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Relatório Ensaios Mecânicos

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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS - PPGCEM
MESTRADO E DOUTORADO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS
ALEXANDRE ZACCARON
JORDANA MARIOT INOCENTE
MATEUS LOCKS
RELATÓRIO 1 DE AULA PRÁTICA
DISCIPLINA: ENSAIOS MECÂNICOS 
Criciúma 
2020
Alexandre Zaccaron
Jordana Mariot Inocente
Mateus Locks
RELATÓRIO 1 DE AULA PRÁTICA
Ensaios Mecânicos de Flexão, Compressão e Dureza de Materiais Cerâmicos 
Relatório de aula prática, apresentado à disciplina de Ensaios Mecânicos, do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, sob a orientação dos professores: Kétner B. Demétrio, Matheus V. G. Zimmernann e Sabrica Arcaro.
Criciúma
2020
 SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	5
2. OBJETIVO	9
3 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS	10
3.1 – ENSAIO DE FLEXÃO DE 3 PONTOS	10
3.2 – ENSAIO DE FLEXÃO DE 4 PONTOS	12
3.4 – ENSAIO DE DUREZA	13
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES	16
5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES	24
6 REFERÊNCIAS	25
2
1 INTRODUÇÃO
A resistência mecânica de um produto cerâmicos depende de alguns fatores da sua microestrutura e, principalmente, da distribuição e tamanho dos defeitos presentes. Os materiais cerâmicos apresentam inúmeras possibilidades de uso, porém os mesmos apresentam uma limitada capacidade de deformação plástica na maioria das suas aplicações. Esta característica mecânica torna estes materiais particularmente sensíveis à presença de descontinuidades internas, cuja distribuição, tamanho e geometria acabam determinando a resistência final do material consequentemente determinam sua aplicação (MENEGAZZO et al., 2002; FONSECA et al., 2015; ROSSI et al., 2019). 
O comportamento mecânico de qualquer material está relacionado a sua estrutura interna e visa a sua aplicação no mercado. Devido a classificação dos materiais, normatização e aplicação, os ensaios mecânicos são aplicados de modo a permitir determinar as propriedades mecânicas que se referem ao desempenho do material ao sofrerem uma ação de esforço. Esta ação é expressa no material em função das tensões e/ou deformações sofridas. 
Módulo de elasticidade, tensão de ruptura, dureza, tenacidade a fratura, resistência ao impacto, deformação, resistência a flexão, resistência a compressão são alguns tipos de ensaios mecânicos realizados com frequência em materiais cerâmicos. Este relatório baseia-se na aula pratica realizada no laboratório de ensaios mecânicos localizado no Parque Cientifico e Tecnológico - IPARQUE da universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, com o intuito de correlacionar a teoria vista através das aulas remotas com a prática na execução dos ensaios de resistência a flexão de três e quatro pontos, resistência a compressão e dureza.
A resistência à flexão é determinada em sua maioria pelo o teste de flexão de três pontos realizado em uma máquina de teste universal em umedecimento constante. Aplica-se uma carga crescente em determinados pontos e a força é descrita como a tensão máxima que pode ser aplicada a um material antes dele quebra. Mede-se o valor da carga versus a deformação máxima e isso é usado como um mecanismo da propriedade para identificar o sucesso clínico de materiais (ROSSI et al., 2019). 
A norma que rege os ensaios de flexão de materiais e a ASTM E‐290 e NBR 13818:1997 para revestimentos cerâmicos. Para este ensaio existem dois tipos principais de apoios, em três pontos representado esquematicamente na Figura 1 ou em quatro pontos representado esquematicamente Figura 2, onde P é a força aplicada e l a largura entre os apoios. A grande diferença é no uso de um apoio adicional que aumenta a flecha para a tensão máxima no material (MARQUES, 2016).
Figura 1: Ensaio de resistência a flexão de 3 pontos.
Fonte: MILANEZ et al, (2018).
Figura 2: Ensaio de resistência a flexão de 4 pontos.
Fonte: MILANEZ et al, (2018).
O ensaio de resistência a compressão é amplamente utilizado na construção civil para analisar madeiras, metais e principalmente o concreto e os materiais cerâmicos. A resistência à compressão do concreto (fc) é realizada com base na NBR 5739:2018 e é calculada segundo expressão matemática definidas na norma, sendo necessários a força máxima alcançada na prensa e o diâmetro do corpo de prova moldado. Um esquema do ensaio de resistência a compressão pode ser visualizado na Figura 3.
Figura 3: Ensaio de resistência a compressão.
Fonte: MOLDOVAN, (2009).
 
Uma carga compressiva uniaxial é aplicada em um corpo-de-prova, onde a força de compressão é dada por uma equação matemática estabelecida por norma. 
Devido à resistência do material ao fluxo plástico e à intensidade de defeitos sob tensão de compressão, as cerâmicas apresentam alta resistência à compressão (GALDINO, 2003).
Para o ensaio de dureza dos materiais cerâmicos, foi escolhido o ensaio de dureza Vickers, A norma empregada para o ensaio é a ASTM E384 e a NBR ISO 6507-1:2019. 
O ensaio consiste em um penetrador de diamante na forma de uma pirâmide reta com base quadrada e com um ângulo especificado entre as faces opostas no vértice, uma força é aplicada sobre a superfície de um corpo de prova, segundo da medição do comprimento diagonal da impressão deixada na superfície após remoção da força de ensaio, representada na Figura 4 por F (NBR ISO 6507-1:2019). 
Figura 4: Mecanismo do ensaio de dureza Vickers, geometria do penetrador e impressão Vickers.
Fonte: NBR ISSO 6507-1:2019.
O ensaio de dureza Vickers possui alguns pontos positivos. Entre eles, é que os cálculos de dureza não dependem da dimensão do penetrador. Um determinado penetrador, pode ser utilizado para diversos tipos de materiais. Possuem a escala mais ampla entre todos os ensaios de dureza. Além das cerâmicas, pode ser usada para metais e obter resultados com alta precisão. As pequenas impressões deixadas nas peças, dificilmente danificam as peças, e permite a análise de materiais cerâmicos e de finas camadas de revestimento (DE SOUZA, 1982). 
Por outro lado, este ensaio é mais demorado e exige uma preparação cuidadosa do material a ser ensaiado para tornar nítida a impressão, de modo que o uso dureza Vickers ainda não é rotineiro como Brinell ou Rockwell por exemplo. A Dureza Vickers é muito utilizada para pesquisas, estudos e mais especificamente para materiais cerâmicos e determinação de profundidade de tempera nos aços, profundidade de camada de proteção superficial, profundidade de descarbonetação nos aços, e para lâminas finíssimas de materiais muito duros ou muito moles (DE SOUZA, 1982).
2. OBJETIVO
O objetivo desta prática visa realizar experimentalmente ensaios Flexão, Compressão e Dureza de Materiais Cerâmicos no laboratório de ensaios mecânicos do IPARQUE – Parque Cientifico e Tecnológico no intuito de correlacioná‐los com as aulas teóricas, aprender as técnicas envolvidas nos mesmos e interpretar os resultados obtidos.
3 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS
A seguir os subitens descrevem detalhadamente os passos adotados durante a realização dos ensaios mecânicos segundo normas e detalhes dos equipamentos utilizados.
3.1 – ENSAIO DE FLEXÃO DE 3 PONTOS 
O ensaio de flexão três pontos foi realizado com a finalidade de se obter experimentalmente a força máxima e a tensão de ruptura de materiais cerâmicos seletos. A norma que rege os ensaios de flexão de materiais e a ASTM E‐290 e NBR 13818:1997 para revestimentos cerâmicos. Os corpos de prova preparados foram testados em flexão a três pontos em uma máquina universal de ensaios da marca EMIC, modelo DL10000 com Célula Trd 28 (Figura 5) e um paquímetro com precisão de 0,02 mm. 
Figura 5 – Ensaio de resistência a flexão de 3 pontos.
Fonte: Autores, (2020).
A distância entre apoios utilizada foi de 80 mm para as 29 peças ensaiadas, todas em formato retangular, com dimensões nominais de 9 mm de espessura por 20 mm de largura. A velocidade do ensaio utilizada na máquina foi de 2 mm/min, com os corpos de prova em temperatura ambiente. 
Segundo NBR 13818:1997 para revestimentos cerâmicosa tensão de flexão aplicada durante o ensaio de flexão foi calculada conforme a equação A, com base na força registrada pela célula de carga da máquina.
									(A)
Onde:
MRF = é o módulo de resistência à flexão;
F= é a força aplicada em Newton (N);
L= é a distância da barra de apoio em milímetros (mm);
B= é a largura do corpo de prova ao longo da ruptura em metros por segundo (ms); e 
e= é a mínima espessura do corpo de prova em milímetros (mm).
Segundo literaturas como Cordeiro et al, (2010) Cordeiro et al, (2018), AFIFY et al, (2018) obter a resistência mecânica não é suficiente apenas através dos valores médios. Experimentalmente é essencial levar em consideração as dispersões dos resultados. Quantitativamente esta dispersão dos valores de resistência mecânica pode ser obtida através da distribuição de Weibull. O módulo de Weibull “m” fornece um indicativo da reprodutibilidade da resistência mecânica do produto. A equação de Weibull (Equação B) que relaciona a probabilidade de sobrevivência de uma peça (Pf), com o esforço a que está submetida (σR) é:
								(B)
Onde: 
Pf = probabilidade de sobrevivência (probabilidade de que uma peça submetida a uma tensão máxima não se rompa).
σR = constante de normalizacão (MPa)
VE = volume equivalente (m3)
m = constante adimensional (módulo de Weibull), VE depende do volume da peça e da forma de aplicação da carga (flexão em 3 pontos, 4 pontos, etc). A constante “m” caracteriza a dispersão da medida da resistência mecânica.
3.2 – ENSAIO DE FLEXÃO DE 4 PONTOS 
O ensaio de flexão de quatro pontos foi realizado com a finalidade de se obter experimentalmente a força máxima e a tensão de ruptura de dois diferentes materiais cerâmicos conforme norma NBR 13818:1997 para revestimentos cerâmicos. Os corpos de prova foram testados em uma máquina universal de ensaios da marca EMIC, modelo DL10000 com Célula Trd 28 e um paquímetro com precisão de 0,02 mm. Uma das amostras era em formato prismático com 6 corpos de prova de concreto, (Figura 6) de dimensões nominais de 40 mm x 40 mm.
Os corpos de prova foram testados em uma máquina universal de ensaios da marca EMIC, modelo DL30000 conforme Figura 8 e com ajuda de um paquímetro com precisão de 0,02 mm para verificação das dimensões. 
Figura 8: Amostra durante a realização do ensaio de compressão.
Fonte: Autores, 2020.
O ensaio segue normas para execução, sendo uma delas a NBR 13279:2005. Os 5 corpos de prova cilíndricos de concreto com diâmetro de 50 mm foram ensaiados com velocidade de 2 mm/min até rompimento. A resistência a compressão segundo norma é encontrada através da Equação C.
										(C)
Onde:
fc= é a resistência a compressão, expressa em megapascals (MPa);
F= é a forca máxima alcançada pelo equipamento, expressa em newtons (N);
D= é o diâmetro do corpo de prova, expresso em milímetros (mm);
3.4 – ENSAIO DE DUREZA 
Este ensaio consiste na impressão de um diamante piramidal com ângulo de diedro de 136° comprimida por uma força “F”, que gera uma área de impressão denominada área “A”. Este ensaio é realizado por equipamento da marca Future-Tech Corp. modelo FM-700, que possui um microscópio acoplado para a execução das medições. O resultado da dureza sai diretamente no equipamento. A figura 9a, demonstra o equipamento de dureza Vickers. A Figura 9b, demonstra a impressão do indentador deixada na peça (apenas como exemplo de identação) e a Figura 9c apresenta a peça antes de ser ensaiada.
Figura 9 - a) Microscópio utilizado para o ensaio de Microdureza Vickers. b) Endentação realizada em peça de alumínio. c) Peça cerâmica a ser ensaiada.
b)
a)
c)
Fonte: Autores, 2020.
Desta forma, por meio da Equação D a seguir é obtida a dureza vickers. 
 							(D)
Onde: 
HV= é o valor de dureza Vickers; 
F= é o quociente da carga aplicada;
A = área de impressão deixada no corpo ensaiado;
d= corresponde à diagonal média (Equação E).
Ou seja: 
 									(E)
Para o ensaio de micro dureza Vickers, foi utilizado um corpo de prova porcelânicos, já previamente preparado. Foram utilizadas 5 impressões para que se pudesse obter uma média da dureza do corpo. O distanciamento entre uma impressão e outra foi de 5mm, afim de garantir a qualidade dos ensaios realizados. A carga utilizada no ensaio foi de 500 gf, sendo que o tempo de aplicação da carga foi de 15 segundos.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
Valores de dimensões das amostras, distância entre apoios, área dos corpos de prova e em sequência os resultados da força aplicada até ruptura do material em kgf e N e o módulo de elasticidade em N/mm² e MPa esta demostrado na Tabela 1, obtidos através do ensaio de resistência a flexão.
Tabela 1: Dados das amostras cerâmicas usadas no ensaio de flexão 3 pontos.
	Amostra
	Espessura (mm)
	Largura (mm)
	Distância apoios (mm)
	Área (mm²)
	Força (kgf)
	Força (N)
	σ (N/mm²)
	σ (MPa)
	1
	8,24
	20,5
	80
	168,92
	23,68
	232,22
	20,02
	20,02
	2
	9,1
	20,3
	80
	184,73
	21,08
	206,72
	14,76
	14,76
	3
	8,1
	20,4
	80
	165,24
	21,73
	213,10
	19,11
	19,11
	4
	9,22
	20,4
	80
	188,088
	19,73
	193,49
	13,39
	13,39
	5
	8,1
	20,4
	80
	165,24
	21,41
	209,96
	18,82
	18,82
	6
	8,44
	20,38
	80
	172,007
	27,57
	270,37
	22,35
	22,35
	7
	8,4
	20,28
	80
	170,352
	21,73
	213,10
	17,87
	17,87
	8
	9,22
	20,4
	80
	188,088
	23,03
	225,85
	15,63
	15,63
	9
	9,42
	20,18
	80
	190,095
	22,05
	216,24
	14,49
	14,49
	10
	8,44
	20,4
	80
	172,176
	20,43
	200,35
	16,54
	16,54
	11
	8,2
	20,4
	80
	167,28
	20,43
	200,35
	17,53
	17,53
	12
	8,2
	20,4
	80
	167,28
	25,62
	251,25
	21,98
	21,98
	13
	8,02
	20,4
	80
	163,608
	23,68
	232,22
	21,24
	21,24
	14
	8,46
	20,36
	80
	172,245
	22,05
	216,24
	17,81
	17,81
	15
	8,1
	20,6
	80
	166,86
	17,51
	171,71
	15,25
	15,25
	16
	9,1
	20,46
	80
	186,186
	20,43
	200,35
	14,19
	14,19
	17
	9
	20,3
	80
	182,7
	25,3
	248,11
	18,11
	18,11
	18
	8,6
	20,38
	80
	175,268
	26,59
	260,76
	20,76
	20,76
	19
	9
	20,4
	80
	183,6
	24,97
	244,87
	17,78
	17,78
	20
	8,12
	20,32
	80
	164,998
	26,59
	260,76
	23,36
	23,36
	21
	9,02
	20,3
	80
	183,106
	25,95
	254,48
	18,49
	18,49
	22
	9,1
	20,4
	80
	185,64
	23,35
	228,99
	16,27
	16,27
	23
	9,2
	20,32
	80
	186,944
	25,95
	254,48
	17,76
	17,76
	24
	8,32
	20,4
	80
	169,728
	25,3
	248,11
	21,08
	21,08
	25
	9,12
	20,4
	80
	186,048
	22,7
	222,61
	15,74
	15,74
	26
	8,12
	20,48
	80
	166,297
	19,78
	193,98
	17,24
	17,24
	27
	8,32
	20,44
	80
	170,060
	23,35
	228,99
	19,42
	19,42
	28
	9,3
	20,4
	80
	189,72
	21,73
	213,10
	14,49
	14,49
	29
	8,02
	20,38
	80
	163,447
	24,65
	241,73
	22,13
	22,13
	 
	 
	 
	 
	Média
	23,047
	226,016
	18,055
	18,05
	 
	 
	 
	 
	D.P.
	2,487
	24,389
	2,749
	2,75
Fonte: Autores, 2020.
O Valor médio da força absorvida até ruptura dos corpos de prova foi de 23,047 kgf, com um desvio padrão de 2,48. O valor da resistência mecânica a flexão encontrado foi de 18,05 MPa com um desvio padrão de 2,75. Estes valores se enquadram na literatura como valores de resistência obtidos por peças de revestimentos cerâmicos classificados como monoporosa. 
O gráfico de tensão x deformação (Figura 10) das peças ensaiadas.
Figura 10: Gráfico tensão x deformação do ensaio de flexão de 3 pontos.
Fonte: Autores, 2020.
Visto que é essencial levar em consideração as dispersões dos resultados foi realizado o ensaio do módulo de Weibull, (Figura 11), para melhor analisar-se a distribuição dos resultados. Os coeficientes de correlação apresentam valores tendendo a 1, indicando que os dados de tensão de ruptura estão muito bem ajustados de acordo com a análise de Weibull (Weibull, 1958). 
Em geral, o parâmetro m, observado em uma vasta gama de materiais cerâmicos, depende fortemente do processamento, da microestrutura, da distribuição dos poros e do grau de acabamento superficial (STRECKER et al., 2003). Esses valores estão, tipicamente, entre 3 e 15, significando que um material com m=15 apresenta menor espalhamento da resistência à fratura do que um material com m =3 (Quinn et al, 1991), (Walker et al, 1996). Pesquisadores10 relatam que um valor de m superior a 10 indicaum material cerâmico "bom". Considerando a análise da amostragem, através da distribuição de Weibull, conclui-se que a formulação estudada apresenta um material ceramico de qualidade intermediária, com um valor do parâmetro m de 7,65.
Figura 11: Distribuição de Weibull para amostras ensaiadas á flexão por 3 pontos.
Fonte: Autores, 2020.
A Tabela 2 apresenta os valores dimensionais, distância entre apoios, distância entre as extremidades e área dos corpos de prova do ensaio de flexão de 4 pontos para os corpos de prova retangulares cerâmicos, além dos resultados da força aplicada até ruptura dos corpos de prova em kgf e N e o módulo de elasticidade em N/mm² e MPa, média e desvio padrão.
Tabela 2: Dados das amostras retangulares no ensaio de flexão de 4 pontos.
	Amostra
	Espessura (mm)
	Largura (mm)
	Distância apoios (mm)
	Distância extremid. (mm)
	Área (mm²)
	Força (kgf)
	Força (N)
	σ (N/mm²)
	σ (MPa)
	1
	7,7
	18,76
	80
	36
	144,45
	65,19
	639,30
	37,93
	37,93
	2
	7,36
	18,44
	80
	36
	135,72
	60,00
	588,40
	38,88
	38,88
	3
	7,54
	18,86
	80
	36
	142,20
	67,46
	661,56
	40,72
	40,72
	4
	7,86
	18,64
	80
	36
	146,51
	117,73
	1154,54
	66,17
	66,17
	 
	 
	 
	 
	 
	Média
	77,60
	760,95
	45,93
	45,93
	 
	 
	 
	 
	 
	D.P.
	26,94
	264,17
	13,55
	13,55
Fonte: Autores, 2020.
O Valor médio da força aplicada pelo equipamento até ruptura dos corpos de prova foi de 77,66 kgf, porém este ensaio teve um desvio padrão muito elevado de 26,94, devido a amostra de número 6 ter apresentado um valor de aproximadamente 80% superior em relação as demais resistências mecânicas.
O valor médio da resistência a flexão foi de 45,93 MPa com um desvio padrão elevado de 13,55. Estes valores se enquadram na literatura como valores de resistência obtidos por peças de revestimentos cerâmicos classificados como porcelanatos. De acordo com a Norma NBR 13818:1997, o grês porcelanato deve apresentar um módulo de resistência à flexão superior a 35 MPa, com um valor individual mínimo de 32 MPa, e carga de ruptura superior a 1300N (MENEGAZZO et al., 2002).
 Para uma afirmação mais segura seria necessário fazer em conjunto o ensaio de absorção de água, conforme a norma de classificação dos revestimentos indica. Porém é possível encontrar literaturas que se enquadram nos valores obtidos esta aula pratica. 
A curva de tensão x deformação encontra-se na Figura 11.
Figura 11: Gráfico tensão x deformação do ensaio de flexão de 4 pontos.
Fonte: Autores, 2020.
Para os corpos de prova prismáticos em material cimentícios a Tabela 3 decorre dos valores dimensionais, distância entre apoios, distância entre as extremidades e área dos corpos de prova, além dos resultados finais.
Tabela 3: Dados das amostras prismáticas no ensaio de flexão de 4 pontos.
	Amostra
	Espessura (mm)
	Largura (mm)
	Distância apoios (mm)
	Distância extremid. (mm)
	Área (mm²)
	Força (kgf)
	Força (N)
	σ (N/mm²)
	σ (MPa)
	1
	40,3
	40,86
	140
	40
	1646,66
	152,11
	1491,69
	3,37
	3,37
	2
	40,1
	40,8
	140
	40
	1636,08
	127,78
	1253,09
	2,87
	2,87
	4
	40,3
	40,1
	140
	40
	1616,03
	149,51
	1466,19
	3,38
	3,38
	5
	40
	39,92
	140
	40
	1596,80
	144,97
	1421,67
	3,34
	3,34
	6
	40,18
	40,32
	140
	40
	1620,06
	126,16
	1237,21
	2,85
	2,85
	 
	 
	 
	 
	 
	Média
	140,11
	1373,97
	3,16
	3,16
	 
	 
	 
	 
	 
	D.P.
	12,27
	120,37
	0,28
	0,28
Fonte: Autores, 2020.
O Valor médio da força aplicada pelo equipamento até ruptura dos corpos de prova foi de 12,27 com um desvio padrão elevado de 0,28, devido a amostra de número 6 ter apresentado um valor de aproximadamente 80% superior em relação as demais resistências mecânicas.
O valor médio da resistência mecânica a flexão foi de 3,16 MPa com um desvio padrão elevado de 0,28. Estes valores se enquadram na literatura como valores de resistência obtidos por argamassas nas idades iniciais (KUDLANVEC; COSTA; RIEKE, 2016) 
A curva de tensão x deformação deste ensaio encontra-se na Figura 12.
Figura 11: Gráfico tensão x deformação dos corpos de prova prismáticos.
Fonte: Autores, 2020.
Os dados do ensaio de resistência a compressão dos corpos de prova cilíndricos em material cimentícios a NBR 13279:2005 encontra-se na Tabela 4.
Tabela 4: Dados resistência mecânica a compressão. 
	Amostra
	Diâmetro (mm)
	Comprimento (mm)
	Área (mm²)
	Força (kgf)
	Força (N)
	σ (MPa)
	1
	50
	100
	78,537
	2002
	19632,91
	9,998961
	2
	49,62
	100
	77,940
	1199
	11758,17
	6,08046
	3
	50
	100
	78,537
	2114
	20731,26
	10,55834
	4
	50
	100
	78,537
	1200
	11767,98
	5,993383
	5
	50
	100
	78,5375
	1202
	11787,59
	6,003372
	 
	 
	 
	Média
	1543,4
	15135,58
	7,7269
	 
	 
	 
	D.P.
	471,4305
	4623,155
	2,33804
Fonte: Autores, 2020.
O Valor médio da força aplicada pelo equipamento até ruptura dos corpos de prova foi de 1543 kgf, O valor médio da resistência a compressão atingido pelos corpos de prova foi de 7,73 MPa com um desvio padrão de ± 2,33. Estes valores se enquadram na literatura como valores de resistência a compressão obtidos por argamassas nas idades iniciais (FRAGAS et al., 2016).
A Figura 12 apresenta o gráfico tensão x deformação do ensaio de resistência a compressão.
Figura 12: Ensaio de resistência a compressão
Fonte: Autores, 2020.
Após a preparação e colocação do corpo de prova no equipamento de dureza Vickers, foram executados 5 impressões com carga de 500gF, sendo que o tempo de aplicação da carga foi de 15 segundos. Medindo-se as impressões, o equipamento calcula automaticamente a dureza, e dessa forma foram obtidos o resultados de durezas que estão listados na Tabela 5, bem como media e desvio padrão também.
Tabela 5 – Dureza Vickers dos corpos de prova cerâmicos.
	Impressão
	Dureza
	1
	455,0
	2
	332,0
	3
	411,9
	4
	504,9
	5
	462,7
	Média
	433,3
	Desvio Padrão
	58,6
Fonte: Autores, 2020.
De acordo com a tabela 5, é possível observar que os resultados de dureza do corpo de prova analisado tiveram grande variação, e desta forma o resultado do desvio padrão foi relativamente alto, porém, a média encontrada não retrata a dureza de um porcelanato conforme os resultados encontrados por CAVALCANTE, (2003), e SOUZA, (2013).
5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES
Com base na nos ensaios realizados na aula pratica, poder ser indicado com bases nos resultado obtidos que o ensaio de resistência a flexão de 3 pontos apresentou resultados de resistência mecânica similares aos de cerâmicas de revestimento monoporosa, também foi possível concluir que os ensaios estão muito bem ajustados de acordo com a análise de Weibull, pois obteve-se um R² de 1 indicando excelente ajuste.
O ensaio de resistência a flexão com 4 pontos apresentou melhor resistência mecânica com valores obtidos na literatura de porcelanatos. Os corpos de prova prismático apresentaram resistência mecânica a flexão com 4 pontos de 3,16 MPa, um valor de resistência baixo, porém se enquadra a algumas literaturas para idades iniciais.
A resistência a compressão dos corpos de prova cilíndricos cimentícios apresentaram resistência média de 7,72 MPa ± 2,33, também se enquadra em referências para idades iniciais.
O ensaio de dureza Vickers teve uma grande variação, e desta forma o resultado do desvio padrão foi relativamente alto. A média encontrada não retrata a dureza de um porcelanato conforme bibliografias.
 
6 REFERÊNCIAS
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ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13818:1997. Placas cerâmicas para revestimento - Especificação e métodos de ensaios. Rio de Janeiro, ABNT, 1997.
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5739:2018. Concreto - Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos. Rio de Janeiro, ABNT, 2018.
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 6507-1:2019. Materiais metálicos - Ensaio de dureza Vickers Parte 1: Método de ensaio. Rio de Janeiro, ABNT, 2018.
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ASTM E384-16. Standard Test Method for Microindentation Hardness of Materials.
CAVALCANTE, P. M. T. et al. Fatores Chaves na Resistencia a abração de Pisos de Gres. Cerâmica Industrial, v.8 , n. 5, p. 21–26, 2003.
CORDEIRO, G. M. et al. The Lindley Weibull Distribution : properties and applications. Annals of the Brazilian Academy of Sciences, v. 90, p. 2579–2598, 2018. 
CORDEIRO, G. M.; HASHIMOTO, E. M.; ORTEGA, E. M. M. 2014a. The McDonald Weibull model. Stat J Theor Appl Stat 48: 256-278.
DE SOUZA, S. A. Ensaios mecânicos de materiais metálicos - Fundamentos práticos. 5ª edição. Editora Edgard Blucher LTDA. São Paulo. 1982.
FONSECA, E. S. et al. Associação entre a morfologia de trincas de pisos cerâmicos e seu comportamento mecânico em fratura. Cerâmica, v. 61, p. 303–308, 2015. 
FRAGAS, T. de et al. Análise comparativa da determinação da resistência à compressão em argamassas com pó de pedra em substituição parcial à areia natural. 60o Congresso Brasileiro de Cerâmica 15 a 18 de maio de 2016, Águas de Lindóia, SP, p. 830–839, 2016. 
GALDINO, A.G. Caracterização mecânica e microestrutural de cerâmicas porosas obtidas a partir de diferentes aluminas. 2003. 182p. Dissertação de Mestrado – Engenharia e Ciência dos Materiais. Universidade Federal do Ceará – UFC.
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MARQUES, C.H. Estudo e simulação numérica do ensaio de flexão quatro pontos no aço inoxidável super 13cr sob o efeito do hidrogênio em diferentes condições. Projeto TCC Graduação em Engenharia metalúrgica. 2016. 82p. 
MENEGAZZO, A. P. M. et al. Avaliação da Resistência Mecânica e Módulo de Weibull de Produtos Tipo Grês Porcelanato e Granito. Cerâmica Industrial, v. 7, n. 1, p. 24–32, 2002. 
MILANEZ, S. D. et al. Análise de peso e resistência em laminados de fibra de vidro em resina poliéster através de ensaios de flexão. ANAIS. VII COEN – Congresso de Engenharias da UFSJ. Inovando pessoas, conceitos e tecnologias., n. 1, 2018. 
QUINN, G. D. Strenght and Proff Testing, Engineered Materials Handboo, vol 4, Ceramics and Glasses. ASM International, Metals Park, OH, p 585-598, 1991
SOUZA, R. G. Estudo da retificação com ponta única de grês porcelanato no regime frágil . 2013. 155p. Dissertação de Mestrado – Engenharia e Ciência dos Materiais. Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC.
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WALKER, W. J; Reed, JS J Am Ceram Soc, v. 82, n. 1, pág. 50-56, 1996.
WEIBULL, W. A statistical distribution function of wide applicability, Journal of Applied Mechanics , p. 293-297, 1958.

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