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Conceito: É um negócio jurídico de natureza extrajudicial. Acordo realizado entre o Ministério Público, investigado e seu defensor, necessariamente homologado pelo juiz competente. - Por meio desse acordo, o autor do delito confessa e aceita o cumprimento de condições não privativas de liberdade Em contraprestação, o Ministério Público se compromete a não oferecer denúncia. Após o cumprimento das condições impostas, dar-se-á o arquivamento do inquérito policial. - Trata-se de uma exceção ao princípio da obrigatoriedade. Se for foi possível transação penal de competência dos Juizados Especiais Criminais; Se o investigado for reincidente ou se houver elementos probatórios que indiquem conduta criminal habitual, reiterada ou profissional, exceto se insignificantes as infrações penais pretéritas; Ter sido o agente beneficiado nos últimos cinco anos com acordo de não persecução penal, transação penal ou suspensão condicional do processo; Nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica ou familiar (contra mulher ou não), ou praticados contra a mulher por razões da condição de sexo feminino. 1. 2. 3. 4. 1. Só é possível fazer o acordo quando for viável a denúncia; 2. A Infração penal tem que ser sem violência ou grave ameaça na conduta (pode no resultado, se culposo); 3. Pena mínima inferior a 4 anos (serão consideradas as causas de aumento e diminuição aplicáveis ao caso concreto para aferição da pena mínima); Acordo de não persecução penal QUANDO NÃO É CABÍVEL: Art. 28-A do CP, incluído pela Lei nº 13.964/2019 REQUESITOS: CONDIÇÕES A SEREM IMPOSTAS AO INVESTIGADO: - Obrigatoriamente são não privativas de liberdade: I - reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na impossibilidade de fazê-lo; II - renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo Ministério Público como instrumentos, produto ou proveito do crime; III - prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período correspondente à pena mínima cominada ao delito diminuída de 1/3 a 2/3, em local a ser indicado pelo juízo da execução, na forma do art. 46 do Código Penal; IV - pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art. 45 do Código Penal, a entidade pública ou de interesse social, a ser indicada pelo juízo da execução, que tenha, preferencialmente, como função proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos aparentemente lesados pelo delito; ou V - cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério Público, desde que proporcional e compatível com a infração penal imputada. OUTRAS CARACTERÍSTICAS: - Em regra, esse acordo é feito durante a fase investigatória, sendo competência do juiz das garantias; - Se o magistrado se recusar a homologar o acordo, o recurso adequado é o RESE; - A celebração desse acordo não constará de certidão de antecedentes criminais; É possível acordo de não persecução penal para fatos anteriores a vigência da lei? Sim, retroage, pois se ele for integralmente cumprido extingue a punibilidade, sendo assim, é matéria de direito penal, e por isso tem força retroativa benéfica. Retroatividade da lex mallius = nova causa extintiva da punibilidade. Aplica-se aos processos em andamento? Sim, desde que ainda não recebida a denúncia. Esta é a posição institucional do Ministério Público. Material elaborado por Beatriz Araujo
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