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\ ). ._--_._--- ( , ) f ) , ) . ) ( ( ( ( LEON MOUSSINAC ~ HISTORIA DO TEATRO DAS ORIGENS AOS NOSSOS DIAS TRADU~AO DE MARIO JACQUES AS INTEGR A~6ES RELATIVAS AO TEATRO DE LiNGUA PORTUGU ESA SAO DA AUTORIA DE LUIZ FRANCISCO REBELLO LIVRARIA BER T R AN D APARTADO 37-AMADORA ) ",,---_ ._-_ .-- ) ,- \ () () r ( r ( ( c . ( ( C) ~~) () oj :~ ~ ) .~~ " /") ') ( Titulo da edicao original: LE THEATRE DES ORIGINES A NOS lOURS © Le Livre Contcmporain - Amiot -Dumont, 1957 ~. Todos os direitos reservados para a publicacao desta obra em lingua portuguesa pela Livraria Bertrand, s. A. R. !.. ~" 'f' - ' / .\' r J~ () J) I ' ~ . .r () o teatro, como todas as outras formas de cxpressao , tornar-se-a cada vez mais uma couquista, uma forma de conhecimento, 111n vinculo social, uma arrna e urn enriquecimcnto do humane, uma tomada de consciencia , urn espe- llio da socicdade. 0 teatro recorrera as outras artes (poesia, danca, rmisica, pintura ] para se aperfeicoar. A ordcnacao do espectaculo nao cessara de se enriquecer com exigencias temporals, com invencoes materiais e espirituais. Esta especie de nascimcnto do tcat ro cliegou ao scu terrni no >» teatro torna-se um nieio para 0 hornem e para a sociedade . A sua hist6ria principia. Java. Mascara de madeira policroma<1a para 0 teatro Topeng ,) J ) ) ) ) ) ) ,) -l J J J ) ) ) J ,- ) J _ _ . . .. . ~ w . _ .._"._.__ __.( - - - - - - - - - j lall l:a ,;ag r :\(1:1- T ('r, 'acnt a , Creta . P ari ,;, Lo l1yre A iu vestiga, "Oda s origeus vivas do lea t ro deve ser rcalizada, sem duvida, no aui",is nw c na magi" . Com el eit o, parte da actividad e dos grupos humanos primitivos e car act eri zada pelo animismo, elemento pas sivo, e pelo magi., elem ento acti vo da religi .o no momento do seu aparedmento, e pndemos verificar que as primeir as form as reais do teatro se eriam e desen- volvem ao mesmo tempo qu c sc eriam e dcsenvolvcm os ritos, as eerim6nias l: os cu1tos .E cvidellle qu e, aut es do mais, 0 homem t ern de come r , de beber e de ahr igar-se ; as for,a s ex terio rC' , e sohr etudo as da nah'rc za, dominam a vida qu otidi ana origi ll al , aprcselltando-se ao homem eom inm caracter de estranhez a illoxplica ve\. 0 hom em imita por ntilidade, e a primeira imita,ao e, sem duvida , a do all imal , que ele tem necessariamellt e de matar. Em redor do fogo, onde a horda se reulIC, as sombras fa ci1itam 0 mi steri o; 0 movim ento das cha- mas coo vida a corpo a dall,ar, ellquallto sobrc as fa ces os relle"os modelam 7 Co lom bia Britanica. No va Torque, Mu seu do Indio Am ericano Ocefu ria . F ilad c lfin, Museu Co mercia l 9 cu lar e COIlCC\;C' um a im agcm dcsse objcc to, es tc acto comp licudo , dcsdo brado , essen cialmente provide de vid a , ji cont iuha em s i a possi bilidade de um voo . da fantasi a, ex te r ior 21 vida. T ornava- se permitido suscita r no g r u po uma comunh ao autent ica. Se e do ponte de vista da sua ut ilidad c que 0 homern soc ia l primitive encura alguns objcc tos e feuom en os - e 0 es tudo da arte , desd e 0 Paleolit ico, dem oustra-o - , se ra do ponte de vis ta es te t ico que, mais tarde, cle sc colocar.i perante esses mesmos objectos e feno mc nos. Do ra van te , o teat ro udquir ira, lent am cn te, formas a u to no nias, conscrva ndo , todavia , a s ua essencia magi co-reli g iosa . A rea lid udc ate r ror iza 0 hom em qu e cr ia se res fan tas t icos , qu e depois evoca , a ni ma, rcprescnta na verda de ira acepcao do terrno, chegando ate a tran spo-los para a ceu a , A representac ao d[l or igem a ritos ; 0 g rupo r eunido, fascin ad o pela magia m imet ica que se desen volvera em ex pressoes de extase, de loucura sa g rada , assi stira it invcncao de formulas euca n ta to r ias pelo feiti- ceiro mctam orfoscad o pela ma scara , pelo gua rda-ro upa e pelos ad er ecos . A par- tir de en tiio, 0 culto com pre ende ra acios e paitnrras : cer imonias cada vez mais complicadas csboca riio u ma liturg ia, a sua orde rn pl astica e rltmica , os seus sort ileg ios, os se us cantos, as suas mus icas . G ra d ua lme nte , a participac;ao torna-se colect iva e a lllp lIa-se. Povoando 0 mu ndo de fantaslll as , a rcli gi ao pr im it iva cr ia esse «refle xo fantasticoll da realidad e, a qu e ja se a lud iu , prendendo os hom ens a comuni- dade e or icnta ndo a sua act iv idade. Com a noc;ao de alma , nasc e, confusa- mente, a imagem de um mundo alem-tu mu lo, de um mundo dos mortos , que acrescenlar[l aos ritos da cac;a e aos ritos da ini cia c;ao, por ex emplo, ritos fune- Co ngo. Copenhagn , :\ llbl'U :"aci"nal P oli n esia , (ol l',sao partic u lar Mex ico. Paris, Museu do H O Ill l' 1Il s uma mascara: lllll liom cm se r ve-se ellt ao do se u corpo para comu n ica r com o grupe e os se us movimentos cr ia m a prirneira lin guagem . Este jogo mini etico e j[t teat ro ; ofcr cccndo-se em es pectac u lo, 0 liom em e j (l urn actor . Mas a impot eu cia em lutar contra certos elementos, como a t ro voada ou a inundac.io, provoca ncst c h orn cm pr imit ivo a crc nca no sobrena tu ra l , em cspiritos . l\lai s tarde, num cs tad io mai s evolu ido, de ac rc d itara na sobre vi- ven cia dos autcpassados , depois em deu ses . Para a sua mente , 0 mundo surge ainda dcsd obrad o, c unsee cn t ao urn rnuu do mi st cri oso, onde ele descobre «visoes cncn n tndus», imagcus que despontam do se u cercbro , que lent am ente vai adquirindo vida propria , n iio ta rd ando a csboca r rcprcscn iociies . Por esse motive se ped e di zer da rclig iiio que cla e. 0 rcfl cxo Iantastico da cx iste ncia hu mana . Os meios do teatro teri am nascido, pois , por assim diz er, da ncccssidad c tecu ica de cxpr imir esse «ref lexo fant ust ico» . Da mesm a forma , tambern a lii storia do teatro sc aprescntn como a hi s - toria de urn a das forrnas da ac t ivida de humana , e, p recisam elltt?por isso , esta constant emcutc s ubme t ida £\.s leis do dcsen volvimcut o soc ia l do g rupo, do cla ou da t ri bo (e depois da cida de , da nac;ao ou do estado) . S end o acci te que a imita C;:io foi a pr ime ira forma de compn~ender , con - clui-se qu e 0 homem , i ~ li cialmente, tenh a milllado e depOls dallt;Qdv. 0 in s - tinto plastico e rit mico nao podia de ixa r de se desellvolve r . r~ p i damen te 110 g rupo human o. A 1l/l1scara e 0 pr ime iro documento da hi stor ia do teatro por- que sc a presentou inicialmcnte como um di sfarce do cac;ador e por quc pen ni- tiu dominar 0 so bre na tu ra l c esco njura r os es pir itos maligno~_' ri Todavia, desd e qu e a razao do homem pade abordar 0 (j)ujecto em parti - f ,,~:*~. N ova G llinc. Ch icago, :\IIlS l'1l lie Il ist l.r ia Natura l ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) -) ·--<"'" ) ) ) ) ) : ) ) ) } I .\" T IX () [) I ' ~ . . f () Java . :\Iascara d e madeira poli cromada para 0 teatro Topellg . 0 teatro, COI~lO todas as outras forma s de expressao, tornar-se-a cada vez mars uma conqUlsta.' uma forma de conhecimento, um vinculo social, uma arma e um. enriquecnnento do humano , urna tomada de consciencia, um espe- l1~o da socicdade . 0 tea~ro recorrera as outras artes (poesia, danca, mtisica, p111~ura) para se aperfeicoar. A ordcnacaoedo cspectaculo nao cessara de se e!lnquec~r. C0111 exrgencias ternporais , com invencoes materiais e espirituais Esta es.pecle de nascrmcnto do teatro chegou ao seu termino : 0 teatro torna-se um mew para 0 homem e para a sociedade. A sua hist6ria principia. ._(- ----_.-.---.-- - -- - -.-----------~-----------~~~~_,..._!I!I\IIl!!..= rarios importantes. 0 animismo e a magra adquircrn agora as feicoes do tot eniismo, e nasc e a oracao. Tais ritos ex istem ainda em algumas regi6es da Afri ca , da Australia e da America do SuI e as descricoes que deles nos sao transmitidas apresentam, evidentcmente, urn caracter ilustrativo desta especic de pre-historia do teatro. Quando 0 cia se desagrega eo chefe se apoia no feiticeiro; quando ganham forma as oracoesc os sacrificios e 0 culto dos antepassados se dissolve lenta- mente no culto da natureza; quando uma mult idao de deuses se acumula e aparecem os niiios solares ; quando os ritos agrurios marcarn a passagern de uma economia de apropriacao a urna economic de producfio c-s o magico pro- voca 0 aparecimcnto ·do sacerdote. A religiao ordc ua-se. A liturgia adquire toda a sua importancia , atingindo uma plasticidade magnifica. E talvcz no intichium a das tribos australianas (forma pri mitiva de todos os ritos de cornu nh ao), celebrado em honra do antepassado tot cmc, que melhor recncontramos as formas reais do espectaculo, com os seus rit os de entrada, preparatorios , com 0 seu drama milico (cujo apogeu e 0 sacr ifi cio ) associado ao rita, na o ap cnas Ialado, mas representado por pcrsona geu s ma scaradas e param cutudas de or na mentos sagrados , e , cnfim , com os sc us rit es de saula, qu e perm it em aos ofician tes misturarem-se de novo com a mul t id.io . T odos estes ritos, estes actos sagrados, sao acompanh ados de varies dis- c u ".~os . Clllll os C niiniicas , . N us r it os ch umados de passagcm mantem-se a mcsm a orclc m , :1 mcsma precisao. 0 iniciado «morre» a fim de renascer para uma outra vida, mas em tais condicoes de espectacularidade e participacao que rea lizam nfio j£l uma irnitacao, mas antes uma verdadeira reprcseiitaciio em toda a propriedade do termo. Quando 0 cia toternico se dcsagrega, e 0 espirito do primeiro antepassado que ganha import ancia, e aparece a idealizacao do chefe da tribo e da sua funcao; a oraciio, gradualmente, substitui 0 canto sem palavras (que ac orn- panhava as da nca s ) ; 0 mundo dos espiritos hierarquiza-se , como a sociedade, e com as id cia s mod ificarn-se tarnbern as representucoes r eli gi osas, os senti- mentes c as accocs. Neste momenta, 0 cnlto dos antepassados dissolve-so no culto da na tureza , uma multidao de deuses que maudam no so!, 110 vento, na ch uva , nos trovoes, nas forcas naturais, surge do espirito do homem, que a pouco c pouco transpoe a sua vida para ~ vida celestei ta7;.endo aparec~r o £1ntropom orjlslllo (novas personagens van fIgurar nas rC·lir@enta<;6es reIJ- giosas); os ritos agrarios, esconjurando os signos malignQs, conservando a vida nos campos ap6s a colheita, celebrados enfim sab a forma do mist crio orgiaco, van provocar 0 nascimento dos primeiros jogos dc cella. A represen- ta<;ao do mundo transforma-se. 0 ciclo religioso refle::te agora 0 ciclo do tra- balho. Ao sacrificio agrario junta-se 0 sacrificio do deus. 0 aparecimento da realeza modificar£l 0 mito: trata-se de libertar 0 homem dos espiritos maus, da ma ventura, para que nao sinta nem a opressao da natureza nem ados senhores. Para este culto, todas as formas teatrais ja existentes, profanas ou sagradas, van enriquece,r-se. 0 dialogo dramatico vai nascer. · 10 HIST ORI.1 DO TE :ITRO ) ) ~ ) ) ) ) ) ) ) ) -) ) ) ) ) ) ) ) } ) } ) - ) ) ) ) ) ) ) ) I ) ) ) J 3"" ) ) ) ) ) ) ) ) ) } ) ) ) ) ) ) J ) ) ) , ) ) -I ." --- ---- .r< I' I I :~ f ~ t !e, It @i 'b ~~ " f'.. ~" "': I- f ~ <~... R td~ .~ Mascara do tca tro tibet nn o. Chicago, :\Iu seu de Hi st ori n N atural OS TEATROS DA ASIA PAR ECE certo que, c?mo por ~oda a parte, f?raI~l religiosas as origens reaisdos teatros da ASIa e qu e e nas dancas rituais que as devernos procurar.Alias, as forrnas mais bem definidas e aque las cuja influencia mais actuou no mundo sao ainda as representadas pclo teatro de marionetas e pelo teatro de sombras . S6 a partir das modernas ex per iencias de ence nacao, desde 0 final do seculo XIX, e qu e, por exe rnplo , os teatros japoneses Kabuki e No prenderam a atencao dos tecni cos europeus , ao passo qu e os teatros de mario- netas e os teatros de sombras , quase certarn ente nascidos na Asia, tiveram vasta difusao gracas ao exito de uma personagem hindu de nome Viduchaka e as personagens da s sombras ditas «chinesas». Viduchaka parece ser, na r ealidade, 0 antepa ssado de todas as persona- gens-tipo de marionetas ou de sombras qu e por vezes passaram para a cena . Nao reencontramos n6s os traces caracterjsticos deste brfimane anao, corcunda e calvo, especie de glutao velhaco, esper ta lhao , irreligioso e hibrico no Pendju ou K et chel Pehliuan (0 lutador calvo) pers a , no K vo chines, no Karagueuz (olho negro) turco, 110 l\facClts das at elanas, e mesrno no Pulcinella italiano, no Polichinelle frances, como mais tarde no Guignol, no Punch ingles e no Petruchha russo, para citarrnos apenas estes exemplos , sem aludirmos ja aos c6micos dos teatros populares de todos os paises que de uma forma ou de outra 0 imitam? As marionetas foram introduzidas nas representacoes dos 15 Uma r epresentai;.iio, 1;0s ot da india , do Ka tali ali , teatro da nca do e llIim ac' o ~ob~e ~s grandes t.el~ la ,., do R aur ai ana e do Maubar a ta. Treze pe~'a s sao representud us no decorrer de urn UIlIl;t' es pcc tricul» lin e dura tod a a. noi~ e . ~) lampad ari o e as toch as em pri meiro plano i lutni nani os ac to res . r:l11\:o, :ll11a pcca celebre, Mrich chalw/ilw (A Carioca de J1.rgi la) , tradu- zl.d~ e ainda representada nos nossos dias . E, no entanto, K AI,IDASA, que teria V:Vl~O por v?lta dos comccos ,d? se cu lo v, 0 autorque conserva maior impor- tan~la errrvirtude da forca lirica da sua expressao: Xacuntaui, a sua obra- -l?n~lla, .perma~ece como a mais celeb re das obras hindus. No seculo VII di stinguiu-se ainda S IIRI-J{ARSIIAIJEVA, com Ratnauali (0 Colar de P ero- las) e urn drama dancad o, Naganda. No fim do mesmo secu lo representava-se com grande sucesso u~a especie de «Romeu e Julieta» hindu, Malatimadhava (0 Casamento Desjeit o ), obra de BHAVABHUTI, considerado 0 ultimo dos j f IlI ST ()RI .1 n o TE . IT I~() 0 ,; «Baila ri nos do Diabo•. llail arinos populates da 1ndi a Os ritos vedi cos rem ontam a tempos lon ginquos . Ma s 0 pr'im eiro elrama hindu vcrdade iro data apenas do primeiro seculo da nossa era. "A lenda atri- bui ao pr oprio B rarna a construcao do primeiro teat ro. Segujrdc; a lgu ns hi s- t oriacIor es, os di alogos dos Rig- Veda, livros sagrados , illdi ca r~nos-iam as Iormas teatrais pri mi t ivas. .'--, o primeiro au tor dram at ico conli ecido e A S'V ;\ C;IIO S:\ ; ~lpcn:is.. t res Irag- mentos da sua obra cliegaram ate nos. . ,.,,~':....;- Con sidera-se que 0 periodo dito «classico» do teat ro hi ifdu se desenrolou dos an os 3~O a Sao , se ndo testernunhado por " ink e cinco pe~~s ' escr itas em sfinscr it o, r eservadas , portanto, a aud itor ios privi legi ad os: ~B lIASA viveu no sec u lo I V, tevc has ta nt c ex ito e ntr ibui-sc ao rei S UllR:\K,:-\ , :,eu conte m po- 14 mi st er ios med ieva is de toda a E u ropa e cs t iio na origem dos-Jire3,ip ios III CCII- ni cos ( (( cr ech es mecau iques» }, como 0 celeb re presepio de Augsburgo , 1585, e na de ou t ras represcnta<;6es de aU/lIma/ os : as somb ras ch inesas , com todas as suas va r icdadcs, renasceram na Europa no fim do sec u lo XVIII , como foi o caso, em Franca , com 0 Th elil re de S erafill , em V ersalhcs e no Palais-Royal ( 1772 ) , e , um sec u lo mai s tarde, com 0 C h at No i r, em i\Iontmartre ( 1887) . O s ca minhos das caravanas e das invasoes, antes de se re m as vias das g randes viagen s e da s conqu istas coloniais modernas , haYi am permitido ess as influen- cias e essa expansao. ) ) ) ) ) ) ) > ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) } ) ) ) J ) ) I 7 o teatro javanes - qu er se tenha desen volvido para corresponder as necessidades da corte, sobre tudo no genero especifico da danca, quer as do povo _ caracteriza-se pela unidad e ri r oros a da express au , da representac;ao e da mu sica e 0 simboli sm o do [T'.": ' , \ Ior rna do espectaculo comum a todas as camadas sociais foi e e ai n. l . , 1\ ru ng, au teatro de sombras . A personagem \Vayan ~~ , , .i ,a fig ura de madeira au couro recortado e perfurado que se pro jecta so bre uma tela . A ac<;ao da pe <;ade que ele e Uma ce na de amor en tre 11111 principe e uma pri ncesa , inlcr pr el ada por ba ila rinos ca muo ja nos da companhia usa va a nome de .':;ld ra d JlI1r ll (0 qu e mancja os cordeis}. Isto permite supor qu e as marionet as, aqui , preceder am os actores . A influencia do teatro hindu espa lhou-se da Birrnani a a Java, da Persia a Turquia , do Indost ao a China e a Indonesia . T odavia, no periodo moderno, apenas se pode cita r , como nutor importante para a historia do teatro, a despeito da ampli tude e do caracter sumptuoso da s rcprcsentacoes que sub- si stem, 0 nome de R-\Bl )JDR:\?"ATIl TAGORE (1 8 6 1- 1941 ) , au tor de dramas de inspiracao simulHlneamente hindu (pedodo classico) e europeia (0 Ciclo da Primav era, A l\faqllilla, elc . ) \ \, -, ~ I Ji i j } I " I .~ I, .} f t - , ' :"" ' r' 16 W ayan gs javaneses. \Vayang·purwa, aqui aprcscntad o"em so mbra , vendo-se a maneira como e mane ja do Wayang-kalilik , que se \'C dircct amcntc, Mnnique , Pllppcnlheat cr Sanuulung grandes cl{lssico s :':!,A decadencia , ja evid ellte cerca do ana mil , acentua-se a partir de en tiio com as invasoes arabes , o teatro hindu nao originou apenas 0 aparecim ento de auto res : BHARATA escrevia , por volta do ana 30 depois de Jesus Cristo, um importante tratado, o Nat YI1 -Sllstra , ond e , na encena<;ao, se determina 0 papel da danca , do guarda- ronpa e da nlllsica; nurna outra obra , dat ad a do seculo x, 0 D csa- ricpa, podem os cakula'r 0 gran de decadencia do teatro pelos porrnenores for- necidos esp ecialm ente sobre cerca de quatrocentos tipos .de herofnas, . , E: de assinala r 0 facto de estes tratados, que somente contern a descricao de cenas construidas em ccrtas ocas ioes excepcionais, nao fal ar em nunca de construcoes pcrmanentes . As cena s em quest ao er am cons tituidas por cenarios laterais pintad os e urn pano de fundo (provuvelmente urna es pecie de cortina) que oculta va duas portas na parede. Nao se atribuia qualquer importancia a maquinaria, dependendo tudo da represeritacao e da mirnica , bem como do as pecto exterior de cada personagem, que exprimia perfeitamente a condicao social au lcnd ar ia ; nao exist ia a lei da s unidades , ma s as act os eram rigoro- sa mcute divididos. A pr ofis sao de act or era proibid a aos brfimanes ; 0 chefe ) ) ) ) , ) ) ) ) ) ) ) ) ) } ) ) ) ! . ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) - ) ) ) ) P i-rsonag vn-, do tc at ro d e so m bras chilll·S. Ch icago , 11I1seu ell' lli st 6ri a Natural o t eatro ch ines rcvela lIm a illl ag inac; ao e uma teclli ca que longos seculos d e a lt a cu lt u ra e de c i v i l izaC;~l0 fo ra m perman entemente tornando mais ricas. A sua s implic ida de , n ao a pe nas no conteltdo de dramas cuja ressonancia co nt inua imensa , m as tambem no es ti lo ta o ex press ivo que atinge, e ex em plar . T eat ro inteiramente suges t ivo, nad a au quase nad a ai e representado no sen- tido em que ge ralme llte se emprega es te termo; tanto os ade r ec;os como as m ovimentos e os gestos malltem-se carregados de simbolismo. 0 proprio cenario e cOllstituido a penas por a po nta l1len tos s ig ll if ica t ivos e qualquer objecto sec u lo x V Ill , era a prcsc n tad o uuicam cn te nos pa lacios . S6 por volta dos fins do se cu lo X IX ell' se tornou popular, m erce da iniciativa de SURAKARA . Ate ent.iio, 0 povo estava familiarizad o sobre t udo com dois tipos de teatro: urn, onde os actor es r epresentavam com mascaras , 0 lVllYllll g-top ell g, t eatro decal- cad o sobrc os tenias d as g r a ndes cpopeias , como 0 Bh amt aiudc ; ou t r o , onde os ac torcs sc aprescutav a m de ro sto descob crto , vcstidos e pi ntados amaneira dos \ Vay an g-purwa pr im it ivos , 0 IFa Yllll g- ·Wol/ g. conhecido j[l no sec u lo XVIII. :8 difi cil pretender que es te teatro se ja bast ante m ais do que um «espec- t;lcnlo» tradi cion ali st a , 0 qnal , n ao obs ta n te a conversao dos Javanese s ao is lamislll o, se con ser vou in di an o peb forma e pelo tellla. Q uanto a daHya //lilllada, cia con t inua as mai s a n t igas c puras tradi t;6es da danc;a hindu e de ullla a r te dram;lti ca qn ase com pleta me ntc d esaparccida na p ro pr ia 1ndia. A lg u mas r c:prescnta c;oes de \ Vayan gs poclelll durar se te dias con secuti· vos ; actuaJmcnte, por em, elas s ~lO ge ra lme n te lilllit ad as a uma noite . [[ 1ST l ) U I . I [) (l T E . I 'tt: () 1." I S Bail arina ,; klllll er es . I> ;\'xo-rd l"\'o pro\" ell iel1te d o T empi.. <1 e ;\ l1gko r . Pari ,;, :\Itbl'll Gllilllt"t o actor e comcntada po r u nl rccit ad or (Dalal/ g ) . E precise notal' que, para os Indon es ios, es ta s «sombra s» n iio represent um a pe nas 0 as pec to Fis ico, mas igualmen k a pcrsonificac .io do «espir it o» dos licroi s ou dcu ses que intervern ao lon g o do es pec tacu lo. ;\ a r te drum a t ica ja va ncsa e fundam ental- n~ente didact ica , 0 se u ob jec t ive e ens ina r com a aj uda d e s imbolos (Sa/! - di icara ). E xi stem d ifcrc nt es t ip os de \\·ay an gs . Em pri mc iro lu gar 0 lI"a\"al /lT- -bGbcr, que parcce ascender ao principio do se culo x v. Ma s es ta forma -desa- parcceu . 0 vc rcladc iro t ea tro e pico e r eli gi ose corn ecou muito prov avelm cn te com os 11"1l .\'IlIl.( -fJl1r ,ca (classicos}, que iuterprct a m as epo pc ia s e lendas anti- gas ; manti veram-se a te aos n ossos dias, so b a influen cia das g ra nd es ob ras da litcra t u ra hindu , como 0 ]XlilI/aYIlIla . E ste ge ne ra de \\'ay an gs r ev ela urn g ra.n.dc cngcnh o na d ifcrcn ciaciio das personagcns tradic ionai s , pe rfe ita mcnte est il izadas , dcsdc hobos a lierois . 0 se u r ep ertori o e cou s idcr.iv el. A rcpre- se n ta<; ;"io e mu itas VO l' S precedida por ccr imon ias de ofe rc nda s , qu e d cp cndern do fa vor qu e os cspcc ta dor es csp eram reccbcr da int crve nc.lo do es pir it o dos a n te passados iuvocados . l lma evo luc.io i mportante do ponto de vista plu st ico de n-se com os WllYlll/g -l.:alili/.:, nos quais a sombra foi s u bs t ituid a pela r eprcseutac ao directa de r~ersonagcn s de mad~i~a esculpida e m od cl ad a : em numcro -de qu arenta ou cm quc nta , clcs sao uti lizados na r eprcsentucao de peens cu jos tenias foram re~irados clas lcnclas, ~e Pandji e de D'atn as H·oc/ '.1I1. Em segu ida, su rgem os II ayal/g-gol cl~, «spec ie de bon ccas de cabeca art icul ad a , gera lme nte ut ili za- d~l S. em g ra ndcs cspec~;lculos profan os, de dia, c di ante de um a tela. 0 r eper- torr o , dest a vez de or igem persa , r ct om a 0 teni a de lcndas -oude tr iunfarn 0 h cr oismo I.' 0 a nw r . • . . .F iua lm cnt c , 0 II"IlYllllg-OrtUlg , cu ja or igcm r cm ontar ia , se gu ndo ccr tas npin iocs , a u ns du zcntos an os, e , segundo ou t ras , ba stautc ma is lon ge , e urn verdaclc:i ro tcatro onde os papei s s ao de sempenh ad os por ae tor t's e que , no ) ) .J ) ) .) ) ) ) ) ) ) ) ) } ) '> ) ) '> I ) ) ) ) ) '), ) sa ) ) ) > ,) \ ) J ) ) } ) ) } ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) t. 1I 1ST () R I A V 0 T E .1 T 1, () uti lizado no es pcct uculo pode ser vir vari os fin s . .\ III.:rfci <; CIO a ting id a pa r tal repertori o de pa lav ra s , de cantos, de daucas , de gcs ios , de cor cs , con t inua a se r s u r prcendc n tc. O s teat ros class icos , que cons t i t uent aqui lo a que podcmos ch.nna r a s «peens» , lem por fi m preservar as tradi coes naciona is de h ou ra , de int e li- lYcnc ia de t ra ba lh o c de resi stencia :1 op rcss ao feu dal e :1 i nvas.io es t ra ugeir a , 7\s S t ll'H.: r st i~oes ga llha ra m vida no tcatro ; a b r u ta lid ude c , t am hcm , a obsc e- nid ad c n .i o sjio cxc lu idu s , porque cbs a pcnas t radu zcm a vcrd .ule das lendas c dos m itos , con licc id os m esrno do chines il etrado . A con tc cc por vexes que var ias peens Ior mem HIn cicio : com o a s que sc rc lacioua m com 0 "h om ju iz I'au T ch ' ell gll, qu e era t ido como 11m a u te u t ico ca va lciro .m da nt e . ()teatro ch incs c la boro u a pou co e pouco formas d epuradas , s u bt is , HIn simbolis mo intciigcnt e dos ge :;tos e das norrnas e convcn coes q ue os cs pcctad ores popu - lares assimilur am perfcita men tc . A ssi rn sc cx p licn 0 e lcvado g ra u d e ex i- gcncia que os es pcctadores man ifes ta m em re la ciio a toda a r eprcscu tac ao ; int crpr et acao dos actorcs (cxpressao corpora I, m ascara, gc stos , adcr ccos ] e nui sica. A s pe<;as cL'lss icas agr upa m-se em d iferenl es ge ne ras , seg u ndo as cidade s e as r egioes. E sla diferen cia<;ao incide sobret udo n as fonnas cI o es pec t[lcu lo . .'\ ss i III , 0 gC: ne ro Jlillg-TcI/l(. perlen ce ao .:\or ll: cIa Ch ina , .o .c ~ C: 1 1 <..:rn ) '1/ ,: ' , 'fe /lit :[ prov!ncia de T sC:-Kiang, elc . N :lu se t1<:d uza daqui que os ass un los l rat adus n iio ofert':<;:1 m u llla g ra nde di\'ersidad e; enco n t ramos , pOl' exem plo, prot estos con t ra certos ab nsos , como 11a pl:p l , cll.~ .";/lI1nz -Po c Tc11l1 }'illg -T'll', qu e se ocu pa da r e\' olt a dos jO\'en s cont ra 0 s is tema de casame n to impost o pelos senho rcs feud ai s ; ou l ra , .U olIg KlziQIIg-Nill , ergue-se contra 0 trabalh o for<;ad o pOl' ocas iiio da cons t rn c;ao da G ra llde Muralh a. Alguns autores sc rvem-se da hi stori a lend[lria para ex:altar 0 amor an te u l ico ou demlllciar 0 ero t ismo que cOlltinua a opor-se a uma tal concepc;iio do amor. T odavia, na China, como em toda a Asia , aper- cebe-se a expre ssao de um certo mi stici smo se nsu a l ao qual os a nl ores drama- ti cos ced em fac i lme n te . Se os haibdos, tres ve zes milcl1 :1rios, se cl<..:di cam a im it a r 0 movimenlo dos as t ros na s fi guras de dan<;a, e somente sob 0 reinado do imperador \V ou (14 0 - 8 7 a . C. ) , da dinastia Han, que a parece m as pr imei ra s fo r mas ve rda - deiramellt e teatrai :;. O s es pect[lcu los s ao conhe cidos pelos Ilom es de «jog os de luta)) e de «collcurSOSD, e, ate ao sec u lo \'11, manti\"C ram -se em voga. A mai s a n l ig a orga n iza <;ao teatral conh ecida e uma com pa nh ia 'de 3° 0 ac to r es cll ca r regados de di strair os imperad ores da din asti a T ang (61 8-906 ) , in sta- lad a no Jardinz das Pereiras (Li-Yuan ); e la empres tou 0 sen nome :10 teatro chin2s. A introdnc;ao d e novos elemelltos c6m icos , j[l en tiio numerosos, so b a dinastia S on g (9° 6-1 279), contribuiu para tomar 0 teatro mais popular c de finir as n ovas formas de um teatro cha mad o T s a-Kilt (va ri ad o) , que pas- sa r ia enta~ a desfrntar de ex tr ao rd ina r ia im port:lIJcia, em \'irtude das canC;6es c das dan<;as acrescentadas ao di [llogo . :Mas nenhum des tes t exl os chegou ale nos. -r: com a dillastia Yuan (12 80-1 368) qu e 0 le a t ro chi ne :; a lca n <;a a su a 2 0 () S T E . 1 T I, US J) .·1 .r S I . 1 mat uri dade e adqu ire con s idcra vcl aud iencia. A s pecas desta epoc.a , das qua~s s e corise r va ra m cem , esc r ita s por lctrados, con te nt U1n desenvolvimento mars ri goroso da acciio, bern como u ma parte mai s ex te ns .a r~s er~rad a a decla- macae, c, com os cantos e as dan ca s , rcprcsentam a prnncrra forma acabada -de teatro na China . Con tudo, 0 ex ito de ta I lea tro d cvia provocar cer ta r en ovac ao no sen- tido do enr iqu ecimeuto do canto e da musica com 0 teatro da [i scola Kuen , na scido soh a diuast.ia M in g (1 368-164-4). 0 teatro Kuen-Kiu pretende desta forma a lca nca r urn fim ed ucat ive e , para sat is fazer 0 povo, nao hesita em a ccntuar a opos icao da fantasia a g rav idade . O s es pec ta cu los desenrolavam:se s em interrupcao e pod ia m com po r ta r numcrosissimos actos. Este teatro atm- viu 0 se n apogcu parcce com II isuuia da Sala da Vida Eterna (Tchang too. b " . , '1 Chen g -Ti cn }, pcca com mais de cl11 quen t.a a~tos .. . So ~m me~dos do s~cu 0 XIX cle comccou a decair, aqn a ndo das prnucirns m anifestacocs da Escola de j' cqllilll ( K ing-T iao ). t ao tca t ro da E scola de Kuen. que pertence 0 celeb~e dramalurgo L O.\:\'G Po-Lo:\'G e 0 scu colabor ador musical LOANC-Fu, de cuja obra se dcst nca a l l is toria do linniduira de Gaze (\Van Cha-Ki }, peca consi- d erada u ma ob ra-pr inia e qu e conlri buiu para prol on g ar o ' exito do genero. S ob a dinaslia Song, j[l os cantos e a '£'dan<;a se t!nham apo~erado.~e parte d o es pec t[lcu lo , mas a import ;l11 cia da n:ltlsi ca n ao d elxou de se I1Itenslflcar ate a o tealrn Ku en -Kiu , qu e con tin ha uma~ parte do di £tlogo ca n tado , alem de uma dezen a de ca n los intercalados e de dan<;as guerreiras, ma s n em pOl' isso 0 t exto deixou de possuir um not [l" e! valor liter[lrio . O s principais papeis das pec;as siio escr itns em verso, 0 qu e fav orece a d ec1amac;a o. C?s temas sao quase selllp rc rdirad lls das IClldas e da hi st bri a, elllbor a post enormente apare<;am al gumas pec;as de ac t na lida dc . Em d~fi!li li\'o, 0 fim e l~ l. vis ta c.on t~ n ua a ser e duc a t ivo ; tral a- se de exa lt a r 0 palnotl slil o, 0 :ll r:or filial, a fI.d:hdade C011- juga I, a just ic;a e a lea lda~e , consid~rados como ((vlrtudes ~~Se llC l a lS )~ . ~o.de-se citar, eutre a s Jlec;as mal s conh eCIdas do tea tro Kuen -I"'m, a H1Stona do : l llIlldc e a llisl (l,.ia do Pavilh iio das Pcll1lias . ..\ lllll si ca de teatro utili za nesla al tura instrumentos de p ercussaD, de s npro (que se r vem sobretudo para 0 acompanhamento do canto) e de cordas, cuja intcn'en <; iio e limitada e acessoria . Sera necessario lembrar que os acto- r es S:lO hom ell s, sc ndo interdita a participa<;ao da rnulher na representa~ao? 1'elo men os, durant e 0 mai or p erioclo da hi stori a d o te atro ch ines , pois e pro- v:1\'CI qu e ini ciallllente lenha h;1\·iclo actri zes, se co ns ide ra r mos um texto de 1263, qu e co]oca no rnesmo g ra n da hi erarquia oficia l a comediante e a cort es ii.. . .-\ cOllqu is ta da pr oY1ncia de l-':: iang -Su , em ] 85 3 , pelos revoluciona r io s o pos tos ao (;o\ 'erno llIanchu da din astia 'Ising, e as desorden s s u bsequ en tes que se prolon garalll pOl' um a d ezena de anos, levariam 0 pllbli co a urn certo desapego em r ela <; iio ao teatro Kuen-Kin, qu e jft ca da vez m en os frequentava. Da mcsma forma, os lit erat os ir iam ceder a uma nova tenden cia, a da Escola de l' l'quim (King -Tiao ) , (jUl' SC fni a perfci<;oa ndo ate ao final do seculo, ~oroa ndo na express iio d ' , i " ' 1 I; ,L·s e popular. T odas as pe~sonagens d.e tl'atro se tornam fa 11 l11:.: ,i i illo . O s au tores sao mUltas vezes 2 I ) ) ) -} ) ) ) ) ) ) ) ) I .J ) ) ) ) ") ) , ) ) , ) ') ) ) ) ) 1/ I .";T () U I . I [) () T E . I r J, () a ct orcs . :\ m us iva c- s implif icada , prerlom in.uul o us iust ru m eiu os d e sop ro . o d cs c n rol ar dos tcm as hi storicos , conhccidos d o pu b li co , per m it e a rea li za - <;;-10 de I)(: <,'a s rn a i s cu r t.is e m ai s d cn s a s. 1\0 en ta n to , (> exi to do tea t ro Kuen-K iu fULl ta l qu e alguns cspcct.i- cu los K ing-Ti ne a inda chl'gara m a intercal ar a lg um a s cc n:is de s se r cpcr tor i» dificil c de g rancle va lor litcr ar io. S ,'.m l'nl e por volt a d e 1905 s u rgi u 0 T cat ro .\" ( I ~ ' (l (Sin-H i}, influ enciad o pclo teat ro e111"O pe U, A ce ua ch i n cs u , ta l co mo se foi de fin ind o an Illngo d os se culos , e cons t i- tuida p or es t r ad o s , : steiras fi xas so br e ba m bus , c pur co r t i na s p i u t a d ns , que fecha m os lad os c II tu nd o d a ce na . N :io ex isle ce n;lri o: es tc e a penns s u g er ido como j ;l foi elit o ; as co n vc ncoes continuant a se r numcrosa s c om ni p rese ;; tcs no t ea t ro orie n ta l. () g ua rda -ro u pa e a s masca ra s , i ~ualmcnt c si m hol ica s , na o perd cm co m i s ~o n.ul a cia s ua qu a lid ud c c x prcs s ivu , a ntes pe lu con t ra r ro ; as ~ ua~ cores, p,or e xempl( ~ , class ificadas de Pll1',15 h h a ng) t: d.. sccundii rias (hs.la ) , em num cr o (!c cinco po r cada categoria , te m 11111 s ig ni f il'a dll exac to: assnn , 0 .v~ rm~ l horcv cla que se t r at a de um a per son agem ilu -t r c e de urn a cl a sse p r iv ilegiada : 0 verde e s imbo lo d e virtud e ; 0 bra nc o, d e vcl h ice e de luto , de . Notc- sc , porcm , que 0 s ig n i f icado das Core~ n iio r: s cm pre 0 m esmo quand o s e trat a ell' papei s Ieminiuos ... E stc leatro nssenta a r ra ia is urn pouco po r tod a a pa r te , n as pracas ou nas ru as , ao nd e ac or r e a mu lt id .io . :\ a r is to- 2 2 n a ci a a luga l' ~ Se ~ es pe d ;lcu los e f;l-](lS rcp rc scnt a r nos seus pa lacios . Xangai , :\anquim c I' cqu im s:io a s uni cas cida dcs ondc , dc sd e o se cu lo X I X , tem exis- t id o tc .u r os p cr m aucnt cs. , C omprel'llele-se LlcilIlH:1l1L: qu e a s ;}I<:,S'a s m od ernas qUI: s n rg ir a m na China ~ 1 :1. (~erc:1 d e cin q ue n t a a nos , C0111 0 t cat r o S i n - Hi , n iio t en h a m s ido apreciadas, i ni ci a h n cnt e , sc u ao por U111 a dc tc r m in ad a ca mada socia l ell' privilegiados : cst.uda nt cs , p rof cssores , ell'. () povo , iui ci a d o a pe nns n us co n vc n coes tradicio- na is , t in ha [orcosamcn tc ell' fica r a llic io a estes n ovos es pectac u los . 2 3 ) ) r., ) ) ) ) ) ) ,J ) I ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) , ) " ) , ) I ) ) ~ ) ) ) ) ) II I .S T () R I , I n () T L , I T J\ l ) I\l as, COlli a profunda t ransformacao prov oca cl a , em 194 5 , pe la vi toria da Rcvolucao c a s u b id a ao Podcr de ~lI1l GO\'erl lO I ~opubr, ccr ta~ cs t rutu- ras tradiciona is da ccna pareccm dc st iuad as a modifi car-sc . o'\SS I II1 , para- lclamcnt c ao r epcrtor io «classico » que pcr pciu a as a n t ig a s formas continua- mente viv as , esboca -se tun teatro nov o, qu e se in sp ir a 110 S mct odos d o teatro ocidcnta l c, cs pcc ia lmcu te , no rca lismo de Stani s lavsky, ao m esmo tempo q~e procura manter as caractcrist icas nacionai s de urn cspcct.iculo que se deseja sempre acess ivcl ;\s camadas populares . Couvcru ui nd a acrcsccntar que 0 mclhor actor , dan c.niuo c corcog ra fo con tcmpor.inco, ad ualmente di rector da nova :\ ca? em ia de A r~~ Dran~a~ica, e MEl L:\~ c -F:\ ~(; (ISc)4-196I), que se cspccial izou em papers fcmininos [tan ), morrucnte co m o Jlesc~d()r Corajo so t: ~'Utl , Filh a ; qu~ ,os dr:l1natur- go s m a is admirados c couhccidos S:lO, em . pnmclro lugar , 1,s:\:-;-\ u, que tam hem cncc nn ( ,I 1)1l1l~"1 Cor-dc-Kosa, 1':11//)"$[(1.1.:), scgu id o de Lxo- -S IIEII, :-)\" :-';(; Cu rcu-T: c 1,1 Po-T 's.vo, cujas peens histori ca s couti nuam .a t rad ic.io de 1'-I '() Xlo-j o , u mais celebre dos .ruturcs contcrn porflneos. l~e~ xando d e S CI' con sid erados como dcsclassif icudos , os adores j:l n ao estao s u jei- tos a vi vcr il ilia rgem cia sociedade , scndo agora vcncrados seg u nd o os seus merit os . 0 puhli co cont in ua atento ;\ cvoluc.lo do tea t ro e pnrt icu larmente a da bpcr a, qu e t cm ern .1 l-?apariga dos C(~I)"!< I .' H/ ,'II CO";, d e l-~ \j . C II I~ \ ; -C ll i ll c TIt,\; -YI, 0 u lt imo cxcm plo reprcscntuuvo (1 945 ). l 'odc r ct c r ir -sc , na ver- dade, 0 exito olit icl o pcla epoca teatral de 1l}·1.) -44, ist o C, cm. plena guerra, em Chunking, no dccurso du qual se reprcscut .rram cerca de vmte pee ns pcrante mais d e t rezcutos nii l cspcctudorcs. C ou siclcrn-sc que a orig em do t ca t ro japun b se cncout ra em ccr tas dan- cas a lcgrcs du lcnda de Arnaterusu , deusa do S ol. O s primciros es pcc t.icu los , propriamcutc d it os , s6 apa rcceru m por volt a do secu lo IX, cu m as dancas cxccutudas por OL'as i;'lO da s festus r eligiosas, c taka tum bcm co m as improvi- sa<;ocs mimad as de jograi s c equ i libr istas , qu e illterpretavam fa ct os da vida co r re n te a Iterna lid o 0 tr:lgi l'O com 0 com ico . o'\. ill fluen cia d a ell ina e da India c evidcn I c uc st a -, form ns i"'i11lit ivas , que se d esi gna 1!1 pcl o nom e de 5<1 ruga leu, Espccialm ellte no secu lo X I I , na ep oca de Kamatura, a dom iuac .io do Japao pclos Chincsc s fa cilitou a illtrodu<;ao de tim espirito religioso e de cavalaria que sc foi illlpondo cada vez mais a llledida que <lumentava 0 Jlodcr da dinas- tia chi ncsa do s :-1ong . 0 drama naSCCll com 0 ]), ' llga lw, r eprescnl:ldo 1I 0S tcmplos, d escll\'ol\'endo-se progrcssi\'amente em dclrimento dos mimos, de que foram adquirillC]o a popubridade. Parcee datar d esta epoca a inlrodu<;ao 110 ]ap:lo da s marionelas, ainda hoje cm yoga, qu e co ns cr va ra m a s tradi<;6es de uma ark ;\ qual T:\K :D1 0TO GII L\\'U (I()5I - I~I.l), d e O saka, d eve a sua popularidade . Evoluindo, as furmas d o drama Dengaku d aria11l or igcm , po r \'olta do principio do st:cu lo X 1\, ' ao No, cujo exito sc mantem nos d ai s scc u los seg u in- tes, alt: ao aparccimclll o do teatro Kabuki. o No e, a hcm dizcr, a primeira forma dram(lti ca ac a had a do ]apao. R pprps('nta,;iio It'atraj no ]apiio, Ilo sen tlo xnll . E stalllpa (10 pintor Kiyo1Jirn (lioS-li71l) . Tr;I\'a-~l' llllla d" "ord"11l '~lllrl' o s , 'sjll'cladon's C ondcnsa ndu tod a a acs:ao clos se llS t cm as (q uase scm pre im pregnados de ideias b{tdicas), elc cxprimc essa ac<;ao cm fun<;ao dos rccursos cenicos que 0 texto c as cv olu <;6es da danp ofercccm . Inicialmcnte, era composto por uma serie de quadros, s endo g ra nd e a parte d edicada a musi ca e ao canto . A medida que se foi dc scnvolvcndo, 0 i'\o, r eprcsenlado primeiramcnte so bre um estrado, preci sou do emprego de novas possibilidades cenicas, e a Sua maior popula- ridade foi adquirida graps a elimina<;ao progressiva de uma pa r te do texto e do canto. E a equilibrio a que chegou esta forma de expressao tcatral, a sua .... ) ) ) ) ) ) ) J ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) , ) ) ) ) ) i ) ) I ) ) I ) }} I .' i T () Ix } . 1 }) ( ) T L . I r Ix () u uid arlc pbs tica e r i t m ica , que f a z d <:la urn <:SPCd ;'lcu lo ,a bs o lu t:u n <: llt e co m: pl et o, li t cra r ia e c ~· nic:1 men te. Dai 0 int eresse CO lli qu : e es t uda do desd e ha alguns a n os por a r t istas e u ropeus . .:\ s ua a u to no nua t o r nou -se t ot al n o se cu lo xv . o J\tJ co ruprcc n de d oi s paper s prim:ipai s : 0 .)·il il ,:, l~er S ( J 1 1 a ~ elll _s em p r e mascarud a , qu e t anto recita como da nca e ca n ta, c o li , alci , qu e s ~ o po e eo ns- t .mteut eutc ao S h i tc 11 0 d eeorrer da a ccao . A es tes dois adores ju nta-s e lim coro ( j i ), CO Ill POS to , dum m odo gcr a l , por uma d ezel :a ,de e x ec n ta nt cs e a lgU12s interprel eS sc cu udnr ios , par vezes mud os . O s m u s icos c?l11prcen dem tres t a mb or i lci r os c urn f lau t is t a'. A e ncc u a ciio e eo n trn la ela a vi st a por u m a per- sonagcm u .io \'l' St ida a e poca , 0 Kot.c»), qu e e n 1reg a os adcrccos aos ac tores , sc nclo sn:u n eladlJ I'el () .\! ()// o- I{ i ll , que a j u d a i'IS mud a u ca s d e g ua rela -ro u pa on d e m [\sca r a, ados, toclos des, n :ali zad os 11(1 dccu r-.o d o CSp l'Ct:\ l' :J1 (), A s 1II [IS- ca ns Lilwbt l' :\(J S;lO a s m nis a ut igu s ; iuici :dlll entc d e m .id c ir n p r cusud a , clc po is d e mudvirn ,'s cnlpiela , rccebcr.un dos csc u lto rcs l~m a l's pa nl l.)Sa vane- d ud e el l' cx p n :sSIJeS cu r res po l1 clen tes a cc r ca de sc t e nt a tlj H!S, I )( J ~ Slllncl o ca ,cIa urn 0 s e ll nom e . C OIll a c r inc .io n o secu lo X\ ' II elu t ca t ro K uhu k i , cs tas m as- ca ras cll's aparcCe r alll. __ () es t r ad» pr imit ivo tc vc d e SCI' a n-cs l'c n tado g rad na ll1lcn t L', a 11111 d e r es - ponder :\s lll'c cs ~; i d ;l d cs da ~n ccn a<;';-l o e da rcprcscn LIl; ;\(), a l' il1 Ja n d l,) pOl' s e t r an s forma l' nn m pal vo d espido , quadrad o , ao q n a l s c tun an'sso, a fr cut c , pOI' um a cSl'ad a c , :\ d i rc itn , por 11111 ha lc;lo ,. n o qu al sc i n s t:~la (l ('('1'0. _:\ ;\ 0 h [l ce n ur io e x ist i n d o a pc nas a lgu ns b a mbu s pi nt arlos po r d ct r.rs elo ha lcflo c u m pillh l'ir: , ao ln ud o da ce lla . A es q uc r da e i'l d ir ci t n c1,is t ril m l'J1I-:C' , os mu si cos . () c lcm vn t« ca ruc tcr ist ico e uma «pon te » g na r nL'clda d e ha i;iu s t r es , ou de Iom.u u In g a r :l1g UllS in te r prc tcs seg ll lldo u mn or dv m convcuci oua l , e q ue COlIS- t it u i u m n espl' l'ic elL s eg u llela [lrca de n,:p ~' csell ~a<; ;lo recua da. P O,r VCZl:S, :.dgl~ Il S ol1jcl'!os on ael l'rl' ~us cs t;\O elispostos aq n l e a lI, l1I a s apcna s :1 tl lulo IIHlIca tlvo C llllll l'a cOIn 111 11 jl]'llp(;s i lu d ecor:lti ycJ. , .\ Illi l1l il'il d ll :\(1 e r egulaela 1;\0 r ig nr os a l1lL'llte <}n a n t o 11111 :1 l'<lrL'og ra f,la , CacLt !..;cs lo o U J1IO\'illle lllo, ex l rcnJa l1le nlt.: es ti lizaclo, C01I Sl'n-a 1111I sell tJdo exa l' t ll' para () l' sjJl'clad o r . A b eleza pJ[ls tica dos cOll j n nto: e l"ruto de n1l1,a c1i sl'ipl il lil c el l' UIlI:l te clli ca p erfeit a qll e fa ze l1l do actor n l1l 111 s tn llll cllto ,ac1 n ll - r r'l\'c l, ll la s Sl' J1I pus s ih i lidaeles d e i n ic i:lt iv a p L' s s oal. S(, a s d :lJH;a S PCrJ1.11lL'1II a ex p r cs s ;-lO llL- IIl11 a pcrfei <; ;\o p es soal. .:\ 5 c1:1l1<;as el i s tiJ1 gu L'm - ~ c L: J1I _U Ill " pura - m cn /(: p J[\s t icas, c m 1[lIl a rab, callt ad as e d e C:1I-:1d e r g llerrcl]'l " e c lll 1\ II 1.:,'1'l , qn e co n s t i t m 'lIl nm a es pecie d e b ailaelo . , , ' .' . . , l'ompr eenel e -s e que a forl1la p erfelt a e 0 p rop rIO espln t o do ::\0, cs ta « cs p(~c i c d e [l1gL'hra )), ll a n t enham p crlllitido um a ce r ta fl e xi h il i cl ad ~ . _Ch eg a- r am a r cpr cs clltar-s c cinco e seis ?\6 num so espectr'lcu lo p a ra sa l lslazer a s ex ig~ llc i as d o p tlh lico . 0 r epertorio d est e t eat r o co mpree nd e cerea d e tr~zen t a s pe c; a s esc r itas , a 1I1ai oria d el as n,os secu los XI\ ' e X\ ' , .:\ I gu l ~ :as \TZes <u n d a , ao lon g o d e cc r tas n.:p n:sen ta<;oes, Intercalavam- s e cnt n .: os :\ 0 11111 qu e ou t ro e n lrelllez C<Jlnico , os l{yug colI , es pc':c ie d e fa r s as IJurl es ca s COIll p crson a g en s popu lares qu e cOllt ras tavam com as d o n ::pert(Jri o, ari stocrr'lti ca s e su m p t uo- samen le v est icla s , ().\ T L . 1 r t: (l S j) .1 .r :-, } _., ~ I;'t~ l ' a r a tl (l t t o <l t r l) :\ t) I r l '1 ) r t' ;-;' \ '11 t ~ lt l I 1 1 1 «n < l 1 1 1 1~ l l Ie 11111;1 iu ullur 1I111!'!; !>, . Cllkc- ,';1<1 de Et 11 1111l ~ ia da l ' lli - , \·\'r ~i.]a d L· d ~' ! ll r i'l ll t' I kri vanel() d c nJ1la elis cipl ina l'Olllpar[I\T l, lIla s aUlll cll ta ndo e x t r a Ol'elill :\- r ia lll L:1l tc a s r cgra s d o fll nc iona lll cll to t eatral , d and o , enfim, a r ep resen t a<;ao 11ln ca r[lde r r cali st a , 0 gl~ ncro r"::a hnki d e vi a , p OI' seu turn o , a t ingi r lima das m a is orig ina is pcr ft: i ~OL' S qu e algu llla n :z 0 lL'at ro con llece u . .:\ :; s ua:; o r igells S;1O atri buid a s :\ celeb re d an <;arin a O-K IJ:\ I , qu e sc cx ib ia e m trajo m a sculino e qu e, 110 p ri nCi p io elo s ec u lo XVIl , r euniu a sua volta a lgu ns actores e a ct r izes p a r a re p res en ta rem sa inetes q u e e la propria com p u n ha , 0 car[lcter li cen ci os o eles tes~:sa i netes levou 0 Gove r llo a proibir as ac t r izes d e lIe le s parti ciparem . . , Em 1024 foi co ns t rn ido 0 prim eiro lL'at ro J.'::: a huki , 0 K ahuki tornar-s e-i a r omalles co, burles co , c rll t ico, mas ir ia serv ir 0 talento d e l11n a ctor, SAKATA T O,ll.T O ( ll asci elo e m 1(40 ), eu jo gc': n io p areee indi sclltiv e1 e que d etcrminou os difercntes ':l JI !J!o is, impolldo-Ih es uma hi erarqui a que sobrev ive u , na qual o a ctor p rin cipal er a 0 d in:c tor absolu to cia co mpa n h ia , qu e vi vi a am arg em cia sociedaele e d a s u a m oral. C om 0 t empo , 0 tca t ro K abuki introdu ziu nas pe<;as ,., ~ - I ) ) ) ) ) ) ) ) ) ~ ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) h ist or icas ou SUL' I:l1 S que j:l cons t itu ia m 0 sc u r cpc r tori o \1In ccr to c.steti- ci s mo, q Ul.: 0 tor no u , indubita vclmcntc, a~ess f \'l.:l .: LJ lL' n a ~ a u rn clet<;rm lllado publico . M as , ~I m edida que as sa las se 1.oram ~l:lanclo. c ?' l'sp~,dacu los s e Iora m i n flucn cia ndo reciprocament e, su rgira m d ifcrcnci.icoes , a lias basta n te a cc utuadn s . C IIIK.Dl:\T;-;l; :\ lo:; Z.-\E~ IO~ (1 65 3-I ~ 2 4 ) e u rn dos pr im ciros ad ores con hc - cidos ; e m m a is d e ce rn pecas , ell' criou um certo numcro de personag cns que se tor na r.un «t iposu : 0 sa m u ra i , a cor tesii , 0 bu rgues , e tc . A s ua obra drama- t ica fez escola , ~6 se obs er va ndo uma ce r ta r cmodclaciio clo ge ne ro em pl e no sc cu lo :\ 1:\ , com K .\\\":\ 1':\ K .\ .i\10 K U .Dll ( 11)16-1S93), g ra cas ;l int crve nc.io de personag ells lcn dar ias n as pe c;as: , . . _ . () tca t ro K a bu ki e cs sen cia lm cnte plast ico c m usical . );L:lc, us efcitos ce nicos S:LO cui dadosa meute prep a rados e co nd uzidos . Sob a i nfl ue nc ia ociden- tal, c ll: t r nusformou-se lig eiramcnte, passa ndo a dar ma ior im port fiucia qu e a nu- r ior nu-n tc :1 a vciio c aos caract er cs , 0 qu e p rovocou , h (l ccrca d e quarcnt a .anos , 0 aparccimcuto de t cndencias n a t ura listas , cn q uan to .o actor l CIlI K.-\\\ ·.\ I ):\ :; jl Jl, I) , non o comcd ia u tc cel ebre d este nome, tcn ta vn n.'Ju\'cncscer .~ vel h o elra ma h ist or ico int erca lando-lhe ca nc oes , dancas c «quad ros » es t i lizad os . A li(IS es te ge ncro de drama adaptou-s e g rad u a lmcntc ;I S coud icoes de urn g ra nde espe~t(lc u lo mod eruo . A ss im , S1'O YO '1' ;-;1 :1: .1 'TCII I , espeL,j :~ljs ta cI ~ .S ha- k cspca re , cs forco u -sc , por volta d e H)15, em modtl ~ c ar, a >' ( ~n cL· p <; ;.i l1 tradl cl on :tl <10 ba i lado, coin po udo peca s que s e repor ta va m a h is tori« :Lntlga do ]ap:lO (I Ercniitu, (Lurash ima , A L oucura de 0 11 <1 /::/1) . E ra in cvit a vel que , com 0 aumento prog re ssive de tnd " 0 g( nc ro d e permutas cu t r e 0 ] a pao e 0 Oc ideute , os encenadore s ex pcrim cutassem por s ua ve z ccrt.i s i no vacocs , utilizando e m p r ime iro lu gar os m oder nos ape t re- .c hos ce nicos c a m aquinaria. (Xl.i s n ao e vc rdade qu e j:l L'lll m cados do Sl'C U !O :\ \' 111 c x is t ia m em Q u ioto pal cos g ira t6 r ios?) T odavia , a interprct a - -cao traclici on al co n t in uo n a i11l por-se, n ilo obs tan te a fu ncla <; a lJ, por volta d e ; C) IO , dc uma L'scola pa ra ac ~ ri7;cs, ju n to ao :rea t ro Imper ia l. C~):n efe i ~o ~ sao ainda os h Olllens q ue na llla lOn :l clas ve zes lll tcrprd alIl os papel s fe lll lIlln os: .a s vozcs clas mu l h ~res n ao prev al ecialll sohre os rufd os da sa b du r an te tod o o te mpo que L'~ s as lon g as sessoes du ra11l, que podcm come<;ar :I S dL'Z da m anhil pa ra te r lll i lla r :\s n ito d a llOite, e n o decursa clas q uais os espL'ct:lclo rcs en tra m ·c saCIlI, behclll, co me 11l , di scutem . .. ?\o cn ta n to, sao representadas p e<;as cu jos IL'lllaS sao ba :-i eaelos na vida llloc1L'rna; esk fact o e tant o m ai s n ot [lvel quanta e ce r ta 0 grallde val or so cia l do ]~ a hu ki Ih ..: a ch' ir cia circu nstancia ell' sc mpre t er tid o COIllO object ivo a -L'Ollse n 'a d " dO:-i cos t um~s a nces t ra is. E fo i m CSlllO fund ado, ta lllhe m , um "tea tro li \TL·l! . . . I )c qu al quer fo r ma, a co nscie ncia clus ac tores, a ded ica<;:io ·qu e m a ni fL- s L1IlI pOl' 11ma a r te qu e triunfa h :\ \-(tri os se ci:l us e foi durant e muit o tem po cOlls illnada como uIlla es pecic d c ur eli gi ~i o do po\' Ol! , asscgu r a a inda ao tcatro ]~ abuki a vir t u d e de um espirito n acion al qu e, e ce r to , r evela um «IlIunelo de formas, de co res, de so ns, d e ritmos , d e s im ho los , de ima- J~en Sl!, mas q ue con t inua a ser tambem Ull.l 11l ci o de.orienta.<;ao nas ll~aos d o P oder. f: pro\'(l\ 'e! que a limitad a influencla do rea hs mo oCldenta l a te ag ora l'<'ua .i .. "} .r ur ill, 0 tvat ro ti l' fnnt orl u-s Hun r nk u, (' 111 Osa k a , Ja !)iio.Poi , (h' :~ l e t('alr? que -uiu 0 K abuk i . 0 ,.; mov iuu-uto s (lo ,; hou ('l" "; ~ ii " r cg uludo s p cl o «an ium .lo r» a vi st a do publico vcr ifi cad a n est c teat ro sc eleva ao fa ct o cll' ell' n .l o se podc r a lienar, scm cor re r um g r a nde risco, das s u as or ig ens No . l\lesmo ass im , ele s u pr imi u 0 duplo su icid io que ou t rora ca rnctcriza va () fin al d e tados os espcctacu los populares . Da m esma forma , s upr imi u 0 principi a da vedeta . 0 que ainda hoje the e particular I.' prcndcu a a tc nciio d e tant os encena~ores m od ernos eur?p~us. e essa pontc (ll<1shig<1rll',i) transfonn acla num ca ll1 lll ho d e fl ores ( halltlllt c1lt ) , deci si va , sob 0 aspecto cIa represcnta <; ~l o , po is cia assegu ra esse con tac to d e novo t ao p rocurado h oje en tre os actores e os espcctadores, entre 0 mundo da fic cilo e u mundo r eal. , A n tes d e 1940, 0 m ai or interpr et e d e K abuki era U'r.-\E~lo, t ao ce leb re co mo a actriz 8 :\D1H Y AK KO . A ctualmcnte , 0 No diri g e-s e a pe nas a 111n publi co r estrito . A s pe~as r epresentadas pcrt en cem ao genera Kabuki .n a p~opor~ ao de se te n t:l po r cento. ill a s e in cont L'sta vel qu ~ s e n ota u ma m a lOr cllvers ldade d e es t tlo en t r e as e nccnat;:()cs aprcsclItadas . . Enq uanto Se con stitu iu llln tL:a t ro lIa cional ( I\ oln/lllill Ellgib), agr u - pando as d ifen'n te s t ell c1 ell ci as do gcn io ja pones , 11111 t ea tro l1lod erno S illgbah, a qu e Se cledi cam Y :\ F TCl :\II Z CT.\ :;I L' SE:-'SUE H :\ \":\ K:\\\":\, esfon;a -se sob re - tucl o e111 adapt ar as pe <;a s es t ra llgeiras . :\ ssegllrar[l ele a trans i<; ~LO en t re 0 \'elh o e ° n o\' o tcatro ? T 6qllio e (}u io to cun t inu a 11l a ser ~)S pr iIlci pai s cen t ro s cia ac t ividade dram[lti ca, c nq ua n to U sa ka ('1'eatro Bll llraku ) assegllra 0 succsso clas mari o- ) ,) .~ ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) , ) , ) ) HI S T () R / .1 D OT EAT R 0 net as (.-l)'a ISltri) . Pod e-se ' afirmar qu e 0 t ca t ro <:. a in da a forma d e e x pres sao mai s rcp r escntat iva da civilizacao e cia cu lt u ra ja pon esas . O tcat ro pe rsa e esse nc ia llllc n le UIlI t cat ro s.ig ra do , p rovcn icnte dos ve lhos ca n t icos das cer imo n ias r eli gi osa s . O s pr im ciros tex tos conhec idos rcm ontum so mc u tc ao secu lo x vu i . A in stabi lid ade do poder politi co niio Iavor cccu 0 descnvu lvime n to de urn t cat ro, sc ndo apenas de regi slar 0 drama Tc z-Yvh, pclas ca rac tc r ist icas or ig ina is que aprcscuta : 0 T uz-Y eh moderno Foi fn-qu cnu-mcntc cotejado COlli as r eprcscntacocs med icv a is ; COlli efe ito , tal com o os mi st crios , e lc e composto por uma se r ie d e cp iso d ios , poss u i urn si m- boli smo ri gl'r oso e pc r m ite , na prap publi ca , um a part icipaciio lola1 da ass is te ncia , cr ia ndo ent re l ad as as classes so cia is um a com uni da dc ac t iva . N~io su r prccudc, pois , que Guslave Cohen tenha dcscrit o uma r ep rc scntacii o de T a z-Y eh em T cer ao em a poio da sua com pa rac.io C0111 as nar ra t iv as da s r ep rcseut ucocs de mi st erios nos ad ros das igrej as : urn T az-Y eh evo ca a bata- Ilia de K crbclan em que percceu H uz zein, massa cr ad o pclo usurpador Y esid; o es pec tacn lo dcst iua-se , assim, a g lor if icar 0 ven erando im a , com o nurna oracao col cct.iva : «O u t ror a , a mult id ao contcnt nr a- sc em ca n ta r os infortunios desses herois reli gi osos, depois fi ze ra-os a pa r eccr para os por a recitar uma lamcntuciio c acab ara , por fim , ncstes g iga n tcscos dramas pcra nt e os quais se em ocion uvam cida des inteiras .» l'o ~' oca s iao do R nmadao, nos ca fes turcos , ap arcccram , numa epoca mal det crmin ada. a lg u mas rcpresentacocs de teat ros d e so mbras. Essas fi gurinhas dcli cada mcutc r ccor tadas e color id as , projcctadas so hre u ma le la , es tiio na ori gem de pLTson agens ca rn ctc ris t ica s , a mai s celehre clas qu ais , K aragueuz, cmprcslo u 0 se ll nom e, Uio conhec ido como 0 de l'oli chin elo , ao !ca i ro d e ma ri o- nel as, qu e suhs l ilu i 0 lealro de so m hras (se hcm que a origem das mario- ncl as se,ia lal vez a nte r ior a da s so mhras ) . . I";' aragu cll z e 0 se u com pad re Haci\'ad rem ont am possh'elme n lc ao secu lo X I \ · . : \ cpoca cle So lim ao 0 ?\lagnifi co cons ag ro u 0 se u ex ilo durante o sec ulo X \ ·1. .--\ partir de cnlao, 0 K a raguell z k nde ca da vcz mai s para 0 Imr1csco c para 0 sa l ir ico , relirand o os seu s tcm as ci a vida qu ol idiana embor a a lracli<; i"lO se perpelue na a lla sociedacl e e mcsm o 110 pal (lcio do su lt ao ~ A e xis - lcncia dos cafes a umenlo u a fama de sla forma de es pec l(lcu lo que se lornou por assim di zcr lla cion al, de mod o que no s0cu lu passaclo, llao obs la n te a ex is lc:nc ia cl e l11n lcalro qu e procura"a j (L serv ir a a r te clram(llica, 0 Kara- gu eu z CO llSer\'( lll lod o 0 se u presligi o e foi inlrocluzid o lias feslas do R amad ao, cia Ci rcu ncisau , de . 1\0 princ1pi o do sec u lo XX, a prcscnlo u -se de no\'o tllll pc riodo fav or (lvel pa ra 0 K aragucuz, pois acabavam de ser puhli cadas pequenas pec;as do r eper- torio «c1:LSS iCOll. A mp lia -se por con seguinlc a l cla iluminada a g(IS, multipli- cam -sc os cen;lr ios e lenla-se tornar ainda mai s efi caz, melhor ando-a, a tecllica cla r cprescnla<;ao. J O I ! \ '1 (l S T E .1 tu () S J) .I .r 5 1 . 1 M as 0 K aragueu z tende a desa parcccr em vir l ude da con correncia do teatro profi ssi on al. As suas virtudes satir icas , opo ndo jf! nos seculos xv e XVI a vida sumptuosa dos r icos a m iseria cia pov o, denunci ando j(l 0 egois mo , a cor r upc.io d os costumes (N agar. II S allJ[uillll ria, 0 Caiuuc , 0 Balneario j J11blico) . sao cons ide radas perigosas para 0 P od er e para a r cli g ia o. A tru- cu lencia do d ia log o, ou t ra s vezes a obsceuidade , servira m cle prctexto para os a ta qucs v iolcn tos de que foi alvo . No enta n to, 0 Karagueu z e uma criacao tipi camentc naci onal , a inda hoje a unica forma aulenti camenle turca d e teatro, e foi, durant e var ios secu los , 0 reflcxo clos sc n t imentos c dos pcn samentos do povo em fa cc dos ncontcc imcntos e dos hom ens . - ....--- - _ .~ - H aci\·ad Ul ( ' ~q l1 erda) (' l":: a ra gl1cu z . 'IUC .l eu 0 n O !1l e ao t('a tro (1(' so m hras t u rea ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) > ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) c» ! ' i" i -I· "" () actor japo nes Nak alllura l ia nk uro . E stam pa de Sh uIIsho ( 17 2b - 1793) .. 1 ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) \ ) ) ) .> ) ) ) ) I \ l i Bnil ar i nas . Haix o -r r-h -vo ,]a runs tabn de .vk h iut hou-p (5.&dinasti a ) . Pari s , Louvre A ANTIGUIDADE o EGIPTO H OJE parece possiv cl di zcr qu e , mil anos antes do na scirnento da tra- gedia grega, e contrariamcntc ao que nfirmaram os pr oprios Gregos e tambern os arque61 ogos do secu lo XIX, 0 E gipto ter ia inventado 0 teatro. Com efeito , ate :l publicac.io, par Kurt Sethe, em 1928, de urn papiro dramati co, es pecie de manual de Ulll mcst re de ccrimoni as encarregado da organizacao dos mi st erios sac ros, a discuss ao a volta dos text os relatando 0 Mist Srio de Os iris em Abid es , por exe111p10, deix ava supor qu e no Egipto niio ex is t ir a 0 teatro propriam cnt e dit o. :.(:} f itua1 da coroacao de Ses6str is I, cerc a de 1330 a. C. , podia ser eornpa ra do a urn espec tac ulo teatral. As recen- tes descobertas fe itas pelo Doutor E tie nne Drioton , pr inc ipa lmcnte a de uma 33 ) ) ) ) ) ) I ) ) ) '; ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) I ) ) ) Jll S T ( )/?I .1 [) l ) TE . IT I':'<J (l'11:' d a ,,( o r r i d a pa ra .. So l" r eprc - :,e l1la l1do a i uor t e (ho r i s i r i s ( ll' m a d a tr a·n~f igl1r a l;fl() do d lil1 ~ ), p rilll l' i r o l l' l1la da s r l'pn'Sl' l\ - la C'-'l'S ri t uni s e dra- m [llica,; d o uu t i g o E giplO. P api ro . Paris, Bib l iu ll'ca l\'al"io l1al repn.::s cnla<;:l0 de bai lado , e , em segu ida , as de Blackman e F airma n , em 194 2 , de tres tex tos drarn aticos aco m pa n hanclo os ba ixos-rdevos do temple de EMu, permit irarn desta vez enc arar uma co nc lu suo di feren te . Desks ult i- mos textos foi possivel destacar fra gm entos dram aticos que ter ia m se rv ido a r~p res enta <;oc s r cm ot as :~,I ,:rov 2!vcl m cn le no tempo .?? X\·I I I. ou da XIX, dinas- t ia }: 1 .° , urn drama sa~~'o r epresentado po r oca sruo da i esl: l de H orus , 0 F a lcao Divino , 9 ua ndo a.~tatua de .Ha th~r , u rn a das gra ndes d~ ll.sas eg ip cias , e ra [evad a de IJcnderah~o se u mars a n t igo tem ple, pa ra part ici pa r nos fes- t ej os (0 texto con tern indicac oes cenicas referentes ao de sempenh o dos ac to r es e r evcla que se tra ta d e represeutacoes es pectacu la res com cen ar ios , ade r e<;os , adores ern grande nurncro , f igura<; ao, dan cas s imb6 licas ou r ituai s, bailad os , etc); 2." , um dr ama de caracter mor al, com intcn coes ps iCO ]<:lgi cas, 110 ge ne ro d os qu e punh am em cena Isis (como 0 D nWlG de f sis e dos St'I e Escorpioes) , «em que os deu ses cram tratad os como se res human os , t al como mais tarde as Crcgos fari am nas suas tragediaslJ. Es tas duas pecas , qu e da ta m do Im pe- ri o ;'\0'\ '0 , sao em verso , enquan to as mai s a n t igas sao em prosa : arn ba s ..outem coros . :-las continua a ignorar-se onde e como Iora m re presen ta da s ( corn intermed ios , da ncas e musica P}. Em todo 0 caso , pa re ce te re m-no s ido , nu ua lmc nte, em E df u , na s margen s do lago S agrado, aparel1lcmcl1k fora do templo , por ocas iao das grandes festas em honra (k H {ll"l1S . Eram certa- mente com pos tas de numerosos quadros .o te atro eg ipc io era, pois , dominad o pc!o car;tder rc!i gj (,i:q, llluit as vezes 3 ·J " II .'i IV T I (; U I J) . 1 [) E Recon s ti t l1 i<;ao (pm J. (~ i sll1o I 1l 1i) de I1 Ill t ea tro no interi or dum pal ricio m in oi co de Cno ssos , cvr.a de J 7 l l() a.e. Seg l1ndo .\ n t i ritual , mas d ifercncav a -se bastan te da s r cp r cscntac oes r cli g iosas de es sencia mi stica . Podernos m esm o peu sar , segu ndo as iudicacocs que possuimos, que ell' t er ia , por vezes , um sc nt ido polit ico, qu e se a fi r mava so bretudo fora do temple . CRE T A A civilizaciio er etc nsc, que a t ing iu 0 a pogcu no secu lo X \ · a . C ., s6 recen- lemente nos foi r evelada . P ar ece certo que ela j;t ti ves sc tambem transfer- mado em rcpresenta<;6es teatrai s os ve lhos ritos, a ssim com o in staurado con- cu rsos g imn icos e musi cai s c cons t ru ido es t:td ios . E foi n el a , se rn duvida , que os Gregos enco nt rar am 0 modclo das su ns Olimpiadas e dos se us concur- sos drurnaticos . H oje sa be -se qu e os l\Ii n6icos , aos quai s se clevem espan - tosas invencce s , conhcci arn j:l 0 di anto e a dtara , in strumentos que tiveram papel importante no nascim cnto c descn volvimento cla Hrica grega. Nas dan c;as circ ula res qu e os Pcla sgos r eali zav am em r ed or da sua vitima pod emos det ect ar a or ig em do corn eicl ico, que , ca n ta ndo 0 d it irambo, evoIu- 35 ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) l ) ) > ) ) ) ) ) } ) ) ) ) ) 1I I S T () U I "I J) () T E ," T U 0 j ii'1 11 i :--. ( ) . r o d c a d o p ur d o i s ~a t i ros, ; ' ,llll a 11111 h i n o a»... l lt·u :-- t"=--. l \ 'ua carne- t cr i ... t i ra do t e a t r u .... a i iri .."o d o :--> l:c u lo v , :';11: i ~'~ 1 .I" Bri go " , " " r i s, BilJ l io tn:a :\al'il ,na l "joll :t \'a e lll 1"1' 11 " d" a lta r d o d cu» , I) os ritos tot~' lllicos t c r i.u u s a ido os ritos agr(\I'i lls, t a lvcz 11" mo mc n to em qu e a d ome:-. t ic:u; i'in c a agricll it u ra haviam su l)~ t i l u i d (l :1 ,.'a ,::l. ()S c1iis :u.!: r upa \'am -se em t ri bos , a s t rihos em !)()\'os, e a «com u ua » pri m i t i v.r d cseuvolvia-sc .\ escra\'atura p.it riarca l n a sc ia co m a p r opriecl:lcle, a p r cse l1ta n clo-sc como n- su ltndo de uma st.:jJarac i'i u cont in ua e pl"l,g n 's siva cu t r .: :IS Iorcas d o tra hal h o c a pr" p r i,:c!a ck , C; 'l I S e~pll'lltemen te , () s:lc e rd ,',c io n: ll' r i" r iz :lva -s e cada ve l. m a is , de for ma :, a t in g i r : ~ i ota lidad e d os in clivi dll (ls a tra\ ';" s dl' ce r imonia s c d e fe stus re ligi osa s , :\ C 1\ l~ C I ,\ () na s.im vut « do teat.ro an tigo na Creci a foi prl'l'cdido d e uma evo lucao pr i mit iva natura l. E se foi possivcl encarar a h iptlte se d e os l11i s terios d e El ~ ll S i s ll.'rem si d" i lll it aclos d os d o E gipto l:. po rq nc l'ks ;'.l: l ig am , como os d c O sir is , ao cnlto agr(l r io , em funt; ~lo d o ci clo d a s l's tac;oe s, A,s pr(,ti cas d os co r iha n tes cia Frigi a, l'sses sacerdotl's que celch r ava m co m d :1llc;a s os miste - , I , I .\' T 1 c: I I I IJ 0,1 I J E 'I\ ..-ador ,I.: flan ta t ' ha ilari na ..o m cr,"t;1- In s , l le ,'ora \' ijn d o in ter ior d l" u uia ta<;a d e V ul.i . s ':- c ll io v. J. li n ,11'(' ,.. :'1111 ,,1:u ll ri tfu ii co ri os ell' Ci bele , m ac dos d etl ~ e ~, l' as dos cu rctc s d e Crct a , s a cl' r d otes de Zeus, mes t.rcs d a s da ncas g tll' r re iras , m :lgi ca s , por vczes org iac as , inlroduziram-se na CrcL' ia a t r ave s da s pa r k S m u s ic.ula s c clan c;ad a s qll l' aeoJJl pa n h a v a m as co m n n ic u;i)cs dos or .icu los , as m c usa g vn s d. is Iorca s soh r cn at u r a is. :\ tc ao sec ulo \' 1, o c.m t o cora l (d it i l"IH/!O [J(l{'ll!,"'), q ue e ra pr~l t icamente o u ni co acom pa n haJJlell to d as CCriJJl(lll ia s qu e Se clesl'nrolava m em redor de 111n a lta r (til/zei t') a q ua nclo dos sacr ifi ci os aos dc uses , rcuni u os e le m en t os di sp er sos da p oe ;ia epica p r imit iva , en q uan to a epopcia dos co n q u is t ad or es g regos, rcp1'l: sentada pela [l[ada c pe la Odis,,', 'ia (sec, 1:-; ) , pe rmitia a Iixacao d n lingua dos Aqu eu s c I ){,ri us , 1' 01' s ua vcz ta mbcm im port a da , que viria a to r na r -se no l'1l'ml'lI to l'SSl' nri a I do g~' ll i o g rl'go e d o se u k at 1'0, C om c fL,ito , a cpopeia Ior« e(lm])(,s ta pa r a se r d it a . Auimava-a 0 aedo q uc , dedi lhanc!o a lira l' .l.mdo ;1 V(l Z ill fl e x (ws c apropriacb s mudancas de t (,m, c.i nt a va su!, r cl tldu para ( I 1'r a Zl'r int imo dos pri n ci pcs e d os ricos 110S SU b pal:'lcios c em d elL' rJ lI illada ~ ucas i(-,l'S, ao 1'asso qu e () la/lsi/do, mais livre 11as suas a t i t uclc s e se r v i tlc!o-se el l' ti m \'a ra 1'a u co mo aderet;o , s u blinhava 0 s eu r l'citat iv o co m u nw mim ic l expressiva qu e s u p r ia a a u senc ia de acompa- nhamento mu si cal, para sa t is fa <; iio d o a tld i t6 r io poptllar qu e 0 a n u n cio da s u a presene;:t rctln ia l Ja pra <;a p lth l ica, 37 ) ) ) ) ) ) ) } ) ) ) ) ) ) ) ,> ) ') ) ) ) ) ,> ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) JJ 1ST,) I{ J I I) I) T F , I r I~ , ) , \ li :'I ~. a t~' :'1 ,tl IU1": 1 em q ue 0 ,lil ir,IlIlI I " l it cnui. ~ u l ):' t il uiu " d it ir. uub« popular ( pur vul t a d o Sl'Cld o VII ) , exis tira m \<tria s out ras form a > lir ica s , t ai s como 0 / 1,:' 111, cn n to popu la r em h onra de Apulo , q ue fi nduv« qu a-« scm pre em llra\~lll e 11 :10 at r ihula g r a n d e import;llIcia ;\ m irn ica ncm ;\ d. m ca , C o liipor- 1/",' /l1 11 , q ue , ao c" l 1t r~'l r i o , era um clcss e.: s cant os essencialme.:lIll" m imn d os (rn o- ll{Jdias 'I U cant o- .uuebeus }, d e r itmo ora g r;l\'e or a a lcg rc , d o qu al parccc t el' s.i id« () qu e l'1 Ltll JaremOS a co ris / iell (ca1ll:;iics c:llItadas c dall \ :HL!:, em coro) , o qu c 1<-\' :11":'1 LIl ,'ia llo a d izc r m a is tarde q u « II h i porquema era u m b.i ilado. I': ,::,sellc i:tll ll,'lIt e (I sec u lo VI que pre ludi .i 0 lla :,,'i mcn tu d o t cat ro g rego pr '''pri ~ 11I1 l'llte <l it " , :\a e poca d os hie rarcus , q ue plldemosprol on~a r at '~ SOIO;1 (lIomcad o a r C'llIll' ,' 111 59 4 a , C ,) , as Icstas rcli giosas Fora m S,'lIJpn: ac ompn- uh.ul.i- ,IL- eLtll\' ~ I ~ f i ~ura da s, r ara m en t e.: c(lmp ort ~llId (l acC;:10 elr :tm:l t ic a , qu e, q u und . «x is t i.r, 11: , <l p;Lssa va de u m esboco. :-),', qu alld " 1'''1' ;1111 postas e m cc ua a v id.i l' "s kitos d e , crt " " .Icuscs , pr i- llle ir:\lI IL'1 ile I Jj" llis" . e m a is tard e D emetrio e I' roser p ill a en : E I,: u:,is , p Ol' e xcm pl« . c 1I1 l':;111 0 ell- a lg u ns liero is e p{111i m llS (CO llJO Adr;ls t" ern S ic ion) , l' qUl' :IS m :llIi f,'st a'J les d o cul to s c tor lla r a llJ prct cxto pa L L vcrdudciros ,'.,I" '\'" '' d , ' l'l' jJr l'S,'lILl ,," -:l'S soh a form a ell' q u.rd ro s vi vo s. acoru p:lll h.idos de ,':llI t"., " el l' d ,\1 1 \' , I ~ . 11" S qua is a trag~'elia v iri a :1 ell l'Olltrar lIS Sl'US c h:lIl\:ll to s " ng1 Jl:t I :' , :\ "!, , ,pl 'i :l l' :1 r di gj ~o nu u ca dci xa r .uu de :'l 'l't lll eb r c ~ ~ e t ca t ro, de ta l [or iu.. q u c Plut .uc« sc permitir{1 qual ificar a t r a ghli a p re-csquilia lla "de in s - t r u m vut . de L'L 1 U (,~ Il; ;-I " dos Gregos)}. !':m qUl ' s" ,' i,."eb ele for am, pois , im portados do Or ieu tc " s cu ltos ell' Di o- ni s .. e d e OrIcu , que cn r iq uecera m 0 O li mpo jbnico de H " m ,'r" a pou to de clcte r lll i lla r em ILl" .ipcua s 0 nascim c ut o da co m ed ia , mas a i nd « " cia t r ng ed ia grega s ? :\ os secu l" s \ '11 c \'1 nss istc-sc :\ decum p() si <; ~\ o da socicd ucle ge n t ilica e a cOlls tit u i\:lo d e uma soc icdade cada vez m uis d iferen ciada . Consequeute- m cu tv , a Crl" ,i:1 rr .msfo r mn-se, e as g randes corr cntcs soc iuis e r cli gi osas ganh :l1l1 ma is f"n;:1 e ampl it u de , Ik tal forma q ue 0 dl' scuvoh'illle u to do dr.u u .. a n tig( , 11:-1" Sl' l'" m p r ee1J(k r ia dcsligado e1a tc onacia , :\ u 'filll d o se cu lo \' 1 o d t" ,lilli() d :l s ()" iu b d c cc1ch rada pe.:b cpnpe ia all 1l11cia 0 na sc im e n to d a tragl'e1 ia , Urfl' u e I Ji()n iso foram introdl".' idos, tudu 0 lc \ ';1 a n cr, quase s i lllul t;l- nea lllentc , 0 ()rfi smo, mi sceHinea de tradi<;oes heleni ca s e es t ra nge.:ir as, s u I'- g ira com 0 cult o fr ig iD ou tr{lc io d e DiOlliso , d eus po pubt· ' d a s es tac;oes e do vinho, cnm o d ns mi s te r ios, Dion iso in s t ig ar ia, ;\ esca la elo t:'stado soc ia l da C r l-cia d ,' l'nt :lu, a um a ll ()Va i n tcrpret a <; ~-l () da \'ida h Ulll a ll:t , considerada comn ullla lu ta ell' 1 /( ' \ '0 animado ell' aspi ra<;ues aillda o!Jscu r :\s. ma s que , toda- via, in l'onsci cn tc e1 :\ s u a 1'01'<;:1, j :l n~() encar:lri :l ullla v it l ll' i:l Sl 'll le.: ll t e.: pos slvel dcpui s ela l1I 11 r lc , () qu e permi tI.' explica r pOI' que: ra z ~o , cksd e eSSe.: momenta , na p r;u;a pllhli,'a c e.: m redor d o a lta r , 0 co ro e1 itir;l1llb ico , au cv ocar os episo- di os do s uplic io d o deus , d e forma g r a ve , \,iolcnta e tcrrivcl , dese ncade a ra a • frene ti ca d a n <;a ci rc u la r d os sat iros obscenos, Iamhuzados d e vinho, coroados d e ramagell s l' ,'ingidos d e pel es d e a n imais, numa evoca<;~o d os tem pos primi- Vi"w a.-t llal .\11 'fl'at ro .\" !\piclauro, \.'on,;tr u1.\11 pOI' l'oli<-kt ll , p w ,,:h d1l1cntc dep oi ,; ,!<- ,\3 0 a, C , Pl anta 110 'fl'atro de HpiJaur o , ,;eg u n do Diirpfdd-R ei ,;eh , I\H)'; - trundo 0 tl is p os i ti " 0 do p eri uJo das sico 39 ~.)- - -_ ._ ..- ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) > ) ) ) } ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) II 1 S T ( ) J? 1 . / /J () T J.: .1 T J? ( ) ti vos . Ellquallto l 'OJll Orfeu a ronda or ig in«l , ass im sc s upoe, Iora he ber as Iont cs do m ist ici s mo e do s im bo lis mo, com D ion iso, cujo cu lto pe r m anece In t iuuuncut e ligad, ) :l [ec u nd ida de do so lo, a tragedia aind .i l'lllh r io u(lr ia ass i- mi lar ia us all ti g o:; ri tos agrarios e uS primeiros csbocos cenicos q ue a prat ica do lir ismo cora l a part ir d e en tao Iari a na sccr . Assim , os Corcnt inos , no seu movim cut o d csculreado ao ritmo d os guizos d e bro nze , dos cr otulos , dos tam- horius e dos cimba los , se riio obr ig ad os por \ ' C Z CS a tom ar f()kgn , ° q ue levara i\ in t rod uc.lo , nc ssc momcnto, d o so lo de ca nt o de 11111 r cci tad or iu tc rprcta ndo 1111l d ct crm iuad o episodic lcndario, so lo qu e a pr inc ipio se ra improvisado , mas que aeaharfl por ga nha r urn desenvolvirncut o incsperado. 0 q ue cn racter iza es te dit ir.unbo e 0 sc u impetuoso mov im ento po(·t ieo e a irrvg u laridade d a m et ri ca c d as cs tflnc ias. As pr imc iras formas da tragedia parecem , pai s, ter sido p rov ocadas pela transformac;iio p rogrcssiva do cora ditirfimbico em cora trdgi co (ca n to do bode: nos CO IlC Il rsos 1111l bod e era atribuido COJllO prem io}, D orava ntc nao havera mai s sac r i fic io a grflri o au pastoral, uma vez que 0 deus qu e se rfl rcpresentado com o v it ima e x ist ira por si: 0 sacrificio surg ir a apenas como uma com erno- racao d o deus, Eptreta,~to, a .afirma~ao segundo a qual os dramas satir icos , introd uzidos em Atenas "'p or Pratinas no ultimo quartel doseculo~vr, "estariam na origem '" da tragedia e discutivel. 0 nascimento d a t ragedia, como alias, em parte, 0 d cscu vol vim cnt .. do tea t ro ao Ion g o da h ist oria da Grecia, s(l pod c sc r estabe- lecido a partir til- 11111 numero muito restrito d e docu mentos . R cst a ni-nos como a poio os te x tos que cheg a ra m ate nos, al guns Ia ct os hi storicos co n fir mados , 0 tcst cm u nh o de cscr itores , com o A r istotcles , H crodot o, Lucia no, s u jei to a a preciacocs cr it icas , c as h ip ot eses d e alguns erud it os co n tc m porfln eos. S egundo a tradicao, atribui-se a Tl~SPI S, que partiu de Icar ia em mea- do s d o se cu lo YI e ch eg on a Atenas com uma carroca trans portando os seus acessor ios (ccrroca que a maior parte das vczcs the se rvia d e palco), as primciras formas reai s de teatro . E que T espis, que rapid a m cnt e se tornava uma figura popular na s cidades onde se cxibia, cedo a lca ncou em toda a Ati ca uma reputa ciio ta lque passou a ser obr igatoria a s ua part icipacilo no programa clas festas do ((Concurso de Tragedias)) que as Grandes Dionfsias havi am ill augurado , cssas mesmas Grandes Di onisias (prov :l velmcllt e funda- das por uni dos tiranos de Atenas , Pisistrato, m orto por volt a d e 527 a. C.) que d escmpcnharam lim pape! determinante no na scimento l' 110 clesenvolvi- mcn to da tragl:'c1ia l' d a comedia greg-as . T~sp i s k ria acrcscen tado ao coro , enr iq ul'c iuo co m vflrios ele111c n tos , ccr - tas partes er' lIlp k 111 cn ta r cs , as quai s, pnTnch e11 d o os in ter va los d o canto , se di stiugui all1 Pil l' uma forma rttm ica diferC'n k . T t:s pi s ter ia ass ill1 s ubs t i tu ido o improvisad or, gUl" a te en tao Se in cumbi ra ue sse pa pe l d e forma n l'cess:hia- men te ll1n tanto :lrriscada, por um verdac1eiro act or. D es k 1l10111l' n to cm cliank os can tos a ll1l1 a \ 'OZ (mon odias ) passaram a chama r-se cpis,;di t' :> , que vieram d ep ois a co ns l it u ir a parte es sencial da tragedia . A t r ihui -se a ind a a Tespis Baixo-rel evo d n cena rom nna do 'I'ent ro d e Dioniso, em At cnas , re pre,;e ll ia lldo ep is" d io,; Ua vid a do d ell '; a substituicao da mascara prirnit iva, em geral toscamente esculpi d a em madeira, por outra feita a partir de pedacos de tecido e estuque pintado, dando ainda as personagens representadas u m a expressao nobre, el iminando o anterior aspecto monstruoso . D esta forma, uma tal traducao do rosto humano teria contribuido para a passagern do divino ao humano na tragedia . U rna nov a e sen si vcl acliega acoordenacao cada vez mais estreita das par- tes d o cora e dos epi soclios {Jod e se r atribuida a FRINlCo (fins do secu lo VI , prindpios d o v), que permanece como 0 maior poeta dramatico da gera<; ao qne precede a de Esquilo (primeiro premiona O li m piada d e 512-509) ; s6 che- garam a te no s alguns fragmentos das snas pec;as: A "f omada de Mile to (494) e As F CHfcias (476). Frini co fixava a n tcc ipa da men te as en t ra das e sa id a s do actor, que Illudava d e m flscara e d e indumcntflria Inlra representar os v{lrios papeis, dife- rencian d o des te m c)(lo ea ch vez 111a is a t ra gedia da cOrlstica , P aralelamentc a cs tas forma s populares e ja entao nacionais do teatro, as formas de tun teatro pri vad o co n t inn arao a su bs is t ir , n bs banquetes e f es - tas dos ri ca s e dos podl' rosos, que n ao d ei xarao d e convidar mimos, bobos , poetas, clanc;arinos e ml1si cos pa ra os animar . E nestas manifestaC;6es teatrais que nasc erao m ai s tard e as odes , den ominad as agouislica s por celebrarem os ·1 I ~--_.....~..._---------------------- ---'"'-) ) 1/ 1 S T l ) R 1 , I U () T E , I T Ix () " I . I s r i .. I ' J j) , I J) J.: ] { ec() t1 ~ti lll i (: fi () do '1\ 'a11"0 eh · ! 'r i en:l , st. ·g u ll do V r in (~t. · t · k all . ?' t.' s!t.· t eu t r o . q u e p er t c nce a £·p oca lu -Ie n ist icn Icer C:l dl' J ( I l l a . C .) , a orq t1 ~ ;-, tra t.'o l1:-;cr \ 'a a sua p o:-, j(::lo c l'n tra l , mas for nra nrh. a pc na -, UUI se m iri rcul.. la i lll po rt rlu cia do c" r" era e u ta" n 's t r i la ), limitad o pelo pr,>s/;c lli ' " I , <Jue sen' e dl' n 'ua pr ':'p ri aul l'llt e di la , por dl'l r:"ts do qu al SL" er g u l' a s/;e ll e , E sta rl'co lh li l uil;flO pt'rI nil e \'l~r i fil'ar u m a L" \'" I I1 ,;ao qll l' <l u l1 uda j tl 0 lea lro fl'ch ad o dos Romanos no sec u lo \ - c sobrc t u do fl'it a de uma em oC;:lo quas e s :lgr acla q ue assegura um en tn s iasm o comum a o poda e ao es pe c ta clor. E e importan tt: n ot ar que foi a esc ra vat u ra , ao con scn t ir a d ivi s ao d o tra bal h o en t re a agri cu ltu ra e as £or- mas embri on[tr ia s d a in d l1stri a , que tor nou poss h 'e l a e x traordi 1~ ;l ri a ex pa n s ao d a a r tc grega na s u a tot alidad e , 0 qu e nos a u tor iza a di zer q u e s6 as condi- <;ot:s so c ia is d cs s l' t e111 po per mi t i ra m :\ a r t e , c com ela a traged ia, a1canc;ar a forma ma is perft:ita e m a is ek va da qu e a lg u ma vez e x is t iu ; e q u e a tragedia elL' £~ (]I ' ll. O, cll' S C>FOCl.E :-; e d e Et: R i l'I Il j,::-;, r eali z:mdo cOlllp ll'ta men te essas form a s, r dl ect e os e x it us d o povo g rtgo n a s u a luta con tra os ri ranos desde as lei s d e S (>1011 a te ao t r iu n fo d a d emoeracia a ten iense, O m IJe1en is t a con- tt:m por:lIlt:o n :\O hes i tou l'm a fir ma r que a no\'a v is :lo d o d es tin o q u e a tragedia :ll' rt: s t:nta d l'sd l' 0 seu a pa rt:c imen to , d e u m des tin o qu e p:lrece d om ina r a vida d os h omcns e qu e p ermanect: u m a es pecie de «po lo d esumano d e co n fl i to tra- g ico» , foi e la hor ad a a pa r t ir d l' (( c le men tos tirados d a s n o<;6t:5 r e1ig ios a s da camada m ai s opr im ida d o pov o », poi s foi 0 so fr im en to , na r ealidade, que ins- tigou 0 pov o :\ s u a luta m ai s penosa, 110 m omento em qu e um novo s is tem a de troca, 0 dinh eiro, entao ddiniti vamellte imposto, provocava modificac;6es . - fl'.1'7-" .).10:, ~f •• e" .. Ila ixo -rde \"" n' p re~"u la ud" Il~ d" j" a nda re s d uma ce na , IUU d,, ~ mai s a UligfJ,; d " CU I!1 I 'Il I " " '1lll' nos infor- mam sohre e,..la part L" do lea tro , ( ~ (' gnnd a m ct ad c llo sec u l" 1\'. ) '!\'rr:H'o la d e :->a u lau gl'1" , Napoles . :'olllSl'U "'ad"ua! Ic itos d os a t l.t .is , r .-ci tadas par actore s p rofi ssi on a is . E st as Iormas de t eatro ar ist ocr.u ico L's t c]Hk lll -St: ao t eatro pub lico g ra ca s :\ prosperidndc m aterial das cidad c:,. ,\ pa rt i r d, · cn t .io , os prin ci pes c os t ira nos n .i o k L l I ) Il privilegio d e sc rc rn os u ui cos :1 a p r ccia r 0 dit i r a mbo lit er .uio, d c ix a nd o an pOVO 0 g ozo e a cm h ri .u- u c» d c, I. ',l l/ I OS , es pec ic el l' cor tcjo b u r lesco q u e t:1 1' r .-a li za va durante as fL> l:lS cm h ,l1 r.: de D ioni so . ( ) C ont os (ond c a ig ll n s v i1':\111 a o r ig cm d a pa L1\"I":1 ,'olll :::d ia ) na liznva -sc , c f'cct iv arnen te , nus D ion is ia >' tLt P r imave r a c nas d e l nvcrn», .l:a ma das (I L enci a s e, e depois nas ( ; ra nd es Dion is ias nacio- na is (c omc Jl\or;ldas t odo s a s tres a nos em At eu a s l . O s gc-Il t:1"OS scrvira m , pois , p:lra acv n t u a r (':1 .1:1 vez m a is a d ife r c nc ia cno cn t re () cl.llli L'o c 0 t r .igi co . :\ tr; I .I!; ~' d i :1 1("\':I1';'l :1 L'deh ra <;:lo dos f uner a is dos dcu ses a ll a u g e da gra ll eh..za mutc ri .i l l' L's p ir it u :t1 , T od ' ls OS cid .icl.los V :l O d t: fu turo p:lrti l'ipa r uas Iest .is , oc u p.u ul.. a h i ..r.uq u i .r d o anfit ca t ro . S oh a I, e p ltl d ic l , u m a l'cr ta igll :dc1ade ek riq uczu s l.-v.rn t a ra «hs t. icu lo» :\5 iuic ia t iv .is priv .rdas , 11111 :1 vc z qu e, possi- \T is : 1,~ I ' Ll vm n u m c ro d cm nsi ado c lc vud o , tom.ni um 1IJl\ L'ar;'Il't L' r co mpc t it iv o. \] U:l.-. L' t lld :1 S :1.-. l'id :lc!L-s ccl cb r .ivam .m ua lm cut e a m ort c d e : \ d/nl is ( , I d ,ll/ i,I..;), E III :\:1'" s , " .r n j \'c r < lr io Iu n cb r « de Aria 11 :1 ( .:I , i,l.:'11i.is ) SL'r;'( t .unh~m p r e- t cx t o ]>,11":1 1lI1\.l L" lll 11 11 h i:i o gcrul . :\a cla podc rcs is t i r a cstu corrcu t e popular q u e d:l a (' S ~:: I S (L'st a :, e cerimon ia s U111:1 ru u p lid.i o l' u m n r esso Jl:l llc ia ta is q ue a p.ut. ir l1<.: CIlL-l tJ ncu h u m a forma tca t r a l Jl()cle se r comp.irada ;\ do s Grc:g os , t·: a es tl' g e,s t l ' p" i' ~ l h r q ue SL' dcvc 0 a pc rlc icoa uu-n t« d a tcc n icu ek rcpresen - t:((; :I" . :1 p rcsc nc.: cit: illlC:rJ lr t:lt:S, 0 f ingi ment « cia d ..r L' e\;t r t: si~! ~ a )' :l o , Com d e na sci .i 0 1,' <1 1' /1 l ,r :"pr ia 111l' l1 te dito . E os t i r .m. .s , l' s fon;anc1 , ; - s ~ por C011s c r- \'ar -II1 L' I ' c'a r:'ll'lL:f s: lg ra clo , i ri am fa zt:r ekk l11 n llt t:io ek g o \'C:rll :l)':IO, t al como :-)(,)" 11 U lI . \ ll' ll:l'-' " u Li curg o e llt E s parta, .\ r t:lig i:-l" L' , . Jl:ltr iot is mo era m os ga rant cs d a for <;a cia n (l\' :1 cnIll lln idade :-ioci:t1 , d t:\"t:]lCl o l''' IlSL' n 'a r lla s fest3. s C 1105 espt:ct[lculos a Sll:l ull ida cle e eria l' , a t r :1\'Cs ek ll's , 1I I' \' O S mei os de pa r ticipa<; iio , :\ :ltnw sft:1":l de cl' r i l11 (:lIl ia t eat r :ll ) ) ) ) l ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) ) 4 3 "Iascara (k r-scra vo «Cer es» It ra la -sc d o esc ru vo qu ,' c"lldnz as iutrigas d esl i lladas a facilitar oS a lllor es do Sl u jovc lIl nino}. Pari", Louvre :'o l:b"ara ,1<- " o rt ,, ~ a delloll 1ill:llla "lll'q Ul' IIO ca ulkl·irll» pur ca usn do [>elltea llo . Par is , L OU\'f(' 45 es t rado. Assim , de inicio, a cena (s hGlIc) nao passou de uma construs:ao colocad a por dctras do est.rad o de madeira e de pano onde os interpretes se vestiam e se mascaravam antes de aparecer , Contr a esta cons t ru~ao apoiou-se de principio urn cen ar io rudimen tar . Finalmente , 0 es trada , tornando-se proshhlioll, c011stitui r{t a {trea de represen ta~ao para os actores, con t inuando a orquestra re servada ao cor o.o h e11liciclo (th eiltroll) de Ate nas acolhia cerca de cato rzc mil especta- dores; era provavelmente recon stituido todas as Primaver as, com a aju~a de andaimes provi s6ri os, no re cinto sagrad o de Di oni so Eleuterio. depols de t cr es tado i11 stalado durante al gum tempo na prac.;a do antigo mercado. N enhuma dessas con struc6es sobre viveu, Somente no secu lo I V, no reinado de Licurgo (ce rc a de 33~ a . C. ), foi construido um teatro permanente, com cena , e , mai s tarde ai nda , durante os sec u los III e II, em plena epo ca da deca- den cia . e qu e faram cons t r u idos prosceni os de pedra . E squilo, S6focles e Aris t6 fanes viram as suas obras representad as 110 teatro de mad eira de Dio- ni so, c011st
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