem na antiga Roma, no século VI a.C. É importante ressaltar, porém, que as instituições republicanas foram transformando-se na Idade Média e na Idade Moderna até chegar aos modelos que conhecemos hoje, cujas matrizes principais vêm da Independência dos Estados Unidos e da Revolução Francesa e se subdividindo em: República Presidencialista onde o chefe de estado e o chefe de Governo são a mesma pessoa, e podem ser eleitos tanto de maneira indireta como direta. https://mundoeducacao.uol.com.br/politica/tres-poderes.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiag/independencia-estados-unidos.htm https://brasilescola.uol.com.br/historiag/revolucao-francesa.htm Desta maneira, o cargo supõe uma responsabilidade imensa e para tirá-lo do cargo há um custo enorme de tempo e energia. República Semipresidencialista onde neste sistema, convivem o primeiro-ministro e o presidente. Ao contrário das repúblicas parlamentaristas, aqui o presidente é o Chefe de Estado e Governo e o primeiro-ministro é escolhido pelo mandatário.O primeiro-ministro atua como locutor dos interesses do seu partido e do presidente junto ao Legislativo.Em caso de crise, o primeiro-ministro pode ser demitido pelo Congresso ou pelo próprio presidente. República Parlamentarista onde o chefe de estado é o presidente, eleito por voto popular, mas não tem poderes efetivos. Sua atuação se resume aos casos de crises e exerce como representante do país no exterior.Por sua vez, o Chefe de Governo é o primeiro-ministro que é eleito durante as eleições legislativas.Geralmente, o primeiro-ministro é o deputado que encabeçou a lista de candidatos do partido mais votado nas eleições.O primeiro-ministro pode ser demitido a qualquer momento, especialmente se seu governo não esteja agradando sua coalização partidária. Também se a oposição consegue os votos necessários para derrubar o governo.Igualmente, se for um governo de coalizão, com vários partidos fazendo parte do Poder Executivo, e um dos partidos deixar esta aliança, o governo termina e novas eleições devem ser convocadas. 5. Sistemas do governo Os sistemas de Governo é como o poder político do país e exercido,divide em parlamentarismo, presidencialista, semi a depender de como se relacionam os Poderes Executivo e Legislativo no exercício das funções governamentais, com independência entre eles ou não. O presidencialismo é um modelo onde o poder do chefe de governo e Estado está vinculada à uma pessoa, ou seja, o presidente. Nesse sistema quem escolhe seu governante e o povo e, ou seja é uma democracia, dividida em divisão orgânica dos poderes;independência entre os poderes;Harmonia entre os poderes;Eleições diretas pelo povo, exceto em casos excepcionais. Nesse sistema o presidente tem o poder executivo, mas tanto o poder judiciário quanto o legislativo possui sua autonomia, esse sistema é adotado pelo brasil. Já o parlamentarismo como no anterior tem à participação popular através do voto , mas essa forma de governo se diferencia da outra por ter seus governantes divididos.Logo o parlamento poder legislativo proporciona o apoio e poder político direto ou indiretamente para o poder executivo. Dessa maneira à república parlamentarista chefe de governo, ou seja, o primeiro ministro é eleito pelo povo e empossado pelo parlamento, por um período de tempo. 6. Regimes Políticos: Os regimes políticos são estruturas , definidas como um conjunto de regras e critérios que rege um Estado ou território, haja vista, que é a partir dessas concepções que seus governantes, reis ou ditadores serão escolhidos, para governar aquela porcentagem de terra. Nos dias atuais existem basicamente apenas dois tipos de regimes, sendo ele democrático é autoritário e totalitários. Desse modo, os regimes políticos citados são representações do modelo social e cultural de terminais regiões. O regime democrático é pautado nas decisões populares, ou seja, as escolhas de governantes e provenientes da votação e iniciação popular e de uma Constituição Federativa que busca garantir que os direitos fundamentais do cidadão. Dividindo-se : ● Direta - as decisões políticas são tomadas diretamente pelo povo ● Indireta (ou representativa) - as decisões políticas são tomadas indiretamente, por meio de representantes eleitos pelo povo. ● Semidireta (ou participativa) - a maioria das decisões ● políticas são tomadas por representantes eleitos, mas há traços de democracia direta. Sendo o modelo adotado pelo Brasil. O autoritarismo tem como preceito à garantia do poder na mão de uma pessoa, ou um pequeno grupo com mesmo ideais, que detém o poder daquele território. Logo, nesse tipo de regime não existe direitos e garantias individuais, o corpo social é obrigado a seguir as regras estipuladas pelo ditador. Bem como pontuado no autoritarismo, o totalitarismo também possui essa mesma vertente, no entanto, de forma mais brutal, pois nesse tipo de regime o controle do Estado e total sobre a sociedade é não à participação alguma da população nas tomadas de ideias. Dentre ainda, sobre esse tipo de regime existem as autocracias, que são consideradas “mais brandas” ou “menos graves “, pois mesmo tirando os direitos individuais o seu controle sobre à população não é total. Logo, podendo ser considerados como autocracias, à ditadura militar brasileiras e as monarquias., como o Qatar e à ArábiaSaudita. 7. Estados: Em número de 27, sendo um o Distrito Federal,a capital da república, os estados constituem as unidades de maior hierarquia dentro da organização político-administrativa do país; são subdivididos em municípios e podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos estados ou territórios federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. Organizam-se e regem-se pelas constituições e leis que adotarem, observados os princípios da Constituição Federal.A localidade que abriga a sede do governo denomina-se a capital Federal. São as entidades - componentes que dão estrutura a um Estado federal. Sem Estados-membros não há Federalismo. ● Formas de Federação - Estados(F+E): As formas de estados são maneira pela qual o estado organiza sua população, o território e estrutura o seu poder relativamente a outros de igual espécie. ● O Estado unitário é relativamente descentralizador. A pedra fundamental deste tipo Estado é prescrita pela constituição. ● Estado Confederado à principal característica de uma confederação a existência de um tratado Internacional. ● Em cada estado e municípios geram seus desenvolvimentos administrativos e econômicos. 7.1 Estados Membros: A expressão “Estado-membro” qualifica as entidades regionais, ou entes federativos de um Estado do tipo federal. Nas Federações, os Estados-membros são peças indispensáveis do arranjo institucional federativo, o que justifica a expressão de largo uso. São eles, de fato e de direito, membros da Federação, compondo união indissolúvel com a coletividade central ou pacto federativo e, eventualmente, com unidades menores, de perfil comunitário. Diferente dos membros de uma confederação quê embora seja similar, difere no fato de que as entidades da Confederação são soberanas, e a sua formação é feita por alianças e não por Constituição como é o Brasil. Na Constituição Federal de 1988, logo após o Preâmbulo, temos no Título I, Dos Princípios Fundamentais o artigo 1º que já dá sinais da forma do Estado “União e a forma de união “indissolúvel” dos Estados membros. Como vemos a seguir: Art. 1º, CF: A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:” I – a soberania; II – a cidadania; III – a dignidade da pessoa humana; IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V – o pluralismo político. 7.2 Formação dos Estados Membros: Art.18 CF/88 § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. Como visto acima, temos na formação político administrativa da República Federativa os estados membros que são em suma: A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. Constituindo assim a estrutura organizacional do nosso país na Constituição Federal de 1988. Estabelecendo a cada estrutura, seja Estado, Município ou DF autonomia política, de seus bens, legislativa, orçamentária e até constitucional à que adotarem desde que observados os princípios da CF. Art. 25. “Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem observados os princípios desta Constituição. (EC 5/95). § 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhe sejam vedadas por esta Constituição. § 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. § 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.” Para que seja formado um Estado membro tem que haver à convocação de um plebiscito conforme determina art. 3º da Lei nº 9.708/1998, segundo um decreto legislativo, com aprovação de ⅓ dos membros das casas do congresso. À aprovação popular, que possui uma ação prévia; essencial e prejudicial de forma direta. Para que apresente um novo Estado é necessário que esteja incluso entre um desses três tópicos: ● Fusão entre dois ou mais Estados Membros que se unem formando um novo Estado. ● Por cisão, um Estado se desmembra formando dois Estados. Quando isso ocorre o original deixa de existir. ● Desmembramento, um ou mais EStados-membros cedem parte de seu território geográfico para que outro Estado possa existir. 8. União Federal É a entidade federal autônoma, formada pela reunião das partes componentes, a quem cabe exercer as prerrogativas da soberania do Estado brasileiro (JOSÉ AFONSO DA SILVA). Conforme art. 20 da CF/88, cujo inciso IV foi alterado pela EC 46/2005, são bens da União: I – os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; II – as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; III – os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banham mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; V – os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; VI – o mar territorial; VII – os terrenos de marinha e seus acrescidos; VIII – os potenciais de energia hidráulica; IX – os recursos minerais, inclusive os do subsolo; X – as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; XI – as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. 9. Territórios federais Os territórios federais são porções de terras pertencentes à União, porém sem autonomia na área política que está assegurado no Art. 18, §2º da CF/88; no que resulta a eles não serem considerados entes da Federação. Por tal motivo, são meras descentralizações administrativas da União. No entanto, tais territórios já foram considerados como entes federativos, onde situava a CF/69, não obstante, a CF/88 retirou o status de ente federativo e outorgou essa qualidade aos Municípios. Logo, todos os territórios existentes antes da atual constituição foram extintos ou incorporados que é o caso de Fernando de Noronha, Roraima e Amapá, de acordo com as regras da ADCT (Atos das Disposições Constitucionais Transitórias), onde está assinalado no Art.14 e 15. Atualmente, tem a opção de dividir o Estado ou desmembrar em novos territórios federais ou até mesmo incorporá-los, pois está estabelecido na CF/88 no Art. 18 §3º, tendo algumas exigências, tais como à aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. A respeito do Congresso Nacional, cabe situar o Art. 48, VI da CF/88 que prevê uma sanção tanto da parte do Congresso, como do Presidente da República, onde deve dispor sobre os materiais de competência da União. Logo, implicam nas incorporações, subdivisão e desmembramento de área de Territórios ou Estados. Assim, ressalta que a transformação de um território federal em Estado ou reintegração ao Estado depende de três requisitos: aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito; manifestação das Assembléias Legislativas interessadas e a edição de Lei Complementar pelo Congresso Nacional.10.Municípios Os municípios são entidades políticas de existência prevista como necessária, com autonomia e competência mínima rigidamente estabelecida. Com base na Constituição Federal, essa prevê o Município como entidade federativa em seu artigo 1, lhe dá competência em seu artigo 30 e lhe discrimina rendas em seu artigo 156. A competência que a Constituição concede para os municípios, essa é a mesma que a da União em seus termos. O Município é autônomo, na fala de Sampaio Dória:” Ele tem poder se autodeterminação em dentro de barreiras que não determina”. Essa autonomia se manifesta pela eleição de vereadores - Legislativo – e de prefeito – Executivo, conforme o artigo 29 da C.F. Com base no mesmo, o município é controlado por Lei Orgânica. A criação de Municípios é sempre decidida por lei estadual. Nas colocações do artigo 18, em seu quarto parágrafo, da Constituição Federal, essa criação deveria preservar a continuidade e a unidade histórico-cultural do ambiente urbano e atender aos requisitos fixados previamente em lei complementar estadual, dependendo sempre de consulta prévia, por meio de plebiscito, das populações interessadas. Segundo Miguel Reale, ele observa que os Municípios têm direito ao território como condição de sua autonomia, de modo que a incorporação, a fusão, a divisão de Municípios não se pode fazer sem sua participação. Conforme Emenda Constitucional n.12/96 deu nova escrita ao artigo 18, no parágrafo quarto da C.F. Embora a criação dos Municípios se dê por lei estadual, subordinar-se-á a consulta de outros Municípios já existentes, sendo necessário de ser precedida de estudos de viabilidade municipal, apresentados e divulgados na forma da lei (estadual – a lei complementar estadual já prevista anteriormente). Em face das novas regras, ocorreu a criação de diversos municípios, para conter esse problema, a Emenda Constitucional n.57/2008 convalidou a situação jurídica dessas entidades impondo-as assim algumas medidas fixadas como requisitos da legislação estadual pertinente à época de sua criação e fazendo com que a Constituição Federal atribuísse poder aos Estados para que esses possam intervir nos seus Municípios. 11. Distrito Federal O Distrito Federal é uma unidade da federação que possui competência legislativa de Estado e de Município, na qual está localizada a capital federal do Brasil, a cidade de Brasília, que também é a sede do governo do Distrito Federal. Apesar da natureza híbrida, a Constituição Federal de 1988 em seu artigo 32, que trata da organização política e administrativa do Distrito Federal, proibiu sua divisão em Municípios. O Distrito Federal tem uma estrutura política diferente das demais unidades federativas do país. Há um governador e uma Câmara Legislativa com 24 deputados distritais, mas não há prefeito. O território é dividido em 31 regiões administrativas. 11.1 DO DISTRITO FEDERAL Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição. § 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios. § 2º A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual duração. § 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27. § 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar. Art. 6º Brasília, Capital da República Federativa do Brasil, é a sede do governo do Distrito Federal. 11.2 A ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO DISTRITO FEDERAL Art. 10. O Distrito Federal organiza-se em Regiões Administrativas, com vistas à descentralização administrativa, à utilização racional de recursos para o desenvolvimento socioeconômico e à melhoria da qualidade de vida. § 1º A lei disporá sobre a participação popular no processo de escolha do Administrador Regional. § 2º A remuneração dos Administradores Regionais não poderá ser superior à fixada para os Secretários de Estado do Distrito Federal. (Parágrafo com a redação da Emenda à Lei Orgânica nº 44, de 2005.)1 § 3º A proibição de que trata o art. 19, § 8º, aplica-se à nomeação de administrador regional. (Parágrafo acrescido pela Emenda à Lei Orgânica nº 60, de 2011.) Art. 11. As Administrações Regionais integram a estrutura administrativa do Distrito Federal. Art. 12. Cada Região Administrativa do Distrito Federal terá um Conselho de Representantes Comunitários, com funções consultivas e fiscalizadoras, na forma da lei. Art. 13. A criação ou extinção de Regiões Administrativas ocorrerá mediante lei aprovada pela maioria absoluta dos Deputados Distritais. 12.Limites da autonomia O Brasil adotou como forma de Estado a Federal, assim sendo, o reconhecimento da autonomia a cada entidade integrante da Federação é a nota fundamental do país. Assim, cada unidade que integra a Federação, ou seja, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, têm sua autonomia que gera a estas Pessoas Jurídicas de Direito Público Interno poderes como o de auto-organização, autolegislação, autogoverno e autoadministração. No entanto, existem limites dessa autonomia que se encontra na Constituição Federal, que são eles: ● A Constituição do Estado não pode condicionar a nomeação, a exonerações e a destituição dos Secretários de Estado a prévia aprovação da Assembleia Legislativa, pois tal competência é do Presidente da República que está estabelecida no art. 84, I da CF/88. Logo, o Estado, também, não poderá estabelecer a participação da Assembleia Legislativa na nomeação, exoneração ou destituição, pelo Governador, de Secretária estadual. ● A Constituição do Estado não pode fixar o maior ou o menor quórum para aprovação de emendas à Constituição Estatal.Diante disso, observa-se que o quórum de 3/5 deve ser alcançado, pois sem essa prerrogativa a ementa não será aceita, de acordo com o Art. 60, §2º da CF/88. ● A Constituição do Estado não pode tratar de matérias de iniciativa privativa do chefe do Executivo, uma vez que só o Presidente da República poderá desencadear o processo legislativo apresentando materiais que são de sua iniciativa. Essa regra se estende aos Estados.. Essa regra se aplica às Leis Orgânicas dos Municípios e do Distrito Federal. A CF/88 reservou o Art. 61, §1º para estabelecer e esclarecer essas matérias. ● A Constituição do ESTADO não pode subordinar a nomeação do Procurador-Geral de Justiça do Estado à prévia aprovação de seu nome pela Assembléia Legislativa, uma vez que CF/88 estabelece no Art. 128,§1 e §3º a regra própria para a nomeação do Procurador-Geral da República e, também, para à aprovação do Procurador-Geral de Justiça dos Estados, todavia o mesmo não se submete a adesão da Assembleia Legislativa. ● A Constituição do ESTADO não pode outorgar ao Governador do Estado imunidade à prisão em flagrante, à prisão preventiva e à prisão temporária. Tampouco pode estabelecer a irresponsabilidade, na vigência do mandato, pelos atos estranhos ao exercício de suas funções de acordo com o Art. 86 da CF/88. ● A Constituição do ESTADO não pode condicionar a eficácia de convênio celebrado pelo Poder Executivo à prévia aprovação do Poder Legislativo, como prevê o Art.2 da CF/88. ● A Constituição do ESTADO não pode estabelecer prazo para que os detentores de iniciativa privativa apresentem projeto de lei ao Poder Legislativo, pois está assegurado no Art. 61, §1ª. ● A Constituição do ESTADO não pode estabelecer prazo para que os detentores de iniciativa privativa apresentem projeto de lei ao Poder Legislativo, já que essa competência já foi outorgada aos Tribunais de Contas dos Estados pela CF/88 no seu Art.71, I, II, III, IV,V, VI, VII, VIII, IX, X, § 1º, §2º, §3º e §4º. ●A Constituição do ESTADO não pode estabelecer a Monarquia como Forma de Governo, nem o Parlamentarismo como Sistema de Governo, já que se entende que o único modo seria um plebiscito, como já havia sido que está descrito no Art.2 do ADCT. ● A Constituição do ESTADO não pode estabelecer os casos em que as disponibilidades de caixa dos Estados poderão ser depositados em instituições financeiras não oficiais. Assim, observa-se que as disponibilidades de caixa dos Estados, do DF e dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas serão depositadas em instituições financeiras oficiais, somente os que estão previstos em lei, as que não estão previstas somente com Lei Ordinária Federal para ter os depósitos em instituições não-oficiais. Vide art. 164, §3º da CF/88. ● A Constituição do ESTADO não pode definir os crimes de responsabilidade do governador, tampouco cominar as respectivas penas. (súmula 722), tendo em vista que nos termos do artigo 22, inciso I, compete privativamente à União legislar sobre direito penal. ● A Constituição do ESTADO não pode estabelecer que a perda do mandato de parlamentar será decidida em votação aberta, em desrespeito ao modelo federal, previsto no artigo 55, § 2º da CF/88. ● Repartição constitucional de competências A repartição de competência na constituição de 1988 aborda as competências Legislativa (para legislar), é o material (de cunho administrativo). O Estado federal tem como uma de suas principais características, portanto, a existência de uma repartição constitucional de competências: a Constituição Federal delimita as atribuições de cada um dos entes federativos. O objetivo da repartição de competências na CF/88 é dividir o poder político entre os entes federados de forma racional e equilibrada, garantindo o federalismo de equilíbrio entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios. A competência material está presente no art 21 e art 23 se divide em: ● Competência exclusiva: Prestação de serviços públicos pela união. São competências indelegáveis, mesmo diante de omissão da união. Ex: manter relações com estados estrangeiros, emitir moeda, declarar guerra e celebrar paz,explorar serviços de telecomunicações entre outros. ● Competência Comum: Dentro das matérias previstas no art 23, todos os entes federados podem atuar(união, estados, distrito federal e municípios). A competência Legislativa para legislar presente no art 22 e art 24 se divide em: ● Competência Privativa: São competências que podem ser delegadas ( em casa específicos) aos demais entes federados.Lei complementar poderá autorizar os estados a legislar sobre questões específicas. ● Competência Concorrente: Apenas a união, os estados e o distrito federal-municípios não. No entanto à União pode estabelecer normas gerais-não exclui a competência suplementar dos estados. Inexistência de lei federal-estados exercerão competência plena. Superveniência de lei federal-suspende a eficácia de lei estadual, no que lhe for contrário. 13. Conclusão : Segundo à Constituição Federal de 88, presente no art. 18 “A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição”. Concluímos, que o Brasil é um Estado democrático de direito, que tem suas competências de organizações políticas administrativa, que são dividida em quatro autonomias União; os estados; distrito federal e municípios. Essas entidades são autônomas mas nao soberana, haja vista que cada administração compõe a Federação,logo as autonomias tem seu cunho de poder, seus governantes são elegidos através do voto popular, mas com tempo limitado, ou seja, à eleição é de quanto em quanto tempo. 14.Referências: https://jus.com.br/artigos/25616/o-que-e-o-estado 6179670-organização-político-administrativa-do-estado – arquivo do drive Curso de Direito Constitucional – Manoel Gonçalves Ferreira Filho Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios – TJDFT www.tjdft.jus.br https;//www.stj.jus.br https://www.aprovaconcursos.com.br/noticias/2015/09/06/dicas-reparticao-de-co mpetencias-cf88/ https://jus.com.br/artigos/59501/reparticao-constitucional-de-competencia https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2542898/os-territorios-federais-integram-a-uni ao https://jus.com.br/artigos/25616/o-que-e-o-estado http://www.tjdft.jus.br http://www.stj.jus.br https://www.aprovaconcursos.com.br/noticias/2015/09/06/dicas-reparticao-de-competencias-cf88/ https://www.aprovaconcursos.com.br/noticias/2015/09/06/dicas-reparticao-de-competencias-cf88/ https://jus.com.br/artigos/59501/reparticao-constitucional-de-competencia
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